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A Argentina e o Brasil harmonizam propostas para apresentar uma oferta comum nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE), com vistas a criar uma área de livre-comércio, segundo afirmou nesta sexta-feira (14) o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio brasileiro, Mauro Borges. "A boa notícia é que estamos caminhando para uma oferta conjunta do Mercosul, o que vai fortalecer a posição do bloco", disse, após reunião mantida com os ministros argentinos de Economia, Axel Kicillof, e de Indústria, Debora Giorgi, e o chefe de Gabinete de Ministros, Jorge Capitanich, em Buenos Aires.

Em entrevista, Borges confirmou que apresentou ao governo da presidente Cristina Kirchner alternativas de financiamento para as importações argentinas de produtos brasileiros para reforçar o comércio bilateral, o qual atingiu US$ 30 bilhões. "Em qualquer parâmetro de comércio internacional, um volume de comércio de US$ 30 bilhões é muito alto e deve ser preservado e desenvolvido" disse ele. Nesse cenário, completou que o esforço entre os dois governos é de buscar formas de linhas de financiamento que viabilize o fortalecimento desse comércio. "O mecanismo alternativo de financiamento favorece a mitigação das barreiras, sem nenhuma dúvida", ilustrou.

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O ministro negou-se a oferecer detalhes sobre as propostas em discussão, alegando que há várias alternativas sobre a mesa. "Não temos uma bala de prata para resolver todos os problemas de financiamento do comércio bilateral", disse. O importante, segundo ele, é que existe a possibilidade de ampliar o comércio. Borges afirmou que o uso de moedas locais para o comércio bilateral, sem dólar em espécie, não foi tratado diretamente na reunião. Porém, segundo fontes oficiais, o ministro teve uma reunião à parte com o presidente do Banco Central, Juan Carlos Fábrega.

Borges disse ainda que o setor automotivo não estava na pauta da reunião, mas informou que os dois governos vão retomar o cronograma de negociações sobre um novo acordo comum, que vence em 30 de junho próximo. Também participaram da reunião o assessor especial do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia, e o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Daniel Godinho.

O comissário de Comércio da União Europeia, Karel De Gucht, propôs nesta terça-feira um corte temporário das tarifas para as exportações da Ucrânia para o bloco de 28 países como parte de um conjunto de medidas para ajudar o país, afetado pelas tensões políticas. "A União Europeia abre suas portas para as exportações da Ucrânia, dando um impulso real para as empresas ucranianas", afirmou De Gucht, acrescentando que as medidas entrarão em vigor "dentro de semanas".

O valor anual dessas medidas de apoio será de quase 500 milhões de euros (US$ 694 milhões) em reduções tarifárias, dos quais quase 400 milhões de euros será direcionados para o setor agrícola. A abertura comercial unilateral exige que a Ucrânia coopere totalmente com a UE em sua implementação e garanta que não mudará de qualquer maneira suas tarifas para a UE durante esse período.

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Além disso, controles de salvaguardas serão implementados a fim de evitar surtos de distorção do mercado, afetando negativamente as empresas e indústrias europeias, incluindo o setor agrícola. As salvaguardas também incluem medidas para garantir que os produtos sejam realmente da Ucrânia. "Se os produtos russos vieram através da Crimeia para a Europa, eles serão excluídos, mas os produtos da Crimeia serão beneficiados com os cortes nas tarifas", disse De Gucht. Os benefícios serão concedidos até 1º de novembro de 2014, quando um acordo de livre comércio entre a UE e a Ucrânia deve entrar em vigor, acrescentou o comissário. Fonte: Dow Jones Newswires.

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, disse neste domingo que "não há garantia" de que as negociações sobre o programa nuclear entre Irã e as potências mundiais resultarão em um acordo final. Nos termos do acordo interino anunciado em novembro, Teerã se comprometeu a limitar as operações de enriquecimento de urânio em troca da redução das sanções impostas pelo Ocidente.

