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A filha e conselheira do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Ivanka Trump, foi interrogada sob juramento em processo civil sobre o suposto uso irregular de fundos sem fins lucrativos para a posse de seu pai, em 2016. O escritório do procurador-geral do Distrito de Columbia, Karl Racine, informou que Ivanka prestou o depoimento na terça-feira (1°).

Em uma ação judicial de janeiro de 2020, Racine alegou que o negócio imobiliário de Trump e outras entidades usaram fundos sem fins lucrativos para enriquecer a família do presidente.

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De acordo com o processo, uma corporação isenta de impostos, sob o nome de 58º Comitê Inaugural Presidencial, coordenou com a família Trump para pagar a mais por espaço para eventos no Trump International Hotel, em Washington.

A ação alega que, em um dos casos citados no processo, a organização sem fins lucrativos pagou mais de US$ 300 mil para realizar uma recepção privada no Hotel Trump para os três filhos mais velhos do presidente - Donald Jr., Ivanka e Eric - na noite da posse do presidente, em 20 de janeiro de 2017.

"A lei distrital exige que as organizações sem fins lucrativos usem seus fundos para seu propósito público declarado, não para beneficiar indivíduos ou empresas privadas", disse Racine no início deste ano.

O processo visa recuperar US$ 1 milhão que foram supostamente canalizados diretamente para os negócios da família Trump.

Procurada, a Casa Branca não respondeu às reportagens. O comitê da posse disse que suas finanças foram auditadas de forma independente e que todo o dinheiro foi gasto legalmente.

Embora as leis de financiamento restrinjam o tamanho das contribuições de campanha, os comitês de posse podem aceitar doações ilimitadas, inclusive de empresas.

Os US$ 107 milhões levantados pelo comitê de posse de Trump, presidido pelo incorporador e investidor Thomas Barrack, foram a maior quantia para tal gasto na História, de acordo com os arquivos da Comissão Eleitoral Federal.

O ex-assessor Richard Gates, da campanha de Trump, atuou como vice-presidente do comitê de posse. Gates foi um dos vários associados de Trump condenados na investigação do ex-promotor especial Robert Mueller para saber se a Rússia interferiu nas eleições de 2016. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um longo discurso da Casa Branca nesta quarta-feira, 2, no qual insistiu que ganhou a eleição e mais uma vez se recusou a reconhecer a vitória do presidente eleito, Joe Biden, menos de dois meses antes do dia marcado para a posse do democrata.

O discurso - que não estava na programado na agenda de Trump e que ele chamou de "talvez o discurso mais importante que já fiz" - marcou a última escalada retórica do presidente enquanto ele continua contestando os resultados de uma eleição que perdeu.

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O republicano repetiu que "sem dúvidas" venceu o pleito, embora a Associated Press tenha dito que Biden receberia 306 votos do Colégio Eleitoral, bem mais que os 270 necessários para garantir a presidência. Nenhuma evidência de fraude eleitoral generalizada surgiu, e as autoridades de segurança interna no início de novembro chamaram a disputa de 2020 de "a eleição mais segura da história dos EUA".

Trump disse que está preparado para "aceitar qualquer resultado eleitoral preciso e espero que Joe Biden também esteja". Mas ele deixou claro que não tinha planos de admitir derrota. Assessores de Trump dizem que ele provavelmente nunca concederá formalmente a corrida, mas deixou o cargo alegando que a eleição foi roubada dele. Ele tem discutido uma candidatura a outro mandato em 2024.

"Não se trata apenas da minha campanha, embora tenha muito a ver com quem será seu próximo presidente", disse ele. "Trata-se de restaurar a fé e a confiança nas eleições americanas." Ele disse que estava representando 74 milhões de pessoas que votaram nele e "todas as pessoas que não votaram em mim".

"Esta eleição foi fraudada. Todo mundo sabe disso", disse Trump durante seu discurso. "Não me importo se perder uma eleição, mas quero perder uma eleição justa. O que não quero é que seja roubado do povo americano. É por isso que estamos lutando." Fonte: Dow Jones Newswires.

A Suprema Corte da Pensilvânia rejeitou no sábado um novo recurso da campanha do presidente Donald Trump que alegava irregularidades durante as eleições nos Estados Unidos.

A demanda apresentada pelos republicanos exigia a anulação dos votos por correio ou a invalidação de todos os votos e deixar aos legisladores do estado a escolha do vencedor na Pensilvânia.

O presidente eleito, o democrata Joe Biden, venceu na Pensilvânia com uma vantagem de 81.000 votos.

O tribunal rejeitou as duas demandas por unanimidade e considerou a segunda de proposta "surpreendente", pois solicitava ao tribunal "privar todas as 6,9 milhões de pessoas que votaram na Pensilvânia".

A ação também questionava a lei adotada em 2019 que permitiu o voto universal por correio na Pensilvânia, alegando que era inconstitucional.

Na decisão, os juízes afirmaram que a contestação à lei aconteceu muito tarde, mais de um ano depois de sua aprovação, e em um momento no qual o resultado da eleição "parecia aparentemente evidente".

A Pensilvânia certificou a vitória de Joe Biden em 24 de novembro. Na sexta-feira, uma corte de apelação rejeitou outro recurso de Trump que alegava que as eleições não foram equitativas.

A campanha de Trump já sofreu mais de 20 derrotas judiciais em sua tentativa de negar o resultado das eleições de 3 de novembro.

