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Com Aloizio Mercadante à frente do Ministério da Educação (MEC), organizações ligadas ao ensino esperam que a influência política do ministro contribua para que o ajuste fical no setor seja revertido ou que pelo menos os impactos sejam minimizados. A pasta teve contingenciados R$ 10,6 bilhões em 2015. A expectativa das entidades é que programas fundamentais para o ensino básico sejam mantidos e que haja avanços nas metas do Plano Nacional de Educação (PNE).   

"O que a área precisa é de um ministro que enfrente o ajuste fical, e certamente um ministro com mais força política tem mais condições de fazer esse enfrentamento", disse o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara. A campanha é uma rede que reúne mais de 200 grupos e entidades em todo o país. "Ele [Mercadante] vai ter que proteger a área, que é fundamental para a Pátria Educadora", complementa, citando o lema do atual governo. 

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Mercadante será o quarto ministro da Educação, desde o início deste ano. Em 2015, a pasta já foi comandada por Cid Gomes, interinamente pelo atual secretário executivo, Luiz Cláudio Costa, e por Renato Janine Ribeiro. De acordo com informação da Presidência da República, Mercadante e os novos ministros anunciados hoje pela presidenta Dilma Rousseff deverão tomar posse terça-feira (6). Ministro da Educação de 2012 a 2014, Mercadante deixou a pasta para assumir a chefia da Casa Civil.

As entidades do setor educacional também cobram que Mercadante dê continuidade às ações que visam ao cumprimento do PNE. Sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, em 2014, o plano estabelece metas para o setor que devem ser cumpridas em dez anos. As metas vão desde o ensino básico à pós-graduação, passam pela formação e valorização de professores e profissionais de educação e pelo aumento do investimento em educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo Cara, uma das questões centrais do PNE é uma revisão do pacto federativo, aumentando as transferências da União para estados e municípios. "Qualquer ministro da Educação que não tratar do pacto federativo, do sistema nacional de educação, vai estar mirando no nada", afirmou Daniel Cara.

Ensino Básico

Após a posse de Mercadante, secretários estaduais acreditam que um assunto deverá ser abordado ainda este ano: o reajuste do piso salarial dos professores. Um novo piso é definido anualmente, por lei, e começa a vigorar em janeiro. Reajustes superiores ao que podem pagar estados e muncípios acabam levando a greves, como as que ocorreram este ano. 

"A lei tem implicado em problemas na implementação nos estados e municípios. Em janeiro, um novo piso será divulgado, e esperamos que isso possa ser atrelado à discussão de como a União pode fazer a complementação dos recursos [aos estados e municípios] e discussão de carreira", disse o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps. 

Tanto os secretários estaduais quanto os municipais esperam que o MEC dê continuidade a programas referentes à educação infantil e aos ensinos fundamental e médio. Segundo o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, uma carta foi entregue a Janine na semana passada pedindo posicionamento do MEC em relação à continuidade de três ações federais: o Programa Dinheiro Direto na Escola, o Plano de Ações Articuladas e o Mais Educação. Este último oferece ampliação de jornada e educação integral nas escolas, uma das metas do PNE.

"São programas prioritários que precisam ser retormados, precisamos de um posicionamento. Na primeira ocasição, vamos solicitar audiência e reapresentar essa demanda prioritaríssima da Undime", afirmou Lima. Tanto os dirigentes municipais quanto os estaduais disseram estar à disposição do MEC para definir estratégias para melhorar a educação no país. 

Ensino Superior

Caso não haja negociação até a data da posse, Mercadante, que já enfrentou uma greve nas universidades federais em 2012, poderá assumir o ministério com uma paralisação de professores e trabalhadores técnico-administrativos que dura cerca de quatro meses.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) dizem que, apesar de terem sido recebidos por represenates do MEC não conseguiram negociar diretamente com Janine. As entidades esperam uma postura diferente de Mercadante. "Esperamos que o novo ministro, influente, de peso, consiga uma revisão dos cortes nas universidades, porque elas não têm condições de funcionar assim até o final do ano", afirmou o presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo.

A Fasubra espera que seja retomado o Plano Nacional de Desenvolvimento Profissional dos Servidores Integrantes do Plano de Cargos e Carreiras dos Técnico-Administrativos das Instituições Federais de Educação, lançado por Mercadante no início de 2014. "Esperamos que, com a volta de Mercadante, isso seja agilizado, porque foi uma iniciativa dele", ressaltou a coordenadora geral da Fasubra, Leia Oliveira.  Depois que ele saiu, a ideia passou para um plano secundário, disse Leia.

Os estudantes também cobram mais investimentos. "Nosso principal foco é conseguir voltar a investir na universidade pública, na expansão com foco na assistência estudantil, na consolidação da universidade, na melhoria da qualidade", disse a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral. "O governo escolheu como lema Pátria Educadora e até agora não mostrou a que veio."

Diante do agravamento do quadro econômico e político, a presidente Dilma Rousseff está sendo pressionada pelo PMDB e pelo PT a aproveitar a reforma administrativa para substituir o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, considerado "desagregador" no trato com o Congresso Nacional. Pelo menos desde julho, Dilma avalia a possibilidade de mexer no núcleo do governo, mas, oficialmente, o Palácio do Planalto nega a informação.

"Mercadante é um ministro que detém todo o respeito da presidente Dilma. Ele é fundamental na articulação dos principais projetos e colabora na construção da governabilidade junto com o vice-presidente Michel Temer e com o ministro Eliseu Padilha", disse ao Estado o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva. "É uma figura central para a construção das condições de retomada do crescimento", afirmou Edinho.

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Temer e Padilha já se desentenderam várias vezes com Mercadante. O vice-presidente, que comanda o PMDB, deixou o "varejo" da articulação política do Palácio do Planalto, no mês passado, aborrecido com o petista. Padilha, que é titular da Aviação Civil, ainda despacha na Secretaria de Relações Institucionais, mas já anunciou que também não ficará na função.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a amigos, nos últimos dias, que perdeu a conta de quantas vezes sugeriu a Dilma a substituição de Mercadante pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, também do PT. Até agora, a presidente resistiu à ideia e pediu à Secretaria de Comunicação Social que desmentisse "com veemência" os rumores sobre a saída do ministro.

Apesar das negativas, petistas avaliam nos bastidores que Dilma terá de trocar Mercadante para que a crise política diminua. Não são de hoje, também, as críticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao chefe da Casa Civil.

A presidente, até agora, tem resistido a rifar o "capitão do time". Recentemente, um importante parlamentar do PT disse a ela que os principais problemas do governo residem na Casa Civil. A queixa é de que Mercadante centraliza as decisões, é teimoso e não tem jogo de cintura política. Temer e ele se desentenderam, no mês passado, por causa de uma indicação para uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal.

Desenho

No PT, muitos aconselham Dilma a transformar o titular da Casa Civil em uma espécie de "primeiro-ministro". Tudo depende, porém, de como ficará o desenho da reforma administrativa, que deve extinguir dez dos 39 ministérios, e se o perfil da Casa Civil, a partir de agora, será mais técnico ou mais político.

Além de Wagner, um dos nomes lembrados para ocupar a Casa Civil e mesmo para a Secretaria de Relações Institucionais é o do ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PC do B). Ex-presidente da Câmara, Aldo foi chefe da Secretaria de Relações Institucionais no primeiro mandato de Lula e tem bom relacionamento com o PMDB.

Levy

Os desentendimentos com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também põem em risco a permanência de Mercadante na Casa Civil. Os dois bateram de frente durante as discussões sobre o Orçamento de 2016. Levy era contra o envio da peça orçamentária ao Congresso com um rombo de R$ 30,5 bilhões.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA) tratou a saída de Mercadante da Casa Civil como mais um balão do ensaio ocasionado por disputa interna no governo. "Agora é assim: todo fim da semana tem uma fumaça. Se Dilma quer fazer mudanças, que faça de uma vez. O mesmo aconteceu em relação à CPMF. O tema saiu no jornal e depois o governo negou." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão sobre a abertura das investigações a respeito do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) deve ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal no início da próxima semana. O ministro Celso de Mello, responsável pelo caso no STF, já começou a avaliar o pedido de abertura de inquérito feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. No gabinete de Mello, estima-se que a decisão seja tomada por ele até terça-feira (15).

No domingo passado, o Estado informou que o Supremo autorizou investigação, pedida pela Procuradoria-Geral da República, sobre Mercadante e Aloysio Nunes. A informação se baseava no relato de fontes ligadas ao STF, já que o caso está sob sigilo. Nas edições de segunda-feira e de terça-feira, após novas apurações, o Estado mostrou que ambos não seriam investigados no âmbito da Operação Lava Jato, mas por suposta prática de caixa 2 na campanha eleitoral.

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Também na terça-feira, o STF divulgou informações oficiais sobre os casos, pela primeira vez. Conforme o Supremo, o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, recebeu os pedidos da Procuradoria-Geral da República e determinou a redistribuição dos dois casos, o de Mercadante e o de Aloysio Nunes, a outro integrante da Corte - no caso, Celso de Mello. Essa informação foi publicada na edição de quarta-feira.

Entendimento

Os dois pedidos de investigação tratam de uso de dinheiro oriundo de caixa 2 em campanha eleitoral, com possível fraude de documentos eleitorais. A Procuradoria e o ministro Teori Zavascki entenderam que Mercadante e Aloysio Nunes não teriam interferência na intermediação de negócios da Petrobrás. Por isso, as investigações foram apartadas dos casos conduzidos pelo relator da Operação Lava Jato.

Mas a investigação sobre o ex-tesoureiro da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff e atual ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, permanece sob a condução do ministro Teori Zavascki.

Os três políticos foram citados na delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC. Em depoimentos, o empreiteiro disse ter doado R$ 500 mil a Mercadante em 2010, quando o atual ministro disputou o governo de São Paulo pelo PT. Pessoa afirmou, ainda, ter doado a Aloysio Nunes R$ 300 mil de forma oficial e R$ 200 mil via caixa 2 no mesmo ano.

Edinho, Mercadante e Aloysio Nunes negam as acusações do delator. Segundo eles, as doações foram registras e declaradas à Justiça, conforme a lei. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Palácio do Planalto divulgou uma nota, nesta sexta-feira (11), que desmente reportagem sobre a possível saída do ministro Aloizio Mercadante da chefia da Casa Civil da Presidência da República. Por meio do comunicado, a Secretaria de Comunicação Social diz que Mercadante "detém toda confiança" da presidente Dilma Rousseff e que mantém trabalho "fundamental para a gestão".

De acordo com a nota, o ministro tem colaborado na construção da estabilidade política, "fator importante para a criação do ambiente necessário para a retomada do crescimento econômico, geração de empregos e distribuição de renda".

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Reportagem publicada na edição desta sexta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo diz que a presidente estuda a substituição de Aloizio Mercadante por um quadro fora do PT, com receptividade na base aliada e na oposição, com o objetivo de melhorar a governabilidade e diminuir o número de derrotas do governo no Congresso.

Segundo o Planalto, o texto publicado pelo jornal não condiz com a realidade e serve para "fomentar especulações desnecessárias". Após a publicação da nota no Blog do Planalto, no entanto, o jornal manteve a informação e disse que ela foi apurada com três interlocutores diferentes da presidente.

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira (12) que o ambiente da Câmara dos Deputados é hoje de "consciência da importância da estabilidade econômica e da responsabilidade fiscal", e que as lideranças da base na Casa irão também buscar uma pauta positiva, a exemplo do Senado, para este semestre. Ontem à noite, os deputados derrubaram um destaque à PEC 443 que ampliava a vinculação do salário de servidores ao de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e aumentava o custo da medida de R$ 2,4 bilhões para R$ 7 bilhões por ano.

"Na reunião que fiz com líderes da Câmara, eu senti uma disposição sincera de buscar também uma pauta que dialogue com essa iniciativa do Senado, ver o que é convergente, o que eles querem acrescentar, para a gente ter uma perspectiva para o semestre de uma agenda positiva para retomada do desenvolvimento e da estabilidade", afirmou o ministro ao final de cerimônia de formação de diplomatas no Itamaraty.

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Para Mercadante, é muito positivo o Senado apresentar temas que possam contribuir para o Brasil. Segundo ele, essa pauta do Senado, apresentada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ajuda para a confiança de investidores e para a estabilidade. "Renan tem experiência política, sabe da importância do Senado para a estabilidade", destacou.

Mercadante destacou ainda que a situação fiscal do País exige "cuidado e atenção" e não é possível abdicar do ajuste fiscal, e garantiu que os líderes da base foram unânimes sobre isso. Há uma semana, em outra reunião com os deputados, o clima era bastante diferente. Em uma rebelião, os parlamentares armaram a aprovação da PEC 443 em uma das maiores derrotas do governo este ano.

Ao ser questionado se essa aproximação com o Senado isola o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Mercadante defendeu o diálogo na Casa. E alfinetou a oposição. "Há temas que são políticas de Estado. A oposição tem direito de fazer oposição, questionar, cobrar, mas ela também tem responsabilidade em temas que dizem respeito ao País. Não pode ser o quanto pior melhor", afirmou. "Todas as agências de risco tem dito que há uma iniciativa sincera e consistente do governo de dar estabilidade fiscal e econômica, mas precisa de um ambiente político que ajude. Se não melhorar a política, não melhora a economia. Então acho que as lideranças da base na Câmara e no Senado estão conscientes desse desafio".

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira (5), na Comissão de Minas e Energia, que a presidenta Dilma Rousseff é uma pessoa “honrada, séria e intransigente” em relação às regras e legislação.

A declaração foi uma resposta ao deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS). Segundo o deputado, a presidenta Dilma teria participado da indicação de nomes para a composição da Sete Brasil, empresa criada para gerenciar a construção das sondas a serem usadas pela Petrobras na exploração do pré-sal.  O ministro participa de audiência na comissão para tratar da crise na indústria naval em decorrência das investigações da Operação Lava Jato. A Sete Brasil foi criada em 2011 pela Petrobras para construir sondas de perfuração que antes eram compradas no exterior. A empresa é investigada pelo pagamento de propina em contratos.

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“No caso do [ex-gerente da Petrobras e ex-diretor da Sete Brasil] Barusco, ele começou a ter ganhos indevidos nos anos 1990, arrendando plataforma. Era um funcionário de carreira e só foi possível descobrir tudo o que aconteceu com a delação premiada. Às vezes, o gestor não tem como saber desse tipo de prática”, afirmou Mercadante.

O Sindicato da Indústria Naval informou, recentemente, que, em janeiro, 3 mil postos de trabalho foram fechados, por causa da "situação crítica" enfrentada por estaleiros que tinham contratos com a Sete Brasil.

Mais cedo, Mercadante disse, na comissão, que a Sete Brasil venceu um processo de licitação aberto para a construção de sondas. Segundo ele, a empresa é importante para as atividades do pré-sal e está enfrentando dificuldades para financiar suas operações em função de estar entre as empresas investigadas pela Polícia Federal (PF).

O ministro disse que a Sete Brasil está se organizando para uma reestruturação que vai incluir, por exemplo, a redução da meta de sondas a serem construídas, de 28 para 19, priorizando a produção dos projetos mais adiantados.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), precisou fazer um apelo aos parlamentares da Comissão de Minas e Energia da Câmara para evitar a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Na iminência da convocação, Guimarães foi à comissão costurar um acordo com a oposição, oficializado pelo líder do PT na Câmara, Sibá Machado, e se comprometeu com a ida de Mercadante à comissão no dia 5 de agosto.

A convocação se tornou um convite após o acordo. O autor do requerimento de convocação, deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), afirmou que os parlamentares se comprometeram a aprovar a convocação no próprio dia 5, caso o ministro não compareça. "O ministro tem se escondido e o governo tem medo de aparecer. É lamentável que uma convocação assuste tanto", criticou.

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O tucano quer que Mercadante fale sobre os planos do governo para a indústria naval após a deflagração da Lava Jato. De acordo com o deputado, a consequência da operação para a indústria naval tem sido "gigantesca" em municípios do Sul do País.

Educação

Outro ministro de Estado recebeu convite para falar com os parlamentares. Amanhã, dia 16, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, deve prestar esclarecimentos sobre reajuste de mensalidade escolar no caso de instituições que recebem recursos do Fies e criação de cursos de medicina pelo programa Mais Médicos. O convite foi aprovado nesta quarta-feira, 15, pela Comissão de Educação.

Um dia depois da publicação de trechos de delação premiada na qual o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, teria apontado supostos repasses irregulares à campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou neste sábado que a presidente Dilma Rousseff "está com muita vontade de falar" com a imprensa. Mercadante e os ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e José Eduardo Cardozo (Justiça) convocaram coletiva de imprensa para rebater as acusações.

Dilma cumpre agenda nos Estados Unidos e deve dar uma declaração à imprensa na próxima terça-feira. "A presidente fala sempre. Quase todo dia (ela) e tem falado. Ela tem falado sempre com vocês da imprensa e seguramente na viagem vai falar. Pode ter certeza que ela está com muita vontade de falar", disse Mercadante.

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O tesoureiro da campanha do atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ao governo paulista em 2010, Eduardo Tadeu Pereira (PT), disse nesta sexta-feira, 26, não conhecer pessoalmente o presidente da UTC, Ricardo Pessoa. "Não o conheço, nunca conversei com ele, não tenho como saber por que ele teria citado a campanha de Mercadante como alvo de caixa 2", disse.

Pereira disse que a empreiteira foi uma das doadoras da campanha, mas negou que tenha havido qualquer repasse irregular para a tesouraria que comandava. "Houve doação da UTC, o valor não me lembro, mas isso está na prestação de contas", afirmou ao reiterar que as contas da campanha foram aprovadas pela Justiça eleitoral.

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O ex-tesoureiro disse ainda que não procurou ninguém da UTC para pedir doação para a campanha de Mercadante, apenas registrou o dinheiro recebido.

O petista, hoje presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM), disse ter sido cuidadoso com todas as doações recebidas, verificado se as empresas estavam doando valores dentro dos limites permitidos em lei e fazendo os registros exigidos. "Meu papel era garantir a legalidade da doação por um lado e por outro fazer os pagamentos de prestadores de serviços, fornecedores. O PT em 2010 já não era um partido novo. Eu sabia que o cargo de tesoureiro era um cargo em que tinha que me preocupar muito com a legalidade das transações, com a transparência, com a emissão de recibos."

Pereira não soube responder se o atual ministro da Casa Civil do governo Dilma conhece ou conversou pessoalmente em 2010 com Pessoa.

Em delação premiada a investigadores da operação Lava Jato, Pessoa teria entregado uma planilha à Procuradoria-Geral da República (PGR) com repasses de propina e caixa 2 que a UTC teria feito a campanhas e políticos. A campanha de Mercadante, segundo tal documento, teria recebido R$ 250 mil.

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, desconversou nesta sexta-feira (19) sobre a prisão da cúpula da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. Em reunião com executivos brasileiros e norte-americanos no Itamaraty, Mercadante disse que "o Poder Judiciário é independente e as pessoas têm direito à defesa". Mercadante afirmou que não tinha como comentar as prisões porque esteve envolvido durante toda manhã no Fórum de Ceos Brasil-Estados Unidos.

Mercadante foi questionado sobre a possibilidade das prisões afetarem o programa de logística lançado recentemente e destacou que a área indispensável para o País. "Todas as empresas declaradas não inidôneas poderão participar do pacote", ressaltou.

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O ministro também não quis comentar o episódio envolvendo os senadores brasileiros em Caracas. "Não vou tratar do assunto Venezuela", respondeu.

Nesta sexta-feira (19), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), participa da 9ª reunião do Fórum de Altos Executivos Brasil-Estados Unidos ("Fórum de CEOs"), no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O pernambucano representa o governo brasileiro no encontro juntamente com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. 

Criado em outubro de 2007, com o objetivo de facilitar o comércio e investimentos bilaterais, além de identificar formas de integração competitiva entre as duas economias, o Fórum é integrado por 12 CEOs e dois representantes governamentais de cada país – os quais apresentam, periodicamente, recomendações aos governos de ambos os países. O grupo foi recebido nessa quinta-feira (18), no Palácio do Planalto, pela presidente Dilma Rousseff (PT). 

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Os integrantes pelo governo norte-americano são a Secretária de Comércio, Penny Pritzker (que não poderá participar desta edição, sendo representada pelo Subsecretário de Comércio, Bruce Andrews), e a Vice-Assessora de Segurança Nacional para Assuntos Econômicos da Casa Branca, Caroline Atkinson.

Na reunião, o setor privado brasileiro, em coordenação com o setor privado norte-americano, planeja apresentar novas propostas de trabalho nas áreas de infraestrutura (banco de projetos, "project preparation, project management"), inovação (banda larga de altíssima velocidade), saúde (Sistema Nacional de Diagnóstico Precoce) e comércio (projetos para facilitação de comércio e convergência regulatória).

Entre as principais recomendações do Fórum já implementadas destacam-se a extensão dos vistos de negócios e turismo de cinco para dez anos, a assinatura do Acordo sobre Cooperação Comercial e Econômica (ATEC), a assinatura e promulgação do Acordo para intercâmbio de informações relativas a tributos (TIEA) e o estabelecimento da Parceria em Aviação.

Diante da rebelião de senadores do PT, que na semana passada atuaram contra o Palácio do Planalto nas votações das medidas provisórias do ajuste fiscal, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, cobrou fidelidade da bancada do partido no Senado.

"O PT teve papel muito importante na Câmara dos Deputados na aprovação das MPs. Foi muito importante o fechamento da bancada para sustentar o ajuste. A sinalização tem de ser clara do partido e é absolutamente (clara) para o governo", declarou Mercadante, em coletiva de imprensa ao lado do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Palácio do Planalto. "O princípio da fidelidade partidária é muito importante", complementou o ministro, em outra cobrança direcionada à ala rebelde de senadores do PT.

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O Senado precisa votar nesta semana três MPs que fazem parte do pacote de reequilíbrio das contas públicas. Na última semana, quando o governo tentou aprovar uma proposta que endurece o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, um movimento encabeçado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e do qual participaram outros dissidentes petistas levou ao adiamento da sessão.

Mercadante argumentou que o Planalto conseguiu aprovar as medidas na Câmara com "ampla vantagem" - embora a MP 665 tenha passado com uma diferença bastante apertada - e lamentou as dissidência. O chefe da Casa Civil disse ainda esperar que o apoio da bancada do PT na Câmara se repita no Senado.

Previdência

O ministro da Casa Civil disse ainda que o governo decidiu montar nesta segunda-feira, 25, uma comissão técnica para discutir a Previdência Social. De acordo com ele, o grupo será formado pelo chefe da Casa Civil e pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda), Carlos Gabas (Previdência), Nelson Barbosa (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Comunicações).

Mercadante afirmou que os cinco ministros vão ajudar nas discussões do fórum com representantes do governo, das centrais sindicais e do Congresso, que deve elaborar uma proposta de revisão do fator previdenciário. Além desse tema, o fórum deverá discutir temas como rotatividade do emprego e terceirização.

"Queremos implantar o fórum até a próxima semana", declarou Mercadante, em coletiva de imprensa ao lado de Levy, após a reunião da coordenação política realizada no Palácio do Planalto.

Ao falar sobre o fator previdenciário, cuja flexibilização foi incluída pelos deputados em uma das medidas provisórias do ajuste fiscal, Mercadante disse que essa matéria - a alternativa ao fator - só pode ser debatida dentro de uma perspectiva de sustentabilidade do sistema previdenciário. Ele reconheceu que existe um problema de sustentabilidade da Previdência Social, enquanto Levy disse que ela é "um dos pilares da sociedade e da economia".

A presidente Dilma Rousseff escalou o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para transmitir sua profunda insatisfação com declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que ela nem sempre age da forma mais eficaz. Dilma, segundo interlocutores, ficou irritada e indignada ao tomar conhecimento da fala de Levy, feita na terça-feira passada em um encontro em São Paulo, e divulgada no sábado, 28.

Mercadante telefonou ao ministro da Fazenda ainda no sábado, após tomar conhecimento da fala de Levy, feita numa palestra para ex-alunos e professores da Universidade de Chicago. "Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil... Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno", disse ele, em inglês.

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A avaliação no Planalto e no Congresso é que esse tipo de discurso vindo do principal ministro da área econômica e responsável por sanear as contas públicas do País dificulta as negociações em torno do ajuste fiscal. É dado como certo que o tema deve interferir nas discussões em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, marcada para amanhã, quando o ministro pretende detalhar seu plano de corte de gastos e a política de retomada do crescimento.

Resistências

Em meio a sucessivas derrotas sofridas pelo governo no Congresso, um dos principais objetivos do Planalto é que o Senado retire de pauta projeto que obriga a presidente a regulamentar a troca dos indexadores da dívida de Estados e municípios com a União, reduzindo o valor devido. Isso depende de a audiência de Levy na CAE não ser contaminada pelas suas recentes declarações.

"Ele (Levy) tem que tomar mais cuidado. É evidente que é ruim e dá munição para quem quer. A presidente já está sendo muito atacada", afirmou, reservadamente, um ministro próximo à presidente.

A avaliação de aliados é que, se o próprio ministro da Fazenda questiona a eficiência da presidente, é difícil convencer os congressistas a aderir a um pacote de medidas impopulares proposto por ela. Para o Planalto e aliados, Levy, mais do que ninguém, precisa defender o governo em um contexto em que o ajuste enfrenta resistência da oposição e de partidos da base, entre eles o próprio PT.

Apesar do mal-estar causado pelas declarações, o Planalto trabalhará para minimizar o episódio. Espera-se que Dilma se posicione na primeira oportunidade em que for questionada por jornalistas, mas uma reprimenda dura ao ministro fragilizaria ainda mais o governo nas negociações.

Reações

No Congresso, a polêmica deve fermentar com a ajuda da oposição e do próprio PT. "Do ponto de vista político, a fala do ministro é temerária: ironiza a presidente em público. Isso corrói ainda mais a credibilidade do governo a que pertence", afirmou o senador José Serra (PSDB-SP), suplente da CAE.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), também integrante da CAE, disse que perdeu o cargo de ministro da Educação no primeiro mandato de Lula por ter criticado o governo de forma mais branda do que fez Levy. Buarque ocupou o cargo entre 2003 e 2004 e foi demitido por telefone. "Fui dizer coisas desse tipo sobre o Lula, sem nem citar o nome dele, e acabei caindo. Lembro da frase que eu disse: não precisa do Fome Zero, basta ampliar a Bolsa Família. Essas coisas é perigoso para um ministro dizer."

Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), "não é recomendado a um subordinado esse grau de liberdade". "Espera-se dele um discurso mais uníssono ao da presidente." O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que "ele quis dizer que a presidente é bem intencionada e, às vezes, as coisas não dão certo ou é difícil.

Levy não quis se pronunciar ontem. Na noite de sábado, ele divulgou nota dizendo que sua declaração foi mal interpretada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff colocou em prática o afastamento do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da articulação política do governo. A movimentação de Lula iniciou-se no começo de fevereiro, logo após o Palácio do Planalto sofrer derrotas no Congresso que foram atribuídas por petistas e aliados à atuação do ministro petista.

As principais críticas a Mercadante referem-se a decisões vistas como de confronto com o PMDB. O governo estimulou o lançamento da candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acabou eleito presidente da Câmara, em fevereiro.

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Atribui-se também ao chefe da Casa Civil a ideia de criação de um novo núcleo governista, com a participação do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e do agora ex-ministro da Educação Cid Gomes (PROS). O que mais irritou pemedebistas foi a propalada ideia de criação de um novo partido, por Kassab, entendido como uma tentativa de reduzir poder do principal aliado do governo.

