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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o segundo boletim informativo das eleições de 2022 e informou que 1.883 urnas foram substituídas até as 11h30 deste domingo. O número corresponde a 0,35% do total de urnas disponíveis.

São 472.075 urnas nas seções eleitorais do País. O TSE também tem, à disposição, 64.918 urnas de contingência para substituir equipamentos que apresentarem problemas, sem prejuízo aos votos já recebidos. Tradicionalmente, a taxa de urnas substituídas ao final da votação fica em torno de 1,4%.

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Até esta sexta-feira (28), o Tribunal de Contas da União (TCU) contou 3.591 boletins de urna, 86% do total que solicitou ao TSE, 4.161 documentos. Todos os dados são iguais aos resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo painel eletrônico lançado na quinta-feira (27).

O ministro Bruno Dantas, presidente em exercício do TCU, apresentou a página nesta quinta ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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O Tribunal de Contas da União (TCU) cobrou que o Ministério da Defesa responda à requisição de informações sobre a fiscalização inédita realizada no sistema eletrônico de votação. O ministério ignorou uma decisão do presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, com pedido de envio dos dados relativos ao primeiro turno, conforme novo ofício enviado à Defesa. A quatro dias do segundo turno, Dantas reiterou a solicitação.

Como o Estadão antecipou, diante do silêncio dos militares o Ministério Público junto ao TCU cobrou a divulgação do resultado, ainda que parcial, dos trabalhos de fiscalização ou auditoria promovidos pela equipe das Forças Armadas nas eleições. O subprocurador-geral Lucas Furtado requisitou "cópia do relatório de auditoria ou de documento correlato que revele o resultado da fiscalização daquele órgão acerca do processo eleitoral relativo ao primeiro turno de votação". Furtado argumentou que a Constituição somente admite o sigilo no poder público "em raras hipóteses, uma delas quando a informação seja imprescindível à segurança do Estado, e, neste caso, é a segurança do Estado que sairá fortalecida com a divulgação de tais informações".

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Bruno Dantas deferiu o pedido no dia 9 de outubro, e encaminhou à Defesa, com 15 dias para resposta - prazo já expirado. "Notificado dessa decisão, o Ministério da Defesa não apresentou até o momento as informações requeridas pelo Ministério Público de Contas. Tendo em vista o decurso do prazo sem a apresentação das informações indicadas pelo parquet especializado, determino seja reiterado ao Ministério da Defesa a requisição feita pelo Ministério Público de Contas", escreveu o ministro, em decisão assinada nesta terça-feira, dia 25.

Após o primeiro turno, o TCU e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) asseguraram que os testes nas urnas eletrônicas confirmaram que os votos digitados foram registrados corretamente nos equipamentos. Em linha com a posição do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, os militares não deram transparência a nenhum dado referente às atividades de fiscalização.

Em resposta a outra requisição judicial, do TSE, os militares alegaram que divulgar dados parciais poderia levar a inconsistências no futuro e se comprometeram a entregar um relatório apenas à Corte Eleitoral e somente após o segundo turno. A Defesa afirmou que não existe nenhum relatório pronto e que não entregou documentos a nenhum dos candidatos a presidente da República.

Apesar disso, o Estadão apurou que Bolsonaro foi notificado sobre o andamento da fiscalização em conversa com o ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira.

Um general da ativa afirmou, sob condição de anonimato, que teve acesso às informações e que nenhuma irregularidade foi encontrada na fiscalização da Defesa. Segundo esse general, o sistema se mostrou "­­muito consistente". O vice-presidente Hamilton Mourão, general de Exército da reserva, disse ao Estadão que, se algum problema sério tivesse sido detectado, as Forças Armadas teriam alertado. "Que eu saiba, não teve nada", declarou.

Em entrevista veiculada nesta terça-feira, dia 25, Bolsonaro disse que, segundo ouviu dos militares, ainda persistem "vulnerabilidades" nas urnas eletrônicas. Ele afirmou também que as Forças Armadas consideram "impossível dar um selo de credibilidade" ao sistema de votação. O Ministério da Defesa não se manifestou.

O TCU afirmou que requisitou os dados da Defesa para subsidiar a sua própria auditoria. Nos bastidores do poder, o pedido foi visto como uma forma de a Corte de Contas realizar uma "fiscalização da fiscalização" promovida pelas Forças Armadas.

Assim como as Forças Armadas, o TCU é entidade fiscalizadora credenciada pela Justiça Eleitoral. A Corte de Contas faz uma auditoria própria para "avaliar a sistemática brasileira de votação eletrônica, em todas as etapas da votação, desde a verificação das urnas eletrônicas até a totalização de votos, sob a responsabilidade do Tribunal Superior Eleitoral, no tocante à sua segurança, confiabilidade e auditabilidade".

