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Enquanto o mundo diz adeus a Elizabeth II, Charles assume o trono diante de um cenário desafiador, se tornando a peça central de um complicado quebra-cabeça para manter a unidade do Reino Unido e preservar a monarquia. Mas não tem sido fácil ser rei.

Em apenas dez dias como líder da família real britânica, ele já teve de lidar com manifestações contra a monarquia e ameaças de países da comunidade britânica que desejam virar repúblicas. Charles III vem demonstrando irritação com funcionários e com as especulações sobre seu estado de saúde, após uma foto de suas mãos se tornar assunto nacional.

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Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, uma das primeiras tarefas será conter o burburinho separatista da Escócia e evitar um referendo sobre a reunificação das Irlandas. "Se a Escócia se tornar independente durante o reinado de Charles, ele continuará sendo rei. No entanto, seria um golpe no seu prestígio", disse Robert Hazell, professor da University College London.

Outro foco de atenção será a integridade da Commonwealth, associação de 56 países dos quais 14 ainda têm o monarca da Casa de Windsor como chefe de Estado. Durante seu reinado, a rainha cultivou relações pessoais amigáveis com muitos líderes da comunidade britânica, mas Charles não tem o carisma e o prestígio da mãe.

Repúblicas

"Vários países da Commonwealth indicaram que pretendem avançar para ter presidentes como chefes de Estado, incluindo a Austrália", afirmou Robert Blackburn, professor de direito constitucional no King's College London.

Seguindo o exemplo de Barbados, que se tornou república no ano passado, outros países do Caribe - como Jamaica, Antígua e Barbuda - devem seguir o mesmo caminho.

Segundo Blackburn, o novo reinado pode oferecer as condições para uma reavaliação da monarquia moderna em todo o mundo, talvez até mesmo no Reino Unido. "A conduta de Charles III será um fator determinante nisso", disse.

"O princípio fundamental da monarquia constitucional é a doutrina da responsabilidade ministerial, segundo a qual o monarca segue o conselho ministerial. Portanto, é vital que ele se abstenha de discursos ou ações que criem polêmica, devendo obedecer a orientação sobre os limites em que pode expressar suas opiniões."

Manifestações

Especialistas acreditam que a monarquia pode nunca mais funcionar tão bem quanto sob Elizabeth II. Ela governou por 70 anos, tornando-se a monarca que reinou por mais tempo na história britânica, sendo adorada e respeitada dentro e fora do Reino Unido. Ocupar esse vácuo não será fácil.

Nos últimos dias, foram registradas várias manifestações contra a monarquia, com a resposta dura da polícia e crítica de ativistas. Em Londres, Edimburgo e Oxford, alguns manifestantes foram intimidados e alguns chegaram a ser presos.

Custos

Para manter a monarquia relevante, Charles também terá de fazer ajustes não apenas no comportamento tradicional que acompanha a instituição, mas cortando gastos que pesam no bolso do contribuinte - principalmente em um momento de crise econômica.

Analistas esperam que Charles torne a monarquia uma instituição mais enxuta, cortando gastos com a redução no número de membros graúdos da realeza. Para Blackburn, a Casa de Windsor cumpre a função de ser um símbolo do Estado, uma força unificadora e um processo conveniente para legitimar várias formas de negócios do governo. "No entanto, a monarquia em uma democracia continua sendo uma anomalia."

Já Hazell acredita que a família real representa estabilidade, continuidade e tradição, mas também deve acompanhar as mudanças na sociedade. "O apoio à monarquia tem sido forte e estável há muito tempo, mesmo em períodos difíceis. E é provável que esse cenário continue assim", afirmou.

"Charles já mostrou que tem consciência da necessidade de manter a monarquia relevante, visitando Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte na primeira semana de reinado. Ele encontrará outras maneiras de manter a monarquia relevante, e terá a ajuda do príncipe William e da geração mais jovem."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram garantir férias de 60 dias a advogados da União, com o pagamento do respectivo adicional de um terço da remuneração e valores correspondentes aos períodos não gozados.

O colegiado lembrou que já havia estabelecido que procuradores federais e procuradores da Fazenda Nacional têm direito a 30 dias de férias e assim "não haveria fundamento lógico e jurídico para concluir de forma diversa" em relação aos advogados da União, vez que todos integram as carreiras da AGU.

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O julgamento tem repercussão geral, ou seja, a decisão vai valer como orientação para todos os tribunais do País. O Supremo fixou a seguinte tese: "Os Advogados da União não possuem direito a férias de 60 dias, nos termos da legislação constitucional e infraconstitucional vigentes".

O entendimento foi fixado após análise de um recurso impetrado pela Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni). A entidade questionava decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que validou lei editada em 1997, delimitando os 30 dias de férias dos advogados da União.

A associação argumentava que uma lei editada antes, em 1953, equiparou os procuradores das autarquias federais aos membros do Ministério Público, sendo que essa norma teria sido recepcionada pela Constituição Federal e garantiria aos AGUs o direito a férias anuais de 60 dias. Segundo a Anauni, a lei editada em 1997 é ordinária e assim não poderia ter revogado a norma anterior.

O julgamento do caso se deu no Plenário virtual do STF. Todos os ministros da Corte acompanharam o relator Dias Toffoli, que resgatou, por exemplo, a tese fixada pelo Supremo no sentido de que os "procuradores da Fazenda Nacional não possuem direito a férias de 60 dias, nos termos da legislação constitucional e infraconstitucional vigente".