"Acho que esse acordo interino é realmente importante, mas não tão importante quanto um acordo mais abrangente em que estamos trabalhando. É difícil, desafiador, não há garantia de que teremos êxito", afirmou a repórteres em Teerã, onde se reuniu com as autoridades iranianas, incluindo o ministro de Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif.

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As negociações para um pacto final estão em andamento. A chefe da diplomacia europeia lidera um grupo de seis nações - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha, nas conversas com o Irã.

Zarif disse que Teerã só aceitará um acordo que respeite os seus "direitos", em uma referência ao enriquecimento de urânio em seu território, e reiterou que o país não busca armas nucleares. "O Irã só aceitará uma solução que seja respeitosa, que respeite os direitos do povo iraniano", afirmou o ministro. "Ao mesmo tempo, é do nosso interesse certificar que não haja ambiguidades quanto às intenções do Irã, porque não pretendemos buscar armas nucleares."

Catherine Ashton e Zarif disseram que também discutiram o combate ao terrorismo, tráfico de drogas e os conflitos no Afeganistão e na Síria. O Irã é um importante aliado do presidente sírio, Bashar Assad. Fonte: Associated Press.

A chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, iniciou em Teerã, capital iraniana, neste sábado (8), uma viagem de dois dias ao Irã com o objetivo de ampliar os laços entre o país e o bloco. A visita da baronesa Ashton, que preside o grupo de seis potências que negocia com o Irã a redução das suas atividades nucleares, é uma das mais importantes feitas a Teerã por um oficial ocidental nos últimos anos. A expectativa é de que as negociações sobre o programa nuclear, que continuarão no dia 18 de março em Viena, não sejam o foco principal desta viagem.

No sábado à noite, Ashton se reuniu por algumas horas com seis mulheres ativistas, incluindo Narges Mohammadi, vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, que cumpre a mais recente de várias penas de prisão por seu trabalho. No domingo, ela se encontrará com o presidente iraniano, Hasan Rouhani, o chanceler do país, Javad Zarif, e outras autoridades iranianas. "Eu acho que é importante... avaliar por mim mesma o nível de 'desejo do Irã por envolvimento' e ser capaz de abordar algumas das questões que, em todas as partes da União Europeia, mais nos preocupam", disse ela a repórteres, após a reunião.

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Entre as questões que Ashton deve abordar no domingo estão o conflito na Síria, o papel mais amplo do Irã na região e os direitos humanos. Autoridades da UE minimizaram alegações de que as conversas deste fim de semana podem levar a UE a abrir uma embaixada em Teerã. A maioria dos Estados-membros tem embaixadas ou consulados no país. Fonte: Dow Jones Newswires.

A chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, chegou no Irã, marcando sua primeira visita a República Islâmica, em meio a negociações sobre o programa nuclear de Teerã. A agência de notícias oficial IRNA disse que Catherine Ashton chegou a Teerã no sábado à noite (horário local) para conversar com os líderes iranianos, incluindo o presidente Hassan Rouhani.

Ashton lidera o grupo de seis nações (EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) em conversações com o Irã sobre o programa nuclear de Teerã. A mídia iraniana alega que a visita sinaliza a normalização das relações do Irã com a Europa após oito anos de tensão sob a administração do antecessor de Rouhani, o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad.

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O Irã fechou um acordo inicial com as potências mundiais em 24 de novembro para conter seu programa nuclear em troca de um abrandamento das sanções. As negociações para um acordo final estão em andamento. Fonte: Associated Press.

O governo de Cuba aceitou nesta quinta-feira (6) o convite feito pela União Europeia (UE) para negociar o aprofundamento das relações entre o país comunista e o bloco. Diplomatas cubanos e europeus trabalharão agora nos detalhes e nas datas das negociações, anunciou em Havana o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez.

