Tópicos | UE

A União Europeia (UE) quer forçar o Netflix a liberar sua biblioteca de filmes e séries para todos seus usuários, sem restrições por países. Atualmente, ter acesso a certos conteúdos é praticamente impossível por conta dessa limitação. De acordo com as novas regras, os provedores de conteúdo não poderão usar o endereço de IP de seus usuários para identificar onde eles estão.

Embora as regras se destinem a permitir que as pessoas viajem pela Europa e ainda tenham acesso a sua biblioteca de música e filmes mesmo longe de casa, elas também podem forçar as empresas a abrir as atuais restrições de conteúdo em outros mercados. Isso vale para streaming de músicas, jogos e vídeos. A única exceção está nos serviços gratuitos, como YouTube.

##RECOMENDA##

A UE disse que tomou a decisão porque quase metade dos usuários de internet europeus navegam para ouvir música e assistir a filmes online. A Netflix já informou que resolver o problema não é tão fácil quanto parece, já que a liberação de conteúdo depende de acordos firmados localmente com cada estúdio.

Essas parcerias determinam onde cada filme ou série poderá ser exibido. Descontentes, alguns usuários utilizam ferramentas para acessar títulos disponíveis fora de seu território. "Dada a prática histórica de licenciamento de conteúdos por territórios geográficos, os programas de TV e filmes que oferecemos diferem, em graus variados, por território", explicou a empresa, em post de blog.

LeiaJá também

--> Golpe promete oferecer senha do Netflix para roubar dados

--> Facebook prepara aplicativo para concorrer com Netflix

O Parlamento Europeu (PE) pediu a elaboração de um conjunto de regulamentos para governar o uso e a criação de robôs para garantir direitos e responsabilidades destas máquinas. Em uma votação, a comissão de assuntos legais aprovou o relatório, que delineia um possível enquadramento para o conjunto de leis.

"Um número crescente de áreas da nossa vida diária são cada vez mais afetadas pela robótica", disse a autora do relatório, deputada Mady Delvaux. "Para enfrentar esta realidade e garantir que os robôs estão e continuarão a serviço dos seres humanos, precisamos urgentemente de criar um quadro jurídico europeu robusto", complementou.

##RECOMENDA##

O relatório identifica uma série de áreas que necessitam de supervisão específica. Entre as medidas está a criação de uma agência europeia para lidar com questões técnicas e regulatórias acerca da robótica, além da elaboração um código de conduta ética para aqueles que desenham e trabalham com robôs.

Os deputados também sugerem a criação de um seguro obrigatório que pagaria as vítimas de um acidente causado por um robô. Outra proposta é dar as máquinas mais sofisticadas uma espécie de personalidade eletrônica que poderia resolver questões de responsabilidade sobre suas ações, propôs o comitê.

O relatório também tem um interesse especial no futuro dos veículos autônomos, argumentando que os automóveis que dispensam motoristas precisam de regulamentação global. "Abordagens regulamentares fragmentadas dificultariam a implementação e comprometeriam a competitividade europeia", opina a relatora.

LeiaJá também

--> Robô toma lugar de 34 funcionários em empresa japonesa

--> Fábrica dos iPhones já troca humanos por robôs na China

--> Mulher se diz apaixonada por robô e planeja casamento

A Comissão Europeia acredita que o Facebook ofereceu "informações enganosas" durante a investigação realizada em 2014 sobre a compra do aplicativo WhatsApp e poderá multar a companhia.

Na ocasião, a empresa de Mark Zuckerberg assegurou que "não tinha a capacidade de associar automaticamente (...) as contas do usuário das duas plataformas", o que acabou fazendo em agosto de 2016, explica a Comissão.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

No entanto, a abertura de uma nova investigação não terá impacto sobre a luz verde dada à operação em 2014, afirmou ainda Bruxelas.

Os líderes da União Europeia aprovaram planos para ampliar os gastos militares, decisão tomada segundo funcionários em parte como resposta à pressão do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para que o continente assumisse mais responsabilidade no setor de defesa.

Há dúvidas, porém, sobre como um novo grupo de compras no setor na UE funcionaria e também sobre como os custos seriam divididos. A chefe da política externa do bloco, Federica Mogherini, disse em entrevista ao Wall Street Journal que a Europa sabe que "nós precisamos fazer mais e melhor" em relação aos gastos militares.

##RECOMENDA##

Mogherini disse que os novos planos de defesa do bloco, que incluem o estabelecimento de um grupo de nações da UE para criar ativos comuns de defesa, serão mais amplas que o esperado por muitos. Isso pode ser algo que mude o cenário e fortaleça a cooperação militar com os EUA.

