Tópicos | UE

A União Europeia pediu que a Bulgária suspenda a construção do gasoduto South Stream, da Rússia, enquanto investiga a forma como os contratos foram concedidos. Com capacidade para transportar 63 bilhões de metros cúbicos por ano, o gasoduto South Stream transportaria cerca de 12% do consumo anual de gás da Europa através do Mar Negro. A previsão para conclusão do projeto é até 2018. O gasoduto levaria gás russo para a Europa sem passar pela Ucrânia.

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, alertou no ano passado que a construção do gasoduto não poderia prosseguir se não cumprisse a legislação do bloco, o que inclui regras que limitam o controle dos dutos e exigem que outras empresas tenham permissão para distribuir o gás.

##RECOMENDA##

A UE escreveu para autoridades búlgaras formalmente ontem pedindo informações sobre como os contratos foram concedidos para a construção do gasoduto. O pedido é o início de um processo de infração que pode eventualmente resultar em multas ao governo da Bulgária.

Segundo Chantal Hughes, porta-voz do comissário europeu para Mercados Internos, Michel Barnier, a Comissão Europeia tem argumentos para crer que as regras de mercado interno do bloco, "em especial aquelas relacionadas à concessão de contratos públicos, estão sendo quebradas".

A resistência da UE ao gasoduto South Stream se ampliou nos últimos meses, à medida que a crise na Ucrânia se intensificou. Em março, Bruxelas congelou as negociações políticas de alto nível com a Rússia destinadas a resolver problemas relacionados à aprovação do projeto.

A UE também está analisando a situação em outros países envolvidos com o gasoduto South Stream. A Rússia assinou contratos com Bulgária, Grécia, Croácia, Eslovênia, Hungria, Áustria e Sérvia para construir o gasoduto. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Ucrânia e a Rússia chegaram mais perto de uma trégua na longa disputa sobre os preços do gás natural depois de concordarem com novas propostas para acabar com o impasse, afirmou Günther Oettinger, comissário da União Europeia para Energia. As duas partes concordaram em considerar um novo preço proposto para o gás natural e vão se reunir novamente em meados da próxima semana para tratar do tema.

Agora está nas mãos da estatal russa Gazprom e da estatal ucraniana Naftogaz a análise das propostas. Se as companhias chegarem a um entendimento, será o fim de uma disputa que se aprofundou depois da deposição de Viktor Yanukovich da presidência da Ucrânia, em fevereiro. Yanukovich era um aliado da Rússia.

##RECOMENDA##

A Gazprom acabou com descontos em 1º de abril e aumentou o preço do gás para US$ 485,50 por mil metros cúbicos, de US$ 268,50. Para a Ucrânia o novo preço é "político".

A estatal russa ameaçou usar um sistema de pré-pagamento para futuras entregas de gás se o governo ucraniano não pagar as dívidas com a empresa, de cerca de US$ 3,5 bilhões. A companhia também ameaçou interromper o fluxo de gás para a Ucrânia, que é a principal rota do gás importado pela União Europeia. Fonte: Dow Jones Newswires.

Quem quiser que a ferramenta de buscas do Google não mostre resultados “inadequados, irrelevantes ou excessivos” sobre sua pessoa, já pode preencher um formulário, solicitar a retirada destes dados e ficar a espera de uma decisão da gigante de Mountain View. O protocolo foi lançado nesta sexta-feira (30), após o Tribunal Europeu de Justiça decidir no início deste mês que as pessoas têm o “direito de serem esquecidas”.

Segundo a empresa, a criação deste formulário é apenas um esforço inicial. “Pretendemos trabalhar em conjunto com as autoridades de proteção de dados e outras ao longo dos próximos meses à medida que aperfeiçoamos a nossa abordagem”, afirmou a Google. Ao receber os formulários, a empresa avalia cada pedido individualmente e tenta equilibrar os direitos de privacidade do indivíduo com o direito do público de conhecer e distribuir informações.

##RECOMENDA##

“Ao avaliar o seu pedido, iremos analisar se os resultados incluem informações desatualizadas sobre si e se existe um interesse público na informação, por exemplo, informações acerca de fraudes financeiras, negligência profissional, condenações penais ou conduta pública dos funcionários do governo”, complementa. Os solicitantes devem incluir no formulário seus dados pessoais, além dos links que ele deseja que sejam removidos dos resultados das buscas.

