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Em reunião realizada na quinta-feira (15), a Universidade da Amazônia (Unama), por meio de sua vice-reitora, Betânia Fidalgo, recebeu o coordenador do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Estado do Pará, Fabio Atanasio Morais. O encontro teve como objetivo encerrar um período de atividades que foram promovidas pelo projeto Agenda Criança na Amazônia e tratar de futuras parcerias. Em Belém, o projeto do Unicef teve participação da Agência Unama e apoio da Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia (Fidesa).

Em entrevista ao LeiaJá, a vice-reitora Betânia Fidalgo falou sobre o projeto. "O projeto é muito interessante sobre inclusão, foi um trabalho feito com o apoio da Fidesa para que a gente pudesse mapear as crianças que necessitam de apoio especial dentro das escolas públicas do nosso Estado e iniciamos por Belém", disse. Segundo a vice-reitora, a parceria foi encerrada formalmente e o projeto, além de ser muito interessante, trouxe muita alegria. Ela destacou a mensagem que o projeto deixa para a sociedade. "A mensagem é saber quem são as crianças e jovens, intensificar o trabalho na formação dos professores na escola para que cada vez mais a gente possa dar uma melhor qualidade de vida e de aprendizado para os jovens que por algum motivo portem alguma necessidade especial", informou.

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Para Fabio Atanasio, coordenador do escritório do Unicef no Pará, a parceria realizada com a Unama foi de grande importância. "A importância da parceria se reveste em uma série de menções, primeiro porque nós conseguimos estabelecer um amplo leque de instituições para realizar direitos da criança e do adolescente com deficiência, no caso mais específico a inclusão dessas crianças e adolescentes. Sem essa parceria nós não teríamos como garantir uma equipe que de maneira competente conseguiu conduzir esse trabalho", contou.

O projeto do Unicef foi desenvolvido para discutir políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes, com o auxílio de articuladores que atuam em municípios do Pará, Amazonas e Maranhão, sendo responsáveis por mobilizar as autoridades políticas para buscar melhorias na área da infância e adolescência.

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Uma criança morre a cada 10 minutos no Iêmen, onde quase 2,2 milhões de menores de idade sofrem de desnutrição aguda e precisam de tratamento médico urgente, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"A desnutrição no Iêmen alcançou um nível recorde, que continua aumentando", afirmou Meritxell Relano, representante do Unicef no país, o mais pobre da península arábica, com 26 milhões de habitantes. "O estado de saúde das crianças nunca foi tão catastrófico como agora", completou.

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"Ao menos uma criança morre a cada 10 minutos no Iêmen em consequência de diarreias, desnutrição e infecção das vias respiratórias", informou o Unicef. Ao menos 462.000 crianças sofrem de "desnutrição aguda severa", o que representa um aumento de 200% na comparação com 2014, informa um comunicado do Unicef.

A guerra civil entre rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, e as forças governamentais, respaldadas pela Arábia Saudita, agravou a situação humanitária no Iêmen em 2015. Os grandes prejudicados são os menores de idade.

A província de Saada, reduto huthi na região norte do Iêmen, tem o índice de atraso de crescimento na infância mais elevado do mundo. Oito em cada 10 crianças sofrem desnutrição crônica nesta região do Iêmen, afirma o Unicef.

O Fundo das Nações Unidas Para Infância (Unicef) e o Facebook firmaram uma parceria para ajudar no combate ao vírus zika no Brasil. Com base em análises de conversas online, foi possível identificar o que as pessoas estavam discutindo sobre o tema para criar campanhas digitais de conscientização e prevenção sobre o problema.

O objetivo do projeto é entender como a comunidade do Facebook no Brasil está se engajando em diálogos online sobre o vírus zika e identificar lacunas no conhecimento público, sobretudo nas populações de mais risco.

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Segundo o Facebook, foram analisadas 17,3 milhões de interações sobre o tema entre maio e agosto de 2016. Os dados mostraram que, embora as pessoas estivessem preocupadas com os sintomas e as consequências do vírus zika, havia pouca discussão sobre a prevenção.

Outra informação de destaque é que os usuários brasileiros do Facebook, em sua maioria, se certificaram de compartilhar notícias de fontes confiáveis. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) surgiu como grande tópico nas postagens.

Muitas pessoas no Brasil estavam compartilhando links e discutindo os insights da Fiocruz, sugerindo que estavam cada vez mais procurando e compartilhando informações de fontes confiáveis.

As mulheres brasileiras estavam principalmente interagindo com o conteúdo existente. Por outro lado, 58% das postagens sobre o vírus zika no Brasil foram de homens, o que significa que eles estavam conduzindo a conversa de forma proativa.

"Gostaria de ressaltar o quanto aprendemos sobre o potencial do Facebook e como maximizar nossos resultados gerando o envolvimento dos usuários com as informações certas no momento certo. Isso pode, literalmente, salvar vidas", afirma a diretora de comunicação e parcerias da Unicef Brasil, Edith Asibey.