"Como é possível observar, essa mesma compreensão se aplica, na íntegra, ao presente caso. Não sendo o direito a férias, matéria submetida à reserva de lei complementar, por não versar sobre organização e funcionamento da Advocacia-Geral da União, é válida a revogação imposta pela Lei n° 9.527/1997, de dispositivos das Leis n°s 2.123/53 e 4.069/62 e do Decreto-Lei n° 147/1967, que os equiparavam aos membros do Ministério Público da União, e assim, garantiam o direito a férias de 60 (sessenta) dias", registrou em seu voto.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, agendou para o dia nove de agosto, às 15h, uma audiência de conciliação entre a União e o Governo de Pernambuco sobre a titularidade do Arquipélago de Fernando de Noronha.

A audiência estava agendada para o dia 27 de junho, mas a União pediu o adiamento, argumentando que o encontro poderia ser infrutífero, pois ainda não havia posição formal da Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) com relação à possibilidade de acordo. 

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Ao deferir o adiamento, Lewandowski ressaltou que a adequada composição do conflito depende de voluntariedade e do esforço de todos os envolvidos. Ele levou em consideração a importância do diálogo federativo e a necessidade de assegurar todos os meios para a autocomposição. 

O relator esclareceu que a formalização de acordo e sua homologação pelo STF irão conferir "segurança jurídica à solução negociada e aos entes federados, além de contribuir para a pacificação social”.

A nova tentativa de conciliação será presencial, com participação restrita às partes. A União, o Estado de Pernambuco e os demais interessados devem indicar representantes com amplos poderes de decisão até o dia cinco de agosto.

Conflito

A Advocacia-Geral da União (AGU) sustenta que o governo de Pernambuco não estaria cumprindo o contrato firmado em 2002. Entre outros pontos, estaria havendo autorizações indevidas para edificações na faixa de praia e permissões de uso sem o aval da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), permitindo o crescimento irregular da rede hoteleira.

Também não estaria sendo cumprida a obrigação de prestação anual de contas das atividades desenvolvidas no arquipélago e os pagamentos mensais à União.

A AGU também alega que o governo estadual, por entender que, conforme o artigo 15 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), teria a propriedade do arquipélago, estaria embaraçando a atuação da SPU e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na gestão da área.

O governador Paulo Câmara (PSB) anunciou que os precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) serão pagos em Pernambuco a partir do dia 8 de agosto. Cerca de 53 mil profissionais da educação, que atuaram no estado entre 1997 e 2006, devem ser contemplados.

Em tom de comemoração, o anúncio reforçou a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que solicitou o início dos pagamentos. No total, R$ 3,8 bilhões devem ser repassados pela União com destino final aos profissionais de Pernambuco, sendo R$ 1,7 bilhão na primeira parcela.

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O governo do Estado do Rio chegou a um acordo com a União para aderir às novas regras do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o programa de socorro federal para governos estaduais e prefeituras em dificuldades financeiras. O processo de adesão do Rio estava judicializado, em ação no Supremo Tribunal Federal (STF), que mediou as divergências.

Ao longo do processo de negociação, o STF autorizou o governo fluminense a suspender o pagamento da dívida pública com a União. Por isso, o acordo acabou sendo homologado pelo próprio STF, em decisão do ministro Dias Toffoli publicada ontem.

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Em nota, o governo fluminense informou que o montante da dívida com a União considerado no Plano de Recuperação Fiscal finalmente acordado para ser homologado é de R$ 148,1 bilhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, marcou a segunda audiência para a tentativa de conciliação entre União e Pernambuco na disputa pela titularidade do arquipélago de Fernando de Noronha para o dia 27 de junho.

“Dando continuidade aos trabalhos em prol de solução consensual do conflito, ficam as partes intimadas a comparecerem presencialmente à audiência já designada para o dia 27 de junho, a ser realizada no STF”, disse Lewandowski. 

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O magistrado é o relator da ação protocolada pela Advocacia-Geral da União (AGU). O órgão diz que há um acordo celebrado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com o governador Jarbas Vasconcelos (MDB). Ele também afirma que Pernambuco vem desrespeitando um contrato de cessão de uso, assinado em 2002, e impedindo a atuação do governo federal na preservação da área. 

O ministro do STF determinou, ainda, que o governo federal e de Pernambuco têm até o dia 24 de junho para indicar os representantes habilitados, com amplos poderes de decidir em caso de acordo. A primeira tentativa de conciliação aconteceu no dia 25 de maio, realizada por videoconferência, mas a reunião acabou sem resultado definido. 

Nos próximos meses, a União pretende oferecer terrenos e prédios públicos desocupados para leilões de moradia social. Caberá às prefeituras fazer as licitações e escolher as famílias beneficiadas.  Essa é a premissa do Programa Aproxima, lançado nesta terça-feira (7) pelos Ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Economia. A iniciativa comporá um dos ramos do Programa Casa Verde Amarela. 

Durante o lançamento, foi divulgada uma portaria de chamamento aos municípios e ao Distrito Federal para indicarem terrenos federais a serem usados no programa. Além da habitação social, o programa permitirá que sejam executados, no mesmo terreno ou prédio, projetos comerciais que, segundo o governo federal, pretendem fomentar a área ocupada. 

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Dessa forma, um empreendimento de habitação comercial poderá ter um shopping no térreo, estacionamentos em parte do terreno e estabelecimentos de prestação de serviços. 

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional, Helder Melillo, o Programa Aproxima pretende, ao mesmo tempo, combater o déficit habitacional, promover o desenvolvimento urbano e aumentar a oferta de moradia no centro das cidades. 

