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A administração Biden deve anunciar nesta semana que se engajará novamente no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual o ex-presidente Donald Trump se retirou quase três anos atrás. A decisão reverte outro movimento da era Trump de distanciamento de organizações e acordos multilaterais.

Autoridades norte-americanas disseram que o secretário de Estado Antony Blinken e um diplomata sênior dos EUA em Genebra vão anunciar na segunda-feira que Washington vai voltar ao órgão com sede em Genebra como observador, com o objetivo de buscar a eleição como um membro. A decisão deve gerar críticas de legisladores conservadores e muitos na comunidade pró-Israel.

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Trump saiu da principal agência de direitos humanos do organismo mundial em 2018 devido a seu foco desproporcional em Israel, que recebeu de longe o maior número de resoluções críticas do conselho contra qualquer país, bem como o número de países autoritários entre seus membros. Além disso, não conseguiu obter uma extensa lista de reformas exigidas pela então embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley.

Além do foco persistente do conselho em Israel, o governo Trump tinha problemas com a adesão ao órgão, que atualmente inclui China, Cuba, Eritreia, Rússia e Venezuela, todos acusados de abusos dos direitos humanos.

Um oficial sênior dos EUA disse que a administração Biden acredita que o conselho precisa de reformas, mas que a melhor maneira de promover a mudança é "envolver-se com ele de uma forma baseada em princípios". O funcionário disse que pode ser "um fórum importante para aqueles que lutam contra a tirania e a injustiça em todo o mundo" e que a presença dos EUA pretende "garantir que ele possa atingir esse potencial".

Fonte: Associated Press.

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, pediu que o início do julgamento de impeachment de Donald Trump seja adiado até o próximo mês para dar ao ex-presidente tempo para montar uma defesa. McConnell indicou em um comunicado que enviou sua proposta de plano ao líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e irá "discuti-lo com ele".

"O gabinete da presidência e o próprio ex-presidente Trump merecem um processo completo e justo que respeite seus direitos e as sérias questões factuais, legais e constitucionais em jogo", afirmou. "Dada a velocidade sem precedentes do processo da Câmara, nosso cronograma proposto para as fases iniciais inclui uma quantidade modesta e razoável de tempo adicional para ambos os lados reunirem seus argumentos antes que o Senado comece a ouvi-los", concluiu McConnell. No cronograma, McConnell pede que o caso comece no dia 28 de fevereiro.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou nesta quarta-feira (20) que seu antecessor, Donald Trump, deixou-lhe uma carta "muito generosa" no Salão Oval, cumprindo uma tradição de transferência de poder, apesar de não ter participado da cerimônia.

"O presidente me deixou uma carta muito generosa", disse Biden aos jornalistas na Casa Branca.

Devido a que Trump anunciou que não participaria da cerimônia de transferência de comando e nunca cumprimentou o adversário democrata, gerou-se muita expectativa se ele cumpriria o rito de deixar uma mensagem para o sucessor.

Biden, no entanto, não revelou o conteúdo da mensagem, pois - disse - seu conteúdo tem caráter privado.

"Por ser algo privado, não vou falar do tema até falar com ele", disse aos jornalistas.

Donald Trump discursou pela última vez como 45º presidente dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (20), na Base Aérea Andrews, depois de deixar a Casa Branca, em Washington D.C. "Nós voltaremos de alguma forma", declarou o republicano a apoiadores. Ao lado da esposa, Melania, ele desejou "sorte" e "sucesso" ao novo governo. Joe Biden tomará posse ainda nesta quarta-feira como 46ª presidente do país.

"O que fizemos foi incrível para qualquer padrão. Não fomos um governo comum", afirmou Trump, quatro anos depois de assumir o cargo.

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Entre outras medidas tomadas durante o período em que foi presidente, o republicano destacou o corte de impostos corporativos realizado em 2017. "Espero que não aumentem seus impostos", disse.

Trump ressaltou também o começo da vacinação contra a covid-19 no país e se vangloriou de a imunização ter sido desenvolvida em apenas nove meses. O republicano disse que a economia americana deve apresentar "bons números" nos próximos meses e pediu: "Lembrem de nós."

Joe Biden venceu Donald Trump na eleição presidencial de 3 de novembro de 2020. O democrata conquistou 306 votos no Colégio Eleitoral e o republicano, 232. Em um pleito atípico, em meio à pandemia de covid-19, o recorde de votos por correio atrasou a contagem em Estados decisivos. O resultado só saiu em 7 de novembro, quando o democrata foi declarado vitorioso na Pensilvânia.

Trump, porém, não aceitou a derrota. O republicano recorreu aos tribunais, mas não conseguiu reverter o resultado da eleição. Sem apresentar provas, ele alegava fraude no pleito. No dia 6 de janeiro de 2021, quando o Congresso estava reunido em uma sessão conjunta para certificar a vitória de Biden, apoiadores de Trump invadiram o Capitólio para tentar impedir o processo. Depois do confronto, os extremistas foram retirados do prédio. A sessão, então, foi retomada e terminou na manhã de 7 de janeiro.

A invasão do Capitólio por seus apoiadores levou Trump a se tornar o primeiro presidente americano a sofrer impeachment duas vezes na Câmara dos Representantes. Em 13 de janeiro, o processo aberto contra o republicano por "incitação à insurreição" foi aprovado na Casa com 232 votos a favor, incluindo 10 republicanos, e 197 contra.

O segundo impeachment ainda não foi analisado pelo Senado, que rejeitou o primeiro, no começo de 2020.