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Milhares de pessoas em várias cidades da Turquia estão protestando contra a aprovação de um projeto de lei pelo Parlamento do país no qual o ato sexual com um menor de idade não será penalizado se o culpado se casar com a vítima. De acordo com organizações especializadas nos direitos das crianças e adolescentes e das mulheres, o projeto funciona com um "perdão" a milhares de estupradores e abusadores infantis.

O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Christophe Boulierac, por exemplo, disse que a medida é uma "espécie anistia" para homens que se aproveitam de crianças e jovens indefesos e os abusam sexualmente.

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No entanto, o ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, disse que o projeto não é um "perdão" a estupradores e que a oposição está querendo distorcer intencionalmente os fatos já que, segundo ele, a lei só será aplicada em casos nos quais não houve violência e o ato sexual foi consentido por ambas as partes.

Além disso, a lei também serviria para regularizar os casamentos infantis no país. "Esse tipo de casamento existe em nossa sociedade, [por isso a medida] trata-se de uma de uma verdadeira 'tomada' de consciência que não havia se desenvolvido ainda.

Estamos tratando de encontrar uma solução para essa realidade", disse Bozdag. O ministro também disse que o casamento diminuirá o número de prisões de homens que mantêm relações sexuais com menores de idade, o que acabava deixando muitas famílias em dificuldade já que elas perdiam a renda obtida pelos abusadores. A lei, para entrar em vigor, ainda tem que ser aprovada mais uma vez pelos deputados turcos, o que deve acontecer nesta terça-feira (22).

Se isso acontecer, devido ao seu caráter retroativo, mais de 3 mil pessoas que já foram condenadas por abuso sexual em menores desde 2005 podem receber esse "perdão". A idade mínima para se casar na Turquia é de 17 anos, com autorização dos pais do casal, e, em casos especiais, a idade pode cair para 16 anos. No entanto, em várias regiões do país, principalmente no interior, essa norma não é respeitada.

Quase 400 crianças morrem diariamente de sarampo no mundo, apesar de a vacinação ter permitido reduzir o número de mortes em 79% nos últimos 15 anos, revela um relatório nesta sexta-feira (11) divulgado em Genebra.

"Fazer o sarampo passar para a história não é missão impossível", disse Robin Nandy, responsável pela imunização no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), citado num comunicado conjunto da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Unicef, da Aliança para a Vacinação (Gavi) e dos centros de prevenção e controlo de doenças dos Estados Unidos (CDCP).

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"Temos os instrumentos e o conhecimento para fazê-lo; o que nos falta é a vontade política para alcançar cada criança, esteja ela onde estiver. Sem este compromisso, as crianças vão continuar a morrer de uma doença que é fácil e barato prevenir".

O Unicef, a OMS, o Gavi e o CDCP estimam que as campanhas de vacinação do sarampo e um aumento da cobertura da vacinação de rotina tenham permitido salvar 20,3 milhões de vidas entre 2000 e 2015, mas o progresso não é equilibrado. Em 2015, cerca de 20 milhões de crianças não foram vacinadas e estima-se que 134 mil tenham morrido da doença.

Milhões de crianças sem vacinação

A República Democrática do Congo, a Etiópia, a Índia, a Indonésia, a Nigéria e o Paquistão representam metade das crianças por vacinar e 75% das mortes por sarampo.

"Não é aceitável que milhões de crianças fiquem por vacinar todos os anos. Temos uma vacina segura e muito eficaz para parar a transmissão do sarampo e salvar vidas", disse Jean-Marie Okwo-Bele, diretor do departamento de imunização da OMS.

Ele lembrou que a região das Américas foi este ano declarada livre de sarampo, "o que prova que a eliminação é possível". "Agora temos de acabar com o sarampo no resto do mundo. Começa com a vacinação", afirmou.

O presidente do Gavi, Seth Berkley, lembrou que o sarampo é um bom indicador da robustez dos sistemas de imunização dos países. "Para abordar as doenças evitáveis através da vacinação mais mortíferas precisamos de compromissos fortes por parte dos países e dos parceiros para aumentar a cobertura vacinal e os sistemas de vigilância", afirmou.

O sarampo, uma doença viral altamente contagiosa que se transmite por contato direto e pelo ar, é uma das principais causas de morte entre as crianças pequenas a nível mundial, mas é evitável com duas doses de uma vacina segura e eficaz.

No entanto, surtos da doença em vários países, provocados por falhas na imunização de rotina e em campanhas de vacinação, continuam a ser um problema: só em 2015 houve surtos no Egito, Etiópia, Alemanha, Quirguistão e na Mongólia.

Dados recentes sobre mortalidade infantil
Quase metade das 5,9 milhões de mortes de crianças com menos de cinco anos registradas em 2015 ocorreram no primeiro mês de vida, conclui um estudo hoje (11) divulgado em Londres.

Publicado na revista científica The Lancet, o estudo, que apresenta os dados mais recentes sobre a mortalidade infantil em 194 países, indica que 5,9 milhões de crianças morreram em 2015 antes dos 5 anos, 2,7 milhões das quais eram recém-nascidas.

Globalmente, em 2015 houve menos quatro milhões de mortes infantis do que em 2000, em grande parte devido à redução da mortalidade associada à pneumonia, à diarréia, morte durante o parto, malária e ao sarampo (todas caíram mais de 30% entre 2000 e 2015).