“O [Programa] Aproxima tem o grande mérito de enfrentar alguns desafios centrais da nossa política habitacional e de desenvolvimento urbano. Na medida em que enfrentamos o enorme desafio de disponibilizar esses terrenos, que são bem localizados, que na maioria das vezes estão em áreas centrais de grandes municípios já dotados de infraestrutura urbana, de serviços urbanos e de localização mais próxima do trabalho”, explicou Melillo. 

Também presente ao lançamento do programa, a secretária de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU), Fabiana Rodopoulos, disse que a atuação do órgão está sendo ampliada. Além de vender lotes da União desativados ou pouco usados, a SPU pretende exercer uma função social. 

“A SPU é a maior imobiliária do Brasil, com cerca de 700 mil imóveis. Então, por que não olhar para a função social que o órgão tem? Para a provisão social de habitação, principalmente para a população de baixa renda”, declarou. 

Outra vantagem do programa, segundo o secretário-executivo do MDR, é a economia de recursos. Isso porque a União não gastará nada para ceder os imóveis para leilões. “A União vai entrar com contrapartida em imóveis. Não há recursos do Orçamento Geral da União. É um programa que não compete [em termos de verba] com outros programas. E essa é a grande inovação do Programa Aproxima”, destacou Melillo.

A Advocacia-Geral da União já prepara recurso contra decisão do juiz Cláudio Roberto Canata, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Bauru, que condenou a União a indenizar em R$ 66 mil o delegado de Polícia Federal Mário Renato Castanheira Fanton, que alegou ser "perseguido" pela Operação Lava Jato. O prazo para que o despacho seja questionado termina na sexta-feira, 10.

Proferida no último dia 18, a decisão de Canata magistrado entendeu que houve "evidente abuso de direito" no comportamento de autoridades que promoveram medidas disciplinares contra Fanton, as quais culminaram em ações penais contra ele. O delegado foi denunciado por supostamente vazar investigações da Operação Carne Fraca ao ex-deputado federal André Vargas, condenado na Lava Jato.

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O recurso da União contra o despacho será fundamentado nos argumentos que a AGU usou na contestação da ação movida por Fanton. À Justiça, o órgão sustentou que o dano alegado pelo delegado da PF não teria origem em "qualquer atividade antijurídica da União", além de argumentar que não foram apresentados "elementos de convicção que comprovem que o ente público tenha concorrido de forma indevida para o suposto evento gravoso".

O processo movido por Fanton não só se insurgiu contra a União, mas também contra delegados que decidiram instaurar contra ele procedimento administrativo disciplinar sobre o suposto de vazamento na Operação Carne Fraca. O delegado afirmou que a medida se deu após a elaboração de relatório sobre a instalação do equipamento de interceptação ambiental na cela da custódia da Superintendência da PF em Curitiba, no início da Lava Jato em março de 2014.

Ao analisar o caso, Cláudio Roberto Canata alegou que o que se analisaria no caso em questão é "se houve ou não houve abuso na adoção das medidas disciplinares e criminais promovidas contra o delegado, por autoridades integrantes da Polícia Federal, a partir do momento em que ele notificou a seus superiores a ocorrência de fatos que, na condição de Delegado, entendeu deveriam ser investigados por aquele Departamento".

"Tendo presente a premissa de se tratar de uma operação que provocou forte abalo no mundo político, envolvendo e alcançando conhecidas figuras daquele meio - e até mesmo para evitar que o conteúdo desta sentença seja utilizado de forma enviesada para fins político-partidários -, evidentemente não tecerei comentários sobre a legalidade ou a ilegalidade dos procedimentos adotados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal no bojo das investigações levadas a efeito contra os acusados daqueles crimes. Essa tarefa cabe a outros órgãos do Poder Judiciário", afirmou.

Nessa linha, o juiz registrou no despacho que "impressiona" o número de processos administrativos e ações penais instaurados contra Fanton, "em seguida ao episódio em que foi denunciada a existência de interceptação ambiental na carceragem da Polícia Federal em Curitiba". Segundo Canata, a acusação de vazamento de informações da "Carne Fraca" levou o delegado a ser tido como "sabotador" ou "dissidente" da Lava Jato.

Ainda de acordo com a sentença, Fanton pediu para participar dos atos processuais do processo administrativo contra ele instaurado em Curitiba por videoconferência, mas a solicitação foi indeferida sob o argumento de que "por ser um processo administrativo disciplinar revestido do mais alto grau de formalidade, os atos processuais têm que ser cercados também de muitas formalidades, que não se limitariam a uma simples transmissão de vídeo".

No entanto, na avaliação de Canata, ao negar ao delegado o direito de participar das audiências do processo disciplinar por videoconferência, a administração pública tentou impor a Fanton, "de modo arbitrário, o ônus - financeiro e emocional - de se deslocar de Bauru, onde reside, até Curitiba, numa distância de mais de 1.000 km (ida e volta), para que pudesse participar de atos processuais". "Pode-se afirmar que a Administração tentou impor sério entrave à participação do autor no acompanhamento dos procedimentos de apuração da falta a ele imputada", registrou.

Na avaliação de Canata, a necessidade de Fanton, de contratar advogado para ter assegurado "um claríssimo direito de natureza constitucional" é não só, "desgastante", mas também "despropositado": "o mínimo que se espera é que a Administração respeite as mais básicas garantias estabelecidas na Carta Política". Para o juiz, "não se justificava, em hipótese alguma, a recusa a realizar os autos instrutórios por sistema de videoconferência.