O chanceler cubano antecipou que seu país está disposto a discutir qualquer assunto que seja colocado em pauta. No mês passado, autoridades europeias decidiram buscar uma cooperação mais profunda entre Havana e Bruxelas, mas disseram que exigiriam em troca progressos em relação liberdades civis e respeito aos direitos humanos. Fonte: Associated Press.

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A Comissária para Assuntos Externos da União Europeia, Catherine Ashton, visitará o Irã no sábado, de acordo com informações da agência de notícias iraniana IRNA.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, acrescentou que a comissária deve se encontrar com o presidente Hassan Rouhani e o ministro de relações exteriores, Mohammad Javad Zarif. "Ashton chegará em Teerã no sábado a noite", disse Abbas Araqchi. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A Comissão Europeia deve aprovar amanhã um pacote de ajuda para a Ucrânia, um dia antes da visita do primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, a Bruxelas. "Esperamos que os comissários aprovem amanhã o pacote", disse a porta-voz da instituição, Pia Ahrenkilde, sem fornecer mais detalhes.

O braço executivo da União Europeia já separou 610 milhões de euros para ajudar a Ucrânia a lidar com dificuldades financeiras. O montante pode subir para 1 bilhão de euros caso o novo governo do país adote políticas econômicas confiáveis. A ajuda deve ser condicionada a um acordo de empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), algo que a Ucrânia deve levar semanas ou meses para negociar, a menos que o fundo conceda um empréstimo-ponte a Kiev.

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Ontem, o FMI disse que uma equipe visitará a Ucrânia entre 4 e 14 de março para avaliar a economia e iniciar as negociações para um resgate financeiro.

Chefes de Estado da UE se reúnem em Bruxelas na quinta-feira para discutir a crise na Ucrânia e, segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, o primeiro-ministro ucraniano deve participar do encontro. Fonte: Dow Jones Newswires.

A comissária de Relações Exteriores da União Europeia (UE), Catherine Ashton, irá, nesta segunda (24), a Kiev para conversar com os principais atores políticos envolvidos nas mudanças que ocorrem no país depois de o Parlamento ucraniano ter derrubado o presidente Viktor Yanukovich.

Catherine Ashton pretende discutir o "apoio da UE a uma solução duradoura para a crise política, além de medidas que estabilizem a situação econômica", informou a assessoria de imprensa da comissária por meio de nota.

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Não foram divulgados detalhes sobre quais "principais atores políticos" Catherine Ashton conversará durante os dois dias que permanecerá em Kiev, mas a intenção declarada na nota é promover um "processo de inclusão". Fonte: Associated Press.

O órgão antimonopólio da União Europeia (UE) aceitou as concessões de longo prazo oferecidas pelo Google para silenciar as acusações de que abusa de sua posição como líder de pesquisa na internet.

O Google será obrigado a modificar significativamente a maneira como apresenta alguns resultados de busca. Com o acordo, a companhia evitará se submeter a um procedimento antimonopólio que poderia acarretar em multas de US$ 5 milhões, o equivalente a 10% dos ganhos da companhia em um ano.

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O Comissário de Competitividade da UE, Joaquín Almunia, afirmou nessa quarta-feira (5) que está convencido de que as propostas apresentadas pela companhia são suficientes.

A proposta do Google será enviada aos 18 responsáveis por denúncias contra a companhia para que possam avaliá-la e nos próximos meses a Comissão dará o seu veredicto sobre o caso. Inicialmente, a reação de quem fez as denúncias e dos grupos de defesa ao consumidor foi negativa, mas Almunia afirmou que acredita que o acordo com a empresa norte-americana será aceito.

Em sua proposta mais recente, o Google se compromete a apresentar o resultado de três competidores diretos de forma similar. Além disso, o Google deverá sinalizar quando está mostrando os resultados das empresas que promove.

Por exemplo, após a busca para comprar um forno, seriam apresentados dois painéis do mesmo tamanho. Um deles, apresentariam "os resultados de compras de Google", enquanto o outro mostrariam outras opções sendo classificadas como "alternativas."

