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Ao contrário do que foi comprovado nas avaliações realizados pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (Set), a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), entidade que representa os fabricantes de equipamentos de telecomunicações no País, apresentou os resultados dos testes de convivência entre o Sistema de banda larga móvel (LTE) e o Sistema de TV Digital nessa quarta-feira (7). Os resultados foram positivos, apontando que “mesmo nas eventuais situações desfavoráveis, a convivência entre os dois sistemas é sempre possível”, afirmou o diretor do grupo setorial de telecomunicações, Luciano Cardim.

Para Wilson Cardoso, membro do grupo setorial, os testes demonstraram, também, que as interferências da TV Digital no Sistema LTE não foram suficientes para afetar a disponibilidade de banda larga móvel aos usuários. Além disso, ele destacou que as avaliações foram feitas com equipamentos comerciais - televisores, celulares e chips.

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“Após os resultados obtidos em laboratório e também em campo, podemos afirmar que agora temos parâmetros reais para avaliar a convivência dos sistemas. Se tivéssemos usado somente os padrões teóricos, teríamos incorrido nos mesmos erros do Japão e da Inglaterra”, afirmou Cardoso.

Com base nos resultados alcançados, Luciano Cardim ressaltou que a Abinee reitera o apoio à realização do leilão de 700 MHz de acordo com o cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), previsto para agosto de 2014.

“Entendemos que devem ser priorizados os investimentos e a melhoria da qualidade da rede móvel, bem como a disponibilização de todo o espectro de 45+45 MHz para a banda larga móvel”, concluiu o diretor da Abinee.

Os testes, patrocinados pelas Alcatel-Lucent, Motorola Solutions, Nokia e Qualcomm, foram entregues pela Abinee à Anatel, que deverá agregá-los aos seus estudos com vistas à realização do leilão da faixa de 700 MHz.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou na tarde desta quinta-feira (10) a proposta de regulamento de convivência entre o sinal de TV Digital e a internet móvel de quarta geração (4G) na frequência de 700 megahertz (MHz). Com as normas que ainda passarão por uma fase de consulta pública, o órgão regulador espera dar solução para todos os casos em que possa haver interferência entre os dois serviços. Na maioria dessas ocorrências, será necessária a instalação de um filtro no cabo que liga as antenas aos televisores.

A certeza de que o 4G não atrapalhará a transmissão da TV Digital está no centro de uma batalha movida pelos radiodifusores em Brasília, inclusive com a participação ativa do Congresso Nacional. As emissoras de TV querem adiar o leilão da faixa de 700 MHz até que todas as hipóteses de interferência do sinal sejam solucionadas.

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De acordo com o conselheiro relator da proposta, Rodrigo Zerbone, a própria configuração da redistribuição de canais de TV diminuirá os casos de interferências com o sinal de 4G. Para licitar a faixa de 700 MHz, os canais serão realocados até o número 51. Após essa parte do espectro eletromagnético, haverá uma "banda de guarda" de 5 MHz e outros 5 MHz destinados a comunicações de segurança pública, antes de se começar de fato a faixa voltada para o 4G. "Na maior parte do País, o canal 51 não é usado, e por isso a banda de guarda chegará a 16 MHz ou mais nesses locais. Além disso, os canais de maior potência ficarão afastados dos limites entre os dois setores", afirmou Zerbone.

Para formatar a proposta de regulamento de convivência entre os dois serviços, a Anatel realizou uma série de testes em laboratório e posteriormente de campo, na cidade goiana de Pirenópolis, situada a 150 quilômetros de Brasília. De acordo com Zerbone, mesmo buscando o pior cenário possível de interferência nos testes realizados, foram identificadas poucas ocorrências tanto do sinal de 4G atrapalhando a recepção da TV Digital como no sentido inverso. Entre os instrumentos para mitigar essas interferências, a proposta de regulamento cita uma distância mínima entre as antenas transmissoras e os aparelhos receptores, alterações em antenas, mudança da potência dos sinais emitidos e a instalação de filtros nos aparelhos.