"Qual o motivo, então, para que essa prerrogativa não fosse estendida ao autor? Qual a razão para não se deferir a ele o mesmo tratamento dado a outros servidores do mesmo Departamento? Tudo isso faz sugerir a existência de motivos pessoais, inconfessáveis", ressaltou o magistrado. Em sua avaliação, a situação "leva a concluir que houve quebra do princípio da impessoalidade".

Canata ainda ressaltou que o desgaste psicológico causado a Fanton pelos fatos narrados nos autos está demonstrado por documentação médica, que indicou que o delegado "ficou incapacitado para o exercício de atividades laborais por 'transtornos de adaptação'". O atestado, homologado por Junta Médica Pericial do próprio Departamento de Polícia Federal, registrou que houve indicação para trabalho somente no período diurno e recolhimento de documento de porte e de armas de fogo. O delegado ainda necessitou de acompanhamento psicológico, com quadro clínico de transtorno misto de ansiedade e depressão, apresentando ainda Síndrome de Burnout.

O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) conseguiu uma decisão favorável da Justiça Federal para que o Estado forneça Canabidiol para o tratamento de uma criança com quadro severo de autismo. A mãe do paciente está desempregada e entrou com a ação após a ineficácia dos tratamentos convencionais.

O remédio foi negado na primeira instância do Juizado Especial Federal Cível e a procuradora Carolina de Gusmão Furtado fez um novo pedido, em caráter de urgência. A criança, de oito anos, foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) grave e precisa do remédio em 200mg/ml “durante o tempo necessário de tratamento”, ressaltou.

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"Laudos médicos indicaram que a criança já havia sido submetida a diversos tratamentos farmacológicos, sem sucesso, e resultando em graves efeitos colaterais. Mesmo com acompanhamento médico, ela desenvolveu comportamento de agressividade e autoagressividade, com crises que ocorrem desde 2016, comprometendo a qualidade de vida da paciente e de toda a família", argumentou na decisão que responsabiliza o Governo do estado e a União.

Com a prescrição médica após o insucesso de outras substâncias, a mãe insistiu na ação por não ter condições de arcar com os custos. “A incapacidade financeira da família, já que a mãe da paciente está desempregada e comprovou não ter condições de arcar com a medicação, assim como a comprovação médica da imprescindibilidade do medicamento e da ineficiência dos outros fármacos já usados”, pontou.

Quando se fala em casamento, muitas pessoas pensam na festa como forma de celebrar o matrimônio. No entanto, a pandemia da Covid-19 fez com que vários sonhos e planejamentos tivessem que ser adiados e readequados para a situação que o mundo atravessa por conta do novo coronavírus. 

Essa foi a realidade do casal de jornalistas Vinícius Barros e Manuela Cavalcanti. Eles, que iniciaram uma história de amor em 2015, quando ainda eram universitários, começaram a planejar a união religiosa em maio de 2020, antes mesmo do noivado, que aconteceu em agosto do mesmo ano. 

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Infelizmente, na época, os casos da Covid-19 não paravam de crescer e ainda não se tinha muitos detalhes da doença que teve os seus primeiros casos registrados no Brasil no início de 2020. Esse sinal de alerta fez com que os jovens agendassem o casamento para o mês de abril de 2021. 

No entanto, os casos do novo coronavírus só cresciam no Brasil e no mundo. Para quem não recorda, abril do ano passado foi considerado um dos meses mais letais, com alta de 23,5% em relação a março do mesmo ano no número de mortes. Foram mais de 82.266 óbitos provocados pela doença. Um outro fator que impedia o casamento de Vinícius e Manuela era a imunização, que ainda engatinhava, com apenas 5,9% de toda a população do país tendo recebido as duas doses da vacina.

“Decidimos adiar”, revela Vinícius. Acreditando que com o passar dos meses o número de pessoas vacinadas iria aumentar, possibilitando a tão desejada celebração, marcaram para novembro de 2021 o casamento. 

Vinícius e Manuela no dia do casamento. Foto: Cursino Fotografia/Cortesia

Para a alegria do casal, no dia 14 de novembro do ano passado, todos os seus amigos e familiares que haviam sido convidados para o matrimônio estavam com as duas doses em dia. 

"Tivemos receio por conta da Covid, por isso a gente remarcou. Mudamos a data, mas conseguimos manter o local [do casamento], o bufê, tivemos banda”, lembra o Jornalista. Foi uma celebração para 180 pessoas.

O jovem salienta que a única preocupação que o casal manteve com relação ao novo coronavírus, mesmo com os casos em queda, foi a exigência do comprovante de vacinação de quem iria participar do matrimônio. Inclusive, para eles, essa imunização foi essencial porque possibilitou que subissem no altar e firmassem a união com o “sim”.

"À medida que o tempo foi passando, fomos ficando mais seguros porque vimos os indicadores caindo, os resultados melhorando e a vacina chegando. A vacinação foi fundamental para tudo ser possível. A gente tinha convidados vindo de fora do Brasil e que só puderam entrar graças à vacina", assegura.

Retomada dos casamentos no Brasil

O avanço da imunização atrelado a queda do número de infectados e mortos pelo novo coronavírus vem possibilitando que não apenas Manuela e Vinícius consigam realizar o casamento, mas também milhares de outros brasileiros.

Segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), só no mês passado, cerca de 68.839 casamentos foram registrados. Os dados deste mês de abril ainda não são consolidados, mas a Arpen já confirma 40.555 uniões em todo país.

Nos últimos três anos de pandemia, abril de 2020 foi o mês com menor número de pessoas casando: cerca de 26.048. Janeiro de 2021 foi o mês com o maior registro de matrimônios (69.766).

 Vacinação

Até esta terça-feira (26), Pernambuco já havia aplicado 18.799.789 doses da vacina contra a Covid-19. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, 80,72% da população pernambucana está com a cobertura vacinal completa.

Após a assinatura do acordo de posse com o governo federal na quinta-feira, a Prefeitura de São Paulo pretende instalar um parque e um museu aeroespacial na área municipal do Campo de Marte ainda na gestão Ricardo Nunes (MDB), ou seja, até 2024. O objetivo é que as obras não precisem de recursos públicos e os espaços posteriormente sejam concedidos ao setor privado, embora tentativas semelhantes não tenham avançado.

Um procedimento preliminar de manifestação de interesse (PPMI), em que organizações e empresas podem enviar sugestões, fica aberto até dia 28. No chamamento, o Município ressaltou que "vislumbra a participação de entes privados tanto na fase de construção e implantação, como na futura gestão e operação".

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O terreno municipal fica no setor 1, nas proximidades da Rua Brazelisa Alves de Carvalho, com cerca de 400 metros quadrados (um quarto do tamanho do Parque do Ibirapuera). Metade do lote está no Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) ou em área de preservação permanente de dois córregos locais (Baruel e Tenente Rocha), o que reduz as possibilidades de novas intervenções, mas se diferencia por ser um dos poucos campos de várzea remanescentes da capital.

O PPMI pretende identificar se há outras atividades econômicas que possam ser exploradas por parcerias público-privadas, incluindo as que "suportem o financiamento da construção, operação e manutenção" e garantam "a sustentabilidade financeira do projeto sem ingresso de recursos públicos".

Fala-se na necessidade de criação de conexões entre os diferentes setores, como os seis campos utilizados hoje por clubes de futebol de várzea e o que será a "esplanada multiuso" (local já desmatado e impermeabilizado, agora utilizado para estacionamento). Entre as possibilidades estão trilhas e caminhos, playground, aparelhos de ginásticas e outros mobiliários e intervenções voltados ao lazer, ao esporte e à cultura.

O acesso às áreas comuns do parque seguirá gratuito. Há ainda a previsão da implementação do Museu Aeroespacial em uma área de 60 mil metros quadrados, que representaria "uma manifestação inequívoca pela preservação da memória da aviação militar e civil, assim como pela valorização da aviação na sociedade brasileira", segundo a gestão.

Após o PPMI, o projeto passará por adaptações e será colocado em consulta e audiência públicas e posterior avaliação no Conselho Municipal de Desestatização e Parcerias (CMDP).

"Os prazos dependem da qualidade dos estudos apresentados e da complexidade das alternativas escolhidas", apontou a Prefeitura em nota.

O custo estimado de implementação total foi de R$ 32,5 milhões em projeto datado de 2017. Questionada pela reportagem, a gestão Nunes disse que a opção de arcar com os recursos está "em análise". Ela também garantiu que os times de várzea poderão continuar no local.

Meio ambiente

A concentração de áreas de preservação é vista como um dos maiores desafios para atração do setor privado, ao mesmo tempo que um parecer da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente atesta o papel ambiental da área, embora aponte que precisa de investimentos em manejo e reconstituição da fauna e flora.

"Tendo em vista ainda, que a categoria de vegetação 'mata de várzea' é muito pouco representada no Município, entendemos ser prioritária a recuperação da área florestal para composição e estrutura mais similares às matas mais desenvolvidas. As condições do terreno também são favoráveis à ampliação e à recuperação", diz o levantamento municipal feito há cinco anos.

A área tem remanescentes de floresta nativa, ambientes aquáticos e brejosos, embora também apresente plantas invasoras. No local, que fica na várzea do Rio Tietê, foram identificadas 70 espécies de animais nativos, dos quais 68 eram aves (duas ameaçadas de extinção: maracanã-pequena e gavião-asa-de-tela). Em flora e vegetação, foram 129 espécies, das quais 63 nativas.

O levantamento também destaca a necessidade de despoluição de canais do Tietê (o rio passava pelo terreno antes da retificação) para garantir o bem-estar dos usuários. Além disso, ressalta que a mata na área da União deve ser preservada, pois é "fundamental para a qualidade ambiental do futuro parque, seja por propiciar um corredor ecológico com os bairros adjacentes a norte, seja por fornecer sementes, ou ainda por abrigar fauna".

Demandas

Professor da Mackenzie, o urbanista Matheus Casimiro avalia que há duas demandas proeminentes relacionadas ao parque. A primeira é a preservação e recuperação ambiental do espaço, enquanto a outra é integrá-lo à vizinhança, atraindo a população não somente para dentro. "Criando áreas de circulação, conexões no entorno, o que muitas vezes hoje é somente por muro; abrindo essas áreas, cria uma inserção para quem mora no entorno, uma qualificação do ambiente urbano", comenta.

Ele destaca que se trata de uma área que tem uma procura significativa, até pela proximidade de escolas e uso frequente por desportistas. "Abrindo um parque, cria-se uma nova potência. Todo mundo (que se exercita nas proximidades) vai preferir correr dentro do parque de um circuito mais arborizado, com vistas mais agradáveis, com diferença de temperatura e sem fumaça de carro", comenta.

Hoje, o parque mais próximo (da Juventude) fica a cerca de quatro quilômetros da área municipal do Campo de Marte.

Moradora da região, a funcionária pública Nanda de Oliveira, de 41 anos, por exemplo, corre no entorno há cerca de três anos, duas vezes por semana. "É um percurso plano, seguro, no qual consigo realizar diversos tipos de treino", comenta.

