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O presidente da Bósnia anunciou nesta terça-feira que o país vai entrar com um pedido para fazer parte da União Europeia (UE) em meados de fevereiro.

Dragan Covic disse que o pedido formal será entregue no dia 15 do próximo mês, e então, a Bósnia tentará cumprir as duas últimas condições para o requerimento: o país tem de criar um mecanismo efetivo de coordenação para lidar com o bloco e ajustar o acordo comercial com a UE.

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A Bósnia pretende receber a aprovação dentro de um ano. Fonte: Associated Press.

A União Europeia deveria fechar suas fronteiras e parar de receber refugiados do Oriente Médio porque atingiu seu limite, disse o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, segundo o jornal alemão Sueddeutsche Zeitung.

"Nós não podemos receber mais refugiados na Europa - isso não é possível", disse Valls em entrevista a vários jornais europeus, segundo a edição do diário desta quarta-feira.

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A Europa lida com o maior influxo de imigrantes desde o fim da Segunda Guerra, com a Alemanha apenas podendo receber 1 milhão de refugiados e imigrantes neste ano, vindos do Oriente Médio, da África e da Ásia, em fuga de conflitos e perseguições e em busca de vida melhor na Europa.

Valls advertiu que dois dos suspeitos dos ataques de Paris do dia 13 viajaram para a Europa ocidental disfarçados de refugiados. Segundo ele, o controle das fronteiras externas da Europa será crucial para determinar o destino da UE. "Se não fizermos isso, então as pessoas dirão: chega de Europa", advertiu.

A Europa deve buscar uma solução com os vizinhos da Síria, como Turquia, Líbano e Jordânia, para que estes recebam mais refugiados, argumentou o premiê, pedindo o fim do fluxo descontrolado de imigrantes na UE.

As declarações são dadas no momento em que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, se reúne em Paris com o presidente da França, François Hollande, nesta quarta-feira. Merkel também enfrenta pressão doméstica para mudar a política em relação aos refugiados, com várias autoridades e membros de sua própria coalizão pedindo que se limite o fluxo de pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A União Europeia (UE) deve afirmar que não é possível receber tantos migrantes, e encontrar soluções para que aqueles que abandonarem a Síria recebam abrigo nos países vizinhos, afirmou o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.

Valls teve um encontro informal no palácio de Matignon com jornalistas de vários meios de comunicação da Europa e trechos da conversa foram divulgados. "A Europa deve dizer que não pode mais receber tantos migrantes, é impossível", declarou Valls, palavras confirmadas por seu gabinete.

"O controle das fronteiras externas da União Europeia é essencial para o futuro da UE. Se não fizermos isto, a população vai dizer 'basta, Europa'", completou.

Em uma reunião de ministros do Interior do bloco, na sexta-feira passada em Bruxelas, a França apresentou um plano, após os violentos atentados de Paris que deixaram 130 mortos, que defende sobretudo controles reforçados nas fronteiras da UE e a criação de um registro europeu de passageiros aéreos (PNR).

"A Europa deve encontrar soluções para que os migrantes sejam recebidos nos países vizinhos da Síria. Em caso contrário, a Europa coloca em suspeita sua capacidade para controlar com eficácia as suas fronteiras", disse Valls.

A Comissão Europeia aprovou na terça-feira um marco jurídico para financiar uma ajuda da UE à Turquia, que tem como objetivo conter o fluxo migratório na Europa, mas a discussão entre países europeus serão muito difíceis para conseguir reunir os três bilhões de euros prometidos.

A queda nos preços do petróleo e o relaxamento monetário vão ajudar a zona do euro a crescer mais do que o esperado este ano, mas a desaceleração em países emergentes e o aumento das incertezas globais poderão prejudicar o desempenho econômico da região, segundo avaliação da União Europeia.

Em relatório de projeções divulgado hoje, a Comissão Europeia (CE), braço executivo da UE, afirma que, embora o petróleo mais barato e a política monetária acomodatícia do Banco Central Europeu (BCE) tenham impulsionado o consumo e as exportações, o ritmo de crescimento no bloco se mantém relativamente limitado.

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A comissão alertou que as consequências da crise financeira da Europa - como o aumento das dívidas dos governos e empresas e o enfraquecimento da economia global - vão continuar pesando no crescimento nos próximos anos.