A equipe de política externa do presidente eleito Joe Biden entrou em cena com promessas de retornar à cooperação internacional e aos valores democráticos após os caóticos quatro anos de Donald Trump.

O governo que tomará posse no dia 20 de janeiro já disse que sua maior prioridade é o combate à covid-19, mas também precisará enfrentar decisões em diversos assuntos mundiais.

- China e Rússia -

Em seu último ano, o governo Trump deu uma guinada agressiva contra a China. Tachou como um fracasso os anos de comprometimento dos EUA com a segunda potência mundial e se envolveu em um grande confronto com Pequim, cujo governo ele culpou pela pandemia de covid-19.

Biden, que tem experiência diplomática nas relações com a China, concorda que os tempos mudaram e que a potência asiática deve ser tratada como concorrente.

No entanto, a equipe de Biden provavelmente vai moderar sua retórica. O secretário de Estado escolhido, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos serão muito francos em relação aos direitos humanos e outras questões, mas também buscarão áreas nas quais possam trabalhar junto com Pequim, como o combate à pandemia e as mudanças climáticas.

Em contrapartida, Biden promete assumir uma posição mais dura com a Rússia, cujo presidente Vladimir Putin é admirado por Trump. Essa abordagem de Biden inclui a imposição de custos a Moscou por sua suposta interferência nas eleições dos EUA e o apoio a grupos pró-democracia de Belarus, aliada da Rússia.

Mas, embora Biden provavelmente não fale em "reajustar" as relações, como fez o presidente Barack Obama, muitos especialistas acreditam que ele não tem outra escolha a não ser um acordo com a Rússia.

Um dos primeiros testes para Biden poderia ser o tratado Novo START, que limita o número de ogivas nucleares e expira em 5 de fevereiro. Os líderes democratas concordam com Putin em prorrogar esse tratado por um ano.

- Virada no Oriente Médio -

Biden defende que a diplomacia volte a reinar nas relações com o Irã, país que tem sido alvo de sanções de Trump, mas é preciso considerar que qualquer negociação com Teerã será difícil.

Biden, Irã e países europeus ainda apoiam o tratado de desnuclearização negociado por Obama, ao qual o governo de Teerã aderiu, até que Trump retirou os Estados Unidos do pacto.

Biden pede que o acordo seja mais severo e extenso, mas o Irã já está jogando duro. Advertiu que não revisará as condições e que não apenas buscará amenizar as sanções impostas por Trump, mas também quer que Washington indenize o país pelos prejuízos sofridos.

Como fator de pressão para ambos as partes estão as eleições presidenciais no Irã, que serão realizadas em junho. Os favoritos são adeptos da linha-dura que argumentam que Teerã errou ao confiar nos EUA.

Biden também alertou que será enérgico com a Arábia Saudita, um aliado tradicional de Washington que foi cortejado por Trump apesar de seu histórico questionável nos direitos humanos, que inclui o assassinato brutal do escritor Jamal Khashoggi.

- Tropas no Afeganistão -

Biden herda de Trump um acordo com o Talibã, por meio do qual as tropas americanas deixarão o Afeganistão em maio e encerrarão a guerra iniciada há quase 20 anos. Trump já está acelerando o retorno dos soldados e planeja retirar cerca de 2 mil até meados de janeiro.

O Afeganistão é uma das poucas questões em que Biden concorda com Trump. Quando era vice-presidente de Obama, Biden questionou os compromissos militares assumidos por tempo indeterminado com Cabul.

Mas Biden, ciente da turbulência gerada no Iraque quando Obama retirou todas as tropas americanas, disse em setembro que deseja manter uma pequena força antiterrorismo no Afeganistão capaz de enfrentar extremistas do grupo Estado Islâmico.

- Fim do romance com a Coreia do Norte -

Um dos gestos diplomáticos mais incomuns de Trump foram seus três encontros com o líder norte-coreano Kim Jong Un, por quem ele disse ter "se apaixonado".

Biden, que foi chamado pela mídia estatal norte-coreana de um "cachorro louco" que deve ser "espancado até a morte", afirmou que não se encontraria com Kim sem condições pré-estabelecidas.

O presidente eleito acusa Trump de ter legitimado Kim, mas está aberto a negociações de nível baixo com Pyongyang.

- Mudança com a Venezuela? -

A equipe de Biden deu sinais claros sobre como vai lidar com a Venezuela depois que Trump tentou sem sucesso derrubar, por meio de sanções, o governo socialista de Nicolás Maduro.

Alguns analistas acreditam que Biden será mais moderado com Caracas e defenderá mais a mediação internacional para conseguir uma transição gradual para um novo governo venezuelano.

Maduro disse que espera um diálogo "decente" com Biden, mas o líder da oposição Juan Guaidó quer continuar contando com o apoio de Washington.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (25) que perdoou seu ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn, que admitiu ter mentido em 2017 para o FBI sobre seus contatos na Rússia.

"É uma grande honra para mim anunciar que o general Michael T. Flynn recebeu o indulto total", tuitou o presidente republicano, deixando a Casa Branca em 20 de janeiro.

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Flynn foi o primeiro amigo próximo do presidente a ser investigado por suspeitas de conluio entre Moscou e a equipe de campanha do bilionário republicano em 2016.

Essa investigação estragou os primeiros dois anos do mandato de Trump, mas foi encerrada com a ausência de evidências de conluio entre a Rússia e o entorno do presidente.