Atualmente, apenas os resultados de Google são apresentados com destaque. As mudanças também serão feitas em buscas realizadas em dispositivos móveis. As concessões terão que ser cumpridas pelo Google por cinco anos nos 28 países da UE. Fonte: Associated Press.

Após críticas políticas e questionamentos de outros países nos últimos anos por medidas consideradas protecionistas, os ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, pretendem entregar formalmente a proposta brasileira para um acordo de livre-comércio com a União Europeia ainda em fevereiro, no dia 24. A deterioração da balança comercial, que apresentou no mês passado o pior déficit da história, elevou a urgência para o governo.

Nos bastidores, os dois ministros tentam convencer a presidente Dilma Rousseff a participar da cerimônia, como parte do esforço recente de melhorar a imagem da economia nacional perante investidores. Dilma terá compromisso em Roma, Itália, no dia 22 de fevereiro, por causa da posse do novo cardeal brasileiro, dom Orani Tempesta, no Vaticano.

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A ideia é aproveitar a visita à Europa para construir um discurso de abertura comercial. Economistas ligados ao PSDB, como Edmar Bacha, têm apontado o "protecionismo" da economia brasileira como um dos principais pontos por trás do baixo ritmo de crescimento, da desindustrialização e da inflação elevada. Além de elevar tarifas de importação de produtos beneficiados no Brasil com cortes de impostos, o governo sobretaxa em 30 pontos porcentuais de IPI os automóveis produzidos em outros países.

Dificuldades

O esforço pelo acordo com a União Europeia, no entanto, pode não dar resultados concretos. Nos últimos meses, os europeus vêm tentando desembarcar da negociação com o Mercosul, diante da pouca ambição dos brasileiros e dificuldades com a Argentina e Venezuela. Para o Palácio do Planalto, um avanço no acordo, cujas negociações vêm desde o governo Fernando Henrique Cardoso, poderia minar as críticas ao protecionismo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A União Europeia e os EUA estão trabalhando em um plano de assistência de curto prazo à Ucrânia, disse hoje a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton.

Segundo ela, a ajuda não dependerá de um acordo de maior prazo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ofertas anteriores de ajuda europeia estavam condicionadas a um acordo do governo ucraniano com o FMI.

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Ashton, que viajará para Kiev novamente nas próximas 48 horas, disse que o objetivo do programa de apoio será ajudar a Ucrânia a passar por um período de transição no qual um governo interino possa fazer reformas econômicas e políticas e preparar o terreno para eleições presidenciais.

Após semanas de protestos e a decisão do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, de aceitar a renúncia do seu governo, a oposição pressiona pela antecipação da eleição presidencial, prevista para o ano que vem.

Em entrevista ao Wall Street Journal, Ashton se distanciou desse pedido e afirmou que os políticos ucranianos precisam escolher a data da eleição. "Me parece que o que todos querem é um período de estabilidade e eleições livres e justas. Nesse período, a economia precisa estar bem e por isso precisamos pensar em que tipo de apoio podemos dar", disse ela.

Ashton explicou que o tamanho do pacote de ajuda ainda não foi definido, mas disse que ele não será pequeno pois existe "déficit orçamentário e outras questões que precisam ser resolvidas". Segundo ela, o pacote não será só dinheiro. "Pode incluir garantias, perspectivas de investimento", afirmou.

A diplomata disse não enxergar sinais de que os manifestantes, chamados pelo governo de "extremistas", estejam prestes a parar de pressionar o governo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declarou o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia aos protestos na Ucrânia contra o presidente Viktor Yanukovich. "Nenhum lugar hoje é mais importante para a luta pela democracia, pelo futuro europeu do que a Ucrânia", afirmou Kerry a líderes políticos, diplomáticos e militares presentes na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. "Os Estados Unidos e a União Europeia devem estar com o povo da Ucrânia nessa luta", completou.