No início deste mês, a BBC apurou que muitos dos pedidos feitos ao Google de pessoas do Reino Unido envolviam criminosos condenados e que cumpriram penas. Um deles, por exemplo, era um homem condenado por posse de imagens de abuso infantil que queria que links para páginas sobre sua condenação fossem apagados.

A compra do serviço de mensagens WhatsApp pelo Facebook enfrenta uma possível análise sobre concorrência na Europa. O acordo fechado no começo do ano foi avaliado em US$ 19 bilhões e aumentou as preocupações entre as empresas de telecomunicação da Europa.

O Facebook entrou em contato com a Comissão Europeia, a autoridade antitruste central da União Europeia, para pedir que analise o acordo, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. A Comissão informou as autoridades nacionais da concorrência sobre o pedido, disse uma das fontes.

##RECOMENDA##

A medida, que pode levar a uma investigação oficial na UE, pode permitir que o Facebook evite investigações antitruste potencialmente onerosas em vários países do bloco europeu.

"O Facebook pode preferir ir para a comissão em vez de ir a várias autoridades reguladoras nacionais, sendo que cada uma pedirá para obter informações", disse Thomas Graf, um advogado de defesa da concorrência no Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, em Bruxelas. Fonte: Dow Jones Newswires.

O avanço de grupos de extrema direita no Parlamento Europeu e a indefinição política na UE ameaçam suspender as negociações com o Mercosul e outros parceiros comerciais. No domingo, 25, as eleições europeias foram concluídas com um verdadeiro terremoto diante da vitória de grupos que defendem abertamente o fim da UE e a saída de seus países do bloco.

Fontes em Bruxelas confirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que o mal-estar criado vai agora afetar a negociação para escolha de um novo presidente da Comissão Europeia, que assumiria em outubro no lugar de José Manuel Barroso. Mas, desde ontem, lideranças políticas já deixaram claro que dificilmente o atual Parlamento e a comissão poderiam tomar decisões sobre a abertura comercial da UE.

##RECOMENDA##

Oficialmente, a UE diz que continua com o projeto de aproximação com o Mercosul e espera ainda em junho realizar a troca de ofertas de setores que seriam liberalizados. Mas, nos bastidores, muitos acreditam que não haverá condição política.

Na França, o grupo que venceu a eleição já deixou claro que quer congelar todas as iniciativas comerciais da UE. A Frente Nacional de Marine Le Pen indicou que vai buscar o apoio de outros grupos de extrema direita para bloquear, por exemplo, a negociação de um acordo de livre-comércio com os EUA. "Todo o projeto precisa ser adiado", defendeu a líder do movimento xenófobo que teve 25% dos votos no domingo.

Marine quer a volta de barreiras para a indústria e o setor agrário. Juntos, grupos populistas e eurocéticos poderiam ter até 140 parlamentares. No Reino Unido, o vencedor das eleições defende a saída do bloco.

Na segunda-feira, 26, o ministro da Economia francês, Arnaud Montebourg, também sugeriu que "todas as iniciativas comerciais da UE" sejam adiadas até a posse do novo Parlamento e do novo presidente da Comissão Europeia, em outubro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Partido Democrático da Itália, de centro-esquerda e liderado pelo jovem primeiro-ministro Matteo Renzi, parece ter vencido as eleições no país para o Parlamento Europeu. Segundo pesquisas de boca de urna, a vantagem é de até 33% dos votos.

Se o resultado se confirmar, a votação será um grande sucesso para Renzi, que enfrentou seu primeiro teste eleitoral depois de ter chegado ao poder em fevereiro. Renzi, que aos 39 anos é o premiê mais jovem da história da Itália, tenta implementar reformas econômicas para tirar o país de sua maior recessão em décadas, enquanto combate o salto no desemprego entre jovens.

##RECOMENDA##

Ainda segundo as pesquisas de boca de urna, o Movimento Cinco Estrelas, liderado pelo ex-comediante Beppe Grillo, obteve cerca de 26,5% dos votos, mais do que os 25,5% obtidos nas eleições gerais do país.