No entanto, embora o número de mortes de recém-nascidos tenha diminuído de 3,9 milhões em 2000 para 2,7 milhões em 2015, o progresso na redução da mortalidade neonatal (nos primeiros 28 dias de vida) foi mais lento do que nas crianças entre um mês e cinco anos.

Isto resultou num aumento da proporção de recém-nascidos entre a mortalidade infantil, de 39,3% em 2000 para 45,1% em 2015.

Se as mortes de recém-nascidos tivessem caído ao mesmo ritmo das mortes de crianças entre um mês e cinco anos, o mundo teria alcançado o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir a mortalidade infantil em dois terços entre 1990 e 2015, o que não aconteceu.

O estudo destaca também as desigualdades no progresso registrado no mundo, com as taxas de mortalidade infantil variando entre 1,9 e 155,1 mortes por mil nascimentos, e 60,4% (3,6 milhões) de todas as mortes ocorridas em 10 países.

Apesar dos progressos, as principais causas de morte entre as crianças foram as complicações devido a parto prematuro (17,8%, 1,1 milhões de mortes), pneumonia (15,5%, 0,9 milhões de mortes) e morte durante o parto (11,6%, 0,7 milhões de mortes).

Em 2015, os países com maiores taxas de mortalidade infantil (mais de cem mortes por cada mil nascimentos) foram Angola, República Centro-Africana, Chade, Mali, Nigéria, Serra Leoa e Somália.

Nestes países, as principais causas de morte foram a pneumonia, a malária e a diarréia, pelo que os investigadores recomendam investimentos para promover o aumento da amamentação, a disponibilização de vacinas e a melhoria da qualidade da água e saneamento.

Anomalias congênitas

Em comparação, nos países com menores taxas de mortalidade infantil (menos de dez mortes por cada mil nascimentos), incluindo a Rússia e os Estados Unidos, as principais causas de morte foram anomalias congênitas, complicações devido ao parto prematuro e lesões.

Os investigadores recomendam a melhoria da detecção e tratamento das anomalias congênitas, dos cuidados de saúde durante a gravidez e o parto e mais investigação sobre a eficácia das intervenções em casos de lesão.

Citada num comunicado da The Lancet, a autora principal do estudo, Li Liu, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, reconheceu que a sobrevivência infantil "melhorou substancialmente desde que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio foram definidos, embora a meta de reduzir em dois terços a mortalidade infantil não tenha sido alcançada".

"O problema é que este progresso foi desigual e a taxa de mortalidade infantil permanece elevada em muitos países. É necessário um progresso substancial nos países da África subsaariana e no sul da Ásia para se alcançar a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", disse.

A Orquestra Criança Cidadã (OCC) lançou uma campanha de financiamento coletivo para custear sua ida aos Estados Unidos. A OCC foi convidada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para realizar uma apresentação na solenidade de comemoração dos 70 anos do órgão, que acontecerá no plenário da ONU, em Nova Iorque. Para tanto, o grupo precisa levantar pelo menos R$ 150 mil, que correspondem a metade dos custos da viagem.

Para participar da campanha e fazer uma doação é preciso acessar a plataforma do projeto Viabilizze. Lá, o internauta escolhe o valor a ser doado e pode conferir as recompensas que pode receber de acordo com sua doação. 

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Os alunos da Orquestra Criança Cidadã publicaram, também, um vídeo explicando a campanha. O período de arrecadação vai até o dia 4 de novembro.   

Uma parceria firmada entre a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Universidade do Futebol lançou nesta segunda-feira (23) o Programa Educar pelo Esporte, no Centro de Convenções. Uma iniciativa que visa capacitar e apresentar conhecimentos técnicos para professores de educação física, de projetos sociais na área esportiva e da rede estadual de ensino.

Ao todo serão oferecidas 280 vagas para o módulo de três meses de curso por meio de aulas online e presenciais. A base é formar os profissionais pernambucanos através dos pilares da inclusão, segurança e proteção, para crianças e adolescentes. “Vivemos um momento fantástico para discutirmos a importância do esporte para a sociedade. Estamos tendo a possibilidade de ver os principais atletas do mundo nas Olimpíadas, mas precisamos refletir e perceber que o esporte possui outras formas de manifestação que possuem tanta relevância quanto o esporte de espetáculo que estamos tendo o prazer de acompanhar em nosso país. É de suma importância valorizar o perfil educacional que o esporte possui”, comentou Augusto Lepre Souza, consultor da Unicef Brasil na área de Esportes para Desenvolvimento. 

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Alguns dos temas que estarão dentro do curso são o papel do esporte na nossa sociedade, ambiente de aprendizagem, papel do professor no ensino, desenvolvimento da autonomia, relação com pais e familiares, promoção do direito ao esporte seguro e inclusivo, entre outros. “Nosso principal legado é o conhecimento. No momento que todos discutem os resultados de uma Olimpíada, nós já estamos buscando capacitar melhor esses profissionais para que os conhecimentos passados sejam ainda melhores. Além disso, esse curso vai contribuir muito na formação de melhores cidadãos usando o esporte como agente transformador e com fins educativos”, ressaltou o secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras.

