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A Rússia desenvolveu a "primeira" vacina contra o coronavírus, que provoca uma "imunidade duradoura", declarou nesta terça-feira (11) o presidente Vladimir Putin durante uma videoconferência com integrantes do governo exibida pela televisão.

"Esta manhã, pela primeira vez no mundo, foi registrada uma vacina contra o novo coronavírus", disse Putin. "Sei que é bastante eficaz, que dá uma imunidade duradoura", completou.

Nas semanas prévias ao anúncio, cientistas estrangeiros expressaram preocupação com a rapidez da criação de uma vacina deste tipo, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu respeito às diretrizes estabelecidas e que a Rússia seguisse "todos os estágios" necessários para desenvolver uma vacina segura.

Putin afirmou inclusive que uma de suas filhas foi inoculada com a vacina. "Uma das minhas filhas tomou esta vacina. Acho que ela participou nos experimentos", disse Putin, segundo a agência Interfax, antes de acrescentar que ela teve um pouco de febre e "nada mais".

A vacina será distribuída em 1 de janeiro de 2021, de acordo com o registro nacional de medicamentos do ministério da Saúde, consultado pelas agências de notícias russas.

Os russos validaram por 77,92% dos votos a reforma constitucional que potencialmente autoriza Vladimir Putin a permanecer no poder até 2036, de acordo com a apuração final divulgada nesta quinta-feira (2), um resultado classificado como uma "mentira" pela oposição.

A Comissão Eleitoral anunciou que os votos contrários à reforma alcançaram 21,27%. A taxa de participação no referendo foi de quase 65%.

A votação deveria ter acontecido em abril, mas foi adiada devido à pandemia de coronavírus. Para evitar um excesso de fluxo nas zonas eleitorais e não afetar a participação, a consulta aconteceu de 25 de junho a 1 de julho.

Não existiam dúvidas sobre o resultado do referendo porque as reformas já haviam sido aprovadas pelo Poder Legislativo no início do ano e, além disso, o novo texto da Constituição já estava à venda nas livrarias.

O principal opositor do Kremlin, Alexei Navalny, chamou a votação de "enorme mentira" e pediu a seus partidários uma mobilização nas eleições regionais de setembro.

Entre as reformas constitucionais solicitadas por Putin, figura em especial uma que abre o caminho para sua permanência no poder até 2036. Putin tem mandato atualmente até 2024.

Além da polêmica questão, as mudanças reforçam algumas prerrogativas presidenciais, como as nomeações e demissões de juízes.

Também incluem outras medidas, como a inclusão na Constituição da "fé em Deus" e o matrimônio como instituição heterossexual.

Também foram adicionados princípios sociais como a garantia do salário mínimo e a revisão das pensões de acordo com a inflação.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recordou nesta quarta-feira (24) o sacrifício soviético e a dívida que, segundo ele, o mundo ainda tem com a URSS 75 anos depois da derrota nazista, no início de um desfile militar dominado pelo patriotismo.

A poucos dias do referendo constitucional, que permitiria sua permanência no poder até 2036, Putin presidiu o desfile de 14.000 militares na Praça Vermelha de Moscou, que deveria ter acontecido no dia 9 de maio, mas foi adiado devido à epidemia do novo coronavírus.

"É difícil imaginar como seria o mundo se o Exército Vermelho não tivesse saído para defendê-lo", afirmou Putin.

Os soldados soviéticos "libertaram os países da Europa dos invasores, deram fim à tragédia do Holocausto e salvaram do nazismo, essa ideologia mortal, o povo da Alemanha", completou o presidente russo diante das tropas, com uniformes cerimoniais, mas sem máscara apesar da epidemia.

No discurso patriótico, mas conciliador, o chefe de Estado russo evitou críticas aos países ocidentais, os quais acusa de tentar minimizar, com fins políticos, o papel soviético na derrota do nazismo.

Em sua única referência ao mundo contemporâneo, Putin defendeu a unidade da comunidade internacional para enfrentar os desafios atuais.

"Compreendemos que é importante reforçar a amizade, a confiança entre os povos, assim como a abertura de um diálogo e uma cooperação sobre as questões atuais que estão na agenda internacional", disse.

O Dia da Vitória, no qual Moscou exibe tanques, mísseis, sistemas antiaéreos e aviões, é uma oportunidade para celebrar o fim da Segunda Guerra Mundial e para ressaltar o retorno da força política e militar da Rússia no cenário internacional, da anexação da Crimeia até a guerra na Síria.

As autoridades russas instalaram um dispositivo que pulveriza um produto desinfetante nas pessoas que se reúnem com o presidente Vladimir Putin em sua residência, com o objetivo de reduzir as chances de ser infectado pelo coronavírus.

Desde o início da pandemia, Putin trabalha em sua residência em Novo-Ogariovo, perto de Moscou.

Para proteger o presidente da Covid-19, os visitantes devem primeiro passar por uma cabine, onde são pulverizados com um produto desinfetante, de acordo com um vídeo publicado na terça-feira à noite, no Twitter, por jornalistas da agência pública de notícias Ria Novosti.