Conforme Dantas ofício de Bruno Dantas, depois de ter sido instado a fornecer informações sobre a fiscalização em curso, os militares pediram acesso integral à auditoria do TCU, inclusive a documentos ainda sob sigilo. Dantas afirmou que analisará essa solicitação dos militares assim que os documentos requisitados pelo subprocurador-geral Lucas Furtado forem entregues.

O Ministério da Defesa informou nessa quarta-feira (19) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que só vai entregar um relatório com informações sobre seu trabalho de fiscalização do processo eleitoral após o fim do segundo turno. Em resposta à cobrança do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que deu 48 horas para os militares apresentarem relatório de auditoria das urnas eletrônicas, prazo esgotado na terça-feira (18), as Forças Armadas alegaram que seu trabalho só ficará pronto em até 30 dias após o fim da verificação do resultado do segundo turno.

A Defesa sustenta que divulgar um documento parcial, referente à primeira rodada da disputa, pode resultar em inconsistência. "A emissão de um relatório parcial, baseado em fragmentos de informação, pode resultar-se inconsistente com as conclusões finais do trabalho, razão pela qual não foi emitido", destacaram o coronel Wagner Oliveira da Silva, subchefe da equipe de fiscalização das Forças Armadas, e o contra-almirante Paulo Roberto Saraiva, subchefe de Comando e Controle, no documento enviado a Moraes.

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As Forças Armadas só começaram a acompanhar o processo eleitoral a pedido do presidente Jair Bolsonaro, que concorre ao segundo mandato pelo PL. Ontem, Bolsonaro foi questionado sobre o conteúdo da fiscalização dos militares e disse que os jornalistas estavam colocando palavras em sua boca. "As Forças Armadas não fazem auditoria. Lançaram equivocadamente. A Comissão de Transparência Eleitoral não tem essa atribuição. Então furada, fake news", respondeu o presidente, no Palácio da Alvorada.

Durante a campanha, porém, Bolsonaro chegou a afirmar que "algo de anormal" teria ocorrido no TSE caso não fosse reeleito no primeiro turno, com 60% dos votos. Lula liderou a votação, com Bolsonaro em segundo lugar. Após o resultado, ao ser perguntado sobre o sistema eleitoral, o presidente disse que iria aguardar o parecer das Forças Armadas. "Vai ser feito um relatório pelo Ministério da Defesa", avisou.

Segundo ofício enviado ao TSE pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, as Forças Armadas vão elaborar um relatório conclusivo "em até 30 dias após o encerramento da etapa 8 do Plano de Trabalho", que se refere à checagem da apuração. O parecer sobre o sistema eletrônico de votação vai incluir documentos, até agora mantidos em sigilo.

Na resposta à Justiça Eleitoral, as Forças Armadas destacaram que as atividades "permanecem em curso". A Defesa negou ter antecipado qualquer relatório de informações sobre essas ações a Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. "Devido à atual inexistência de relatório, não procede a informação de que ocorreu entrega do suposto documento a qualquer candidato", afirmou a Defesa.

O Estadão apurou, porém, que o presidente já tomou conhecimento do andamento das atividades dos militares, que não encontraram nenhuma irregularidade durante o primeiro turno, segundo oficiais do Exército a par dos trabalhos. Um general integrante do Alto Comando da Força Terrestre afirmou, sob condição de anonimato, que o sistema se mostrou "muito consistente".

Plano

Como antecipou o Estadão, os militares da ativa montaram plano de trabalho com oito etapas. Eles disseram ao TSE que "a execução avança com o objetivo de propiciar um resultado preciso, confiável e colaborativo (...), compatível com a imensa relevância do tema para a nação brasileira". Os oficias observaram que todas as ações de fiscalização "vêm sendo executadas de acordo com os acessos disponibilizados pela Justiça Eleitoral".

A Defesa teve 48 horas para responder à demanda judicial do partido Rede Sustentabilidade, deferida por Alexandre de Moraes. O prazo se encerrou às 16 horas de ontem. Moraes cobrava o envio de informações sobre a auditoria das urnas. "Determino ao Ministério da Defesa que, no prazo de 48 (quarenta e oito horas) preste as devidas informações, mediante a apresentação de cópia dos documentos existentes sobre eventual auditoria das urnas, com a correspondente fonte do recurso empregado", ordenou o ministro.

O general Paulo Sérgio chegou a se reunir com Moraes antes de enviar a resposta. Os militares se aproveitaram de uma diferença de terminologia e de definição técnica das atividades para manter informações em segredo. Como o presidente do TSE determinou o envio de dados e documentos de "auditoria", em vez de "fiscalização", as Forças Armadas se furtaram à entrega de dados concretos.

O raciocínio dos militares se baseou em interpretação literal dos procedimentos técnicos previstos na resolução 23.673 de 2021, do TSE. O documento dita as regras tanto para auditoria quanto para fiscalização do sistema eletrônico de votação. A norma estabelece que auditoria é um "exame sistemático sobre o funcionamento de softwares, que averigua se estão implementados de acordo com as normas legais, e procedimentos, para aferir suas conformidades". A fiscalização, por sua vez, é descrita como "ato de verificar se algo está ocorrendo como fora previsto, ou seja, em conformidade".