Joe Biden tomará posse como 46º presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (20), em Washington, um dia histórico com um protocolo rígido, que terá seu auge ao meio-dia, quando ele fará seu juramento no Capitólio.

- Noite na Blair House -

O presidente eleito, de 78 anos, e sua esposa, Jill, vão passar a noite de terça-feira na Blair House, a residência oficial para convidados estrangeiros do presidente dos Estados Unidos, localizada em frente à Casa Branca, próximo à Lafayette Square.

- Missa -

Na manhã do dia 20 de janeiro, Biden participará de uma missa na Catedral de São Mateus, o padroeiro das autoridades, em Washington.

Católico praticante, o presidente eleito convidou os líderes do Congresso a se juntarem a ele.

Estarão presentes então a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, e os líderes republicanos de ambas as casas, Kevin McCarthy e Mitch McConnell.

Essa missa "é uma parte importante do respeito à tradição", explicou o senador Chris Coons, próximo a Biden, à CNN.

- Juramento -

O presidente eleito chegará em caravana ao Capitólio para a cerimônia de posse que terá início às 11h locais (13h no horário de Brasília) em um palco montado em frente à vasta esplanada do Passeio Nacional.

A estrela do pop Lady Gaga cantará o hino nacional e sua colega Jennifer Lopez fará um uma apresentação musical.

Biden e sua vice-presidente Kamala Harris farão o juramento às 12h e então o já presidente realizará seu discurso inaugural, no qual expressará sua perspectiva de "derrotar a pandemia, reconstruir, unificar e curar a nação", de acordo com o comitê organizador.

- Homenagem em Arlington -

No início da tarde, Biden viajará para o Cemitério Nacional de Arlington, não muito longe do Capitólio, para deixar uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, junto com os ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton e suas respectivas esposas. Ele retornará em caravana à Casa Branca.

- Entrada a pé -

O comboio deve parar a algumas dezenas de metros da Casa Branca para que Biden entre a pé, cercado por uma escolta militar.

Ele deve assinar seus primeiros decretos presidenciais logo em seguida.

- Especial de TV -

Biden e Harris falarão à nação durante um especial de televisão que será apresentado pelo ator Tom Hanks e transmitido nos principais canais dos Estados Unidos a partir das 20h30 (22h30 no horário de Brasília).

Intitulado "Celebrando a América", o programa terá muitos convidados musicais, incluindo Jon Bon Jovi, Foo Fighters, John Legend, Demi Lovato, Bruce Springsteen, Justin Timberlake e Luis Fonsi, entre outros.

O presidente Donald Trump deixará a Casa Branca esta semana com o menor índice de aprovação de sua presidência, com o apoio de apenas 34% dos americanos, revelou o instituto de pesquisas Gallup nesta segunda-feira (18).

O Gallup observou que o índice de aprovação médio de Trump durante seu único mandato foi de 41%, quatro pontos abaixo de qualquer um de seus antecessores, desde que o grupo de pesquisa reúne dados sobre o tema.

A aprovação do trabalho de Trump já registrava 35% nas pesquisas anteriores, principalmente depois que ele não condenou uma violenta reunião de supremacistas brancos em Charlottesville, Virgínia, em 2017.

A última pesquisa sobre a Presidência de Trump foi realizada na semana de 4 a 11 de janeiro, a mesma da invasão ao Capitólio por seus apoiadores em uma tentativa de anular a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden, negada repetidamente por Trump.

Sua avaliação mais alta foi no início de 2020, quando ele enfrentava um impeachment no Senado sob a acusação de tentar obrigar a Ucrânia a ajudá-lo a difamar Biden e durante os estágios iniciais da pandemia, quando os americanos acreditaram que ele administrava bem a crise de saúde que já matou 398.000 pessoas no país.

A dois dias de se tornar o 46º presidente dos Estados Unidos, Joe Biden incentivou nesta segunda-feira (18) a união nacional com trabalhos de voluntariado, enquanto o presidente Trump continua entrincheirado na Casa Branca em uma capital repleta de militares e barreiras de segurança.

No Dia de Martin Luther King Jr., feriado que os americanos tradicionalmente dedicam ao serviço comunitário, o futuro presidente democrata viajou de sua casa, em Delaware, para o estado vizinho da Pensilvânia para participar da distribuição de alimentos para uma organização beneficente na Filadélfia.

"O serviço é uma forma adequada de começar a curar, unir e reconstruir este país que amamos", disse Biden em um vídeo postado no Twitter.

Mas este gesto do democrata de 78 anos, que simboliza seus pedidos de reconciliação após quatro anos de polarização política, enfrenta a dura realidade de múltiplas crises.

A pandemia de covid-19 castiga sem trégua os americanos, a distribuição de vacinas claudica e a recuperação econômica continua incerta.

E após a recusa de Trump em aceitar sua derrota eleitoral em novembro, o país está mais dividido e exasperado do que nunca.

- Alarme falso -

Washington segue em choque pelo ataque ao Capitólio em 6 de janeiro, quando uma multidão de simpatizantes de Trump invadiu a sede do Congresso na tentativa de invalidar a certificação da vitória de Biden.

A invasão deixou cinco mortos e provocou a segunda acusação de Trump pela Câmara de Representantes, desta vez por "incitar a insurreição", depois de ter sido absolvido pelo Senado em outro processo de impeachment no ano passado.

Quando Biden for empossado na quarta-feira, em uma plataforma montada na ala oeste do Capitólio, até 25.000 efetivos da Guarda Nacional vão patrulhar a cidade.

A enorme explanada do "National Mall", onde os americanos costumam ir em massa para assistir à cerimônia a cada quatro anos, também ficará fechada.