Segundo Kerry, há uma tendência preocupante em grande parte da Europa Central e Oriental. "As aspirações dos cidadãos estão mais uma vez sendo pisoteados por corruptos, por interesses oligárquicos - interessas que usam dinheiro para sufocar a oposição política e os dissidentes, para comprar políticos e meios de comunicação e para enfraquecer a independência judicial e os direitos das ONGs", declarou.

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"Eles estão lutando pelo direito de se associar a parceiros que irão ajudá-los a realizar suas aspirações, e eles decidiram que o seu futuro não tem que se prender a um só país", completou Kerry. O onda de protestos na Ucrânia teve início no final de novembro, após o presidente Yanukovych ter desistido de assinar um aguardado acordo de cooperação com a União Europeia (UE) em favor de um empréstimo de resgate concedido pela Rússia.

O alto nível de desemprego e, em particular, o desemprego a longo prazo continuam sendo as principais preocupações da Europa e a melhor maneira de lidar com isso seria impulsionar o crescimento econômico da região, por meio de medidas que incluem a redução dos níveis de dívida e o estabelecimento da união bancária, disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

"Quando o desemprego é alto, o crescimento é lento porque as pessoas consomem menos e as empresas investem e contratam menos. Isto significa que a forma mais eficaz de aumentar o número de postos de trabalho é fazer com que o crescimento suba", escreveu Lagarde em um blog lançado antes de um discurso e painel de discussão em Bruxelas.

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"De acordo com algumas estimativas, um ponto porcentual adicional de crescimento nas economias avançadas do mundo diminuiria o desemprego, levando mais de 4 milhões de pessoas de volta ao mercado de trabalho. Assim, a fim de criar postos de trabalho, temos que elevar o crescimento econômico", disse Lagarde, citando uma pesquisa do FMI.

Além disso, a diretora do FMI afirmou que "o alto nível de desemprego de longa duração é o grande motivo de preocupação: quase metade das pessoas sem emprego estão desempregados há mais de um ano."

Lagarde também apontou para o alto índice de desemprego entre os jovens. "Cerca de um quarto dos europeus com idade inferior a 25 anos que estão à procura de um emprego não conseguiu encontrar. Na Itália e em Portugal, mais de um terço dos menores de 25 anos estão desempregados, enquanto na Espanha e na Grécia, mais da metade também estão", afirmou.

A diretora do FMI reforçou a necessidade de a Europa avançar com as reformas e a importância de concluir a união bancária para garantir a estabilidade financeira. Ela também enfatizou a necessidade de reduzir os níveis de dívida. Fonte: Market News International.

O Irã desativou nesta segunda-feira as cascatas das centrífugas da usina nuclear de Natanz, usadas para enriquecer urânio a 20%, enquanto os Estados Unidos e a União Europeia (UE) suspenderam parcialmente as sanções impostas à república islâmica. Tais medidas marcam o início da implementação prática do acordo assinado no fim do ano passado entre o Irã e o grupo de seis potências formado por Alemanha, China, EUA, França, Reino Unido e Rússia para aplacar as preocupações com relação aos rumos do programa nuclear iraniano.

Com o desligamento das cascatas e a suspensão parcial das sanções, começa agora um período de seis meses durante o qual Teerã e as seis potências buscarão um acordo definitivo sobre o assunto. Enquanto transcorrerem as negociações, o programa nuclear iraniano seguirá com suas operações limitadas em troca da liberação de bilhões de dólares com os quais Teerã pretende começar a recuperar-se economicamente.

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Horas depois de a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU), ter confirmado o desligamento das centrífugas, a UE e os EUA levantaram parte de suas sanções contra o Irã.

A suspensão parcial das sanções da UE pelos próximos seis meses foi aprovada hoje durante reunião de chanceleres da UE em Bruxelas. A decisão entrará em vigor assim que for registrada em ata, o que deve acontecer ainda hoje, segundo uma fonte no bloco.

Ao término da reunião, o secretário de Exterior do Reino Unido, William Hague, qualificou "um marco importante" o acordo obtido no fim do ano passado em torno do futuro do programa nuclear iraniano.

Em Washington, a Casa Branca anunciou que os EUA vão começar a aliviar as sanções econômicas ao Irã depois de Teerã ter paralisado os trabalhos da parte mais sensível de seu programa de energia nuclear. Ao mesmo tempo, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, acrescentou por meio de nota que Washington vai continuar a defender agressivamente as sanções que permanecerão em vigor.

Segundo a emissora de televisão estatal iraniana, autoridades interromperam o enriquecimento de urânio a 20% ao desconectarem as cascatas de centrífugas de enriquecimento de urânio em Natanz.

"A produção de urânio a 20% foi interrompida com o corte das ligações que alimentam as cascatas nesta instalação", informou a emissora.

Segundo a emissora estatal iraniana, inspetores internacionais estiveram presentes no desligamento das cascatas. A informação foi confirmada pouco depois pela AIEA.

Também nesta segunda-feira, a agência oficial de notícias Irna informou que o Irã começa a converter parte de seus estoques de urânio a 20% em óxido para produzir combustível nuclear.

As medidas tem como objetivo aplacar os temores do Ocidente a respeito do programa nuclear iraniano. Graduados funcionários do governo Barack Obama calculam que, em troca, o alívio das sanções chegue a cerca de US$ 7 bilhões, dos estimados US$ 100 bilhões de ativos iranianos bloqueados em bancos estrangeiros. Teerã deve receber a primeira parcela de US$ 550 milhões, dos US$ 4,2 bilhões em ativos bloqueados no exterior, em 1º de fevereiro.

Pelo acordo histórico, o Irã concordou em interromper seu programa de enriquecimento de urânio a 20%, mas continuará a enriquecer o material a 5%. O país também concordou em converter metade de seus estoques de urânio a 20% para óxido e a diluir o restante do estoque para 5% no período de seis meses.

Além dessas medidas, pelo o acordo provisório de seis meses, o Irã tem de abrir seu programa nuclear para uma inspeções internacionais mais abrangentes e fornecer mais detalhes sobre suas atividades e instalações nucleares.

Em troca, o país não será alvo de novas sanções e verá o alívio das já existentes. Medidas contra produtos petroquímicos, ouro e outros metais preciosos, conta a indústria automobilística, peças para aviões de passageiros e serviços serão levantadas imediatamente. O acordo de Genebra permite que o Irã continue a exportar petróleo bruto no nível atual, que é de cerca de 1 milhão de barris por dia.

O início prático da implementação do acordo, porém, não agradou a todos. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alegou que o acordo internacional para interromper o programa nuclear iraniano não vai impedir Teerã de buscar a capacidade para o uso militar da energia atômica.

"O acordo interino, que passou a valer hoje, não impede o Irã de realizar sua intenção de desenvolver armas nucleares", afirmou Netanyahu, em sessão especial do Parlamento. "Este objetivo ainda está diante de nós."

O Irã nega que busque desenvolver armas nucleares e assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica e pesquisa de isótopos medicinais. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A União Europeia (UE) levantou parte de suas sanções contra o Irã horas depois de a república islâmica ter anunciado a suspensão temporária dos trabalhos mais sensíveis de seu programa de enriquecimento de urânio.

A suspensão parcial das sanções pelos próximos seis meses foi aprovada hoje durante uma reunião de chanceleres da UE em Bruxelas. A decisão entrará em vigor assim que for registrada em ata, o que deve acontecer ainda hoje, segundo uma fonte no bloco

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Ao término da reunião, o secretário de Exterior do Reino Unido, William Hague, qualificou "um marco importante" o acordo obtido no fim do ano passado em torno do futuro do programa nuclear iraniano.

