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A União Europeia quer "manter e aprofundar" a "parceria estratégica" com o Brasil. Numa carta enviada ao presidente eleito Jair Bolsonaro, o bloco insiste ainda em relembrar o novo mandatário que a cooperação entre Bruxelas e Brasília também inclui temas como direitos humanos e meio ambiente, assuntos que têm o potencial de criar certo desconforto para a futura diplomacia local.

"Em nome da União Europeia, parabenizamos pela sua eleição como presidente da República Federativa do Brasil", diz o texto assinado pelo presidente da UE, Donald Tusk, e pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

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"A UE e o Brasil têm uma parceria estratégica de longa data, o que ajudou a desenvolver uma ampla cooperação em assuntos bilaterais e multilaterais de interesse comum, como no comércio, ciência e tecnologia, sociedade da informação, defesa e segurança, proteção ambiental e direitos humanos", disseram os líderes europeus.

Ao longo de sua campanha, Bolsonaro insinuou que poderia rever a participação em acordos de meio ambiente e criticou a defesa dos direitos humanos.

"Estamos prontos para continuar e fortalecer essa parceria durante sua presidência para o benefício de nossos cidadãos, incluindo no contexto das negociações em curso entre o Mercosul e UE", apontaram.

A insistência em tocar no assunto comercial não ocorre por acaso. O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que existe uma preocupação real da UE de que, uma vez no comando, Bolsonaro opte por dar preferências ao eixo de comércio com os EUA.

Nesta semana, uma reunião está marcada para ocorrer em Bruxelas na esperança de tentar um último esforço para um acordo entre os dois blocos, antes do final do atual governo brasileiro.

A transição no Brasil é um fator que pode prejudicar o andamento do processo. Mas, ainda assim, os negociadores tentam costurar um entendimento para "engessar" a política externa de Bolsonaro com a UE e manter um acesso privilegiado para produtos europeus.

Egito

Nesta segunda-feira, 5, governo do Egito adiou, sem previsão de nova data, uma visita oficial que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, faria ao país entre os dias 8 e 11 próximos. No período, ocorreria também um encontro entre representantes do setor privado dos dois países. Vinte empresários brasileiros já se encontram no país e precisarão retornar sem que sejam realizadas as rodadas de negócios.

Oficialmente, o governo egípcio informou que o adiamento "sine die" foi necessário por causa de compromissos inadiáveis das altas autoridades do país. Aloysio ia encontrar-se com seu contraparte, o ministro Sameh Shoukry, e o presidente, Abdel Fattah el-Sisi.

Nos bastidores, porém, sabe-se que a verdadeira causa foi o anúncio, por Bolsonaro, da decisão de mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. A medida significa um alinhamento do País com Israel e o abandono de uma posição de equilíbrio mantida por décadas pela diplomacia brasileira. Os países árabes, quinto destino das exportações brasileiras, apoiam a Palestina e deixaram clara sua discordância com a medida.

As bolsas europeias tiveram uma sessão volátil nesta sexta-feira, 19. A questão do orçamento da Itália pressionou os mercados nas primeiras horas, mas uma declaração conciliatória da União Europeia acalmou o quadro, mais para o fim do pregão. Além disso, notícias corporativas estiveram no radar dos investidores, entre eles um sinal negativo de uma montadora, que prejudicou papéis do setor.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,12%, em 361,24 pontos, mas na semana avançou 0,64%.

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A intenção do governo italiano de estabelecer déficit de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em seu próximo orçamento continuou a chamar a atenção. As primeiras reações da União Europeia foram de críticas, enquanto investidores e analistas ponderam sobre o risco de piora no quadro fiscal no país e de rebaixamentos do rating por agências de crédito. Nas primeiras horas do dia, o assunto impôs um tom de cautela nos negócios.

Mais para o fim do pregão, contudo, um sinal da UE ajudou a melhorar o quadro. Comissário para Orçamento do bloco, Pierre Moscovici afirmou que não haverá interferência nas políticas econômicas da Itália e que é possível resolver as diferenças entre as partes por meio do diálogo. Após a declaração conciliadora a bolsa de Milão se fortaleceu, passando a oscilar perto da estabilidade.

