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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deu aval para que parlamentares da base aliada deflagrassem a articulação política de mudança da meta de superávit primário das contas públicas. Ele indicou a senadores que concorda com uma redução da meta dos atuais 1,1% para 0,6%.

A expectativa é de que Levy já dê uma primeira sinalização do quadro desafiador para o cumprimento fiscal durante o lançamento amanhã (23) de livro sobre a qualidade do gasto público. Levy dará uma entrevista coletiva depois do lançamento.

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Levy almoçou hoje com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) para definir a estratégia de negociação com o Congresso Nacional. Romero foi incumbido pelo líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), para ajudar na criação das condições políticas a fim de alterar a meta. Levy vai se encontrar nos próximos com o líder do governo do Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

A mudança da meta de 2015 terá que ser aprovada pelos parlamentares e o governo busca que esse processo seja o menos traumático possível diante do risco de rebaixamento da nota do Brasil pelas agências internacionais de classificação de risco. Levy tem procurado apoios, conforme revelou o Broadcast na semana passada, das agências para fazer a mudança.

A intenção dos parlamentares envolvidos na negociação é tentar mudar a meta o quanto antes, de preferência já em agosto para minimizar o custo político e economia da mudança. "A gente vai ajudá-lo", admitiu, reservadamente, um senador da base. "O mercado aceita o superávit de 0,6%", disse outro senador. A avaliação é de que é melhor ter uma margem de manobra - com uma meta conservadora, mas com condições de cumpri-la - do que uma meta não factível.

Com mais um resultado negativo das contas do governo em maio, que será divulgado no final do mês, a equipe do ministro discute a melhor forma de comunicar a alteração da meta.

O Broadcast apurou que Levy e os secretários do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, e da Receita Federal, Jorge Rachid, preparam essa sinalização sobre a situação fiscal diante do quadro de queda da arrecadação de tributos por conta da atividade econômica. A estratégia do trio é mostrar as dificuldades impostas pelo cenário atual e o esforço de correção da política fiscal.

Após concluir a votação, em primeiro turno, da proposta de emenda à Constituição da reforma política, a Câmara dos Deputados concentra as atenção na última proposta do pacote do ajuste fiscal proposto pelo governo. O projeto de lei 863/15 prevê a desoneração da folha de pagamentos para vários setores da economia.

A matéria é o destaque da pauta da sessão de quarta-feira (24), que deve ter continuidade na quinta (25). Há mais de um mês, o texto está sendo negociado pela base governista e o governo, que espera economizar cerca de R$ 12,4 bilhões.

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O PL aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta de empresas de 56 setores da economia que deixaram de contribuir com 20% da folha de pagamentos para o INSS. As taxas vão de 1% para 2,5% e de 2% para 4,5%.

Pauta – Na terça-feira (23), os deputados irão deliberar sobre acordos internacionais assinados pelo Brasil. Com as festas de São João, especialmente no Nordeste, a expectativa é de que o quórum seja baixo.

O ministro da Previdência, Carlos Gabas, indicou nessa segunda-feira (15) que são remotas as chances de a presidente Dilma Rousseff sancionar a medida provisória aprovada no Congresso com a flexibilização do fator previdenciário, mecanismo criado para adiar as aposentadorias de quem deixa o serviço mais cedo.

Em reunião realizada ontem com dirigentes de seis centrais sindicais, ministros disseram que a fórmula 85/95, avalizada pelo Congresso, "quebra a Previdência" e ouviram da CUT, braço sindical do PT, a ameaça de que, se houver veto, a entidade deixará o fórum de negociações com o governo.

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Gabas comparou o impacto da aprovação da fórmula 85/95 ao de uma carreta desgovernada, que poderia virar a qualquer momento. "Ou a gente planeja a Previdência do futuro ou teremos que fazer alterações como foram feitas na Itália, na França ou na Espanha. É como mudar o rumo de uma carreta em alta velocidade. Ela capota", disse. "Se você olhar lá para frente, vê um abismo. Sabendo que você vai estar indo para o abismo, está inviável, não tem perspectiva."

Na tentativa de evitar mais desgaste político, Dilma pretende apresentar até quarta-feira (17), prazo final para sanção ou veto do projeto, uma proposta alternativa à fórmula pela qual o trabalhador pode pedir aposentadoria integral, sem o corte do fator previdenciário, sempre que a soma da idade com o tempo de contribuição atingir 85 anos para mulheres e 95 para homens.

A fixação de uma idade mínima para a aposentadoria, com a adoção da fórmula "85/95 progressiva", que variaria de três em três anos, de acordo com cálculos de expectativa de vida do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é uma opção em estudo pelo governo.

"Isso é viável", disse Dilma em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada no dia 8. O argumento do Planalto para o veto é que o Brasil é um dos únicos países que possui aposentadoria por tempo de contribuição, sem exigência de idade mínima. Pelas projeções apresentadas por Gabas, se a fórmula 85/95 vigorar como foi aprovada pelo Congresso, o gasto adicional do governo, até 2030, será de R$ 135 bilhões e, até 2060, de R$ 3,2 trilhões.

Embora Gabas tenha dito publicamente que Dilma ainda não decidiu se vetará mesmo o projeto, todas as suas declarações foram nesse sentido.

Reação

Os senadores do PT Paulo Paim (RS) e Walter Pinheiro (BA) vão lançar nesta terça-feira (16) uma campanha de mobilização contra o veto presidencial. A campanha da dupla também entrará nas redes sociais.

Em maio, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que, se Dilma não sancionasse o projeto com as novas regras para a aposentadoria, estaria dando uma "pedalada" no aposentado. Era uma referência irônica às manobras feitas pelo Tesouro com dinheiro de bancos públicos federais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Articulador de algumas das posições mais radicais contra a política econômica do governo Dilma Rousseff apresentadas durante o 5º Congresso do PT, o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse ao jornal O Estado de S.Paulo que a ala sindical do partido, espinha dorsal da legenda, não apoiará o ajuste fiscal levado a cabo pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, apesar dos apelos de Dilma. "Os trabalhadores não podem dar apoio a uma política econômica em que eles não têm aumento de salário", afirmou.

Na quinta-feira passada, a presidente participou do evento do partido, encerrado no sábado, em Salvador, no qual pediu amparo do PT ao governo. Durante o discurso de Dilma, integrantes da central mostraram uma faixa que dizia "Fora plano Levy", o que fez a presidente engasgar.

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O presidente da CUT condicionou o apoio ao governo a duas medidas: vetar o projeto de lei que amplia a terceirização e sancionar alternativa ao fator previdenciário chamada de fórmula 85/95. "A presidenta precisa fazer duas coisas importantes para ter o apoio que ela solicitou da área petista do movimento sindical. Vetar o PL 4330 (projeto de lei da terceirização) e sancionar o 85/95. Com estas duas medidas ela vai ter nosso apoio irrestrito", garantiu.

Segundo ele, o PT também não pode endossar a política econômica do governo, sob o risco de perder o que resta de sua base política original, mesmo que os sindicalistas petistas tentem impor às suas bases o apoio a Dilma.

"O efeito político para o PT desta orientação econômica é a diminuição do seu apoio e base social", disse ele. "O que o PT tem de mais importante é o apoio popular. Quando você tem uma política econômica que vai em desencontro do que pensa a maioria dos sindicatos, vai perdendo sua base de sustentação social. Aí, não adianta o dirigente sindical petista querer se impor porque o trabalhador passa por cima disso."

Manifesto

Durante o congresso partidário, Freitas, da mesma corrente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a moderada Construindo um Novo Brasil (CNB), cumpriu o papel que sempre coube aos chamados radicais petistas, ao apresentar manifesto intitulado "PT de volta para a classe trabalhadora". Embora não seja um documento oficial da CUT, ele é assinado pelos 31 integrantes da cúpula da central.

O manifesto classifica as medidas propostas no ajuste fiscal de "ataques diretos aos trabalhadores", acusa o governo Dilma Rousseff de tentar implantar uma "agenda neoliberal" e de colocar o PT "contra a classe trabalhadora". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ciceroneada pelo ex-presidente Lula, que acalmou a plebe, a presidente Dilma fez a defesa do ajuste fiscal do Governo durante a abertura do 5º Congresso Nacional do partido, em Salvador, quinta-feira passada. Afirmou que o Governo teve a "coragem" de fazer o ajuste, que qualificou como uma das "ações táticas", e disse que o PT deve saber fazer "a leitura correta da conjuntura em que estamos vivendo".

"O PT, disse Dilma, é um partido preparado para entender que muitas vezes as circunstâncias impõem um movimento tático". As medidas do ajuste fiscal, destinadas a conter a inflação e sanear as contas públicas, são alvo de críticas de setores do PT, que queixam-se da orientação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e da suposta retirada de direitos sociais.

Ao discursar na abertura do congresso, o presidente do partido, Rui Falcão, chegou a afirmar que não é possível "retomar o crescimento provocando recessão nem que se possa combater a inflação com juros escorchantes e desemprego de trabalhadores". Segundo ele, o ajuste não pode ser "firme com fracos e frouxo com os ricos".

Com receio de sofrer vaias – ela chegou ainda a ser hostilizada – a presidente passou o tempo inteiro da sua fala tentando justificar o ajuste. “Tivemos a coragem de fazer o ajuste. Nós somos um governo que temos a coragem de realizar ajustes. E faz esse ajuste para dar perenidade e sustentabilidade para fazer avançar o projeto de desenvolvimento e mudança que adotamos desde 2003", declarou.

E acrescentou: "Trata-se de preservar conquistas, de consolidar avanços e de estabelecer um novo mandato de mudanças. Nós temos agora de sustentar toda uma política contra a crise, nós temos de fazer uma escolha: ajustar o mais rápido possível a economia para voltarmos a crescer".

Diante de uma plateia fria, que rejeita as medidas, Dilma pediu o apoio do partido ao Governo. "Esta é a hora de ver quem é quem". Nos momentos de calmaria há os que querem ser parceiros na vitória. Sei que posso contar com o PT e com os partidos aliados. Eu preciso contar com o meu partido, um partido vivo, que sempre se forjou no debate. Eu sei que o PT está engajado no Governo que o elegeu. Este governo não pode prescindir do apoio do PT". Pelo visto, um discurso de quem não tem o respaldo sequer do seu partido.

HOSTILIDADE O encontro do PT na capital baiana se encerra hoje. Segundo a direção nacional, o objetivo central da plenária é "trabalhar uma resolução política que represente o diálogo intenso com a militância e a sociedade para apontar os caminhos de fortalecimento do PT e manter o crescimento do Brasil." Mas, na prática, representou a tentativa de reaproximação da presidente com o seu partido, hostil ao ajuste fiscal no Congresso.

Sem degola– O presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Alves, garante que reina um ambiente de entendimento e harmonia no seu grupo, que já fechou com a indicação do advogado Ronnie Duarte para disputar à sua sucessão. Ressalta que, ao contrário que noticiamos, não existem divergências pessoais capazes de deixar de fora da chapa o ex-presidente Henrique Mariano e o conselheiro federal Pelópidas Neto. “O risco deles serem rifados é próximo a zero”, afirmou.

Visão de ministro– Na sua passagem, ontem, pelo Recife, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse que os estádios brasileiros dão prejuízos em razão da falta de organização do futebol. A declaração veio na esteira das denúncias publicadas no jornal Folha de São Paulo, apontando que oito das doze arenas construídas há um ano para receber jogos da Copa do Mundo registraram prejuízos que somam mais de R$ 126 milhões.

Vai trazer dinheiro? – O ministro da Integração, Gilberto Occhi, confirmou aos deputados Rodrigo Novaes (PSD), Miguel Coelho (PSB) e Claudiano Martins (PSDB), que com ele estiveram em Brasília, a sua presença no Recife na próxima segunda-feira. Participa, logo cedo, às 10 horas, na Assembleia, de um debate sobre o agravamento da seca no Estado. Seria bom o ministro explicar por que a União não repassa sequer o dinheiro para pagar carros pipas.

Medo de Lula– Do senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, em discussão no fórum petista de Salvador ao provocar a oposição: "O problema da oposição no Brasil tem duas origens: pressão e calendário. Pressão 12X8, que demonstra a saúde de Lula, e calendário, por causa do aperreio com 2018. Isso faz nossos adversários tremerem", afirmou.

CURTAS  

ENFIM, A PAZ - O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), confirmou sua presença, hoje, no tradicional forró pé de serra promovido pelo ex-governador João Lyra Neto (PSB) em sua fazenda Macambira, a 10 km de Caruaru, já em terras do município de Agrestina. O convescote terá também a presença do governador Paulo Câmara.

PERDAS- A liminar que suspende artigos da nova Lei dos Royalties, pelo STF, fez com que os Estados e Municípios deixassem de arrecadar R$ 15,7 bilhões. O cálculo foi feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). A perda foi registrada desde a liminar que suspendeu a distribuição igualitária dos royalties de petróleo, pactuada pelo Congresso Nacional.

Perguntar não ofende: Lula já está em campanha para 2018?

As recorrentes reuniões entre o governador Paulo Câmara (PSB) e os ministros da presidente Dilma Rousseff (PT) como a reunião desta sexta-feira (12) com o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, não deve alterar a postura de “independência” do PSB com o Governo Federal. Em entrevista à imprensa, o socialista frisou que mantém a mesma posição, mas que, administrativamente, tem se reunido com Dilma ou seus representantes para tratar questões em prol de Pernambuco e do Nordeste. 

“O PSB já tem uma opinião formada de independência. Nós temos apoiado os projetos que são importantes para o Brasil e temos sido contra os projetos que entendemos que, ou podem ser aprimorados, ou naquele momento, não são bons, ou não estão de acordo com o que nós pensamos. Isso é o PSB. Nós defendemos essa posição”, reafirmou. 

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Apesar da postura de independência, Câmara fez questão de frisar que tem se reunido com o Governo Federal, mas para resolver pautas administrativas. “Agora, em relação aos governadores, tanto a mim quanto na Paraíba e o Distrito Federal que são governadores do PSB, nós temos tido com a presidente uma relação administrativa importante diante do cenário nacional, diante dos desafios de 2015, e eu tenho conversado e levado pleitos em favor de Pernambuco e em favor do Nordeste que tem sidos recebidos pela presidente e por toda a sua equipe”, revelou, pontuando esperar respostas do Governo.

O governador também criticou a demora existente para resolver algumas pautas, e disse esperar que após aprovação do ajuste fiscal haja mais efetividades em relação as suas solicitações. “Infelizmente o Brasil ainda está num processo devagar das coisas, ou seja, muitas coisas ainda não aconteceram. Está se esperando os ajustes fiscais, está se esperando uma instabilidade maior política. Então, a gente espera que a partir desta aprovação dos ajustes e a partir do segundo semestre haja mais efetividade nos pleitos que a gente está levando”, anseia o socialista. 

A insistência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em tentar reduzir as taxas de juros fixadas pelo contrato de compra dos 36 caças Gripen da Suécia, pode atrapalhar o fechamento do negócio. Na semana passada, Levy se reuniu com o ministro da indústria sueco e pediu uma revisão dos termos do contrato assinado em outubro do ano passado. Mas os suecos não estão dispostos a rever os juros, porque não existe esta cláusula no contrato. Além disso, eles já aceitaram um pedido do governo brasileiro de redução de R$ 1 bilhão para R$ 200 milhões do desembolso da primeira parcela, em função do forte ajuste fiscal que está em curso no País.

Segundo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, isso não vai atrapalhar a ratificação do contrato de financiamento, que tem de ser feito até 24 de junho.

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Até agora, foi assinado um pré-contrato, em outubro de 2014, e um dos seus itens prevê que, em até oito meses, tem de ser ratificado o financiamento com o banco de fomento sueco SEK. Caso isso não ocorra, todo o processo de negociação perde efeito e todos os termos do acordo da compra dos aviões terão de ser reavaliados. Outro problema é que, no caso de adiamento, de acordo com técnicos da Força Aérea e da empresa fabricante do caça, "a transferência de tecnologia é afetada de forma irreversível".

Wagner tentou minimizar a polêmica, assegurando que "não há nenhuma ameaça à decisão". Segundo ele, "o contrato comercial está assinado e só estamos em uma última negociação, o famoso 'puxa estica' do valor dos juros que estão cobrados". O ministro disse que a decisão política já foi tomada pela presidente Dilma Rousseff, que tem conversado sobre isso com ela e todos só estão procurando "uma vantagem a mais, um custo um pouquinho menor".

"O contrato foi feito com seguro para as duas partes. Se subir eles bancam, se baixar a gente banca. É óbvio que quando ele foi discutido os juros estavam em um patamar e agora estão em outro. Essa é a discussão. Não tem um número mágico pra dizer eu quero xis de juros. O que se está tentando é um ganho a mais no contrato de financiamento. A decisão nossa é de manter esse contrato e iniciar a transferência de tecnologia", disse Wagner. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A audiência entre o governador Paulo Câmara (PSB) e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, agendada para a tarde desta quarta-feira (10), foi cancelada. O representante do Governo Federal precisou atender a um pedido da presidente Dilma Rousseff (PT) para acompanhar a votação das medidas do ajuste fiscal no Senado Federal. 

Apesar do cancelamento da reunião, o secretário da Fazenda de Pernambuco, Marcio Stefanni, que foi à Brasília acompanhar o governador, se reúne neste momento com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Tarcísio Godoy, e com o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Barbosa Saintive. Na pauta, o Plano de Ajuste Fiscal (PAF). 

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Depois de críticas mais duras, inclusive feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, membros da corrente majoritária do PT amenizaram o discurso contra a política econômica comandada por Joaquim Levy neste segundo governo Dilma Rousseff. Na semana do 5º Congresso da sigla, que acontece a partir de quinta-feira (11), em Salvador, a Construindo um Novo Brasil (CNB) tenta diminuir a pressão sobre o titular da Fazenda, defendido publicamente pela presidente em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na segunda, 8.

Em maio, Lula chegou a dizer publicamente que a maneira como Dilma e a equipe econômica conduziram a alteração no seguro-desemprego foi "um erro". As críticas da ala majoritária, porém, foram diminuindo nas últimas semanas.

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Coordenador da CNB, Francisco Rocha da Silva divulgou, na segunda-feira, um documento endereçado aos delegados do Congresso petista em que pede "um ponto de equilíbrio" nas críticas ao governo. Rochinha disse que "qualquer partido de esquerda se sentiria incomodado com as decisões que precisaram ser tomadas", mas lembrou dos "momentos de conflito" durante o governo Lula e ressaltou que "os personagens da economia eram praticamente os mesmos" na equipe de Antônio Palocci.

"Nenhuma tendência interna do PT pode se arvorar em criticar exageradamente o ajuste fiscal porque todos nós, com raras exceções, estamos presentes no partido e no governo. Então, todos nós temos telhado de vidro e não cabe a ninguém atirar a primeira pedra", escreveu Rochinha, político considerado próximo de Lula.

As ameaças às intenções da CNB vêm de correntes de oposição - como a Mensagem ao Partido e a Democracia Socialista (DS) - e de diretórios estaduais como o do Rio Grande do Sul. Estes setores prometem não baixar o tom das críticas ao ajuste fiscal e acusam a CNB de atuar contra a mudança no partido. "A CNB não quer mudar nada", disse um dirigente da DS.

Vice-presidente nacional do PT e integrante da CNB, Gleide Andrade "discorda radicalmente" dos petistas que usarão o Congresso para criticar o governo. "A política econômica do governo foi necessária. Ou fazíamos essas medidas ou o País ia degringolar. Não tem sentido transformar o Congresso, um momento histórico do partido, em um lugar de críticas ao governo, usar o Congresso como divã. O papel do partido que governa o País é de força auxiliar, não de força de imposição", disse a vice-presidente Gleide Andrade.

Após se reunir com Lula, na semana passada, um dirigente ouvido pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, disse que poupar Levy durante o Congresso não foi um pedido direto do ex-presidente. No entanto, Lula teria ressaltado que os destinos do PT e do governo Dilma estão diretamente vinculados. "Ele (Lula) ressaltou que o Levy foi chamado pela Dilma, está fazendo o que Dilma pediu. Agora a gente tem que abraçar o Levy e tentar incluir as pautas, como taxação de fortunas, 40 horas etc."

Lula, assim como outros petistas, acha que o ajuste foi mal colocado pelo governo e passou a ideia de que só a população seria penalizada. Um membro da Executiva Nacional reclamava na semana passada da "falta de perspectiva" de um cenário positivo após o ajuste. Agora, com o lançamento do pacote de concessões de infraestrutura marcado para esta terça, 9, o PT quer mudar de assunto e deixar o incômodo ajuste fiscal para trás.

Outro dirigente da CNB que até duas semanas atrás fazia críticas mais duras ao plano econômico disse à reportagem que o foco do Congresso será "olhar para frente". "Queremos discutir o que vai ser o País pós-ajuste, tem muita agenda (positiva) pela frente. A maioria do PT não entra nessa coisa do 'fora Levy', não há nada pessoal contra o Levy".

Depois de uma semana sem polêmicas, devido ao feriado da última quinta-feira (4), a Câmara dos Deputados retona a votação de propostas do ajuste fiscal e da reforma política. O primeiro assunto será tratado em sessão ordinária. Já a segunda pauta entra nas reuniões extraordinárias.

Está pendente a deliberação sobre o projeto de Lei 863/15, do Poder Executivo, que trata sobre a redução da desoneração da folha de pagamentos de 56 setores da economia. O texto substitui a medida provisória 669/2015 e propõe o aumento da alíquota que as empresas deverão pagar sobre a receita bruta. As taxas passarão de 1% para 2,5% e de 2% para 4,5%.

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Essa proposta tramita em regime de urgência constitucional. Mas, para ser analisada, o Planalto precisará retirar o caráter de urgência de dois projetos do pacote anticorrupção que começaram a tramitar antes. Como o PL integra as medidas do ajuste fiscal, a expectativa é de que o governo ceda para abrir caminho para a deliberação.

Os deputados também voltarão à análise das propostas de reforma política. Faltam votar os pontos referentes à duração dos mandatos, coincidência das eleições, cotas para mulheres, voto facultativo, data da posse presidencial  e federações partidárias, entre outros assuntos.

Já foram votados os trechos que mantém o atual sistema proporcional de eleição de deputados e vereadores, acaba com a reeleição para chefes do Executivo, corta o Fundo Partidário de legendas sem congressistas e permite doações de empresas a partidos, e de pessoas físicas a partidos e candidatos.

Com informações da Agência Câmara.

 

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai entregar um documento no Congresso Nacional do PT com críticas a presidente Dilma Rousseff (PT) e ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A informação foi divulgada pela coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, neste sábado (6). 

De acordo com o periódico, o texto acusa a petista de ter promovido uma “guinada na política econômica, com ataques a direitos dos trabalhadores”. Sob a ótica dos sindicatos ligados a CUT, o ajuste fiscal é “regressivo e recessivo” e coloca o PT “contra a classe trabalhadora”. 

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Ainda segundo a coluna, o documento é assinado pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, e pela cúpula sindical da sigla. O Congresso do PT acontece nos próximos dias 11 e 12, em Salvador, na Bahia. 

O governador Paulo Câmara (PSB) retornará a Brasília na próxima semana para tratar de assuntos ligados ao ajuste fiscal e a concessões que serão anunciadas pelo Governo Federal. As agendas públicas do pessebista foram divulgadas por ele nesta sexta-feira (5), após envio de Projeto de Lei à Assembleia Legislativa de Pernambuco, que institui a Política Estadual da Pesca Artesanal. 

Com expectativa positiva em relação a um pacote que será anunciado pelo governo, o primeiro compromisso do governador no Distrito Federal será na próxima terça-feira (9). “Nós estaremos na terça-feira em Brasília para o anúncio do pacote de concessões. O governo já adiantou que devem entrar as rodovias, como as BRs 232 e 101, e também alguns terminais de Suape que desde 2012 aguardamos para poder seguir revelou, demonstrando entusiasmo pela iniciativa. “A gente espera que a partir de agora destrave isso. Na verdade, vão ser os estudos que serão autorizados os PMIs, mas, que já gera uma expectativa que essas obras serão feitas”, completou. 

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Outro anseio de Câmara é em relação ao Arco Metropolitano. “A projeção é que ele entre no pacote de concessões o lado norte e sul. A tendência é que seja todo de concessão. Pelo potencial que vejo e estudos anteriores acredito que será todo de concessão”, espera. 

Já no próximo dia 10 de junho a agenda do pessebista será com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Na quarta (10) estarei com Levy dentro do desdobramento da reunião dos governadores do Nordeste, em Natal. Vou levar a questão do Plano de Ajuste Fiscal (PAF) que firmamos no ano passado e está no momento de revisar ele para podermos, a partir de 2016, contrair empréstimos para melhorar o nível de investimentos do estado”, adiantou o governador. 

*Com informações de Giselly Santos

Integrante da base da presidente Dilma Rousseff, a bancada do PDT na Câmara divulgou nota na qual critica o aumento da taxa básica de juros e reafirma sua oposição contrária ao "receituário neoliberal" do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O comunicado é assinado pelo líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), que lamenta a nova elevação da Selic pelo Banco Central, desta vez para 13,75% ao ano. "Já não há mais como esconder que a opção do governo em render-se ao mercado financeiro se mostra definitiva", argumenta o parlamentar.

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Mesmo no controle do Ministério do Trabalho, o PDT se opôs de forma ferrenha, no Congresso, às duas medidas do ajuste fiscal que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas. Durante a tramitação na Câmara, o partido fechou questão contra as propostas encampadas pelo Palácio do Planalto e votou em peso para tentar derrubá-las. Elas acabaram sendo aprovadas pelo Legislativo e foram enviadas para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Figueiredo alega que cada vez mais a política do segundo mandato da petista se "identifica com governos passados que mantiveram o Brasil em longos períodos de recessão e aprofundaram a desigualdade e a exclusão social". "A recente aprovação das MPs 664 e 665 - que cortam e limitam o acesso ao seguro desemprego e cortam a pensão das viúvas - e os cortes no orçamento de 2015 que inviabilizam os investimentos e até a manutenção da infraestrutura da educação, saúde e programas sociais, confirmam isso", acrescenta o pedetista.

O deputado afirma ainda que o PDT vai continuar caminhando "na contra-mão" da atual política econômica. "Cada vez mais o PDT expressa sua oposição a Joaquim Levy e seu receituário neoliberal. Definitivamente, não somos iguais e não caminharemos juntos."

Divergência

Ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Figueiredo disse que o PDT, embora da base, não vai abrir mão das críticas à política econômica do governo. "Queremos divergir por dentro", disse. "É uma reafirmação de como consideramos absurda a política econômica do ministro Levy, que não tem efeito nenhum a não ser agradar o mercado financeiro."

"O que mais nos assusta é saber que eles aumentam em meio ponto porcentual (a taxa Selic) e dizem que não vai parar por aí. O único segmento que vibra com isso é o sistema financeiro", pontuou. Figueiredo defendeu ainda que o Congresso aprove alguma legislação que "freie o absurdo que está acontecendo na economia" do País.

Em cadeia nacional de Televisão e rádio, o DEM exibirá nesta quinta-feira (4) sua propaganda partidária. Com dez minutos de duração, os principais líderes do partido, os senadores Ronaldo Caiado (GO), José Agripino (RN) e o deputado Mendonça Filho (PE), irão disparar inúmeras críticas ao governo de Dilma Rousseff (PT).

Com o tema: “Está na hora do Brasil seguir outro caminho, porque esse já chegou ao fim”, o líder dos Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, defendeu a estatal envolvida em corrupção. “A Petrobras é intocável, não pode continuar sendo usado como instrumento político”, afirmou. 

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O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), relembrou as cobranças da população nas manifestações de ruas e criticou o PT. “Não adiantaram as alertas. O PT não ouviu nem a voz da oposição, nem a voz das ruas e levou o nosso país a essa profunda crise econômica e política”, disparou o democrata. Após a exibição do líder nacional, a gravação mostra dados negativos da Petrobras e pontua ser a empresa mais devedora do Brasil com uma dívida de 282 bilhões em 2014. 

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Para Mendonça Filho o PT faz o que for necessário para vencer as eleições, mas não honra com promessas de campanha como a promessa de não aumento da conta de energia. “Para o PT vale tudo para ganhar as eleições. Não importam as consequências para o país, o que importa é continuar no poder, mesmo a custa de mentiras e promessas eu nunca serão cumpridas. Lembra da conta de luz? Em cadeia nacional a própria presidente a anunciou a redução da tarifa e garantia que a conta não iria subir (...). o resultado você sabe, foi só ganhar a eleição que a promessa foi esquecida”, relembrou o deputado. 

Outra crítica que será abordada pelos democratas é a juste fiscal feito pelo governo e destacado pelo líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado. “Ao invés de dar bons exemplos, cortando gastos e reduzindo despesas, o governo do PT resolveu fazer o ajuste fiscal em cima das pessoas nos momentos de maior fragilidade de suas vidas: na doença, no desemprego e na hora da morte”, descreveu. 

O vídeo ainda trata de outras promessas do governo como a Transnordestina, duplicações de rodovias federais e construção de novas refinarias. Confira a propaganda partidária na íntegra, no vídeo abaixo:

Dirigida há mais de 20 anos pelo PC do B, partido mais fiel aos governos petistas, a União Nacional dos Estudantes (UNE) abre seu 54º Congresso Nacional nesta quarta-feira (3) em Goiânia, marcando posição de contraponto aos movimentos que, em março e abril deste ano, ganharam as ruas - espaço tradicionalmente ocupado pelos estudantes - para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No evento que segue até domingo (7), as discussões orbitarão em torno de dois motes principais: a defesa da democracia e as críticas ao governo, principalmente ao ajuste fiscal promovido pela equipe econômica e a redução dos recursos destinados à educação. Dilma Rousseff deverá ser poupada.

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Na década de 1990, a UNE liderou os principais atos de rua contra presidentes, como as marchas pelo impeachment de Fernando Collor, em 1992, e o "Fora FHC", em 1999. Nos governos petistas, entretanto, a UNE passou a compor, ao lado de movimentos como o dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), a base de sustentação com as organizações sociais.

Em março e abril, quando o governo federal enfrentou o momento de maior tensão com a presença maciça de pessoas nas ruas para pedir o impeachment da presidente, UNE, MST, MTST e centrais ligadas aos direitos dos trabalhadores organizaram marchas "em defesa da democracia". Na prática, foram manifestações de apoio ao governo.

"Quando vamos pedir mudanças na economia estamos apontado rumos democráticos", diz a presidente da UNE, Virgínia Barros. Segundo ela, a UNE toma cuidado em não focar suas críticas em Dilma para não ser confundida com grupos de "viés antidemocrático".

Bandeiras

Ela afirma que no congresso a UNE vai firmar posição contra a maioridade penal e o financiamento empresarial de campanha e apoiar a reforma política e a luta pela educação. "Os cortes de R$ 9 bilhões na educação vão de encontro a conquistas importantes dos últimos anos, como a aprovação do Plano Nacional de Educação e a destinação de recursos do pré-sal para o setor", diz Virgínia.

No congresso são esperados 10 mil estudantes. Na eleição marcada para domingo, a expectativa é de que, mais uma vez, o PC do B renove a liderança da UNE, com a candidatura da estudante da PUC-SP Carina Vitral, representante da ala majoritária do Movimento Abre Alas.

Ao falar das recentes decisões do governo na educação, Carina mescla críticas ao corte no setor com elogios a medidas como a aprovação do Plano Nacional de Educação. "Ainda que exista restrição, que seja com critérios claros e definidos", diz ela sobre as mudanças no acesso ao Financiamento Estudantil (Fies). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de conseguir aprovar no Congresso Nacional medidas provisórias que alteram as regras de concessão de direitos trabalhistas e previdenciários, a presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (2) que o ajuste fiscal não é um "objetivo" em si mesmo, sendo fundamental para a retomada do crescimento da economia brasileira.

No momento, o Palácio do Planalto concentra sua estratégia na aprovação do projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento, considerado pelo governo o "Dia D" do ajuste fiscal. O governo teme a desconfiguração da proposta na Câmara dos Deputados. "Estamos fazendo ajustes na economia, o objetivo comum a todas as medidas que vínhamos adotando é melhorar o ambiente econômico e reforçar a confiança no Brasil para que Brasil volte a crescer no menor prazo possível. O ajuste fiscal não é (um) objetivo em si mesmo, e por isso, em simultâneo a ele, estamos construindo uma agenda de crescimento da qual o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) é um dos componentes", destacou a presidente.

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Como forma de reagir à queda de popularidade da presidente e construir uma agenda positiva pro governo, o Planalto prepara para as próximas semanas uma agenda positiva que inclui o lançamento do programa de concessões em infraestrutura, do plano nacional de exportações e da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida. "O ajuste fiscal é imprescindível para o Brasil voltar a crescer, por isso temos de encará-lo como algo estratégico e necessário", disse a presidente. "Nós temos certeza que estamos trabalhando pra estimular o investimento e a produção, pra retomada do crescimento em bases sustentáveis. São duas ações simultâneas e é nesse contexto que devem ser entendidas as concessões em transporte que serão lançadas na próxima semana", comentou Dilma, que prometeu semanas atrás lançar o plano no dia 9 de junho.

De acordo com a presidente, o governo manterá a parceria com o setor privado na ampliação da infraestrutura do País em rodovias, portos e aeroportos, que são importantes pro escoamento da produção do agronegócio. "Uma das diretrizes pra seleção (das concessões) é, como na rodada anterior, a melhoria do escoamento da safra agrícola, por isso serão priorizadas parcerias com setor privado que propiciem a complementação da logística de transporte em direção à saída Norte, pra reduzir o custo do transporte da produção, a expansão da rede de ferrovias e integração dos modais", observou a presidente.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, disse nesta segunda-feira (1°) que, após a aprovação das medidas do ajuste fiscal no Congresso Nacional, o governo espera colocar em prática a “agenda positiva”, com anúncios de investimentos em infraestrutura e em programas como o Minha Casa, Minha Vida.

Na semana passada, o Senado concluiu a votação das medidas provisórias do ajuste fiscal, mas os planos do governo para reduzir os gastos ainda dependem da aprovação do Projeto de Lei 863/2015, que reduz as desonerações da folha de pagamento para 56 setores da economia. A votação foi adiada pela Câmara e deve acontecer ainda neste mês. Segundo Silva, o governo está dialogando para evitar mudanças na proposta.

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“O governo está dialogando e esperamos que o Congresso entenda a importância da aprovação desse projeto. Esperamos que haja consenso e que efetivamente o objetivo maior do projeto seja alcançado”, avaliou, após reunião de coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff e mais oito ministros. O vice-presidente Michel Temer não participou do encontro de hoje.

“Esse projeto é uma parte fundamental para que possamos fechar o ciclo de medidas tomadas para que possamos criar as condições para retomada do crescimento da economia”, acrescentou o ministro.

O primeiro item da chamada “agenda positiva” será o lançamento do Plano Safra 2015/2016, marcado para esta terça-feira (2). Edinho Silva não adiantou valores do novo plano, mas disse que o montante não será menor que o disponibilizado para a safra 2014/2015, de R$ 156,1 bilhões. “Tenho certeza que menor não será. O empenho do governo é para que a gente tenha condições criadas para que a agricultura brasileira - a agroindústria brasileira - possa ter um bom desempenho e puxar economicamente toda a cadeia produtiva”.

Neste mês, o governo também deve anunciar o Plano Safra da Agricultura Familiar, o novo plano de investimentos em infraestrutura e o novo pacote de exportações, segundo Silva. Até o segundo semestre, também há previsão de anúncio da nova etapa do programa Minha Casa, Minha Vida.

Perguntado sobre a retração do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre de 2015, divulgado na última sexta-feira (29) pelo IBGE, Silva disse que o resultado está “dentro da normalidade” e que era esperado. “O governo não está pessimista. O resultado do PIB era natural que fosse esse, é normal, está dentro da normalidade. Temos certeza que, a partir das medidas tomadas, do ajuste feito, o segundo semestre já é um semestre onde as condições serão criadas para que Brasil retome o crescimento”.

A semana iniciou com uma forte discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que alterava algumas normas do sistema eleitoral vigente preparada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O parecer do relator, Marcelo Castro (PMDB-PI), foi derrubado a partir de uma manobra do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e, por isso, o texto não seguiu para a apreciação em plenário. A atitude gerou insatisfação entre os parlamentares que compunham o grupo, entre eles o deputado Tadeu Alencar (PSB)

Apesar do imbróglio, um novo texto sobre a reforma política foi levado a discussão em plenário. Desta vez com a relatoria do deputado Rodrigo Maia (DEM). A proposta começou a ser votada na terça-feira (26), com debates acalorados os parlamentares entraram pela madrugada da quarta (27). No primeiro tempo eles rejeitaram a instalação do voto distrital misto, do chamado "distritão" e do financiamento de campanha por empresas.

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Ainda na quarta, à tarde, uma nova votação foi iniciada. Desta vez, os parlamentares aprovaram o fim da reeleição para cargos do executivo; o financiamento misto de campanha e rejeitaram o financiamento  público e por pessoa física. Prefeitos pernambucanos comemoraram o fim da reeleição para o Executivo. A Câmara também manteve as coligações para as eleições proporcionais. Durante a tramitação da matéria, uma polêmica maior marcou o debate: os deputados entre uma votação e outra assistiam vídeos pornográficos

O foco da semana permaneceu no Legislativo Federal. Enquanto os deputados apreciavam a reforma, os senadores, por sua vez, analisavam as Medidas Provisórias (MP) que versam sobre o ajuste fiscal do país. As MPs 664/2014, 665/2014 e 668/2015 foram aprovadas pela Casa. A primeira que altera as regras para o direito à pensão por morte e acaba com o fator previdenciário. A segunda muda as regras de concessão do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro-defeso. Já a terceira aumenta as alíquotas de contribuições incidentes sobre as importações, o PIS/Pasep-Importação e a Cofins-Importação. 

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Na segunda e terça-feira, a ex-senadora Marina Silva (PSB) retornou pela primeira vez a Pernambuco após as eleições de 2014. Na passagem pelo Recife, a ambientalista se reuniu com militantes da Rede Sustentabilidade, partido que ela tenta criar; encontrou com a ex-primeira-dama e viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos; participou da assinatura do Projeto de Lei do Executivo que institui o Programa de Pagamentos Ambientais e debateu a conjuntura política nacional com o governador Paulo Câmara (PSB). 

Outro destaque da semana foi a XVIII edição da Marcha dos Prefeitos a Brasília. No encontro, os gestores municipais debateram sobre o pacto federativo e receberam sinalizações positivas dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha, sobre os pleitos locais. O encontro, que durou três dias, não deixou boas expectativas para o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota

O protesto de alunos e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) terminou em conflito com a Polícia Militar na manhã desta sexta-feira, 29. Os policiais atiraram bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes. Uma jovem levou um soco no rosto de um PM e um aluno foi detido, informa o site do Estadão.

Um vídeo, gravado pelo Sintusp, mostra o momento em que a jovem leva o soco no rosto de um policial e cai no chão. Ela tentava ficar com a mochila de um estudante que estava sendo levado pelos PMs. Carlos Alberto dos Santos Camargo, 27, estudante de Ciências Sociais, foi detido pela polícia e encaminhado para o 34º Distrito Policial.

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A manifestação teve início às 7h com o bloqueio do portão principal da USP e da passagem de carros no cruzamento da rua Alvarenga com a avenida Afrânio Peixoto. Os manifestantes seguiram então para a rodovia Raposo Tavares e, em seguida, para a avenida Vital Brasil, onde houve o confronto com os policiais. Um policial foi flagrado atirando em direção aos manifestantes de dentro de uma viatura

Em nota, o Sintusp denunciou a repressão policial e exigiu a imediata libertação do estudante. "O protesto ocorria pacificamente, de forma tranquila em parte do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações contra a terceirização e os cortes do ajuste fiscal. Até que a polícia chegou e, de forma truculenta, agrediu os manifestantes, mulheres, trabalhadores", disse Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).

Outro lado

A Polícia Militar informou em nota que está atuando em todo o Estado para que o impacto das manifestações seja o "menor possível na rotina do cidadão" e disse que, no caso do protesto da USP, foram utilizados os meios necessários para que o cruzamento não fosse fechado pelos manifestantes. No entanto, informou que a conduta dos policiais será apurada. Sobre o policial militar que foi flagrado atirando para fora do veículo, disse que foi afastado por ter utilizado um procedimento "totalmente irregular".

A Polícia Militar de Pernambuco informou que 14 pessoas foram detidas em um protesto na região metropolitana de Recife, que reunia metalúrgicos e integrantes do MST nesta sexta-feira (29) Dia Nacional de Paralisações.

Os manifestantes estavam na chamada Curva do Boi, que dá acesso ao Porto de Suape, e foram encaminhados à Delegacia do Cabo de Santo Agostinho. Segundo a PM, as justificativas para as prisões são desacato, resistência, dano ao patrimônio e desobediência.

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A manifestação no local já foi encerrada.

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