O sucesso eleitoral de Renzi é visto por analistas como um impulso para a sua ambiciosa agenda de reformas e reduziria a probabilidade de uma eleição antecipada antes do fim do seu mandato, em 2018. Um forte resultado de Grillo, por outro lado, desafia os planos de Renzi, na medida em que ele representa a desilusão com os principais partidos italianos e o crescente descontentamento com as políticas de austeridade impostas pela UE. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os conservadores de centro-direita do partido da chanceler alemã Angela Merkel se consagraram como o partido mais forte das eleições para o Parlamento Europeu, conquistando 36% dos votos na Alemanha, de acordo com pesquisas de boca de urna. O partido euro-céptico Alternativa para Alemanha aparece com 6,5% dos votos, o que lhe daria o direito a seis assentos no Parlamento.

A projeção, anunciada no canal de TV ZDF, foi feita pela companhia de análise eleitoral Forschungsgruppe Wahlen. A pesquisa indica forte apoio para a maioria política na Alemanha nas eleições que já se transformam numa medida do sentimento antieuropeu.

##RECOMENDA##

A expectativa é que o partido de Merkel, a União Democrática Cristã, e seu partido irmão consigam 36 assentos no Parlamento, de acordo com a projeção. O partido de centro-esquerda, o Social-Democrata, devem conseguir 27 assentos, com 27,5% dos votos, enquanto dez assentos podem ir para o Partido Verde, três para o Partido Democrático Liberal e oito para o partido de extrema esquerda Die Linke. Outros partidos devem ocupar os outros seis dos 96 assentos do Parlamento Europeu dedicados a Alemanha.

Segundo a pesquisa, o comparecimento às urnas foi de 47% do eleitorado alemão ante 43,3% nas eleições de 2009. Fonte: Dow Jones Newswires.

A União Europeia traçou novos planos para reduzir sua dependência do gás natural russo e para reforçar a sua segurança energética, enquanto advertiu Moscou para não cortar o fornecimento de gás para a Ucrânia. A pressão para forjar laços mais estreitos de energia entre os 28 países do bloco e encontrar fornecedores alternativos tem se intensificado ao longo das últimas semanas, depois que as ameaças russas de desligar o fluxo de gás para a Ucrânia levantaram temores sobre uma interrupção do fornecimento para a Europa também.

A crise na Ucrânia levou a UE a traçar uma nova estratégia de segurança energética para o bloco de 28 países que será discutida pelos líderes da UE no final de junho. "Uma grande gama de fatores geopolíticos está voltando a acontecer e isso está sendo sentida especialmente na área de energia", o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse em uma conferência sobre a segurança energética, em Bruxelas, na quarta-feira, na qual ele delineou propostas para aumentar a resiliência do mercado de energia da Europa. Ele se referiu à crise Ucrânia como uma chamado para a Europa acordar.

##RECOMENDA##

No coração do plano, estabelecido em uma proposta para o documento vista pelo The Wall Street Journal, está o objetivo de reduzir a dependência do bloco da Rússia, que abastece cerca de 30% do gás da UE, o que torna país o maior fornecedor para a região.

No curto prazo, a comissão disse que os passos precisam ser tomados para mitigar uma possível "grande interrupção" das ofertas de gás natural no próximo inverno, de acordo com o documento. A comissão afirmou também que vai concentrar seus esforços nos seis países da UE que são 100% dependentes do gás russo - como a Letônia e Estônia - por meio do aumento das reservas de gás e do desenvolvimento de infraestrutura de emergência, como o armazenamento de gás extra.

No prazo mais longo, a comissão deseja aumentar as importações de gás da Noruega e Argélia e explorar acordos futuros de gás com países do Mediterrâneo, como Israel, Grécia e Chipre. A Comissão também proporá construir mais terminais de gás natural liquefeito ao longo das costas da Europa para receber mais suprimentos do Qatar e dos EUA, a partir do quais espera começar a exportar gás já em 2018, graças ao boom de xisto e gás dos EUA. A Comissão deseja ainda criar um corredor de gás do sul, que permitirá que o gás flua a partir do Mar Cáspio, em um desafio direto ao South Stream, um projeto de gasoduto russo de US$ 16 bilhões que alimentará com gás o sudeste da Europa contornando a Ucrânia. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Tribunal de Justiça da União Europeia determinou que o Google deve ouvir e algumas vezes atender pessoas que pedirem ao site para retirar links que contenham informações pessoais. A decisão apoia o direito à privacidade individual em detrimento da liberdade de informação.

Na decisão, que afeta todos os sites de buscas, incluindo Yahoo! e Bing, o tribunal afirmou que as pessoas podem pedir para que links com informações pessoais sejam removidos.

##RECOMENDA##

Não está claro como os sites de busca lidarão com as reclamações. O Google afirmou que ainda está estudando a decisão, a qual não cabe recurso.

A decisão diz que as pessoas "devem encaminhar suas reclamações ao operador do site de buscas, que então deve avaliar seus méritos". Se um acordo não for alcançado, a questão será levada a um juiz ou regulador local. Fonte: Associated Press.

A União Europeia decidiu nesta segunda-feira ampliar as sanções contra empresas e indivíduos que supostamente foram responsáveis pela escalada das tensões na Ucrânia e também congelou os bens no bloco de duas empresas situadas na Crimeia e em Sebastopol.

Os ministros das Relações Exteriores da UE, reunidos em Bruxelas, concordaram em alargar as medidas restritivas em resposta à situação na Ucrânia, adicionando mais 13 pessoas para lista de pessoas proibidas de viajar para o território da UE e que terão seus ativos congelados no bloco europeu, de acordo com um comunicado oficial.

##RECOMENDA##

Segundo o comunicado, o número de pessoas alvo de sanções pela UE agora chega a 61. O texto informa ainda as restrições às duas empresas na Crimeia e em Sebastopol.

A identificação das empresas e das pessoas deve ser reveladas nesta segunda-feira.

Os dirigentes europeus até agora se abstiveram de impor sanções à economia em geral da Rússia, em parte devido à resistência de alguns Estados-membros que precisam de manter as relações comercial com o país governado por Vladimir Putin, em especial por causa da dependência do gás.

O secretário de estado de Relações Europeias da França, Harlem Desir, disse que sanções adicionais da UE podem ser impostas se "ações e provocações" dificultarem as eleições presidenciais na Ucrânia, marcadas para 25 de maio. Ele também informou que as pessoas que estão na lista de restrições anunciadas hoje incluem "ucranianos separatistas e autoridades russas".

No mês passado, os EUA impuseram sanções específicas a sete indivíduos russos com laços estreitos com o presidente Vladimir Putin e também impôs restrições contra 17 grandes empresas russas, inclusive contra a Rosneft, a maior produtora de petróleo do país. Fonte: Associated Press e Market News International.

Duas novas rodadas de conversas sobre segurança energética entre União Europeia (UE), Ucrânia e Rússia serão realizadas em maio, confirmou nesta terça-feira a Comissão Europeia.

As três partes realizaram uma primeira reunião conjunta na última sexta-feira em Varsóvia, na Polônia, para discutir as dívidas de gás da Ucrânia com a Rússia - agora estimadas em mais de US$ 3,5 bilhões - e preocupações sobre a possibilidade de interrupções no fornecimento de gás para a Europa.

##RECOMENDA##

"Vamos promover essas novas reuniões para encontrar uma solução para as dívidas da Ucrânia", disse Sabine Berger, porta-voz da Comissão Europeia. Não foram revelados mais detalhes sobre datas ou locais dos encontros. Segundo ela, as três partes têm "até o final do mês para resolver o problema", acrescentando que a comissão não teme que o fornecimento de gás da Rússia para a Ucrânia possa ser interrompido nesse meio tempo.

Na sexta-feira, os ministros da Energia da Rússia, Alexander Novak, e da Ucrânia, Yury Prodan, e o chefe de energia da UE, Günther Oettinger, afirmaram que criarão medidas até o fim de maio para solucionar as dívidas de energia da Ucrânia. Mas Novak afirmou que a estatal de gás russa OAO Gazprom pediria que as entregas marcadas para junho fossem pagas de forma adiantada a menos que a Ucrânia comece a quitar parte de suas dívidas até 16 de maio. Fonte: Dow Jones Newswires.

A União Europeia concordou nesta segunda-feira em impor sanções contra outros 15 indivíduos russos e ucranianos por seu papel na crise da Ucrânia, disseram fontes diplomáticas.

Essas 15 pessoas estarão sujeitas às mesmas medidas de proibição de emissão de vistos e congelamento de ativos que já foram impostas a outros 50 indivíduos. Embora Moscou não tenha mostrado sinais de mudança de curso na Ucrânia, membros da UE seguem relutantes em aplicar sanções econômicas mais amplas no atual estágio, apontaram as mesmas fontes.

##RECOMENDA##

Mais cedo, o porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde-Hansen, disse que a atual situação da Ucrânia ainda não obrigou as autoridades a chegar na fase três das sanções, o que implicaria bloqueios a setores econômicos da Rússia. O porta-voz também considerou que os países europeus acreditam que o nível atual de sanções está "no nível adequado".

Segundo fontes próximas da Comissão, as novas sanções têm como alvo pessoas mais próximas do presidente russo Vladimir Putin, incluindo funcionários de empresas estatais de energia, como a Rosneft e Gazprom.

Os governos da UE devem aprovar formalmente as sanções ainda hoje, que devem ser anunciadas na manhã de terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires e Market News International.

Chanceleres de Estados Unidos e Rússia anunciaram nesta quinta-feira (17) um acordo com uma série de concessões para reduzir a tensão na Ucrânia. O pacto foi recebido com desconfiança porque, horas antes, o presidente Vladimir Putin defendeu em entrevista a uma TV o "direito" de a Rússia invadir a Ucrânia se necessário.

Além dos chanceleres americanos, John Kerry, e russo, Serguei Lavrov, estiveram na reunião representantes da União Europeia e da Ucrânia. Ficou estabelecido que os grupos pró-Rússia serão desarmados e os prédios públicos ocupados serão esvaziados. Kiev se comprometeu a anistiar todos os envolvidos e começar a redesenhar sua Constituição para dar mais autonomia às regiões do leste.

##RECOMENDA##

Diplomatas presentes à negociação ficaram com a impressão de que Moscou saiu vitorioso. O acordo, por exemplo, não pede a devolução da Crimeia nem cita o território anexado. Kerry negou publicamente que Washington tenha desistido de protestar contra a anexação.

A reportagem apurou que o entendimento só foi obtido depois que Moscou recebeu a promessa de que a Ucrânia não será automaticamente integrada à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A aliança militar anunciou recentemente o aumento de suas forças no Leste Europeu, em apoio a Kiev. "Existe uma neutralidade política e militar na Ucrânia, hoje. Se isso mudar, vai minar nossos esforços de estabelecer uma parceria e encontrar uma solução para a crise", alertou Lavrov. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quatro senadores norte-americanos visitaram a Moldávia para oferecer apoio político e financeiro, enquanto a Rússia pedia o encerramento de um bloqueio ucraniano à Transdnístria, província que se separou da Moldávia na década de 1990.

Os senadores John McCain, John Barrasso, John Hoeven e Ron Johnson visitaram a Moldávia na quinta-feira para oferecer apoio à iniciativa da ex-república soviética de entrar na União Europeia.

##RECOMENDA##

Em reunião com o primeiro-ministro moldávio Iurie Leanca, os senadores também discutiram segurança de acesso à energia e como atrair investimentos norte-americanos para o país. Fonte: Associated Press.

O vice-chanceler da Alemanha e ministro da Economia do país, Sigmar Gabriel, disse nesta terça-feira ter alertado o Kremlin de que a Alemanha e a União Europeia "não temem" impor sanções econômicas mais duras contra a Rússia se o país não tomar medidas para reduzir a tensão na Ucrânia.

O ministro exortou a Rússia a se distanciar da violência no leste ucraniano e disse que espera passos concretos russos e negociações em Genebra na quinta-feira entre ministros das Relações Exteriores de Rússia e Ucrânia, além de representantes dos Estados Unidos e da UE. "Está nas mãos da Rússia evitar uma escalada ainda maior das tensões", disse o ministro. Ele negou que o Ocidente tenha contribuído para piorar o conflito. Fonte: Dow Jones Newswires.

##RECOMENDA##

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, disse que a aliança e a União Europeia (UE) precisam aumentar a cooperação por causa da incerteza sobre o que a Rússia pode fazer na sequência.

Rasmussen foi a Luxemburgo na terça-feira para informar ministros da Defesa da UE sobre o que a Otan está fazendo para combater o que os países ocidentais chamam de campanha russa de pressão e intimidação contra a Ucrânia. O secretário-geral disse que a Otan planeja uma resposta tripla: "planos de defesa reforçados, exercícios avançados e preparação adequada de forças militares" para tranquilizar membros da Otan próximos da Rússia.

##RECOMENDA##

Perguntado se a Otan cederia bases militares a seus Estados-membros do Leste Europeu, Rasmussen disse que era muito cedo para entrar em detalhes. "Mas ninguém dúvida da nossa determinação de assegurar proteção de defesa eficaz a todos os aliados. Fonte: Associated Press.

Por trás das aparências em público e declarações mútuas de boa vontade, o processo de negociação interna do Mercosul para um acordo comercial com a União Europeia tem sérias divergências nos bastidores dos quatro sócios, apurou o jornal "O Estado de S.Paulo".

A oferta da Argentina é principal ponto de discórdia. São várias as travas impostas pelo parceiro ao acordo. Na retranca, os vizinhos insistem em 15 anos de prazo para a redução total nas tarifas dos produtos importados dos europeus. Brasil, Uruguai e Paraguai querem até 12 anos e a UE pede dez anos. Os platinos exigem, ainda, "carência" de sete anos para uma transição.

##RECOMENDA##

Os argentinos relutam em incluir no acordo tarifário uma ampla lista de "produtos sensíveis", como autopeças, químicos, eletros e bens de capital - considerado inaceitável pelos europeus. Isso limita o alcance da oferta no volume total de comércio. A meta é cobrir 90% das tarifas, mas os membros do Mercosul atingiram média inferior a esse índice.

Em relato levado à Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobre mais uma etapa realizada na semana passada, em Montevidéu, os negociadores foram duros: se não houver acordo até a Copa, em junho, tudo deve ficar para 2015. As negociações serão freadas pelas férias de verão na Europa de julho, a troca de comissários na UE, em setembro, e as eleições no Brasil, em outubro e novembro. "O prazo fatal é junho", disse uma fonte da área econômica.

Ambição

A média da oferta do Mercosul, hoje, cai muito com o lado argentino. Quando cruzam-se as listas dos parceiros do bloco, o valor econômico final recua para algo mais próximo de 80% do comércio. Os vizinhos melhoraram sua oferta de 76% das tarifas, levada a Bruxelas em meados de março. À época, o Brasil chegava a 88%. Paraguai oferecia 95% e Uruguai, 93%. Sem os produtos "sensíveis" argentinos, a média recuava para menos de 85%. Em Montevidéu, a oferta preliminar melhorou. Ainda assim, está longe da meta de 90%.No governo, avalia-se que o Brasil poderia melhorar sua parte com maior abertura no setor de medicamentos. Uma nova reunião do Mercosul ocorrerá em 29 de abril, na capital uruguaia.

A reunião de Bruxelas, em março, empacou as negociações. Argentina e Brasil discordaram da oferta. Em Montevidéu, o clima melhorou. Mas longe de ser entusiasmante. O governo de Cristina Kirchner passou a querer usar o acordo para "lustrar" sua abalada imagem externa, relata um negociador. Somado à retomada das conversas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), isso ajudaria na estratégia do vizinho.

Mas, por aqui, o pano de fundo ainda são as eleições. Após visita a Bruxelas, a presidente Dilma busca acelerar a oferta à UE para neutralizar o discurso de campanha da oposição sobre a inércia nos acordos comerciais do Brasil, hoje limitados a um tratado bilateral com Israel, desde 2010, e um acerto preferencial entre Mercosul e Índia.

Pressão

 

Emissários de Dilma pressionam os argentinos a melhorar oferta e aceitar logo um acordo com UE. O assessor internacional Marco Aurélio Garcia já levou vários recados e apelos por uma oferta única do bloco. Mas os argentinos relutam a melhorar perfil, colocando menos produtos industriais como "sensíveis" e reduzindo prazos para a desgravação tarifária.

Nos bastidores, Dilma está disposta a um ultimato. A data-limite para uma acerto interno com os vizinhos seria a metade de maio. Depois disso, será difícil levar o acordo a "bom termo", avalia parte do governo.

Acordos

 

Até aqui, segundo informa o portal do Itamaraty, foram assinados acordos de livre comércio com Israel (2007), Egito (2010) e Palestina (2011), além de tratados de comércio preferencial com Índia (2004) e União Aduaneira da África Austral (SACU)(2009) e os chamados acordos-quadro com Marrocos (2004), Conselho de Cooperação do Golfo (2005), Paquistão (2006), Jordânia (2008) e Síria (2010).

Dos acordos concluídos, estão em vigor Mercosul-Índia, desde 2009, e Mercosul-Israel. O tratado bilateral com Israel vigora desde abril de 2010. Após ratificação pela Argentina, em setembro de 2011, passou a ter vigência em todo o bloco. Os acordos comerciais com SACU, Egito e Palestina estão, segundo o Itamaraty, em "diferentes etapas de incorporação aos ordenamentos jurídicos internos" dos signatários.

A Ucrânia poderá começar a importar gás da União Europeia através da Eslováquia até novembro, recebendo, a princípio, 7 bilhões de metros cúbicos por ano, afirmou hoje Carlos Pascual, enviado especial de energia do Departamento do Estado dos EUA.

Pascual, que falou durante evento em Bruxelas, disse ainda que o fluxo de gás vindo da Eslováquia poderá eventualmente chegar a 15 bilhões de metros cúbicos por ano. Atualmente, o consumo anual de gás na Ucrânia está em cerca de 50 bilhões de metros cúbicos.

##RECOMENDA##

"Isso é algo que, com a vontade política certa," pode acontecer até novembro, disse Pascual.

Nos últimos dias, Pascual discutiu o assunto com o ministro de Energia interino da Ucrânia durante visita ao país do leste europeu.

No ano passado, a UE tentou intermediar um acordo entre autoridades eslovacas e ucranianas para permitir que o gás importado da Rússia fosse exportado do bloco para a Ucrânia por meio de um gasoduto na Eslováquia. A iniciativa fazia parte de esforços para aprofundar os laços entre a UE e a Ucrânia e reduzir a dependência de Kiev em relação ao gás russo.

A estatal ucraniana Ukrtransgas e a empresa eslovava Eustream, no entanto, acabaram não assinando o acordo na época em que Viktor Yanukovich ainda era presidente da Ucrânia. Yanukovich foi deposto no mês passado, após ser pressionado a deixar o cargo por um forte movimento pró-Europa em Kiev. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo brasileiro está finalizando, em parceria com o governo dos demais países que compõem o Mercosul, uma proposta de acordo comercial com a União Europeia. A proposta será apresentada em uma reunião técnica entre integrantes de países de ambos os blocos na sexta-feira, 21, em Bruxelas, segundo informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges.

"Temos uma proposta pronta. Estamos finalizando os últimos detalhes de uma iniciativa comum do Mercosul", disse o ministro, em conversa com jornalistas após cerimônia de abertura da feira de materiais de construção Feicon no Centro de Exposições do Anhembi na zona Norte de São Paulo. "É uma proposta bastante agressiva no sentido de amplitude comercial. Vai representar um porcentual bastante significativo do comércio entre Brasil e União Europeia", afirmou.

##RECOMENDA##

Questionado, Borges mencionou que não poderia antecipar os termos do acordo, que serão apresentados conjuntamente pelos integrantes do Mercosul. "O Brasil é líder econômico do bloco, então nossa parte será equivalente ao tamanho da nossa economia. Estou muito otimista que estamos caminhando para a integração comercial com a União Europeia", completou.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) concordaram em proibir viagens para o bloco e congelar ativos como sanções a 21 pessoas ligadas à pressão pela secessão da Crimeia da Ucrânia e possível anexação da região à Rússia.

As sanções ocorrem horas depois de o Parlamento da Crimeia declarar a região um Estado independente. No domingo, 96,77% dos eleitores que participaram do referendo decidiram que a península deve se separar da Ucrânia e passar a fazer parte do território russo.

##RECOMENDA##

Os ministros, que estão reunidos em Bruxelas, não divulgaram imediatamente os nomes e nacionalidades das pessoas que serão alvo de sanções.

No entanto, segundo fontes ouvidas pela Dow Jones, das 21 pessoas que sofrerão sanções, 13 são militares e políticos russos e 8 são crimenianos. Fonte: Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando