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Uma disputa emocional entre os países da União Europeia sobre o tema da imigração gerou um pouco usual rancor nesta sexta-feira, com líderes trocando acusações de irresponsabilidade por um lado e desrespeito do outro.

Em pauta estava um acordo fechado nas primeiras horas da sexta-feira, para realocar pela Europa 40 mil de pessoas que fizeram pedidos de asilo e estão atualmente na Itália e na Grécia, mais 20 mil de campos de fora do continente. Os líderes rejeitaram o plano para exigir que cada país do bloco aceite certo número de pessoas, optando em vez disso por um sistema de "compromissos" voluntários.

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O resultado enfureceu alguns dos líderes, que acusaram seus colegas de inação durante uma crise, por temer que muitos refugiados permaneçam sem ajuda, semanas após a Europa se comprometer a auxiliar os imigrantes que enfrentam perigosas travessias pelo Mediterrâneo.

"Manifestamente não houve um senso de responsabilidade dominando a mesa", disse o primeiro-ministro belga, Charles Michel. Lamentando a "falta de ambição" e "falta de vontade", Michel acrescentou: "Eu não estou feliz porque penso que a Europa pode trabalhar melhor. A decisão para mim foi entristecedora. A reunião foi praticamente para nada."

Aqueles contrários às cotas também foram veementes. Líderes do centro e do Leste Europeu disseram que já receberam muitos imigrantes vindos da crise na Ucrânia e questionando se têm mais recursos que Itália e Grécia. "Nós estamos prontos para conversar, mas também queremos ser tratados com respeito, permitindo que nós mostremos nossas solidariedade voluntariamente, não forçados", disse a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite.

A discussão sobre o tema só aumentou nos últimos meses na Europa, com um crescente número de pessoas chegando ao continente oriundas de zonas de conflito no Oriente Médio e no norte africano. Autoridades da UE disseram que desejam realocar as 40 mil pessoas que tentam receber asilo na Itália e na Grécia até o fim de 2016. Há dois meses, centenas de pessoas morreram em um naufrágio perto da costa da Líbia, levando a uma onda de solidariedade e a promessas de uma solução ampla para a crise de imigração. Mas desde então o humor piorou e a atitude do público parece ter endurecido em relação ao tema. Na Hungria, por exemplo, o primeiro-ministro Viktor Orban anunciou planos de construir uma cerca para impedir a passagem de imigrantes vindos da Sérvia. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo brasileiro superou as reticências da Argentina e esperava acelerar as negociações e sair de Bruxelas com uma data para a troca de ofertas de acesso a mercados, condição essencial para um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Mas, ao final da reunião, em Bruxelas, obteve apenas a promessa de que a troca pode acontecer "até o final de 2015" - se tudo correr bem. Ainda assim, a presidente Dilma Rousseff afirma que não sai frustrada do encontro.

O balde de água fria na ambição brasileira foi dado depois de dois dias em que reuniões foram realizadas entre autoridades de Brasil e União Europeia na capital belga. Durante a viagem de avião à Bélgica, a presidente chegou a propor aos seus ministros que a data de 18 de julho fosse escolhida para a troca de ofertas - uma forma de estabelecer um prazo limite claro. As férias de verão europeu e as pendências nas negociações, no entanto, esfriaram o ímpeto.

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Nesta quarta-feira, 10, a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmström, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participaram de uma reunião ministerial que teve a participação de Carlos Bianco, secretário Relações Econômicas Internacionais do Ministério das Relações Exteriores da Argentina. No final, Cecilia e Vieira informaram que a troca deve acontecer "no quarto trimestre".

"Queremos ver um acordo de comércio ambicioso, que crie oportunidades nos dois lados do Atlântico", disse Cecilia, ponderando a seguir: "Para obtermos sucesso e trocar nossas ofertas, ainda temos trabalho a fazer. Temos de oferecer um ao outro garantias sobre o nível de ambição das respectivas ofertas".

De acordo com a comissária, "ninguém ainda está preparado para a troca de ofertas". "Por isso vamos aumentar o trabalho técnico. Os dois lados têm questões", justificou. Com o evoluir das discussões, se os dois lados "estiverem confortáveis" e se os processos técnicos "andarem", Cecilia espera "ter a possibilidade de trocar ofertas até o final do ano".

Mauro Vieira informou que reuniões técnicas serão realizadas ao longo do segundo semestre. "Os negociadores dos dois países se encontrarão no meio tempo, de hoje até a reunião que teremos para a troca de ofertas, para esclarecer alguns detalhes", explicou o chanceler. "Até lá, cumpriremos todos os rituais necessários nos dois blocos para efetivamente trocarmos nossas ofertas até o último trimestre do ano", completou.

A falta de uma data clara, entretanto, não abalou o otimismo de Dilma. Falando aos jornalistas em paralelo à coletiva de seu chanceler, a presidente garantiu que as negociações prosseguirão até a troca de ofertas. "Não saio frustrada. Isso não significa que não terá data", argumentou. "Nós vamos fazer uma proposta de troca de ofertas. Eles têm de olhar as condições deles e fazer a mesma proposta."

De acordo com a presidente, foi importante que o Mercosul sinalize "que vai unido". Dilma não mencionou o nome do país, mas a referência dizia respeito às restrições que até aqui vinham sendo impostas pela Argentina - e que, a julgar pelo discurso da presidente e de ministros brasileiros, estariam superadas.

Defesa

Dilma defendeu a Argentina, recusando a pergunta sobre se seu governo teria "perdido a paciência" com o país vizinho. "É um grande parceiro nosso. Nós temos de ter toda a consideração com a Argentina", afirmou. "E não existe motivo para a Argentina não ir conosco. Ela tem essa disposição."

Segundo a presidente, atribuir à Argentina a lentidão nas discussões para o acordo é um equívoco "Acordos bilaterais podem ser difíceis para qualquer país ou qualquer região", afirmou.

A União Europeia (UE) se comprometeu a investir US$ 133 milhões nos países da América Latina e do Caribe no início do encontro de dois dias entre as lideranças das regiões.

A Comissão Europeia afirmou nesta quarta-feira que o conjunto de empréstimos, doações e outras operações financeiras busca reforçar a cooperação transatlântica.

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A ajuda financeira irá se centrar em transporte, energia e setores ambientais das nações. Fonte: Associated Press.

Nas próximas semanas, a União Europeia (UE) pretende estender as sanções econômicas contra a Rússia até o fim de janeiro de 2016, informaram diplomatas.

A permanência das sanções faz parte dos esforços da UE para pressionar a Rússia a implementar o cessar-fogo assinado em Minsk.

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A decisão deve acirrar as tensões com a Rússia, que esperava dividir a UE com sanções de retaliação e contava com a relativa calmaria no leste da Ucrânia para que seus aliados do bloco ao menos abrandassem as medidas.

De acordo com oficiais do bloco, a UE está unida na questão. Após semanas de debate, os líderes da UE concordaram que qualquer abrandamento das sanções econômicas, que expirariam no final de julho, "devem ser claramente relacionadas a completa implementação do acordo de Minsk, levando em conta que a previsão é 31 de dezembro de 2015".

As medidas incluem fortes restrições econômicas nos setores financeiro, de energia e defesa, assim como a proibição da venda de produtos militares.

Apesar de alguns líderes do bloco criticarem as sanções e sua efetividade, há um consenso de que as restrições prejudicaram a economia da Rússia. Um relatório recente sobre as sanções estima que a economia da Rússia vai diminuir 3,8% este ano. Fonte: Dow Jones Newswires.

Itália, França e outros nove países da União Europeia (UE) devem adotar novas regras para amenizar uma eventual quebra de bancos, disse a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, nesta quinta-feira (28).

Para a Comissão Europeia, se os 11 países - Bulgária, República Tcheca, França, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Holanda, Malta, Polônia, Romênia e Suécia - não se adequarem à legislação nos próximos dois meses, o caso pode ser encaminhado para o Tribunal de Justiça da União Europeia.

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A lei em questão (Bank Recovery and Resolution Directive, em inglês), adotada parcialmente pelos outros países da região há um ano, estabelece regras para perdas impostas a acionistas e credores pela quebra de um banco. Ela entra plenamente em vigor em 2016.

A lei é parte de um esforço amplo da União Europeia para estabelecer regras que tornem os bancos menos vulneráveis a futuras crises e previnam que os contribuintes sejam obrigados a arcar com os problemas das entidades financeiras. Ela também estabelece quais investidores terão que arcar com suas obrigações antes e coloca limites para a quantidade de dinheiro que os governos podem usar em resgates a bancos.

Os países da União Europeia tiveram que transformar essas regras em legislação nacional no final de 2014. "No entanto, essas 11 nações não conseguiram convertê-las totalmente em lei", disse a comissão.

Em geral, os países se adaptam às normas antes de serem encaminhados para o Tribunal de Justiça da União Europeia. Se o país for a julgamento e o tribunal considerá-lo culpado, ele é obrigado a se adequar à legislação ou receber uma multa. Fonte: Dow Jones Newswires.

Três países do Báltico, Estônia, Letônia e Lituânia pediram que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) envie uma brigada permanente aos seus territórios, enquanto lidam com uma Rússia cada vez mais assertiva. Os chefes da Defesa dos três países apresentaram o pedido em uma carta conjunta enviada nesta semana à Otan, segundo um porta-voz militar lituano, capitão Mindaugas Neimontas.

Os países bálticos faziam parte da União Soviética, mas retomaram a independência com o colapso da Cortina de Ferro, há duas décadas. O trio tem se mostrado preocupado com a intervenção da Rússia na Ucrânia e com a crescente atividade de forças russas em exercícios militares na região do Mar Báltico. As forças da Otan, incluindo dos EUA, têm reforçado seus exercícios no Báltico e em outras nações do Leste Europeu, diante da crise ucraniana.

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O pedido das nações do Báltico é por um batalhão com entre 700 e 800 soldados em cada um dos três países. As tropas ficariam na região em esquema rotativo. O embaixador da Rússia para a União Europeia, Vladimir Chizhov, disse que o pedido era motivado "mais por política local que por uma situação genuína de segurança".

No encontro de hoje, a Otan e a União Europeia comprometeram-se a aprofundar a cooperação sobre ameaças que vão além dos conflitos tradicionais. A intenção é reforçar os esforços conjuntos, por exemplo, em técnicas que incluem propagandas e operações encobertas, como as que a Otan alega que Moscou realiza na Ucrânia.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que Otan e UE querem garantir que estão desenvolvendo estratégias complementares e eficazes diante de "ameaças híbridas contra qualquer um de nossos membros". Ele falou na conclusão da reunião de dois dias da Otan na província turca da Antália, no Mediterrâneo.

A chefe da política externa da UE, Federica Mogherini, participou do último dia do encontro, falando aos membros da aliança sobre o conflito na Ucrânia, bem como sobre ameaças terroristas e os esforços do bloco para combater o tráfico de pessoas oriundas da Líbia.

CANÇÃO PELA PAZ - No jantar da quarta-feira, organizado pela Turquia, autoridades militares da Otan e funcionários da UE cantaram juntos a canção "We Are The World". Em uma pausa nas discussões sobre a instabilidade no Oriente Médio e na Ucrânia, as autoridades aceitaram o convite de uma banda turca para cantar "a última canção pela paz", durante o evento.

Os ministros das Relações Exteriores da Grécia, Nios Kotzias, e da Turquia, Mevlut Cavusoglu, cantaram abraçados, ao som da música de 1985. Stoltenberg e Mogherini também fizeram parte do coro. Fonte: Associated Press.

A chefe de política externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, se reunirá com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, na segunda-feira. A iniciativa é uma tentativa da UE de encontrar uma solução para a crise de refugiados.

A reunião de segunda-feira ocorrerá a bordo do navio da marinha italiana San Giusto ao largo da costa da Sicília, informou o escritório de Federica no sábado. Ela também irá se reunir com altos funcionários das Nações Unidas e outros parceiros internacionais na terça-feira em Nova York e viajará para Washington para conversações com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, na quarta-feira.

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Os líderes da UE encarregaram Federica na quinta-feira passada de buscar alternativas para enfrentar gangues criminosas que organizaram o tráfico de pessoas em viagens marítimas perigosas para a Europa a partir da costa da Líbia. Centenas de migrantes morreram nos últimos dias nesse tipo de travessia.

Além de um reforço ao financiamento a possíveis missões de busca e salvamento, os líderes da UE estão estudando uma iniciativa que permitiria às autoridades capturar e destruir os barcos utilizados pelos contrabandistas. É provável que esta seja uma operação militar limitada e poderia exigir o apoio do Conselho de Segurança da ONU.

Federica deverá medir na terça-feira a perspectiva de apoio das Nações Unidas a uma operação desse tipo. O escritório da chefe de política externa disse que ela também estaria em contato nos próximos dias com o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Antonio Guterres, e a Comissão da União Africana. Fonte: Dow Jones Newswires.

Líderes mundiais e instituições de caridade globais manifestaram pesar e ofereceram ajuda de emergência para o Nepal após o terremoto deste sábado (25), enquanto tentavam compreender o escopo do desastre.

A União Europeia está avaliando "algum apoio orçamental" para o Nepal, de acordo com uma declaração conjunta publicada neste sábado pelos chefes de política externa, desenvolvimento e ajuda humanitária. A nota não informa detalhes e montantes. Eles disseram que a UE também está pesquisando "como é possível ajudar o Nepal a lidar com os edifícios destruídos e danificados e como ajudar os seus cidadãos". "A extensão total das vítimas e dos danos ainda é desconhecida, mas relatos indicam que provavelmente será elevada, em termos de perda de vidas, ferimentos e danos ao patrimônio cultural."

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Algumas instituições de caridade estão montando equipes de desastre - com base no pressuposto de que abrigo e ajuda médica são necessários com urgência -, mas a via mais conveniente para o Nepal não está disponível porque o aeroporto internacional em Katmandu foi fechado devido ao terremoto.

Os médicos franceses do grupo de ajuda do Médicos do Mundo disseram ter mobilizado os seus trabalhadores no Nepal - que estão em Katmandu e Chautara trabalhando com saúde materna e infantil - para ajudar as vítimas do terremoto. O grupo está enviando mais funcionários e ajuda médica para a região imediatamente.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e outros líderes também prometeram ajuda para o Nepal. Cameron disse no Twitter que o Reino Unido "vai fazer tudo o que puder para ajudar aqueles que foram afetados." Merkel afirmou em comunicado que o governo alemão irá ajudar com o melhor de suas habilidades. Ela acrescentou que os seus pensamentos estão com os muitos feridos e as famílias das vítimas.

Cameron e Merkel não especificaram que tipo de ajuda seria enviada, mas outras nações foram mais específicas. O ministro de Relações Exteriores da Noruega, Boerge Brende, disse que o país escandinavo deve alocar 30 milhões de coroas norueguesas (US$ 3,8 milhões) para auxiliar o trabalho e que o dinheiro seria enviado por intermédio das Nações Unidas e de organizações de caridade. "Estamos acompanhando a situação de perto e descobriremos se daremos novas contribuições quando soubermos mais", disse Brende, em comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores da Itália disse que disponibilizou 300 mil euros (US$ 326 mil) de ajuda de emergência para as vítimas do terremoto. A ajuda será canalizada através da Cruz Vermelha Internacional. O presidente da França, François Hollande, disse que o país está "pronto para responder aos pedidos de ajuda e assistência" das autoridades nepalesas. Fonte: Associated Press.

A União Europeia vai dobrar os recursos de emergência para nações de fronteira como Itália, Grécia e Malta, que precisam lidar com um número massivo de imigrantes que cruzam o Mar Mediterrâneo em direção à região.

O valor dos recursos destinados a lidar com o problema chega agora a 50 bilhões de euros. Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Natasha Berthaud, "O total do fundo de emergência está dobrando" após a reunião de líderes europeus realizada ontem. Também ficou acordado que mais navios, aeronaves e equipamentos serão destinados para lidar com a situação no Mediterrâneo, onde cerca de 1300 pessoas já morreram nas últimas três semanas.

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Os fundos serão usados em novos centros de recepção de imigrantes, equipes médicas e contratação de pessoal adicional para lidar com fluxo de pessoas que se arriscam a fazer a travessia.

Na reunião de ontem, dirigentes europeus também concordaram em triplicar para 9 milhões de euros o fundo destinado a patrulhar o Mediterrâneo. Fonte: Associated Press.

A Comissão Europeia autorizou a importação e comercialização no bloco de 19 organismos geneticamente modificados (OGM), dois dias depois de propor aos Estados membros uma reforma que permite a eles proibir o uso em seus territórios.

"Antes de sua autorização para ingressar no mercado, foi estabelecida a inocuidade de todos os OGM aprovados hoje", afirma um comunicado da Comissão.

Estes transgênicos destinados à alimentação humana ou animal se somam à lista de 58 produtos já permitidos na UE, com autorizações válidas por dez anos.

De forma concreta, o acordo diz respeito a dez novas autorizações de diferentes variedades de milho, soja e couve das multinacionais americanas Monsanto e DuPont, alemães Basf e Bayer, assim com o algodão da Bayer, e sete renovações de licença para milho, couve e algodão, além de dois tipos de flores transgênicas.

Líderes da União Europeia começaram a comprometer novos recursos para salvar vidas no Mediterrâneo, durante um encontro de emergência após centenas de imigrantes morrerem em um espaço de poucos dias enquanto tentavam chegar ao continente. As autoridades discutiam também medidas para destruir embarcações que poderiam ser usadas para o tráfico de pessoas.

"Em primeiro lugar, temos de salvar vidas e tomar as medidas corretas para isso", afirmou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ao chegar ao evento. No rascunho do documento final do encontro, obtido pela Associated Press, as 28 nações se comprometem a dobrar seus gastos para salvar vidas, aumentar as buscas e realizar "esforços sistemáticos para identificar, capturar e destruir embarcações antes que elas sejam usadas pelos traficantes".

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O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que seu país contribuirá com um navio, o HMS Bulwark, e também com três helicópteros e dois navios de patrulha fronteiriça nesse esforço da UE. "Como o país na Europa com o maior orçamento de defesa, podemos fazer uma real contribuição", afirmou Cameron, acrescentando, porém, que isso não incluía receber uma parte dos refugiados.

Fontes do Exército alemão disseram à agência DPA que Berlim oferecerá algumas embarcações navais para a Itália. Bélgica e Irlanda também disseram que devem se comprometer a entregar um navio cada para esses esforços.

O desafio é grande, com mais de 10 mil imigrantes tendo sido retirados dos mares entre a Itália e a Líbia apenas na última semana, fugindo da pobreza e dos conflitos.

O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, insistiu que a Europa não deve assumir toda a resposta à crise. "Nós também pedimos à África, a fonte do problema, que assuma coletivamente sua responsabilidade", afirmou Rutte. "Da última vez que chequei a Líbia estava na África, não na Europa."

Já o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse que a UE não se mexeu durante décadas em suas políticas de imigração. Segundo ele, há 20 anos o Parlamento Europeu vem pedindo uma política verdadeira de asilo e imigração europeia.

Há uma divisão continental diante da desproporção do problema, com países como Alemanha, Suécia, França e Itália lidando com um número bem maior de pedidos de asilo, enquanto muitos países do leste e do Báltico recebem muito poucos imigrantes. Cinco dos 28 países da UE lidam com quase 70% dos imigrantes que chegam a essas nações.

Cameron, duas semanas antes de uma eleição nacional em que a imigração é um tema importante, disse que o Reino Unido não estava apto a receber mais imigrantes. Segundo ele, as embarcações britânicas iriam levar os imigrantes "ao país seguro mais próximo, muito provavelmente a Itália". Fonte: Associated Press.

Promotores italianos anunciaram a prisão do capitão tunisiano e um sírio que fazia parte da tripulação do navio que naufragou no domingo com centenas de imigrantes da Líbia, Síria e outros países africanos.

Segundo o promotor Rocco Liguori, os dois homens foram acusados de favorecer a imigração ilegal. O capitão da embarcação também foi acusado de homicídio múltiplo.

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Os dois homens foram presos em um barco salva vidas com 27 sobreviventes do naufrágio, que pode ter tirado a vida de cerca de 900 pessoas. Fonte: Associated Press.

O chefe da Frontex, a agência de segurança das fronteiras da Europa, Fabrice Leggeri, afirmou que as recentes tragédias envolvendo imigrantes que tentam entrar no continente através do Mar Mediterrâneo, mostram que a Europa deve fazer mais para impedir a imigração por questões econômicas.

De acordo com Leggeri, a Europa deve ajudar imigrantes que fogem de perseguições políticas em seus países, mas a imigração por questões econômicas é uma questão distinta e deve ser impedida.

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O chefe da Frontex, baseada em Varsóvia, afirmou que os países da Europa devem enviar os imigrantes por questões econômicas de volta para seus países de origem por avião, assim eles podem contar a seus conterrâneos que não há como viajar com segurança pelo mar.

Leggeri ainda disse que a Europa deve deter os responsáveis pelas viagens, que enganam as pessoas com promessas de entrada segura na Europa, quando na verdade os estão expondo ao perigo. Fonte: Associated Press.

A União Europeia (UE) pretende comprar gás natural do Irã se as sanções impostas ao país forem levantadas com a efetivação de um acordo nuclear com os Estados Unidos. O plano faz parte da estratégia do bloco de reduzir sua dependência de energia da Rússia, informou Miguel Arias Canete, comissário da UE para Ação Climática e Energia.

Um acordo nuclear entre o Irã e o Ocidente em 30 de junho abriria "novas possibilidades no futuro", disse Canete em uma conferência dos ministros de Energia da UE em Riga, capital da Letônia.

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O Irã possui uma das maiores reservas de gás do mundo, mas a Europa não negocia gás com o Irã desde 2012. Também há a questão de como fazer o transporte do gás para a Europa, o que deve acarretar na construção de um novo gasoduto ou melhorias nos já existentes.

Os comentários de Canete ocorreram depois que a Gazprom, empresa estatal de gás da Rússia, alertou que uma ação antitruste contra a empresa, levada pela Europa, só causaria o aumento nos preços do gás. Fonte: Dow Jones Newswires.

A União Europeia (UE) acusou formalmente nesta quarta-feira (15) o Google de abuso de posição dominante por seu motor de busca, o que expõe o gigante americano da internet a uma multa superior a seis bilhões de euros. Além disso, o braço executivo do bloco europeu também iniciou, de maneira separada, uma investigação sobre o sistema operacional Android, que domina o mercado de smartphones.

"Temo que a empresa tenha favorecido sistematicamente seu próprio sistema de comparação de preços, ferindo as regras da UE em termos de abuso de posição dominante", declarou a comissária europeia responsável pelo caso, Margrete Vestager.

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A Comissão Europeia abriu a investigação sobre o motor de busca do Google em 2010. Durante anos, o ex-comissário da Concorrência, Joaquín Almunia, buscou vias conciliatórias como pedidos ao Google de propostas de soluções, que a Comissão alterou em três oportunidades. O Google concentra 90% das buscas na internet na Europa.

Com a notificação da acusação, o Executivo europeu abre o caminho para encerrar o caso no início de 2016. O Google pode receber uma multa de até 10% de seu volume de negócios.

A Comissão critica o fato do Google favorecer as próprias páginas de serviços de comparação de preços ou sites especializados em viagens em sua busca, em detrimento das ferramentas de busca de concorrentes, como o Bing da Microsoft. Paralelamente, a foi aberta uma investigação para determinar se a companhia desrespeita as regras de concorrência europeia com o sistema operacional Android para smartphones.

"A Comissão iniciou um procedimento formal contra o Google para analisar de maneira profunda se o comportamento da empresa sobre seu sistema operacional para telefones celulares Android e se os aplicativos e os serviços para smartphones e tablets ferem as regras da UE em termos de concorrência", afirma um comunicado.

A UE pretende "avaliar se, ao concluir acordos contrário à concorrência e/ou cometendo eventuais abusos de posição dominante, Google prejudicou ilegalmente o desenvolvimento e o acesso ao mercado dos sistemas operacionais para telefonia móvel, assim como para aplicativos e serviços de comunicação móvel a seus concorrentes no Espaço Econômico Europeu".

A União Europeia (UE) impôs novas sanções a sete empresários sírios - dentre eles um acusado de agir como intermediário na compra de petróleo do Estado Islâmico - e seis instituições que o bloco acredita que estejam ajudando o regime de Bashar Assad na Síria.

Desde que o conflito sírio teve início, na primavera de 2011, a UE aplicou sanções contra 218 pessoas e 69 instituições, dentre elas braços do governo sírio e empresas privadas, por causa da repressão do governo contra a população civil.

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Acredita-se que os empresários e instituições, cujos nomes foram publicados neste sábado no Jornal Oficial da UE, ofereçam apoio financeiro ao regime de Assad e a seu círculo interno.

Dentre as pessoas afetadas pelo congelamento de ativos e proibição de fornecimento de vistos está George Haswani, descrito como "importante empresário sírio" que segundo a UE age como intermediário para a compra de petróleo do Estado Islâmico pelo regime sírio. A venda de petróleo é uma das principais fontes de financiamento do grupo terrorista.

"Esta lista dá outra indicação de que a 'guerra' de Assad contra o Estado Islâmico é uma fraude e que ele apoia o grupo financeiramente", disse o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, em comunicado. "Essas sanções mostram que a UE está unida em sua condenação às brutais políticas de Assad."

A lista também inclui a Organisation for Technological Industries, que de acordo com o bloco é uma subsidiária do Ministério da Defesa da Síria e tem fornecido armas químicas para o governo, além do DK Group, empresa sediada em Beirute (Líbano) que supostamente fornece dinheiro em espécie para o banco central Sírio.

Há muito tempo a UE pede a deposição de Assad. Alguns governos, como a França e o Reino Unido, têm oferecido significativa ajuda à oposição moderada no país.

Porém, com o regime de Assad ganhando vantagem no conflito, que já matou mais de 200 mil pessoas, há crescentes pedidos no interior do bloco para que a UE reconsidere sua posição em relação à guerra civil no país.

Alguns governos acreditam que a UE poderia ter um papel diplomático mais ativo para encerrar o conflito se derrubar suas insistência de que Assad não pode ser parte de um futuro governo de transição.

Outros argumentam que Estados membros da UE deveriam estar preparados para trabalhar com pessoas do regime de Assad na luta contra o Estado Islâmico.

Em entrevista ao Wall Street Journal na semana passada, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, reconheceu que há um debate dentro do bloco sobre a melhor estratégia, mas disse que a UE mantém sua posição de não manter contato com o regime de Assad.

Porém, Mogherini ofereceu apoio a esforços diplomáticos, lançados pela Rússia, para intermediar uma solução política e para as ações do enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Staffan de Mistura, para garantir cessar-fogo em algumas cidades. A Rússia é uma das principais apoiadoras do regime de Assad e Mistura negocia diretamente com Assad. Fonte: Dow Jones Newswires.

As negociações entre o Irã e seis potências mundiais estão próximas de terminar em um acordo satisfatório após mais de dez anos, afirmou hoje a chefe de política externa da UE, Federica Mogherini.

"Sim, estamos próximos", disse Mogherini ao Wall Street Journal. Ela se negou a dar mais detalhes sobre a negociação, mas disse que, uma vez firmado, o acordo pode abrir caminho para a normalização das relações diplomáticas entre o Irã e o Ocidente. Teerã é uma das poucas capitais onde a União Europeia não tem corpo diplomático.

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Segundo Mogherini, o acordo também pode permitir futuramente que o Irã faça parte da rede de países que ajudam a lidar com as inúmeras crises por que passa o Oriente Médio.

"Após o acordo, nós teremos a oportunidade de criar um novo quadro para o Oriente Médio, e isto pode ser de grande ajuda para nossa segurança e a estabilidade da região", disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Ucrânia deve focar na implementação de sua parte do acordo de Minsk ao invés de ficar especulando sobre outras opções, como a vinda das forças de paz das Nações Unidas, afirmou nesta sexta-feira (20) o comissário para Política Europeia de Vizinhança, Johannes Hahn.

De volta de uma visita à Kiev, o comissário afirmou que a situação no leste do país se mantém "extremamente preocupante", e pediu a ambos os lados para respeitarem o tratado assinado na semana passada. A tomada da cidade de Debaltseve pelos separatistas pró-Rússia é uma clara violação dos acordos, disse Hann.

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O comissário também descartou o pedido de envio de capacetes azuis feito pelo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko. "Nosso entendimento é que devemos focar na implementação do tratado de Minsk, e não especular sobre outras oportunidades."

Hann se encontrou nos últimos dias com as autoridades ucranianas, e afirmou estar encorajado pelos esforços de reforma feitos por Kiev, ainda que no momento o país não seja atraente para investidores internacionais. Ele afirmou que em meados do ano, uma conferência com investidores internacionais pode ser organizada. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse que a União Europeia (UE) adiar, por enquanto, a adoção de novas sanções contra a Rússia e separatistas que o país apoia na Ucrânia. O bloco vai esperar os resultados das negociações de paz em vigor para tomar uma decisão.

Fabius disse que a necessidade de mais sanções será avaliada nesta segunda-feira. Ele afirmou que "o princípio das sanções é mantido, mas a aplicação vai depender o que acontecer (nas negociações)".

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Ministros de Relações Exteriores da UE apoiam os novos esforços diplomáticos para encerrar o conflito na Ucrânia, mas se esquivaram dos pedidos de alguns políticos norte-americanos para fornecer armas defensivas para Kiev.

Os ministros da UE também avaliavam a possibilidade de expandir as sanções do bloco contra separatistas e cidadãos russos, mas adiaram o anúncio após os últimos acontecimentos na frente diplomática no final de semana.

A chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês François Hollande, o presidente russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Petro Poroshenko devem se reunir na quarta-feira em Minsk, Bielorrússia.

O ministro de Relações Exteriores alemão Frank-Walter Steinmeier afirmou que diplomatas de todos os lados envolvidos estavam reunidos a portas fechadas em Berlim nesta segunda-feira para tentar fazer com que as discussões avancem. "Esperamos que as questões mais importantes possam ser resolvidas de forma que a reunião em Minsk traga expectativas e possa levar às primeiras medidas para neutralizar a situação e levar a um cessar-fogo", declarou ele a repórteres em Bruxelas. Ele, acrescentou, no entanto, que "nada está certo ainda...há muito trabalho duro a ser feito".

Enquanto o debate continua em Washington sobre o envio ou não de armas para as Forças Armadas ucranianas, a maioria dos ministros da UE diz que agora não é hora para arriscar uma intensificação das tensões.

O Reino Unido também pretende adia a medida, por enquanto. "O Reino Unido não pretende enviar armamentos letais para a Ucrânia neste momento", declarou o secretário de Relações Exteriores Philip Hammond.

A expectativa era que os ministros de Relações Exteriores da UE aprovassem proibições de vistos e congelamento de ativos para mais 19 pessoas, dentre elas cinco russos, incluídos numa lista de sanções relacionada aos combates no leste ucraniano. Mas a decisão imediata não aconteceu.

"A lista foi preparada, isso é bom", declarou o ministro de Relações Exteriores russo Bert Koenders.

Atualmente, a UE proíbe a concessão de vistos e congelou ativos de 132 pessoas e 28 organizações, a maioria companhias e grupos separatistas no leste da Ucrânia não reconhecidos pelo Ocidente. A nova lista de possíveis sanções econômicas foi formulada por agências da UE. Fonte: Associated Press.

A iniciativa diplomática franco-alemã para resolver a crise na Ucrânia é uma medida bem-vinda, mas o processo deve ser complicado, afirmou neste sábado o ministro das Relações Exteriores da Letônia, Edgar Rinkevics. A Letônia detém a presidência rotativa da União Europeia.

Rinkevics disse ter sido consultado sobre a mais recente iniciativa diplomática pelo ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank Walter Steinmeier, antes das conversações em Kiev e Moscou nos últimos dias. Segundo ele, o foco das conversas deve ser a implementação de qualquer acordo por parte da Rússia.

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"Minha única preocupação seria não termos uma situação em que seguimos pressionando por novas propostas, novas ideias", disse Rinkevics ao The Wall Street Journal, nos bastidores da Conferência de Segurança de Munique. "Temos muitos bons documentos já assinados a partir de Genebra... E eles não foram implementados."

Depois de ouvir o que chamou de "retórica dura" do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em Munique, no sábado, ele ressaltou não ter "nenhuma ilusão de que o (...) processo de discussão (...) será fácil".

Rinkevics disse que não pode comentar os detalhes das propostas feitas pelo presidente da França, François Hollande, e pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em suas viagens na quinta-feira a Kiev e na sexta-feira a Moscou.

No entanto, ele se disse confiante de que, mesmo se as propostas oferecidas a Moscou contenham mais concessões em comparação com os acordos alcançados em Minsk em setembro, eles não deixarão a Ucrânia encurralada. "Eu sei que algumas propostas da Rússia foram rejeitadas pelo fórum da Normandia mesmo antes das conversações com Kiev e Moscou - então acredito que existem algumas linhas que não serão cruzadas."

O fórum da Normandia inclui Rússia, Ucrânia, França, Alemanha e os EUA e promoveu discussões no último verão do Hemisfério Norte. Fonte: Dow Jones Newswires.

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