O presidente da França, François Hollande, defendeu após a reunião mais gastos com defesa. "Os europeus precisam gastar 2%" do Produto Interno Bruto (PIB) com esse setor, defendeu ele. Alguns diplomatas disseram, porém, que apenas alguns membros da UE devem entrar no grupo de cooperação militar. Mogherini disse que pretende que esse número seja grande. Fonte: Dow Jones Newswires.

Michel Barnier, o principal negociador da União Europeia para as conversas sobre a saída do Reino Unido do bloco (o chamado "Brexit"), disse hoje que o período de discussões poderá ser de apenas 18 meses, e não de 24 meses.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, pretende evocar o Artigo 50, que dará início formal às negociações, até o fim de março. A iniciativa marcará o começo de um processo de dois anos para a retirada do Reino Unido da UE.

##RECOMENDA##

Segundo Barnier, no entanto, o período efetivo de negociação deverá ser mais curto e um acordo poderá ter de ser fechado até outubro de 2018.

No primeiro pronunciamento público desde que assumiu o cargo, Barnier também disse que o Reino Unido "não pode escolher" o que gosta da UE. Ele afirmou que o mercado único e suas quatro liberdades fundamentais, como a de circulação, são "indivisíveis".

Barnier também comentou que as conversas serão complexas e politicamente sensíveis, mas a expectativa é que a ratificação dos termos do Brexit seja concluída até março de 2019. Fontes: Associated Press/Dow Jones Newswires.

O governo dos Estados Unidos buscou minimizar a importância do referendo na Itália, que terminou com derrota da proposta de mudanças na Constituição e consequente renúncia do premiê Matteo Renzi. Em sua primeira reação oficial, a Casa Branca disse em nota que o voto foi parte de uma "ampla conversação nacional" sobre as reformas necessárias para melhorar a governabilidade na Itália e para fortalecer o crescimento e o investimento estrangeiro.

"Este voto foi apenas um capítulo nessa conversa, não o fim. Isso continuará nas próximas semanas e nos próximos meses", afirmou a Casa Branca no comunicado.

##RECOMENDA##

Em Bruxelas, autoridades da Comissão Europeia e do Conselho Europeu não reagiram logo, mas autoridades retrataram isso como uma questão doméstica italiana sobre mudanças constitucionais, não um voto sobre a União Europeia.

O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, reforçou essa posição na segunda-feira, ao entrar em uma reunião regular de ministros de Finanças da zona do euro onde as consequências desse voto devem ser discutidas. Sapin disse que o resultado não teria qualquer impacto significativo na capacidade da UE de resolver seus problemas e não representava "risco sistêmico" para o bloco. "Este referendo era uma questão interna italiana", afirmou Sapin. "Isso não tem qualquer peso sobre a Europa", avaliou. "A Itália é um país sólido. Um país ancorado na Europa."

O ministro das Finanças italiano, Pier Carlo Padoan, visto como um candidato tecnocrata que pode substituir Renzi como premiê, decidiu ficar em Roma.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, demonstrou preocupação com o resultado do voto italiano, mas disse em comunicado que não se trata de uma crise de Estado, e sim "uma crise de governo que precisa ser resolvida".

Já para a política francesa Marine Le Pen, de extrema-direita e chefe da Frente Nacional, o resultado mostra um desagrado dos italianos com a UE. "A sede das nações por liberdade precisa ser ouvida", disse ela. Fonte: Dow Jones Newswires.

O congelamento das negociações comerciais entre Europa e EUA, diante da vitória de Donald Trump, deve levar Bruxelas a apostar num acordo com o Mercosul, em sua ofensiva para abrir mercados pelo mundo. Embaixadores de alto escalão indicaram que o novo cenário pode impulsionar a Comissão Europeia a buscar o Mercosul.

O acordo transatlântico era uma das grandes apostas de Bruxelas, reunindo em uma única área de livre comércio 40% do PIB mundial e acabando com tarifas entre as economias da Europa e EUA. Entre os diplomatas europeus, uma eventual vitória de Hillary Clinton permitiria que o processo seguisse, mesmo com todas as dificuldades que estava enfrentando.

##RECOMENDA##

Mas uma suspensão acabou sendo decretada quando Trump e a visão de que todos os acordos comerciais devam ser repensados ganharam.

Pela primeira vez em dez anos, em outubro, Mercosul e UE retomaram as negociações. "O bloco no cone sul não tem acordos hoje com nenhum outro grande parceiro. Se formos os primeiros a chegar, isso nos daria uma grande vantagem", admitiu um embaixador da UE.