"Dado o ímpeto menor de ventos favoráveis, a continuidade do efeito negativo de legados da crise, como as pressões de desalavancagem e fraqueza nos setores bancários de alguns países-membros, e a fraca expansão econômica global, o crescimento em 2016 e 2017 deverá ser modesto", comentou o economista-chefe da CE, Marco Buti.

A CE agora estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, formado por 19 países, deverá crescer 1,6% este ano, um pouco mais do que a alta de 1,5% projetada em maio. Para 2016, no entanto, a projeção de expansão do bloco foi reduzida, de 1,9% para 1,8%. Para a UE, que engloba o bloco e outros nove países, a projeção de crescimento para 2015 subiu de 1,8% para 1,9%, mas a do próximo ano caiu de 2,1% para 2,0%.

Apesar da visão cautelosa para os próximos dois anos, a comissão avaliou que as restrições de crédito estão "claramente diminuindo" e que o financiamento de mercado continuará a ter um papel cada vez maior na sustentação dos investimentos, que deverão se tornar um catalisador mais forte do crescimento.

Para a CE, o progresso feito na superação dos legados da crise, como os altos níveis de empréstimos inadimplentes e o desemprego elevado, devem contribuir para a expansão da economia, mas as reformas estruturais que foram realizadas na zona do euro até o momento não foram suficientes para elevar o potencial de crescimento significativamente.

A entidade também ponderou que a crise de refugiados na UE deverá resultar em gastos maiores dos governos de vários países da região, impulsionando a demanda.

"A análise mostra que, se administrada de forma adequada, a entrada de refugiados (na UE) terá um pequeno efeito favorável para o crescimento no curto e médio prazos", disse Buti. "Isso vai depender principalmente de políticas para integrar os refugiados aceitos no mercado de trabalho", completou.

Quanto à inflação, a CE continua prevendo que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro terá leve alta de 0,1% este ano, como já havia estimado em maio. Para 2016, o órgão reduziu sua projeção de inflação, de 1,5% para 1,0%. A expectativa para 2017 é que os preços ganhem força e a inflação atinja 1,6%.

Os números previstos para os próximos anos, no entanto, continuam abaixo da meta anual de inflação do BCE, que é de taxa ligeiramente inferior a 2,0%.

As projeções da CE, que são divulgadas três vezes por ano, servem de base para negociações orçamentárias entre autoridades da UE em Bruxelas e dos governos europeus. Em 2013, a UE adotou regras fiscais mais severas para evitar uma repetição da crise soberana. Essas normas permitem a Bruxelas revisar orçamentos antes que os projetos sejam submetidos à aprovação parlamentar e solicite mudanças em planos de gastos. Fonte: Dow Jones Newswires.

A União Europeia e o Brasil estão otimistas quanto aos resultados práticos que poderão sair da 21ª Conferência do Clima de Paris (COP), no fim do mês. Para o bloco e o governo brasileiro, será possível aprovar metas mundiais ambiciosas de redução de emissões de carbono, como forma de frear o aumento da temperatura do planeta, estabelecer políticas que as tornem realidade e chegar a um consenso sobre a necessidade de balanços de aferição dos números a cada cinco anos.

Na segunda-feira, 2, a França conseguiu da China aval para o processo de revisão de metas a cada cinco anos. A ideia é que Brasil e China influenciem o G77, grupo dos países emergentes, para que aceitem a revisão.

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O relatório divulgado pela Convenção de Clima da ONU no último dia 30 indica que, mesmo se tudo o que tem sido prometido pelos países for cumprido, não será possível manter o aumento da temperatura em menos de 2°C até o fim do século 21. Mesmo assim, o comissário europeu para as mudanças climáticas, Miguel Arias Cañete, disse acreditar que a conferência poderá resultar em um cenário promissor.

Cañete anunciou que estão sendo destinados ¤ 500 milhões até 2020 para países com projetos destinados a obter sucesso na redução das emissões por desmatamento e degradação ambiental. Entre eles, aparece, com destaque, o Brasil.

Copa

"Não ganhamos a Copa, mas vamos ganhar a COP", brincou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que abriu ontem, com Cañete, o encontro Clima - Somos todos responsáveis, realizado pela UE e pela WWF no Rio. "Teremos um acordo ambicioso, justo, inclusivo, durável. Ou entregamos resultados ou entregamos resultados. Ninguém procura mais cartas de intenção", disse ela.

De acordo com a ministra, na reunião do último fim de semana com África do Sul, China e Índia, foi consolidada uma postura única em prol de um acordo sólido em Paris. Ao apresentar avanços e metas brasileiros - o País pretende chegar a 2030 com menos emissões do que as registradas em 1990, apesar do aumento populacional -, Izabella Teixeira disse que o sucesso dependerá da cooperação dos Estados e municípios. "Se me derem as condições políticas na Amazônia, eu acabo com o desmatamento lá em 2020", afirmou a ministra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa controladora do Google, a Alphabet, acusou agências reguladoras da União Europeia (UE) de fazerem uma reviravolta inexplicável na decisão de apresentar acusações antitruste contra a gigante de buscas norte-americana, e alegou que não havia base para a imposição de multas, de acordo com uma cópia da reposta obtida pelo The Wall Street Journal.

A resposta, que percorre quase 130 páginas e se baseia fortemente em pareceres jurídicos e jurisprudência, sugere que o Google está se preparando para uma prolongada batalha legal contra as acusações apresentadas pela Comissão Europeia. "A teoria sobre as quais descansam as conclusões preliminares (da UE) é tão ambígua que a própria Comissão conclui três vezes que a preocupação tinha sido resolvida", escreveram advogados do Google no documento.

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Em abril, agências reguladoras da UE tornaram-se as primeiras, em âmbito mundial, a apresentar acusações antitruste formais contra o Google, acusando a gigante das buscas de distorcer resultados de busca para favorecer seu próprio serviço de comparação de compras. O movimento deu início a uma investigação de cinco anos durante a qual a UE procurou, e falhou, três vezes para condenar a empresa.

A UE advertiu que o Google poderia enfrentar multas substanciais e convidou a empresa a utilizar os mesmos processos e métodos subjacentes ao apresentar serviços de comparação de compras rivais na sua página de pesquisa. As multas poderiam ser de até 10% da receita da empresa, que em 2014 foram de US$ 66 bilhões.

Na sua resposta, o Google rejeitou essas exigências e afirmou que a UE não tinha qualquer fundamento para impor multas. "A própria Comissão já havia descoberto que a exigência de que o Google deve aplicar o mesmo algoritmo para classificar todos os resultados de pesquisa, incluindo o seu próprio, não seria indispensável para remediar os problemas de concorrência", diz o documento, citando uma nota enviada pelo ex-chefe antitruste da UE Joaquín Almunia aos seus colegas comissários.

Negociadores da União Europeia e do Mercosul devem realizar a troca de ofertas para um acordo de livre comércio entre os dois blocos econômicos em data a ser fixada entre 23 e 30 de novembro de 2015. A revelação foi feita nesta segunda-feira (19) pela presidente Dilma Rousseff durante visita oficial a Estocolmo, na Suécia, onde se encontrou com o primeiro-ministro Stefan Löfven.

Questionada pelo jornal O Estado de S.Paulo, a presidente afirmou: : Nós esperamos apresentar as ofertas comerciais com a UE e o Mercosul na data acordada com a comissária de Comércio da UE, isto é, até o final de novembro, na última semana de novembro", especificou. Nesse período Dilma deve retornar à Europa para participar da abertura dos trabalhos da 21ª Conferência do Clima (COP21), que ocorrerá em Paris a partir de 30 de novembro.

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O acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul vem sendo discutido desde o início dos anos 2000. Em 2004, uma troca de ofertas chegou a acontecer, mas sem acordo final. O processo foi retomado em 2010, e vários prazos foram fixados para a apresentação das propostas, o que até hoje não aconteceu. No primeiro semestre, Dilma Rousseff chegou a expressar o desejo de que a troca acontecesse em julho, mas o processo segue indefinido. "Estamos muito otimistas em relação a esse acordo", disse Dilma em Estocolmo. "Do ponto de vista do Mercosul, ele está pronto para ser assinado, e do ponto de vista da União Europeia os sinais também são bem positivos."