O ministério observou que as normas do TSE, previstas nessa resolução, não estabelecem nenhuma obrigatoriedade de elaboração e divulgação de relatórios sobre todas as etapas acompanhadas pelas entidades fiscalizadoras.

No caso dos militares, eles formaram uma Equipe de Fiscalização do Sistema Eletrônico de Votação, com 10 oficiais da ativa, oriundos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Segundo a Defesa, os integrantes da equipe são especialistas em gestão e operação de sistemas de tecnologia da informação, engenharia de computação, defesa cibernética, engenharia de telecomunicações e auditoria. A Defesa disse ainda que as despesas de diárias e passagens aéreas para o trabalho de fiscalização vem sendo custeadas com recursos administrativos da pasta, mas não informou valores despendidos.

"As Forças Armadas vêm executando as atividades de fiscalização do sistema eletrônico de votação de acordo com os momentos e mecanismos previstos. Ainda, conclui-se que um relatório conclusivo será encaminhado ao TSE ao término do processo e que as despesas correspondentes se restringem a pagamentos de diárias e passagens, custeadas com os recursos próprios do Ministério da Defesa", conclui o documento.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, deu 48 horas para o Ministério da Defesa entregar à Corte a auditoria realizada pela pasta no primeiro turno com cerca de 400 urnas. Como o Estadão/Broadcast informou, o documento já foi apresentado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que, insatisfeito com os resultados que não apontaram divergências com a apuração, mandou que os militares refizessem o trabalho

Moraes atendeu a um pedido da Rede Sustentabilidade e afirmou em sua decisão que "a realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas, mediante entrega de relatório ao candidato à reeleição, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo Chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder".

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O ministro pediu cópias da auditoria da Defesa, mandando que sejam destacados os recursos empregados para a realização de tal. Ele determinou ainda que Bolsonaro apresente sua defesa em cinco dias.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira, 17, que "não dá palpite" sobre as urnas eletrônicas porque o assunto está sendo tratado pelas Forças Armadas. O chefe do Executivo, contudo, chamou o sistema eletrônico de votação do País de "ultrapassado" e "antigo".

Em julho, Bolsonaro chegou a reunir embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para colocar em dúvida a confiabilidade das urnas, sem apresentar provas ou indícios de irregularidades. Após o resultado do primeiro turno da eleição, o candidato reduziu as críticas.

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"Não existe sistema eletrônico que seja perfeitamente blindado. Se nunca teve (problemas), vai chegar a hora. O que a gente sempre busca é mais uma camada de transparência. É isso que nós lutamos no passado. E, no momento, as Forças Armadas foram convidadas a integrar uma comissão de transparência eleitoral", afirmou Bolsonaro, em entrevista à Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.

"Este trabalho está com as Forças Armadas. Eu não dou palpite. As Forças Armadas têm uma equipe enorme lá no comando de defesa cibernética que trabalha nessa questão. Todos são unânimes em dizer que não existe sistema impenetrável, inviolável. Até na Nasa a molecada entra", emendou o presidente.

Ao chamar a urna eletrônica de "ultrapassada" e "antiga", Bolsonaro disse que os bancos gastam "uma fortuna" por ano para evitar o sequestro de dados de clientes.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou que a testagem das urnas utilizadas no primeiro turno comprovou sua lisura. A amostragem foi realizada com 2.044 eleitores de 58 seções que concordaram em ceder suas digitais. Houve 0% de divergência entre os votos digitados e os computados. Outra apuração, do Tribunal de Contas da União (TCU), concluiu a mesma coisa. Um terceiro teste foi feito pelos militares, mas seus resultados não foram divulgados.

Críticas

O chefe do Executivo também voltou a criticar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. "As medidas que o PT entra contra mim, quase todas são aceitas. A recíproca não é verdadeira. O que é que eu critico na postura do Alexandre de Moraes? Ele não aceita sugestões, não feitas por mim, mas pela comissão de transparência eleitoral", afirmou o presidente.

No último dia 11, Bolsonaro convocou seus apoiadores a permanecerem perto das seções eleitorais no próximo dia 30 até sair o resultado do segundo turno da eleição para o Palácio do Planalto. Durante discurso em Pelotas (RS), o chefe do Executivo também colocou em dúvida o número de votos recebidos por Lula na primeira etapa da disputa.

"No próximo dia 30, de verde e amarelo, vamos votar. E, mais do que isso, vamos permanecer na região da seção eleitoral até a apuração do resultado. Tenho certeza que o resultado será aquele que todos nós esperamos, até porque o outro lado não consegue reunir ninguém", declarou Bolsonaro, na ocasião. "Todos nós desconfiamos, como pode aquele cara (Lula) ter tantos votos se o povo não está ao lado mesmo?", emendou o presidente.