Em Frankfurt e Paris, porém, ações de montadoras e fabricantes de autopeças ficaram pressionadas, após a alemã Daimler emitir um alerta de lucro, o segundo neste ano. A fabricante de pneus Michelin fez recentemente alerta semelhante, alimentando preocupações com o setor, em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,32%, em 7.049,80 pontos, e na semana teve ganho de 0,77%. O setor de energia se saiu bem, em jornada de ganhos para o cobre e o petróleo: Frontera Resources subiu 7,19% e BP, 0,54%. Entre os bancos, Lloyds caiu 1,51% e Barclays teve queda de 0,96%.

Em Frankfurt, o índice DAX teve queda de 0,31%, a 11.553,83 pontos, e na semana subiu 0,26%. Daimler teve baixa de 1,95%, Porsche caiu 1,61% e Daimler cedeu 1,95%, no setor automotivo. Lufthansa também teve jornada negativa, em queda de 6,02%, em meio a notícias de que a companhia aérea estuda opções para seu serviço de catering, que poderia incluir a venda dele, o que foi criticado pelo sindicato de trabalhadores da empresa.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou com baixa de 0,63%, em 5.084,66 pontos, e na semana recuou 0,22%. Peugeot caiu 2,51% e Renault recuou 3,09%, enquanto Crédit Agricole teve queda de 1,95%. A petroleira Total subiu 0,06%.

Em Milão, o índice FTSE-MIB fechou em queda de 0,04%, em 19.080,16 pontos, e na semana recuou 0,91%. No setor bancário italiano, Banca Carige caiu 3,77%, BPM recuou 1,53% e UniCredit cedeu 0,96%, mas Intesa Sanpaolo subiu 0,26%. No setor de energia, ENI avançou 0,64%.

O índice IBEX-35, da bolsa de Madri, fechou em alta de 0,03%, em 8.892,10 pontos, e na semana recuou 0,11%. Santander caiu 0,33% e Banco de Sabadell recuou 0,13%, enquanto CaixaBank subiu 0,66% e BBVA avançou 0,99%, entre os bancos. No setor de energia, Iberdrola se destacou, em alta de 1,65%.

Na bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 fechou em queda de 0,68%, em 5.026,02 pontos, e na semana avançou 0,38%. Altri subiu 1,51%, Banco Comercial Português recuou 1,75% e Galp Energia caiu 0,35%, nesse mercado. (Com informações da Dow Jones Newswires)

A União Europeia (UE) estuda criar um "grupo de contato" para facilitar uma solução política na Venezuela, indicou nesta segunda-feira, 15, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, afirmando que a política de sanções contra autoridades venezuelanas vai se manter inalterada.

O objetivo seria buscar uma forma "de estar em contato com diferentes partes", tanto do governo do presidente Nicolás Maduro como da oposição, "envolvendo alguns atores regionais e internacionais", acrescentou Mogherini. A União Europeia impôs no último ano sanções contra a Venezuela por prejudicar a democracia, o Estado de direito e os direitos humanos. Fonte: Associated Press.

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O Google entrou nesta terça-feira (9) com um recurso de apelo da multa de quase US$ 5 bilhões aplicada pela União Europeia (UE) em julho, depois que um órgão regulador decidiu que a empresa Alphabet - controladora do Google - estava violando conscientemente as leis antitruste.

Em seu processo inicial, a UE alegou que o Google estava abusando de seu domínio de mercado com o sistema operacional Android para promover o uso de seu próprio motor de busca e excluir os seus rivais. A companhia também foi condenada por pagar outros fabricantes de celulares para incluir a pesquisa do Google como padrão em smartphones e tablets.

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A decisão inicial deu ao Google 90 dias para acabar com os comportamentos anticompetitivos, sob pena de pagar multas diárias de até 5% do volume de negócios médio total mundial da Alphabet.

O sistema operacional Android, usado por 80% dos dispositivos no mundo, está na mira dos reguladores europeus há vários anos. É a segunda grande multa que a empresa enfrenta do órgão antitruste da UE. Em junho de 2017, o Google foi condenado a pagar uma multa de US$ 2,7 bilhões por favorecer o seu próprios serviços de compras em seu motor de busca, em detrimento de rivais.

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O embaixador da União Europeia (UE) no Iraque, Ramón Blecua, ficou doente por conta da contaminação da água em Basra, um problema que causou milhares de internações e foi alvo de violentas manifestações, anunciou o diplomata nesta quinta-feira (4).

Desde meados de agosto, a população de Basra (sul) enfrenta uma escassez de água potável. A que é distribuída pelas autoridades, contaminada pela água do mar, é salgada, e provocou a internação de 90.000 pessoas, vítimas de intoxicações, segundo a Alta Comissão iraquiana para os Direitos Humanos.

Ramón Blecua, que estava visitando Basra, também ficou doente, indicou no Twitter.

"Fiquei doente esta manhã e tive que cancelar várias reuniões. O médico da Unicef diagnosticou que a causa procedia da contaminação da água", assinalou Blecua.

"Não pretendia levar a minha solidariedade com o povo de Basra tão longe, mas agora entendo como se sentem", acrescentou.

No início de setembro, a cidade petroleira foi palco de violentas manifestações contra a corrupção dos dirigentes políticos e o mau estado dos serviços públicos, que deixaram 12 mortos.

Os protestos derivaram no incêndio da sede do governo, do consulado do Irã e da maioria das sedes de grupos armados e partidos políticos.

A queda de braço entre União Europeia (UE) e Itália sobre a imigração aumenta, e, depois de meses de troca de acusações sobre a falta de solidariedade, Roma subiu sua aposta com a ameaça de não pagar sua contribuição à UE.

"Neste momento, a Itália não está na mesma onda", reconheceu uma fonte europeia, que pediu para não ser identificada, após a reunião urgente da última sexta-feira em Bruxelas para tratar da questão migratória na Europa.

A Itália esperava que essa cúpula servisse para solucionar a situação do "Diciotti", uma embarcação da Guarda Costeira italiana bloqueada no porto de Catânia, na Sicília, com 150 migrantes a bordo.

A Comissão Europeia, que havia "convidado" 12 países-membros para participarem, disse se tratar, porém, de uma reunião informal sobre as "soluções sustentáveis" para enfrentar a acolhida de refugiados e a distribuição das responsabilidades.

"A discussão não foi negativa. Todo mundo está de acordo em que é preciso superar a situação atual, em que se trata cada caso de forma isolada", disse a mesma fonte europeia ouvida pela AFP.

Enquanto o governo italiano pede mais solidariedade à UE, os demais dirigentes responderam que estes últimos têm de aceitar "a lógica da cooperação" e estar "de acordo com os princípios", acrescentou.

A Itália considera que já assumiu uma responsabilidade excessiva na acolhida de migrantes e refugiados que cruzam o Mediterrâneo, mas a Comissão e os Estados-membros pedem a Roma que aceite as regras estabelecidas.

- 'UE, uma comunidade de regras' -

"Ninguém conseguiu, apesar das propostas da Comissão e do Parlamento, estabelecer uma forma de solidariedade obrigatória. É isso que bloqueia", considera a eurodeputada socialista Sylvie Guillaume, que faz parte da comissão de Assuntos Internos do Parlamento Europeu.

Segundo Guillaume, a questão dos portos de desembarque não tem solução, enquanto não se resolver o problema da distribuição.

Diante da ameaça do vice-presidente do Conselho de Ministros italiano, Luigi Di Maio, de que a Itália deixará de pagar suas contribuições ao orçamento da UE, se não for encontrada uma solução para o caso do "Diciotti", a resposta de Bruxelas foi imediata.

"A UE é uma comunidade de regras, e ela age em função de regras, não de ameaças", frisou o porta-voz da Comissão Europeia Alexander Winterstein.

Os dirigentes europeus baseiam sua posição em dois argumentos: o Direito Internacional, que rege os desembarques, e suas próprias decisões políticas.

Os 28 países-membros concordaram em fazer uma distinção clara entre os migrantes "econômicos", que devem ser devolvidos para seus países de origem, e os refugiados políticos.

- A eterna reforma de Dublin -

Depois de sua posse em junho, porém, o governo populista italiano de direita pede uma distribuição dos migrantes antes de desembarcarem na costa europeia.

Segundo a especialista Marie De Somer, do think thank European Policy Center (EPC), é evidente que há uma crise de solidariedade, mas as posições da Itália e da Comissão não são tão distintas.

"A Comissão e o Parlamento Europeu tentam favorecer uma melhor distribuição da solidariedade. Reivindicam a mesma política (que Roma), ou seja, que a Itália não tenha que acolher todos aqueles que chegarem a sua fronteira", explica a analista.

A reforma do regulamento de Dublin, que estabelece que os pedidos de asilo devem ser feitos no primeiro país de entrada de migrantes e refugiados, está há mais de dois anos sobre a mesa sem registrar avanços significativos.