"Os testes apontam que a convivência entre os dois serviços é plenamente possível. Na maioria dos casos, não há qualquer efeito devido à distância entre as duas faixas. E a maior parte da interferências identificadas podem ser resolvidas apenas com a instalação de filtros adicionais nos televisores", completou Zerbone. Desta forma, as eventuais interferências poderiam ser resolvidas com um simples filtro instalado no cabo que liga as antenas aos televisores. A consulta pública sobre o regulamento será aberta pela Anatel no dia 2 de maio e terá duração de 30 dias.

A introdução dos sistemas de banda larga móvel 4G/LTE na faixa de frequência de 700 MHz poderá causar interferências prejudiciais em milhões de televisores, caso medidas adequadas de mitigação não sejam adotadas, concluiu a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (Set). Segundo estudo, que já foi submetido ao Ministério das Comunicações e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no caso da recepção de TV digital, a interferência significará interrupção da programação, imagens congeladas ou tela negra.

“Em todos os países que iniciaram a regulamentação para operação do serviço móvel celular em faixa adjacente à de televisão, as questões de interferência entre os serviços estão no cerne das discussões”, afirma o presidente da Set, Olímpio José Franco.

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A Resolução 625/2013 da Anatel estabeleceu que o 4G/LTE ocupe a faixa de frequência de 698 a 806 MHz, que ficou conhecida como a faixa de 700 MHz, adjacente à de 470 a 698 MHZ que continua destinada no Brasil à TV aberta. Essa mesma resolução especifica parâmetros técnicos para assegurar a convivência, porém vincula a licitação da faixa de 700 MHz, prevista para este ano, ao estabelecimento de um regulamento para a resolução das situações de interferências prejudiciais.

“Os resultados obtidos nos testes realizados pela Universidade Mackenzie mostram que, nos casos críticos, para preservar a qualidade da recepção do sinal de TV, é necessária uma combinação de diversas medidas de mitigação. Entre elas, alterações das antenas, adição de filtros nos televisores e nos transmissores LTE”, informa o presidente da Set. 

Principais medidas

Entre as medidas propostas pela entidade para permitir a convivência do 4G/LTE e da TV digital em faixas adjacentes está a revisão dos sistemas domésticos de recepção de TV, em sua ampla maioria frágeis e antigos. “A necessidade de reformular o parque doméstico de antenas de recepção implica em custos expressivos, que ainda precisam ser calculados e um enorme desafio logístico. Também impõe aos profissionais da SET a responsabilidade de apoiar o desenvolvimento de profissionais e a especificação de equipamentos adequados a essa tarefa”, observa Franco.

A Câmara dos Deputados pretende oferecer um novo mecanismo para que o cidadão participe mais diretamente dos trabalhos do Plenário. Já está em fase de testes um programa que permitirá o acesso a diversas informações adicionais àquelas que a população recebe ao assistir as sessões.

Trata-se do sistema Ginga de TV Digital, um aplicativo desenvolvido pela Rede Legislativa de TV Digital e pelo setor de Tecnologia da Informação da Câmara. Os detalhes sobre as matérias em votação, informações sobre os parlamentares que discursam e sobre os canais de comunicação que podem ser usados para entrar em contato com os deputados ou se manifestar estarão disponíveis. Dentro de algum tempo, a intenção é que a pessoa também possa se manifestar se concorda ou não com o projeto em discussão.

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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, revelou nesta quinta-feira, 16, que o governo revisou o cronograma para a digitalização de todo o sinal de televisão no País. Com isso, o fim do sinal analógico, marcado para 30 de junho de 2016, ocorrerá, gradualmente, entre 2015 e 2018. Segundo o ministro, a decisão ocorreu para evitar o gargalo na procura por conversores de televisão analógica para digital ou mesmo de aparelhos de televisão digital em um curto período de tempo.

"Como está previsto, teríamos a necessidade de conversor e televisão superior a 20 milhões, 25 milhões. Essa concentração pode dar um problema de faltar aparelho, subir preço, por isso vamos distribuir no tempo, o que parece mais razoável", afirmou Bernardo, antes de participar de uma palestra para ex-alunos da escola de negócios Insead, em São Paulo (SP). Segundo o ministro, a digitalização do sinal de TV no País escalonado terá início pelas maiores regiões metropolitanas, como São Paulo e Rio de Janeiro, e será ampliado para outras áreas até 2018.

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Avaliação do 4G

Bernardo afirmou, na palestra, que na semana que vem terá uma reunião com operadoras telefonia celular para avaliar como está a implantação da tecnologia 4G no País e o plano das operadoras para a telefonia rural.

Por ter adotado um modelo de TV Digital semelhante ao japonês, o Brasil pode ter de pagar mais caro para adotar a tecnologia de telefonia e banda larga móvel de quarta geração (4G) na faixa de 700 mega-hertz (MHz) a partir do próximo ano. Testes realizados no Japão - país que só adotará o 4G nessa frequência em 2015 - mostram uma alta interferência da tecnologia nas transmissões de TV.

Um extenso relatório com os resultados dos testes foi apresentado nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) ao presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende. O órgão regulador pretende leiloar até abril de 2014 parte da frequência de 700 MHz no Brasil para empresas de telefonia, e por isso antecipou em algumas regiões a migração dos canais de TV que ocupam a frequência. Por outro lado, a agência adiou a transferência em localidades onde a digitalização deve demorar mais.

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Embora interferências também tenham sido registradas em outros modelos de TV Digital, o relatório japonês conclui que a convivência entre as duas tecnologias é inviável sem a realização de diversas - e custosas - adaptações. "O governo japonês estima um custo de US$ 3 bilhões para resolver os obstáculos de interferência nas transmissões. Essa notícia caiu como um meteoro no ambiente de radiodifusão", disse o diretor de uso e planejamento de espectro da Abert, Paulo Ricardo Balduíno.

Como a tecnologia "pura" do 4G é incompatível com as transmissões japonesas de TV Digital, os japoneses precisaram instalar filtros não apenas em antenas e equipamentos de transmissão de telefonia como também nos televisores. "Todos os aparelhos nas casas das pessoas e as novas TVs precisarão ser adaptados. Isso certamente terá um preço", disse Balduíno.

Testes

Diante do alarme, tanto empresas radiodifusoras quanto as de telecomunicações e a própria Anatel iniciaram testes com o modelo brasileiro para descobrir o tamanho das adaptações necessárias para o uso do 4G em 700 MHz no País. A quarta geração na faixa de 2,5 giga-hertz (GHz) começou a ser comercializada em cidades brasileiras e não oferece risco às transmissões de TV. Na avaliação da Abert, essa seria a melhor opção para uso em locais densamente povoados, a exemplo do que ocorre no Japão.

O governo vai universalizar a televisão digital, nem que tenha de pagar por isso. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, está em análise a possibilidade de conceder subsídios para que as famílias possam adquirir aparelhos digitais ou conversores (set-top box), e assim permitir que as transmissões pelo sistema antigo, o analógico, deixem de ocorrer.

"Precisamos acelerar a digitalização, e se não houver uma ação forte do governo, a meta de 2016 vai atrasar", disse Bernardo, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. O estímulo para que famílias modernizem seus equipamentos de TV não é inédito. Nos Estados Unidos, por exemplo, o governo chegou a distribuir aparelhos quando decidiu utilizar apenas a TV digital. "E lá, a TV aberta nem é tão importante quanto no Brasil", observou o ministro.

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O governo também estuda medidas de incentivo para que as emissoras acelerem a digitalização. "Vamos precisar de medidas fortes", disse Bernardo, sem antecipar o que será feito. O problema está nos cerca de 500 municípios que utilizam a frequência de 700 megahertz (MHz), e que concentram perto de 80% da população brasileira. O governo quer que eles transmitam apenas sinais digitais, o que abriria espaço para licitar a faixa para a banda larga móvel de quarta geração (4G).

Essa é apenas uma das mudanças tecnológicas em curso que, na visão do ministro, ajudarão a elevar os investimentos do setor em 2013. Num momento em que despertar o "espírito animal" do empresariado é prioridade da presidente Dilma Rousseff, Bernardo avalia que o setor de telecomunicações deu uma contribuição importante.

As empresas investiram de 12% a 13% mais em 2012 do que no ano passado, e é possível que o volume chegue perto de R$ 25 bilhões. Se confirmada essa cifra, será batido o recorde de 2001, ano de privatizações, quando os investimentos chegaram a R$ 24,2 bilhões.

Outro setor que vai "bombar" investimentos no ano que vem é o que utiliza comunicação máquina a máquina. São serviços como monitoramento de veículos e câmeras de segurança por chip, que deverão decolar porque o Congresso Nacional aprovou recentemente a desoneração tributária das ligações entre chip e central. Falta a edição de um decreto, que deverá ficar pronto no primeiro trimestre de 2013.

Haverá investimentos fortes também na construção da infraestrutura para a telefonia 4G. A meta é que o serviço seja oferecido no ano que vem nas seis cidades-sede da Copa das Confederações, mas a expectativa é que ele chegue a sete ou oito capitais, incluindo São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O desligamento do sinal de TV analógica para o ingresso da TV digital, no Brasil, agora já tem o grupo responsável pela transição dos sinais. Nesta última sexta-feira (26) o Ministério das Comunicações instituiu uma portaria divulgada no Diário Oficial da União, o grupo que irá elaborar o cronograma de desligamento do sinal analógico, além de realizar testes no novo sinal e fazer atendimentos aos cidadãos. 

O documento deixava claro que a equipe deverá concluir o serviço em 12 meses, no entanto, esse prazo pode ser prorrogado “por sucessivos períodos” o que já deixa os cidadãos ainda mais confusos quanto a real chegada da TV digital. 

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No prazo de até 60 dias, após a publicação da portaria, o Plano de Desligamento da Televisão Analógica será encaminhado para consulta pública, afinal, essa transição deverá acontecer da melhor forma também para os cidadãos, visando tanto a acessibilidade quanto algum possível custo (com equipamentos como conversores) para o benefício. 

No dia 25 deste mês, os Programas de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) e Ciências da Computação (PPGCC), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em trabalho conjunto com a Globo Universidade, realizarão o seminário “Desafios da integração da TV Conectada no ambiente da TV Digital brasileira”. O evento será no horário das 9h, no anfiteatro do Centro de Informática (CIn). “TV Conectada e conteúdo não-linear: a TV híbrida e o papel das emissoras” é o tema da ação.

Ao todo, segundo a instituição de ensino, são cem vagas direcionadas a profissionais, professores e estudantes de graduação e pós-graduação em informática e comunicação. Os interessados podem se inscrever pelo contato tvdigitalppgcom@uol.com.br, contendo nome completo, telefone e vínculo institucional. A UFPE fica no endereço da Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, Recife.

O governo poderá estimular a compra de receptores digitais à população por meio de redução de custos. Isso se até 2016 a migração da TV analógica, que utiliza a frequência de 700 MHz, para a digital não estiver completa, disse nesta quarta-feira o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "A migração está indo bem, mas precisamos acelerar a adoção da TV digital nas residências. Se, em 2016, tivermos 10, 15 milhões de televisores analógicos, vamos ter que pensar, pois não podemos desligar a frequência analógica", afirmou, após participar de seminário promovido pela empresa desenvolvedora de tecnologia Qualcomm.

A liberação da frequência de 700 MHz é essencial para a ampliação das faixas destinadas à banda larga móvel, como de quarta geração (4G). Segundo ele, mesmo ainda faltando três anos e meio para o desligamento dessa frequência, o governo já pretende começar o processo de licitação dessa faixa. "A estimativa é licitar no segundo semestre do ano que vem. A presidente Dilma me cobrou e me comprometi em entregar em 60 dias um esboço de plano de trabalho para construção de um edital e de um modelo de negócios", afirmou, acrescentando que as empresas de telecomunicações podem "arcar com os custos" para desocupação dos canais.

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Smartphones - O ministro destacou durante apresentação a executivos do setor de telecomunicações que recebeu a confirmação do governo sobre a desoneração tributária dos smartphones, aprovada pelo Congresso dentro da Lei do Bem. "Isso vai possibilitar a produção a menor custo e baratear os preços dos aparelhos. Isso vai desenvolver o mercado."

Segundo Bernardo, outra ideia é estimular a produção de peças e componentes para fabricação de smartphones. "O Brasil poderá se transformar não só em uma plataforma de consumo, mas também de produção dessas tecnologias", afirmou.

São Paulo - A Certame e a sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão promovem, desta terça-feira (21) até quinta (23), a 21a. edição da Broadcast & Cable, maior evento da América Latina destinado às tecnologias de produção de rádio, TV e cinema, que nesta edição dá grande visibilidade às novas tecnologias. Este ano serão mais de 15.000m2 de exposição com cerca de 300 marcas presentes.

Entre os destaques da edição, equipamentos e ferramentas para a produção em 4K, novidades para o universo 3D - cuja demanda vem crescendo tanto no segmento do cinema quanto da televisão - e as mais diferentes soluções para automação de emissoras, desde a captação até a transmissão.

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TV DIGITAL
Implementada no Brasil em 2006, seguindo o padrão Nipo-brasileiro, a TV Digital vem sendo tema de destaque nas últimas edições da feira e receberá atenção ainda mais especial este ano. Interatividade, recursos complementares à transmissão, qualidade do som e da imagem são apenas alguns dos tópicos ligados ao tema que serão apresentados nos mais de 180 estandes, que devem receber mais de 10 mil visitantes nos três dias de feira.

CONGRESSO SET
Durante a feira, também acontece o Congresso SET, que reúne diretores de tecnologia, engenheiros, técnicos e supervisores para debater os mais recentes avanços do setor. Este ano, o congresso, que começou na manhã de hoje e segue até quinta, conta com 180 palestrantes em 45 sessões, divididas ao longo dos quatro dias de evento.

Nas primeiras sessões, novas tecnologias e Ulta alta definição (Ultra HDTV) estiveram em alta, assim como os desafios da computação na nuvem, que cada vez avançam mais sobre o universo dos broadcasters, e a força da produção colaborativa, que ganhou a preocupação de vários palestrantes, como Marciano Palmeira, da TV Integração, que falou sobre o "Você no MGTV", aplicativo para Android em que os telespectadores capturam flagrantes com seus celulares e enviam diretamente para os servidores da televisão, que pode colocá-los com rapidez e agilidade na programação dos principais telejornais. "Conseguimos um equilíbrio entre a qualidade e o tempo de envio, o que faz com que o telespectador fique mais estimulado a enviar seu vídeo. Além disso, as produções já são direcionadas para os produtores da região onde ele foi filmado, o que dá mais agilidade, e temos uma equipe para dar retorno a todos os que enviam conteúdo, mesmo que seja para dizer que infelizmente não o usaremos", destacou em sua palestra.

O canadense Warren Arenstein, da Build 4Media, destacou que o sucesso no mercado de jornalismo está diretamente ligado à velocidade e a qualidade na entrega do conteúdo e que, com o advento das novas tecnologias, as empresas de comunicação precisam se adaptar aos novos tempos e buscar conteúdos cada vez mais sofisticados e exclusivos, em prazos cada vez mais curtos e com diversidade de formatos.

Quando perguntado se acreditava que o jornalismo chegaria, em alguns anos, a acontecer sem as grandes câmeras tradicionais, o canadense foi enfático: "isso já está acontecendo e vai levar pouco tempo para crescer".

Você já ouviu falar em Ginga? É um Middleware Aberto do Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital (ISDB-TB) e Recomendação ITU-T para serviços IPTV. Mas o que isso significa? Isso quer dizer que ele é uma especificação de software criado especificamente para funcionar em TVs com ou sem acesso a internet, proporcionando recursos de interatividade entre sistema de comunicação e usuário. E o mais interessante: é uma engenhoca feita por brasileiros da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

O nome foi inspirado em uma qualidade nata dos brasileiros que são os nossos movimentos, ao andar, falar, dançar e com base no reconhecimento da cultura do país e na sempre latente luta por igualdade e liberdade do povo brasileiro. Pensando nisso, tornou-se um software livre de inclusão digital e social para TVs, visto que seus criadores veem esse meio de comunicação como um dos veículos presentes quase que na totalidade dos lares brasileiros.

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Observando isso, o Ginga tornou-se obrigatório para todas as TVs que saírem das lojas até 2013 e esse número deve alcançar a sua totalidade em breve. Alguns aparelhos já possuem a capacidade de rodar o Ginga e também existem aqueles que já chegam às lojas com o programa, como é o caso das de marca Sony, alguns modelos da Samsung e Semp Toshiba. E é simples identificar qual TV pode proporcionar essa interatividade, basta que ela possua o selo com a sigla DTVi, isso significa que o aparelho pode receber a transmissão por sinal digital.

As mudanças que o Ginga permite é a vantagem da interatividade em tempo real, deixando tudo ao toque de alguns botões do controle remoto. Através dessa tecnologia, o telespectador poderá, ao assistir programações da emissora, saber sobre a vida dos atores, ler notícias, ver fotos, interagir em enquetes, receber aplicativos e também baixá-los. Além da possibilidade de que qualquer empresa pode desenvolver sua versão do Ginga e embarcar na TV, basta seguir as especificações criadas pelas Universidades desenvolvedoras do software.

Para conseguir tal interatividade, a TV não precisa ter acesso à internet, basta receber o sinal digital. No entanto, o acesso à rede possibilita uma maior gama de funcionalidades. Funções como baixar aplicativos, utilizar o Twitter e interagir com alguns tipos de enquete, só são possíveis através de uma conexão de internet, mas basta ter o sinal digital para navegar na loja Sticker Center e através dela acessar aplicativos de empresas como Extra e Walmart, porém não é possível comprar produtos.

O Ginga já recebeu a adesão de emissoras como o SBT, Record e Globo, onde os telespectadores já podem usufruir dessa nova tecnologia apenas clicando em “ok” no controle remoto ao ver o ícone com a letra “i” no canto superior direito da tela e navegar através das teclas de navegação – setas -  e ver o que tem disponível para ele entrar no universo interativo da televisão.

Para adquirir um aparelho que suporte a tecnologia Ginga, o valor médio do investimento é de cerca de R$ 300 a mais do que um aparelho que não possua sinal digital. No entanto, essa diferença de valores deverá cair à medida que a popularização do serviço seja alcançada.

Acontece hoje (2), na sala 510, do Bloco A na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), o “Ready To Go Digital”, um evento criado para discutir a TV digital e sua chegada à vida dos brasileiros. O encontro terá palestra que será ministrada pelo cientista da computação e professor, Victor Hazin da Rocha, é uma iniciativa do curso de Jogos Digitais da própria instituição e terá início às 18h30.

Durante as discussões, serão debatidos os caminhos e entraves da chegada da TV digital para o país, além de mostrar as possibilidades de unir o desenvolvimento dos jogos digitais a essa TV.

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O evento é aberto ao público com entrada gratuita e não necessita de inscrição.

Recentemente em um debate muitas pessoas se perguntavam sobre o sucesso da Tv-Digital Brasileira onde, teoricamente, em 2016 toda transmissão deveria ser digital “A transmissão analógica continuará ocorrendo, simultaneamente à digital, por um período de 10 anos até 29/06/2016. A partir de Jul/2013 somente serão outorgados canais para a transmissão em tecnologia digital." No entanto, apesar de já termos canais em alta definição, o conteúdo gerado não é 100% digital, ou seja, muda, mas não muda muito. Além disso, os benefícios da interatividade não são vistos, ou como muitos falam, não aconteceu e nem da sinais de acontecer tão cedo.

Aprofundando mais a questão da interatividade, é importante esclarecer como este processo se deu. Para TV aberta já existiam três padrões quando o Brasil decidiu começar a definir a sua estratégia, são eles: Europeu, Americano e Japonês. No caso Brasileiro, decidimos definir o nosso, que atenderia as necessidades da nossa região e cultura, trazendo a reboque os países latino-americanos que possuem as mesmas características geopolíticas, econômicas  e culturais que nós.

Assim foi criado o Ginga, que seria o middleware Brasileiro para Tv-Digital. Ele seria ao mesmo tempo um middleware procedural (que executa programas, no nosso caso Java) ou interpretado, como as paginas HTML geradas aqui pelo portal LeiaJa.com, e neste caso utilizamos NCL.

O que esquecemos é que estas escolhas não são apenas tecnológicas, elas são escolhas da indústria e dos seus usuários. Em resumo, temos um excelente padrão para TV-Digital, mas que encontra resistência de diversos setores, desde os produtores de conteúdos até os fabricantes.