Postos de controle e grandes áreas de acesso bloqueado significam que haverá apenas poucos convidados. Medidas similares foram implementadas nos Capitólios estaduais de todo o país, onde as autoridades locais temem provocações de grupos de direita.

Quase 70 manifestantes foram acusados de participar da invasão ao Capitólio e centenas de pessoas estão sendo investigadas, entre elas legisladores e ex-membros ou membros ativos da polícia.

Para garantir que a própria Guarda Nacional não represente um risco para a segurança, o FBI informou que está verificando os antecedentes dos reservistas.

"Queremos nos assegurar de que temos as pessoas adequadas", disse à Fox News o general William Walker, chefe da Guarda Nacional de Washington.

Um ensaio da cerimônia de posse foi interrompido na manhã da segunda-feira e os participantes foram levados a um local seguro devido a uma "ameaça externa", informou a Polícia sobre o incidente, que se revelou um alarme falso.

- Trump avalia indultos -

Trump, que ainda não cumprimentou Biden nem o convidou a tomar chá no Salão Oval, como é tradição, esteve em grande parte ausente do cenário político nos últimos dias.

O presidente republicano prevê partir cedo na quarta-feira à sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida. Ele será, assim, o primeiro presidente a não assistir à posse de seu sucessor desde Andrew Johnson, em 1869.

O helicóptero Marine One o levará da Casa Branca à Base Conjunta Andrews para embarcar no Air Force One, o avião presidencial que não poderá usar a partir do meio-dia. E segundo informações da Bloomberg, ele estaria organizando uma despedida militar para si próprio.

Mas antes de deixar o cargo, o bilionário se prepara para indultar ou comutar as penas de prisão de uma centena de pessoas.

Segundo a CNN e outros veículos, Trump tem uma lista de umas cem pessoas às quais concederá clemência. Os possíveis indultos mais polêmicos seriam para Edward Snowden, Julian Assange e o ex-assessor ultradireitista de Trump, Stephen Bannon.

Nos últimos meses, Trump indultou colaboradores e familiares condenados na investigação de um possível conluio entre a Rússia e sua equipe de campanha em 2016. Todos tinham em comum sua falta de cooperação com a justiça.

"E se Trump perdoar os terroristas que invadiram o Capitólio?", perguntou-se inclusive a líder dos democratas na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi.

Aumenta também a especulação sobre se Trump dará o passo sem precedentes e legalmente nebuloso de outorgar indultos preventivos a si próprio e seus filhos, que foram assessores de campanha e da Casa Branca.

Se o fizer, seria um fim politicamente explosivo para seu já tumultuado mandato e poderia gerar revolta entre os republicanos do Senado, que deve iniciar em breve um julgamento político contra ele.

O Capitólio dos Estados Unidos, sede do poder legislativo federal do país, foi fechado nesta segunda-feira (18) devido a uma ameaça externa de segurança não especificada.

Medidas de segurança adicionais já vinham sendo introduzidas no Capitólio desde o último dia 6, quando apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o edifício na tentativa de boicotar uma sessão do Congresso dedicada à certificação dos resultados da última eleição presidencial, vencida pelo democrata Joe Biden mas muito contestada por Trump e seus seguidores.

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Nesta segunda-feira (18), um ensaio da cerimônia de posse estava sendo realizado no local quando, segundo a Reuters, o Congresso foi bloqueado para entrada e saída devido a uma "ameaça externa à segurança". O ensaio, então, foi cancelado e os presentes foram evacuados por agentes que faziam a segurança do prédio.

A Polícia do Capitólio emitiu um aviso aos funcionários da Câmara dos Representantes e do Senado pedindo que ficassem longe das janelas e portas externas ou buscassem cobertura caso estivessem do lado de fora do edifício.

Mais tarde, no entanto, foi esclarecido que a movimentação teria sido causada por um incêndio nas proximidades do Capitólio, em um acampamento para pessoas desabrigadas da região.

Da Sputnik Brasil

Durante quatro anos, o presidente Donald Trump foi cobrado publicamente por inflamar extremistas, incentivar o nacionalismo e se recusar a condenar o racismo nos Estados Unidos. Em seu mandato, especialistas e políticos de oposição alertaram para o crescimento da intolerância no país, que foi às urnas em novembro sob temor de violência civil.

As cenas da invasão do Capitólio por extremistas pró-Trump explicitam o crescimento da tensão de um país que espera viver dias mais calmos com a posse de Joe Biden, nesta quarta-feira, mas carregará as cicatrizes da divisão.

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"Tirar a figura polarizadora por si só não apagará a polarização e a divisão", afirma Jennifer McCoy, professora de ciência política da Universidade do Estado da Geórgia e especialista em democracia e polarização. "A desconfiança e a antipatia entre os dois partidos permanecerão e os apoiadores de Trump continuarão a se sentir enganados pelos democratas e por republicanos que consideram fracos e desleais", afirma.

Desde 2019, especialistas têm apontado o crescimento nos EUA dos grupos extremistas que defendem o nacionalismo e a supremacia branca - em oposição a negros, judeus e muçulmanos.

Durante seu mandato, Trump encorajou extremistas de direita e buscou normalizar ataques, comparando atos de racismo com manifestações comuns. Depois da invasão ao Congresso americano no dia em que os deputados certificaram a eleição de Biden, o esquema de segurança em Washington foi redobrado. A região do National Mall, onde fica o Congresso, teve seus acessos fechados pelo serviço secreto. O AirBnB interrompeu as reservas na cidade para dificultar a hospedagem de extremistas na capital americana e aeroportos terão fiscalização extra de armas em bagagens.