No agitado Conselho Europeu de junho, os dirigentes dos 28 defenderam a criação de "centros controlados" em território europeu e de "plataformas regionais de desembarque" em países do norte da África.

O CEO do Google, Sundar Pichai, usou uma postagem no blog oficial da empresa para sugerir que o sistema operacional móvel Android, o mais usado do mundo, pode deixar de permanecer livre e aberto. O depoimento foi compartilhado após o Google ser multado em R$ 19 bilhões pela União Europeia (UE) por práticas anticompetitivas.

Pichai explicou que há custos associados a plataformas como o Android, mas que o Google conseguiu ultrapassar essas barreiras graças a um investimento de bilhões de dólares ao longo da última década para tornar o sistema o que ele é atualmente.

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"Esse investimento faz sentido porque podemos oferecer aos fabricantes a opção de pré-instalar um conjunto de aplicativos populares, alguns que geram receita para o Google", informou o executivo. Segundo ele, se esse tipo de acordo for proibido na Europa, é possível que a empresa passe a cobrar pelo software, num modelo similar ao do Windows, da Microsoft.

"A distribuição gratuita da plataforma Android e do conjunto de aplicativos do Google não é apenas eficiente para os fabricantes e operadores de telefonia - é um grande benefício para desenvolvedores e consumidores", disse Pichai, no mesmo post.

"Até agora, o modelo de negócios do Android significou que não tivemos que cobrar dos fabricantes por nossa tecnologia, ou depender de um modelo de distribuição rigidamente controlado", completou. Pichai escreveu ainda que a decisão da UE de impor uma multa recorde ao Google por práticas anticoncorrenciais poderia perturbar o equilíbrio do Android.

O Android é usado gratuitamente por 1,3 mil fabricantes em todo o mundo - segundo o Google, são 24 mil modelos de dispositivos com a plataforma. Criado em 2008 para competir com o iOS, da Apple, o Android está instalado em mais de 80% dos dispositivos móveis do mercado.

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O Google foi atingido com uma multa recorde de R$ 19 bilhões da União Europeia (UE) por práticas ilegais anticompetitivas relacionadas ao seu sistema operacional Android. A cobrança, que o Google vai apelar, equivale à maior taxa imposta por um regulador contra uma única empresa.

A comissão disse que o Google exigiu que os fabricantes de telefones pré-instalassem os aplicativos de busca e navegador da empresa para que seus aparelhos pudessem ter acesso à loja de aplicativos do Google. O Android representa 74% do mercado de dispositivos móveis.

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A empresa foi acusada ainda de pagar os fabricantes e operadoras de rede para manterem os mecanismos de busca concorrentes fora de seus telefones e também obstruíssem o desenvolvimento de sistemas operacionais móveis concorrentes ao Android.

A autoridade europeia da concorrência diz que a empresa deve encerrar sua conduta ilegal dentro de 90 dias de maneira efetiva ou enfrentar multas adicionais, além da já estabelecida.

A gigante de tecnologia dos EUA já está contestando uma multa da UE, aplicada com base nas práticas supostamente anticompetitivas do Google em torno de suas ferramentas de comparação de preços. Desde que essa taxa foi imposta, a empresa fez alterações na forma como exibe resultados de pesquisa.

"Qualquer empresa é bem-vinda para fazer negócios em nosso mercado, mas elas precisam cumprir as regras antitruste da UE e essas regras são estabelecidas por razões muito simples: para proteger os consumidores europeus e a concorrência efetiva", disse a comissária da UE, Margrethe Vestager.

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Uma nova proposta feita pelos países do Mercosul à União Europeia (UE) para o setor automotivo será avaliada na reunião desta quarta-feira (18), em Bruxelas, na Bélgica, sobre o acordo comercial entre as duas regiões.

Os negociadores da região ofereceram uma cota de importação de 60 mil veículos anuais, sendo que nos primeiros sete a oito anos o Imposto de Importação teria uma margem de preferência de 50%, caindo assim dos 35% atuais para 17,5%, segundo informações de fontes envolvidas na negociação.

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Após esse período, o imposto seria reduzido gradativamente até zero, quando se completassem os 15 anos para início do livre comércio entre as regiões. Na proposta anterior, a cota era de 10 mil veículos.

A proposta do Mercosul também prevê o livre comércio de carros elétricos e híbridos. Como os países da região ainda não produzem esses modelos, a contrapartida viria do setor agrícola europeu, que vem dificultando as negociações do acordo há vários anos. Os agricultores franceses são os que mais colocam barreiras à abertura no setor. "Nos parece uma proposta equilibrada, mas nunca se sabe como será a reação da União Europeia", diz a fonte.

Representantes da indústria automobilística brasileira sempre defenderam prazo médio de 15 anos para que o setor possa buscar maior competitividade para competir com os europeus. Hoje, as montadoras locais só conseguem exportar para países do Mercosul. "Temos 15 anos para nos preparar pois, do jeito que estamos hoje, nos tornaríamos apenas importadores de carros", diz um executivo do setor, que prefere não ter o nome divulgado.

Defensor

Na reunião desta quarta-feira em Bruxelas, o representante brasileiro será o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge. Nos últimos meses, ele foi o principal defensor, dentro do governo, do programa Rota 2030 que, em sua visão, ajudará o setor a se modernizar e ser mais competitivo internacionalmente.

Nos bastidores, fala-se que os presidentes Michel Temer e Maurício Macri, da Argentina, têm pressa em fechar o acordo. No caso do brasileiro, a intenção é que esse acerto - negociado há quase 20 anos -, ocorra em seu mandato, que termina no fim do ano.

No mês passado, em reunião do bloco sul-americano em Assunção, Paraguai, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, disse que acreditava em um acordo ainda neste ano. Já os chanceleres do Uruguai, Rodolfo Novoa, e da Argentina, Jorge Faurie, declararam que, em suas opiniões, o acerto deverá ficar para o próximo ano. Novoa chegou a falar em ruptura pois a União Europeia não demonstrava "vontade real de concluir essa negociação".

Nas últimas semanas, alguns analistas afirmaram que a guerra comercial entre os EUA e a China poderia beneficiar o acordo entre Mercosul e UE, pois essa parceria seria estratégica para o bloco europeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros do Interior da União Europeia (UE) devem examinar nesta quinta-feira na Áustria novos projetos para impedir a chegada de migrantes a suas costas, na primeira reunião do bloco sob a presidência austríaca, que defende opções radicais para o tema.

Reunidos em Innsbruck, os ministros devem detalhar a ideia, ainda vaga mas polêmica, das "plataformas de desembarque" na África para receber os migrantes resgatados no Mediterrâneo, ideia apresentada em um encontro de cúpula celebrado no fim de junho em Bruxelas.

As chegadas de migrantes registraram uma queda drástica desde 2015, mas o tema imigração provoca tensão dentro e entre os Estados membros da UE.

O ministro austríaco de extrema-direita Herbert Kickl (FPÖ, partido que integra a coalizão de governo com os conservadores em Viena) receberá nesta quinta-feira o colega italiano Matteo Salvini, também de extrema-direita e que defende uma postura inflexível na questão.

Salvini, líder do partido Liga, proibiu que os barcos das ONGs que socorrem os migrantes no Mediterrâneo entrem nos portos italianos.

Ele deve pedir aos sócios europeus que não enviem aos portos italianos navios atualmente em missão internacional.

Horst Seehofer, líder do partido bávaro conservador CSU, que desafiou a autoridade da chanceler alemã Angela Merkel sobre a imigração, também comparecerá à reunião de Innsbruck, considerada "informal" e sem a previsão de anunciar qualquer decisão.

O ministro alemão suspendeu provisoriamente a ameaça de rejeitar unilateralmente os migrantes na fronteira com a Áustria, o que poderia provocar um efeito dominó fatal no espaço Schengen.

A União Europeia (UE) impôs nesta segunda-feira proibições de viagens e congelou ativos de 11 autoridades da Venezuela, incluindo o novo vice-presidente, Delcy Rodriguez.

De acordo com a UE, "as pessoas listadas são responsáveis por humanos violações dos direitos humanos e por minar a democracia e o Estado de direito na Venezuela"

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O movimento, que inclui o chefe do exército e um oficial de inteligência militar superior, eleva o número total de autoridades venezuelanos sob sanções da UE para 18.

A UE afirma que as suas medidas destinam-se a ajudar a promover soluções democráticas para a

crise, encorajar a estabilidade política e atender às necessidades urgentes do povo venezuelano.

O presidente Nicolas Maduro chegou à vitória no mês passado em uma eleição boicotada pelos principais partidos da oposição e amplamente condenada como ilegítima pelos EUA e outros governos estrangeiros. Fonte: Associated Press

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, pediu que a União Europeia vá além do apoio político ao acordo nuclear, também elevando investimentos no país. As declarações foram veiculadas pela imprensa estatal.

De acordo com a TV estatal, Zarif, que se reuniu com o comissário da UE para Ação Climática e Energia, Miguel Arias Cañete, neste domingo em Teerã, disse que o apoio político europeu "não é suficiente". "A União Europeia deve adotar medidas práticas para a cooperação econômica com o Irã e elevar investimentos", afirmou o ministro.

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A chefe da política externa da UE e os ministros das Relações Exteriores de Reino Unido, França e Alemanha se comprometeram nos últimos dias a manter o trabalho conjunto para salvar o acordo nuclear de 2015, mesmo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desistir do pacto e prometer impor sanções econômicas duras contra o Irã. Fonte: Associated Press.

Lideranças da União Europeia pediram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pare de lançar ameaças de impor tarifas à importação de aço e alumínio. Segundo elas, é possível discutir o comércio, porém sem esse tipo de comportamento.

"É a soberania econômica da Europa e o que nós exigimos é que sejamos isentos sem condições nem limites de tempo", afirmou o presidente da França, Emmanuel Macron, durante um encontro com países dos Bálcãs. "Eu não acho que devamos considerar isso ou aquilo quando é uma contravenção às leis do comércio internacional."

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Em março, o governo Trump impôs tarifas de 25% à importação de aço e de 10% à de alumínio, mas deu aos 28 países da UE uma isenção temporária, contanto que eles renegociem o comércio bilateral.

Convencida de que os EUA desrespeitam regras de comércio global, a UE estabeleceu uma lista de possíveis retaliações equivalentes a 2,8 bilhões de euros (US$ 3,4 bilhões) em produtos americanos, caso não seja permanentemente isenta dessas tarifas. Além disso, tem rejeitado renegociar sob ameaças. "Nós podemos melhorar as coisas, de maneira pacífica", afirmou Macron.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que há uma posição comum no bloco: "Nós queremos isenção ilimitada, mas também estamos preparados para falar sobre o que podemos fazer reciprocamente para reduzir barreiras ao comércio".

Caso a isenção seja retirada, a UE está pronta a aprofundar a cooperação em energia, notadamente em gás natural liquefeito, melhorar acesso recíproco ao mercado para produtos industrializados e trabalhar juntos para reformar as regras da Organização Mundial de Comércio (OMC). A UE rejeita a afirmação de Trump de que são necessárias tarifas para a segurança nacional dos EUA e vê as medidas protecionistas como um privilégio indevido a empresas locais. Fonte: Associated Press.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos, sob o comando do presidente Donald Trump, estão virando as costas às relações multilaterais e à cooperação amigável "com uma ferocidade que só pode nos surpreender". Os comentários de Juncker foram feitos após Trump anunciar a retirada de Washington do acordo nuclear internacional com o Irã.

De acordo com Juncker, os EUA "não querem mais cooperar com outras partes do mundo" após a decisão de sair do pacto nuclear, mesmo com as advertências do Reino Unido, da França e da Alemanha, entre outros países, sobre a importância do acordo.

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Em discurso realizado no Parlamento regional da Bélgica, Juncker disse que cabe à União Europeia assumir o manto dos EUA nas relações multilaterais. "Nesse ponto, temos que substituir os EUA, que, como ator internacional, perderam o vigor e, por causa disso, a longo prazo, a influência", disse. Fonte: Associated Press.

Funcionários da BRF que trabalham diretamente com o frango destinado a exportação poderão ter o salário diminuído para preservar seus empregos. A proposta será apresentada pelo Ministério do Trabalho aos sindicatos e à empresa, que sofre com um embargo europeu às exportações. Diante da queda da demanda externa pelo frango brasileiro, sindicatos calculam que 7 mil empregados já estão em férias coletivas e que, se o embargo não cair, até 15 mil postos de trabalho poderiam estar em risco.

A proposta do secretário de Relações do Trabalho, Luis Carlos Barbosa, é retomar o Programa Seguro-Emprego (PSE) para evitar demissão em massa. Nessa iniciativa, o trabalhador tem a garantia da manutenção do emprego, mas com salário e carga horária 30% menores. Como contrapartida, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) paga compensação equivalente a 15% do salário. Assim, o gasto salarial da empresa cai 30%, mas a renda do empregado reduz 15%.

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Para usar esse instrumento, porém, seria preciso alterar a lei, já que o atual prazo de adesão ao programa terminou em 31 de dezembro de 2017. Esse mecanismo foi criado em 2015 para evitar o aumento do desemprego e, à época, teve grande adesão de montadoras e fornecedores do setor automotivo. "Temos de ver quais mecanismos legais podemos usar. Como estamos em uma crise do setor, podemos usar esse instrumento legal e negociar com a empresa. Em vez de demitir, a gente reduz o salário", defendeu o secretário.

Preço

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (CNTA), Artur Bueno de Camargo, diz que o uso do PSE é uma alternativa que poderia ser aceita "na pior das hipóteses". O representante dos trabalhadores defende a adoção de uma solução ampla para evitar a propagação dos problemas que afetam o frango para o restante da cadeia da proteína animal. "Sem poder exportar, os grandes frigoríficos venderão no mercado interno e o preço cairá. Isso vai prejudicar os pequenos produtores que terão perdas com o preço menor", diz.

Procurada, a BRF confirmou que concederá férias coletivas de 30 dias para parte dos empregados de Rio Verde (Goiás) e Carambeí (Paraná) entre os dias 14 e 21 de maio. Na unidade de Capinzal (Santa Catarina), haverá férias coletivas a partir de 7 de maio para os trabalhadores da linha de abate de aves. Em Toledo (Paraná), haverá férias a partir de 2 de julho. As ações visam "adaptações no planejamento de produção, em decorrência de ajustes para atender a demanda atual, que foi impactada pela interrupção das exportações de aves da companhia para a União Europeia", cita a empresa em nota.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A comissária de Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, disse que o bloco está relutante em mudar o acordo nuclear do Irã, mesmo com a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de se afastar do pacto. Nesta segunda-feira (19), Moghetini afirmou que os europeus "atribuem importância estratégica à plena implementação do acordo por todas as partes".

Após presidir as negociações entre os ministros de Relações Exteriores dos membros da UE, Mogherini comentou que o acordo, para a UE, "é uma questão de segurança tanto para a Europa quanto para o resto do mundo". Ela disse, ainda, que o pacto, "se interrompido, criaria cautela adicional e preocupação na região".

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Mogherini afirmou a UE espera dissuadir o Irã de desenvolver mísseis ou minar a segurança regional, mas esse trabalho deve acontecer "fora do âmbito do acordo nuclear". Fonte: Associated Press.

A União Europeia (UE) frustrou a expectativa do Mercosul e não melhorou a proposta de acesso ao mercado europeu para dois importantes produtos sul-americanos: carne e etanol. A decisão deve adiar a prometida assinatura do pré-acordo para a criação da área de livre comércio entre os dois blocos. O presidente Michel Temer indicou que a nova data passou a ser 21 de dezembro, quando Brasília sedia a reunião de cúpula do Mercosul.

Até a semana passada, negociadores do Mercosul estavam animados com a promessa europeia de entregar em Buenos Aires uma "proposta melhorada" para que a carne e o etanol do bloco sul-americano possam entrar com condições tributárias mais favoráveis na UE. O gesto era encarado como peça fundamental para que os dois mercados chegassem ao pré-acordo. Otimistas, diplomatas sul-americanos chegaram a prever o anúncio para a quarta-feira em encontro paralelo à reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) que acontece na Argentina.

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Na conversa realizada no início da tarde deste domingo, 10, na sede da chancelaria argentina, porém, não trouxe nenhuma cota maior para o Mercosul. Europeus pediram mais detalhes sobre o mercado local para apresentar uma nova proposta que não tem prazo para ser entregue. A ausência dos novos números foi recebida com surpresa pelos sul-americanos.

A reação mais assertiva foi a dos diplomatas argentinos, que apostavam muitas fichas para que o presidente Maurício Macri pudesse anunciar o pré-acordo. Entre os brasileiros, houve pedido para que a UE estabeleça uma data limite para entrega das novas cotas para importação da carne e etanol do Mercosul. Negociadores voltarão a se reunir em Buenos Aires até quarta-feira.

Logo após participar da sessão inaugural da OMC, o presidente Michel Temer sinalizou que a nova data considerada para assinatura do pré-acordo passou a ser 21 de dezembro. Temer disse que a nova referência "é muito provável". A data é bastante simbólica para o governo brasileiro porque será quando Brasília receberá uma reunião de cúpula do Mercosul.

Para o presidente brasileiro, que tem executado uma ampla agenda de reformas econômicas, assinar o documento em casa será uma ótima maneira de ficar para a história ao anunciar o maior acordo comercial do Mercosul aos brasileiros. "Se não concluir no dia 21, seguramente vamos concluir em seguida", disse Temer.

Questionado sobre eventual frustração com o andamento das negociações, Temer disse que as conversas "vão em ritmo normal". "O avanço até agora foi significativo", disse. Entre os diplomatas brasileiros, porém, o clima era de decepção.

O ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, usou mesmo tom, mas evitou falar em frustração. "Não sei se será possível concluir ainda (esta semana) porque há muitas questões técnicas que estão em andamento", disse. O tucano disse apenas que acredita que "será possível nessa reunião avançar muito" nas conversas entre os blocos econômicos.

Além do acesso da carne e etanol à Europa, outro tema de discórdia é o prazo para que os países do Mercosul abram seus mercados aos carros europeus. Brasil e Argentina pedem a maior transição possível e defendem 15 anos para a abertura total do mercado. Do outro lado, europeus querem o menor período para a transição para iniciar logo o embarque de carros que chegariam mais baratos aos consumidores brasileiros e argentinos.

A Comissão Europeia divulgou essa semana uma pesquisa que mostra a desigualdade salarial entre homens e mulheres no continente. O levantamento chamado de pesquisa Eurobarômetro, é feito desde 1973 e aponta que as mulheres europeias ganham, em média, 16,3% menos que os homens que ocupam os mesmos cargos.

Apesar da disparidade, 90% dos europeus disseram que é inaceitável que as mulheres tenham rendimentos menores e 64% apontaram que a divulgação dos salários masculinos é uma das maneiras de reverter o cenário. A União Europeia vai colocar em prática um plano para eliminar as desigualdades entre 2018 e 2019, que inclui o combate às diferenças salariais e a adoção de medidas que contribuam para o ingresso de mais mulheres na política dos países que compõem o bloco.

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Outro dado colocado é o fato de a mulher assumir as tarefas domésticas quase que de forma exclusiva. Entre os entrevistados, 73% acreditam que as mulheres dedicam mais tempo às atividades do lar do que os homens. As mulheres gastam 22 horas semanais com trabalho doméstico enquanto os homens passam 9 horas em atividades não-remuneradas.

Os países membros da União Europeia (UE) concordaram hoje (13) em criar uma espécie de exército colaborativo, que fortalecerá o poder militar do bloco. Apenas cinco nações, entre as 28 que fazem parte da UE, não assinaram o documento que foi apresentado aos representantes que participaram de uma reunião em Bruxelas. O intuito é diminuir a dependência bélica em relação aos Estados Unidos e fortalecer os laços de cooperação no continente.

"É importante assumirmos uma posição independente, principalmente após a eleição do presidente dos EUA (Donald Trump). Assim, se houver uma crise no nosso bairro, devemos ser capazes de agir", declarou a ministra da Defesa alemã, Ursula van der Leyen. Entre os que não assinaram o acordo estão Portugal, Irlanda e Malta, que ainda não se decidiram sobre o tratado; Reino Unido, que deixará a UE em 2019; e Dinamarca, que possui uma política de segurança diferente dos outros países.

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Além da cooperação, o acordo prevê o cumprimento de uma série de determinações para os que aderirem, como o custeio dos treinamentos e da infraestrutura logística que servirá para transportar tropas e armamento e mais 20 condições específicas previstas no documento. Também está previsto o compartilhamento de tecnologia bélica e a criação de uma força-tarefa de resposta rápida, para atender casos de terrorismo.

A comissária para Relações Exteriores da União Europeia (UE), Federica Mogherini, afirmou que o bloco está trabalhando com o Congresso e o governo de Donald Trump para garantir que a nova política dos Estados Unidos em relação ao Irã não o leve a violar o acordo nuclear.

Em reuniões com funcionários da Casa Branca e congressistas em Washington, Mogherini enfatizou a importância de manter o acordo. Sob o pacto de 2015, o Irã restringiu seu programa nuclear em troca de alívio de sanções econômicas internacionais.

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Mogherini afirmou que o atual momento é "delicado" para o pacto, desde que Trump se recusou, no mês passado, a certificar a conformidade do Irã com o acordo. Ela disse que esperava que os EUA continuassem cumprindo suas obrigações, mas se recusou a comentar se a legislação em andamento no Congresso violaria o acordo. Fonte: Associated Press.

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