De acordo com o premiê sueco, a UE não estabeleceu uma prioridade entre os acordos com os Estados Unidos (TTIP/Tafta) e as negociações com o Mercosul. "O cronograma é organizado pela UE. Mas do lado da Suécia não há dúvida de que os dois acordos são muito importantes", explicou Stefan Löfven. "Queremos ver ambas as negociações concluídas para que possamos assinar os acordos o mais rápido possível. O acordo será muito importante para a América Latina e para a Europa."

Os líderes da União Europeia (UE) endossaram na quinta-feira (15) as linhas gerais de um acordo com a Turquia para conter o fluxo de imigrantes que chegam ao continente europeu, ma afirmaram que precisam de mais tempo para decidir quanta ajuda enviarão para a Turquia em troca.

Qualquer acordo final também compromete a UE a avançar nos trâmites de facilitar as regras de visto para a Turquia e impulsionar as negociações com o país sobre seu acesso ao bloco. Mas os líderes da UE não ofereceram garantias concretas sobre os dois processos.

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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou em uma coletiva de imprensa após o encontro entre os líderes que a contribuição da Europa deverá ser de "aproximadamente" 3 bilhões de euros. A ação ocorre, pois a Turquia gastou cerca 7 bilhões de euros nos últimos anos para acomodar cerca de dois milhões de refugiados que fugiram do conflito na Síria, argumentou Merkel.

"O plano de ação é um grande passo" na direção certa, disse Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, que preside a reunião dos líderes. "Ainda assim, como deixei claro desde o começo, um acordo com a Turquia só faz sentido se conter efetivamente o fluxo de refugiados", comentou.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, apresentou a tentativa de acordo para os líderes da UE no final da quinta-feira. Entretanto, apenas 500 milhões de euros seriam dados pela UE - o resto teria de vir de estados membros. O plano também oferecia para a Turquia um número significativo de vantagens, o que parece enfrentar resistência por parte de líderes do bloco.

"Claro que tudo isso requer um acordo honesto com a Turquia". Esperamos que isso ocorra", declarou o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, na saída da reunião. "A cooperação é necessária, pois assim podemos lidar com os grandes fluxos e perigos, mas, ao mesmo tempo, isso não pode significar que haverá qualquer recuo nas questões de soberania nacional", declarou.

Um dos problemas com o abrandamento das regras de visto, de acordo com o presidente da França, François Hollande, é que a Turquia pode usar a medida de maneira errada e permitir que imigrantes que antes não poderiam, passem a poder viajar para a Europa.

"A França, juntamente com outros países, estará muito atenta para que as condições combinadas sejam respeitadas", declarou. Fonte: Dow Jones Newswires.

Autoridades italianas enviaram um grupo de imigrantes eritreus em um voo fretado para a Suécia nesta sexta-feira (9), no início de um bastante contestado plano da União Europeia para redistribuir pela região os candidatos a asilo, diante do caótico fluxo de pessoas que chegam ao continente.

Autoridades da Itália e da União Europeia enviaram um grupo de 19 imigrantes da Eritreia que concordaram em se mudar para a Suécia, no primeiro passo do plano para dividir as responsabilidades pelos refugiados que têm chegado à Europa nos últimos dois anos. "Esta é uma jornada de esperança", disse Dimitris Avramopolous, comissário da UE para a Imigração e Interior, em uma breve cerimônia para marcar a partida do aeroporto Ciampino, em Roma. "É o primeiro passo, mas vamos adiante."

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Em setembro, após um debate duro, a UE concordou com um plano obrigatório para transferir 120 mil candidatos a asilo da Itália e da Grécia para outros países do bloco. Isso se soma a uma iniciativa anterior, voluntária, para redistribuir um total de 40 mil pessoas.

Mais de 500 mil pessoas chegaram à Itália e à Grécia em busca de refúgio neste ano. Nos últimos meses, houve caos e tensão, enquanto centenas de milhares de imigrantes se movimentavam pela Europa em busca de destinos como a Alemanha e os países da Escandinávia, muitas vezes correndo sérios perigos.

O sucesso dos primeiros planos para realocar os imigrantes pode ser decisivo para saber se a iniciativa pode ser expandida. O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, disse que outros 100 imigrantes deixarão a Itália nas próximas semanas, para países que incluem a Alemanha e a Holanda. A Europa "não significa apenas crises orçamentárias, problemas financeiros, crise de imigração", disse o ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn, em entrevista à imprensa. "Ela também sabe como resolver esses problemas."

Ainda em outubro, um grupo de cerca de 30 sírios será realocado da Grécia para Luxemburgo, segundo o comissário da UE. O programa inclui apenas aqueles com grandes chances de conseguir asilo - na prática, os oriundos de Eritreia, Síria e Iraque.

Os países do Leste Europeu integrantes da UE resistem a receber imigrantes. Quatro nações, Hungria, Eslováquia, República Checa e Romênia, se recusaram a apoiar o plano. Apesar de votar contra a iniciativa, Hungria, República Checa e Romênia acabaram decidindo participar, enquanto a Eslováquia pretende contestar legalmente o plano. Fonte: Dow Jones Newswires.

O rei da Espanha, Felipe VI, fez nesta quarta-feira (7) à União Europeia (UE) um apelo à solidariedade, diante do sofrimento dos refugiados que "fogem da violência e do fanatismo", ressaltando que "não podemos decepcioná-los".

"Estamos assustados com o sofrimento daqueles que vêm à Europa fugindo da violência e do fanatismo", disse o monarca em um discurso ante o plenário do Parlamento Europeu reunido em Estrasburgo (leste da França). "São centenas de milhares os refugiados que perseguem um projeto de esperança, que veem na União um território de paz, prosperidade e justiça", insistiu.

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"Não podemos decepcioná-los", disse o rei ao fim de seu discurso, destacando que não podia "deixar de me referir explicitamente ao drama que está ocorrendo atualmente em nossas fronteiras".

A UE deve "responder com generosidade, solidariedade e responsabilidade". Deve tratar "as causas do êxodo destas pessoas forçadas" a deixar seus países, acrescentou. Na tarde desta quarta-feira o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, também falarão ao plenário em um discurso no qual devem citar o drama dos refugiados.

Esta será a primeira vez em que presidentes destes dois países se dirigem ao plenário desde 1989, quando o fizeram o chanceler Helmut Kohl e o presidente François Mitterand.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia reúnem-se hoje (23) em Bruxelas numa cúpula extraordinária para debater soluções à maior crise migratória registada na Europa desde a 2ª Guerra Mundial.

Depois do acordo sobre a distribuição de 120 mil refugiados, ontem (22), apesar da oposição de países do Leste europeu, os dirigentes europeus deverão, nesta quarta-feira, esforçar-se por tentar resolver a origem do drama dos migrantes e propor soluções conjuntas.

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Antes da reunião de emergência, a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, participam de uma reunião do grupo do Partido Popular Europeu (PPE, direita) no Parlamento Europeu.

Esta cúpula europeia é classificada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) como “a última oportunidade”.

Os mais recentes números fornecidos pela Organização Internacional das Migrações (OIM), divulgados na terça-feira em Genebra, apontam para a chegada de 467.153 migrantes e refugiados à Europa desde o início do ano pelo Mar Mediterrâneo, além de 2.870 mortos ou desaparecidos.

À Grécia, chegaram este ano 336.968 (cerca de 175 mil são sírios e 50 mil, afegãos) e na Itália entraram 127.266 (cerca de 30 mil procedentes da Eritreia, 15 mil da Nigéria e 6 mil da Síria).

Da Agência Lusa

A maior parte dos imigrantes chegando à União Europeia são oriundos da Síria, do Afeganistão e do Iraque, de acordo com a Organização das Nações Unidas. Um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), Babar Baloch, disse que 80% das pessoas entrando na Europa através dos Bálcãs vêm dessas três nações.

Balock afirmou ainda que a maioria dos imigrantes é formada por sírios, mas nesse caso não havia uma estimativa precisa. Segundo ele, os demais 20% são de pessoas vindas de lugares como Paquistão, Bangladesh, Burundi e de países da África subsaariana.

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O porta-voz disse que não poderia estimar que porcentagem dos que entram na Europa teriam direito legítimo a ser reconhecidos como refugiados. Ele afirmou que Síria, Afeganistão e Iraque são obviamente "países produtores de refugiados", mas pessoas de outros países podem ter uma causa legítima, caso tenham sido perseguidos em suas nações de origem.

