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Um jovem rapper morreu na Califórnia nas mãos da polícia no início deste mês, depois de levar 25 tiros, denunciou nesta quarta-feira (20) a advogada da família da vítima.

"Isso foi exagerado", disse à AFP Melissa Nold, que examinou o corpo no necrotério e afirmou que seis policiais de Vallejo, 50 km ao norte de São Francisco, atiraram no rosto, na garganta, no peito, na orelha esquerda, braços e ombros de Willie McCoy, de 20 anos, em um restaurante 'fast food' no dia 6 de fevereiro.

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"Não há provas que justifiquem esse nível de força e não há razão possível para que você precise atirar em alguém tantas vezes", acrescentou. "Era quase como se eles estivessem praticando tiro ao alvo."

Nold disse que McCoy, que usava Willie Bo como nome artístico, estava na casa da família gravando música quando decidiu ir a um restaurante da rede Taco Bell para jantar.

A polícia informou que recebeu uma ligação do estabelecimento sobre um Mercedes-Benz estacionado na fila do drive-thru com o motor ligado e um homem que parecia desmaiado, com a cabeça no volante.

Os policiais notaram a arma no carro e estudaram o plano de ação quando McCoy acordou, procurou a arma e ignorou a ordem de "mãos ao alto". "Temendo por sua segurança, seis policiais dispararam com suas armas de serviço", disse a polícia de Vallejo em um comunicado.

As autoridades também indicaram que a pistola foi carregada e havia sido reportada como roubada no Oregon. Para Nold, que é ex-policial, nada justifica essa resposta. "Esse é o tipo de força que você usa em um tiroteio", insistiu.

Ela acrescentou que, dadas as circunstâncias, eles poderiam ter tomado uma posição de defesa e acordar a vítima usando a sirene ou a corneta da patrulha. "Se achavam que ele estava armado, por que eles ficaram na frente dele?", questionou. A polícia de Vallejo não respondeu na quarta-feira ao pedido de comentários da AFP.

A Delegacia de Defesa da Mulher de Votorantim-SP está investigando uma denúncia de estupro contra um homem que, segundo a vítima, seria motorista de aplicativo. Uma advogada de 33 anos contou ter acordado sem roupa e com uma garrafa introduzida na vagina em um terreno baldio após utilizar o serviço.

A mulher contou ter bebido água e ingerido uma bala que o motorista ofereceu, segundo o G1. Em seguida, ela desmaiou. A advogada acordou sem roupas em um terreno baldio no Parque Santos Dumont na manhã da segunda-feira (11).

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Pessoas que passavam no local encontraram a mulher e acionaram a Polícia Militar. A advogada foi encaminhada ao Hospital Regional de Sorocaba, onde passou por exames que podem identificar a substância que ingeriu. A advogada já recebeu alta.

Um empecilho para encontrar o motorista é que a solicitação não foi feita no celular da vítima. A mulher pediu a um casal desconhecido que passava na rodoviária para pedir um carro de transporte por aplicativo, visto que o dela estava descarregado. A expectativa da polícia é que o casal compareça à delegacia para ajudar nas investigações.  

 

A primeira advogada trans do Norte e Nordeste, Robeyoncé Lima, co-deputada estadual eleita pelas Juntas, fez história na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta sexta-feira (1°), ao tomar posse do cargo junto da ambulante Jô Cavalcanti; da produtora audiovisual Carol Vergolino, da estudante de Letras Joelma Carla, e da professora Kátia Cunha. Em entrevista concedida ao LeiaJá, logo após a solenidade, a deputada garantiu que não se incomodou com alguns olhares diferentes porque enfrentou preconceito a vida inteira. 

“Eu sei lidar com as críticas. Preconceito a gente já sofre a vida toda muito antes da gente entrar aqui, a gente sofria preconceito e risco de vida, inclusive. A gente provoca um incômodo, mas é um incômodo que, no final das contas, é bom porque traz para a sociedade a necessidade de mudar esses paradigmas, de mudar esses padrões”, declarou. 

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Robeyoncé expôs que muitos chegaram a duvidar da vitória. “Quem diria que teria uma advogada travesti e, agora, quem diria uma deputada travesti na Alepe. O sentimento é de alegria, de muita felicidade, mas ao mesmo tempo é uma vontade de fazer uma política nova, de fazer algo diferente, de trazer o povo para ir a um projeto político participativo, que a gente diz que é cinco, mas na verdade somos cinquenta, quinhentas, cinco mil, somos cinquenta mil pessoas em um projeto de política popular com as pessoas”. 

A parlamentar pediu por reflexão sobre essa nova forma de fazer política em Pernambuco. “No sentido de desconfigurar esta política porque, caso não, a gente vai continuar nessa mesma estatística de mais de 180 anos de historia de assembleia legislativa, mas de mil deputados em toda essa história, e menos de 50 mulheres deputadas”. 

“Será um mandato histórico. Já está sendo. Nós, cinco mulheres, co-deputadas em um espaço institucional como este de tomada de decisão já é um fato político. Nosso corpo está aqui neste plenário já é um fato histórico”, concluiu. 

O quinteto do Psol quer presidir Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Casa. Esta é a primeira vez que a Alepe terá entre seus 49 deputados um mandato coletivo. Em outubro, na corrida por uma cadeira na Casa, elas pretendiam reproduzir no Estado uma iniciativa do PSOL que deu certo na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte e conquistaram êxito. Elas foram eleitas com quase 40 mil votos.  

A advogada argentina Laura Marcela Casuso, de 54 anos, que defendia o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, foi assassinada a tiros, na noite desta segunda-feira (12) em Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil. Conforme a polícia paraguaia, a morte está relacionada com a guerra entre facções brasileiras para o controle do tráfico na região.

Laura atuava também na defesa do traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o "Marcelo Piloto", ligado à facção carioca Comando Vermelho e preso no Paraguai desde dezembro de 2017.

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A advogada foi atingida por oito disparos de pistola 9 mm quando saía de uma reunião, no centro da cidade, para atender a um telefonema. Ela foi emboscada quando se preparava para embarcar em seu SUV Range Rover, com placa brasileira do município paulista de Santana de Parnaíba.

Laura chegou a ser levada para um hospital, passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Conforme o secretário de Segurança Pública de Pedro Juan Caballero, Teófilo Giménez, a suspeita é de que os assassinos sejam brasileiros. O crime aconteceu a 400 metros da linha de fronteira e os atiradores estavam a bordo de uma Toyota Hillux que teria sido furtada no Brasil.

Uma das hipóteses é de que a advogada tenha sido morta a mando de um de seus clientes. O Comando Vermelho divulgou recentemente vídeo em que ameaça matar a procuradora-geral do Paraguai, Sandra Quiñonez, em represália ao tratamento dado a seu líder, Marcelo Piloto, preso no país desde dezembro passado. Dias antes, o traficante havia declarado que pagava para receber proteção de um alto oficial da Polícia Nacional do Paraguai, o diretor geral de Investigações Criminais Alberto Cañete. O comissário negou a acusação.

Foi a advogada quem organizou a entrevista coletiva em que, da prisão, o traficante carioca Marcelo Piloto, afirmou ter feito o pagamento de propina a oficiais da Polícia Nacional do Paraguai. Considerado um estrategista do Comando Vermelho, responsável pelas rotas de drogas e armas, 'Piloto' foi condenado a 26 anos de prisão pela Justiça do Rio de Janeiro e teve pedida sua extradição para o Brasil.

Polícia paraguaia encontrou carro-bomba

Na coletiva, no início deste mês, o traficante brasileiro também assumiu crimes que teria praticado no Paraguai, o que seria uma estratégia para não ser extraditado, já que teria de responder pelos crimes à justiça paraguaia. No dia 4 de outubro, com a ajuda da PF brasileira, a polícia paraguaia prendeu cinco traficantes que planejavam resgatar 'Piloto'. Semanas depois, um segundo plano de resgate com o uso de carros-bomba levou o Ministério Público a declarar o preso "terrorista".

Por sua vez, Jarvis Pavão é apontado pela polícia brasileira como um dos maiores fornecedores de cocaína para o Brasil. Preso no Paraguai, ele foi extraditado para o Brasil em dezembro de 2017 e cumpre pena de 17 anos e 8 meses no presídio federal de Mossoró (RN). Laura, a advogada argentina falava português fluentemente e costumava circular pelo Brasil.

Ela teria atuado também na defesa do traficante Elton Leonel Rumich da Silva, o 'Galã', de 34 anos, preso em março deste ano, no Rio de Janeiro, com documentos falsos.

Região vive disputa intensa desde 2016

Pavão e 'Galã' são suspeitos de envolvimento no atentado que matou o megatraficante Jorge Rafaat Toumani, em Pedro Juan Caballero, em junho de 2016, desencadeando uma guerra na fronteira. Até então considerado 'intocável', o chefão das drogas foi atingido por disparos de metralhadora ponto 50 que estraçalharam seu utilitário Hammer blindado.

Ao menos 50 mortes, nos últimos dois anos, são atribuídas à rivalidade entre as facções brasileiras pelo controle da fronteira. Em um único dia, 17 de outubro último, cinco pessoas supostamente ligadas ao tráfico internacional foram executadas a tiros, em Pedro Juan Caballero e na brasileira Ponta Porã. Uma das vítimas, o piloto brasileiro Mauro Alberto Parreira Espíndola, de 58 anos, trabalhou para o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, também preso na penitenciária de Mossoró.

O homem acusado de matar a advogada Marleni Fantinel Ataíde Reis, de 68 anos, e o marido dela, Márcio Ataíde Reis, 48, por ter perdido uma ação judicial, foi preso após se apresentar à Polícia Civil de Peruíbe, no litoral sul paulista, na segunda-feira, 12. O casal foi assassinado com tiros de espingarda e facadas.

O pedreiro Antonio Ferreira da Silva, de 61 anos, confessou o crime, mas disse ter agido em legítima defesa, após ter sido ameaçado pela advogada. Ele foi à polícia acompanhado de um advogado.

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O casal foi morto no dia 3 de novembro, em uma chácara, na zona rural de Peruíbe. Silva atingiu Reis com um tiro de espingarda e foi atrás da advogada, matando-a com facadas. Marleni chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu. Durante o socorro, ela contou aos policiais quem era o autor do crime e que a motivação seria vingança.

Em 2011, a filha da advogada vendeu um automóvel Fusca para o pedreiro, mas ele não o transferiu para o seu nome. As multas de trânsito passaram a ser cobradas da vendedora, que procurou a mãe para que acionasse o pedreiro. A justiça deu ganho de causa à mulher, condenando Silva a indenizá-la por danos morais.

O advogado do pedreiro, Oscar de Carvalho, disse que seu cliente alegou ter sido ameaçado pela advogada e que agiu em legítima defesa. Segundo ele, em ocasião anterior, Marleni teria disparado dois tiros em direção a Silva, do portão de sua chácara, depois de ameaçá-lo. Ela também o teria difamado. Ainda conforme o defensor, o processo judicial não seria motivação para o crime, pois o pedreiro desconhecia o resultado da ação desfavorável quando matou o casal. Conforme a Polícia Civil, Silva será indiciado por duplo homicídio qualificado. Ele foi levado à Cadeia Pública de Peruíbe.

Após audiência em que a advogada Valéria Lucia dos Santos, 48 anos, foi algemada durante exercício da função ter sido anulada, uma nova audiência foi remarcada para esta última terça-feira (18), no Fórum de Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Dessa vez, a advogada venceu a ação relativa à cobrança indevida imposta por uma empresa telefônica contra a sua cliente.

Em primeira sessão, que foi anulada, não houve conciliação entre as partes e a advogada pediu, no dia do fato, para ter acesso à contestação da empresa ao processo, o que foi negado pela juíza leiga Ethel de Vasconcelos; o que motivou a saída da advogada Valéria para buscar o delegado da Ordem dos Advogados do Brasil, que faz a mediação de situação de conflito nestes casos. Na retomada da advogada, a juíza já havia dado a audiência como encerrada e mandou Valéria esperar do lado de fora.

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 Na recusa da advogada, Ethel, que também é advogada, chamou os policiais e mandou que eles algemassem a advogada que estava em pleno exercício da função. Após repercussão do caso, a audiência foi anulada e uma nova foi remarcada para esta última terça (18). Segundo o site da Folha de São Paulo, foi julgado apenas o caso da cobrança indevida e o incidente com a juíza leiga será paralelamente apurado.

O site confirmou que o resultado desta última sessão, que durou 15 minutos, foi favorável para a cliente da doutora Valéria. Mas a advogada ainda vai recorrer da decisão do juiz, que determinou uma indenização favorável à cliente no valor de R$ 1.600, já que a autora não concordou com o valor proposto.

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A advogada Valéria Lúcia dos Santos foi o centro das atenções de um ato de desagravo, em frente ao Fórum de Duque de Caxias, que contou com dezenas de pessoas, inclusive o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia. Valéria, que é negra, foi detida e algemada no último dia 10, dentro do fórum, durante uma audiência, a pedido de uma juíza leiga. A cena foi gravada e causou indignação por todo o país.

A manifestação atraiu advogados e militantes defensores das causas raciais e dos direitos das mulheres, na tarde desta segunda-feira (17). Embora o ato tenha sido pacífico desde o início, o fórum teve as portas fechadas, o que deixou os advogados ainda mais inconformados.

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Lamachia criticou o ambiente de extremismo em que o país vive e disse que a OAB investigará o fato.

“Este caso terá vários desdobramentos, na corregedoria estadual, no CNJ [Conselho Nacional de Justiça] e no âmbito da OAB. Porque a colega, juíza leiga, que determinou que Valéria fosse algemada, é uma advogada. Portanto, a sua ação também será examinada sob o prisma ético-disciplinar. Mas o que mais fica deste momento é se nós estamos agindo bem com esta linha de extremismos, de intolerância e de violência, que vimos esta colega sofrer”, disse Lamachia.

Segundo ele, o fato atentou contra o próprio Estado Democrático de Direito: “Algemar uma advogada, dentro de uma sala de audiência, no exercício de sua profissão, é algo inaceitável, sob qualquer aspecto. O meu sentimento é que, naquele momento, a democracia brasileira foi algemada”.

Apesar do trauma que o fato lhe deixou, com exposição de imagens compartilhadas por todo o país, Valéria disse que sua atitude será a de conversar com a juíza leiga que determinou a ordem de lhe colocar algemas.

“Eu me sinto muito acolhida, tanto pela OAB quanto pela sociedade civil. Sobre minha colega [juíza leiga], nós duas temos que sentar e conversar. Não é jogar pedra. Para a gente evoluir como pessoa. A gente não pode se dividir, temos de nos unir. Não importa a cor da pele. O que eu quero é que nunca mais isto aconteça. Nunca mais”, disse Valéria.

A advogada relatou que, no momento em que foi algemada, se sentiu muito mal e ofendida em sua dignidade. “Eu me senti muito ferida. Depois fui para casa e chorei sozinha. Me feriram, mas eu não fui vencida. Olha o que mobilizou o país. O Brasil respondeu. A gente precisa construir um país melhor para os nossos netos”, disse ela.

O Tribunal de Justiça (TJ) do Estado do Rio de Janeiro, que comanda o sistema de Justiça estadual do qual faz parte o Fórum de Duque de Caxias, se limitou a responder em nota que os fatos estão sendo apurados: “Em relação aos fatos ocorridos na audiência na semana passada, os fatos estão sendo apurados. O TJ vai se manifestar na conclusão da apuração”.

 A ação contra a advogada negra Valéria Lúcia, que foi algemada enquanto trabalhava em um fórum, ganhou tanta repercussão que, nesta sexta-feira (14), ela participou do programa Encontro com Fátima Bernardes, da Globo, para debater o ocorrido. Ao lado da apresentadora e de alguns convidados, a advogada afirmou: "Eu não fui agressiva, fui persistente".

 No programa, a cantora Negra Li, um médico fisioterapeuta e uma psicóloga debateram sobre "o lugar do negro" no Brasil e o racismo estrutural consolidado no país. Valéria ainda ressaltou que o fato não se resume só à questão racial e de gênero, e que a sua dignidade como pessoa humana também acabou sendo violado com a atitude dos policiais e da juíza Ethel de Vasconcelos, que teve o seu afastamento solicitado pela Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ).

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Sobre o caso

Na última segunda-feira (10), no 3º Juizado Especial Cível de Duque de Caxias, a advogada Valéria Lúcia foi algemada em pleno exercício da função. A ação, que foi considerada truculenta pela OAB nacional, ganhou bastante repercussão depois que vídeos do momento foram compartilhados na internet.

Tudo aconteceu após a advogada pedir para ler as contestações do caso que estava atuando e assim poder impugnar os pontos de contestações do réu. Na negativa da juíza leiga Ethel de Vasconcelos (considerada como juíza auxiliar), Valéria insistiu e após um bate boca com os policiais, ela acabou sendo algemada a mando da juíza, que também é advogada.

O presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem, Luciano Bandeira, anunciou que, além da solicitação do afastamento da juíza, a entidade pedirá punição máxima para os policiais militares envolvidos na ação.

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 Após a advogada Valéria Lúcia ser algemada em pleno exercício da função, no 3º Juizado Especial Cível de Duque de Caxias, a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) representou junto ao Tribunal de Justiça contra a juíza leiga (considerada como juíza auxiliar) Ethel de Vasconcelos, exigindo seu imediato afastamento das funções. O presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem, Luciano Bandeira, anunciou também que a entidade pedirá punição máxima para os policiais militares envolvidos na ação.

A ação, considerada truculenta pela OAB nacional, aconteceu na última segunda-feira (10) e ganhou bastante repercussão depois que vídeos do momento foram compartilhados na internet. Luciano Bandeira se disse perplexo e indignado com a postura da Juíza e dos policiais. “O que aconteceu nesta segunda (10) é algo que não ocorria nem na ditadura militar. Uma advogada no exercício da profissão presa e algemada dentro de uma sala de audiência. Isso é inconcebível, é uma afronta ao Estado de Direito, à advocacia brasileira e ao direito de defesa", relatou Luciano.

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O presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados salienta que "mesmo que a advogada estivesse errada em algo, caberia à magistrada registrar essas eventuais falhas em ata, jamais fazer o que fez".

Existe legislação federal que veda a prisão do advogado no exercício da sua profissão, salvo em caso de crime inafiançável, o que não foi o caso. A OAB do Rio de Janeiro diz que tomará ainda medidas civis e criminais para que a advogada seja ressarcida pelos eventuais prejuízos causados.

Valéria Valença não deseja resumir o fato à questão racial. “Sempre que falamos em racismo, dizem que é vitimismo. O que aconteceu naquela situação foi uma violação à minha dignidade como pessoa humana, não apenas como mulher negra. Sou negra, não vou mudar. Mas quero trabalhar livremente. A juíza leiga é advogada como eu, por que as algemas?”, questionou.

Valéria disse que atuava na causa que era sobre uma cobrança indevida. Como não houve acordo, a advogada queria ver as contestações da ré, algo que considerava simples. Segundo ela, a juíza negou o pedido e por isso decidiu buscar um delegado da OAB do Rio.

"Quando voltei, ela comunicou que a audiência havia sido encerrada. Por isso minha resistência para não sair da sala, para que o delegado visse as violações que estavam ocorrendo. É meu direito como advogada impugnar documentos. A juíza chamou a força policial, e me mantive na resistência, nas prerrogativas profissionais. Os vídeos falam por si só, tirem as conclusões de vocês”, disse.

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Uma ação de violência contra uma advogada viralizou na internet, trazendo à tona a discussão dos preconceitos de gênero e raça. Nos dois vídeos, que já somam juntos mais de 330 mil visualização no Facebook, é possível ver a advogada Valeria dos Santos, mulher e negra, tentando defender a sua cliente durante audiência realizada em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Minutos depois da discussão com os policiais, Valeria foi algemada e colocada para fora da sala de forma truculenta.

No primeiro vídeo, a advogada pede que a lei seja cumprida e que ela possa ler as contestações, para que pudesse impugnar os pontos da contestação do réu. "Isso está na lei. Não estou falando nada de absurdo aqui", declara Valeria. Em resposta a advogada, um policial fala: "A única coisa que eu vou confirmar aqui é se a senhora vai sair ou não". Valeria dos Santos continua a sua discussão e diz que não irá sair. "Estou trabalhando e no meu direito. Não estou roubando", pontuou.

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No segundo vídeo a advogada já é filmada algemada, no chão, com vários policiais em cima, forçando para que ela saísse da sala. "Eu estou trabalhando. É meu direito como mulher, como negra", reforçou Valéria.

Laura Astrolabio dos Santos, responsável pelo compartilhamento no Facebook, declarou em sua conta que "ser uma mulher preta e ousar querer ser advogada num país racista é viver isso e muito mais", ponderou. Laura, que também é preta, indagou: "Quantos advogados, homens brancos, vocês já viram passar por isso? Quantos vídeos vocês já assistiram", retrucou.

Outras dezenas de pessoas comentaram no compartilhamento em solidariedade com a advogada Valeria. "Meu Deus, que absurdo", exclamou Thaa Rodrigues. Já Luana Santos escreveu: "gente, eu estou gelada aqui. Que ódio", descreveu.

Tamanha repercussão do caso que a Presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada do Conselho Federal da OAB, Eduarda Mourão, lançou uma nota pela entidade repudiando a ação que considerou inadmissível e ilegal.

"No Estado Democrático de Direito não  se pode conceber condutas desarrazoadas dessa natureza, das mais graves e vis aos direitos humanos das Mulheres, atentatórias à dignidade, liberdade, à raça, violando ainda, os direitos e prerrogativas da advogada de exercer o sagrado múnus público reconhecido no artigo 133 da Constituição Federal, como indispensável à administração da justiça, sendo a mesma inviolável por seus atos e manifestações no exercício da advocacia", Escreveu a presidente.

A comissão aponta, principalmente, que "tal ato arbitrário representa também grave discriminação de gênero que deve igualmente ser rechaçada", diz a nota. Segundo informado pela assessoria da OAB nacional, A Comissão Nacional da Mulher se reunirá para definir se será instaurado um processo contra os policiais, que "agiram de forma arbitrária" contra a advogada que estava em pleno exercício da função.

"Ao tempo em que solidariza com a Advogada Valeria dos Santos, repudia as condutas abusivas atentatórias aos direitos humanos, discriminação de gênero e grave violação as prerrogativas da Advocacia que não deverão ser toleradas, mas apuradas e os responsáveis exemplarmente punidos na forma da lei", finaliza Eduarda Mourão.

Confira os Vídeos:

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A advogada Janaína Paschoal, que ficou conhecida por ser uma das autoras do parecer que embasou o pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que foi cotada para ser vice na chapa de Bolsonaro, também se pronunciou sobre a agressão que o candidato a presidente da República sofreu. Paschoal falou que o grupo de Bolsonaro não irá se intimidar.

A advogada, por meio das redes sociais, afirmou que os opositores não suportam a ideia de perderem o poder. “Somos muitos Celsos, muitos Danieis, muitos Hélios, muitas Janainas, muitos Bolsonaros. Derrubam um, levantam-se dez”, ressaltou em tom de aviso.

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Ela também falou que a Pátria há de ser livre. “As nossas armas são a Constituição Federal, as leis e a fé. Com essas armas, e apenas com essas vamos derrubar um a um. Nós somos a muralha do Brasil”. 

A candidata a deputada federal pediu por orações. “Peço a todos que deixem as diferenças partidárias e ideológicas de lado. Orem por Bolsonaro. Acima de qualquer coisa, Bolsonaro, hoje, representa a esperança de grande parte dos brasileiros. Esse ataque a ele é um ataque a todos nós. Não há plano B. Nosso candidato é Bolsonaro”.

Paschoal também se mostrou preocupada e pediu para que os ânimos fossem acalmados. “Amados, estou muito preocupada com as análises que vêm sendo feitas das gravações referentes ao momento da facada desferida no Bolsonaro. No intuito de ajudar, algumas pessoas têm tentado identificar outros envolvidos. Ato contínuo, esses intérpretes, bem intencionados, lançam nomes e imagens de suspeitos nas redes. Houve quem acusasse até mesmo um policial que ajudou no salvamento”, disse.

“Peço, por favor, cautela. Todos estamos muito emocionados, mas análises precipitadas podem colocar as pessoas apontadas em risco. Já imaginaram se alguém agride uma dessas pessoas? As investigações estão em curso. Todos os envolvidos findarão sendo alcançados. Vamos manter a calma”, pediu a advogada. 

A juíza federal Gabriela Hardt, que está provisoriamente responsável pela 12.ª Vara Federal em Curitiba, afirmou nesta segunda-feira, 3, não existirem motivos para uma decisão urgente no pedido feito pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, para que seja revisada a decisão da semana passada que a impede de atuar como advogada de Luiz Inácio Lula da Silva.

A estratégia tem permitido que políticos aliados do ex-presidente possam visitá-lo na cela em que está preso e condenado pela Operação Lava Jato, na sede da Polícia Federal, em Curitiba, todos os dias da semana.

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"Não vislumbro urgência no pedido de reconsideração que justifique a atuação desta magistrada para alterar a decisão da juíza natural do feito, sendo oportuno que se aguarde a manifestação da defesa", escreveu a juíza - que é substituta na 13.ª Vara, do juiz Sérgio Moro, e responde provisoriamente pela 12.ª, responsável pela execução penal de Lula.

A juíza pediu ainda que o Ministério Público Federal seja consultado sobre o pedido de Gleisi. Foram os procuradores da força-tarefa da Lava Jato que pediram a proibição da presidente do PT atuar como advogada de Lula. Eles alegam que a lei proíbe que ela represente o ex-presidente. No pedido afirmam que a cela especial reservada ao petista foi transformada em comitê de campanha eleitoral.

Gleisi e o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, que atua nos processos eleitorais de Lula, pediram a reconsideração da decisão da juíza Carolina Lebbos Moura, titular do processo de execução penal. Na petição, ela pedia "para reconhecer e declarar o direito de a requerente exercer regularmente sua profissão, nos limites do mandato que lhe foi outorgado".

Segundo a petição, os poderes passados por Lula a Gleisi "limitam-se à atuação para defender seus interesses eleitoras".

No despacho desta segunda-feira da juíza Gabriela Hardt, ela afirma: "inicialmente registro que analisando referida procuração não vislumbro a alegada limitação de atuação à esfera eleitoral, pois nela constam 'poderes para o foro geral, com a cláusula ad judicia et extra, em qualquer juízo, instância ou tribunal'".

Desde que Lula foi preso, em 7 de abril, para início do cumprimento da pena em segundo grau no caso do triplex do Guarujá, Gleisi e outros petistas passaram a ter o direito de ver o ex-presidente. Além de serem recebidos como "amigos", no mesmo dia de visitação da família, pelo menos cinco petistas que têm carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), se qualificaram no processo para poder representar Lula. Assim, eles podem visitar o condenado em qualquer dia da semana, menos nos finais de semana e feriado.

O MPF adverte que "a juntada de instrumento de mandato aos autos é para o exercício da defesa nos autos judiciais da execução penal e não para o exercício de atividade política, como aparenta".

"A prerrogativa do Advogado permite o exercício legítimo do mandato conferido pela parte, não o abuso ou a visita para fins políticos. Parece haver, em realidade, uma aparente tentativa de ludibriar as regras fixadas para visitação do encarcerado, possibilitando assim a visita em qualquer dia, desde que o visitante seja advogado."

A advogada Janaína Paschoal, que ficou conhecida após atuar no processo de impeachment que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República, pode voltar aos holofotes após o PSL expor que “na linha sucessória, Janaina Paschoal possivelmente será a vice de Bolsonaro”. 

Paschoal não descarta a possibilidade. Em entrevista ao Estado de Minas, a advogada teria dito que “nenhum brasileiro tem direito a descartar, sem antes avaliar, uma missão dessa natureza”. Janaína, que se filiou ao PSL, também falou que será  necessário uma longa conversa. “Preciso entender o que o candidato espera de seu vice, quais atribuições vislumbra passar a ele”, declarou. 

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Até então, a especulação era de que o senador Magno Malta (PR) pudesse ser o vice.  Bolsonaro, inclusive, teria sinalizado sua preferência por Malta, um dos principais nomes da bancada evangélica no Congresso Nacional. “Me interessa o Magno Malta. Vamos supor que o PR queira me odertar o Magno Malta. Se dependesse de mim, seria [pré-candidato a vice-presidente] a partir de hoje”, chegou a afirmar recentemente.

Foi presa, nessa quinta-feira (25), a advogada Brenda Luanna Martins de Mendonça. Ela é suspeita de ser a líder de uma organização criminosa que conseguiu furtar aproximadamente R$ 3 milhões de cofres pertencentes a empresas que são correspondentes bancários. Ela foi detida pelos policiais civis quando estava em um apartamento de luxo, localizado no bairro de Candelária, em Natal. Os crimes teriam sido aplicados no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia.

De acordo com a investigação, Brenda Martins oferecia serviços jurídicos para pessoas responsáveis por franquias de correspondentes bancários, as quais estavam sendo acionadas na Justiça pelas empresas financeiras. “A advogada afirmava que cuidaria de todo o processo para os franqueados e que uma forma de quitar a dívida junto às empresas e a Justiça seria arrombando cofres que estavam nas franquias. Ela dizia que ficaria com 50% do valor e que o restante seria depositado para a Justiça com o intuito de finalizar o processo, porém, tal dinheiro não era depositado judicialmente, o que caracteriza o crime de furto”, detalhou o delegado Cláudio Henrique.

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O grupo criminoso liderado por Brenda Martins, contava com o trabalho de uma mulher que ia até os correspondentes bancários para agenciar os responsáveis e com o trabalho de um casal que realizava o arrombamento dos cofres. “Maria Edília Costa Silva Neta, apontada como a agenciadora, já está com o mandado de prisão preventiva expedido. Informações preliminares dão conta de que ela está na Suíça e nós pretendemos prendê-la em breve”, afirmou o delegado.

Além dos integrantes deste grupo, a polícia do Rio Grande do Norte está investigando a participação de mais pessoas, dentre os quais os responsáveis pelos correspondentes bancários que aceitaram entrar no esquema.

Com informações da assessoria

A advogada Michelle Suárez assumiu nesta terça-feira como senadora no Uruguai e se tornou a primeira legisladora transexual da história de seu país. Aos 33 anos, Suárez fez o juramento em uma sessão no Palácio Legislativo, sede do Congresso em Montevidéu, aonde chega em substituição do comunista Marcos Carámbula.

"Quando aos 15 anos posava para a minha identidade como mulher e me tornava Michelle, jamais pensei em ter a oportunidade de pertencer ao órgão mais representativo da democracia uruguaia", declarou a jornalistas a nova senadora. "A vida me deu oportunidades que jamais imaginei ter", acrescentou.

Não é a primeira vez que Suárez faz história no Uruguai. Em 2010 se tornou a primeira pessoa transexual do país a obter um título universitário. Como senadora, Suárez vai continuar defendendo os direitos dos transexuais.

"Se querem ampliar as esferas de direitos e eliminar elementos de postergação, têm que combater uma série enorme de injustiças sociais", avaliando "corretamente as complexidades que as produzem para mudá-las", disse em seu discurso de admissão.

Para Suárez, seu principal desafio é a aprovação de uma lei "integral para dar ferramentas jurídicas de inclusão efetiva para a população trans". Suárez faz parte da Frente Ampla, do presidente Tabaré Vázquez.

O Uruguai, durante o governo de José Mujica (2010-2015), foi o segundo país da América Latina a aprovar o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.

A advogada Claudia de Azeredo Santos informou nesta sexta-feira, 15, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, já ter renunciado ao cargo de conselheira da JBS indicada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A renúncia ocorreu há uma semana, mas ela permanecerá no posto para evitar a vacância. A permanência será até o próximo dia 9 de outubro, ou até uma assembleia geral de acionistas eleger um novo membro ao conselho de administração da companhia, o que ocorrer primeiro.

Além de Claudia, o BNDES tinha indicado ao conselho da JBS o executivo Maurício Luchetti, que já deixou o posto. O Broadcast apurou que o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, procura dois novos conselheiros com um perfil mais político para ocuparem os cargos. Além disso, o presidente do banco de fomento pretende influenciar na escolha dos dois conselheiros independentes da JBS, ligados à família Batista. A ideia seria aumentar a força do BNDES na empresa da qual o BNDES detém 21,3% de participação.

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Mulheres policiais convivem com estresse e assédio, segundo avaliação da pesquisadora Ivanira Pancheri, do Departamento de Direito Penal da Universidade de São Paulo (USP). O levantamento que ela tem realizado indica haver discriminação no número de oportunidades para mulheres na polícia.

Para a pesquisadora, apesar de frequentes, o preconceito de gênero e o assédio moral e sexual nas instituições de segurança pública são difíceis de mensurar por envolverem barreiras das relações de poder entre chefias e subordinadas. "[O ambiente militar] é excessivamente hierarquizado. Há uma valorização de atributos predominantemente masculinos e as regras disciplinares promovem relações fortes de poder entre superiores e subordinados", resume. 

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Ainda de acordo com Ivanira, em seus relatos, as mulheres passam por situações de constrangimento. "Elas se sentiam testadas em suas habilidades sendo pressionadas a realizar todas as tarefas sempre da melhor maneira possível. Ficavam constrangidas ao serem submetidas às 'piadinhas' com conotação sexual, cantadas e insinuações".

A pesquisa aponta que falta apoio institucional para lidar com situações de estresse decorrentes da discriminação e assédio moral e sexual no local de trabalho. Muitas acabam adoecendo, desenvolvendo quadros de depressão, enxaqueca e ansiedade e se afastando por problemas de saúde. 

O objetivo da advogada é que o assédio moral seja criminalizado tendo em vista os resultados nas vítimas do abuso. Não existe punição para este tipo de conduta no código penal militar. Ivanira Pancheri também sugere um conjunto de ações para ajudar no combate do problema: campanhas de conscientização e de enfrentamento da discriminação de gênero, e do assédio moral e sexual; criação de canais de denúncias externos às corporações; programas de atendimento direcionados à saúde da mulher; elaboração de código de conduta direcionado aos profissionais em ambiente de trabalho; e atendimento jurídico gratuito para quem sofre abusos. 

Histórico

O ingresso de mulheres nas corporações de segurança só foi permitido na década de 1950. De acordo com estudo feito pelo Ministério da Justiça, em 2013, o primeiro Corpo Feminino na Guarda Civil do Estado de São Paulo foi criado em 1955, e o da guarda militar, quase 20 anos depois, na década de 1970. Em outros estados, o acesso demorou ainda mais: no Acre, foi em 1985; no Paraná, 1978; e em Roraima, 2000. 

Ainda hoje as oportunidades não são igualitárias. Nas Polícias Militares e Bombeiros Militares, aponta a USP, o informa a USP, o ingresso ainda é controlado por cotas, o que causa entrada reduzida e lentidão no aumento do quadro de mulheres. Elas são direcionadas às funções administrativas e burocráticas. Em algumas instituições, as carreiras são separadas e, mesmo naquelas em que são únicas, existem arranjos institucionais baseados em critérios de mérito e antiguidade, que tornam os homens os únicos a ocupar postos mais altos da corporação.

O líquido jogado em uma moradora de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, na terça-feira (13), foi identificado como ácido sulfúrico pelo Instituto de Criminalística (IC). A substância foi detectada na garrafa, resquícios das vestes e no interior do veículo. 

O IC informou também que foram encontradas impressões digitais na garrafa. O objeto foi encaminhado para o laboratório de DNA, que deve ajudar a identificar o autor do crime.

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A delegada responsável pela investigação, Beatriz Leite, explica que já conversou com a vítima no hospital e que a polícia possui uma linha de investigação, contudo não pôde detalhá-la à imprensa. A advogada de 35 anos, que teve 20% do corpo queimado pelo ácido, continua internada no Hospital Esperança. 

Nessa terça-feira (13), uma advogada de 35 anos foi atingida por um líquido corrosivo na entrada do edifício onde reside, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Por volta das 17h15, um rapaz teria se aproximado do veículo, que estava na frente da garagem do prédio, e jogado uma quantidade da substância por uma pequena abertura da janela. A polícia foi acionada logo em seguida, contudo só chegou ao local por volta das 22h.

A vítima foi atingida no rosto, peito e pernas e está com 20% do corpo queimado. Logo após o atentado, foi socorrida por civis e levada para o Hospital Esperança, onde encontra-se internada na UTI. A família não autorizou a divulgação do boletim médico.

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A irmã da advogada, após o ocorrido, registrou a denúncia na Delegacia de Boa Viagem. A delegada responsável pelo caso, Beatriz Leite, informou que, até o momento, não se sabe muito sobre o ocorrido. O frasco, que ficou dentro do carro, e o próprio veículo passarão pela perícia. "As roupas eu acredito que tenham sido descartadas no hospital, já que estavam completamente rasgadas e corroídas".

A delegada explica, ainda, que a família não faz ideia de qual poderia ter sido a motivação do crime. A advogada, solteira, é muito bem vista pela equipe de funcionários do prédio, que, assim como a família, não consegue imaginar o que seria a causa da agressão. 

De acordo com Beatriz, o crime foi direcionado especificamente à vítima, que já estaria sendo monitorada pelo criminoso. Segundo os funcionários do prédio, o rapaz passou a tarde apoiado em uma árvore aguardando a chegada da mulher. 

Um dos funcionários, que não quis se identificar, testemunhou o ocorrido e conta que não tinha como premeditar o crime, uma vez que o rapaz poderia ser apenas um transeunte. "Deu para ver que ele estava apoiado, mas muita gente para por ali, então podia ser só uma pessoa normal", diz. Ele detalha que três dedos do vidro estavam abaixados, o rapaz jogou o frasco pelo espaço, correu para a bicicleta e foi embora.

O porteiro que estava no edifício entrou no carro para retirar o veículo da entrada da garagem. Ele não quis se pronunciar, mas, conforme explicação do outro funcionário que testemunhou, o porteiro teve queimaduras no braço e a calça foi corroída.

A delegada adiantou que espera a advogada sair da UTI para ser ouvida, o que pode ocorrer na tarde desta quinta-feira (15). Beatriz também aguarda o resultado da perícia que será realizada hoje.

A filha do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, consta como uma das advogadas das empresas OAS e Braskem, investigadas na Lava Jato, em ações junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Justiça Federal. Letícia Ladeira Monteiro de Barros é advogada da área concorrencial.

As informações sobre a atuação de Letícia vieram à tona um dia após Janot encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de impedimento do ministro Gilmar Mendes, sob argumento de que o ministro não pode atuar em casos envolvendo o empresário Eike Batista. O argumento do procurador-geral é de que Eike tem causas defendidas pelo escritório de Sérgio Bermudes, no qual a mulher de Gilmar, Guiomar Mendes, é sócia e responsável pela filial de Brasília.

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que Janot já alegou suspeição em casos anteriores e que o órgão "observa de maneira inflexível" a aplicação das regras de impedimento e suspeição dos Códigos de Processos Penal e Civil.

A PGR alega ainda que não há conflito de interesses neste caso, visto que Janot não atua nas negociações envolvendo pessoa jurídica - que ficam a cargo da Justiça em primeira instância. "O que está entre as atribuições dos procuradores da República é negociar acordos de colaboração que envolvem pessoas com prerrogativa de foro. Neste caso, os executivos propõem os termos de colaboração a serem prestados, e não a empresa", diz a nota da PGR.

Atualmente, a OAS negocia acordo de delação de seus executivos com o Ministério Público Federal. A negociação foi suspensa no ano passado, por decisão de Janot, depois do vazamento de supostas informações que fizeram parte das conversas entre executivos da empresa e o MPF. A Braskem - braço petrolífero da Odebrecht - já firmou acordos de delação e de leniência.

Advogado

Nesta terça-feira, 9, após a notícia de que a filha de Janot atuava para empresas investigadas na Lava Jato, Bermudes fez críticas ao procurador-geral da República pela ação movida contra Gilmar e disse que ele própria deveria se declarar impedidos em casos em que Letícia defendia.

"Ele (Janot) desmerece a função que exerce. Leviano, inescrupuloso e irresponsável, não pode chefiar o nobre Ministério Público, hoje atuando corajosa e eficazmente contra a corrupção que tenta destruir o Brasil", disse o advogado em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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