O general Flynn participou da campanha vitoriosa do republicano e, em seguida, teve trocas confidenciais com o embaixador russo em Washington Sergey Kisliak em dezembro de 2016.

O FBI o questionou em 24 de janeiro de 2017, quando ele já era Conselheiro de Segurança Nacional, mas ele escondeu esses contatos. Como resultado, ele teve que renunciar rapidamente por também ter mentido para o vice-presidente Mike Pence.

Em 2017, ele se confessou culpado de perjúrio e concordou em ajudar na investigação do caso russo.

Em 2019, contudo, ele mudou seus advogados e sua estratégia de defesa, e desde então pede a anulação do julgamento, declarando-se vítima de manipulação.

Em maio, o secretário de Justiça, liderado por Bill Barr, um dos aliados mais fortes de Trump, decidiu desistir das ações judiciais contra ele, uma decisão muito incomum quando o réu reconheceu sua culpa.

Um novo governo poderia reabrir o caso, mas o indulto de Trump definitivamente fecha essa possibilidade.

“Este indulto é injustificado, contrário aos princípios e deixa uma mancha adicional” no balanço de Trump, criticou o congressista democrata Jerry Nadler, que preside o Comitê Judiciário da Câmara.

O presidente "concedeu esse indulto para encorajar Flynn a recuar em sua promessa de cooperar com os investigadores federais, cooperação que poderia ter exposto os delitos do presidente", acrescentou Nadler.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializará nesta terça-feira (24) o tradicional indulto anual a um peru - que se livrará de acabar na mesa do jantar de Ação de Graças na quinta-feira -, no que pode ser o primeiro de vários perdões por vir.

Esse estranho ritual presidencial que antecede o feriado nacional de quinta, quando mais de 45 milhões de perus serão consumidos em todo o país, tem suas origens várias décadas atrás.

Normalmente de caráter alegre, o "perdão" deste ano chega, porém, em meio à recusa sem precedentes de Trump em aceitar sua derrota na eleição presidencial vencida pelo democrata Joe Biden.

Nesta terça-feira, o presidente retuitou uma foto dele com olhar desafiador sobre a mesa do Salão Oval com a legenda "Não concedo NADA!!!!!"

O evento realizado no Roseiral da Casa Branca marcará uma das poucas aparições de Trump em uma cerimônia oficial desde sua derrota em 3 de novembro. Suas partidas de golfe têm sido mais frequentes do que seus eventos públicos, enquanto ele passa a maior parte do tempo tentando reverter os resultados eleitorais, sem sucesso.

Compartilhando os holofotes com o presidente estarão dois grandes perus brancos chamados Corn (Milho) e Cob (Espiga).

A Casa Branca fez uma pesquisa no Twitter para determinar quem deve receber o perdão presidencial, ainda que na realidade ambos serão enviados para se aposentar no "Gobbler's Rest", na universidade Virginia Tech.

Trump não responde a perguntas de jornalistas desde sua derrota e tampouco deve fazê-lo nesta terça.

Mas o presidente em fim de mandato será observado de perto em busca de sinais de outros planos de perdão mais sérios que podem surgir antes de ele sair do cargo em 20 de janeiro. Muitos líderes prestes a deixar o poder intensificam o uso do perdão presidencial enquanto fazem as malas na Casa Branca.

Tratam-se muitas vezes de demonstrações pouco controversas de misericórdia ou tentativas de promover a reconciliação nacional, como as anistias concedidas pelos presidentes Gerald Ford e Jimmy Carter para americanos que descumpriram o serviço militar obrigatório da Guerra do Vietnã.

Antes de deixar Washington, espera-se que Trump estenda seus indultos aos presos que receberam sentenças muito duras de prisão por crimes relativamente menores relacionados às drogas desde os anos 1990.

No entanto, o presidente republicano também cogitou opções mais polêmicas, como conceder perdão a amigos ou mesmo a pessoas já condenadas por crimes relacionados ao seu governo.

A Pensilvânia certificou os resultados da eleição presidencial dos Estados Unidos que apontaram ao democrata Joe Biden o vencedor em 3 de novembro no estado, informou o governador Tom Wolf nesta terça-feira.

O Departamento de Estado da Pensilvânia "certificou os resultados", tuitou Wolf, anunciando que assinou o certificado confirmando a vitória de Biden e sua companheira de chapa Kamala Harris sobre o presidente Donald Trump neste estado, com 20 votos no colégio eleitoral.

Os resultados finais mostram que Biden ganhou na Pensilvânia por 81.000 votos, de um total de 6,9 milhões de eleitores. Neste estado tradicionalmente democrata, Trump venceu Hillary Clinton há quatro anos por apenas 44.000 votos.

Wolf também parabenizou os funcionários eleitorais "que estão sob constante ataque e fizeram um trabalho admirável e honrado".

Na segunda-feira, uma comissão especial já havia certificado a vitória de Biden sobre Trump em Michigan, outro estado decisivo que o republicano venceu por pouco em 2016.

Em Michigan, onde 5,5 milhões de pessoas votaram, Biden teve vantagem de cerca de 156.000 votos sobre Trump para obter seus 16 votos no Colégio Eleitoral.

A certificação dos resultados eleitorais costuma ser um mero trâmite, mas Trump, que ainda não aceitou a derrota, tentou atrasar o processo contestando os resultados na Justiça.

Na Pensilvânia, um juiz federal rejeitou uma ação movida pelo advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, alegando fraude eleitoral no estado.