Ela considera que um parque teria um impacto muito positivo para quem se exercita na vizinhança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Republica, Jair Bolsonaro, assinou nesta sexta-feira a adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal dos Estados. O governo goiano é o segundo a conseguir entrar no RRF, após o Rio de Janeiro, que desde 2017 faz parte do programa de refinanciamento de débitos com a União.

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou Goiás a entrar no RRF em maio deste ano, com a suspensão da dívida estadual por 18 meses e a adoção de um teto de gastos pelo governo goiano. A administração estadual afirma que o estoque de restos a pagar a cada ano está na ordem de R$ 3 bilhões desde 2015 e que precisa negociar o endividamento para equilibrar as contas

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"Além de previsibilidade, o Estado passa a ter mais meios para atender o interesse da população como um todo", disse Bolsonaro ao assinar o ato, no Palácio do Alvorada, ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).

Com o plano, Caiado acenou com a possibilidade de reajustar o salário dos servidores, após um período de remuneração atrasada.

"Quanto mais o governo for se recuperando no quadro fiscal, reajuste também serão dados", disse o governador.

A partir desta sexta-feira (17), o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) terá 48 horas para se manifestar sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. Essa determinação foi expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

A determinação atende uma ação movida pelo PT, solicitando que o STF determine ao governo uma complementação do Plano Nacional de Vacinação, com etapas que atendam as demandas das crianças que estão na faixa etária determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

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Na quinta-feira (16), a Anvisa determinou que as crianças dos 5 aos 11 anos devem ser vacinadas, com a Pfizer, para combater a Covid-19. O presidente Bolsonaro já se colocou contra essa determinação e chegou a afirmar que vai expor os nomes dos profissionais que autorizaram a imunização das crianças no país.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública para que a União seja obrigada a indenizar as famílias de pessoas que morreram em razão da Covid-19 - em pelo menos R$ 100 mil para cada - e aos sobreviventes com sequelas graves ou persistentes - em R$ 50 mil. Além disso, a Procuradoria requer que o governo federal pague R$ 1 bilhão, como reparação do dano moral coletivo, a ser revertido ao Fundo Federal dos Direitos Difusos e a aplicado em ações, programas ou projetos de desenvolvimento científico. O valor da ação foi estimado em R$ 62,5 bilhões.

A ação foi apresentada ao juízo da 20ª vara Cível de Justiça Federal do Distrito Federal, na quarta-feira (15), e atribui a gestores federais, em especial o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, "gestão inconstitucional da pandemia". Segundo a Procuradoria, tal situação também caracteriza "a responsabilidade civil da União pela reparação dos danos causados por seus agentes".

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"Os mortos e sobreviventes com sequelas da Covid-19 no Brasil são vítimas trágicas de ações e omissões dos gestores federais que, por culpa consciente ou dolo, deixaram de cumprir o dever constitucional de proteção da saúde de todos, conforme impõe a Constituição da República", diz a ação.

Assinam o documento os procuradores Mario Alves Medeiros, Ana Carolina Alves Araújo Roman, Felipe Fritz Braga, Melina Castro Montoya Flores e Luciana Loureiro Oliveira. Além da responsabilização da União pelos atos praticados "dolosa e culposamente" na condução da pandemia de Covid-19, o grupo requer a declaração expressa de desculpas do governo brasileiro às famílias das vítimas.

A ação lista o que chama de "condutas ilícitas, por ação ou omissão, que geraram prejuízos inestimáveis à saúde e à vida da população brasileira, como milhares de mortes evitáveis e milhares de casos de pacientes com sequelas graves/persistentes provocadas pela Covid-19".

É citada, por exemplo, a atuação dos gestores federais para estimular o "tratamento precoce" - uso de medicamentos sem comprovação científica contra a Covid-19, com possíveis sequelas - com a compra e distribuição de "medicamentos não suficientemente testados, inclusive com risco de efeitos colaterais, e sem autorização da agência responsável".

Além disso, os procuradores citam o estímulo do governo federal à "imunidade de rebanho" e a omissão "deliberada" no planejamento e compra de vacinas, "por sugestão de profissionais estranhos ao próprio Ministério da Saúde"; e a "a ampla e consciente disseminação, à opinião pública, de informações errôneas sobre o contexto da pandemia de Covid-19, patrocinada por órgãos de comunicação oficiais e agentes públicos, inclusive o Presidente da República".

"A responsabilidade da União não recai diretamente sobre as vidas e saúde perdidas, mas sobre a chance que esses indivíduos teriam de não se infectar e, portanto, de não sofrer os agravos decorrentes da doença. Também se incluem aqui as chances perdidas de obtenção de tratamento adequado para a infecção, eis que a alta demanda hospitalar em razão do descontrole da transmissão do SARS-CoV-2, a falta de insumos como oxigênio e medicamentos para intubação e a carência de leitos de UTI certamente agravaram a saúde e destruíram a possibilidade de sobrevivência de milhares de brasileiros. Em outras palavras, se voltássemos ao passado e corrigíssemos todos os graves erros da UNIÃO na gestão da pandemia, as vítimas da Covid-19 teriam tido a chance de sobreviver ou de não sofrer deterioração de sua saúde", registra a ação.

Zezé Di Camargo novamente falou sobre as especulações de que a dupla com o irmão, Luciano, irá acabar. Em entrevista ao jornal O Globo, o cantor sertanejo explicou a decisão de não celebrar os 30 anos da dupla.