Do lado europeu, a reunião serviu para que melhorias na oferta do Mercosul fosse realizada no setor industrial, principalmente no setor automotivo. O bloco sul-americano, agora, considera quais segmentos poderia oferecer isenção tarifária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O orgão regulador da competição da União Europeia (UE) anunciou nesta terça-feira (30) que a Apple deverá pagar o equivalente a US$ 14,5 milhões em impostos à Irlanda, acrescido de juros, após determinar que a gigante de tecnologia recebeu benefícios fiscais ilegais do governo. Ambas as partes anunciaram imediatamente que pretendem recorrer da decisão.

Em um comunicado de imprensa anunciando a decisão, o regulador antitruste do bloco econômico disse que considerou dois pactos fiscais concedidos pela Irlanda à Apple - o primeiro em 1991 e o segundo em 2007. Os acordos fizeram com que os impostos corporativos cobrados sobre os lucros da companhia caíssem de 1% em 2003 para meros 0,0005% em 2014.

##RECOMENDA##

O bloco econômico disse ainda que os lucros declarados pela empresa não correspondem à realidade econômica, e que o acordo fiscal era ilegal porque deu a Apple uma vantagem significativa sobre outras empresas que estão sujeitas as mesmas regras de tributação.

"A investigação concluiu que a Irlanda concedeu benefícios fiscais ilegais para a Apple, o que lhe permitiu pagar substancialmente menos impostos do que outras empresas ao longo de muitos anos", disse a entidade, em comunicado.

A decisão contra a Apple, que deve anunciar um novo iPhone na próxima semana, pode marcar um ponto de inflexão na política europeia relativa aos sistemas de evasão fiscal, possivelmente forçando outras empresas a repensar a sua estratégia. O governo irlandês disse que discorda profundamente da deliberação.

Em comunicado à BBC, A Apple disse que também irá apelar da decisão, afirmando que o processo terá um efeito profundo e prejudicial sobre a criação de empregos em todo o continente europeu. "A Apple segue a lei e paga todos os impostos que deve, onde quer que opere. Vamos recorrer e estamos confiantes de que a decisão será anulada", diz a nota.

LeiaJá também

--> É oficial: Apple divulga data de lançamento do iPhone 7

Em uma promessa de campanha, o primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, garantiu a realização de um referendo consultando a população sobre a vontade de permanecer, ou não, na União Europeia por acreditar que a resposta seria positiva. O problema é que existia uma insatisfação por parte da população em torno de condições exigidas para permanecer como membro do bloco.

O resultado da decisão foi um pedido de desfiliação do Reino Unido da União Europeia (UE). A continuidade do processo depende do Conselho Europeu, que pedirá a Comissão Europeia para negociar o acordo de saída e que, para ser concretizada de fato, precisa do aval unânime dos 27 países integrantes do bloco. Isso pode durar ao menos 2 anos. Além de consequências nacionais, a decisão pode afetar no mundo todo as esferas política, econômica e social.

Os desdobramentos dessa decisão são inúmeros e podem afetar não apenas o Reino Unido, mas o mundo. No campo político, o primeiro-ministro britânico David Cameron anunciou que irá deixar o cargo em outubro, visto que é contra a saída do Reino Unido da UE. O resultado do referendo também pode causar conflitos internos no Reino Unido. A Escócia e Irlanda do Norte votaram por permanecer na UE e os políticos nacionalistas dos dois países já sinalizaram que pretendem trabalhar por um referendo para se separarem do Reino Unido.

O desgaste político com essas duas nações parece ser o ponto central e mais preocupante para o Reino Unido. Há cerca de um ano, a população escocesa votou em um referendo sobre a possibilidade de se desmembrar e sair da influência política exercida pela Inglaterra naquela região. Não houvesse acontecido, antes da votação, a visita e persuasão de David Cameron junto aos governantes do país, a Escócia teria deixado o Reino Unido. No caso da Irlanda, os entreveros remetem a fatos históricos do passado, mas que ainda refletem na relação política entre esses países.

Para a União Europeia, a saída do Reino Unido enfraquece o bloco no cenário mundial. Além de ser uma das principais potencias do bloco, isso significa perda de influência política, eles são responsáveis pelo quinto maior gasto militar do mundo. As consequências também recaem na política externa, devido aos laços estreitos com os Estados Unidos que devem sofrer desgaste. As restrições e uma diminuição acentuada da imigração de trabalhadores podem levar à falta de mão-de-obra na área da construção civil e em outros serviços.

O desfecho dos próximos capítulos ainda é uma incógnita. O estabelecimento de uma relação mais estável com o mercado global, tanto da União Europeia quanto do Reino Unido, ainda vai percorrer um longo caminho. Uma situação semelhante com a possível quebra do bloco ocorreu em 1975, mas foi derrubada com larga vantagem. O resultado ultrapassa o cunho político e fortalece as bases que buscam caminhos mais sólidos.

A União Europeia (UE) ameaçou embargar as importações de frutas cítricas brasileiras após rechaçar oito contêineres com limão este ano. As cargas de limão tahiti continham frutas com cancro cítrico. Elas foram embarcadas em Santos (SP) e entrariam no bloco econômico pela Inglaterra. A doença, uma das principais da citricultura, é comum no Estado de São Paulo, mas não existe na Europa e é considerada uma ameaça à produção do continente, principalmente na Espanha e na Itália, maiores produtores locais de laranja e tangerina.

As exportações de limão tahiti praticamente dominam as vendas externas de frutas cítricas frescas do Brasil e a União Europeia é o principal mercado brasileiro. Entre janeiro e julho deste ano, as exportações de limão movimentaram 68,58 mil toneladas e US$ 64,15 milhões. Essas cifras representam 84% do volume total de 81,70 mil toneladas de todos os citros comercializados e 93% do faturamento, de US$ 68,73 milhões no período. Para a UE, foram exportadas 60,45 mil toneladas de limão tahiti, com uma receita de US$ 57,24 milhões nos primeiros sete meses de 2016.

##RECOMENDA##

Após a comunicação oficial das autoridades sanitárias do bloco econômico europeu e depois de uma teleconferência com representantes do Ministério da Agricultura, técnicos da pasta e da Secretaria de Agricultura de São Paulo enquadraram produtores do interior do Estado. Na semana passada, equipes dos dois governos fizeram ações de rastreabilidade das frutas e de fiscalização nas chamadas "packing houses", que são armazéns usados entre a colheita e a exportação dos citros.

Descumprimento

O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que, por causa dos preços remuneradores pela venda do limão tahiti na União Europeia, produtores se descuidaram da questão sanitária nas exportações e enviaram frutas já com sinais iniciais de cancro como, por exemplo, lesões nas cascas.

"Pelas fotos que nos mandaram fica claro que o fruto já saiu daqui com cancro. Houve uma precipitação por conta do preço do limão e não houve o cumprimento das regras", disse uma fonte do Ministério da Agricultura.

Já o superintendente federal da Agricultura em São Paulo, Francisco Jardim, afirmou que o número de cargas exportadas rechaçadas – oito contêineres entre 1.058 enviados desde o início do ano – pode parecer pequeno, mas supera em muito o limite tolerável pela União Europeia, de até cinco cargas rejeitadas por ano. "Não pode ter rechaço se o sistema funcionar direito e não foi isso que aconteceu", alertou Jardim.

De acordo com o superintendente do Ministério da Agricultura no Estado, assim que houve a comunicação por parte da União Europeia, foi feita uma reunião prévia com os exportadores, a qual antecedeu as vistorias feitas nas packing houses. "Alguma coisa está errada e, por isso, estamos auditando todo o processo", afirmou Francisco Jardim.

Segundo o superintendente, com o rastreamento, será possível identificar responsáveis técnicos. "Vamos chamá-los para conversar e, se for o caso, podemos até retirar a autorização para a exportação", concluiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão Europeia apresentará em setembro propostas para reduzir as diferenças de regulamento entre as operadoras de telecomunicações tradicionais e os serviços de internet com os que concorrem, como Skype ou WhatsApp, anunciou nesta terça-feira um porta-voz do executivo europeu.

A Comissão estuda "em que medida" as regras da União Europeia (UE) que se aplicam às operadoras tradicionais "precisam ser adaptadas" para garantir a concorrência equitativa com "WhatsApp ou Skype", que "oferecem serviços similares ou equivalentes", declarou o porta-voz da Comissão, Christian Wigand.

##RECOMENDA##

As operadoras tradicionais se queixam de estar submetidas a uma regulamentação mais rigorosa do que a imposta a esses concorrentes.

Wigand ressalta "por exemplo" que as regras de segurança de redes aplicáveis a estes serviços chamados "over the top" (OTT) não são atualmente "comparáveis às que se aplicam às operadoras tradicionais".

"É necessário estimular a inovação dos novos 'jogadores', mas ao mesmo tempo criar regras de jogo equitativas para todo mundo", resume uma fonte da Comissão europeia.

"Mas adaptar as regras não quer dizer necessariamente acrescentar" outras, afirma.

Este trabalho é realizado no marco da reforma mais global da regulamentação das telecomunicações na UE, apresentada em setembro, cujo objetivo é oferecer "um melhor acesso aos serviços digitais", "reforçar a confiança" na internet e incentivar o investimento.

A Comissão trabalha paralelamente na reforma de uma diretriz de 2009 sobre a proteção de dados no setor das comunicações eletrônicas, que abrange também os serviços OTT.