A goleira da Seleção Brasileira feminina de futebol, Bárbara Michelline, que esteve presente nos Jogos Olímpicos de 2016, prestigiou o lançamento do projeto. Para ela a ação pode vir a lançar novos talentos para o esporte em Pernambuco. “O projeto surge em um momento oportuno. O período olímpico despertou nos jovens a vontade de um dia também projetar a sua história. Para eles é fundamental receber o apoio de profissionais qualificados com potencial para levá-los muito mais longe. Ações como essa representam muito para o futuro do esporte no Estado”, disse. O curso, gratuito, já teve início para os primeiros profissionais inscritos nesta segunda-feira (22).

Um novo estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que oito a cada dez pessoas de 18 anos de idade acreditam que os jovens correm perigo de ser abusados sexualmente ou explorados online.  E mais de cinco em cada dez jovens acham que seus amigos têm comportamentos de risco ao usar a internet.

No Brasil, 94% dos entrevistados acreditam que as crianças e os adolescentes correm risco de ser abusados ou usados sexualmente online. A pesquisa de opinião internacional consultou mais de 10 mil pessoas de 18 anos de idade de 25 países, como o Brasil, revelando as perspectivas dos jovens sobre os riscos que enfrentam ao crescer em um mundo cada vez mais conectado.

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O novo relatório conclui que os adolescentes parecem confiantes com a sua própria capacidade de se manter seguros, com quase 90% dos entrevistados acreditando que eles podem evitar perigos online. Entre os brasileiros, 86% disseram que sabem como evitar esses riscos. Outros 80% afirmam que sabem como lidar como pessoas que fazem comentários indesejados ou pedidos online sobre sexo.

Globalmente, cerca de seis a cada dez entrevistados disseram que conhecer novas pessoas online é de alguma forma importante ou muito importante para eles, mas apenas 36% acreditam fortemente poder dizer quando estes indivíduos estão mentindo sobre quem são.

Mais de dois terços das meninas (67%), em todo o mundo, concordam fortemente que ficariam preocupadas se recebessem comentários ou pedidos sexuais por meio da internet, em comparação com 47% dos meninos. Quando ocorrem ameaças online, mais adolescentes procuram seus amigos do que pais ou professores, mas menos da metade concorda fortemente saber como ajudar um amigo que enfrenta a mesma situação.

Além disso, 83% dos entrevistados nos 25 países disseram que contariam a um amigo se eles se sentissem ameaçados online, em comparação com 69% que contariam a seus pais. Apenas 38% disseram que relatariam o problema a um professor. 

"A internet e o telefone celular revolucionaram o acesso de pessoas jovens à informação, mas os resultados da pesquisa mostram o quão real é o risco de abuso online para meninas e meninos", disse o diretor associado de Proteção Infantil do Unicef, Cornelius Williams.

Segundo dados da Unicef, um a cada três usuários de internet é criança. "A Unicef espera amplificar a voz dos adolescentes para ajudar a resolver a violência, a exploração e o abuso online e assegurar que as crianças possam tirar o máximo proveito dos benefícios que a internet e o telefone celular oferecem", complementa.

Quase 70 milhões de crianças morrerão antes dos cinco anos até 2030 e 167 milhões viverão em pobreza extrema nesse ano se a comunidade internacional não investir já nas mais crianças pobres, alertou hoje (28) o Fundo das Nações Unidas para a Infância - Unicef.

Intitulado “Uma oportunidade justa para todas as crianças”, o relatório anual do Unicef revela que, embora o mundo tenha registado progressos na infância, essas melhorias não foram uniformes e as desigualdades marcam a vida de milhões de crianças.

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“Quando olhamos para o mundo de hoje, somos confrontados com uma verdade desconfortável, mas inegável: As vidas de milhões de crianças são arruinadas pelo simples fato de terem nascido num determinado país, comunidade, género ou circunstância”, escreve o diretor-geral da organização, Anthony Lake, no prefácio do relatório.

Para ele, “agora é o momento de agir” porque, se o mundo não acelerar o ritmo de progresso, 69 milhões de crianças morrerão, em sua maioria de causas evitáveis, antes de completarem cinco anos, até 2030, o ano em que terminam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis, definidos no ano passado.

África

Nesse mesmo ano, as crianças da África subsaariana terão 10 vezes mais probabilidade de morrer antes dos cinco anos do que as dos países ricos e nove em cada dez crianças a viver em pobreza extrema estarão naquela área, alertou Anthony Lake.

Se nada for feito, mais de 60 milhões de crianças em idade escolar estarão fora da escola e cerca de 750 milhões de mulheres terão sido casadas na infância.

O diretor-geral da Unicef sublinha que o futuro não tem de ser tão sombrio e lembra que muitos dos constrangimentos que impedem o mundo de ajudar estas crianças não são técnicos.

“São uma questão de compromisso político. São uma questão de recursos. E são uma questão de vontade coletiva”, alertou.

O relatório revela que investir nas crianças mais vulneráveis pode produzir benefícios imediatos e a longo prazo, tanto para as próprias crianças como para a sociedade.

Segundo o documento, cada ano adicional de escolaridade que uma criança frequenta se traduz em um aumento de cerca de 10% dos rendimentos que aufere na idade adulta e, por cada ano adicional de escolaridade que os jovens de um país completam, as taxas de pobreza diminuem cerca de 9%.

“Mais do que nunca, devemos reconhecer que o desenvolvimento só é sustentável se puder ser continuado – sustentado – pelas gerações futuras”, escreveu Anthony Lake.

E exemplifica: “Quando ajudamos um menino a ter acesso aos medicamentos e nutrição de que precisa para crescer saudável e forte, não só aumentamos as suas hipóteses na vida, como reduzimos os custos sociais e económicos associados à doença e à fraca produtividade”.

O prefácio do diretor-geral termina com um apelo: “Nós conseguimos. A injustiça não é inevitável. A desigualdade é uma escolha. Promover a equidade – uma oportunidade justa para cada criança, para todas as crianças – também é uma escolha. Uma escolha que podemos fazer e devemos fazer. Pelo seu futuro, e pelo futuro do nosso mundo”.

A Unicef advertiu nesta quarta-feira que cerca de 20 mil crianças estão presas na cidade de Fallujah, no Iraque, em meio ao conflito entre as tropas iraquianas que tentam recapturar a cidade que está sob o controle do grupo Estado Islâmico.

Apoiadas pela coalizão liderada pelos EUA e forças paramilitares principalmente compostas de milícias xiitas, as tropas do governo iraquiano lançaram há uma semana uma ofensiva para recapturar Fallujah, que tem estado sob controle do grupo extremista durante mais de dois anos.

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A Unicef estimou que o número de crianças presas com suas famílias dentro da cidade é de cerca 20 mil e alertou que elas enfrentam uma crise humanitária, além do risco de recrutamento forçado para o combate pelos militantes do Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

Conheça Sofia. Uma garota de 7 anos de idade e que está em um barco de borracha com água até os joelhos. Ela sente frio e medo. Só que a menina não é real. Ela é resultado de uma animação 3D gerada por computador, resultado da fusão das imagens de 500 de crianças vítimas de guerras. Confira abaixo.

O projeto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) quer aumentar a conscientização sobre as cerca de 250 milhões de crianças em todo o mundo que tiveram a vida interrompida pela guerra, concentrando a campanha em um único rosto humano. Ainda segundo a Unicef, Sofia é o nome feminino mais usado no mundo.

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A pequena Sofia aparece num vídeo em que fala sobre homens armados que invadiram sua casa e forçaram sua família a fugir. "Criamos Sofia para dar um rosto a todas as crianças que não são visíveis para nós", disse o gerente de captação de recursos da Unicef Suécia, Per Westberg. Cerca de metade dos 19,5 milhões de refugiados globais registados são crianças, de acordo com a ONG Save the Children.

"Meu nome é Sofia, tenho 10 anos, tive de fugir quando homens armados entraram em nossa casa. Meu nome é Sofia, tenho 7 anos, estou em um barco, faz frio, e água chega até meus joelhos. Meu nome é Sofia, tenho 5 anos, e queria voltar para a escola", afirma a menina virtual.

A agência creiativa Edelman Deportivo usou a ferramenta Face Research para transformar 500 rostos em apenas um. A empresa de produção Pixel Grinder, cujos fundadores desenvolveram efeitos 3D para filmes como "Avatar", "Planeta dos Macacos" e "Tintin", ajudou a trazer Sofia à vida.

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Projeto do Governo de Pernambuco, o programa Mais que Futebol teve sua última aula nesta quinta-feira (14), com a realização de um evento no Auditório Ribeira, no Centro de Convenções. Os alunos, que tiveram as aulas iniciadas no mês de dezembro, concluíram o curso com palestras de Eduardo Tega, vice-presidente da Universidade do Futebol, e Rodrigo Fonseca, representante do Unicef. Ao final, todos receberam certificados de conclusão.

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A iniciativa do programa é a de capacitar mais de 150 profissionais e acadêmicos, como professores de educação física da rede estadual de ensino, acadêmicos do curso de educação física, e representantes de projetos sociais e de escolinhas de todo o Estado, através de aulas on-line e palestras para mostrar que o futebol pode ser utilizado como ferramenta para fins educativos, formando cidadãos e melhorando qualidade de vida.

O Mais que Futebol foi realizado através de uma parceria da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco juntamente com a Unicef, a Universidade do Futebol e a Fundação Barcelona. Uma segunda edição do projeto ainda não foi confirmada pelo Governo do Estado.

Educação, saúde, renda, satisfação com a vida: as crianças estão longe de ser iguais nos países ricos e as diferenças aumentam em vários deles entre as mais desfavorecidas e as demais, segundo um relatório da Unicef publicado nesta quinta-feira (14).

"Os avanços para reduzir as desigualdades de bem-estar entre as crianças são muito pequenos", destaca o relatório do centro de investigação Innocenti da Unicef, que propõe uma classificação destas disparidades em 41 países da OCDE e da União Europeia.

Em muitos países, "a diferença aumentou entre as crianças mais desfavorecidas e seus pares desde os anos dois mil", ressalta este "Balance Innocenti 13" redigido por John Hudson e Stefan Kuhner, que descreve uma situação com tendências globais decepcionantes.

"Nenhum país conseguiu realmente reduzir a diferença em matéria de problemas de saúde apontados pelos menores" (dores de cabeça, nas costas, barriga, insônia...). As desigualdades inclusive se acentuaram em 25 países, com aumentos consideráveis na Irlanda, Malta, Polônia e Eslovênia.

Entre os adolescentes, "as disparidades entre os sexos estão disseminadas e são persistentes" em matéria de saúde e as meninas correm maior risco de serem deixadas de lado. Em dez países, estas disparidades aumentaram.

Em educação, "poucos países conseguiram reduzir ao mesmo tempo a diferença de êxito e o número de alunos com dificuldades de leitura". Outrora exemplares, Finlândia e Suécia viram as desigualdades aumentarem e o nível de êxito cair.

Em todos os países da OCDE, os menores mais desfavorecidos sofrem um atraso equivalente a três anos de escolarização em leitura em relação à "criança média". Em um país como a França, "a diferença entre os resultados dos alunos em função de seu meio social é muito importante", segundo o documento.

Insatisfeitos com suas vidas

No Chile, México, Bulgária e Romênia, quase um quarto dos alunos de 15 anos carecem das aptidões e competências necessárias para resolver exercícios básicos de leitura, matemática e ciências, algo "particularmente alarmante" para a Unicef.

Consequência da crise, em 19 dos países examinados, entre eles Espanha, Grécia, Itália e Portugal, ou ainda México, Israel ou Japão, as crianças mais pobres não chegam à metade das receitas da criança média de seus países.

Quanto à diferença de "satisfação na vida", aumentou em mais da metade dos países, sobretudo em Bélgica, Espanha e República Tcheca.

Em Alemanha, Espanha, Estados Unidos, em Islândia, Irlanda e Itália, os filhos da imigração apontam um nível de satisfação com suas vidas menor que os outros.

E ainda há as meninas. Cerca de 30% das francesas de 15 anos se mostram insatisfeitas com suas vidas, contra 14% de meninos.

No campo das boas notícias, as desigualdades na prática de uma atividade física e em matéria de maus costumes alimentares diminuíram na maioria dos países ricos.

Certos países com índices de handicap educacional mais altos (Chile, México, Romênia) registraram uma forte diminuição das diferenças de êxito e uma alta no nível geral de competências.

Os países bálticos, por sua vez, reduziram as desigualdades de satisfação das crianças em relação as suas vidas. Em outros, como Finlândia ou República Tcheca, a diferença de renda caiu entre 2008 e 2013.

O relatório se baseia nos dados mais recentes disponíveis, que variam segundo os países, de 2007 a 2014.

Uma conferência organizada pela Unicef, "Mais igualdade para as crianças", reúne nesta quinta-feira especialistas internacionais em Paris.

O número de crianças envolvidas em ataques suicidas na região do lago Chade, área de atuação do grupo islamita nigeriano Boko Haram, multiplicou por 10 em 2015, de acordo com estimativas divulgadas pelo Unicef.

De quatro crianças utilizadas em ataques suicidas em 2014, o número chegou a 44 um ano depois, segundo o Unicef, que reúne dados da Nigéria, Camarões, Chade e Níger, os países de atuação do grupo que jurou fidelidade ao grupo Estado Islâmico (EI).

Mais de 75% dos menores nestes ataques são meninas, de acordo com o Unicef. O relatório tem o título "Beyond Chibok" ("Além de Chibok"), em referencia à localidade da Nigéria onde o Boko Haram sequestrou 276 meninas há dois anos.

"É necessário ser claro: estas crianças são vítimas, não autores", afirma Manuel Fontaine, diretor regional do Unicef para os países do oeste e centro da África. "Enganar as crianças e forçá-las a cometer atos mortais é um dos aspectos mais horríveis da violência na Nigéria e nos países vizinhos", completa.

Desde janeiro de 2014, o extremo norte de Camarões, cenário recorrente dos ataques do Boko Haram, é o local com o maior número de atentados suicidas com crianças (21), seguido por Nigéria (17) e Chade (2).

Este fenômeno "cria uma atmosfera de medo e de suspeita que tem consequências devastadoras" para as crianças, sobretudo as que foram libertadas depois de viver em cativeiro de grupos armados, indica o Unicef.

Estas crianças, assim como as nascidas em casamentos forçados ou em consequência de estupros, "enfrentam a estigmatização e a discriminação" em seus vilarejos e nos campos de deslocados.

O Boko Haram, que nos últimos meses sofreu várias derrotas para os exércitos da região, que os expulsaram de quase todas as localidades que haviam conquistado na Nigéria. Como resposta, o grupo multiplicou os atentados suicidas utilizando mulheres e crianças para aterrorizar a população.

"A face da pureza"

Os perfis das crianças "suicidas" variam muito, segundo o Unicef, e em alguns casos têm apenas oito anos. Alguns foram sequestrados, como as meninas de Chibok, ou são crianças que ficaram sozinhas após o caos provocado por um ataque do Boko Haram.

"São presas fáceis por sua vulnerabilidade", explica à AFP Laurent Duvillier, diretor de comunicação regional do Unicef. Quase 1,3 milhão de crianças fora deslocadas pelo conflito, número que era de 800.000 há apenas um ano. Os ataques suicidas em mesquitas, mercados e restaurantes são uma maneira do Boko Haram recorrer a uma "técnica muito perversa". "Quem vai desconfiar de uma criança? São a face da pureza", afirma Duvillier.

Khadija, uma camaronesa de 17 anos, passou quase um ano em cativeiro e foi obrigada a casar com um combatente do Boko Haram, do qual teve um filho. Quando conseguiu escapar e chegar a um campo de deslocados, encontrou a hostilidade das demais mulheres, que se negavam a compartilhar a água com ela.

"Algumas me pegavam e afastavam. Diziam: 'Você é uma mulher do Boko Haram, não venha conosco", recorda. A adolescente foi sequestrada quando seguia para uma visita a sua mãe em Banki, na Nigéria. O Boko Haram, que já provocou 2.000 mortes com sua insurreição, afirmou em um vídeo divulgado no dia 1 de abril que está disposto a seguir com a luta armada.

O Unicef trará dinâmica e interação para contar histórias de crianças brasileiras que, cotidianamente, lidam com desafios para chegar à escola e, quando conseguem, encontram motivos para desistir. Isso será materializado na instalação “Vida em jogo”, no Shopping RioMar Recife, desta terça-feira (5) até o próximo dia 17 de abril, na praça central do piso L1 do centro de compras.

Ao público interessado, a entrada no espaço reservado para o evento será gratuita, com portas abertas para visitação das segundas às sextas-feiras, das 9h às 22h. Durante os fins de semana e feriados, das 12h às 21h. O shopping que servirá de palco para a exposição fica na Avenida República do Líbano, 251, no bairro do Pina, Zona Sul da capital pernambucana. 

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O conceito dessa iniciativa procura ir além da ideia de exposição, levando ao público, através de enredos e rostos, temáticas como a exclusão e o abandono escolar. Justamente realidades que, na maioria dos casos, aparecem distantes da visão palpável dos visitantes do “Vida em jogo”, cujo objetivo é tentar a mudar a vida desses protagonistas do evento.

O gigante americano Google anunciou nesta quinta-feira (3) que uniu forças com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para frear a expansão do vírus zika, e entregou ao organismo da Organização das Nações Unidas (ONU) US$ 1 milhão com o objetivo de apoiar o trabalho em terra.

Uma equipe de engenheiros, designers e cientistas do Google ajudará a Unicef a criar uma plataforma informática que permita analisar os dados provenientes das múltiplas fontes e prever eventuais epidemias, explicou a diretora do setor beneficente do grupo.

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"O objetivo desta plataforma colaborativa é identificar o risco de transmissão do zika vírus em diferentes regiões e ajudar a Unicef, os governos e as ONGs a decidir onde e como concentrar os esforços a tempo", declarou em um blog a diretora do Google.org, Jacqueline Fuller.

"Este conjunto de instrumentos foi pensado para dar uma resposta ao zika, mas também poderá ser aplicado a futuras emergências", acrescentou. O milhão de dólares doado à Unicef deve permitir lutar contra o Aedes aegypti, o mosquito responsável pela transmissão do vírus que atinge a América Latina, disse a executiva do Google.

Também deve servir para desenvolver diagnósticos, vacinas e políticas de prevenção, acrescentou Fuller. Ao mesmo tempo, o Google espera coletar entre seus funcionários a soma de 500.000 dólares destinados à Unicef e à Organização Pan-Americana da Saúde (OPS).

Cerca de um milhão de crianças na África Oriental e Austral sofrem de desnutrição aguda grave por causa da seca que atinge o continente e é provável que piore com o fenômeno climático El Niño - alertou a Unicef neste quarta-feira.

"O fenômeno El Niño será reduzido, mas o impacto sobre as crianças será sentido por muitos anos", avaliou Leila Gharagozloo-Pakkala, diretora-regional da Unicef para a África Oriental e Austral. "É uma situação sem precedentes e a sobrevivência das crianças depende das ações tomadas agora", acrescenta.

A desnutrição aguda severa é caracterizada por uma perda de peso muito significativa e é responsável pela maioria das mortes de crianças menores de cinco anos no mundo, de acordo com a Unicef.

Há dois anos o volume de chuvas está abaixo da média nessas regiões da África, e as colheitas são escassas. Como resultado, os preços das matérias-primas aumentar e os habitantes tiveram a alimentação reduzida. As crianças estão em maior risco de morrer de fome e de doenças, segundo a Unicef​​.

Lesoto, Zimbábue e várias províncias sul-africanas já estão em estado de catástrofe natural. A ONU estima que 14 milhões de pessoas podem ficar sem alimento em 2016 no sul da África por culpa das escassas colheitas do ano anterior, junto a uma seca extrema. No Malauí, por exemplo, 2,8 milhões de pessoas estão ameaçadas pela fome.

Na África Oriental, a Etiópia é particularmente atingida pela tragédia com 18 milhões de pessoas que necessitarão de ajuda alimentar antes do final do ano, segundo a Unicef. Para a organização, o país precisa de 87 milhões de dólares em doações. Segundo o escritório da ONU pata a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), as comunidades afetadas pelo fenômeno do El Niño necessitarão de dois anos para se recuperar desta grave seca.

O fenômeno El Niño, corrente equatorial quente do Pacífico, reaparece a cada cinco ou sete anos e conheceu este ano uma forte intensidade. Causou graves secas em certas áreas e inundações em outras. A estação de chuvas, correspondente ao verão no hemisfério sul, termina tradicionalmente em abril para dar início a cerca de cinco meses de estação seca, o que poderia piorar a situação até o final de 2016.

Cerca de 250 milhões de crianças, uma em cada nove no mundo, vivem em países atingidos por conflitos, lamentou nesta terça-feira (26) o Unicef, que pede 3 bilhões de dólares este ano para ajudar as mais vulneráveis. "O número de crianças envolvidas em crises humanitárias no mundo é impressionante e terrível", considerou o Fundo das Nações Unidas para a Infância.

A agência indica que precisará de 2,8 bilhões de dólares este ano para ajudar estas crianças. Ela informa que seu orçamento dobrou em 3 anos, enquanto os conflitos e condições climáticas extremas forçaram um número crescente de crianças a deixar suas residências e expôs milhões de outras a severos déficits alimentares, violência, doenças, abusos e ameaças à educação.

"Cerca de uma em nove crianças no mundo vive atualmente em zonas de conflito", observa Unicef em um comunicado. No ano passado, essas crianças "tiveram duas vezes mais probabilidades de morrer de doenças que poderiam ser evitadas antes da idade de 5 anos do que as crianças do resto do mundo".

A agência informa que o orçamento solicitado para este ano permitirá ajudar 76 milhões de pessoas, incluindo 43 milhões de crianças em 63 países. Grande parte dessa ajuda - cerca de 1,2 bilhão - irá para a Síria, devastada por uma guerra civil que já dura 5 anos, e aos cerca de 4 milhões sírios que se refugiaram em países vizinhos.

O Unicef também afirma que um quarto da ajuda que deseja distribuir é destinado à educação das crianças em situações de emergência, com o objetivo de passar de 4,9 milhões em 2015 a 8,2 milhões este ano. Está provado que "se uma criança não vai à escola por 5 anos, uma geração está perdida", disse à imprensa Sikander Khan, diretor do Unicef.

Uma população crescente de jovens homens homossexuais está contraindo o vírus HIV por meio de encontros sexuais desprotegidos, com estranhos, contatados através de aplicativos de paquera, como o Tinder e o Grindr. O dado é de uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

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Aplicativo para jovens calcula risco de contrair vírus HIV

O relatório afirma que houve aumento no número de casos de HIV entre adolescentes com idade entre 10 e 19 anos da região da Ásia-Pacífico, que inclui países como China, Japão, Indonésia e Tailândia. Boa parte deles usou aplicativos de namoro para encontrar parceiros sexuais casuais.

"A explosão de aplicativos de paquera gay para smartphones expandiu como nunca as opções para sexo espontâneo casual – usuários dos aplicativos móveis na mesma vizinhança (quando não na mesma rua) podem se localizar e marcar um encontro sexual imediato com apenas alguns toques na tela", afirma o relatório da pesquisa.

A epidemia avança mais rápido – sobretudo em grandes cidades, como Bangcoc (Tailândia), Jacarta (Indonésia) e Hanói (Vietnã) – entre homens jovens que fazem sexo com homens e jovens usuários de drogas injetáveis. Apesar de os próprios aplicativos não serem diretamente responsáveis ​​pela propagação de doenças, eles estão sendo usados ​​por jovens para entrar em comportamentos de risco.

"Jovens homens gays nos afirmaram com frequência que agora estão usando aplicativos de paquera para encontros sexuais, e que estão tendo mais sexo casual em decorrência disso. Sabemos que esse tipo de comportamento de risco aumenta a disseminação do HIV", afirmou ao jornal britânico The Guardian Wing-Sie Cheng, consultor do Unicef para HIV/Aids no leste da Ásia e Pacífico.

Em 2014, cerca de 50 mil adolescentes com idades entre 15 e 19 anos na região estudada tornaram-se portadores do vírus HIV, respondendo por quase 15% de todos os novos casos na Ásia e no Pacífico. "Estamos convencidos de que há uma ligação, e que precisamos trabalhar melhor com os fornecedores de aplicativos móveis para compartilhar informações sobre HIV e proteger a saúde dos adolescentes", acrescentou Chen.

A Unicef sugere que estes aplicativos também podem ser veículos para educar seus usuários sobre o sexo seguro e a necessidade de realizar testes regulares de HIV. A Aids é atualmente a segunda maior causa de morte entre adolescentes no mundo todo. Embora o estudo da Unicef não aborde o Brasil, dados oficiais mostram que a incidência de infecção por HIV está aumentando entre jovens de 15 a 24 anos.

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