No primeiro turno, Lula obteve 57,2 milhões de votos válidos, ou 48,43% do contabilizado pela Justiça Eleitoral. Bolsonaro, candidato à reeleição, recebeu 51 milhões de votos, ou 43,20% do total.

Após o primeiro turno, a pedido da campanha, Bolsonaro tem evitado questionar de forma enfática as urnas, como fazia antes. Aliados do candidato à reeleição avaliam que ficou mais complicado colocar em xeque o sistema eleitoral brasileiro depois da "onda" que elegeu diversos bolsonaristas para a Câmara e o Senado na primeira etapa da disputa. O PL, partido do presidente, terá a maior bancada nas duas Casas a partir do ano que vem.

No próximo dia 30 de outubro, no segundo turno das Eleições Gerais de 2022, eleitores de oito municípios também vão às urnas para eleger novos prefeitos e vice-prefeitos em eleições suplementares.

O pleito municipal ocorrerá nas cidades de Cachoeirinha, Cerro Grande e Entre Rios do Sul no Rio Grande do Sul; Joaquim Nabuco e Pesqueira, em Pernambuco; Canoinhas, em Santa Catarina; Pinhalzinho em São Paulo; e Vilhena, em Rondônia. 

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*Da Agência Senado

O Tribunal de Contas da União (TCU) requisitou nesta sexta-feira, 7, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) boletins de urna de 4.577 seções eleitorais para conferir os resultados divulgados pela Corte eleitoral no primeiro turno, realizado no último domingo, 1º.

A auditoria foi anunciada pelo TCU em setembro. Segundo o tribunal, a amostra foi baseada em modelo estatístico representativo do total de urnas, que garante 99% de confiabilidade. As seções eleitorais que serão auditadas estão em 2,3 mil municípios, ou 40% dos municípios com eleição, no Brasil e no exterior. Por uma margem de segurança, o TCU selecionou um número 10% maior do que as 4.161 definidas inicialmente para a fiscalização.

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Nesta semana, a Corte de contas informou que a primeira auditoria, realizada com 560 urnas, não encontrou inconsistências nos resultados do TSE. O objetivo da análise foi entregar com maior rapidez o resultado do teste, uma vez que o sistema eleitoral vem sendo atacado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e por seus apoiadores.

Os resultados desta segunda auditoria serão enviados ao TSE por meio de dois relatórios que devem ficar prontos em novembro e fevereiro, respectivamente.

As Forças Armadas, que também anunciaram uma auditoria com contagem de cerca de 300 urnas, ainda não entregaram seu relatório ao TSE. Quando questionado se acreditava nos resultados divulgados no domingo, Bolsonaro disse após o fim do primeiro turno que aguardaria o parecer dos militares.

O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou que, durante a auditoria que realizou nas urnas eletrônicas e em todo o processo eleitoral realizado no último domingo, 2, não encontrou nenhuma irregularidade ou fragilidade, confirmando a segurança do sistema, atacado sem provas pelo presidente Jair Bolsonaro. O anúncio foi feito pelo presidente da Corte de Contas, ministro Bruno Dantas.

"Registro o sucesso desta ação de fiscalização realizada por esta corte, que evidenciou, uma vez mais, a transparência do sistema eleitoral brasileiro", declarou Dantas. "A análise foi encerrada no início do dia 3/10 e o processo de conferência de votos por candidato para os cargos de Senador, Governador e Presidente não registrou nenhuma inconsistência de dado incorreto."

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No último sábado, 1, que antecedeu o pleito eleitoral, um grupo de 54 auditores (dois em cada Estado e no Distrito Federal) acompanhou o sorteio das urnas nas quais seriam aplicados procedimentos relacionados ao teste de integridade. Neste ano, esses testes tiveram a participação biométrica de eleitor voluntário.

Com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dantas acompanhou o andamento dos testes de integridade das urnas eletrônicas e a verificação de autenticidade e integridade dos sistemas. Finalizada a votação no domingo, uma equipe de 15 auditores fez a conferência dos 560 boletins de urna coletados e enviados pelos 54 auditores do TCU nas unidades federativas. Tudo ocorreu dentro da normalidade.

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a mesma estrutura de acompanhamento do processo eleitoral aplicada no primeiro turno será repetida no segundo turno, em 30 de outubro.

Nessas eleições, 11 candidatos ao Legislativo não receberam nenhum voto. Os concorrentes sem apoio até mesmo dos próprios amigos e familiares defendiam as candidaturas pelo PRTB, Democracia Cristã, Pros, Agir, PV e Solidariedade. 

O resultado mostrou que nem os próprios candidatos a deputado estadual e federal votaram em si, no último domingo (2). Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que as regiões Norte e Nordeste foram o reduto dessas campanhas suspeitas. 

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Dos 11 concorrente sem voto, quatro são de Roraima, dois de Pernambuco, dois do Acre, um do Tocantins, um do Maranhão, um de Rondônia e outro do Ceará. Confira a lista dos candidatos que não marcaram pontos nas urnas: 

Denis Dias (PRTB-TO) – deputado estadual;

Karol Miranda (Solidariedade-RR) – deputada estadual;

Klais Policarpo (Solidariedade-RR) – deputado estadual;

Maria Saraiva (Solidariedade-RR) – deputada estadual;

Williams Tomaz (PV-RR) – deputado estadual;

Marnizia (Agir-RO) – deputada estadual;

Suelen Camila (Agir-PE) – deputada estadual; 

Thamires Silva (PRTB-PE) – deputada estadual; 

Gonzales Filho (DC-MA) – deputado estadual;

Ambrozio Moura (Agir-AC) – deputado estadual; 

Dir Silva (Agir-AC) –  deputado estadual;

Eduardo Menezes (Pros-CE) – deputado federal; 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu, na manhã desta terça-feira (4), a totalização de todos os votos do primeiro turno das eleições. De acordo com os dados, Lula obteve 57.259.504 votos (48,43% dos votos válidos) e Bolsonaro 51.072.345 votos (43,20% dos votos válidos). Os dois vão disputar o segundo turno no dia 30 de outubro.

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Ainda no domingo, a eleição foi definida matematicamente. O TSE divulgou que a totalização aconteceu às 10h27 de hoje. No total, foram apuradas 472.075 seções eleitorais, a última delas em Coari, no Amazonas.

Do total de 156.454.011 eleitores aptos a votar, 123.682.372 compareceram às urnas, número equivalente a 79,05%. Os votos válidos totalizaram 118.229.719.

A abstenção alcançou 32.770.982 e representou 20,95%. Os votos nulos foram 3.487.874, o que corresponde a 2,82% do total de votos. Já os votos em branco somaram 1.964.779 (1,59%).

Veja os votos dos demais candidatos à Presidência:

Simone Tebet (MDB) 4.915.423 votos

Ciro Gomes (PDT) 3.599.287 votos

Soraya Thronicke (União) 600.955 votos

Felipe D’Ávila (Novo) 559.708 votos

Padre Kelmon (PTB) 81.129 votos

Léo Péricles (UP) 53.519 votos

Sofia Manzano (PCB) 45.620 votos

Vera (PSTU) 25.625 votos

Constituinte Eymael (DC) 16.604 votos

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou, no terceiro boletim de ocorrências sobre as eleições neste domingo (2) que 3.222 urnas eletrônicas apresentaram problemas e foram substituídas até as 16h. O número corresponde a 0,60% do total de urnas. No boletim anterior, divulgado às 11h30, o TSE informou que 1.420 urnas haviam sido substituídas até então.

Apenas uma sessão eleitoral no País precisou usar a votação manual, em cédulas de papel. O TSE tem 472.075 urnas ativas em seções eleitorais e outras 63.185 de reserva para eventuais problemas.

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De acordo com o Tribunal Eleitoral, a taxa de substituição ficou por volta de 1,5% nas eleições anteriores.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) atualizou os números das eleições deste domingo (2) e registrou que 223 urnas precisaram ser trocadas nos locais de votação do estado, destas 35 foram na Região Metropolitana do Recife. O último número dava conta da troca de 151 urnas. 

Além das 223 urnas trocadas, o TRE também fez uma atualização dos atendimentos através do Disque Eleitor, que funciona para tirar dúvidas dos eleitores, como por exemplo, onde fica a seção eleitoral. 

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Ao todo foram feitas 20.954 ligações. Dessas, 14.545 foram feitas através de chamadas de voz e 6.409 chamadas por via chat. O TRE ainda informa que nenhum eleitor ficou sem atendimento. O número do serviço é o  (81) 3194 9400 e vai funcionar até às 18h.

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Com a eleição antecipada em relação ao Brasil por conta do fuso horário, brasileiros em países da Oceania e de parte da Ásia já votaram para a Presidência. O resultado parcial consolidou a preferência pelo ex-presidente Lula (PT) em países como Austrália e Coréia do Sul. O único país com vantagem de Jair Bolsonaro (PL) foi o Japão. 

Assim que as votações encerraram, os boletins de urna foram emitidos e expostos nas portas das seções eleitorais. A resposta do eleitorado fora do Brasil expôs a tendência apresentadas nas pesquisas com o voto polarizado e Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) alternando como melhor posicionado por fora do eixo de disputa principal. 

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Em Tóquio, no Japão, Bolsonaro teve sua única vantagem. O resultado mais expressivo que o atual presidente alcançou em uma seção foi 185 votos contra 39 de Lula. Daí em diante, o petista conquistou uma larga vantagem. 