Mais cedo, o Irã interrompeu seus trabalhos de enriquecimento de urânio mais sensíveis como parte de um importante acordo fechado com as principais potências internacionais, aliviando os temores sobre o programa nuclear do país e abrindo caminho para o levantamento parcial de sanções, anunciaram a Organização das Nações Unidas (ONU) e o governo iraniano.

Segundo a emissora de televisão estatal iraniana, autoridades interromperam o enriquecimento de urânio a 20% ao desconectarem as cascatas de centrífugas de enriquecimento de urânio em Natanz.

"A produção de urânio a 20% foi interrompida com o corte das ligações que alimentam as cascatas nesta instalação", informou a emissora.

Relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU, confirmou que as centrífugas foram desconectadas. Fonte: Associated Press.

Ministros de Finanças da União Europeia (UE) concordaram nesta segunda-feira em enviar tropas para a República Centro-Africana, numa rara missão militar conjunta que tem como objetivo estabilizar o país após violentos confrontos, informaram fontes diplomáticas do bloco.

Os cerca de 500 militares vão se unir aos 1.600 soldados franceses e aos cerca de 4 mil integrantes de forças africanas que estão no país sob um mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmaram as fontes.

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A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu um esforço maior para evitar que o país caia num conflito sectário. Mais de 1.000 pessoas foram mortas desde o início da violência, um mês atrás, e cerca de 1 milhão deixaram suas casas.

Novo presidente

A República Centro Africana iniciou nesta segunda-feira o processo de escolha de um novo presidente interino, que vai enfrentar a difícil tarefa de conter o caos e o derramamento de sangue no país.

O Conselho Nacional de Transição deu início a uma reunião para selecionar um líder interino entre oito candidatos, dentre os quais está o prefeito da capital, Bangui, e os filhos de dois ex-presidentes.

Algumas pessoas protestaram contra o critério usado para se chegar a esses oito nomes. Para serem aceitos, os candidatos não podem ter participado de milícias ou rebeliões armadas nos últimos 20 anos. Num país marcado por golpes e rebeliões, a regra excluiu uma série de candidatos.

Muitos esperam que a mudança na liderança do país ajude a abrir o caminho para a paz. Centenas de pessoas foram mortas desde que Michel Djotodia deixou o poder há dez dias. Ele havia tomado o poder após um golpe, em março do ano passado, que derrubou o presidente Françoise Bozizé.

Djotodia faz parte de uma coalizão rebelde de maioria muçulmana, chamada Seleka, que depois de chegar ao poder promoveu uma onda de assassinatos e saques que levou a ações retaliatória por parte de uma milícia cristã, conhecida como antibalaka, o que deu origem aos mais recentes confrontos no país. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O comissário da União Europeia para Assuntos Tributários, Algirdas Semeta, afirmou que é possível que o bloco consiga implementar o plano de introduzir um imposto sobre operações financeiras em onze países até o próximo verão (no hemisfério norte), mas disse que lacunas devem ser evitadas, informou neste sábado o jornal austríaco Der Standard.

"Minha maior preocupação é que a necessidade de um compromisso entre onze países possa levar a falhas", disse o comissários à publicação. "O pior cenário seria se os Estados-membros chegassem a um acordo sobre um novo imposto, mas que fosse criado com muitas lacunas que dificultem transações financeiras no exterior."

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Onze países europeus, incluindo a Alemanha, a França e a Áustria, têm a intenção de introduzir um imposto deste tipo e usar os recursos arrecadados para financiar os custos decorrentes da crise financeira internacional.

Inicialmente, a expectativa era impor um imposto abrangente sobre ações, bônus e derivativos, mas os países estão discutindo a possibilidade de isentar alguns produtos financeiros, como títulos da dívida pública ou fundos de pensão. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, disse hoje que transformar a Europa em um caso de sucesso econômico é necessário para convencer o público dos méritos da União Europeia (UE).