Segundo autoridades da região de Penza, leste de Moscou, onde o dispositivo foi fabricado, o equipamento "garante a segurança do chefe de Estado e de todos os que o visitam".

O fabricante é especializado em dispositivos de limpeza automáticos para a indústria.

O equipamento instalado na residência de Putin também verifica a temperatura dos visitantes e é equipado com tecnologia de reconhecimento facial, de acordo com os fabricantes.

O Kremlin anunciou que Putin está fazendo testes de diagnóstico periódicos, assim como todos os que estão em contato com ele. Os visitantes também devem passar por um teste antes de encontrá-lo pessoalmente.

Muitas autoridades russas foram infectadas com coronavírus, como o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin e vários ministros e deputados.

Em março, Putin apertou a mão do médico responsável por um dos principais hospitais que recebiam pacientes com coronavírus. Mais tarde, o médico anunciou que estava infectado, devido ao seu trabalho.

A Rússia registra mais de 553.000 casos de coronavírus, com 7.478 óbitos, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, optou por trabalhar de casa, em função do avanço da pandemia de coronavírus - informou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, nesta quarta-feira (1).

Essa declaração é feita depois do anúncio, na terça-feira (31), do contágio do médico responsável pelo principal hospital de Moscou, que cuida dos pacientes com a COVID-19 e que se encontrou com Putin na semana passada.

"O presidente prefere, nos próximos dias, fazer tudo por home office", declarou Peskov, a poucos minutos de uma reunião entre Putin e seu gabinete, que agora será realizada por videoconferência. "Tomamos todas as medidas de precaução", enfatizou Peskov.

O médico Denis Protsenko, que disse não ter sintomas preocupantes, recebeu Putin, de 67 anos, no hospital Kommounarka em 24 de março, durante uma visita amplamente divulgada pela mídia.

"Todo mundo que esteve com o presidente em Kommounarka é submetido diariamente a testes de coronavírus", disse Peskov, que, ontem, garantiu que os testes do presidente eram "normais".

Desde segunda-feira, metade da população russa está confinada para impedir a propagação da COVID-19, que já deixou 24 mortos e 2.777 casos de contágio no país.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que espera que seu colega russo, Vladimir Putin, peça a ele que alivie as sanções contra Moscou durante uma teleconferência a ser realizada em breve, na qual a questão da Venezuela também será discutida.

"Claro, ele provavelmente vai pedir isso", declarou Trump à Fox News, sem especificar qual será sua resposta.

Em seu discurso durante a cúpula do G20, Putin propôs na quinta-feira uma "moratória" das sanções que afetam vários países pela crise econômica desencadeada pela epidemia do novo coronavírus.

A economia russa é abalada pela crise global causada pela pandemia, em particular pela queda do preço do petróleo e seu impacto no rublo.

O país está em uma situação difícil desde 2014 devido a sanções internacionais impostas após o conflito na Ucrânia entre Kiev e separatistas pró-russos no leste do país.

Trump também disse que conversará com Putin sobre o preço do petróleo, que flutua em níveis muito baixos devido à guerra de preços entre a Rússia e a Arábia Saudita.

"Um dos temas sobre o qual falaremos é a energia", disse Trump.

Outra questão de atrito entre os dois é a Venezuela. Washington, juntamente com mais de 50 países, apoia o líder do Parlamento Juan Guaidó, enquanto Moscou mantém seu apoio ao presidente Nicolás Maduro.

"Podemos discutir isso também", declarou Trump.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira (25) que, entre 28 de março e 5 de abril, o país viverá uma quarentena obrigatória por conta do avanço do novo coronavírus (Sars-CoV-2) pelo país.

Em pronunciamento pela televisão, Putin afirmou que os russos devem "ficar em casa" e que todos os serviços não essenciais devem ser fechados por todo o território. No entanto, garantiu que os setores-chave do país, como os serviços médicos, transportes, bancos e alguns departamentos do setor público, permanecerão em pleno funcionamento.

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"Agora é extremamente importante prevenir a ameaça da rápida difusão da doença. Por isso, a próxima semana será uma semana de férias, onde prevemos o pagamento do salário. Todas as recomendações devem ser seguidas. Precisamos proteger a nós mesmos e os nossos vizinhos. Acreditem em mim, a coisa mais segura agora é ficar em casa", disse o mandatário durante sua fala. Putin ainda pediu que os empresários não promovam demissões em massa e informou que está elaborando um pacote de ajuda econômica dedicado, especialmente, às pequenas e médias empresas russas.

Além disso, o presidente solicitou que sejam aprovadas novas taxações para que os valores arrecadados sejam usados em medidas anticrise. O pedido é que seja imposta uma tarifa de 15% sobre o capital russo que seja exportado e uma taxa de 13% (equiparada àquela sobre a renda) sobre os interesses gerados por investimentos financeiros (mas apenas se o capital investido for superior a um milhão de rublos - cerca de 12 mil euros). Na prática, tratam-se de novos impostos sobre os oligarcas e a classe mais rica da Rússia.

O presidente russo também informou que, por conta da pandemia, o referendo popular sobre a reforma constitucional - que pode lhe deixar no poder até 2036 - será remarcado em data a ser definida. A votação estava prevista para 22 de abril.

Oficialmente, a Rússia tem 658 casos do novo coronavírus registrados e nenhuma morte. No entanto, a oposição acusa o governo de maquiar os números.

Da Ansa

Recep Tayyip Erdogan está em Moscou nesta quinta-feira (5) para conversar com Vladimir Putin, com o objetivo de encontrar uma solução para aliviar as tensões na Síria, onde a ameaça de conflito direto entre Rússia e Turquia não está totalmente descartada.

A reunião acontece quando dezenas de soldados turcos foram mortos nas últimas semanas em intensos combates na região de Idlib, a última fortaleza rebelde e jihadista no noroeste da Síria, onde a Turquia intervém contra as forças do regime de Bashar al-Assad.

Assad, apoiado pela força aérea russa, lançou em dezembro uma ofensiva em Idlib, que causou uma catástrofe humanitária, com quase um milhão de deslocados em direção à fronteira com a Turquia.

Nesta quinta-feira, pelo menos 15 civis, incluindo uma criança, foram mortos em ataques aéreos russos em Idlib, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

"A situação em Idlib se agravou tanto que exige que tenhamos uma conversa pessoal e direta", disse Putin no início do encontro com seu colega turco no Kremlin.

Ele expressou condolências a Erdogan pela morte dos soldados turcos na Síria, enfatizando, porém, que "o exército sírio também sofreu pesadas perdas" nas últimas semanas.

"Precisamos conversar sobre isso para que não se repita e não destrua as relações russo-turcas", disse Putin.

Por sua parte, Erdogan afirmou esperar que as decisões tomadas hoje "apaziguem a região (de Idlib) e nossos dois países".

Na véspera de sua partida para Moscou, o presidente turco já havia expressado a esperança de obter um "cessar-fogo o mais rápido possível na região" de Idlib.

A escalada resultou em tensões diplomáticas entre Moscou, aliado do regime sírio, e Ancara, que apoia os rebeldes, representando um risco real de confronto direto entre os dois países que se estabeleceram como atores principais no conflito sírio.

O enviado da ONU para a Síria, Geir Pedersen, pediu na quarta-feira uma solução diplomática "imediata" na Síria.

"Um cessar-fogo pode ser anunciado no final das discussões entre Putin e Erdogan, mas será apenas para o espetáculo", relativiza, no entanto, um diplomata ocidental.

"Acho que Putin dirá a Erdogan que é hora de acabar com suas ações na Síria", acrescentou.

- Acusações mútuas -

"A vitória na Síria se tornou uma questão de prestígio para a Rússia e pessoal para Putin", assegura Yuri Barmine, analista do Conselho russo de Assuntos Internacionais, sugerindo que Moscou, que intervém militarmente em solo sírio desde setembro 2015 não está pronto para fazer concessões.

A escalada de tensões em Idlib já fez fracassar os acordos concluídos entre os presidentes Putin e Erdogan em Sochi em 2018 para encerrar os combates nessa região e estabelecer uma zona desmilitarizada.

Também deu origem a acusações afiadas entre as duas capitais, que fortaleceram sua cooperação nos últimos anos na questão síria, apesar de seus interesses divergentes.

A Turquia acusou a Rússia de não respeitar os acordos de Sochi, que previam a garantia do status quo no terreno e a suspensão dos bombardeios em Idlib.

Em resposta, Moscou acusou Ancara de não cumprir sua parte dos compromissos e de não fazer nada para "neutralizar os terroristas" nesta região.

Neste contexto, a Turquia, que já abriga 3,6 milhões de sírios em seu território, exigiu na quarta-feira apoio europeu a "soluções políticas e humanitárias turcas na Síria", essenciais, segundo Ancara, para estabelecer uma trégua e resolver a crise migratória.

A UE rejeitou a chantagem migratória de Ancara.

Na sexta-feira passada, Erdogan ordenou a abertura das fronteiras de seu país e dezenas de milhares de pessoas se dirigiram para a Grécia, causando confrontos entre refugiados e policiais na fronteira grega.

Centenas de partidários da oposição russa se reuniram neste sábado para protestar contra as reformas constitucionais do presidente Vladimir Putin e em memória do opositor Boris Nemtsov, assassinado há cinco anos.

Trata-se da primeira manifestação importante desde o anúncio de Putin de revisar a constituição e também da primeira desde o movimento de protesto de 2019 em Moscou para pedir eleições livres, manifestações duramente reprimidas pelas autoridades.

As manifestações deste sábado também lembram a morte de Nemtsov, uma das principais vozes contra Putin até seu assassinato em fevereiro de 2015. Cinco pessoas foram condenadas, mas o autor intelectual ainda está desaparecido.

Em Moscou, centenas de pessoas saíram às ruas neste sábado com retratos e faixas de Nemtsov com algumas das frases mais famosas do oponente.

Em São Petersburgo, a segunda cidade da Rússia, cerca de 2.000 pessoas foram às ruas em direção a um monumento dedicado às vítimas da repressão política.

A manifestação, autorizada pelo governo, é a primeira grande desde que Putin anunciou uma revisão da constituição que reforçará várias das prerrogativas do presidente e reforçará o papel do Conselho de Estado, um órgão até agora consultivo.

Segundo os analistas, a reforma servirá para que Putin, que termina seu mandato em 2024 e não pode ser reeleito, mantenha sua influência e fortaleça o sistema político que ele constrói há 20 anos.

O presidente russo, Vladimir Putin, começou a preparar seu futuro político, ao anunciar um novo governo e reformas constitucionais - disseram analistas e membros da oposição nesta quinta-feira (16), lembrando que o atual marco legal o obriga a deixar o Kremlin em 2024.

- Qual futuro para Putin? -

Putin disse que decidiu rever o superpresidencialismo russo, prometendo reduzir as prerrogativas do chefe de Estado e aumentar as do Parlamento. A Casa designará o primeiro-ministro.

Os especialistas dizem que ele quer restringir os poderes presidenciais em coincidência com sua saída do Kremlin, enquanto se prepara para um novo cargo.

"Acredito que Putin continuará sendo a figura principal na Rússia, como foi durante 20 anos", afirma a especialista russa Maria Lipman.

Alguns o imaginam como o árbitro supremo, como fez Nursultan Nazarbayev no Cazaquistão, ao se tornar em 2019 uma espécie de "pai da Nação", deixando a Presidência para um herdeiro obediente.

Putin pode, por exemplo, manter-se como chefe do Conselho de Estado - um corpo político reforçado por sua reforma constitucional -, assim como do poderoso Conselho de Segurança.

Mas também poderá encarar algo completamente diferente.

"Vemos certas peças do quebra-cabeças. Há algumas que vemos, e outras que nunca veremos. Mas há um plano, e está na mente de Putin", afirmou Lipman.

- Por que agora? -

Apesar de uma popularidade de cerca de 70%, o presidente russo sabe que a erosão ameaça seu poder, após 20 anos de exercício.

Uma "demanda por mudança surgiu, claramente, dentro da sociedade", declarou ontem em seu discurso diante da elite política russa.

Símbolo dessa insatisfação, Moscou foi palco, durante o verão de 2019, do maior movimento de protesto russo desde o retorno de Putin ao Kremlin em 2012. Ele havia deixado o cargo provisoriamente para ser primeiro-ministro, devido à limitação de mandatos presidenciais.

Em setembro de 2019, o partido pró-Putin Rússia Unida era tão impopular que seus candidatos nas eleições locais em Moscou se apresentaram sob outras legendas.

Em 2021, estão programadas eleições legislativas. Segundo as pesquisas, o Rússia Unida tem o apoio de um terço dos eleitores, bem longe dos 54% obtidos em 2016.

- Que papel terá o primeiro-ministro? -

Devido a uma qualidade de vida em queda, o leal premiê Dmitri Medvedev, no cargo por oito anos, viu sua popularidade se estancar entre 30% e 38%.

A nomeação de outro chefe de governo significa, portanto, um novo começo. E Mikhail Mishustin, chefe do Serviço de Impostos Federais, é, certamente, um desconhecido, mas não um novato.

Aos 53 anos, ele é considerado um funcionário particularmente competente e defensor da digitalização. Foi capaz de transformar a Receita Federal, que deixou de ser uma burocracia obsoleta e corrupta e agora é um órgão eficiente e temido.

Além disso, com este perfil mais tecnocrático do que político, não aparece como um possível sucessor e ainda menos como um rival.

"Sua indicação como primeiro-ministro aponta para uma chefia de governo baseada na eficiência e centrada na agenda nacional", tuitou o diretor do Carnegie Center em Moscou, Dmitri Trenin.

A razão desta prioridade para o setor doméstico é clara. Segundo uma pesquisa do Instituto Vtsiom, 52% dos russos pensam que, do ponto de vista econômico, "o pior está por vir".

Em seu discurso de ontem, Putin estabeleceu objetivos complexos e ambiciosos: enriquecer os russos, conter a crise demográfica e modernizar o país. E tudo isso antes de 2024. Um programa que demandará investimentos da ordem de 379 bilhões de euros.

O presidente russo, Vladimir Putin, encontrou-se nesta terça-feira (7) com seu colega sírio, Bashar Al-Assad, durante uma visita surpresa a Damasco, a primeira à capital desde o início da guerra no país, em 2011 - anunciou a Presidência síria.

"O presidente russo, Vladimir Putin, fez uma visita a Damasco, durante a qual se encontrou com o presidente Assad" em um centro de forças russas na capital síria, relatou a Presidência.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, confirmou a visita e contou que, durante o encontro, Putin elogiou o "imenso" progresso em direção à "restauração do Estado sírio e de sua integridade territorial".

"Durante seu encontro com Assad, Putin disse que hoje podemos constatar o imenso caminho que foi percorrido em direção à restauração do Estado sírio e de sua integridade territorial", declarou Peskov, citado por agências russas.

"Putin também enfatizou que está claro que a paz está retornando às ruas de Damasco", acrescentou o porta-voz.

Os dois líderes assistiram a uma apresentação do comandante das forças russas que estão posicionadas na Síria, de acordo com a Presidência, que publicou fotos do aperto de mãos entre os dois líderes.

Nos últimos anos, Putin visitou em várias oportunidades a base militar de Hmeimim (noroeste), a maior base russa na Síria.

Já Assad agradeceu ao presidente russo pela ajuda de seu país e de seus soldados na "luta contra o terrorismo e pelo retorno da paz à Síria".

Apoiado pela Rússia e pelo Irã, Assad tem acumulado vitórias contra os rebeldes e os extremistas no país e recuperou o controle de dois terços do território nacional.

O conflito na Síria, que eclodiu em março de 2011 com a repressão do regime de manifestações pró-democracia, tornou-se uma guerra complexa e sangrenta, envolvendo grupos jihadistas e potências estrangeiras.

Até o momento, o conflito deixou cerca de 380.000 mortos e milhões de refugiados e deslocados.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, agradeceu neste domingo seu colega americano Donald Trump pelas informações que possibilitaram impedir ataques na Rússia, informou o Kremlin.

"Vladimir Putin agradeceu a Donald Trump pela transferência, através de serviços especiais, de informações que permitiam impedir atos terroristas na Rússia", anunciou a presidência russa em comunicado.

Os serviços de segurança russos (FSB), citados pelas agências russas, informaram ter prendido na sexta dois cidadãos russos que tentariam cometer um ataque em São Petersburgo, em "lugares lotados" durante as comemorações do Ano Novo.

O FSB disse que essas prisões foram feitas "com base nas informações recebidas anteriormente por nossos parceiros nos Estados Unidos".

"As pessoas presas deram provas de estarem se preparando para um ato terrorista", acrescentaram os serviços russos, indicando que uma investigação foi aberta.

Embora se oponha fortemente em muitos assuntos internacionais, Moscou e Washington sinalizam regularmente sua vontade recíproca de combater o terrorismo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu nesta quinta-feira (19) o americano Donald Trump das acusações pelo qual enfrenta um processo de impeachment. "O impeachment é baseado em acusações inventadas. O Senado rejeitará todas as acusações contra o presidente americano", disse Putin, em sua tradicional coletiva de imprensa de fim de ano, em Moscou.  "É absolutamente impossível que os republicanos tirem do cargo um representante do próprio partido por motivos absolutamente inventados", ressaltou.

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, onde a oposição democrata tem maioria, aprovou na noite de ontem (18) o processo de impeachment contra Trump por abuso de poder e obstrução do Congresso. O presidente republicano é acusado de ter pressionado o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para abrir uma investigação contra Joe Biden, pré-candidato à Casa Branca.

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O filho de Biden, Hunter, foi conselheiro de uma empresa ucraniana de gás, a Burisma. Para pressionar Kiev, Trump teria congelado uma ajuda militar de quase US$ 400 milhões ao país. Agora, o processo de impeachment de Trump seguirá para o Senado, onde haverá o julgamento. Como os republicanos têm maioria na Casa, a expectativa é que o presidente seja absolvido.

Da Ansa

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodimir Zelenski, se reunirão pela primeira vez nesta segunda-feira em Paris, um encontro com a mediação da França e da Alemanha que tem por objetivo retomar o processo de paz no território ucraniano e abrir um novo capítulo nas relações com Moscou.

As negociações, com um formato chamado de "Normandia", referência à região francesa onde os governantes dos quatro países se reuniram pela primeira vez em 2014, não aconteciam desde 2016.

Após três anos de paralisação, Putin apertará pela primeira vez a mão de Zelenski, que chegou ao poder em maio, no Palácio do Eliseu.

A relação com a chanceler alemã Angela Merkel também será observada com atenção, em um momento de crise entre Moscou e Berlim.

A Alemanha expulsou dois diplomatas russos após o assassinato de um georgiano no centro de Berlim em agosto, ordenado segundo a justiça alemã por uma "entidade estatal russa" ou pela Chechenia.

A guerra entre Kiev e os separatistas pró-Rússia provocou mais de 13.000 mortes na bacia de Donetsk, reduto industrial do leste ucraniano, em mais de cinco anos.

Os combates registraram queda desde os acordos de Minsk em 2015. Mas 80.000 homens permanecem na linha de frente, ao longo de 500 quilômetros, e mortes acontecem todos os meses no conflito.

Os países ocidentais e a Ucrânia acusam a Rússia de financiar e armar os rebeldes, o que Moscou nega, afirmando que desempenha um papel político-humanitário para proteger as populações locais de língua russa.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã esperam sinais concretos em Paris para avançar nas negociações de paz.

O presidente Jair Bolsonaro recebeu, na tarde desta quinta-feira (14), o líder russo Vladimir Putin, no Palácio do Planalto.

O encontro bilateral ocorreu após a realização da 11ª Reunião de Cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Mais cedo, os chefes de Estado dos cinco países anunciaram acordos para fortalecer o bloco e emitiram uma declaração conjunta.

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O presidente da Rússia chegou ao Palácio do Planalto pela entrada leste por volta das 16h45. O encontro com Bolsonaro, fechado à imprensa, durou cerca de 50 minutos, e Putin deixou o prédio às 16h35, acenando a jornalistas brasileiros que o aguardavam na saída. De longe, falando em português, o presidente russo disse "muito obrigado" antes de entrar de volta na limusine.

Pouco antes das 18h, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, chegou ao Palácio do Planalto para se reunir com Jair Bolsonaro. O encontro durou cerca de 20 minutos.  "Estamos prontos para conversar e colaborar", disse Bolsonaro ao presidente sul-africano, segundo publicação no perfil oficial do Palácio do Planalto no Twitter.

Na quarta-feira (13), Bolsonaro também manteve encontros bilaterais com o presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Cúpula do Brics

Presidida pelo Brasil, a reunião do Brics teve como lema Crescimento Econômico para um Futuro Inovador. Os temas prioritários da cúpula estão relacionados à ciência, tecnologia e inovação, economia digital, saúde e combate à corrupção e ao terrorismo.

Esta é a segunda vez que Brasília sedia a conferência – a primeira foi em 2010. Em 2014, o encontro de cúpula foi em Fortaleza. Em 2020, a Rússia assumirá a presidência rotativa do Brics.

"Foi um sucesso. O interesse de investidores no nosso país é enorme. O mundo já sabe que temos um novo Brasil. Mais seguro, próspero e confiante", afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em uma postagem no Twitter com fotos da tarde de reuniões.

 

O diretor de cinema americano Oliver Stone elogiou nesta quarta-feira o presidente russo, Vladimir Putin, como "uma força estabilizadora" no Oriente Médio, especialmente na Síria, devastada pela guerra.

O diretor de filmes como "Platoon" e "JFK" realizou em 2017 um polêmico documentário sobre o líder russo.

"Putin é uma força estabilizadora no Oriente Médio (...) e na Síria (...). Ao contrário dos Estados Unidos", declarou Stone na conferência Iniciativa de Investimento Futuro (FII), em Riade.

O comentário de Stone ocorre após a Rússia preencher o espaço deixado pela súbita retirada das tropas americanas, que abandonaram as forças curdas no norte da Síria.

Com a ajuda da Rússia, o regime sírio recuperou grande parte do território perdido na guerra, que era controlado por rebeldes, jihadistas e curdos.

"Putin estava preocupado com os terroristas. Se tivessem chegado a Damasco (...) teriam expandido seu califado para toda a região", declarou Stone.

"Putin não tem em mente os interesses do petróleo. Tem a ideia de conservar o equilíbrio e respeitar a soberania destes países".

O presidente russo Vladimir Putin concedeu a Ordem do Valor, uma das maiores distinções do país, ao astronauta americano que sobreviveu à decolagem fracassada de um foguete Soyuz há um ano.

De acordo com um decreto presidencial publicado nesta terça-feira (8), o americano Nick Hague, 44 anos, foi recompensado por "sua bravura e seu alto grau de profissionalismo" em condições perigosas durante o lançamento abortado no cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão.

Em 11 de outubro de 2018, o foguete Soyuz, no qual Nick Hague e o russo Alexei Ovchinin estavam, registrou uma falha durante a fase de lançamento. A cápsula que os levaria à Estação Espacial Internacional (ISS) foi automaticamente separada e devolvida ao solo com os dois tripulantes ilesos.

O foguete se desintegrou logo depois, um acidente sem precedentes no programa espacial russo desde o final da ex-URSS. Em março, ambos viajaram com sucesso para a ISS, de onde retornaram na semana passada, após uma missão de seis meses.

Considerada uma das mais altas distinções russas, a Ordem do Valor é frequentemente entregue de forma póstuma. A Estação Espacial Internacional é um dos mais recentes exemplos de cooperação ativa entre a Rússia e os Estados Unidos, em um contexto de tensões sem precedentes desde o final da Guerra Fria.

O presidente russo, Vladimir Putin, e seu anfitrião, o francês Emmanuel Macron, multiplicaram nesta segunda-feira (19) os sinais de boa vontade para distender as relações entre Rússia e Europa, sobretudo, no caso da Ucrânia, mas mantiveram suas divergências sobre Síria e direitos humanos.

Macron recebeu Putin em sua residência de veraneio em Brégançon, no sul da França, antes de presidir a cúpula do G7 no fim de semana. Desde a anexação da Crimeia, em 2014, a Rússia (G8) deixou de ser convidada para os encontros das economias mais industrializadas do mundo.

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Na reunião bilateral, o presidente francês anunciou uma cúpula a quatro partes, entre França, Rússia, Alemanha e Ucrânia, "nas próximas semanas", para tratar desse conflito que envenena as relações entre Moscou e Europa.

"As escolhas do presidente (ucraniano, Volodymyr) Zelensky são uma verdadeira virada para a situação" e "vamos considerar a oportunidade - que é minha vontade - de uma nova cúpula no 'formato Normandia' (com os quatro países citados acima) nas próximas semanas", declarou.

Sobre o tema e sobre sua disponibilidade de tratar desta questão, Putin demonstrou um "otimismo prudente".

"Vou falar (com Emmanuel Macron) dos meus contatos com o novo presidente ucraniano. Há coisas que são dignas de discussões e provocam um otimismo prudente", respondeu.

O presidente francês defendeu uma aproximação entre União Europeia e Rússia, uma relação complicada, pedindo que se tenha "confiança" em uma ordem internacional em "recomposição".

"Apesar dos mal-entendidos das últimas décadas", a Rússia "é europeia", e "temos de reinventar uma arquitetura de segurança e de confiança entre a União Europeia e a Rússia", insistiu, evocando uma Europa "de Lisboa a Vladivostok".

Gesto simbólico, Macron também anunciou que irá a Moscou em maio de 2020 para participar das celebrações pelo 75º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista.

"Estarei na Rússia ao lado do presidente Putin" para este evento, declarou Macron, ao receber o colega russo em sua residência de veraneio no sudeste da França.

"Agradeço" a Emmanuel Macron por aceitar o convite, afirmou Putin.

Desde a anexação da Crimeia por parte da Rússia, em 2014, os países ocidentais passaram a boicotar essas cerimônias organizadas por Moscou.

- Síria e direitos humanos

Os dois presidentes não esconderam suas divergências em relação à Síria, onde a Rússia apoia militarmente o presidente Bashar al-Assad em sua tentativa de reconquistar territórios controlados por rebeldes moderados e por islamistas desde o início da guerra civil, em 2011.

Macron pediu ao governo Assad e a Putin que respeitem o cessar-fogo na província de Idlib, no noroeste do país. A região é alvo de bombardeios aéreos quase diários. Agora, após três meses de intensos combates, as forças do governo começam a avançar em Idlib.

"É imperioso que o cessar-fogo decidido e firmado em Sochi (na Rússia) seja realmente respeitado", declarou Macron.

Já o presidente Putin afirmou que a Rússia "apoia o Exército sírio para eliminar as ameaças terroristas em Idlib".

Questionado sobre a repressão das manifestações em favor da democracia na Rússia, nas últimas semanas, Putin apontou a violência dos protestos envolvendo os "coletes amarelos" na França.

"Não queremos uma situação similar", afirmou, garantindo que as autoridades russas vão agir para que as manifestações permaneçam no "âmbito da lei".

Vladimir Putin comemora, nesta sexta-feira (9), 20 anos no poder, alternando os cargos de primeiro-ministro da Rússia e presidente. A seguir, as principais datas na vida do ex-oficial da KGB, de 66 anos:

- 7 de outubro de 1952: Putin nasce no berço de uma família da classe trabalhadora em Leningrado, agora chamada São Petersburgo.

- 25 de julho de 1998: É nomeado chefe do serviço de segurança do FSB, o sucessor da KGB, onde ingressou em 1975.

- 9 de agosto de 1999: Nomeado primeiro-ministro de Boris Yeltsin, ordenou em outubro o lançamento de uma segunda guerra para esmagar os rebeldes na Cechênia.

- 31 de dezembro de 1999: Assume o cargo de presidente quando Yeltsin renuncia, e é oficialmente eleito em março de 2000.

- 14 de março de 2004: É reeleito.

- 7 de maio de 2008: Como exigido pela Constituição, deixa o cargo no final de seu segundo mandato, entregando poder a Dmitry Medvedev. Ele se torna primeiro-ministro.

- 7 de maio de 2012: Retorna como presidente em meio a protestos sem precedentes da oposição.

- 6 de junho de 2013: Após três décadas de casamento, anuncia seu divórcio de Lyudmilla, com quem tem duas filhas.

- 18 de março de 2014: Anexa a península ucraniana da Crimeia, provocando a pior crise diplomática entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.

- 30 de setembro de 2015: Depois de ter dado apoio militar ao contestado regime do presidente Bashar al-Assad, ganha aprovação parlamentar para os primeiros ataques aéreos da Rússia na Síria.

- 18 de março de 2018: É reeleito presidente para um quarto mandato.

- 20 de julho de 2019: Início dos protestos em massa exigindo eleições justas, após os candidatos da oposição, incluindo aliados do principal crítico de Putin, Alexei Navalny, terem sido impedidos de concorrer no parlamento de Moscou.

Rússia e Estados Unidos manifestaram nesta terça-feira sua esperança de melhorar as relações bilaterais, após um encontro entre o presidente Vladimir Putin e o secretário americano de Estado, Mike Pompeo.

Na 'dacha' de Putin na cidade de Sochi, no Mar Negro, Pompeo se tornou o mais alto funcionário dos EUA a se reunir com o líder russo nos últimos dez meses.

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"Quero muito que sua visita beneficie as relações entre Rússia e Estados Unidos e promova o desenvolvimento", disse Putin a Pompeo ao chegar à sala de conferências.

Putin elogiou a investigação do procurador-especial americano Robert Mueller, apesar de sua conclusão de que a Rússia interferiu nas eleições de 2016 a favor do candidato Donald Trump, especialmente mediante manipulação das redes sociais.

A investigação concluiu que não houve conluio entre o pessoal da campanha de Trump e os russos.

"Apesar da natureza exótica da comissão dos senhor Mueller, em geral se realizou uma investigação bastante objetiva, que confirmou que não houve conluio entre a administração dos Estados Unidos e a Rússia", disse Putin.

Em conversa com o chanceler russo, Serguéi Lavrov, antes do encontro com Putin, o secretário de Estado advertiu a Rússia para permanecer à margem das eleições do próximo ano nos EUA.

"A interferência nas eleições americanas é inaceitável. Se a Rússia fizer isto em 2020, colocará nossas relações no pior lugar" possível, declarou Pompeo.

"Disse que há coisas que a Rússia pode fazer para demonstrar que este tipo de atividade é coisa do passado, e espero que aproveitem esta oportunidade".

Além da ingerência nas eleições, Rússia e Estados Unidos têm divergências sobre a situação na Venezuela, tratados de desarmamento e o Irã, entre diversos outros temas.

"Estou aqui porque o presidente Trump está determinado a melhorar esse relacionamento", declarou Pompeo após o encontro com Lavrov.

"Temos diferenças [...], mas não precisamos ser adversários em todas as questões", acrescentou, na esperança de "estabilizar as relações e retornar a um caminho que não seja bom apenas para os dois países, mas também para o mundo".

"Acho que é hora de começar a construir um modelo novo, mais responsável e construtivo", disse Lavrov, por sua vez, pedindo "propostas concretas para tirar as relações russo-americanas de um triste estado".

- Pressão máxima -

A Casa Branca espera que o fim da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre uma suposta interferência russa a favor de Trump nas eleições americana permita superar o atual estado glacial das relações entre os países.

Há quase dois meses, o procurador apresentou o relatório que afirma que em 2016 aconteceu uma interferência russa na eleição presidencial americana, mas não um conivência entre a equipe do então candidato Trump e Moscou.

A investigação marcou a primeira metade do mandato de Donald Trump. No início do mês, o presidente americano afirmou que teve uma conversa telefônica "muito positiva", de mais de uma hora, com Vladimir Putin.

Trump, em geral disposto a desafiar Putin, afirmou que este último assegurou que Moscou não está envolvido na Venezuela, ao contrário do que afirmam Pompeo e outros funcionários da administração americana, que pediram a Rússia que deixe de apoiar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A visita de Pompeo coincide com as acusações dos EUA de que o Irã prepara "ataques" contra seus interesses no Oriente Médio.

Os Estados Unidos posicionaram um porta-aviões, um navio de guerra, bem como bombardeiros B-52 e uma bateria de mísseis Patriot na região.

"Uma política de máxima pressão [...] nunca dá resultados", alertou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, nesta terça-feira.

"Isso não encoraja um país a ser conciliador", acrescentou.

A Rússia, como os países europeus, é a favor de manter o acordo de 2015 sobre o programa nuclear iraniano, do qual os Estados Unidos se retiraram.

O Irã decidiu, por sua vez, suspender parte dos compromissos desse acordo.

Pompeo se encontrou na segunda-feira com vários líderes europeus, que alertaram sobre o risco de um conflito "por acidente".

O medo de uma escalada no Golfo aumentou com atos de sabotagem, dos quais os detalhes são desconhecidos, contra três petroleiros e um cargueiro neste final de semana na costa dos Emirados Árabes Unidos.

- Armas hipersônicas -

Nas últimas semanas, a tensão também aumentou devido à situação na Venezuela, onde ambas as potências acusam umas às outras de interferência.

A Rússia continua sendo uma aliada do presidente Nicolás Maduro, a quem ele entrega armas, enquanto os Estados Unidos apóiam o líder da oposição Juan Guaidó.

O desarmamento é outro motivo de atrito.

Recentemente, os Estados Unidos e a Rússia decidiram abandonar um tratado da época da Guerra Fria que proibia mísseis terra-terra de tamanho entre 500 e 5.500 quilômetros.

A Rússia e os Estados Unidos estão negociando o próximo tratado de controle de armas nucleares Start, porque o atual termina em 2021 e Trump quer incluir a China.

O presidente russo, que constantemente elogia as novas capacidades de seu exército, visitará nesta terça, antes de receber Pompeo, o maior centro de testes nucleares da aviação russa, para participar, segundo o Kremlin, em uma demonstração de "armas promissoras".

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