Neste marco se estuda a questão da exploração comercial dos dados pessoais recolhidos por estes serviços, que as operadoras tradicionais se queixam de não poder fazer.

"As propostas legislativas devem ser apresentadas no final do ano", disse Wigand.

Essas propostas deverão ser mais a favor de um regulamento vinculativo para os OTT do que direcionadas à autorização dessas práticas para as operadoras de telecomunicações tradicionais, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto.

A União Europeia decidiu aplicar uma multa recorde de € 2,9 bilhões contra cinco montadoras de caminhões, como parte de uma tendência mais ampla de punir violações à livre concorrência no bloco econômico de 28 países. As empresas MAN, DAF, Daimler, Iveco e Volvo-Renault foram condenadas por fixar preços e por operar um sistema secreto para adiar a instalação de novas tecnologias para reduzir a poluição emitida por seus motores.

A MAN, que é controlada pela alemã Volkswagen, não está entre as empresas multadas, ainda que tenha feito parte dos acordos secretos com as demais empresas. A UE decidiu que, como a companhia delatou o sistema e cooperou com as investigações, a multa de € 1,2 bilhão seria suspensa.

##RECOMENDA##

Ainda assim, o envolvimento é mais uma notícia ruim para a Volkswagen, mergulhada em uma crise depois de ter fraudado testes antipoluição em seus automóveis a diesel em todo o mundo.

Sanções

A maior pena será aplicada contra a Daimler que, sozinha, terá de arcar com mais de € 1 bilhão - uma punição recorde do bloco econômico recorde para apenas uma empresa. Juntas, as cinco montadoras produzem aproximadamente 90% dos veículos pesados do mercado europeu.

"Estabelecemos hoje um marco ao impor multas em valores recorde para uma violação séria", disse Margrethe Vestager, a comissária da União Europeia para a Concorrência. "Por 14 anos, (essas companhias) fixaram preços e passaram os custos de atender aos padrões ambientais aos consumidores. Isso é também uma clara mensagem para as empresas de que cartéis não são aceitos", completou.

Em resposta à multa, a alemã Daimler afirmou que "lamentava" o ocorrido e que já vinha adotando "medidas apropriadas há algum tempo" para a correção do problema. De acordo com a empresa, a multa faz parte de um acordo com a Comissão Europeia e que, desde então, seus controles internos foram fortalecidos.

Segundo a investigação, o cartel operou entre 1997 e 2011. Entre os aspectos acordados entre as empresas de forma sigilosa estava a implementação de novas tecnologias de emissões. Houve também um acordo para repassar o custo dos novos padrões ambientais aos consumidores.

Além da Daimler, a holandesa DAF terá de pagar € 753 milhões, a sueca Volvo terá de arcar com € 670 milhões e a Iveco (do grupo italiano Fiat) terá de desembolsar mais € 500 milhões. "Reuniões eram realizadas entre altos executivos, as vezes às margens de exposições e outros eventos", declarou a UE. "Isso era complementado por conversas telefônicas."

 

Regras

As multas foram anunciadas menos de uma semana depois que a Comissão Europeia tomou novas medidas contra o gigante da internet Google. Pelas novas regras, a UE pode impor sanções de até 10% das vendas mundiais de uma empresa.

O recorde, até a terça-feira, 19, era a multa imposta em 2012 para as empresas de produtos eletrônicos Philips e LG, também por formação de um cartel de preços. A pena, neste caso, foi de € 1,4 bilhão.

A União Europeia (UE) e os EUA anunciaram nesta terça-feira (12) o lançamento oficial do novo acordo jurídico para proteger a privacidade na internet. O pacto, conhecido como "Privacy Shield", coloca salvaguardas sobre como as autoridades norte-americanas podem acessar informações dos cidadãos europeus, e oferece segurança jurídica às empresas de tecnologia e outras indústrias.

O acordo é visto como um facilitador fundamental para o comércio transatlântico em serviços digitais, pois facilita a transferência de dados cruciais para negócios internacionais. "Fluxos de dados entre os nossos dois continentes são essenciais para a nossa sociedade e economia. Agora temos uma estrutura robusta para garantir que estas transferências tenham condições melhores e mais seguras", disse o vice-presidente da UE a cargo do mercado único digital, Andrus Ansip.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Estados membros da UE assinaram formalmente o pacto na última semana, mas como relata The Guardian, a Áustria, Eslovênia, Bulgária e Croácia se abstiveram de votar. Representantes da Áustria e da Eslovênia afirmaram que ainda tinham dúvidas sobre como o acordo poderia proteger os dados de seus cidadãos da vigilância dos EUA, segundo o jornal britânico.

Nos termos do acordo, as empresas norte-americanas terão que atender aos padrões mais elevados de proteção de dados. Os EUA também asseguraram aos estados membros da UE que a coleta de dados em massa só será realizada sob condições e necessidades específicas. Os cidadãos europeus que sentirem que os seus direitos de privacidade foram violados podem apresentar queixas às agências nacionais de proteção de dados.

As empresas de tecnologia deram boas-vindas ao novo acordo, dizendo que ele protege a privacidade do usuário. "Estamos satisfeitos que o mecanismo de proteção de privacidade tenha recebido amplo apoio dos EUA", disse o diretor-geral do DigitalEurope, grupo comercial que representa companhias como Apple, Google e IBM, John Higgins.

Mas alguns grupos de liberdade civil estão receosos, questionando se o acordo terá um impacto significativo sobre a privacidade do consumidor. A entidade britânico Privacy International expressou preocupações sobre o pacto descrevendo-o como um documento opaco. "Não é de estranhar que o novo acordo permanece cheio de buracos e, portanto, oferece proteção limitada aos dados pessoais", disse, em comunicado.

A União Europeia (UE) assinou nesta terça-feira (5) um acordo com a indústria de tecnologia para investir € 1,8 bilhão de investimentos em cibersegurança até 2020. A iniciativa faz parte de um plano estratégico destinado a fortalecer a infraestrutura dos 28 países membro do bloco econômico contra ciberataques e ampliar a cooperação entre os setores público e privado.

Segundo pesquisa da empresa de consultoria e auditoria PWC, 80% das empresas europeias sofreram pelo menos um incidente de segurança cibernética em 2015. No mundo, a ocorrência dessas ameaças cresceu 38% no mesmo período. Para frear esse problema, a entidade usará o investimento no desenvolvimento de tecnologias inovadoras e seguras, produtos e serviços.

##RECOMENDA##

"A Europa precisa de produtos e serviços de cibersegurança de alta qualidade, acessíveis e interoperacionais. Há uma grande oportunidade para nossa indústria de cibersegurança competir em um mercado de rápido crescimento", afirmou Günther H. Oettinger, comissário para economia digital e sociedade, em comunicado enviado à imprensa.

O acordo se trata de uma parceria público-privada. Do total, a UE vai investir € 450 milhões para facilitar o acesso ao financiamento para pequenas empresas que trabalham na área da segurança cibernética. Enquanto isso, outras companhias do setor privado, como a Airbus e Fraunhofer, planejam contribuir com o restante da soma, que vai totalizar € 1,8 bilhão.

O presidente da Argentina, Maurício Macri, fez a sua primeira viagem oficial às instituições da União Europeia (UE) em 20 anos e cobrou os europeus para que avancem "com pressa" na formulação de um acordo comercial com o Mercosul. Mas se deparou com autoridades europeias pressionadas a suspender o processo negociador e a falta de interesse por parte dos países do bloco.

Nesta segunda-feira, 4, o presidente argentino desembarcou em Bruxelas para uma série de encontros com as autoridades do bloco europeu, colocando oficialmente fim a um congelamento nas relações estabelecidos por Cristina Kirchner. O argentino fez questão de apontar que seu governo, ao contrário do anterior, quer um acordo de livre-comércio.

##RECOMENDA##

A UE ainda tenta absorver o impacto do voto pela saída do Reino Unido e que é alvo de pressões para suspender as negociações com o Mercosul. "A velocidade da integração entre o Mercosul e a UE depende da decisão dos países europeus", disse.

Num gesto para marcar a reaproximação, Buenos Aires assinou três acordos com a UE, envolvendo intercâmbio de diplomatas, energia e macroeconomia. Além disso, debateram propostas para que os argentinos recebam parte de refugiados sírios hoje na UE e mesmo em operações de paz. Outro ponto do debate foi a participação do Banco de Investimentos Europeu em obras na Argentina, algo que não ocorria há mais de dez anos.

"Estamos tomando passos concretos para estabelecer a cooperação", disse a chefe da diplomacia europeia, Federica Morgherini. "Essa é a primeira visita em 20 anos e estamos buscando formas de encontrar um caminho adiante", disse.

Ela destacou o relançamento em maio das negociações com o Mercosul, paralisadas por dez anos e indicou que, em outubro, os diplomatas e técnicos vão se reunir para debater as propostas. Mas ela admite que a troca de ofertas de liberalização que ocorreu em maio é apenas "um passo inicial", num alerta camuflado de que o Mercosul terá de oferecer maior abertura no setor industrial.