O comissário para a Ampliação da UE, Johannes Hahn, propôs que se destine 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão) para a Turquia lidar com a crise de imigrantes. No fim de uma visita de dois dias à Macedônia, Hahn disse que o bloco precisa ainda ajudar os países dos Bálcãs a lidar com o fluxo de pessoas fugindo de guerras e da pobreza no Oriente Médio e na África.

Hahn visitou o campo em Gevgelija, na fronteira sul da Grécia, onde 5 mil imigrantes transitam diariamente a caminho da Sérvia e de países mais prósperos da Europa. Fonte: Associated Press.

O acordo comercial entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) e a União Europeia não pode "destruir" empregos nos países da região, afirmou nesta quinta (27) o ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, depois de participar de reunião no Itamaraty com os ministros de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Os dois blocos devem trocar ofertas em novembro e iniciar as negociações para fechar o acordo a partir de 2016.

"Vamos, unidos no Mercosul, buscar desse acordo o maior benefício possível. Temos que estar seguros que a Europa dará a mesma importância que nós estamos dando. Não podemos ceder. Um acordo com a União Europeia e com qualquer outra região deve servir especialmente para a geração de empregos em nossos países. Um acordo não pode destruir empregos", disse Timerman.

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O ministro Mauro Vieira afirmou que a posição do governo Dilma Rousseff coincide com a do governo argentino quanto à importância do acordo comercial que será costurado pelo Mercosul com os europeus. "Estamos em posição afinada e acordada entre os ministros do Mercosul para apresentarmos uma proposta conjunta", disse ele. Em seguida, o ministro Armando Monteiro reforçou que o desejo pelo acordo é "reiterado" por Brasil e Argentina.

A próxima reunião entre presidentes do Mercosul está agendada para ocorrer no fim de setembro no Paraguai. Os líderes dos cinco países devem fechar a oferta conjunta que será apresentada à União Europeia neste encontro.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse nesta quinta-feira que não havia a necessidade de mais um acordo para o cessar-fogo no leste da Ucrânia. Segundo ele, o que é necessário é que a Rússia implemente sua parte no pacto já fechado. "Nós já tivemos uma série de pontos negociados e eles precisam ser colocados em prática", afirmou ele em entrevista coletiva, após reunião com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

O líder ucraniano estava em Bruxelas para se reunir com Juncker e com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Na segunda-feira, se encontrou em Berlim com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e com o presidente francês, François Hollande.

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Poroshenko disse que seu governo cumpriu as normas do cessar-fogo fechado em Minsk, na Bielo-Rússia, em 12 de fevereiro. Segundo ele, "o lado russo" é que cometeu repetidas violações. Um porta-voz do setor de segurança da Ucrânia disse na quinta-feira que sete soldados foram mortos nas últimas 24 horas e que 13 ficaram feridos em confrontos.

O ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, culpa o governo ucraniano pela intensificação dos conflitos, dizendo que as forças de Kiev aparentemente preparam uma nova ofensiva. O governo ucraniano culpa o presidente russo, Vladimir Putin, pela escalada nas tensões após ele visitar recentemente a Crimeia, península no Mar Negro que Moscou anexou da Ucrânia no último ano.

A Organização das Nações Unidas afirma que quase 7 mil pessoas morreram no conflito ucraniano, que começou no início de 2014.

Juncker e Poroshenko disseram estar determinados a buscar um acordo político e comercial, que desejam ver totalmente implementado em 1º de janeiro. A Rússia se opõe a esse pacto e pediu que ele seja revisado ou adiado, dizendo que a iniciativa prejudicará a economia russa. Fonte: Dow Jones Newswires.

A União Europeia enviou um caso da França ao principal tribunal do bloco, porque o país não agiu para recuperar quase 10 milhões de euros (US$ 11 milhões) em ajuda ilegal a duas companhias aéreas de baixo custo.

A Comissão Europeia, principal autoridade antitruste do bloco, determinou há um ano que a França recupere os fundos da Ryanair, da Irlanda, de sua subsidiária Airport Marketing Services e da companhia aérea de baixo custo holandesa Transavia.

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Em sua decisão, a UE disse que a Ryanair e a AMS havia pagado menos que os custos adicionais gerados pela presença delas em três aeroportos franceses - Pau, Nîmes e Angoulême. O mesmo ocorreu com a Transavia no aeroporto de Pau, disse o bloco.

"Com base na informação atualmente disponível para a comissão, a França fracassou em recuperar totalmente a ajuda incompatível dentro do período exigido de quatro meses", afirmou a UE em comunicado nesta segunda-feira.

Autoridades francesas enviaram as ordens de recuperação dos valores, mas elas não foram executadas porque as beneficiárias apelaram da decisão, segundo a UE. Mas o bloco argumenta que isso vai contra as normas europeias para a implementação de decisões do tipo por Bruxelas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A União Europeia abriu uma investigação sobre uma reestruturação de 1,1 bilhão de euros do Banco Banif, dizendo que os subsídios estatais podem ter violado as regras de competição da UE. O governo português injetou 1,1 bilhão de euros de capital no Banif em janeiro de 2013, para permitir que a instituição atingisse os limites mínimos de capital impostos pelo regulador bancário.

Lisboa submeteu posteriormente um plano de reestruturação para o Banif, que recebeu várias emendas, as últimas em outubro de 2014. A Comissão Europeia, principal órgão regulador antitruste do bloco, disse nesta sexta-feira que o plano de reestruturação pode ter violado regras do bloco que preveem que o banco e seus proprietários contribuam de maneira suficiente para o custo de sua reestruturações e limita distorções à competição.

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A UE agora buscará respostas das partes envolvidas, antes de tomar uma decisão final. Caso o regulador decida que Portugal realmente violou as regras de competição, pode exigir que o governo pegue todo o dinheiro ou uma parte dele de volta. Fonte: Dow Jones Newswires.

Brasileiro por nascimento, europeu por opção. Nos últimos anos, o número de brasileiros que pedem e recebem a nacionalidade de um país europeu aumentou de forma exponencial. Em 2013, 15,3 mil brasileiros ganharam passaportes europeus, um recorde. Em apenas cinco anos, foram mais de 60 mil cidadanias dadas a brasileiros.

Os dados oficiais da União Europeia (UE) obtidos pelo Estado apontam que, em 2013, 33% dos brasileiros receberam passaportes portugueses, 29% da Espanha e 11,7% estão entre os "novos italianos". Com esses números, o brasileiro foi a 19ª nacionalidade na lista das que mais receberam cidadania europeia em 2013. O volume supera os pedidos de argentinos, tunisianos, chineses ou cubanos.

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O número de brasileiros com nacionalidade europeia ainda está bem abaixo dos 84 mil marroquinos que, apenas em 2013, receberam cidadanias de países europeus. Entre os latino-americanos, o maior número é de colombianos, com 42 mil.

No total, o bloco de 28 países concedeu em apenas um ano 1 milhão de cidadanias a estrangeiros. O que impressiona a Comissão Europeia é o salto nos pedidos brasileiros nos últimos anos. Em 2000, um total de 2,5 mil brasileiros haviam recebido a cidadania de um país europeu.

Representantes da UE preferem não especular, mas um fator que deve ser levado em consideração, segundo Bruxelas, é que muitos imigrantes que já estavam nesses países europeus nos últimos anos acabaram preenchendo todas as condições para solicitar a cidadania.

A contadora Cristiane Ferreira da Silva, de 41 anos, iniciou o processo para conseguir a cidadania portuguesa em maio do ano passado. O marido, que é neto de portugueses, e os dois filhos de Cristiane, de 12 e 8 anos, conseguiram o documento. Ela, no entanto, não conseguiu. "O que mais nos motivou a ir atrás da cidadania foi a perspectiva futura de mudar para lá, nós pensamos em morar em Portugal daqui uns dez anos quando nos aposentarmos." (Colaborou Isabela Palhares)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O acordo entre gregos e credores prevê que a necessidade total de financiamento da Grécia é estimada entre 82 bilhões e 86 bilhões de euros. Desse montante, o texto divulgado por Bruxelas prevê que compromissos de curtíssimo prazo devem consumir mais de 10%. Há estimativa de necessidade de 7 bilhões de euros até 20 de julho, próxima segunda-feira, e outros 5 bilhões de euros em meados de agosto.

Diante da necessidade do governo grego de mais de 80 bilhões de euros em ajuda financeira, sendo 12 bilhões no horizonte de curtíssimo prazo, a União Europeia ressalta "a necessidade de um progresso muito rápido para chegar a uma decisão" sobre o memorando acordado nesta manhã. Além disso, o texto "convida as instituições a explorar possibilidades de redução desse financiamento" necessário à Grécia. Os caminhos propostos pelo acordo citam especificamente "um caminho fiscal alternativo e aumento das receitas de privatização".

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Também é urgente a necessidade de aumento da liquidez para o sistema bancário grego. "Diante dos desafios agudos do setor financeiro grego", o memorando cita que eventual acordo poderá prever o estabelecimento de um colchão financeiro para os bancos. Esse "buffer" poderia ter de 10 bilhões a 25 bilhões de euros para potencial necessidade de recapitalização dos bancos e outros custos relacionados ao tema. Desse montante, a UE cita que 10 bilhões de euros poderiam ser oferecidos imediatamente em uma operação específica via Mecanismo de Estabilidade Europeu, o chamado ESM.

Duas palavras de origem grega resumem o atual momento histórico vivido pela Grécia. Ao decidir pelo "não", no referendo popular sobre a negociação de suas dívidas com a União Europeia e o FMI, os gregos superaram o dilema em que se encontravam, mas não a crise econômica em que estão envolvidos. Entre a descrença numa solução conhecida e a esperança de uma aposta no imprevisível, ficaram com a segunda opção.

Como em todo dilema - da palavra grega que significa "duas premissas" -, nenhuma das duas alternativas oferecidas teria o condão de solucionar a crise - da palavra grega que significa "momento decisivo à espera de um desfecho". A bola agora está com os credores, a exemplo da anedota clássica, segundo a qual, o devedor transfere o incômodo da insônia ao credor quando o avisa de que não pagará a dívida.

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Não se trata de um problema meramente econômico, questão minimizada pelo baixo peso específico da Grécia no conjunto das economias europeias. O que sempre esteve em jogo e agora exigirá respostas concretas das lideranças do continente é o alto "risco moral" vinculado às quebras recorrentes da economia grega desde a eclosão da grande crise global de 2008.

São duas as faces dessa moeda, que lançam a zona do euro em novos dilemas. De um lado, as consequências de um "efeito demonstração" do calote grego para outros países altamente endividados da União Europeia, considerando, inclusive, a hipótese do abandono da moeda única. De outro, os desdobramentos da eventual "premiação" de devedores supostamente irresponsáveis com o perdão de parte das dívidas pendentes.

Depois do resultado do referendo grego, em meio a esse quadro complexo, desponta a constatação de que, ao endurecer com a Grécia, os credores esticaram a corda das políticas de austeridade até o ponto de rompimento. A ascensão de partidos antiausteridade, nos países obrigados a executar duríssimos programas de contração fiscal, já deveria ter deixado claro que há limites para políticas baseadas exclusivamente em cortes de despesas públicas.

A evolução da crise grega leva à conclusão de que passou da hora de os credores pagarem o preço pelos riscos que assumiram na Grécia e aceitar organizar o calote.

Os europeus pagarão menos a partir de 2017 quando utilizarem o telefone celular de outro país da União Europeia (UE)com o fim das negociações, em Bruxelas, do acordo sobre o fim dos gastos de roaming de dados. A partir de 15 de junho de 2017, os consumidores pagarão o mesmo preço para chamadas, SMS e dados móveis, de qualquer lugar da UE.

"É o final de um longo processo e estamos encantados por ter chegado a um resultado que significará uma melhora concreta para os cidadãos do mercado único", comemorou o porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas. O acordo foi assinado na noite de segunda-feira (29) entre as instituições europeias (Comissão, Parlamento europeu e Conselho), após vários meses de intensas negociações.

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O fim dos gastos de roaming é uma das medidas emblemáticas do pacote telecom defendido pela Comissão Europeia, que inicialmente propôs a data de dezembro de 2015 para o seu fim.

Os gastos de roaming de dados têm sido progressivamente reduzidos na UE nesses últimos anos. Algumas operadores de telefonia já se adiantaram, propondo a seus clientes que partam para destinos europeus sem ter que pagar essas tarifas.

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