Na Nova Zelândia, primeiro país a fechar as urnas, na cidade de Wellington, o petista foi dominante em todas as urnas. O resultado mais expressivo foi de 128 votos contra 19 em Bolsonaro. Na Austrália, em Canberra, Lula chegou a atingir 341 votos contra 76 do atual presidente. 

Em uma seção de Singapura, Lula obteve 182 voto e Bolsonaro recebeu 97. Em Seul, na Coréia do Sul, o representante da esquerda recebeu 130 votos, enquanto o candidato conservador foi escolhido por 53 eleitores. 

Eleições 2022- Neste domingo (2), brasileiros vão escolher seus representantes e exercer a cidadania através do voto, das 8h às 17h, pelo horário de Brasília. A apresentação de documento original com foto é obrigatória para o eleitor, que vai votar em Deputados federais, estaduais e distrital, Governador, Senador e Presidente. 

Às vésperas do primeiro turno das eleições e contramão da pregação do presidente Jair Bolsonaro, que frequentemente ataca o sistema eletrônico de votação, o procurador-geral da República Augusto Aras, divulgou em seu canal do Youtube nesta sexta-feira, 29, um vídeo com um conjunto de declarações em defesa das urnas eletrônicas.

O chefe do Ministério Público Federal diz que elas 'inegavelmente puseram fim a um conjunto de fraudes' que existiam antes do desenvolvimento do mecanismo. "Nós acreditamos no sistema eleitoral vigente. Nós acreditamos que termos eleições limpas", ressaltou.

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As afirmações de Aras foram registradas durante conversas com jornalistas da imprensa estrangeira, em julho e em agosto, e também durante manifestação no plenário do Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira, 29. Segundo o PGR, é preciso 'preservar a legitimidade do processo eleitoral'.

Diante dos ministros da corte máxima, Aras declarou seu 'desejo e atuação em busca da vontade popular manifestada de forma livre e consciente em um ambiente de paz e harmonia'. O PGR disse esperar que o primeiro turno seja 'mais um domingo de paz em uma festa cívica de todos os brasileiros'.

"Confiamos na nossa democracia e haveremos de ter o resultado, qualquer que seja, devidamente respeitado pelas instituições publicas e privadas, pelos Poderes e pelo povo brasileiro. De qualquer forma, teremos um presidente e todos os brasileiros", indicou.

Em outro momento do vídeo, registrado durante entrevista concedida a jornalistas, o PGR diz que gostaria que todos cidadãos fossem 'fiscais' das eleições. "Porque aí sim teríamos uma cidadania amplamente defendida, sem tendências ou mesmo sem suspeitas acerca da legitimidade material do poder político no nosso ambiente democrático", afirmou.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) começou, na manhã desta sexta-feira (30), a distribuição das mais de 24 mil urnas eletrônicas que serão usadas no próximo domingo, 2 de outubro, que marca o primeiro turno das Eleições 2022.

Os equipamentos devem equipar 122 zonas eleitorais em todo o estado, após serem preparados e testados por uma semana. Das 24.105 urnas pernambucanas, 1.690 são de contingência, utilizadas apenas em caso de necessidade de substituição. 

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Segundo Orson Lemos, diretor-geral do TRE, ainda nesta sexta-feira (30), será realizado o sorteio das urnas que serão submetidas a testes. Nos locais de votação, as urnas serão recebidas pelos administradores de prédio. À medida que forem entregues, os 557 técnicos irão ligar e vistoriar os equipamentos, em um procedimento público, aberto por edital, do qual podem participar representantes dos partidos, coligações ou federações que estão concorrendo, além de entidades fiscalizadoras.

O dono do Instituto Voto Legal, usado pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, para desqualificar o sistema eleitoral brasileiro, afirma ter inventado a urna eletrônica. Em 1996, o engenheiro Carlos Cesar Moretzsohn Rocha entrou com um pedido de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) reivindicando a criação do "equipamento para votação eletrônica".

Carlos Rocha tem uma dívida ativa de R$ 873.887,01, segundo a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O nome do engenheiro foi incluído na lista de devedores que têm débitos tributários em aberto. A lista reúne contribuintes com dívida ativa da União e do FGTS, na condição de devedor principal, corresponsável ou solidário.

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O PL contratou o Instituto Voto Legal para auditar a eleição. De acordo com a sigla, a ideia é realizar a fiscalização de todas as fases da votação, apuração e totalização dos resultados da eleição. O Voto Legal foi aberto em novembro de 2021 para atuar no setor de "suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação". A sede do instituto fica localizada em um apartamento no bairro de Jardim Santo Amaro, em São Paulo.

No dia 19 de setembro, Carlos Rocha enviou um "relatório de auditoria de conformidade do PL" ao secretário-geral da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Levi Mello do Amaral Júnior. O documento descreveu "um quadro de riscos elevados de quebra de segurança nos sistemas eleitorais".

O relatório foi divulgado pelo PL na quarta-feira, 28. O parecer apontou, sem nenhuma evidência, que as urnas eletrônicas podem ser fraudadas por servidores do TSE. A tentativa de colocar em dúvida a legitimidade da Justiça Eleitoral ocorreu quatro dias antes do primeiro turno das eleições. De acordo com as pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem chance de ganhar a disputa já no próximo domingo, 2.

O TSE determinou que integrantes do PL sejam investigados por produzirem um relatório com informações "falsas e mentirosas" sobre a segurança das urnas eletrônicas.

Invenção

A urna eletrônica foi usada pela primeira vez nas eleições de 1996 e, segundo o TSE, o projeto de engenharia do equipamento é de sua propriedade. O equipamento se tornou pivô de críticas recorrentes e sem evidências de Bolsonaro durante todo o governo.

A Corte Eleitoral abriu uma licitação em 1995 para a construção da urna. A elaboração do projeto técnico de hardware e software foi feita por especialistas em informática, eletrônica e comunicações da Justiça Eleitoral, das Forças Armadas, do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e do Ministério das Comunicações.

A empresa que venceu a licitação subcontratou a Omnitech Serviços em Tecnologia e Marketing LTDA, da qual Carlos Rocha é sócio, para desenvolver a estrutura do equipamento. O pedido de patente do engenheiro foi negado pelo Inpi. Na decisão, o instituto justificou que faltava o "requisito da novidade", uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia publicado um edital, detalhando as especificações do equipamento.

Carlos Rocha foi ainda parte de um processo na Justiça Federal de São Paulo. Em 2002, a União abriu um processo reivindicando definitivamente a patente da urna eletrônica.

As urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições deste ano foram licitadas em 2020. O valor da proposta de preço selecionada pelo TSE foi de R$ 799,9 milhões para aquisições dos equipamentos.

Ao Estadão, Carlos Rocha afirmou que "sempre" colaborou "de forma construtiva com o TSE". "Em 1995 e 1996, lideramos a equipe que desenvolveu e fabricou a urna eletrônica. Em 2016 e 2017, atendemos à Presidência do TSE para o desenvolvimento do novo modelo de urna eletrônica, com a impressão do comprovante do voto", disse. "Agora, em 2022, na fiscalização contratada pelo PL, para a colaboração construtiva para melhorar o sistema eleitoral."

O instituto recebeu R$ 225 mil do PL em 29 de julho, segundo extrato bancário do partido informado ao TSE. O valor saiu de uma conta registrada como 'Outros recursos'.

No ano passado, durante a comissão especial que discutiu a PEC do Voto Impresso na Câmara, a deputada Ângela Amin (PP-SC) apresentou requerimento que convidava Carlos Rocha para participar de uma audiência pública. A parlamentar o apresentou como um "engenheiro formado no ITA em 1977" e que liderou a fabricação da urna eletrônica, fornecidas ao TSE de 1995 a 1998. O requerimento não foi apreciado pelos deputados.

Os brasileiras e brasileiros vão às urnas para escolher os chefes do Poder Executivo federal e estadual, e os membros das assembleias estaduais, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Saber a ordem em que os votos são registrados na urna eletrônica é muito importante para evitar confusões ou até mesmo a anulação do voto.

Segundo o artigo 119 da Resolução TSE nº 23.669/2021, que dispõe sobre os atos gerais das Eleições 2022, a votação deve obedecer a seguinte ordem:

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- deputado federal;

- deputado estadual ou deputado distrital;

- senador;

- governador;

- presidente da República.

Essa ordem não pode ser alterada. Isso significa que, para chegar a vez de votar para presidente da República, por exemplo, é necessário ter votado – seja num candidato, seja em branco ou nulo – em todos os cargos anteriores. É importante destacar votar nulo ou em branco para outros cargos não anula o voto dado a um único candidato específico.

A eleitora ou o eleitor deve ler com atenção na tela da urna eletrônica o cargo que está sendo indicado para votação. Isso porque, se um número errado for digitado – por exemplo, o número de um deputado estadual no campo destinado para deputado federal –, a urna entenderá que a pessoa deseja anular o voto. Portanto, a sugestão é levar uma lista com os números dos candidatos escolhidos escrita na ordem em que eles aparecerão, a chamada “cola eleitoral”.

Para estar bem treinado na hora de votar, o TSE preparou um simulador de votação, que pode ser acessado no Portal do Tribunal na internet e utilizado quantas vezes quiser.

A ferramenta serve apenas para educar o eleitor e não tem nenhuma capacidade de registrar votos.

*Do site do TSE

No dia 2 de outubro, 163 mil seções com acessibilidade devem receber 1,2 milhão de eleitores com deficiência em todo o Brasil, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Há ainda 476 pessoas que concorrem a algum cargo no pleito de 2022. Mais da metade (264) são candidatos com deficiência física, seguidos pelas deficiências visual (115) e auditiva (59). Entre os candidatos,13 são pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

No Amapá, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) desenvolve o projeto Votar Sem Barreiras, idealizado pelo servidor Militão Souza, que integra a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão. “Tenho uma deficiência de comunicação, com a minha fala, e isso cria uma barreira muito grande em relação às outras pessoas. Não é todo mundo que quer me ouvir. Eu enfrentei muitas barreiras para poder trilhar o meu caminho”, contou o técnico à Agência Brasil.