A chanceler argentina, Susana Malcorra, também destacou que ambos os lados terão de "pressionar por um acordo final". "Sabemos que essa é apenas uma proposta inicial", disse, também sugerindo que o Mercosul não ficará satisfeito com o que há sobre a mesa em relação à abertura agrícola. "Isso vai nos exigir mais trabalho e investimento", disse.

Prioridades

Apesar dos discursos positivos, o Mercosul não faz parte das prioridades da UE até o fim do ano, numa agenda que neste ano é estabelecida pelo governo da Eslováquia. O país do Leste Europeu assumiu neste mês a presidência do bloco europeu até 1 de janeiro de 2017. Apesar de a negociação com o Mercosul ter sido relançada no final de maio, o bloco sul-americano não é citado no documento de trabalho dos eslovacos.

As negociações entre os dois blocos foram lançadas em 1999 e, em 2004, foram suspensas por falta de um acordo. Mais de dez anos depois, um entendimento relançou o processo em maio e, hoje, quem se responsabiliza pelo assunto é o departamento de comércio da Comissão Europeia. Ainda assim, a presidência rotativa do bloco tem como função estabelecer as prioridades. Segundo o programa obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, porém, os principais objetivos comerciais não citam o Mercosul.

O governo da Alemanha não quer que a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (UE) se arraste indefinidamente, mas permanece cauteloso em apressar-se nas decisões depois que o povo britânico votou para deixar o bloco, disse nesta segunda-feira o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert.

Seibert disse que não haverá conversas informais sobre a saída até que Londres invoque o artigo 50º do Tratado de Lisboa, que é a cláusula de retirada voluntária e unilateral da UE.

##RECOMENDA##

Perguntado se a Alemanha acreditava que a decisão do Reino Unido de sair pode ser reversível, Seibert disse que "o governo alemão trabalha com fatos. E de fato, apesar de não nos agradarmos, o povo britânico decidiu com uma maioria apertada para sair do bloco. Agora, precisamos lidar com isso politicamente".

"É chegado o momento de ver primeiro quais são as expectativas para os próximos passos do primeiro-ministro britânico, David Cameron, na terça-feira em Bruxelas", disse Seibert. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os outros membros da União Europeia não podem esperar por negociações formais sobre a saída do Reino Unido até que um novo governo assuma, disse o secretário de Estado da Alemanha, nesta sexta-feira.

"Não podemos perder tempo agora", disse Michael Roth, na sequência de uma reunião com ministros de Relações Exteriores do bloco europeu.

##RECOMENDA##

Roth ainda afirmou que a reunião de cúpula com líderes do bloco na próxima semana, em Bruxelas, seria um bom momento para que o premiê britânico de saída, David Cameron, acione o artigo 50 do Tratado da União Europeia, que define o procedimento para um Estado-membro deixar o bloco.

Para Roth, os outros 27 membros da UE gostariam que a saída do Reino Unido acontecesse de maneira ordenada e não se arrastasse por dois anos.

"O tratado é claro. Não temos o tempo de dois anos para executar esse processo histórico único", disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

Às vésperas dos primeiros encontros do chanceler José Serra com negociadores comerciais em Paris, um grupo de deputados do Parlamento Europeu pede que a UE interrompa as negociações comerciais com o Mercosul por conta do afastamento de Dilma Rousseff. Em carta enviada à Comissão Europeia, os deputados alertam que o bloco estará negociando com "um governo sem legitimidade".

"Tendo em vista a situação política no Brasil, temos dúvidas de que esse processo tenha a legitimidade democrática necessária para acordo de tal magnitude", aponta a carta enviada à chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini. O documento, obtido pelo jornal "O Estado de S. Paulo", insiste que o governo de Michel Temer "carece de legitimidade".

##RECOMENDA##

No total, 34 deputados assinaram o documento, de um total de 751 representantes no Parlamento Europeu. A assessoria do grupo diz que vai intensificar o lobby para obter mais assinaturas e incluir o assunto na agenda oficial do Parlamento nas próximas semanas.

A iniciativa foi liderada por deputados de partidos como o espanhol Podemos, o italiano Movimento 5 Estrelas e por grupos como o da Esquerda Unitária Europeia, da Esquerda Nórdica Verde, do Grupo dos Verdes no Parlamento e pela Aliança Livre Europeia. "Consideramos que o governo brasileiro instalado após o impeachment carece de legitimidade democrática e, portanto, pedimos a suspensão das negociações UE-Mercosul", diz a carta enviada para Federica.

Assumindo o discurso adotado por Dilma Rousseff, os deputados europeus apontam que "o processo (no Brasil) culminou num golpe brando na forma de impeachment".

Podemos

Um dos principais autores da proposta foi o partido Podemos, sensação nas últimas eleições em Madri. Pelo menos cinco deputados do movimento político espanhol já aderiram à campanha. Um deles, Xabier Benito, acredita que para o acordo seguir sendo negociado pela UE, "todos os atores implicados precisam ter máxima legitimidade democrática". Benito é o vice-presidente da Delegação do Parlamento Europeu para as Relações com o Mercosul.

Nas redes sociais, uma das deputadas que apoiou a iniciativa, a portuguesa Marisa Matias, chamou o afastamento de Dilma de "golpe". "Suspendam as negociações entre UE e Mercosul", pediu a deputada que lidera o Bloco de Esquerda em Portugal. Segundo ela, a UE precisa dar "pleno apoio para o restabelecimento da ordem democrática no Brasil" e o bloco europeu deve agir "em conformidade com os valores fundamentais". "Um acordo comercial não pode ser negociado com um governo sem legitimidade democrática como é o governo atualmente em funções no Brasil."

O grupo diz que aguarda uma resposta de Mogherini e já pensa em colocar na agenda do Parlamento Europeu a crise política no Brasil, da mesma forma que a Venezuela faz parte das preocupações da entidade.

Serra terá um encontro ainda nesta semana com a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, num sinal claro que Bruxelas considera o chanceler um interlocutor legítimo. Após o afastamento de Dilma, o escritório da UE indicou que o Brasil "é e continuará sendo um parceiro estratégico" para a Europa.

O bloco decidiu ainda seguir adiante com a troca de ofertas entre Mercosul e UE, mesmo com a crise política no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os escritor John Le Carré e os atores Benedict Cumberbatch e Keira Knightley estão entre 282 grandes nomes das artes e da cultura britânica que defendem, em carta publicada nesta sexta-feira, a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE).

O manifesto foi publicado nos jornais The Daily Telegraph e The Guardian a menos de um mês da votação, em 23 de junho, sobre a permanência britânica no bloco de 28 países.

##RECOMENDA##

"O Reino Unido não é apenas mais forte na Europa, é mais imaginativo e criativo. Nosso êxito artístico mundial se veria seriamente comprometido por uma saída da UE", afirmam os signatários.

"Abandonar a Europa seria um salto no desconhecido para milhões de pessoas que, em todo o Reino Unido, trabalham em campos artísticos e para milhões de outras pessoas que, aqui e no exterior, se beneficiam do crescimento e do dinamismo do setor cultural britânico", completa a carta.

Além dos já citados, entre os signatários também estão os atores Bill Nighy, Chiwetel Ejiofor, Kristin Scott Thomas, Helena Bonham Carter e Derek Jacobi; o grupo Franz Ferdinand e a cantora Paloma Faith, a estilista Vivienne Westwood e os escritores Tom Stoppard e Hilary Mantel.

Uma pesquisa com integrantes da Federação de Indústrias Criativas da Grã-Bretanha mostrou que 96% deles desejam permanecer na UE, por conta do acesso ao mercado europeu, dos subsídios, da livre circulação e da influência que isto representa.

O manifesto foi divulgado no fim de uma semana em que os defensores da continuidade na UE abriram vantagem nas pesquisas, 55% a 45%, segundo a média das sondagens realizada pelo instituto What UK Think.

No setor artístico, o ator Michael Caine é o nome mais famoso que se pronunciou a favor da saída da UE.

As sanções econômicas da União Europeia contra a Rússia devem ser estendidas para além de julho, já que continua o conflito na Ucrânia, afirmou a chefe da política externa da UE, Federica Mogherini, nesta quinta-feira.

Em entrevista ao jornal alemão Die Welt, Mogherini falou após diplomatas europeus e norte-americanos dizerem estar cada vez mais confiantes de que a pressão econômica ocidental sobre a Rússia continuará.

##RECOMENDA##

A UE impôs sanções econômicas contra a Rússia em resposta à anexação da região ucraniana da Crimeia e por seu apoio a separatistas no leste ucraniano. A Rússia nega as acusações do Ocidente de que tenha fornecido armas ou apoiado de outra maneira os rebeldes.

As sanções, que vencem no fim de junho, incluem restrições a vínculos com os setores de defesa e de energia. Elas também impedem que bancos estatais, companhias de energia ou de defesa levantem dinheiro nos mercados financeiros europeus. Os Estados Unidos adotaram medidas similares.

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu que as sanções prejudicam a economia russa, que entrou em recessão com a forte queda no petróleo em 2014.

Na entrevista, Mogherini disse esperar que as sanções contra a Rússia sejam estendidas. Segundo ela, os líderes da UE atrelaram a retirada das sanções à implementação completa do acordo de Minsk, o que até agora ainda não foi conseguido. Fonte: Dow Jones Newswires.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando