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As empresas aéreas consideram "tímidas" as propostas de Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de revisão das regulamentação do serviço de transporte aéreo. O presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, defende que a Anac regule apenas questões essenciais do serviço, como segurança e regularidade. A Abear pede também que as empresas não sejam oneradas por atrasos provocados por fatores climáticos.

As mudanças estão em discussão na Anac até o dia 2 de maio. Após o período de audiência pública, a Anac vai avaliar as sugestões e definir uma regra final.

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A proposta da Anac é que as empresas paguem pela assistência aos passageiros por até 24 horas. "(A proposta) visa a promover um apoio mínimo ao consumidor que se encontra no aeroporto. Dessa forma, não se deixa o consumidor desamparado e nem se ignora a quebra do nexo de causalidade da responsabilidade civil decorrente de força maior", afirmou a Anac, em comunicado.

Já as empresas pedem a adoção do padrão internacional. Nos EUA, elas não precisam arcar com custos de alimentação e hospedagem para os passageiros em caso de atrasos de voo por razões climáticas. "O que está em jogo é eliminar obrigatoriedades que tornam a aviação brasileira diferente do resto do mundo", disse Sanovicz.

No Brasil, a assistência ao passageiro custa R$ 50 milhões por ano às quatro maiores empresas - TAM, Gol, Azul e Avianca. "Menos de 20% dos atrasos são provocados por falhas das empresas, e 80% vêm de fatores externos a elas", disse Sanovicz.

Segundo ele, a mudança promoveria uma desoneração no custo das empresas. No curto prazo, ela seria usada para compensar as perdas bilionárias do setor nos últimos anos. "Mas, aos poucos, a tendência é que essa economia seja repassada integralmente aos passageiros. É o que mostra a experiência internacional", disse.

Bagagem

A Abear também criticou o prazo proposto pela Anac para acabar com a franquia de bagagem, medida que entraria em vigor apenas em 2018. "Hoje não podemos oferecer um serviço low cost (baixo custo). É como se o McDonald’s não pudesse vender o sanduíche sozinho, só um combo", disse Sanovicz. A Anac afirma que a retirada da franquia foi proposta "da maneira mais branda possível, facilitando a aceitação da inovação" pelo passageiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A demanda doméstica por viagens aéreas recuou 3,03% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2015, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (22) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados das principais companhias aéreas brasileiras (TAM, Gol, Azul e Avianca).

Há sete meses consecutivos o setor registra queda na demanda doméstica, com baixas que variaram de 0,6% (agosto) a 7,9% (novembro) em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Nem mesmo os meses de alta temporada, como dezembro (-4,92%), janeiro (-4,01%) e fevereiro, registraram expansão. No acumulado de 2016, a demanda doméstica registra queda de 3,62% ante o mesmo período de 2015.

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A oferta, por sua vez, apresentou retração de 1,03% no mês passado em relação a fevereiro de 2015. Com isso, a taxa de ocupação doméstica teve queda de 1,62 ponto porcentual (p.p.) no segundo mês deste ano, para 78,43%. Nos dois primeiros meses do ano, a oferta acumula queda de 1,81%, levando a taxa de ocupação doméstica a recuar 1,52 p.p., para 81,04%.

No total, as empresas aéreas brasileiras embarcaram em fevereiro 7,194 milhões de passageiros no mercado doméstico, o que corresponde a uma queda de 0,79% ante o mesmo mês de 2015. No ano, o número de pessoas transportadas soma 15,963 milhões de passageiros, queda de 3,17%.

Em termos de participação de mercado, medida pela demanda por RPK (passageiro-quilômetro transportado), a Gol ficou na liderança no mercado doméstico em fevereiro, com 36,24%, superando a TAM, com 35,71%. Em seguida vem a Azul, com 16,71%, e a Avianca, com 11,33%.

Internacional

No mercado internacional, a demanda cresceu 5,43% em fevereiro frente ao mesmo mês de 2015. Já a oferta teve expansão de 4,39%, levando a taxa de ocupação a subir 0,8 ponto porcentual, para 80,79%.

No segmento internacional, a TAM ficou com 77,77% do mercado em janeiro, enquanto a Gol ficou com 12,57%. A Azul chegou a 9,57%, enquanto a Avianca teve participação inferior a 1%. No segmento, as empresas brasileiras embarcaram juntas 619,9 mil passageiros no mês passado, alta de 8,3%.

Nos dois primeiros meses de 2016, a demanda internacional cresceu 6,12% e a oferta teve elevação de 5,29%. A taxa de ocupação acumula alta de 0,65 ponto porcentual, para 82,98%. O total de passageiros transportados somou 1,363 milhão, expansão de 8,48% sobre o mesmo intervalo de 2015.

A demanda doméstica por viagens aéreas recuou 4,01% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2015, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (16) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados das principais companhias aéreas brasileiras (TAM, Gol, Azul e Avianca).

Há seis meses consecutivos o setor registra queda na demanda doméstica - com baixas que variaram de 0,6% (agosto) a 7,9% (novembro), em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Nem mesmo os meses de alta temporada, como dezembro (-4,92%) ou janeiro, registraram expansão.

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A oferta, por sua vez, apresentou retração de 2,38% no mês passado em relação a janeiro de 2015. Com isso, a taxa de ocupação doméstica teve queda de 1,41 ponto porcentual (p.p.) no primeiro mês deste ano, para 83,18%.

No total, as empresas aéreas brasileiras embarcaram em janeiro 9,04 milhões de passageiros no mercado doméstico, o que corresponde a uma queda de 1,95% ante o mesmo mês de 2015.

"Janeiro foi um mês de continuidade de um cenário que progressivamente se agrava", disse o consultor da Abear Maurício Emboaba. Questionado se diante do agravamento da situação, o setor havia revisado suas projeções para 2016, o presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, reiterou a estimativa de redução de oferta da ordem de 7%, mesmo porcentual de queda estimado para a demanda doméstica. "Seguimos esperando reduções desta ordem. É cedo para dizer se vai ser ainda pior, o cenário já é muito ruim", disse, durante teleconferência com jornalistas.

Em termos de participação de mercado, medida pela demanda por RPK (passageiro-quilômetro transportado), a Gol ficou na liderança no mercado doméstico em janeiro, com 38,62%, superando a TAM, com 34,36%. Em seguida vem a Azul, com 17,28%, e a Avianca, com 9,74%.

Internacional

No mercado internacional, a demanda cresceu 7,23% em janeiro frente ao mesmo mês de 2015. Já a oferta teve expansão de 6,12%, levando a taxa de ocupação a subir 0,89 ponto porcentual, para 85,25%.

No segmento internacional, a TAM ficou com 73,92% do mercado em janeiro, enquanto a Gol ficou com 13,13%. A Azul chegou a 12,87%, enquanto a Avianca teve participação inferior a 1%. No segmento, as empresas brasileiras embarcaram juntas 754,7 mil passageiros no mês passado, alta de 10,64%.

Emboaba comentou que o crescimento registrado no mercado internacional se deve basicamente ao início da operação da Azul para os EUA, no ano passado, e lembrou que os números revelam apenas o comportamento da parcela brasileira da demanda internacional, não computando oferta e demanda das companhias internacionais.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, afirmou nesta quinta-feira (28) que o preço das passagens aéreas deve aumentar ao longo de 2016, sem dar valores ou porcentagens que essa elevação pode atingir.

"Com a queda de demanda maior que a da oferta, a tendência é tentar recuperar o máximo possível nos preços", disse Sanovicz, em coletiva de imprensa. "Há uma tendência de recuperação".

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Segundo os dados mais atualizados disponibilizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), referentes ao primeiro semestre de 2015, a Tarifa Aérea Média Doméstica Real apresentou redução de 18,3% em relação ao período de janeiro a junho de 2014.

"O trabalho será para, ao menos, recuperar boa parte desse valor perdido em 2015", disse o presidente da Abear. "Voar está barato, acessível, mas nem assim conseguimos manter a estrutura no ar".

Empregos

Sanovicz ainda ressaltou que as projeções pouco favoráveis para 2016, com uma estimativa de queda de 7% na oferta doméstica e de mais de 7% na demanda doméstica, pode ter impacto nos empregos nas companhias aéreas.

"Pode haver impacto sobre o emprego, é um momento muito duro", afirmou. "Mas algumas das empresas vão se esforçar para recolocar as pessoas".

O valor pago pelas empresas aéreas para alugar áreas operacionais nos aeroportos privados brasileiros mais do que triplicou desde 2012, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear). Os preços se referem, por exemplo, ao custo do aluguel das lojas das empresas aéreas nos aeroportos ou da área de despacho de bagagem. De acordo com a associação, o aumento das tarifas agrava a crise das empresas aéreas brasileiras, que acumulam prejuízo de R$ 13 bilhões desde 2011.

Os dados apresentados pela Abear representam a planilha de custos de uma empresa aérea para voar nos quatro primeiros aeroportos leiloados pelo governo - Guarulhos, Brasília, Viracopos e São Gonçalo do Amarante. Com exceção do último, que foi construído do zero, os demais aeroportos foram assumidos pelo setor privado em novembro de 2012. De lá para cá, os custos com as áreas operacionais usadas no transporte de passageiros subiram, em média, 267%, e na divisão de carga, 225%.

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A área de despacho de bagagens, por exemplo, custava em média R$ 11,38 nesses aeroportos na época em que eles eram administrados pela Infraero, em 2012. O preço saltou para R$ 28,79 - um reajuste de 153%. No período, a inflação teve alta acumulada de cerca de 25%. Outro estudo da Abear, que considera apenas os preços até 2014, mostra que o metro quadrado da área de check-in e da sala Vip saltaram, respectivamente, 128% e 195% desde 2012.

"Esses aumentos expressivos tiram ainda mais a competitividade do setor. Com as empresas divulgando prejuízos bilionários, não é satisfatório pagar taxas com valores acima do que se cobrava antes das concessões", afirmou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. De acordo com a entidade, as tarifas aeroportuárias representam 6% do custo das empresas.

Apesar de ser menos representativa do que, por exemplo, os gastos com combustível, que constituem 40% da despesa das aéreas brasileiras, as empresas alegam que qualquer despesa adicional é relevante. "Já operamos com baixo custo e não é possível aumentar preços. Isso engorda o prejuízo das empresas", afirmou um executivo do setor.

De acordo com o professor de Transporte Aéreo da USP, Jorge Leal, a alta de preços é consequência do modelo de concessão onerosa. Só as concessionárias de Guarulhos, Viracopos e Brasília pagaram juntas R$ 24,5 bilhões em outorga no leilão dos aeroportos, um ágio de 348%, além de assumirem compromissos com investimentos. "Existia um gargalo de capacidade que foi resolvido com investimentos. A alta de preços era esperada para as empresas recuperarem os investimentos feitos."

Quando as regras do leilão estavam sendo definidas, as empresas defendiam um modelo em que o vencedor era o que oferecia as menores tarifas. Na época, um mesmo grupo foi proibido de disputar mais de um aeroporto, para evitar monopólio e abuso de preços. "Isso não funcionou. Não há concorrência para Guarulhos. Congonhas não tem mais espaço e o passageiro de São Paulo não quer ir até Viracopos. O aeroporto de uma cidade é um monopólio natural", disse o executivo de uma aérea. "É aceitar o preço ou ir embora", afirmou outra fonte.

Anac

A Abear apresentou os dados à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no ano passado e pediu que ela fiscalize as concessionárias. Pelos contratos de concessão, algumas tarifas aeroportuárias, como a taxa de embarque e de permanência nos aeroportos, têm preço tabelado e definido pela Anac. Mas as concessionárias têm liberdade para cobrar o preço que quiserem das empresas aéreas e varejistas pelo uso do espaço no aeroporto, como lojas e balcões de check in. As regras vigentes permitem que a Anac regule as demais tarifas em caso de prática de preços abusivos.

"A grande discussão é qual tarifa deve ser regulada e qual não. A sala Vip não é necessária para a operação, mas o balcão de check-in é", disse Leal.

A Anac informou que o pleito da Abear está em análise, mas as informações apresentadas eram "inconsistentes" pois não contemplavam a totalidade dos contratos das associadas. A Anac disse que solicitou dados aos aeroportos e fez visitas técnicas para montar uma base confiável para a análise do suposto abuso comercial.

A agência regulatória também afirmou que "não é qualquer elevação de preços que configura abuso". "Diversos preços de áreas nos aeroportos estavam defasados. Logo, aumentos eram esperados, pois as concessões naturalmente trariam esses preços para valores de mercado", completou.

Procuradas, as concessionárias que administram os aeroportos de Guarulhos, Viracopos, Brasília e São Gonçalo do Amarante não quiseram se manifestar.

Novas tarifas

As aéreas afirmam que o aumento de custos nos aeroportos é um movimento generalizado entre as concessionárias privadas. Além dos reajustes, novas taxas foram criadas. Segundo a Abear, a concessionária Rio Galeão repassou às companhias um reembolso de 35% dos custos de administração predial, como um rateio de "condomínio" do aeroporto. A conta inclui gastos com segurança, limpeza, ar condicionado, lixo e jardinagem. Em comunicado, a Rio Galeão disse que "atua de acordo com o contrato de concessão e a legislação vigente" e que "está investindo em melhorias expressivas em toda infraestrutura do aeroporto". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A demanda doméstica por viagens aéreas recuou 0,8% em setembro deste ano na comparação com igual mês do ano passado, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (27) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados das principais companhias aéreas brasileiras (TAM, Gol, Azul e Avianca). Segundo a entidade, este é o segundo mês consecutivo de queda na demanda doméstica.

A oferta, por sua vez, apresentou redução de 1,9% no mês passado. Com isso, a taxa de ocupação ficou em 79,58%. O total de passageiros transportados em setembro foi de 7,8 milhões, 1,8% acima do mesmo mês do ano anterior.

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Em termos de participação de mercado, medida pela demanda por RPK (passageiro-quilômetro transportado), a TAM voltou a aparecer na liderança em setembro, com 37,40%, superando a Gol, com 34,36%. Em seguida vem a Azul, com 17,78%, e Avianca, com 10,46%.

Ao final do terceiro trimestre de 2015, a aviação doméstica acumula um avanço de 2,38% na oferta e um aumento de 3,32% na demanda. A taxa de ocupação teve ligeira alta de 0,73 ponto porcentual, ficando em 80,24%. Já são 71,5 milhões de passageiros transportados até o momento, crescimento de 2,94% sobre os mesmos nove meses de 2014.

Internacional

No mercado internacional, a demanda cresceu 14,37% em setembro frente ao mesmo mês do ano passado. Já a oferta foi ampliada em 20,50%, levando a taxa de ocupação a baixar 4,41 pontos porcentuais para 82,25%.

No segmento internacional a TAM ficou com 79,93% do mercado em setembro, enquanto a Gol ficou com 13,10%. Azul chegou a 6,91%, enquanto Avianca teve participação inferior a 1%. No segmento, as empresas brasileiras embarcaram juntas 632 mil passageiros no mês, 16,75% acima de setembro do ano passado.

No acumulado do ano, a oferta internacional registra alta de 16,35% e a demanda, de 14,70%. A taxa de ocupação caiu 1,17 ponto porcentual, para 81,38%. O total de passageiros transportados chega a 5,5 milhões, avançando 16,21% no período.

Cargas

No que diz respeito ao transporte de cargas, o segmento doméstico movimentou 28,5 mil toneladas de bens em setembro. O número é 9,72% inferior ao registrado em setembro de 2014. No internacional, a quantidade foi de 16,1 mil toneladas transportadas no mês, alta de 15,61%.

As companhias aéreas Avianca, Azul, Gol e TAM transportaram 101,5 milhões de passageiros em voos domésticos e internacionais em 2014. O resultado representa alta de 5,7% em relação a 2013. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

O número, no entanto, mostra queda no ritmo anual de expansão, que foi 6,5% em 2013 e havia ficado próximo de 7% em 2012. “A redução do ritmo de crescimento anual merece atenção, mas o resultado positivo comprova que continuamos com massificação do avião possibilitada pela liberdade tarifária”, disse, em nota, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

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Foram 95,1 milhões de passageiros transportados nos voos domésticos e 6,4 milhões nos internacionais. A ocupação dos assentos ficou em torno de 80%. Quanto às reclamações de passageiros que enfrentaram problemas nos aeroportos e nos voos, a Abear argumentou que as companhias operaram com pontualidade acima de 92%, mas reconheceu que houve falhas.

“Na média, transportamos quase 280 mil pessoas por dia. São aproximadamente 200 por minuto, todos os minutos do dia, todos os dias do ano. Ainda que estejamos dentro de níveis de excelência internacional, estamos sempre estatisticamente expostos a falhas, que lamentamos e resolvemos”, destaca a nota da empresa.

Em termos de participação no mercado doméstico, a TAM fechou o ano, mais uma vez, como líder, obtendo uma parcela de 38,41%. A Gol respondeu por uma fatia de 36,4%, a Azul teve 16,77% de participação e a Avianca, de 8,43%.

A TAM também foi a empresa líder em participação no mercado internacional, com 84,48%, seguida pela Gol, que fechou a temporada com uma parcela de 14,92%. A Azul, com 0,57%, e Avianca, com 0,02%, fecham a relação das empresas brasileiras com operações internacionais.

A demanda por transporte aéreo doméstico registrou crescimento de 7,4% em dezembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), nesta quarta-feira, 28, que consolida dos números de Avianca, Azul, TAM e Gol. Apesar do bom desempenho do último mês do ano, sazonalmente mais forte, no consolidado do ano o crescimento da demanda foi de 5,7% em 2014, o que corresponde a um arrefecimento em relação ao ritmo de expansão apresentado nos anos anteriores, de 6,5% em 2013 e 7% em 2012.

Já a oferta, medida em assentos-quilômetros oferecidos, cresceu 5,11% em dezembro na comparação com igual mês de 2013, consolidando uma expansão de 0,8% em 2014, abaixo da alta de 2% em 2013.

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Com avanços da oferta menores que os da demanda, a taxa de ocupação ficou em 80,96% em dezembro, o que corresponde a uma alta de 1,73 ponto porcentual sobre o mesmo mês do ano passado. No consolidado de janeiro a dezembro, a taxa de ocupação evoluiu 3,71 ponto porcentual, para 79,91%.

Em termos de participação de mercado, medida em passageiro-quilômetro transportado (RPK), a TAM segue na liderança, com 38,41%, o que corresponde a uma queda de 1,72 ponto porcentual. Já a Gol ficou com uma fatia de 36,4%, a Azul deteve 16,77% e a Avianca ficou com 8,43%.

Internacional

No segmento internacional, a demanda cresceu 5% em 2014, enquanto a oferta recuou 1,5%. Com isso, a taxa de ocupação nos voos internacionais foi de 82,4%, ganho de 5,1 pontos porcentuais sobre o ano anterior.

A TAM obteve a maior parcela de mercado nas operações internacionais, com 84,48% de participação, seguida pela Gol, com 14,92%. As entrantes neste segmento, Azul e Avianca, ficaram com 0,57% e 0,02% do mercado, respectivamente.

Não houve acordo na mais recente tentativa de acordo entre companhias aéreas e trabalhadores. Com isso, aeronautas e aeroviários confirmaram a paralisação marcada para a próxima quinta-feira (22), entre as 6h e as 7h, quando, conforme prometem, "nenhum voo decolará em todo os aeroportos do País".

Segundo comunicado já divulgado pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a ação deverá ser mantida ou intensificada nos dias subsequentes, por tempo indeterminado - "até que haja uma resposta positiva das empresas aéreas na negociação da convenção coletiva de trabalho".

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De acordo com os aeronautas, nesta sexta-feira (16), o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) rejeitou a última proposta feita pelos trabalhadores e aprovada em assembleia na última quarta-feira, 14, de reajuste salarial de 8,5%, uma pequena redução em relação aos 9% exigidos anteriormente, e uma menor pauta social.

Já as entidades patronais - o SNEA e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) - afirmaram que foi "a postura dos sindicatos" que impossibilitou o fechamento de um acordo.

Em nota, as entidades disseram que "houve avanço nas propostas, que foram recusadas pelos sindicalistas". O comunicado não dá outros detalhes, diz apenas que esta foi a segunda proposta apresentada pelas empresas com aumento real de salários e melhoria em benefícios. Afirma também que das 34 cláusulas colocadas na mesa de negociação, o SNEA e a Abear aceitaram totalmente ou parcialmente dois terços delas.

Fonte próxima às negociações contou que as empresas chegaram a sugerir uma nova proposta, de 6,83% - o que corresponde à reposição de inflação mais um ganho real de 0,50% -, mas a oferta não teria sido bem recebida pelos sindicatos e foi retirada da pauta. Os trabalhadores queriam a inclusão de uma folga remunerada, mas as companhias defendem que o tema fosse tratado separadamente.

Até a semana passada, as empresas aéreas seguiam firmes em sua proposta de reposição da inflação, de 6,33%. Na rodada anterior, na última segunda-feira, 12, ofereceram um aumento de 6,5%. O pequeno ganho real, de 0,17%, foi considerado "inaceitável" pelos trabalhadores, que em assembleia realizada na última quarta-feira decidiram pela paralisação do próximo dia 22.

A demanda por transporte aéreo doméstico retomou o crescimento em agosto, após ter registrado uma baixa expansão durante o período da Copa, e apresentou crescimento de 5,9% em relação a agosto de 2013, informou, nesta terça-feira, 23, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados das principais aéreas brasileiras (TAM, GOL, Azul e Avianca).

A Abear destacou que a taxa ficou próxima da registrada no acumulado de 8 meses, que é de 5,6%, o que mostra que nem toda a reprogramação de viagens do ano ficou concentrada no primeiro semestre. Nos primeiros meses do ano, o setor registrou uma forte taxa de expansão, e a Abear indicou que o desempenho era resultado do adiantamento de compromissos de negócios e calendário corporativo, tendo em vista a Copa e as eleições.

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Já a oferta seguiu controlada e mostrou um recuo de 0,9% na mesma comparação. Com isso, a taxa de ocupação alcançou um recorde para agosto, mês tradicionalmente mais fraco, atingindo os 79,3%, o que corresponde a uma expansão de 5,1 pontos porcentuais. No total, foram embarcados ao longo do mês passado 6,7 milhões de passageiros, alta de 4,1%.

Em participação de mercado, a TAM segue na liderança, pelo critério de RPK (passageiro-quilômetro transportado), respondendo por uma fatia de 39,1%, seguido pela Gol, com 35,6%, Azul (16,3%) e Avianca (9%) .

No mercado internacional, o crescimento da demanda também foi classificado como "surpreendente" para agosto, com uma expansão de 14,7%, bastante superior à demanda do mercado doméstico. Já a oferta foi ampliada em 5,2%, levando a taxa de ocupação a avançar 7,1 pontos porcentuais, para 85,3%, também um recorde histórico. No segmento, a TAM tem 84,7% do mercado, enquanto a Gol ficou com 15,3%. As duas empresas embarcaram juntas 433 mil passageiros no mês, 12,1% a mais que em agosto de 2013.

A demanda por transporte aéreo doméstico registrou alta de 0,5% em julho ante igual período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 22, pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne as quatro principais companhias brasileiras, TAM, Gol, Azul e Avianca. Em junho, a expansão havia sido de 0,4%.

O consultor técnico da Associação, Mauricio Emboaba, destacou que os últimos dois meses foram atípicos, por causa da realização da Copa do mundo. Ele destacou, porém, como positiva a redução da oferta em julho de 3,1% sobre o mesmo mês do ano passado. "Esse é um dado positivo, porque mesmo se o crescimento é pequeno, consegue-se atender a demanda com uma oferta controlada e isso é importante em uma indústria com margens tão apertadas", comentou.

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Com o recuo na oferta e o leve crescimento da demanda, a taxa de ocupação cresceu 2,9 pontos porcentuais e alcançou 81,7%, no melhor resultado dos últimos 18 meses.

No total, em julho, o setor superou a marca de sete milhões de passageiros embarcados em voos domésticos, repetindo o resultado de janeiro e superando em 1% o total de julho de 2013.

No mês passado, a TAM manteve a liderança no mercado doméstico, com 38,5% de participação, enquanto a Gol ficou com 36,2%, a Azul respondeu por 16,6% e a Avianca abocanhou 8,7%.

No acumulado em sete meses, o setor registra alta de 5,6% da demanda doméstica, enquanto a oferta recua 0,4%. A taxa de ocupação ficou em 79,6%, o que corresponde a um aumento de 4,6 pontos porcentuais. O número de passageiros transportados somou 45,6 milhões de passageiros.

Internacional

A demanda por transporte aéreo internacional cresceu 3,3% nas empresas nacionais em julho, na comparação com o verificado um ano antes. Já a oferta recuou 3,1% no mês passado em relação a igual mês de 2013. Com isso, a taxa de ocupação atingiu 85,1%, o que corresponde a uma expansão de 5,3 pontos porcentuais. Conforme a Abear, foi o melhor índice alcançado em 18 meses.

No mercado internacional, a TAM detém 83,9% de participação de mercado e a Gol ficou com 16,1%. No mês passado, embarcaram em voos internacionais realizados pelas duas empresas 440 mil passageiros, um aumento de 5,3%.

A demanda por transporte aéreo doméstico cresceu 4,3% em maio ante igual período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne as quatro principais companhias brasileiras, TAM, Gol, Azul e Avianca. O crescimento mostra um arrefecimento do ritmo de crescimento em relação ao verificado nos quatro primeiros meses do ano, quando a média ficou acima de 8%.

Já a oferta de transporte aéreo doméstico, medida por assentos-quilômetros disponíveis (ASK), voltou a recuar, em baixa de 1,3%. Com isso, a taxa de ocupação atingiu um recorde para o mês de 78,6%. Ao longo dos cinco primeiros meses do ano, o aproveitamento médio nos voos nacionais está em 79,4%.

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Pela avaliação dos totais móveis (série consolidada de resultado de 12 meses), a aviação nacional cresce a uma taxa anualizada de 6,5%, enquanto a oferta cai 1,3%. O número de passageiros embarcados em maio somou 6,5 milhões, crescimento de 2% frente o mesmo mês do ano passado. No ano, o total supera 35 milhões de passageiros nos voos dentro do País. No mês passado, a TAM respondeu por 38,4% do mercado, mantendo a liderança, enquanto sua principal concorrente, a Gol ficou com 35,7%. A Azul abocanhou 17,3% e a Avianca, 8,6%.

A demanda doméstica por transporte aéreo cresceu 8,2% no mês de abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou nesta quinta-feira, 22, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A oferta doméstica, por sua vez, teve redução de 1,6%, na mesma comparação. Com isso, a taxa de ocupação avançou 7,2 pontos porcentuais e alcançou 79,5%, batendo recorde para o mês. O número de passageiros embarcados em abril somou 6,4 milhões, alta de 2,2% frente abril de 2013.

"A demanda foi acima do que se esperava, enquanto a oferta segue disciplinada. As aéreas não estão correndo para colocar mais voos, isso faz com que o aproveitamento deles (load factor) aumente bastante e bata recordes históricos sucessivos em março e abril", explicou o consultor da Abear, Maurício Emboaba.

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A Abear reafirma que entre os principais motivos para o crescimento da demanda está a antecipação dos compromissos corporativos, como feiras e congressos, por causa do calendário de eventos, com destaque para a Copa. Em abril, a TAM seguiu com a maior fatia do mercado, de 38,8%, a Gol com 36,4%, Azul com 16,9%, e Avianca com 7,9%.

No mercado internacional, a demanda cresceu 5,7% em abril, frente a igual etapa do ano passado, enquanto a oferta recuou 4%, levando a taxa de ocupação a aumentar 7,6 pontos porcentuais, para 82,8%. Nesse mercado, TAM tem 85,6% de participação, entre as companhias nacionais, enquanto Gol fica com os 14,4% restantes.

O aumento das despesas das empresas aéreas em decorrência do maior custo do combustíveis e do câmbio mais desfavorável pressionou o preço das passagens domésticas, especialmente para bilhetes adquiridos poucos dias antes da viagem. Mas nas compras com maior antecedência, de 14 a 21 dias, os preços até recuaram em março, na comparação com outubro. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que também apontou que as viagens domésticas estão mais baratas no Brasil do que nos Estados Unidos, em dólares por quilômetros, para voos entre cidades com distância aproximada de 1 mil quilômetros.

De acordo com o estudo, um bilhete aéreo para voo doméstico no Brasil com distância aproximada de 1 mil km adquirido com sete dias de antecedência custava US$ 0,14/Km em março, valor cerca de 16% acima do verificado em outubro passado, quando estava em US$ 0,12/km. Para as compras feitas 14 dias antes da viagem, houve estabilidade, com bilhetes a US$ 0,09/km em ambos os meses estudados. Bilhetes adquiridos com 21 dias de antecedência apresentaram redução de 30% no valor, passando de US$ 0,13/km para US$ 0,09/km.

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O consultor técnico da Abear Maurício Emboaba, responsável pelo estudo, explicou que a alta observada nas compras de curto prazo podem ser atribuídas especialmente aos custos mais elevados, seja em decorrência da alta do dólar frente o real - já que cerca de 60% dos custos das aéreas são denominados em dólares - seja por causa do preço do combustível. "As tarifas para sete dias de antecedência espelham o aumento de custos do setor, porque essas compras são feitas em sua maioria por pessoas jurídicas, que são menos sensíveis a preços que as pessoas físicas", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Ao comentar sobre o equilíbrio dos preços para as compras de maior antecedência entre outubro e março, o consultor destacou a comparação com os preços dos bilhetes aéreos domésticos nos Estados Unidos para trechos com os mesmos 1 mil quilômetros. Nos EUA, os preços chegaram a triplicar no mesmo período. Conforme o levantamento da Abear, o preço da passagem aérea era de cerca de US$ 0,30/Km em março para as compras feitas com antecedência de 14 dias e de US$ 0,28/Km se o bilhete fosse adquirido 21 dias antes da data da partida. Para compras com apenas uma semana de antecedência, o valor é de US$ 0,29/Km. Em outubro do ano passado, os valores eram de US$ 0,10/km (nas compras 14 dias de antecedência), US$ 0,09/Km (21 dias) e US$ 0,12/km (7 dias), similares aos observados no Brasil.

Emboaba explicou que o aumento de preços das passagens nos EUA é reflexo da recuperação econômica pela qual o país vem passando. "Com a economia voltando a se aquecer, quem vai viajar acaba pagando mais caro, mesmo comprando com antecedência. Mas isso deve ser entendido como uma situação característica daquele mercado", disse, explicando que no mercado norte-americano a participação dos passageiros que viajam a negócios é menor que no Brasil e a taxa de ocupação das aeronaves é maior, por isso as flutuações de preços têm uma dinâmica diferente.

Com o primeiro voo comercial brasileiro utilizando bioquerosene, em outubro do ano passado, os biocombustíveis já são uma realidade na aviação nacional. Enquanto são estudadas políticas públicas para seu desenvolvimento, o desafio é possibilitar nos próximos anos que um ganho de escala garanta um custo equivalente ou mais baixo que o de combustíveis de origem fóssil – atualmente, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), os gastos com combustíveis representam quase metade do custo total das passagens aéreas. Os ganhos para o meio ambiente, porém, podem ser ainda mais altos. Com o biocombustível, há a possibilidade de se reduzir as emissões de gases do efeito estufa do setor aéreo em até 80%.

No voo inaugural, um avião da Gol partiu do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para o Juscelino Kubitscheck, em Brasília, e utilizou combustível processado a partir de uma mistura de óleos vegetais que incluiu óleo de milho e de cozinha reutilizado. A adoção da tecnologia, desenvolvida pela empresa norte-americana Amyris, não exige alterações significativas nos aviões. “Utilizar bioquerosene é uma mudança de paradigma, mas temos uma grande vantagem. Diferentemente do que acontece com os carros e outros veículos, as tecnologias que estão em desenvolvimento para as aeronaves não pedem adaptação do equipamento”, afirma Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR.

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As pesquisas na área estão avançadas. Além de óleos vegetais, os combustíveis sintéticos podem ser produzidos a partir de açúcares e amidos, celulose, lixo e rejeitos. Há ainda estudos promissores com algas oriundas de esgotos.  Estes organismos, após serem usados para absorver matéria orgânica nas estações de tratamento, podem ser posteriormente processados para a produção de bioquerosene.

Reduzir as emissões na aviação civil é um compromisso mundial, celebrado pelo ATAG (Air Transport Action Group, ou Grupo de Ação do transporte Aéreo, na tradução para o português), que tem como meta reduzir as taxas de emissões de gases efeito estufa em 1,5% ao ano até 2020. Antes do voo de outubro, empresas brasileiras como TAM, Azul e Gol fizeram voos experimentais com o bioquerosene, mas sem passageiros nos seus aparelhos.

Da Agência ABEAR

demanda por voos domésticos cresceu 6,5% em 2013, na comparação com o ano anterior, informou nesta terça-feira, 21, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne as principais companhias aéreas nacionais (TAM, Gol, Azul e Avianca). As empresas transportaram juntas 77,4 milhões de passageiros, segundo a Abear.

Já a oferta de assentos teve expansão mais modesta, de 2%. Segundo o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, esse comportamento está relacionado às dificuldades que as empresas sentiram ao longo do ano passado. "Foi um ano difícil, com alta do custo de combustível e do dólar, o que levou as companhias a uma maior disciplina da oferta", comentou. A taxa de ocupação subiu 3,2 pontos porcentuais, alcançando 76,1% no consolidado.

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A TAM respondeu por 40,16% do mercado, enquanto a GOL ficou com 35,63%. O grupo Azul/Trip deteve 17,01% e Avianca, 7,2%. Conforme a entidade, as duas líderes cederam algum terreno, enquanto as duas menores avançaram, ganhando 1,7 e 1,53 ponto porcentual, respectivamente.

No mercado internacional, no qual atualmente só operam TAM e Gol, a demanda (medida em RPK - assento quilômetro transportado) cresceu 5,3%, enquanto a oferta ampliou 7,7%. Com isso o fator de ocupação caiu 1,73 ponto porcentual, para 77,3%. Mas o número de passageiros pagantes transportados caiu 18,8%, para 4,6 milhões de pessoas. Segundo a Abear, a desvalorização do real encareceu o plano de viagem de muitas pessoas, desestimulando viagens ao exterior.

As companhias só terão disponível a malha aérea para as cidades sede da Copa do Mundo em janeiro, quando os clientes poderão ter a oferta de passagens aéreas para essas localidades a tarifas mais acessíveis. Essa é a expectativa do governo, após reunião nesta quinta-feira, 31, com representantes das companhias aéreas e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) para discutir o tema.

"A tendência é ter mais oferta. Com mais oferta, o preço pode vir a cair", disse o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys. Os voos disponíveis atualmente para o período dos jogos da Copa não correspondem ao que será ofertado na ocasião.

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Na reunião, ficou definido que, após o sorteio das chaves da Copa, marcado para 6 de dezembro, as empresas aéreas terão 15 dias para pedir o remodelamento da malha aérea para que possam se adequar ao calendário do evento esportivo. Daí a expectativa de que somente em janeiro essa malha esteja disponível. A orientação para quem planeja viajar durante a Copa é que espere a definição.

Ficou acertado também que, na próxima terça-feira, 05, as companhias aéreas deverão entregar o modelo da comunicação que será feita aos clientes para informar que os voos atualmente disponíveis não correspondem à malha aérea da Copa.

Segundo relato da Abear, pela experiência de outros torneios mundiais, o tráfego aéreo tende a diminuir nos locais onde não há jogos. No Brasil, cerca de 70% do tráfego aéreo provém de turistas de negócios e eventos. "Majoritariamente teremos a substituição de turistas de terno e gravata por turistas com camisa da seleção", disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. A expectativa da entidade é de que, mesmo na Copa, a taxa de desocupação dos voos, que atualmente é de 20% a 25%, se mantenha.

A Anac também se comprometeu a fazer, a partir de dezembro, o monitoramento de 15 em 15 dias dos preços dos bilhetes vendidos para voos no País entre junho e julho de 2014. Atualmente, o acompanhamento é feito mensalmente.

A oferta de assentos no mercado domésticos de aviação em setembro diminuiu 5% em comparação com agosto, informou nesta quinta-feira (17), a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

A demanda no País, por sua vez, recuou 1% no período. Isso levou a uma taxa de ocupação (load factor) de 77,4% em setembro, 3,1 pontos porcentuais acima do verificado no mês anterior. A oferta é medida em assentos-quilômetros oferecidos (ASK) enquanto a demanda é calculada em passageiros-quilômetro transportados (RPK).

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A TAM liderou o mercado em setembro com 40,1% de participação nos voos domésticos, seguida por Gol (35,6%), Azul/Trip (16,8%) e Avianca (7,4%). A Abear representa as quatro companhias. No mercado internacional, a TAM lidera com 88,2% de participação e Gol tem 11,8%.

A conjuntura econômica menos promissora e os altos preços do querosene de aviação levaram a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) a revisar para baixo as projeções de crescimento da demanda por transporte aéreo neste ano. Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, diz que a expectativa agora é de um aumento de 7% e não mais de 9%, como estimado no início do ano. "As duas maiores empresas estão fazendo ajustes, na medida em que não conseguiram equalizar os custos de combustível e isso gera impacto no processo de crescimento da demanda", disse.

Ele lembrou dados divulgados no início deste mês pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) que apontaram que o custo do querosene de aviação no Brasil está 30% maior do que na média mundial, uma vez que os gastos com o combustível respondem por 43% dos custos das aéreas no Brasil, enquanto na média internacional esse porcentual é de 33%.

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Tendo em vista a redução da oferta, o crescimento da demanda ainda deve permitir um crescimento da taxa de ocupação das companhias, segundo sinalizou o executivo. "Ao final deste ano, vamos ter uma taxa de ocupação superior a 2012. (...) Vai ser maior na razão direta do comportamento do PIB", disse. Ele afirmou seguir acreditando que o PIB vai bater 3% neste ano.

 

Querosene

O presidente da Abear também defendeu a elaboração de uma política nacional para o querosene de aviação, englobando produção, distribuição e tarifação do combustível, o que geraria impacto no custo final para o consumidor. "O querosene de aviação é um insumo estratégico para o desenvolvimento regional, na medida em que este é um país continental, em que muitas conexões são feitas de avião, por isso, este insumo merece atenção", defendeu. Segundo ele, a proposta foi discutida nesta semana, em reunião com congressistas, em Brasília.

Já a defesa em torno da redução do ICMS, outra bandeira da Abear, passou a ser feita de maneira mais parcimoniosa, tendo em vista o atual momento do tema, com a retirada de projeto de lei sobre o imposto do Congresso. Embora a Abear siga buscando a redução da alíquota sobre o querosene de aviação, não está, atualmente, em discussão com nenhum governo neste sentido.

Ele comentou, porém, que o ICMS sobre o combustível varia entre 12% e 25% no País, frente à média mundial de quase 5% e salientou que após a redução do ICMS no Distrito Federal de 25% para 12,5%, anunciada no mês passado, já houve anúncio de 56 novos voos para Brasília, entre frequências retomadas e voos extras por causa de férias e feriados. "(Com essa redução) a competitividade se coloca de outra forma para o concessionário do aeroporto, que também começa ver de outra forma seu negócio", comentou.

O mercado de transporte aéreo pode dobrar até 2020, atingindo 211 milhões de passageiros, 976 aeronaves e 795 rotas domésticas, segundo o estudo Aviação Brasileira - Agenda 2020, divulgado nesta quinta-feira pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e realizado pela consultoria Bain & Company. Mas para isso a Abear aponta que são necessários até R$ 93 bilhões em investimentos, seja por parte das companhias aéreas, com renovação de frotas e tecnologia, seja na melhoria da infraestrutura aeroportuária, além de potenciais alterações referentes ao preço dos combustíveis e à regulação do setor.

Do montante total de investimentos estimados, entre R$ 26 bilhões e R$ 36 bilhões se referem a investimentos privados. A Abear aponta que até 526 aeronaves seriam adicionadas à frota atual de 450 aviões. Além disso, os recursos contemplam investimentos em aprimoramento aos canais de atendimento aos consumidores, como terminais de autoatendimento, e tecnologia para melhoria da gestão operacional e segurança de voo.

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Já os investimentos públicos são estimados entre R$ 42 bilhões e R$ 57 bilhões, e serão destinados principalmente à ampliação de aeroportos e construção ou reativação de outros 73, passando de 96 aeródromos a 169 em 2020. Também são previstos investimentos na modernização e expansão do sistema de controle de tráfego.

Esse estudo foi apresentado na semana passada à presidente Dilma Rousseff pela Abear, que sugeriu a abertura de uma mesa permanente de diálogo para debater temas e metas ligados ao setor, com representantes da Casa Civil, Secretaria de Aviação Civil, Ministérios da Justiça, Fazenda e Indústria e Comércio, além da associação. Segundo o presidente da entidade, Eduardo Sanovics, a proposta foi bem recebida pelo governo. A expectativa do executivo é de que a primeira reunião aconteça em abril.

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