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Peça-chave da campanha de Lula (PT) no segundo turno, Simone Tebet (MDB) disse que mergulhou em um abismo quando passou a apoiar o petista e classificou o movimento como a decisão mais arriscada da carreira. Ela destacou que seu posicionamento não é uma forma de barganhar cargos em um eventual governo petista. 

"Eu sabia que seria a decisão mais importante e mais arriscada da minha vida política. Eu praticamente mergulhei num abismo, pulei de um penhasco político, mas o fiz por convicção, e não por cargo", comentou em entrevista à Veja. 

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Candidata mais votada fora da polarização entre os principais adversários, Tebet pode transferir grande parte dos seus 4,9 milhões de votos ao petista. “A decisão de apoiar o Lula em si não foi difícil, mas sabia que era o movimento de maior custo político dos meus vinte anos de mandatos consecutivos e 35 anos de política”, avaliou. 

Representante do agronegócio no Senado, ela acredita que Lula se arrependeu pela crítica “absolutamente infeliz” aos latifundiários. O petista chegou a chamar de fascistas os produtores que não respeitam a legislação.

"Jamais defenderei cegamente quem quer que seja. Não é porque estou com o presidente Lula que vou defender os equívocos dele. Eu não faço isso nem com as minhas filhas", complementou. 

Dez anos após o terremoto que devastou o Haiti, o sistema de sapude do país, mergulhado em uma eterna crise econômica e política, está "à beira do abismo", denuncia a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).

"As estruturas médicas - incluindo aquelas gerenciadas por MSF - mal conseguem fornecer serviços básicos (...), enquanto as necessidades médicas continuam significativas", segundo um comunicado da organização divulgado nesta quinta-feira (9).

Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de magnitude 7 devastou a capital Porto Príncipe e sua região, deixando mais de 200.000 mortos, 300.000 feridos e 1,5 milhão de desabrigados.

"O apoio internacional que o país recebeu ou foi prometido após o terremoto nunca se materializou ou cessou desde então", lamenta Hassan Issa, chefe de missão da MSF.

Segundo Issa, a atenção da mídia se desviou do Haiti, embora o país continue afundado em precariedade e violência. Desde 2018, manifestações violentas exigem a saída do presidente Jovenel Moïse, acusado de corrupção.

Esses protestos paralisaram a atividade do país e sua economia, já muito fraca, entrou em recessão em 2019, com uma redução do PIB nacional de 1,2%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa crise teve um impacto profundo no sistema de saúde haitiano, observa a MSF.

Em Porto Príncipe, o departamento de emergência da ONG recebeu 2.450 pacientes por mês em 2019, 10% dos quais com ferimentos a bala, lacerações e outros ferimentos causados pela violência, segundo a ONG.

Neste sábado (12), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou através de liminar que o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), seja colocado em liberdade. O ministro solicita urgência no caso.

Na decisão, Toffoli solicita que o juízo processante substitua a prisão preventiva pelas medidas cautelares que julgar pertinente. Entre as medidas cautelares mais comuns estão o comparecimento em juízo em datas fixadas, proibição de frequência ou acesso a determinados lugares, proibição de se ausentar da comarca, suspensão do exercício da função pública, recolhimento domiciliar e utilização de tornozeleira eletrônica.

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Ainda não há informações se Lula Cabral voltará para a função de prefeito. A Prefeitura do Cabo informou que espera a determinação das medidas cautelares para emitir posicionamento. Algumas medidas cautelares podem impedir que o prefeito exerça a função.

Lula Cabral está no Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, desde o dia 19 de outubro. Ele é acusado de ser o líder de um esquema de fraude que teria desviado R$ 90 milhões do instituto de previdência da cidade. Desde sua prisão, a cidade é administrada pelo vice-prefeito Keko do Armazém (PDT).

O pedido de Habeas Corpus foi recebido pelo STF ainda no dia 21 de dezembro, tendo sido distribuído para a ministra Carmen Lucia. O caso foi apreciado por Dias Toffoli pois desde o dia 20 de dezembro o STF está em recesso. A defesa já havia tentado o Habeas Corpus através do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o pedido foi negado cinco vezes.

A investigação

De acordo com as investigações da Operação Abismo, que segue em sigilo, Lula Cabral é apontado como o mandante da alteração da carteira de investimentos do instituto para fundos compostos por ativos “podres”, o que põe em risco o pagamento futuro de aposentadorias. Os investigados por envolvimento no esquema devem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes financeiros, corrupção ativa e passiva, cujas penas ultrapassam os 30 anos de reclusão.

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A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho resolveu se posicionar sobre a prisão do prefeito Lula Cabral (PSB), ocorrida na última sexta (19). Por meio de nota, a instituição escreveu que recebeu a notícia com surpresa e acredita que Cabral “provará sua inocência e não medirá esforços para que os verdadeiros culpados sejam punidos disponibilizando aos órgãos de controle todas as informações necessárias para apuração dos fatos”.

Através da Operação Abismo, a Polícia Federal aponta o político como mandante de um esquema de fraudes no Instituto da Previdência dos Servidores da cidade. De acordo com a PF, o esquema liderado por Cabral estaria alterando a carteira de investimentos do Instituto de Previdência e já teria transferido mais de R$ 90 milhões investidos em instituições sólidas “para fundos compostos por ativos 'podres', isto é, sem lastro e com grande probabilidade de inadimplência futura, colocando em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município".

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No posicionamento oficial, a Prefeitura do Cabo afirma que Cabral já prestou esclarecimentos à Polícia e está à disposição no sentido de colaborar com as investigações. “É importante salientar que o Instituto de Previdência do Cabo (CaboPrev) é uma Autarquia Municipal, dessa forma, como todas as outras, possui autonomia administrativa. Por essa razão, é gerida por um Conselho Gestor, sem qualquer interferência do Prefeito, que apenas nomeia seu Presidente”, conclui a nota.

Criado na década de 1970, o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), localizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é responsável pela criação de tecnologias para a Petrobras, além de projetar e fiscalizar obras realizadas na estatal.

A ampliação, iniciada em 2007, visava a preparar o centro para as demandas da exploração do pré-sal. As obras, alvo da 31.ª fase da Operação Lava Jato, foram orçadas em cerca de R$ 840 milhões, mas custaram mais de R$ 2,5 bilhões após mais de 50 aditivos contratuais pedidos pelas empreiteiras.

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De acordo com as investigações, diferentes contratos da ampliação do Cenpes foram repartidos entre as empresas investigadas por formação de cartel, como OAS, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e UTC. O projeto era tocado pela Diretoria de Serviços da companhia, comandada pelo ex-diretor Renato Duque. A PF investiga também contratos de R$ 5 milhões com empresas da filha do ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa para fornecimento de móveis.

Na inauguração da ampliação, em 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou o Cenpes como o "maior centro de pesquisas do hemisfério Sul". O ex-presidente também destacou a Petrobras como a "segunda maior empresa de petróleo do mundo" em função de seu valor de mercado à época, estimado por Lula em US$ 220 bilhões. Na última sexta-feira, a companhia registrou valor de mercado de US$ 44 bilhões.

O projeto de ampliação do Cenpes também atraiu a instalação de centros de pesquisa de outras petroleiras e fornecedores da cadeia de petróleo e gás no Parque Tecnológico da UFRJ. Inaugurado em 2003, o parque tecnológico reúne hoje centros de pesquisa de 13 grandes empresas, oito pequenas e médias, além de sete laboratórios da própria UFRJ.

Sindicância

Em nota, a Petrobras informa que realiza investigação interna para "averiguar possíveis irregularidades sobre os contratos das obras de ampliação do Cenpes", e que os relatórios finais serão enviados às autoridades. A estatal também afirma que já concluiu investigações e adotou "medidas disciplinares" contra o conteúdo das acusações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os donos da Construcap CCPS Engenharia e Comércio, Eduardo e Roberto Capobianco, foram presos temporariamente nesta segunda-feira, 4, alvos da Operação Abismo - 31ª fase da Lava Jato. A empresa integra o Consórcio Novo Cenpes, investigado pelo pagamento de pelo menos R$ 39 milhões em propinas na contratação das obras do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio.

Os dois são irmãos de João Paulo Capobianco, que foi coordenador da campanha de Marina Silva à Presidência, pelo PV, e um dos principais apoiadores de sua campanha em 2014. João Paulo, no entanto, não participa comercialmente dos negócios da família.

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A Lava Jato identificou o repasse de pelo menos R$ 2 milhões da Construcap para a empresa Legend Engenheiros Associados, que fazia parte da lavanderia de dinheiro do lobista Adir Assad - preso na Operação Saqueador, como operador de propinas da Delta Engenharia.

Documentos apreendidos na Operação Saqueador foram compartilhados com a Lava Jato e serviram de base para as buscas e prisões da Abismo. Entre eles, estão as notas da Legend, do operador Adir Assad, para a Construcap.

"A existência de transações da Construcap, Schahin e OAS com as empresas do operador Adir Assad é corroborada ainda pelos documentos apreendidos na Operação Saqueador, encaminhado a esta força-tarefa ministerial após autorização judicial. Mais especificamente, identificam-se notas fiscais da Legenda para OAS e Construcap", sustenta a Procuradoria.

Os delatores da Carioca Engenharia, outra integrante do Consórcio Novo Cenpes, Ricardo Pernambuco Júnior e Luiz Fernando dos Santos Reis apontaram Roberto Capobianco como representante da Construcap "nas reuniões realizadas para indevido loteamento de obras da Petrobras que resultou no direcionamento da obra do Cenpes".

O delator Alexandre Romano, ex-vereador do PT, afirmou que o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira indicou uma empresa, Ferreira Guedes, que seria ligada à Construcap, para operação de pagamentos de propinas.

Outros indícios

A Construcap e seus executivos foram citados em outras ocasiões da Lava Jato. O doleiro Alberto Youssef, peça central das investigações citou que Roberto Capobianco foi o representante do grupo "na negociação de propina destinada a José Janene por obra realizada pela empresa no Estado da Bahia no ano de 2005 ou 2006". "Revelou o colaborador, foi o próprio Roberto quem entregou a primeira parcela da propina, no montante de R$ 400 mil", registra o MPF.

Outro preso da Construcap, Eduardo Capobianco, foi apontado pelo ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco como principal contato do operador de propinas Mário Góes, também delator, "para assuntos relacionados ao pagamento da propina negociada com referido consórcio".

"Soma-se a isso o fato de que o mesmo Eduardo foi apontado pelo colaborador Augusto Mendonça (dono do Grupo Setal) como representante da Construcap nas reuniões do cartel", informa a força-tarefa da Lava Jato. "Tais elementos, somados à observação de que Roberto Capobianco e Eduardo Capobianco ocupam cargos de diretoria na Construcap, indicam que exerciam o domínio dos fatos criminosos praticados em favor da empresa, com sistemática atuação em fraudes à licitação com corrupção ativa de funcionários públicos e lavagem de ativos, integrando a organização criminosa que se instalou no âmbito da Petrobras."

Procurada, a Construcap informou que não irá se pronunciar no momento.

Cerca de 110 Policiais Federais e aproximadamente 20 servidores da Receita Federal estão cumprindo determinações judiciais nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal durante a Operação Abismo, 31ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (4).

A investigação central desta fase tem o objetivo de apurar a fraude ao processo licitatório, o pagamento de valores indevidos a servidores da Petrobras e o repasse de recursos a partidos políticos em virtude do sucesso obtido por empresas privadas em contratações específicas. Um exemplo é o projeto de reforma do Cenpes - Centro de Pesquisas da Petrobras - na Ilha do Fundão na cidade do Rio de Janeiro.

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São apuradas pela Polícia Federal as práticas de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação num contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à Petrobras.

O nome Abismo remete, dentre outros aspectos, às tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas desenvolvidas no Cenpes, mas também à localização das instalações (Ilha do Fundão) e a demonstração que esquemas como estes identificados levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público.

O alvo principal desta fase da Lava Jato é o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que já está preso, contra quem a Abismo expediu um mandado de prisão preventiva. Ferreira foi capturado na Operação Custo Brasil, que mirou o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento/Governo Lula).

Os presos serão levados à sede da Polícia Federal em Curitiba nesta segunda-feira. Paulo Ferreira está detido na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.

Ferreira é suspeito de ligação com o esquema Consist - empresa de software que teria desviado R$ 100 milhões de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento na gestão Paulo Bernardo.

Sob o comando de Bernardo, que liderou a pasta de março de 2005 a janeiro de 2011 no governo Lula, o Planejamento assinou acordo com o Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar (SINAPP) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC). Essas entidades contrataram a Consist para desenvolver o sistema de gerenciamento e controle dos créditos consignados. De 2010 a 2015, o esquema teria gerado R$ 100 milhões em propinas sobre o contrato da Consist.

Um grupo de experientes legisladores norte-americanos manifestou otimismo em relação às negociações para que os Estados Unidos evitem o "abismo fiscal", um conjunto de medidas que deve impor ao governo uma série de corte de gastos e aumento de impostos no ano que vem.

O senador do Arizona Jon Kyl espera que o pacote seja evitado. "Haverá uma solução provisória, não definitiva, que nos permitirá começar o ano com um plano para o próximo Congresso", afirmou Kyl, que também é membro da Comissão de Finanças do Senado.

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O senador de Connecticut Joe Lieberman também tem expectativas positivas, mas ressaltou que nada está definido. "Se o Congresso não fizer nada, e ele tem sido bom nisso nos último dias, cairemos no abismo fiscal".

"Acredito que o Congresso deve conseguir não se colocar em uma encruzilhada política", disse o deputado de Massachusetts Barney Frank. Ele fez uma referência ao fato de legisladores republicanos terem assinado um acordo anterior para não aumentar taxas. "Todos deveriam assinar um compromisso de nunca assinar outro compromisso". As informações são da Dow Jones.

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