Paralelamente a este movimento, temos o surgimento de novas formas de produzir ou acessar conteúdos disponibilizados pela TV. Inicialmente surgiu IP-TV, ou seja, transmissão do conteúdo da TV através da do sistema de banda larga e utilizando o protocolo IP, neste caso, as operadoras de telefonia poderiam comercializar canais de TV nos seus pacotes. Isso ficou parado no congresso, pois se precisa de autorização para realizar transmissão de TV e em uma resolução recente no congresso esta autorização passou. Porém mais uma vez com atrasado!!!

Atualmente se fala em TV-Conectada ou seja, quem comercializa o conteúdo pode ser qualquer um, veja os casos: Net-Flix,Yahoo,  Google-TV, AppleTV, o sistema de banda larga é só o meio para acessar o conteúdo e as operadoras deixariam de ter o controle. Eu me arriscaria a dizer que este seria um possível novo passo de Steve Jobs.

Em resumo, o governo Brasileiro está padronizando, sem muito sucesso, um sistema de transmissão que está ao menos duas gerações atrás do que o resto do mundo está fazendo e sem uma implementação utilizada em larga escala do middleware que permite a interatividade. O que não vimos é que o mercado já decidiu o que irá fazer. A TV virá via Internet e a interatividade já esta implantada.

O desligamento do sinal analógico de televisão no Brasil está mantido para 2016. É o que afirmou o ministro das Comunicações (MiniCom), Paulo Bernardo. Apesar de reconhecer que o sistema digital ainda não está totalmente popularizado no país, o ministro afirma que medidas estão sendo tomadas no Ministério das Comunicações para acelerar o processo de digitalização das emissoras.

 
“Esperamos que até 2016 já estejamos totalmente prontos para fazer o apagão analógico. Até lá as emissoras vão ter tempo para se adaptar e os próprios consumidores vão querer modernizar seus equipamentos, até mesmo porque teremos uma Copa do Mundo aqui no Brasil em 2014 e as pessoas já vão querer aproveitar a tecnologia”, avalia o ministro.
 
O Governo Federal também está trabalhando para dar acesso a linhas de crédito diferenciadas, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que as emissoras de TV possam comprar novos equipamentos e migrar para o sistema digital. “Estamos tentando andar rápido com essa questão da digitalização”, garantiu Bernardo.
 
Para começar a transmitir em sinal digital, a geradora de TV precisa dar entrada no processo de consignação no MiniCom. Até o fim deste ano, todos os processos de consignação de geradoras (as estações principais nas redes de televisão) serão finalizados, segundo o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do ministério, Genildo Lins.
 
De acordo com o secretário, todas as 400 geradoras de TV espalhadas pelo país vão estar consignadas. Isso quer dizer que a emissora vai poder realizar transmissões digitais e analógicas, ao mesmo tempo, até que o sinal analógico seja definitivamente desligado, em 2016. Do total de geradoras, 100 ainda têm processos de consignação tramitando no MiniCom.
 
“Nós destacamos uma equipe específica de engenheiros para trabalhar na análise desses processos de consignação de TV, justamente porque queremos dar mais agilidade na finalização dessas demandas”, avalia o secretário Genildo Lins.
 
E já é possível notar melhorias no andamento desses processos. Segundo Genildo Lins, no mês de setembro foram concluídos os processos de consignação de 19 emissoras, contra 3 processos finalizados entre janeiro e agosto deste ano. “A partir de agosto, implementamos mudanças que simplificaram o processo”, afirma.
 
Interatividade
O decreto que estabeleceu o sistema de TV digital no Brasil abriu a possibilidade de interatividade nas transmissões. Isso quer dizer que o telespectador poderá usar seu aparelho de TV para consultar saldo bancário, agendar consultas médicas, consultar a previsão do tempo, informações de trânsito e comprar produtos. Para possibilitar essas interações, pesquisadores brasileiros desenvolveram o Ginga, uma ferramenta que vai permitir a interatividade na TV digital brasileira.
 
O governo está trabalhando para incluir o Ginga nos aparelhos de televisão fabricados no Brasil. Atualmente, nem todos os aparelhos saem de fábrica prontos para a interatividade. A expectativa é de que no próximo ano, 75% dos televisores já saiam das fábricas com o middleware de interatividade instalado. Em 2013, esse percentual alcançaria 100% dos aparelhos. A medida está tramitando no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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*Com informações da Agência MiniCom.
 

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