Ao dar sua permissão para iniciar a transição para um governo democrata, Trump prometeu na segunda-feira continuar lutando para provar que houve fraude contra ele na eleição. No entanto, continua sem apresentar as evidências.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (23) que não irá mais se opor ao início do processo de transição de poder para a administração de Joe Biden, dando um importante passo rumo à admissão de derrota nas eleições presidenciais.

Trump tuitou que a Administração de Serviços Gerais deve "fazer o que precisa ser feito", após a diretora da agência, Emily Murphy, anunciar que daria início ao processo de transição.

O presidente republicano passou as últimas três semanas, desde a eleição de 3 de novembro, alegando, sem qualquer prova, que a vitória de Biden foi resultado de fraude.

Murphy, que nega ter agido sob pressão política, até agora se recusou a liberar os fundos que sua agência administra para a nova equipe.

Biden comemorou a liberação da ajuda governamental, um passo que descreveu como crucial para "uma transição de poder pacífica".

A chefe da Administração de Serviços Gerais "confirmou o presidente eleito Joe Biden e a vice-presidente eleita Kamala Harris como os vencedores das eleições, proporcionando à nova administração os recursos e o apoio necessário para realizar uma transição de poder tranquila e pacífica", disse a equipe do presidente eleito em comunicado.

O conselho de apuração eleitoral do Michigan (Board of State Canvassers) oficialmente certificou a vitória do democrata Joe Biden nas eleições no estado sobre Donald Trump nesta segunda-feira (23), limitando as opções para o presidente em fim de mandato contestar o resultado das eleições nos Estados Unidos.

O conselho votou (três a favor, uma abstenção) para certificar Biden como o vencedor, depois que o democrata superou Trump por quase 156.000 votos, em um estado que teve 5,5 milhões de votos emitidos.

Um dos quatro membros dessa comissão, um republicano, se absteve, seguindo o caminho de Trump, que denuncia sem evidências uma fraude eleitoral nas eleições presidenciais.

É "inaceitável" que haja "tantas perguntas sem respostas", disse o republicano Norman Shinkle, durante uma reunião transmitida ao vivo pela Internet.

A certificação dos resultados eleitorais geralmente é um mero trâmite, mas o presidente Trump e seus aliados pressionaram os republicanos no Michigan nos últimos dias na esperança de atrasar o processo em um estado onde venceu por pouco em 2016.

A Casa Branca convidou dois membros do Congresso estadual na sexta-feira.

O segundo republicano da comissão do Michigan, Aaron van Langevelde, considerou que havia muitas "interpretações errôneas sobre o papel" desse órgão.

"Não somos um tribunal, não podemos realizar um julgamento", disse, considerando que é seu "dever" certificar os resultados.

"A democracia prevaleceu", respondeu a secretária de Estado do Michigan, Jocelyn Benson, no Twitter.

O voto da Comissão "confirma uma verdade: a eleição foi justa e segura, e seu resultado reflete a vontade dos eleitores", acrescentou.

Outro estado importante, a Pensilvânia, onde Joe Biden tem uma liderança de mais de 80.000 votos, deve certificar seus resultados nesta segunda-feira.

O presidente Donald Trump segue entrincheirado na Casa Branca, sem aparições públicas, enquanto a pandemia avança e seus advogados colecionam derrotas nos tribunais. Ontem, líderes do Partido Republicano aumentaram a pressão para que ele aceite a derrota e conceda uma transferência de poder para o democrata Joe Biden.

Os dois últimos conselheiros de Segurança Nacional dos EUA, o general Herbert McMaster e John Bolton, criticaram ontem o comportamento do presidente em aparições na TV. "Biden tomará posse em janeiro. A verdadeira questão é o tamanho do prejuízo que Trump pode causar antes que isso aconteça", afirmou Bolton no programa State of the Union, da CNN. "No momento, Trump está jogando pedras nas janelas. Ele é tipo um vândalo da política."

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Ao programa Face the Nation, da CBS,McMaster disse que os esforços de Trump são "prejudiciais" e alertou que suas ações estavam semeando dúvidas entre o eleitorado. "Ele está fazendo o jogo dos nossos adversários", disse o general. "A Rússia, por exemplo, não se importa com quem vence, desde que muitos americanos duvidem do resultado, minando a democracia dos EUA."

O governador de Maryland, o republicano Larry Hogan, também disse que Biden seria empossado no dia 20 de janeiro. "Estou envergonhado com a falta de liderança do partido em se manifestar reconhecendo o resultado da eleição", disse Hogan. "Os EUA costumavam monitorar eleições em todo o mundo, mas agora estamos começando a parecer uma república das bananas."

Trump parece ficar cada vez mais isolado, com alguns senadores e alguns deputados apenas repetindo suas alegações de fraude generalizada na eleição. Ontem, pelo menos três senadores republicanos - John Cornyn, Pat Toomey e KevinCramer - vieram a público dizer que é hora de começar a transição e Biden receber os relatórios de segurança.

Chris Christie, ex-governador de New Jersey e um aliado do presidente, disse que as ações legais da campanha eram um "constrangimento". "Eu apoiei o presidente. Votei nele duas vezes. Mas as eleições têm consequências e não podemos continuar a agir como se tivesse acontecido alguma coisa que não aconteceu", afirmou.

Um dos mais duros com o presidente foi o deputado Fred Upton, de Michigan. Biden venceu o Estado por mais de 150 mil votos de vantagem, mas Trump vem pressionando o Legislativo estadual - de maioria republicana - para ignorar o resultado das urnas e escolher eleitores fiéis a ele no colégio eleitoral.

"Os eleitores deram o veredicto. Ninguém apresentou qualquer evidência de fraude ou abuso. Todos os 83 condados certificaram seus resultados eleitorais. Eles serão tabulados oficialmente ou deveriam ser amanhã (hoje). Esperamos que esse processo avance e deixe os eleitores, não os políticos, darem a palavra final", afirmou o deputado no programa Inside Politics, da CNN.

Upton se refere à certificação dos resultados, uma espécie de ato administrativo final que chancela a vitória de Biden no Estado. Na sexta-feira, a Geórgia certificou a vitória do democrata. Hoje, será a vez dos Estados de Michigan e Pensilvânia. Amanhã, Minnesota e Nevada - em mais um sinal de que o caminho para Trump contestar as urnas vai se estreitando.

A última derrota de Trump nos tribunais ocorreu na Pensilvânia. O juíz Matthew Brann rejeitou o pedido para descartar quase 7 milhões de votos com uma sentença dura. "Esta ação é como o monstro de Frankenstein, foi costurada ao acaso, a partir de duas teorias distintas, em uma tentativa de evitar os precedentes", escreveu. No fim de semana, o presidente perdeu outros processos judiciais na Geórgia, Michigan e Arizona. (com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu para jogar golfe depois de fazer uma breve aparição na cúpula do G20, organizada pela Arábia Saudita de forma virtual devido à covid-19.

Trump, que ainda não admitiu a derrota para Joe Biden na eleição presidencial deste mês, discursou durante a sessão de abertura da cúpula.

Uma fonte com acesso às sessões online, fechadas para a imprensa, disse que Trump afirmou ter feito "um trabalho absolutamente incrível durante sua gestão, economicamente e com a pandemia".

Foi um exercício de “auto-propaganda”, segundo a mesma fonte, que acrescentou que o presidente Trump “nada disse sobre a situação global”.

“Foi uma honra trabalhar com vocês e espero trabalhar com vocês no futuro e por muito tempo”, teria dito o presidente ao fim do discurso, segundo outra fonte.

Ao fim da videoconferência, Trump foi substituído pelo secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, enquanto outros líderes mundiais continuavam a falar.

Mais tarde, o mandatário republicano deixou a Casa Branca e se dirigiu a um campo de golfe na Virgínia, perto de Washington, onde foi saudado por um punhado de apoiadores, um deles segurando uma faixa que dizia "mais quatro anos".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa nesta sexta-feira de encontro virtual de líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec). De acordo com a agenda da Casa Branca, a reunião será às 8h50 (de Brasília, 6h50 em Washington) e é fechada à imprensa.

A APEC é um fórum de 21 países do círculo do Pacífico do qual fazem parte EUA, China e Rússia e outros países da região. No encontro de hoje, o debate será sobre a covid-19 e as medidas para recuperação econômica.

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Será o primeiro evento de Trump com o líder chinês, Xi Jinping, desde a derrota do republicano na corrida à Casa Branca. Além deste encontro, Trump faz um discurso às 16h30 sobre a redução de preços de medicamentos prescritos.

Os Estados Unidos superaram nesta quarta-feira (18) a marca dos 250.000 mortos pela covid-19 desde o início da pandemia, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins.

O país, que totaliza agora 250.029 óbitos pelo novo coronavírus, detém de longe o maior registro nacional de falecidos com a doença, à frente de Brasil (com 167.455 mortos), Índia (com 130.993) e o México (99.026).

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O presidente Donald Trump tem desqualificado insistentemente a ameaça do vírus, raramente usando máscaras e promovendo grandes comícios lotados de simpatizantes durante a campanha para as eleições de 3 de novembro, nas quais foi derrotado pelo democrata Joe Biden.

Distanciamento social, uso de máscaras e outras medidas são seguidas de forma errática em algumas regiões do país, apesar de um aumento crescente no número de casos e mortes.

O país agora registra rotineiramente mais de 1.000 óbitos e 150.000 novos casos por dia.

Devido ao aumento de casos, a cidade de Nova York voltará a fechar as escolas públicas esta semana e voltou a impor algumas restrições a bares e restaurantes.

Duas candidatas a vacinas tiveram um bom desempenho em testes recentemente, gerando esperanças para os Estados Unidos e o resto do mundo.

O novo coronavírus matou mais de 1.343.000 pessoas no planeta desde que a doença emergiu na China, em dezembro passado, segundo uma contagem de fontes oficiais, compilada pela AFP.

O presidente eleito, Joe Biden, pediu que os americanos usem máscaras e façam distanciamento social até que uma vacina esteja amplamente disponível.

Donald Trump distribui golpes sem controle. O presidente americano e seus aliados continuam na luta contra o veredicto das urnas, com a demissão de um alto funcionário encarregado da segurança nas eleições, pressões sobre políticos locais que supervisionam a apuração e recursos judiciais.

Mais de dez dias depois do anúncio da vitória do democrata Joe Biden, o presidente republicano insiste em sua mensagem: "foi uma eleição manipulada", "venci", como voltou a escrever nesta quarta-feira (18) em uma série de tuítes matinais.