Em discurso feito em Londres, Osborne pediu a rápida conclusão do acordo de livre comércio entre a UE e os Estados Unidos e disse que, se todos os países-membros da região não conseguirem chegar a um pacto para regular serviços financeiros, ele apoiará que um grupo menor de nações busque um entendimento.

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Osborne afirmou ainda que "muito pouco" foi feito para se chegar a um mercado único de serviços na Europa desde o relatório divulgado há quatro anos pelo ex-comissário europeu Mario Monti sobre os benefícios econômicos de um eventual acordo.

"Precisamos parar de falar em concluir o mercado único de serviços, energia e digital e levá-lo adiante", defendeu Osborne. Fonte: Market News International.

A Grécia assume hoje a presidência da União Europeia na esperança de mostrar ao bloco e ao mundo de que superou seu pior momento e é parte do grupo de nações europeias "responsáveis". Poucos meses depois de quase levar o euro ao colapso por conta de uma dívida considerada como impagável, a Grécia promete uma operação "espartana" e que gastará "apenas" 50 milhões para assumir o posto de prestígio.

Mas a presidência é motivo de polêmicas. Atenas é vista com desconfiança pelos parceiros da União Europeia, enquanto analistas e agências chegam a alertar que ela não tem condições de assumir a presidência do bloco, que quase levou ao caos, e deveria se focar em seus problemas domésticos. Internamente, a população e partidos de oposição questionam a utilidade de gastar 50 milhões em uma promoção do país.

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Os gregos terão a inusitada tarefa de presidir a União Europeia pelos próximos seis meses enquanto negociam, ao mesmo tempo, uma redução e até um perdão de sua dívida com Bruxelas. Para muitos, trata-se de uma incompatibilidade.

Pelas regras da UE, países se alternam na presidência do bloco e, durante o mandato, o governo que recebe a incumbência tem a responsabilidade de organizar centenas de reuniões e, de alguma forma, ditar as prioridades do bloco.

Em Atenas, a classe política quer mostrar que o país voltou aos trilhos e que tem condições de ser considerado como um parceiro sério. Nos próximos seis meses, presidentes, primeiros-ministros e ministros de toda a Europa farão viagens quase semanais para Atenas. No total, serão 14 reuniões ministeriais e 120 encontros em um semestre.

Mas tanto na Grécia quanto fora do país há quem defenda que Atenas abrisse mão da presidência, justamente para poder se focar nos problemas domésticos e no sexto ano de recessão.

O país enfrenta uma taxa recorde de desemprego e a pobreza aumenta a um ritmo inédito em 70 anos. "Não podemos assumir essa presidência", disse na semana passada Yannis Boutaris, prefeito de Thessaloniki, a segunda maior cidade grega.

Outros alertam que, na prática, a presidência será apenas um "teatro", já que é Bruxelas quem tem ditado a agenda e vem deixando claro para Atenas que não permitirá que os gregos presidam de fato a UE. Sem soberania econômica há dois anos, quando passou a ser "governada" pela UE, críticos alertam que a Grécia sequer tem hoje condições de assumir plenamente a função que lhe cabe no bloco.

Para a oposição grega, a humilhação tem um preço: 50 milhões. Trata-se do valor que Atenas vai gastar para acolher chefes de Estado, ministros e as dezenas de reuniões. "Esse é o menor valor gasto por um governo com uma presidência nos últimos seis anos", justificou o vice-ministro de Relações Exteriores, Dimitris Kourkoulas. Segundo ele, ministros e comissários da UE que visitem a Grécia pagarão a hospedagem de seus próprios bolsos.

Mas a presidência não conseguiu evitar escândalos. Em outubro, um funcionário do governo foi afastado depois de gastar 147 mil em gravatas com o símbolo da presidência grega.

Mesmo assim, o primeiro-ministro Antonis Samaras garante que a presidência será uma "oportunidade" para a Grécia. A agenda estabelecida por ele é ambiciosa: quer tratar de imigração, políticas contra a recessão, desemprego e a união bancária. "Será uma presidência da esperança", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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