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O Ministro das Relações Exteriores (MRE), o chanceler Ernesto Araújo lamentou nesta quarta-feira (7), em redes sociais, a invasão do Congresso norte-americano ocorrida ontem, durante a cerimônia de validação dos votos dos delegados nas eleições gerais de 2020.

Araújo afirmou a necessidade de investigação das quatro mortes decorrentes do protesto. Segundo Araújo, “nada justifica uma invasão como a ocorrida ontem.”

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Em sua postagem, Ernesto Araújo citou ainda a insatisfação de parte do eleitorado americano que, segundo ele, “se sente agredido e traído por sua classe política e desconfia do processo eleitoral.”

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- Há que reconhecer que grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral.

— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) January 7, 2021

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O chanceler afirmou que a distinção entre o processo eleitoral e democracia deve ser observada, e que “uma democracia saudável requer a confiança da população na idoneidade do processo eleitoral.” Outras autoridades brasileiras, como o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se manifestaram sobre a invasão.

 

Estado de emergência

Segundo a prefeita de Washington, a democrata Muriel Bowser, quatro pessoas morreram e 70 manifestantes foram presos após os confrontos. Pelo menos 14 policiais foram feridos e hospitalizados.

A declaração de estado de emergência na cidade - utilizada para instituir o toque de recolher - foi prorrogada por mais 15 dias. A posse e o juramento público de Joe Biden e Kamala Harris estão previstos para acontecer no dia 20 de janeiro.

Em coletiva de imprensa dada na sede da polícia metropolitana da cidade, Bowser afirmou que “pessoas que desrespeitarem o toque de recolher serão presas”.

 

Três deputados do Partido Democrata dos Estados Unidos circulam uma resolução entre os colegas, a fim de tentar aprovar o impeachment do presidente Donald Trump. A informação foi divulgada por um deles, David Cicilline, que informa estar aliado na iniciativa a Ted Lieu e Jamie Raskin.

Cicilline afirma, em mensagem no Twitter, que o presidente americano deve deixar o posto, após o ataque de seus partidários na quarta-feira ao Capitólio.

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No documento, publicado pelo legislador na rede, é mencionado o fato de que Trump falou na quarta a manifestantes que teria ganho a eleição, contrariando a apuração oficial, tendo "encorajado" a ação contra o Capitólio, por isso ele seria uma "ameaça à segurança nacional" e deve deixar o posto.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou em postagem na plataforma, nesta quinta-feira, que a conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seguirá bloqueada por "tempo indefinido", em decisão que se estende ao perfil do republicano no Instagram. De acordo com o executivo, o bloqueio se estenderá ao menos por duas semanas, até o fim do processo de transição do atual governo para o do presidente eleito, Joe Biden.

O anúncio ocorre no dia seguinte à invasão do Congresso americano por apoiadores de Trump, que protestavam contra uma suposta fraude nas eleições presidenciais de 2020, a qual Trump denuncia desde o fim do pleito. Em confronto com policiais que faziam a proteção do local, uma mulher foi morta após ser baleada. O episódio ainda deixou mais três vítimas fatais, segundo reportou a imprensa americana.

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"Acreditamos que os riscos de permitir que o presidente continue a usar nossos serviços durante este período são simplesmente grandes demais", publicou Zuckerberg em seu perfil pessoal no Facebook.

A plataforma - assim como outras redes sociais, como o Twitter - tem sido questionada por, supostamente, tomar medidas mais duras contra as postagens sobre fraude eleitoral de Trump tardiamente.

Em resposta a essas críticas, Zuckerberg afirmou que o Facebook mantinha o direito de postagem do presidente "por acreditar que o público deve ter acesso ao mais amplo discurso político possível, mesmo os considerados controversos".

Um dia após a invasão ao Capitólio norte-americano, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, segue em silêncio. Na terça-feira (5), véspera do atentado ao Congresso dos Estados Unidos, o chanceler usava as redes sociais para criticar e, mais uma vez, tentar deslegitimar o processo eleitoral na Venezuela.

Nem o próprio Ernesto, nem o Itamaraty, posicionaram-se sobre o crime cometido por extremistas pró-Trump, nessa quarta (6), que resultou na morte de quatro pessoas. Instigados por publicações do presidente, eles invadiram a sede do legislativo, em Washington, em uma arruaça para se opor pela derrota do candidato à reeleição. Sem apresentar provas ou indícios, Donald Trump afirmou que o processo foi fraudado e cobrou governadores por votos.

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O próprio vice-presidente e líder do Partido Republicano, Mike Pence, rompeu relações com Trump, que foi amplamente criticado por líderes internacionais. Ainda assim, o governo brasileiro, o último da América Latina a reconhecer a vitória do Democrata Joe Biden, não comentou sobre a invasão e mostra-se alinhado à manifestação do candidato derrotado. 

O que chama atenção é o fato de um dia antes, o ministro Ernesto Araújo ter feito uma série de publicações para cobrar pela recuperação da democracia venezuelana. Considerada injusta pelo chanceler, ele afirmou que o Brasil seguirá em apoio ao presidente autoproclamado Juan Guaidó e acusa Nicolás Maduro de desrespeitar as leis eleitorais, em parceria com o crime organizado.

Já o perfil oficial do Itamaraty publicou o comunicado do Grupo de Lima, que rejeita o resultado da eleição venezuelana ocorrida em dezembro. O documento indica que a Assembleia Nacional, instalada na terça, é ilegal e ditatorial. 

O Facebook bloqueou a página do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por 24 horas, após o republicano fazer publicações em que diz, sem provas, que as eleições presidenciais foram fraudadas. Segundo comunicado da empresa, houve duas violações de suas políticas e, por isso, Trump "perderá a capacidade de postar na plataforma durante esse tempo".

Mais cedo, a empresa já havia removido um conteúdo postado pelo presidente por conta do risco de "violência", em meio à invasão do Congresso americano por manifestantes favoráveis ao presidente, de acordo com comunicado. A medida também valeu para o Instagram.

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Em medida parecida, o Twitter bloqueou a conta de Trump por 12 horas, e afirmou que se as publicações contra as políticas da rede social não fossem retiradas, o mesmo seguiria sem acesso à sua conta.

Na noite desta quarta-feira (6), o Twitter apagou três postagens de Donald Trump. A rede social afirmou que o presidente dos EUA violou a nossa política de integridade cívica da plataforma. Durante todo o dia, Trump postou mensagens sobre a invasão do Capitólio, por parte de seus apoiadores que não aceitam a vitória de Jor Biden nas eleições do ano passado.

O presidente americano é acusado de difundir mentiras em seu perfil e de alimentar os atos de violência. Além disso, a conta dele ficará bloqueada por 12 horas. “Como resultado da situação violenta sem precedentes e contínua em Washington, DC, exigimos a remoção de três postagens de @realDonaldTrump, por violações repetidas e graves de nossa política de integridade cívica”, disse o Twitter.

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O resto do comunicado diz o seguinte: “Isso significa que a conta de @realDonaldTrump ficará bloqueada por 12 horas, após a remoção desses Tweets. Se os Tweets não forem removidos, a conta permanecerá bloqueada. Futuras violações das Regras do Twitter, incluindo nossas políticas de Integridade Cívica ou Ameaças Violentas, resultarão na suspensão permanente do @realDonaldTrump. Nossa política de interesse público - que tem orientado nossa ação de fiscalização nessa área por anos - termina quando acreditamos que o risco de danos é maior e / ou mais grave. Continuaremos avaliando a situação em tempo real, incluindo o exame da atividade no terreno e as declarações feitas no Twitter. Manteremos o público informado, inclusive se for necessária uma escalação adicional em nossa abordagem de aplicação.”

Tropas da Guarda Nacional estão sendo mobilizadas em Washington e estados vizinhos depois que manifestantes que apoiam o presidente Donald Trump invadiram o Capitólio dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6), informaram a Casa Branca e o Pentágono.

O envio de reforços foi anunciado pela Casa Branca e pelo Pentágono e confirmado por Ralph Northam, o governador democrata da Virgínia, estado vizinho da capital federal. Além disso, Maryland, outro vizinho, anunciou o envio de tropas da Guarda Nacional e da polícia estadual.

O porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman, disse que toda a Guarda Nacional de Washington D.C., com 1.100 homens, foi convocada para garantir a aplicação da lei.

Os incidentes ocorreram durante a certificação dos resultados da eleição presidencial de novembro, nas quais o democrata Joe Biden derrotou Trump, que até agora não admitiu a derrota e pediu a mobilização de seus apoiadores.

Centenas de manifestantes pró-Trump foram à sede do Congresso e muitos invadiram o Capitólio, forçando a suspensão da sessão parlamentar que certificaria a vitória de Biden.

Enquanto o mundo acompanha toda a polêmica envolvendo a invasão ao Capitólio, por parte dos apoiadores do presidente dos EUA, Donald Trump, no Brasil, os opositores de Jair Bolsonaro não param de fazer comparações entre os dois chefes de estados. Quem aproveitou para soltar o verbo, nesta quarta-feira (6), foi o candidato do PDT na últimas eleições presidenciais, Ciro Gomes.

Crítico fervoroso do governo fedetal, ele postou em sua conta no Twitter que Bolsonaro poderia incentivar uma manisfestação violenta, nos mesmos moldes da incitada por Trump, e pediu o impeachment do presidente brasileiro.

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"Trump é um mau exemplo para o mundo e coloca não só os EUA em risco, mas todos os países democráticos. Temos que nos manter vigilantes. Bolsonaro é aprendiz e capacho de Trump. É hora do Congresso brasileiro colocar um freio em seus crimes e abrir o processo de impeachment", escreveu.

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O Congresso americano se reúne hoje para confirmar a certificação da votação do colégio eleitoral, que deu a vitória a Joe Biden na eleição de novembro. Deveria ser um procedimento protocolar, mas que ganhou outro peso. Nos últimos dias, Donald Trump aumentou a pressão sobre aliados do Partido Republicano para subverter a ordem democrática e barrar a vitória de um adversário. No esforço, seu vice, Mike Pence, como presidente do Senado, virou o principal alvo.

Em seu comício na Geórgia na noite de segunda-feira (4), talvez o último antes de deixar a Casa Branca, Trump repisou um argumento defendido por ele desde que foi derrotado em 3 novembro: "Nós nunca perdemos a Geórgia. Não tem como". Sua viagem ao Estado tinha como objetivo dar apoio aos candidatos republicanos que disputavam o segundo turno ao Senado, mas Trump resolveu pressionar ainda mais o seu partido já dividido a não certificar a vitória de Biden.

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Na Geórgia, Trump sugeriu que Pence poderia não reconhecer a vitória de Biden na sessão conjunta do Congresso. "O vice-presidente tem o poder para rejeitar eleitores escolhidos de modo fraudulento", escreveu Trump no Twitter. Um pouco antes, ele havia postado que os dois candidatos que disputavam o segundo turno na Geórgia, Kelly Loeffler e David Perdue, decidiram se juntar ao grupo de congressistas que pretende obstruir a certificação.

Segundo o jornal Washington Post, Trump sabota seu partido antes de deixar a Casa Branca. Na avaliação do jornal, assim como fez em seus quatro anos de governo, o republicano provocou uma divisão profunda na legenda. As lutas internas criam um cenário que o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, queria evitar quando alertou aos membros para que não se opusessem à certificação.

Os senadores Josh Hawley e Ted Cruz se posicionam como os principais porta-vozes para contestar a vitória de Biden. Já Tom Cotton e Ben Sasse se colocaram contra o presidente. Outros republicanos de destaque, como os senadores Marco Rubio e Tim Scott, além do próprio vice, tentam se manter em uma posição segura e falam pouco. "Tem pessoas que querem se candidatar à presidência, então sua prioridade não é necessariamente a mesma que a de McConnell", disse o estrategista republicano Doug Heye, ex-diretor de comunicações do Comitê Nacional Republicano, ao site The Hill.

De acordo com a imprensa americana, é quase certo que o esforço de Trump fracassará, com a Câmara e o Senado rejeitando a tentativa de anular a eleição. A investida, porém, força um debate público que permitirá projeções de nomes com pretensões eleitorais para 2024.

A jogada, de acordo com o New York Times, garantirá um confuso confronto ao final da era Trump com líderes republicanos temendo uma divisão do ainda maior no partido, que pode comprometer até o seu futuro. Em editorial, o jornal Wall Street Journal acusou Hawley e Cruz de atuarem de acordo com seus cálculos eleitorais, e presidenciais, à custa do país.

"Dar crédito à falsa alegação de Trump de que a eleição foi roubada é um ataque altamente destrutivo ao nosso governo constitucional", disse o republicano John C. Danforth, que ajudou a projetar a carreira política de Hawley, em um comunicado. "Isso é o oposto de ser conservador. É ser radical." Ontem, mais um juiz federal rejeitou um pedido do presidente para anular votos na Geórgia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os advogados de uma mulher americana que será executada na semana que vem enviaram nesta terça-feira (5) um pedido de indulto ao presidente Donald Trump, argumentando que ela foi violentada quando criança e sofreu transtornos mentais em função do trauma.

Lisa Montgomery, condenada à morte por ter matado uma mulher grávida para roubar seu feto, poderia tornar-se a primeira mulher executada pela justiça federal americana desde 1953.

Sem negar a gravidade dos fatos, seus familiares e advogados pediram ao presidente em fim de mandato que comutasse sua pena para prisão perpétua. Isso "enviaria uma mensagem importante sobre a necessidade de socorrer as vítimas de violência doméstica e de abuso sexual", argumentaram no pedido.

Segundo os advogados, "a vida [de Lisa Montgomery] foi repleta de um terror inconcebível": quando adolescente, foi vítima de estupros cometidos por seu padrasto e amigos, depois "vendida" a outros homens por sua mãe alcoólatra e violenta. Casada aos 18 anos com seu meio-irmão, ela teria sofrido mais abusos.

O governo republicano retomou as execuções federais em julho passado, após um hiato de 17 anos.

Considerando que o crime de Montgomery foi "particularmente hediondo", o juiz fixou a data de sua execução para 12 de janeiro, oito dias antes de Trump deixar a Casa Branca e o democrata Joe Biden tomar posse.

Em 2004, Montgomery queria ter um filho com seu novo marido, mas não conseguiu, pois ela havia feito a laqueadura das trompas alguns anos antes.

Ela então conheceu uma mulher grávida de oito meses em uma sala de bate-papo e foi até a casa dela no Missouri com o pretexto de comprar um cachorro. Em vez disso, ela a estrangulou antes de cortar seu útero e a deixou envolta em um poça de sangue.

Apesar de conseguir fugir com a bebê, que sobreviveu, foi presa no dia seguinte.

Apesar dos Estados Unidos ser o país que mais sofre com a pandemia da Covid-19, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) levou a família para um passeio na Casa Branca, em Washington. Nessa segunda-feira (4), o filho do presidente Bolsonaro foi acompanhado pelo embaixador Nestor Forster.

Ao lado da esposa Heloísa e da filha Geórgia, de apenas dois meses, Eduardo visitou a residência presidencial às vésperas do término do mandato de Donald Trump, que ainda não reconheceu a derrota para o democrata Joe Biden nas eleições, e deve deixar a Casa Branca no próximo dia 20.

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De acordo com a correspondente Raquel Krahenbuhl, o deputado foi convidado por Ivanka Trump, filha do gestor norte-americano.

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O Estado da Geórgia recebeu nesta segunda, 4, a visita do presidente Donald Trump e de seu sucessor, Joe Biden. Ambos fizeram campanha pelas duas vagas no Senado que decidirão qual partido dominará a Casa e, portanto, com que facilidade avançará a agenda legislativa do democrata.

A Geórgia não elege um senador democrata há 20 anos. Se o partido de Biden conseguir o feito, o Senado ficaria com 50 cadeiras para cada legenda e a futura vice-presidente, Kamala Harris, teria o voto decisivo.

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As eleições de segundo turno para ambos os partidos são, em grande parte, uma questão de participação, já que os candidatos e as campanhas se concentram em motivar suas bases e não tanto em conquistar novos eleitores.

Na Geórgia, onde as mudanças demográficas e a perda do apoio republicano entre moderados com educação universitária nos subúrbios ajudaram os democratas a ascender, há estratégias familiares: os republicanos buscam aumentar o apoio entre os conservadores brancos rurais; os democratas se concentram nos centros urbanos.

Em seu discurso em Atlanta, Biden agradeceu aos eleitores a Geórgia por fazerem dele o primeiro candidato presidencial democrata a vencer no Estado em três décadas e pediu mais um apoio, dessa vez para a disputa no Senado. "Diferente de qualquer outro momento da minha carreira, um Estado pode traçar o curso, não apenas dos próximos quatro anos, mas da próxima geração".

O segundo turno no Estado opõe o veterano senador republicano Alfred Perdue, de 70 anos, e o jovem democrata Jon Ossoff, de 33. A outra vaga - em uma eleição especial pela aposentadoria do senador Johnny Isakson - vai ser disputada entre o democrata Raphael Warnock e a senadora estadual republicana Kelly Loeffler. Warnock é representante da comunidade negra de Atlanta e desde 2005 é o pastor da Igreja Batista Ebenézer, a histórica congregação de Martin Luther King Jr. De acordo com pesquisas compiladas pelo site Five Thirty Eight, Ossoff aparecia com 49,3%, enquanto Purdue tinha 47,9%. A outra disputa também mostra o democrata à frente: Wardock tinha 49,6%, ante 47,6% de Loeffler.

Trump marcou seu comício para a cidade de Dalton, no noroeste do Estado. A região é uma base crucial de apoio republicano, mas a participação na votação antecipada foi decepcionante em muitos condados.

A ida de Trump à Geórgia ocorre dois dias após o telefonema ao secretário de Estado, o republicano Brad Raffensperger, em que o presidente pediu-lhe para "encontrar" 11.780 votos que lhe garantissem a vitória na região. Trump ainda tenta fazer os legisladores republicanos impedirem a certificação de Biden amanhã.

O telefonema não foi mencionado por Biden durante seu discurso em Atlanta.

Em entrevista à Fox News no domingo, Perdue disse não achar que o telefonema teria impacto na eleição, mas estava chocado que um colega republicano "gravasse um presidente em exercício e depois vazasse isso." Perdue pediu a renúncia de Raffensperger em novembro. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo do presidente em fim de mandato dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou um desafio final contra as Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira (31), votando contra o orçamento da entidade, citando divergências sobre Israel e Irã, mas encontrou pouco apoio internacional.

Apenas Israel votou com os Estados Unidos, contra 167 votos favoráveis, o Zzs' que permitiu à Assembleia Geral fechar o ano com a aprovação do orçamento da ONU para 2021 em 3,231 bilhões de dólares.

Kelly Craft, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, afirmou que o orçamento financiaria a comemoração dos 20 anos da conferência de Durban sobre racismo, realizada na África do Sul em 2001, da qual o poder americano acabou se retirando em solidariedade a Israel devido ao que eles descreveram como uma fixação dos países de maioria muçulmana contra o Estado judeu.

Os Estados Unidos, maior financiador da ONU, “convocaram esta votação para deixar claro que defendemos nossos princípios, o que é correto, e não aceitamos consenso por consenso”, disse Craft na Assembleia Geral.

“Vinte anos depois, não sobrou nada da Declaração de Durban para celebrar ou apoiar. Está manchada com preconceitos antissemitas e anti-Israel”, acusou.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, criticou que a conferência de Durban "se tornará mais um encontro que demoniza o Estado judeu, será usada mais uma vez para nos difamar e espalhar falsas acusações de racismo contra a autodeterminação judaica".

A Assembleia Geral aprovou separadamente uma resolução apoiando o acompanhamento dos esforços da conferência de Durban.

Por outro lado, Craft também reclamou da falta de apoio do órgão quando os Estados Unidos pediram a retomada das sanções contra o Irã em setembro.

"A América não precisa de 'cheerleaders' (animadores de torcida) para validar sua bússola moral", garantiu Craft. “Não encontramos garantias com base no número de nações que votam conosco, principalmente quando a maioria se encontra na desconfortável posição de encobrir terrorismo, caos e conflito”, acrescentou.

Craft afirmou, porém, que o voto dos Estados Unidos não alterará sua contribuição para a ONU, equivalente a 25% das despesas do órgão com a manutenção da paz.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou nesta terça-feira (29) o avanço do plano de vacinação contra o covid-19 do governo de Donald Trump e afirmou que está com muito "atraso".

Falando após uma reunião com especialistas, Biden prometeu que, como presidente, assumirá o "maior desafio operacional que já enfrentamos como nação" para vacinar contra a doença que tirou mais de 1,7 milhão de vidas em todo o mundo.

"O plano do governo de Trump para distribuir as vacinas está com atraso, com muito atraso", disse Biden, em um discurso sobre a pandemia, no qual prometeu "mover céu, mar e terra para avançar na direção correta".

A administração de Trump havia previsto que 20 milhões de americanos seriam vacinados até o final de dezembro. Com menos de três dias restantes, cerca de 2 milhões receberam a primeira dose da vacina, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Biden, que assume a presidência em 20 de janeiro, confirmou que invocaria a Lei de Produção de Defesa da época da Guerra da Coreia para forçar a indústria privada a aumentar a produção de vacinas para o governo.

Ele também implorou que os americanos usem máscaras para conter a disseminação da covid-19 e disse que irá impor um mandato para coberturas faciais em áreas onde o governo federal tem jurisdição, como aviões.

"Estamos planejando um esforço de todo o governo e vamos trabalhar para criar locais de vacinação e enviar unidades móveis para comunidades de difícil alcance", disse Biden.

Ele expressou confiança de um retorno à normalidade em 2021 - mas não imediatamente.

"Podemos não ver melhorias até março, pois levará algum tempo para que nosso plano de resposta da covid comece a produzir um progresso visível", disse Biden.

"As próximas semanas e meses serão muito difíceis - um período muito difícil para nossa nação, talvez o mais difícil durante toda esta pandemia."

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, exortou o atual líder da Casa Branca, Donald Trump, a assinar o novo pacote de socorro fiscal do país, aprovado na última semana pelo Congresso, com apoio de democratas e republicanos. "É o dia seguinte ao Natal, e milhões de famílias não sabem se conseguirão pagar as contas por causa da recusa do presidente Donald Trump em assinar um projeto de lei de alívio econômico aprovado pelo Congresso com uma maioria esmagadora e bipartidária", inicia a mensagem, divulgada por Biden. Ele também afirma que a "abdicação de responsabilidade" de Trump "tem consequências devastadoras".

A mensagem foi divulgada horas depois de o atual presidente norte-americano voltar a usar suas redes sociais para criticar o pacote, dizendo que ele simplesmente gostaria que as pessoas "recebam US$ 2 mil, em vez dos míseros US$ 600 que estão agora no projeto de lei". A declaração não é uma novidade. Um dia após o Congresso dos EUA aprovar o pacote fiscal de US$ 900 bilhões, na última segunda-feira, Trump disse que o projeto de lei era "muito diferente do que esperávamos" e defendeu que os parlamentares mudassem o texto para que ele pudesse assiná-lo. Entre as alterações pleiteadas estava justamente o aumento do valor do pagamento direto a americanos para US$ 2 mil.

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Na mensagem deste sábado, Joe Biden voltou a dizer que o pacote fiscal é um primeiro passo e que outras ações precisarão ser tomadas no início de 2021 para reanimar a economia e conter a pandemia, "incluindo atender à extrema necessidade de financiamento para distribuir e administrar a vacina e aumentar nossa capacidade de teste". Biden já havia dito, durante a semana, que vai propor um projeto de alívio econômico adicional, que incluirá extensão de benefícios a desempregados para além de 10 semanas, além de pagamentos diretos a cidadãos.

O presidente eleito dos EUA também salientou, neste sábado, 26, que, sem a nova lei, cerca de 10 milhões de americanos perdem os benefícios do seguro-desemprego. Além disso, ele cita que o financiamento do governo expirará, colocando em risco serviços vitais e contracheques de militares, enquanto o fim da moratória sobre despejos colocará milhões de pessoas sob risco de serem forçados a deixar suas casas. "Atraso significa que mais pequenas empresas não sobreviverão a este inverno porque não têm acesso à linha de vida de que precisam, e os americanos enfrentarão mais atrasos para obter os pagamentos diretos que merecem o mais rápido possível para ajudar a lidar com a devastação econômica causada pela covid-19", acrescentou.

"Em novembro, o povo americano falou claramente que agora é um momento para ação bipartidária e compromisso. Fiquei animado ao ver os membros do Congresso atenderem a essa mensagem, cruzarem o corredor e trabalharem juntos. O presidente Trump deve se juntar a eles e garantir que milhões de americanos possam colocar comida na mesa e manter um teto sobre suas cabeças nesta temporada de férias", concluiu Biden.

O presidente Donald Trump advertiu nesta quarta-feira que irá responsabilizar o Irã no caso de um ataque letal contra americanos no Iraque, ao se aproximar o primeiro aniversário da morte do general iraniano Qassem Soleimani, vítima de um ataque americano.

"Nossa embaixada em Bagdá foi atingida no último domingo por foguetes", tuitou o presidente, citando um ataque que causou danos materiais. "Adivinha de onde vêm: IRÃ", afirmou. "Agora, ouvimos especulações sobre novos ataques contra americanos no Iraque", prosseguiu, antes de dirigir "um conselho saudável e amistoso ao Irã: se um americano for morto, irei responsabilizar o Irã. Pensem bem", advertiu.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, já havia apontado para Teerã, e o chefe das forças americanas no Oriente Médio, general Frank McKenzie, alertou que Washington estava "pronta para reagir" em caso de ataque iraniano, ao se aproximar o primeiro aniversário da morte de Soleimani. Em resposta, o Irã pediu às autoridades americanas que não provoquem tensão.

Washington reduziu recentemente seu quadro diplomático na capital iraquiana e especulações recorrentes envolvendo um fechamento total de sua embaixada ressurgiram nos últimos dias.

O presidente americano Donald Trump minimizou neste sábado (19) o ciberataque gigantesco contra as agências do governo dos Estados Unidos, garantindo estar "sob controle", subestimando a importância das acusações de seu governo sobre a responsabilidade da Rússia no ocorrido.

"Fui completamente informado e tudo está sob controle", tuitou Trump em seus primeiros comentários públicos sobre o ataque.

Ele acrescentou que a "Rússia Rússia Rússia é o canto prioritário quando algo acontece" e sugeriu que a China "pode" também estar envolvida.

"Também poderia ter havido um ataque às nossas ridículas máquinas de votação" durante a eleição presidencial de 3 de novembro, "que agora é óbvio que ganhei, tornando isso uma vergonha ainda mais corrupta para os Estados Unidos", acrescentou o magnata republicano em sua última acusação infundada de suposta fraude na votação vencida pelo democrata Joe Biden.

Essas declarações são feitas um dia depois que o secretário de Estado Mike Pompeo disse que a Rússia estava por trás do ataque cibernético devastador, que também afetou outros alvos no mundo e que, de acordo com especialistas, poderia ter um impacto de longo alcance e levar meses para ser desvendado.

"Acho que agora podemos dizer que está bastante claro que foram os russos que participaram dessa atividade", declarou Pompeo no programa The Mark Levin Show na sexta-feira.

A Microsoft afirmou na quinta-feira que notificou mais de 40 clientes afetados por malware, o que, segundo especialistas em segurança, permitiu aos atacantes acesso irrestrito às suas redes. Cerca de 80% das pessoas afetadas estão localizadas nos Estados Unidos.

A Rússia negou sua participação no ataque.

A Agência de Infraestrutura e Segurança Cibernética dos EUA afirmou na quinta-feira - sem identificar o agressor - que o ataque representava um "sério risco" e que frustrá-lo seria "altamente complexo".

Biden expressou "grande preocupação" com a questão, enquanto o senador republicano Mitt Romney culpou a Rússia e criticou o que chamou de "silêncio imperdoável" da Casa Branca.

Neste sábado, o Departamento de Estado informou que os Estados Unidos fecharão seus dois últimos consulados na Rússia, o de Vladivostok (extremo oriente) e o de Ecaterimburgo (centro).

No entanto, não está claro se essas medidas entrarão em vigor antes de Biden tomar posse. em 20 de janeiro.

Por sua vez, a Otan declarou hoje que estava realizando uma revisão completa de seus sistemas informáticos após o ataque cibernético massivo.

O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos se reúne nesta segunda-feira (14) para selar a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial, um processo meramente formal que assumiu um caráter incomum este ano devido à recusa do atual presidente, Donald Trump, em admitir sua derrota.

Os resultados da eleição de 3 de novembro já foram certificados pelos 50 estados americanos, assim com pelo Distrito de Columbia.

O democrata venceu com 81,3 milhões de votos, 51,3% dos sufrágios emitidos, contra 74,2 milhões (46,8%) do republicano.

Mas nos Estados Unidos o presidente é decidido pelo sufrágio universal indireto, e cada estado dispõe de um número determinado de grandes eleitores com base no tamanho de sua população.

Segundo os resultados da eleição, Biden conquistou 306 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e Trump 232. Para vencer, são necessários ao menos 270.

Os membros do Colégio Eleitoral formalizarão o processo nesta segunda, com a votação dos delegados em cada estado, de forma presencial em alguns e virtual em outros.

A previsão é que Biden alcance o mínimo de 270 eleitores à tarde, quando a Califórnia, com seus 55 eleitores, se pronunciar.

À noite, Biden planeja fazer um discurso de seu reduto político, em Delaware, para celebrar o passo final que consagra sua vitória e "a força e resistência" da democracia americana, de acordo com a equipe de transição.

- Um reconhecimento de Trump -

Embora nos últimos anos tenha sido registrados casos de "eleitores infiéis", que votaram em um candidato que não venceu em seu estado, o número nunca foi suficiente para alterar o resultado de uma eleição.

Mas Trump mantém suas afirmações sem fundamento de que a eleição de novembro foi a "mais corrupta na história dos Estados Unidos", como tuitou novamente no domingo.

A campanha do republicano, porém, não conseguiu provar nenhum caso de fraude e as tentativas de impugnar a votação, examinadas por dezenas de juízes, foram rejeitadas, com apenas uma exceção.

A Suprema Corte, de maioria conservadora graças às designações de três integrantes por Trump, se negou na sexta-feira sequer a considerar duas demandas dos republicanos.

Muitos congressistas republicanos respaldam as alegações de fraude de Trump, mas alguns estariam dispostos a reconhecer a vitória de Biden após a ratificação do resultado pelo Colégio Eleitoral.Entretanto, Trump não deve admitir sua derrota a curto prazo.

Em um sinal de mudança dos ventos, o apoio a Trump da equipe do The Wall Street Journal foi abalado e nesta segunda, em seu editorial, o jornal financeiro pediu para que ele "vire a página".

"Os recursos legais já chegaram ao fim, e ele e o resto dos republicanos podem ajudar o país e a si próprios reconhecendo os resultados e virando a página", disseram os editorialistas.

Não se espera que Trump se recuse a deixar a Casa Branca, mas é provável que ele evite se juntar a Biden em sua posse.

No fim de semana, ao ser questionado em uma entrevista no canal Fox News se compareceria à posse de Biden em 20 de janeiro, como exige o protocolo e séculos de tradição, Trump se limitou a responder: "Não quero falar sobre isto".

Alguns aliados de Trump especularam sobre a possibilidade de contestar o resultado no dia 6 de janeiro, quando o Congresso validará formalmente a votação do Colégio Eleitoral.

Embora as chances de sucesso dessa iniciativa sejam praticamente nulas, este seria mais um exemplo do cenário de profunda divisão em que Biden iniciará sua presidência.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (8) a assinatura de um decreto "para garantir que os cidadãos americanos tenham prioridade para receber vacinas americanas".

O texto, que Trump assinou diante das câmeras durante uma "cúpula da vacina" na Casa Branca, não foi divulgado imediatamente.

Não está claro como este decreto seria aplicado, visto que os fabricantes de vacinas já assinaram acordos com outros países.

Mas a medida sugere que os Estados Unidos estão preocupados com uma possível escassez quando prevem imunizar dezenas de milhões de pessoas nos próximos meses.

Há mais de 330 milhões de americanos e o governo diz que pode cumprir sua meta de fornecer uma vacina para todos até abril.

A Pfizer / BioNTech, cuja vacina pode ser licenciada pela agência de medicamentos FDA nos próximos dias, só tem contrato com os Estados Unidos para 100 milhões de doses.

A Moderna, cuja vacina pode ser aprovada até o final da próxima semana, também se comprometeu a entregar 100 milhões de doses nos Estados Unidos.

Cada contrato inclui opções para doses adicionais, mas o tempo para ativar essas cláusulas pode atrasar a entrega em vários meses.