"Eu estava preparando, na pandemia, um produto para comemorar os 30 anos da dupla Zezé Di Camargo & Luciano. Seria uma série com participação de Ivete Sangalo, Marília Mendonça... Está tudo gravado! Foi quando soube que o Luciano estava fazendo o projeto gospel. Naquele momento, falei: Poxa, não posso pegar um produto do Zezé Di Camargo & Luciano e confrontar com o que o Luciano está fazendo. Liguei para o nosso empresário e falei para deixarmos adormecida um pouquinho a dupla", disse ele sobre o lançamento solo do irmão.

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Apesar das desavenças, Zezé diz que tudo está bem entre eles. Sem dividir o camarim com o irmão há 20 anos, ele não vê problema e justifica: "Não é porque canta junto que tem que andar junto".

Ele ainda afirmou que conviveu muito com Luciano e que chega uma hora que é preciso de um respiro. O cantor sertanejo surpreendeu ainda ao afirmar que os dois não são exemplo de união e que tem uma história muito maior para contar.

"Não convivi com ninguém da minha família tanto quanto convivi com o Luciano, e ele também. Chega uma hora que a gente precisa dar um respiro pro outro. Não somos nenhum exemplo de, vamos dizer assim, união. Tenho uma história muito maior pra contar do que ele", disse.

Citadas em investigação do Ministério Público do Rio sobre suposta "rachadinha" no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), as empresas da segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, acumulam dívidas de R$ 325,5 mil com a União. Três CNPJs ligados a ela estão inscritos na dívida ativa por tributos que não foram pagos. São débitos previdenciários ou de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Também há multas trabalhistas e outras pendências tributárias.

As empresas de Ana Cristina são citadas em relatórios de inteligência financeira na investigação sobre suposta "rachadinha" (desvio de salários) de assessores de Carlos. Os documentos mostraram movimentações "atípicas" em suas contas. Em uma delas, a Valle Ana Consultoria e Serviços de Seguros, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) constatou saques fragmentados que ultrapassaram R$ 1 milhão.

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No levantamento feito pelo Estadão na lista de devedores, essa é a empresa que concentra a maior parte das dívidas registradas. São R$ 241,6 mil no total. Na Receita Federal, a Valle Ana consta como inapta desde outubro de 2018.

Os promotores obtiveram na Justiça, em maio deste ano, a quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados. A medida atingiu as empresas de Ana. No pedido enviado ao juiz Marcello Rubioli, eles citaram o relatório do Coaf que apontou possíveis atos suspeitos.

SAQUES

No caso da Valle Ana Consultoria e Serviços de Seguros, os promotores citaram à Justiça que os saques se deram de modo fragmentado, parecido com a tendência que também era observada na investigação que mira o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Foram 1.185 retiradas no CNPJ de Ana Cristina entre 2008, ano em que ela saiu do gabinete, e 2014. Uma média de pouco menos de R$ 1 mil por vez. Flávio já foi denunciado, com outros réus, por peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação indébita.

O Coaf alertou que a empresa tem os saques em espécie como principal forma de saída de recursos, "dificultando a identificação da real utilização dos valores". O MP mostra que Ana tem 90% da sociedade da empresa, e os outros 10% pertencem a uma mulher que também empregou familiares no gabinete do Carlos. Por isso, as empresas entraram numa espécie de "subnúcleo" da investigação, vinculadas ao núcleo da família Valle.

Adriana Teixeira da Silva Machado teve a mãe, Luci Teixeira da Silva, nomeada no gabinete durante dois anos. E seu irmão, Luiz Claudio Teixeira da Silva, trabalhou para Flávio Bolsonaro. "Tais vínculos, associados à expressiva movimentação de dinheiro em espécie na conta da Valle Ana Consultoria, sugerem a possibilidade de que Ana Cristina Siqueira Valle possa ter indicado parentes de sua sócia para atuarem como ‘funcionários fantasmas’, de modo a viabilizar o desvio dos recursos públicos destinados à sua remuneração (...)", afirma o MP.

Em outro ponto, a Promotoria destaca que as movimentações financeiras nas empresas podem "reforçar a hipótese de que (os CNPJs) possam ter sido utilizadas para ocultação do desvio de recursos públicos oriundos do esquema de ‘rachadinha.’" Outras três empresas são citadas, mas de modo mais genérico.

DEPÓSITOS

Os relatórios do Coaf também apontam depósitos vultosos feitos por Ana Cristina na própria conta. Em março de 2011, ela depositou R$ 191,1 mil; quatro meses depois, mais R$ 341,1 mil.

O MP também investiga a atuação de Ana Cristina no mercado imobiliário enquanto esteve casada com Bolsonaro, com uso de dinheiro vivo e o pagamento de valores supostamente subfaturados. O MP cita essas ações no pedido de quebra de sigilo, junto com novos indícios descobertos por meio dos relatórios do Coaf.

Procurada, defesa de Ana Cristina Valle afirmou que não iria se manifestar. O Estadão não conseguiu contato com Adriana Teixeira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diogo Nogueira esclareceu rumores de união estável com Paolla Oliveira durante sua participação no TVZ, na noite da última quarta-feira (13). Segundo o cantor, ele e a atriz continuam sendo apenas namorados, e a situação não passou de uma coincidência. Vale lembrar que muitas pessoas ficaram intrigadas pelo casal estar usando branco ao receber um cartório em casa.

Em uma conversa com Dilsinho, ele conta: "Dilsinho, sabe o que acontece? Não casamos. A gente começou um namoro há pouco tempo. Se eu não me engano tem cinco, seis meses. Por acaso a gente estava de branco. Por coincidência. E quando, se eu for casar com ela, pode ter certeza que vai ser anunciado".

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Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, o motivo da visita do cartório teria sido por conta de um serviço de escrituração.

Clipe em casal

Com os rumores esclarecidos, Diogo usou as redes sociais para dar um pequeno spoiler de outro projeto que tem com a amada. Os dois gravaram juntos o clipe da música Flor de Caña, mais novo sucesso do cantor.

Na legenda, ele escreveu: "Primeiro spoiler de Flor de Caña pra vocês! Pensando aqui... Será que eu podia divulgar essa foto?"

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Um dos casais mais ‘badalados’ da atualidade, Paolla Oliveira e Diogo Nogueira, deu um passo importante no relacionamento. Juntos desde meados deste ano, os dois assinaram os papéis de união estável, uma forma legal de oficializar a relação. 

Segundo o colunista Leo Dias, Paolla e Diogo teriam ido ao 15º Ofício de Notas, cartório localizado na Barra da Tijuca, dar entrada nos documentos de união estável. A assinatura do termo, no entanto, teria sido feita na residência do casal para não despertar a atenção do público e da imprensa. Esta forma de ‘compromisso’ confere alguns direitos aos envolvidos, porém, não configura um casamento. 

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Foi também por meio da coluna de Dias que o relacionamento da atriz e do sambista tornou-se público, em junho deste ano. Um mês mais tarde, eles resolveram aparecer juntos e assumiram o romance diante do público. Desde então, os fãs têm acompanhado o casal pelas redes sociais. 

Representantes de estados e municípios pediram aos deputados da comissão especial que analisa a proposta de emenda à Constituição sobre parcelamento de precatórios (PEC 23/21) que façam algumas mudanças no texto.

Os precatórios são dívidas do setor público reconhecidas pela Justiça. Boa parte é devida entre os próprios entes da federação.

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Marialvo dos Santos Filho, representante do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda Estaduais (Comsefaz), disse que, em princípio, os estados são contrários ao parcelamento. Mas pediu que, caso a PEC seja votada, a dívida dos estados e municípios com a União não seja obrigatoriamente compensada com os precatórios que a União deve a esses governos.

Segundo ele, é melhor que a compensação seja opcional; que abranja toda a dívida e não só o principal; e que possa ser desvinculada da origem dos precatórios. Isso porque a maior parte dos precatórios que a União deve aos estados é relacionada ao Fundef (antigo fundo que financiava a educação).

Para Marialvo Filho, seria mais interessante União e estados negociarem o tipo de dívidas que seriam compensadas.

O deputado Enio Verri (PT-PR), no entanto, questionou a possibilidade de compensar precatórios do Fundef com dívidas não relacionadas à educação. “Mas isso está resolvido nos estados? O nível da educação é bom o suficiente para que o dinheiro que não foi pago à educação, que ganhou na Justiça, não volte para a educação? Não me parece justo esse tipo de análise.”

Mesma regra

O representante do Comsefaz também pediu que sejam estendidas para os estados e municípios as regras que vão valer para a União no parcelamento.

A PEC 23/21 estabelece que os precatórios da União em 2022, cerca de R$ 90 bilhões, possam ser pagos 15% à vista e o restante parcelado em nove anos. O parcelamento atingiria precatórios acima de R$ 66 milhões e aqueles que, somados, ultrapassem 2,6% da receita líquida anual.

Para ele, a regra do limite da receita líquida também deveria valer para o pagamento dos precatórios dos governos regionais.

A assessora jurídica da Confederação Nacional dos Municípios, Ana Carla Teixeira, disse que, pelas regras da proposta, o município de Cariacica, no Ceará, que tem 61 precatórios, só teria um elegível para parcelamento. Ela ressaltou ainda que a correção das dívidas pela Selic em vez da inflação, como previsto na PEC, pode prejudicar os governos locais.

O deputado Hugo Leal (PSD-RJ), que é relator do Orçamento para 2022, defendeu a aprovação da PEC. “Cabe a nós muita responsabilidade, trazer ao texto constitucional algo que não fira os preceitos do direito adquirido, do trânsito em julgado, mas que dê conforto para que outras políticas públicas possam ser executadas.”

Ana Carla Teixeira lembrou que os precatórios vêm sendo prorrogados desde a Constituição de 1988 e por sucessivas emendas constitucionais. E afirmou que, pelas regras da PEC em discussão, menos de 2% dos municípios se beneficiariam do novo alívio fiscal.

A audiência desta terça foi proposta pelos deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) e Leonardo Picciani (MDB-RJ).

*Da Agência Câmara de Notícias

 

No mês em que celebra 76 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expôs nesta sexta-feira (1º) seu desejo de casar novamente. Viúvo da ex-primeira-dama Marisa Letícia, o petista engatou relacionamento com a noiva Janja antes do período em que ficou preso na Polícia Federal de Curitiba.

O aniversariante do próximo dia 27 publicou em seu perfil no Twitter que o vigor vai além das questões matrimoniais. "Esse mês faço 76 anos. Tô querendo me casar e tô cheio de energia. Mas a energia não é só pro casamento, não… É pra cuidar do povo!", escreveu. 

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Após 40 anos casado com Marisa Letícia, a morte da ex-companheira representou o fim da união em fevereiro de 2017. Em dezembro do mesmo ano, Lula se aproximou da socióloga Rosângela da Silva, carinhosamente apelidada como Janja, em uma partida de futebol com o cantor Chico Buarque.

Janja ficou ao lado do petista durante todo o período na carceragem da PF e ouviu de Lula em seu primeiro discurso em liberdade o interesse em oficializar a nova união. Eles já são noivos e Janja costuma acompanhá-lo em compromissos pelo Brasil.

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