Mas a polarização na sociedade americana extrapola os limites dos grupos extremistas. Na véspera da eleição, pesquisa do instituto Pew Research mostrou que eleitores democratas e republicanos não costumam dialogar: oito em cada dez americanos dizem que não têm nenhum ou têm apenas "alguns" conhecidos que votariam em um candidato diferente.

A plataforma política de Biden e sua vice, Kamala Harris, foi centrada na promessa de "curar" o país do que o democrata chamou de "era da demonização" e das divisões. Biden prometeu trabalhar pelos eleitores de Trump tanto quanto para os seus. Mas mesmo dentro do Partido Democrata - e entre eleitores no curso da campanha - a convergência em torno do nome de Biden tinha um foco: vencer Trump. A partir da chegada ao poder, o democrata deve enfrentar os dilemas de uma sociedade profundamente dividida, em que mesmo a sua base eleitoral convergiu apenas temporariamente.

"Não querer o drama que Trump causa, as tempestades provocadas por ele no Twitter, é diferente de trabalhar pela unificação. A polarização extrema não é novidade na sociedade americana", afirma Gary Nordlinger, estrategista político e professor da American University, em Washington.

Para Christian Davenport, professor de ciência política da Universidade de Michigan, e Jennifer McCoy, enfrentar a divisão da sociedade exige reduzir a desigualdade econômica no país. A vantagem, diz Davenport, é que durante o governo Trump houve mais ativismo social e conscientização sobre a importância da democracia. "Se eles não resolverem as queixas que deram origem a uma figura como Trump - desemprego, salários estagnados e desigualdade, outra figura como ele vai emergir", afirma McCoy.

Segundo ela, os republicanos também terão papel decisivo no apoio ao futuro governo e as consequências para os cidadãos. "Os republicanos vão obstruir a agenda do Biden, como fizeram com Obama, e lançar mão de mais tentativas de supressão do voto para ganhar poder restringindo a votação em seus oponentes?", questiona a professora.

"Aprendemos mais sobre democracia e instituições do que durante o mandato de Obama. Em parte, porque muitas pessoas sentaram e ficaram esperando que Obama resolvesse os problemas na época. A parte negativa é que muito dessa conversa de unificação foi em torno de como tirar Trump em vez de como enfrentar o problema, as desigualdades", afirma Davenport.

Apesar da derrota na eleição, Trump conseguiu ampliar sua base eleitoral e conquistar 11 milhões de votos a mais do que obteve em 2016. Com 74 milhões de votos (46,8% dos eleitores de novembro), o republicano é cotado como favorito do Partido Republicano para a disputa presidencial de 2024 e seu capital político se tornou uma ameaça a parlamentares da sigla, que hesitaram em reconhecer a vitória de Biden.

Mas os desdobramentos após a eleição - com a insistência do presidente na retórica da fraude eleitoral e o uso da máquina governamental para tentar impedir o reconhecimento da vitória de Biden, que culminaram na invasão do Capitólio - enfraqueceram a figura de Trump.

"A semana passada foi a gota d’água. Trump perdeu poder. Ainda que ele não concorresse em 2024, iria se aproveitar do drama ao redor de sua saída durante os próximos quatro anos, mas mesmo os republicanos ficaram horrorizados", afirma Nordlinger. Trump sairá da Casa Branca com o nível mais baixo de popularidade de seu mandato (29% de aprovação). O apoio entre republicanos é de 60%, uma queda na comparação com o seu primeiro ano como presidente (84%).

O presidente é alvo de um segundo processo de impeachment por incitação à insurreição. Desta vez, diferentemente do que ocorreu em 2019 durante a primeira tentativa de remoção do presidente, os republicanos não formam um coeso bloco de apoio a ele. A sessão do Senado para julgá-lo deve ocorrer após a posse de Biden. O impeachment de Trump, portanto, teria como efeito concreto não sua remoção, mas a retirada de seus direitos políticos e a impossibilidade de ele se candidatar em 2024.

Para Jennifer McCoy, Trump deve perturbar o Partido Republicano com tentativas de intimidação dos republicanos e ameaça desacreditar seus opositores junto a sua base fiel. As divisões sociais não foram criadas por Trump, mas permitiram que ele chegasse à Casa Branca com a promessa de proteger os americanos de ameaças externas, como imigrantes. Sem resolver as questões de fundo, segundo os especialistas, a sociedade seguirá rachada e a frágil união em torno do nome de Biden deve ruir.

"Infelizmente, parte do apelo de Trump também foi em torno do ressentimento racial e sentimento anti-imigração. Se os americanos não aprenderem a viver em uma democracia multirracial com justiça para todos, não conseguirão superar essa divisão. Se Trump estiver fora de cogitação (na próxima eleição), é provável que surja um outro líder que usará a mesma linguagem polarizadora, populista e nativista para atrair esses eleitores", afirma McCoy.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mundo superou nesta sexta-feira (15) a marca de 2 milhões de mortes por Covid-19: são 2.000.326 as vítimas da pandemia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

O número foi atingido com a divulgação dos óbitos na Itália, que somou mais 477 falecimentos nas últimas 24 horas, elevando para 81.325 as mortes no país desde o início da pandemia. Os dados ainda devem ter uma alta expressiva nesta sexta porque diversos países só atualizam seus relatórios diários durante a noite.

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Até às 14h, os Estados Unidos contabilizam 389.191 vítimas, seguidos pelos Brasil (207.095), Índia (151.918), México (137.916) e Reino Unido (87.448). Na sequência, aparecem os italianos.

A marca de 1 milhão de mortos foi atingida no dia 28 de setembro de 2020, mostrando a aceleração da pandemia nos últimos meses.

Isso porque, a primeira morte notificada ocorreu em 11 de janeiro em Wuhan, ou seja, foram necessários oito meses e 17 dias para atingir o primeiro milhão. Para dobrá-lo, não foram necessários nem quatro meses.

Diversos são os alertas de órgãos internacionais de que a crise sanitária está acelerando no Ocidente, com constantes novos recordes tanto na Europa como nas Américas.

Da Ansa

A uma semana da posse do presidente eleito Joe Biden, forças federais, a Guarda Nacional e a polícia de Washington começaram a levantar barreiras e a fechar o acesso a diversos prédios públicos e parques para evitar confrontos durante protestos que são organizados por radicais pró-Trump.

Segundo o jornal Washington Post, investigações do FBI revelaram que dezenas de pessoas que estão em sua lista de suspeitos de ligação com o terrorismo estavam em Washington no dia da invasão ao Capitólio. A presença dessas pessoas - a maioria supremacistas brancos - revelou uma falha nos procedimentos de segurança.

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O governo decidiu nesta quinta (14) fechar toda a região do National Mall, um conjunto de parques que abriga diferentes monumentos de ex-presidentes e memoriais que relembram datas e guerras importantes para a história dos EUA.

No dia da posse, todo o National Mall estará cercado e será acessível só à imprensa e ao pessoal de segurança. O fechamento é a mais recente de uma série de medidas de segurança para impedir o mesmo tipo de violência que abalou o Capitólio no dia 6. Autoridades locais e federais já estabeleceram uma zona de segurança no centro da cidade e convocaram mais de 20 mil soldados da Guarda Nacional para a posse presidencial, no dia 20.

A medida é significativa porque o Mall era onde grande parte do público se reunia para ver a posse no Capitólio.

Nesta quinta-feira, 14, por todo o centro de Washington, o som principal por vários quarteirões era o bipe de empilhadeiras descarregando mais cercas. Não havia carros, scooters ou turistas, mas trabalhadores erguendo barreiras. O Capitólio, que se revelou um alvo tão fácil no dia 6, agora é visível apenas através das cercas altas e pretas.

"Claramente estamos em águas desconhecidas", disse a prefeita de Washington, Muriel Bowser. Ela comentou que a "insurreição violenta" no Capitólio por partidários do presidente Donald Trump afetou o planejamento para a cerimônia de posse.

O FBI alertou que protestos armados de extremistas de direita estavam sendo planejados em todas as 50 capitais dos Estados, assim como em Washington, nos dias que antecedem a posse.

Por causa da pandemia e a ameaça à segurança, Bowser está pedindo às pessoas que não se dirijam ao Distrito de Columbia para a posse. A prefeita pediu a declaração do Evento de Segurança Especial Nacional, uma distinção que cria uma estrutura de comando e controle diferentes para a segurança.

O status é normal para uma posse presidencial e outros eventos importantes, como uma cúpula internacional ou o Super Bowl. Mas é raro iniciar o bloqueio tão antes do evento. Os veículos da polícia isolaram uma grande faixa do centro de Washington. Qualquer pessoa dentro do perímetro da posse pode ser detida e questionada.

A partir desta sexta-feira (15), todos os estacionamentos da zona restrita do centro serão lacrados até a posse. Bowser também está sendo pressionada a negar opções de hospedagem a manifestantes violentos. Vários hotéis no centro, incluindo um que se tornou o ponto de encontro da facção militante Proud Boys, fecharam na semana passada. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Donald Trump se tornou o primeiro presidente americano na História a enfrentar um impeachment duas vezes, quando a Câmara de Representantes aprovou nesta quarta-feira (13) o procedimento, acusando-o de incitar a invasão ao Capitólio, sede do Congresso, na semana passada.

O Senado não deve celebrar o julgamento antes de 20 de janeiro, quando o democrata Joe Biden assumirá a Presidência, o que significa que o magnata do setor imobiliário se livrará do risco de ter que deixar o cargo antecipadamente.

No entanto, ele encerrará seu mandato com desonra, e enfrentará depois o julgamento no Senado, e se for condenado, provavelmente será impedido de disputar a Presidência de novo em 2024.

"Donald Trump merecidamente se tornou o primeiro presidente da História americana com a mácula de enfrentar o impeachment duas vezes", disse o senador democrata Chuck Schumer, que se tornará líder da Câmara alta em uma semana.

Na Câmara de Representantes, a pergunta era apenas quantos republicanos haviam se unido à maioria democrata na votação por 232 a 197. Na contagem final, dez republicanos romperam com suas fileiras, inclusive a número três do partido na casa, Liz Cheney, filha do ex-vice-presidente Dick Cheney.

Com Washington sob tensão sete dias após o ataque ao Capitólio, Trump pediu calma.

"Insisto para que NÃO haja violência, NÃO sejam cometidos delitos e NÃO haja vandalismo de nenhum tipo. Isso não é o que eu defendo, nem tampouco o que os Estados Unidos defendem", afirmou em um comunicado emitido pela Casa Branca.

Pouco antes, a presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, acusou Trump de ter incitado uma "rebelião armada" ao pedir votos pela sua deposição.

"O presidente dos Estados Unidos incitou esta insurreição, esta rebelião armada", declarou a líder democrata antes da votação da acusação formal pelo ataque ao Capitólio que deixou cinco mortos e chocou o mundo.

"Deve partir. É um perigo claro e presente para a nação que todos amamos", disse ela em um Congresso entrincheirado.

A sete dias da posse de Joe Biden, Washington, sob um forte esquema de segurança, estava irreconhecível.

- Militares no Capitólio -

As imagens eram impactantes: dezenas de militares da reserva passaram a noite dentro do Congresso. Muitos dormiam no chão das salas e corredores.

Blocos de concreto separavam os cruzamentos principais do centro da cidade; enormes barreiras de metal cercavam prédios federais, incluindo a Casa Branca, e a Guarda Nacional estava por todos os lados.

Os debates na Câmara dos Representantes começaram às 9h locais (11h de Brasília) e a votação do impeachment, às 15h locais (17h de Brasília).

Seu resultado marcou a abertura formal do processo de impeachment contra o 45º presidente americano.

As intervenções dos congressistas foram enérgicas. Trump é um "tirano", lançou a democrata Ilhan Omar. "Não podemos virar a página sem fazer nada", disse ela.

A republicana Nancy Mace afirmou que o Congresso deveria exigir que o presidente fosse responsabilizado por suas ações, mas considerou irresponsável agir de "forma precipitada".

Havia nuances nos discursos dos republicanos. O líder desse bloco na Câmara, Kevin McCarthy, reconheceu que Trump tem "responsabilidade" pelos distúrbios, mas considerou um erro submetê-lo a um impeachment em um curto espaço de tempo. Em vez disso, propôs uma declaração de "censura", que na prática tem um efeito basicamente simbólico.

Cada vez mais isolado, o tempestuoso presidente tentou na terça-feira minimizar o procedimento contra ele, descrevendo-o como uma "continuação da maior caça às bruxas da história política".

Poucos dias antes de partir para sua residência em Mar-a-Lago, Flórida, onde sua nova vida como "ex-presidente" deve começar, o magnata republicano parecia cada vez mais desconectado do que está acontecendo na capital americana.

Nenhum representante de seu partido apoiou o impeachment anterior em 2019, e apenas um senador, Mitt Romney, votou para condená-lo. O presidente foi então absolvido da acusação de reter ajuda financeira para obrigar a Ucrânia a investigar uma suposta corrupção de seu adversário político Biden.

Mas desta vez, o cenário é diferente.

- Virar a página? -

Em um sinal do que pode preocupar Trump e seu possível futuro político, Mitch McConnell, líder da maioria republicana no Senado, disse a seus aliados, segundo reportagens do New York Times e da CNN, que via o "impeachment" favoravelmente, considerando que o julgamento tem fundamento e ajudaria o Partido Republicano a virar a página de Trump para sempre.

Em nota a seus colegas, McConnell afirmou nesta quarta que não tomou ainda uma decisão sobre o impeachment do presidente Donald Trump e não descarta votar a favor. "Pretendo ouvir os argumentos legais quando forem apresentados no Senado", disse.

Este estrategista inteligente, aliado altamente influente e crucial de Trump por quatro anos, pode ser a chave para o resultado desse processo histórico, porque poderia encorajar senadores republicanos a condenar o 45º presidente americano.

Os democratas assumirão o controle da Câmara alta em 20 de janeiro, mas precisarão convencer muitos republicanos para obter a maioria de dois terços necessária para a condenação.

De Álamo, no Texas, para onde viajou para comemorar a construção do muro na fronteira com o México, ele tentou mostrar uma imagem menos agressiva, pedindo "paz e calma".

O presidente não assumiu nenhuma responsabilidade pelo incidente violento no Capitólio, garantindo que seu discurso foi "totalmente adequado".

Seu vice-presidente, Mike Pence, se recusou a invocar a 25ª Emenda à Constituição, que permitiria declarar o republicano inapto para o cargo.

Apesar dessa rejeição, a Câmara de Representantes aprovou uma resolução simbólica pedindo que ele invocasse essa emenda.

Ainda contando com o apoio de alguns parlamentares, o presidente está mais isolado do que nunca após uma série de renúncias em seu governo.

Criticado por sua demora em enviar a Guarda Nacional na quarta-feira, o Pentágono destacou até 15.000 membros para a posse.

Inicialmente mobilizados para fornecer apoio logístico à polícia, seus integrantes começaram a portar armas na noite de terça-feira.

A exemplo da tensão que reina em Washington, o Airbnb anunciou o cancelamento e bloqueio das reservas em sua plataforma na capital federal durante a semana da posse do futuro presidente dos EUA e o Google anunciou que a partir de quinta-feira bloqueará toda publicidade política.

O processo de impeachment do presidente Donald Trump, aberto pela bancada democratas na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos será endossado por parlamentares republicanos. Tanto lideranças do partido quanto deputados recém-eleitos já anunciaram que votarão pelo impedimento do presidente americano, que deve ser votado nesta quarta-feira, 13.

Para que Trump seja afastado do cargo pelo Congresso, é necessário que o pedido de impeachment seja aprovado na Câmara e no Senado por votação qualificada. Na Câmara, onde começa a haver uma adesão entre os republicanos, o Partido Democrata já tem maioria. No entanto, no Senado, onde a maioria é republicana, nenhum senador do partido declarou abertamente ser a favor do impedimento do presidente.

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Entre as lideranças republicanas da Câmara que anunciaram ser favoráveis ao impeachment, o principal nome até aqui é o da deputada Liz Cheney, filha do ex-vice presidente Dick Cheney, e número 3 do partido na Casa. Na quarta-feira passada, 6, quando houve a invasão do Capitólio, Liz votou favoravelmente à confirmação do resultado do colégio eleitoral, confirmando a vitória de Joe Biden.

Outros parlamentares experientes, como Adam Kinzinger, John Katko e Fred Upton também já declararam voto a favor do afastamento do presidente, apesar da proximidade com o fim do mandato - que se encerra no dia 21, com a posse de Biden.

A adesão ao impeachment de Trump não alcançou apenas nomes experientes do partido. Deputados republicanos novatos, empossados no dia da invasão do Capitólio, também já declararam apoio à continuidade do processo de impeachment.

Um deles é o deputado Peter Meijer, eleito pela primeira vez para a Câmara pelo Michigan. Em sua primeira votação - justamente a que decidia sobre o resultado das eleições presidenciais - Meijer rompeu com seu partido e votou a favor de certificar a vitória de Biden. "O que vimos na quarta-feira deixou o presidente inapto para o cargo, disse Meijer ao jornal The New York Times.

Entre os novatos, contudo, a base trumpista permanece forte. A maioria dos deputados republicanos eleitos pela primeira vez votaram pela não nomeação de Biden, defendendo a tese de fraude eleitoral defendida por Trump.

Deputada pela Carolina do Sul, Nancy Mace foi outra que se opôs à ala pró-Trump. Em entrevista, a republicana afirmou ser necessária uma autocrítica por parte do partido. "Precisamos olhar para nós mesmos com seriedade e reconhecer que esse é um problema real para nosso partido.". E completou: "Nós colhemos o que nós semeamos. Vimos e ouvimos a retórica violenta no comício e vejam o que acabou acontecendo." (Com agências internacionais).

Na primeira declaração à imprensa após os protestos violentos no Congresso americano na última quarta-feira, dia 6, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 12, que seu objetivo nunca foi incitar a violência e criticou o processo de impeachment do qual é alvo na Câmara dos Representantes.

"É a continuação da maior caça às bruxas da história", disse, antes de embarcar para viagem ao Texas, onde visitará as construções do muro na fronteira com o México.

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O republicano acrescentou que o impeachment está causando "tremenda raiva". Questionado sobre a decisão das redes sociais de bani-lo depois dos atos, o líder da Casa Branca argumentou que as "big techs fizeram um grande erro". (Com informações da Associated Press).

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (11), faltando nove dias para a saída do poder do presidente Donald Trump, que incluiu novamente Cuba na lista de "Estados patrocinadores do terrorismo", da qual tinha sido retirada por Barack Obama em 2015.

"Com esta medida, voltaremos a responsabilizar o governo de Cuba e enviaremos uma mensagem clara: o regime de Castro deve pôr fim ao seu apoio ao terrorismo internacional e à subversão da justiça americana", disse o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, fazendo referência ao falecido Fidel Castro e seu irmão Raúl, líderes da Revolução de 1959.

"Durante décadas, o governo cubano alimentou, abrigou e forneceu assistência médica a assassinos, fabricantes de bombas e sequestradores, enquanto muitos cubanos estão morrendo de fome, desabrigados e sem remédios básicos", acrescentou em um comunicado.

Pompeo destacou a "interferência maligna" de Cuba na Venezuela e em outros países da América Latina.

Ele também destacou o "apoio" de Havana aos guerrilheiros colombianos do Exército de Libertação Nacional (ELN), que os EUA consideram uma organização terrorista estrangeira, bem como aos dissidentes da extinta guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Além disso, acusou Cuba de hospedar vários fugitivos americanos da justiça desde os anos 1970, como Joanne Chesimard, Ishmael LaBeet e Charles Lee Hill, entre outros.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, reagiu, qualificando a medida como oportunista e hipócrita. "O oportunismo político desta ação é reconhecido por todo aquele que tiver uma preocupação honesta diante do flagelo do terrorismo e suas vítimas", afirmou Rodríguez no Twitter.

Esta designação representa um forte impacto econômico para a ilha comunista, pois restringe o comércio e a ajuda externa dos EUA e expõe os investidores estrangeiros a processos por parte dos EUA.

O futuro governo de Joe Biden, que tomará posse em 20 de janeiro, poderia retirar Cuba da lista, mas antes Antony Blinken, indicado para suceder Pompeo, teria que fazer uma revisão formal, o que significa que a medida pode permanecer em vigor por meses.

Em 2015, como parte de sua política de reaproximação com Cuba, Obama retirou o país caribenho da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, alegando que os esforços de meio século dos Estados Unidos para isolar a ilha foram um fracasso.

Trump, porém, reverteu a reaproximação de Washington com Havana assim que assumiu o cargo em 2017, endurecendo o embargo em vigor desde 1962 e impondo uma série de sanções a sua aliada Venezuela, o que lhe rendeu o apoio eleitoral do crucial estado da Flórida.

Um dos pedidos de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, soma apoio de 210 deputados, anunciou o democrata David Cicilline, coautor de um desses textos, neste domingo, 10. A denúncia é baseada na suposta incitação do atual líder à invasão do Capitólio na última quarta-feira.

"Acabamos de ultrapassar os 200 apoios no nosso pedido de impeachment. Vamos responsabilizar Donald Trump pela invasão ao Capitólio na semana passada", publicou Cicilline em sua conta no Twitter.

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Em seguida, ele atualizou o número para 210. Mais cedo, o parlamentar havia divulgado que a denúncia contava com suporte de 185 democratas na Câmara dos Representantes.

O líder da maioria democrata na Casa, James Clyburn, informou neste domingo que a Câmara planeja votar nesta semana um novo pedido de impeachment contra Trump.

Segundo Clyburn, as denúncias podem incluir alegações relacionadas à conduta de Trump sobre os protestos da última semana, além das alegadas tentativas de mudar os resultados da eleição presidencial na Geórgia.

Legisladores democratas e republicanos têm condenado a retórica do presidente e pedido sua saída do cargo. Hakeem Jeffries, por exemplo, do partido de oposição ao atual presidente, disse que o Congresso tem a "responsabilidade constitucional" de resolver a questão, seja por meio do impeachment seja pressionando para que o gabinete do presidente invoque a 25ª Emenda, declarando que Trump é inapto para o governo.

A pressão para que o republicano deixe o cargo também vem de seu partido: o senador Pat Toomey defendeu que Trump deveria renunciar.

Sobre um impeachment, ele afirmou que não deve haver um "caminho viável" neste momento.

O também senador republicano Roy Blunt chamou de "imprudentes" as ações de Trump que levaram ao incidente no Capitólio, mas negou que o líder americano deva renunciar.

*Com informações da Associated Press e Dow Jones Newswires

Três dos manifestantes pró-Trump cujas imagens viralizaram no mundo após a violenta invasão do Capitólio na quarta-feira, incluindo o homem com o chapéu com chifres de bisão, foram presos, anunciaram as autoridades americanas neste sábado (9).

Jacob Anthony Chansley, também conhecido como Jake Angeli, e dois outros ativistas - incluindo um funcionário estadual recém-eleito - foram indiciados no tribunal federal em conexão com a violência, de acordo com o gabinete do procurador do Distrito de Columbia.

Chansley foi acusado de "entrar ou permanecer intencionalmente em um prédio ou terreno restrito sem autoridade legal e por entrada violenta e conduta desordenada nas instalações do Capitólio".

O comunicado indica que Chansley foi "o homem visto na cobertura da mídia que entrou no edifício do Capitólio vestido com chapéu de chifres, um cocar de pele de urso, pintura facial vermelha, branca e azul, sem camisa e calças marrons", enquanto "carregava uma longa lança com a bandeira americana presa."

A semelhança de Chansley com o cantor Jay Kay rapidamente se espalhou pelas redes sociais, levando o líder da banda Jamiroquai a emitir uma declaração esclarecendo que ele não estava nem perto de Washington quando a multidão de apoiadores de Trump invadiu o Capitólio.

Chansley se descreve como um "soldado digital" da teoria da conspiração de extrema direita QAnon, que afirma que Trump está travando uma guerra secreta contra um culto liberal global de pedófilos adoradores de Satanás.

Os outros dois homens presos são Derrick Evans, 35, recém-eleito para a Câmara dos Delegados da Virgínia Ocidental, e Adam Johnson, 36, da Flórida.

Muitos dos invasores não dificultaram suas identificações pelas autoridades. De acordo com o gabinete do promotor, em um dos vídeos Evans pode ser visto gritando ao cruzar a porta do Capitólio: "Estamos dentro, estamos dentro! Derrick Evans está no Capitólio!"

Já Johnson foi identificado pelas fotos que circularam pelo mundo em que é visto sorrindo e acenando para a câmera enquanto caminha pela Rotunda do Capitólio com o púlpito da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, como troféu.

O Departamento de Justiça já anunciou na sexta-feira que outras 15 pessoas foram indiciadas na operação, incluindo um homem acusado de possuir explosivos.

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, recebeu bem nesta sexta-feira (8) a notícia de que o presidente Donald Trump não pretende comparecer à sua posse, em 20 de janeiro, considerando-a uma "coisa boa".

"Me disseram no caminho para cá que ele indicou que não compareceria à cerimônia de posse", disse Biden em entrevista coletiva em seu reduto de Wilmington, em Delaware.

"Uma das poucas coisas em que ambos concordamos. É bom que não vá", disse o democrata aos jornalistas, chamando Trump de "um embaraço para o país".

"Ele não está em posição de exercer o cargo", acrescentou o presidente eleito sobre Trump, que enfrenta a possibilidade de ser submetido a um segundo impeachment na próxima semana por incitar seus partidários a invadir o Capitólio dos Estados Unidos para reverter sua derrota eleitoral.

"Ele superou até mesmo minhas piores opiniões sobre ele", disse Biden. "É um dos presidentes mais incompetentes da história dos Estados Unidos da América".

Por outro lado, Biden disse que o vice-presidente Mike Pence seria bem-vindo.

Trump anunciou na sexta-feira que não comparecerá à cerimônia de posse de Biden.

"Para todos que me perguntaram, não comparecerei à cerimônia de posse em 20 de janeiro", escreveu Trump em um tuíte lacônico.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 8, em sua conta no Twitter que não pretende ir à cerimônia de posse do novo governo do democrata Joe Biden, que ocorrerá em 20 de janeiro.

"A todos os que estão perguntando, não irei à posse no dia 20 de janeiro", publicou Trump na rede social, após ter afirmado na quinta-feira que a transição de governo ocorreria de forma "ordenada".

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"Sem voto impresso, vamos ter problema pior que dos EUA", disse o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (7). Por conta dessa frase dita pelo chefe do Executivo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que "Bolsonaro consegue superar os delírios e os devaneios de Trump".

Além disso, Maia aponta que esse posicionamento do presidente da República "é um ataque direto e gravíssimo ao TSE e seus juízes". O presidente da Câmara diz que os partidos políticos deveriam acionar a Justiça para que o presidente se explique.

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A frase foi dita por Jair Bolsonaro após apoiadores extremistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, interromperem a confirmação da eleição. Sem citar diretamente o que aconteceu no Capitólio, sede do Congresso norte-americano, Bolsonaro afirmou que o modelo eletrônico pode levar o Brasil a ter um problema pior do que aconteceu nos Estados Unidos, onde o voto é impresso. 

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