Os dois fabricantes possuem fábricas nos Estados Unidos e na Europa e existem leis que, em tese, permitiriam ao governo dos Estados Unidos ser o primeiro na produção que é gerada, como a Lei de Produção de Defesa.

"Se necessário, invocaremos a Lei de Produção de Defesa. Não acreditamos que seja necessário", disse Trump.

Duas outras vacinas altamente avançadas em ensaios clínicos poderiam ser licenciadas no início do ano e garantir o abastecimento dos EUA: a vacina de duas doses AstraZeneca / Oxford (da qual Washington encomendou 500 milhões de doses), e a vacina de dose única da americana Johnson & Johnson, da qual os Estados Unidos esperam 100 milhões de doses.

A luta do presidente Donald Trump contra os resultados das eleições que perdeu no mês passado nos Estados Unidos está se transformando em um fiasco, mal recebida por juízes, enfraquecida por testemunhas pouco sérias e agora sem seu principal advogado, Rudy Giuliani, doente com covid-19.

"Esta questão ilustra bem a expressão: 'o trem passou'", escreveu nesta segunda-feira (7) uma juíza federal que se recusou a invalidar a vitória do democrata Joe Biden em Michigan, conforme solicitado pelos aliados do presidente republicano.

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"O povo escolheu", acrescentou Linda Parker, rejeitando as alegações de fraude eleitoral com base em "especulações e conjecturas".

Esse revés é o mais recente de uma longa série: mais de 40 dos quase 50 recursos judiciais interpostos pela equipe de Trump para contestar a eleição já foram rejeitados pelos juízes ou abandonados pelos promotores.

Os outros esforços do presidente e seus aliados para rejeitar o veredicto nas urnas não tiveram mais sucesso. Uma recontagem no estado de Wisconsin, paga pelos republicanos, acabou dando 87 votos adicionais ao rival.

Quanto às pressões sobre os parlamentares locais, elogiados ou criticados pelo entorno de Trump, também não impediram a certificação dos resultados em estados-chave.

Após a sucessão de derrotas, alguns parlamentares republicanos locais não hesitam em contradizer abertamente o presidente.

O vice-governador da Geórgia, Geoff Duncan, denunciou "a montanha de desinformação" vinda da Casa Branca nesta segunda-feira, dizendo que as alegações de fraude poderiam "ser frustradas em 10 segundos".

Em um tom mais diplomático, o procurador-geral, Bill Barr, um dos aliados mais próximos de Trump, disse não ter visto evidências suficientes para mudar o resultado da eleição.

- Esquete -

O tempo é curto para a campanha Trump. O colégio eleitoral se reunirá na próxima semana para eleger o 46º presidente dos Estados Unidos.

Mas o bilionário republicano não joga a toalha. Na noite de sábado, ele voltou a afirmar que as eleições foram fraudadas, durante um comício para apoiar dois candidatos de seu partido que disputarão eleições importantes para o controle do Senado em janeiro.

"Nós vamos vencer", ele insistiu para uma multidão de torcedores na Geórgia.

No dia seguinte, o presidente sofreu outro revés quando um teste revelou que seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, havia contraído a covid-19.

O ex-prefeito de Nova York, de 76 anos, precisou ser hospitalizado, mas disse que se sentia bem em um tuíte postado na noite de domingo.

Giuliani vinha argumentando há um mês que o presidente havia vencido as eleições, quase chegando ao ridículo.

Durante uma recente entrevista coletiva, o advogado mencionou várias teorias da conspiração, acusando Venezuela, Cuba e os democratas, entre outros, pela manipulação eleitoral.

As testemunhas apresentadas pelos republicanos às vezes pareciam ultrajantes o suficiente a ponto de uma delas inspirar um esquete do famoso programa satírico "Saturday Night Live".

- Armados -

Apesar de sua natureza desesperada, a cruzada republicana pode ter efeitos nefastos.

Em primeiro lugar, porque paralisou parlamentares republicanos que, com exceção de alguns, ainda não reconhecem a vitória de Biden, o que pode dificultar o trabalho do futuro presidente com a oposição.

E principalmente porque levantou dúvidas sobre a legitimidade do resultado das eleições presidenciais em uma parte da população. Mais de 1.500 juristas relataram nesta segunda-feira "denúncias frívolas" que, segundo eles, só buscam "minar a fé dos eleitores na integridade das eleições".

Nesse contexto, alguns parecem dispostos a ir longe demais em sua defesa de Trump. Cerca de vinte pessoas armadas cercaram a casa da congressista de Michigan encarregada de supervisionar o processo eleitoral, Jocelyn Benson, no sábado.

Na Geórgia, vários agentes eleitorais receberam ameaças, o que levou um político republicano local, Gabriel Sterling, a implorar a Trump para mudar o tom de seu discurso. Do contrário, advertiu ele, "alguém pode ser ferido, baleado, morto".

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