"Os observadores republicanos não foram autorizados", voltou a queixar-se. Na véspera, a Suprema Corte da Pensilvânia havia rejeitado uma denúncia apresentada a esse respeito.

As máquinas que registraram os votos "fizeram trapaças", acrescentou o presidente republicano, apesar do desmentido feito por várias autoridades eleitorais, inclusive uma que qualificou em um comunicado as eleições de 3 de novembro como as "mais seguras da história dos Estados Unidos".

Trump não perdoou estas declarações. Na noite de terça-feira, demitiu Chris Krebs, diretor da Agência de Segurança de Infraestrutura e Cibersegurança (CISA), que assinou este comunicado.

Sua avaliação não foi "exata e parecia um ataque partidário destinado a atacar o presidente", justificou a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, em declarações ao canal Fox.

- Pressões republicanas -

Assim como ela, vários aliados do presidente o apoiam em sua cruzada, embora isto signifique criticar políticos do próprio Partido Republicano.

Brad Raffensperger, secretário de Estado republicano da Geórgia, encarregado de supervisionar o processo eleitoral, foi vítima destes ataques.

Depois que vários congressistas pediram sua demissão, Raffensperger assegura ter sofrido pressões de parte do influente senador Lindsey Graham, que lhe sugeriu invalidar parte dos votos enviados pelos correios.

Graham desmentiu estas acusações. "Sentiu-se ameaçado por nossa conversa, tem um problema", disse o senador.

A Geórgia concentra as atenções porque ali é feita a recontagem manual de cinco milhões de votos, cujo resultado é muito apertado.

Com essa recontagem, as autoridades descobriram mais de 5.200 votos não contabilizados em dois condados onde os republicanos têm bons resultados.

Trump deveria obter centenas de votos após a recontagem, mas isso não bastaria para alcançar Biden, que dispõe neste momento de uma vantagem de quase 14.000 votos neste estado.

Embora as autoridades locais tenham justificado o ocorrido por uma falha no download dos resultados, Trump aproveitou o incidente para repetir as acusações de "fraudes" maciças e pediu ao governador republicano da Geórgia, Brian Kemp, para se negar a validar os resultados das eleições.

- Queda de braço -

Em Michigan, agentes eleitorais republicanos se negaram nesta terça durante horas a validar os votos registrados no condado que inclui a cidade de Detroit, onde a população negra é majoritária e vota maciçamente nos democratas.

Embora tenham acabado cedendo, esta queda de braço foi um ataque inédito ao trabalho de apuração.

Por outro lado, o advogado pessoal de Trump, Rudy Giulani, prossegue com a campanha nos tribunais do país, sem nenhum sucesso até o momento.

Para frear o que parece ser inevitável, os aliados de Trump também pediram uma recontagem em dois condados de Michigan.

Apesar dos seus esforços, o tempo se esgota. Os estados começaram a confirmar seus resultados antes da data limite de 14 de dezembro, quando o Colégio Eleitoral vai se reunir para votar formalmente em um ou outro candidato das presidenciais.

Em entrevista veiculada pelo "Programa do Bial", na noite da última segunda-feira (16), o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama comparou as políticas de Jair Bolsonaro às do atual presidente norte-americano Donald Trump. O democrata reiterou que Joe Biden, o presidente eleito de seu país, tomará posição de liderança diante as questões climáticas e que espera que o presidente brasileiro faça o mesmo.

“O Brasil foi um líder no passado, seria uma pena se parasse de ser. Minha esperança é que, com a nova administração de Biden, há uma oportunidade de redefinir essa relação. Sei que ele vai enfatizar que a mudança climática é real, que Estados Unidos e Brasil têm um papel de liderança a desempenhar”, afirmou.

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Obama também destacou o desprezo de Bolsonaro pelas orientações dadas pela ciência diante da pandemia da Covid-19. “Eu não conheço o presidente do Brasil. Eu já tinha saído quando ele assumiu o cargo. Então não quero dar uma opinião sobre alguém que não conheci. Posso dizer que, com base no que vi, as políticas dele, assim como as do Donald Trump, parecem ter minimizado a ciência da mudança climática. Isso teve consequências para eles”, comentou.

O democrata ainda elogiou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lembrando que ele ampliou a classe média brasileira e disse que não sabia de seu envolvimento em investigações policiais. "Com os relatos de corrupção que surgiram, na época eu não sabia de todos eles. Acho que o dom que o Lula tinha de se conectar com o povo brasileiro e o progresso econômico que aconteceu quando ele tirou as pessoas da pobreza são coisas que não podem ser negadas”, acrescentou.

Para Obama, grandes líderes como o ex-presidente brasileiro, o russo Vladimir Putin e a chanceler alemã Angela Merkel acabam refletindo as contradições e tensões de seus países. “Entender qualquer um deles, é importante entender a história deles, o contexto no qual operam, as restrições políticas com as quais precisam lidar. Muitas vezes não reservamos um tempo para nos entender além das fronteiras nacionais. Esses desentendimentos podem gerar conflitos e guerras", completou.

Uma mulher na Casa Branca

Para Obama, é possível que, nas próximas eleições, os norte-americanos escolham uma mulher para ocupar o posto de presidente dos Estados Unidos. “O trabalho de empoderar as mulheres é contínuo. Foi interessante, como presidente, observar que os países que oprimem as mulheres, que não usam os talentos das mulheres, tendem a ser os países que não se desenvolvem economicamente e que têm outros problemas. Espero que Kamala Harris seja apenas o início de um processo no qual cada vez mais mulheres no mundo sejam vistas como líderes nos níveis mais altos”, comentou.

As alegações de fraude eleitoral feitas pelo presidente americano, Donald Trump têm como alvo a empresa Dominion Voting Systems, que ele afirma ter adulterado milhões de cédulas eletrônicas. Segue abaixo o que sabemos sobre este caso:

- Quem é a Dominion? -

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A Dominion Voting Systems é uma empresa canadense fundada em 2003, que tem sua sede americana em Denver, Colorado. Especializada em tecnologia eleitoral, proporciona a autoridades as máquinas e o software associado que muitos americanos usam para votar.

Segundo um estudo da Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, a tecnologia da empresa foi usada por mais de 71 milhões de eleitores americanos nas eleições de 2016, em 1.635 localidades, o que a converte no segundo maior provedor do país - atrás da Election Systems & Software - no mercado de tecnologia de votação americano.

- O que Trump alega? -

O presidente americano tuitou esta semana uma informação da rede conservadora One America News Network (OANN) segundo a qual o software da Dominion teria "apagado 2,7 milhões de votos para Trump em todo o país", e que centenas de milhares de votos destinados a ele teriam sido desviados para seu rival, Joe Biden, nos estados que usam a tecnologia da Dominion.

Desde então, apoiadores de Trump se baseiam nessa informação para reforçar o discurso de fraude eleitoral em larga escala que denunciam sem provas, a começar pelo advogado pessoal do presidente, Rudy Giuliani, que declarou neste domingo à rede conservadora Fox News que a Dominion "é uma empresa da esquerda radical".

"Uma empresa estrangeira, que tem vínculos estreitos com a Venezuela e, portanto, com a China, e que utiliza um software de uma empresa venezuelana usado para fraudar eleições em outros países", afirmou Giuliani, entre outras acusações com conotação conspiratória.

- O que aconteceu? -

A OANN não publicou uma versão digital de sua reportagem sobre a Dominion que Trump citou no Twitter na última quinta-feira. O presidente da emissora informou à rede de TV CNN que a mesma apareceria em uma investigação que seria divulgada nos próximos dias 21 e 22, sem mencionar as provas em que se baseava.

A Dominion Voting Systems negou que seu sistema de votação tenha sido usado de forma fraudulenta, apontando "falhas humanas" no processamento dos dados de "certos condados", em particular no Michigan, e assinalando que esses incidentes isolados foram rapidamente resolvidos.

Autoridades eleitorais locais e nacionais, entre elas a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura (Cisa), que faz parte do Departamento de Segurança Nacional, descartaram na última quinta-feira a possibilidade de manipulação dos votos através das máquinas.

O presidente americano Donald Trump admitiu neste domingo, 15, pela primeira vez que Joe Biden foi o vencedor das eleições presidenciais nos Estados Unidos neste ano. Pelo Twitter, no entanto, Trump voltou a falar em fraude eleitoral.

"Ele venceu porque a eleição foi fraudada. Nenhum observador de voto permitido. O voto foi tabulado por uma empresa privada da esquerda radical, Dominion, com uma má reputação e equipamento ruim, que não poderia nem mesmo se qualificar para o Texas (onde ganhei muitos votos)", acusou Trump.

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Na quinta-feira, 12, as autoridades eleitorais americanas informaram em um comunicado "não haver evidência" de que votos foram perdidos ou alterados, ou que os sistemas de votação tenham sido corrompidos nas eleições presidenciais. O comunicado confirma reportagem, um dia antes, do New York Times, segundo a qual autoridades de ambos os partidos em todos os Estados americanos afastaram a possibilidade de fraude.

"As eleições de 3 de novembro foram as mais seguras da história americana", informaram, em um comunicado.

O comunicado foi emitido pelo Conselho Governamental de Coordenação de Infraestrutura Eleitoral, grupo público-privado subordinado ao principal órgão de segurança eleitoral federal, a Agência de Segurança de Infraestrutura e Cibernética (Cisa).

O documento saiu horas depois de Trump, na ocasião, também compartilhar no Twitter uma afirmação infundada de que um fabricante de equipamentos eleitorais "deletou" 2,7 milhões de votos para ele em todo o país e transferiu centenas de milhares de votos dele para Biden na Pensilvânia e em outros Estados. A empresa, Dominion Voting Systems, e o Departamento de Estado da Pensilvânia negaram categoricamente as afirmações de Trump.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, solidificou a vitória sobre o presidente Donald Trump, nesta sexta-feira (13), depois que o estado da Geórgia entrou para sua lista de triunfos, deixando Trump com pouca esperança de reverter o resultado por meio de contestações judiciais e recontagens.

A Edison Research, que fez a projeção, também indicou que a Carolina do Norte, o único outro estado crucial que ainda conta os votos, irá para Trump, finalizando a contagem com 306 votos para Biden e 232 para Trump no Colégio Eleitoral.

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Os números deram a Biden, um democrata, uma retumbante vitória sobre o republicano Trump no Colégio Eleitoral, igualando os 306 votos que Trump conquistou para derrotar Hillary Clinton no triunfo de 2016, que o republicano chamou de "avassalador".

Embora Trump ainda não tenha admitido a derrota, representantes de Biden reiteraram que estão avançando com os esforços de transição.

Apesar de o voto popular nacional não determinar o resultado da eleição, Biden estava à frente por mais de 5,3 milhões de votos, ou 3,4 pontos percentuais. A porcentagem que ele tinha no voto popular, de 50,8%, era ligeiramente superior à de Ronald Reagan na eleição de 1980, quando ele derrotou Jimmy Carter.

Trump tem argumentado, sem apresentar provas, que houve uma fraude eleitoral generalizada e se recusa a admitir a derrota.

Autoridades eleitorais estaduais não relataram nenhuma irregularidade grave e várias das contestações jurídicas do presidente fracassaram nos tribunais.

Para ganhar um segundo mandato, Trump precisaria reverter a liderança de Biden em pelo menos três estados, mas até agora não conseguiu apresentar evidências de que poderia fazê-lo em qualquer um deles.

Os estados têm um prazo até 8 de dezembro para certificar suas eleições e escolher eleitores para o Colégio Eleitoral, que oficialmente selecionarão o novo presidente em 14 de dezembro.

Uma corte estadual de Michigan rejeitou na sexta-feira um pedido de Trump para impedir a certificação de votos em Detroit, que votou fortemente a favor de Biden, e os advogados da campanha de Trump retiraram um processo no Arizona depois que a contagem final dos votos o tornou discutível.

Autoridades de segurança eleitoral federal não encontraram evidências de que qualquer sistema de votação excluiu ou perdeu votos, mudou votos, "ou de alguma forma comprometeu" a eleição, disseram dois grupos de segurança em um comunicado divulgado na quinta-feira (12) pela principal agência de segurança cibernética dos EUA.

Transição

Representantes de Biden disseram que avançariam com a transição, identificando as prioridades legislativas, revisando as políticas das agências federais e se preparando para preencher milhares de cargos no novo governo.

"Estamos avançando com a transição", afirmou Jen Psaki, consultora sênior da equipe de transição de Biden, em uma teleconferência na sexta-feira, enfatizando que Biden ainda precisa de "informações em tempo real" da administração Trump para lidar com a pandemia e ameaças à segurança nacional.

Psaki fez um apelo à Casa Branca para permitir que Biden e a vice-presidente eleita, Kamala Harris, recebam briefings diários de inteligência sobre potenciais ameaças em todo o mundo.

“A cada dia que passa, torna-se mais preocupante que nossa equipe de segurança nacional e o presidente eleito e a vice-presidente eleita não tenham acesso a essas análises de ameaças, briefings de inteligência, informações em tempo real sobre nossos compromissos pelo mundo", disse Psaki.

 

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou perto nesta sexta-feira (13), mas não admitiu de fato a derrota nas eleições de 3 de novembro para o democrata Joe Biden , limitando-se a dizer que "o tempo dirá".

Trump, que se recusa a reconhecer ter perdido a eleição, falava em uma coletiva de imprensa na Casa Branca sobre a pandemia de covid-19.

"Idealmente, não iremos para um confinamento", disse o presidente. "Eu não vou. Este governo não fará um confinamento.

"Com sorte, aconteça o que acontecer no futuro, quem sabe qual será o governo, acho que o tempo dirá, mas eu posso dizer-lhes que este governo não irá adotar um confinamento", reforçou.

Em seguida, outros funcionários de sua administração explicaram a resposta do governo à pandemia de covid-19, que deixou mais de 243.000 mortos nos Estados Unidos.

Trump deixou o evento no Jardim Rosado da Casa Branca sem responder aos jornalistas, que gritavam perguntas como "Quando o senhor irá admitir que perdeu as eleições?"

Estas declarações foram as primeiras feitas por Trump desde 5 de novembro, quando ele alegou falsamente ter vencido e disse que as eleições tinham sido "fraudadas" contra ele.

A mídia americana projetou nesta sexta-feira que Biden venceu no estado da Geórgia, elevando seu total a 306 votos no Colégio Eleitoral, que determina o vencedor da Casa Branca. Trump totalizou 232 votos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou otimismo nesta sexta-feira, 13, sobre a vacina da Pfizer. Durante entrevista coletiva, Trump disse que a eficácia dela tem se mostrado superior a 90% e que nas próximas semanas deve haver notícias sobre outras três vacinas que estão em fase de testes. Além disso, ele descartou um lockdown, ao ressaltar os problemas causados com esse tipo de medida, como aumento no abuso de álcool e suicídios.

Trump disse esperar que a vacina da Pfizer seja aprovada logo e afirmou que seu governo pretende começar a imunizar os mais vulneráveis à doença "em questão de semanas", qualificando-a como "muito eficaz e segura". Segundo ele, o número elevado de casos nos EUA é fruto na verdade do fato de que o país é muito eficiente nos testes para a doença. "Temos o melhor sistema de testes do mundo", garantiu.

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Com a vacina, Trump disse que sua administração espera uma queda no número de casos da covid-19 rapidamente nos próximos meses. Também destacou o papel que medicamentos podem ter para evitar casos mais graves, ao dizer que eles já têm reduzido a mortalidade da doença em 85%.

Trump ainda fez uma menção ao fato de que não admitiu a derrota para Joe Biden na disputa presidencial. Ao dizer que rechaça um lockdown em seu governo, ele disse esperar que essa alternativa não seja adotada adiante também. "O tempo dirá quem assumirá em janeiro", comentou nesse momento. Ele também citou uma divergência com o governo democrata de Nova York, ao dizer que por enquanto esse Estado não aceitou liberar a entrada da vacina, "infelizmente".

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