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Além de seminários e palestras realizadas internamente com a equipe do tribunal, o projeto leva a urna eletrônica para diversos municípios do estado para que pessoas com deficiência possam experimentar o instrumento antes do dia da votação. “Tinha muita gente nervosa, que nunca tinha manejado a urna eletrônica, era a primeira vez. É uma oportunidade”, conta Militão, reforçando que muitos disseram estar mais confiantes para exercer o direito ao voto.

É o caso do estudante do Instituto Federal do Amapá (IFAP) Francisco Rafael, de 18 anos, que vai às urnas pela primeira vez. “Fica mais fácil, é melhor pra gente que tem uma dificuldade física, tem dificuldade na visão. É um programa maravilhoso e importante pra gente”, relatou o jovem que tem mobilidade reduzida e deficiência intelectual à TV Justiça.

O modelo da urna usada no domingo de eleição possui teclado em braile, identificação da tecla número cinco nos teclados; sinal sonoro em que são informados número e nome dos candidatos escolhidos pelo eleitor (o recurso deve ser acessado por meio de fone de ouvido fornecido pela Justiça Eleitoral); e Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para o recurso sonoro, o eleitor pode ajustar o volume do som e a velocidade da reprodução da fala.

Direitos e deveres

O voto no Brasil é obrigatório para brasileiros que tenham 18 anos e menos de 70 anos. De acordo com a Constituição Federal de 1988, ele é facultativo apenas para jovens com idade entre 16 e 18 anos, maiores de 70 anos e analfabetos. Pessoas com deficiência alfabetizadas, portanto, têm o direito e dever de votar. 

Nesses casos, o alistamento eleitoral pode ser facultativo nas situações em que a deficiência física ou intelectual ou condição da pessoa torne extremamente oneroso o exercício do voto. A necessidade de quitação eleitoral permanente é analisada por um juiz com base na documentação apresentada, a qual deve comprovar a dificuldade, como laudos médicos, por exemplo. 

Além de locais de votação acessíveis e recursos de acessibilidade na própria urna, pessoas com deficiência têm direito a acompanhante, sendo permitido, inclusive, digitar os números na urna. O acompanhante, no entanto, não poderá estar a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de federação de partidos. O TSE destaca que, como o voto é um ato personalíssimo, a pessoa com deficiência deve manifestar a vontade de votar e de ser acompanhada.

Comunicação

No ano da eleição, as pessoas com deficiência devem informar à Justiça Eleitoral situações que dificultem o exercício do voto para que o local de votação seja adaptado. Neste ano, o prazo para essa comunicação terminou no dia 4 de maio e os pedidos de transferência dos locais de votação puderam ser feitos até 18 de agosto.

De acordo com o TSE, no entanto, mesmo que o eleitor tenha perdido os prazos, ele deve comunicar as limitações aos mesários no dia da eleição para que a Justiça Eleitoral providencie soluções possíveis no dia do pleito, garantindo o exercício de cidadania.

O eleitor pode também, no dia das eleições, preencher o Formulário de Identificação de Eleitor com Deficiência ou Mobilidade Reduzida para autorizar o juiz eleitoral a anotar a deficiência no cadastro eleitoral. 

A presidenciável pelo MDB, Simone Tebet, entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira, 23, contra a campanha do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) pela veiculação de propaganda eleitoral que diz que pensionistas e aposentados podem fazer "prova de vida direto nas urnas".

O vídeo afirma que o governo federal "acabou com o deslocamento desnecessário para os beneficiários" e que apenas o voto "já é suficiente para garantir os benefícios do INSS". Depois, finaliza com pedido de voto para Bolsonaro.

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Os advogados de Tebet apontam que a propaganda induz o eleitor ao erro ao sugerir que é preciso votar em Bolsonaro para continuar a ter acesso aos benefícios da Previdência Social.

"A propaganda transmite informação falsa de que o eleitor com mais de 70 anos de idade, cujo voto é facultativo, somente terá assegurado o benefício mediante o voto, quando em verdade o eleitor facultativo pode realizar a prova de vida comparecendo à uma seção eleitoral, mas não é obrigado a votar, nem tão pouco que votar no '22' é a forma de assegurar seu direito", escrevem na petição.

A campanha também argumenta que não fica claro se o material se trata de uma propaganda institucional ou de propaganda eleitoral, confundindo o eleitor. Um dos motivos para essa confusão é o emprego de símbolos e imagens da Justiça Eleitoral, o que é crime punível com detenção de seis meses a um ano.

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