Até Lula pedir o afastamento de Mercadante das funções de coordenador político, o ministro agia ativamente para tentar aprovar no Congresso as propostas encaminhadas pelo Executivo. Chegou a se reunir com as bancadas do PMDB e do PSD para pedir apoio ao pacote fiscal formulado pela equipe econômica.

Mas essa função passou a ser exercida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy - especialmente depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolveu ao Executivo uma das medidas provisórias do ajuste fiscal, que reduzia a desoneração da folha de pagamento das empresas.

Desde o início do mês, Levy já esteve no Congresso reunido com Renan Calheiros e Eduardo Cunha para discutir as medidas do pacote, assim como com a bancada do PT na Câmara, com a qual ele se reuniu na última terça-feira. A ausência de Mercadante no encontro com seu partido não passou despercebida aos participantes da reunião.

Protestos

Após as manifestações do dia 15 de março contra o governo Dilma, que levaram milhares de pessoas às ruas, outros nomes da articulação política vieram a público responder pelo Palácio do Planalto. Coube aos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, falar ainda no domingo sobre os protestos. O resultado da entrevista foi considerado "um desastre" por petistas e aliados, principalmente pelo tom de confronto adotado por Rossetto.

No dia seguinte, houve a troca dos porta-vozes do governo. Dessa vez, Cardozo fez dobradinha com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB). Ambos participaram de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto para, numa nova tentativa, apresentar uma resposta do governo aos protestos. Mercadante, mais uma vez, esteve ausente.

O chefe da Casa Civil até participou do lançamento, no Palácio do Planalto, do pacote anticorrupção, na quarta-feira passada. Mas foi o ministro da Justiça quem voltou a ser o protagonista na apresentação feita aos líderes do Congresso. Foi Cardozo também quem comentou a queda na aprovação de Dilma, que chegou a 13%, e a reprovação, a 62%, segundo o Datafolha.

O chefe da Casa Civil teve ainda participação discreta na apresentação da medida provisória da renegociação das dívidas dos clubes, lançada por Dilma e pelo ministro do Esporte, George Hilton, na última quinta-feira.

Confiança

Embora o afastamento de Mercadante da coordenação política já tenha sido posto em prática, integrantes da cúpula do PT e de partidos aliados apostam que dificilmente Dilma irá tirá-lo da Casa Civil, por se tratar de um cargo de confiança da presidente. O ministro da Defesa, Jaques Wagner,muito próximo de Lula, é o mais lembrado para assumir o posto por ser considerado mais habilidoso na condução política.

A presidente preferiu, até o momento, ampliar o núcleo da articulação política, com a inclusão dos ministros da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PCdoB), da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), e de Gilberto Kassab.

Declaração de Dilma da semana passada, de que irá fazer mudanças "pontuais" em sua equipe, também foi interpretada por aliados como um sinal da indisposição da presidente em tirar Mercadante do Planalto.

Ele passou a ser o nome mais lembrado para voltar ao Ministério da Educação, em substituição a Cid Gomes, depois que um bate-boca com Eduardo Cunha no plenário da Câmara o levou à demissão. Mas já há, entre líderes políticos, quem aposte que Dilma irá optar por um "técnico" para tocar a pasta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta quarta-feira, 11, por meio de nota divulgada pelo Instituto Lula, ter feito as críticas ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, relatadas por uma fonte próxima ao petista.

"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudia e lamenta a reiterada prática de lhe atribuir afirmações a partir de supostas fontes anônimas, dando guarida e publicidade a todo o tipo de especulação", diz a nota do Instituto Lula.

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Apesar da nota oficial, o ex-presidente Lula não tem economizado nas críticas disparadas contra Mercadante nos bastidores. Uma fonte próxima de Lula disse à reportagem que, na avaliação do ex-presidente, Mercadante "já deu o que tinha que dar". Segundo esse interlocutor, Lula teria dito em conversas reservadas que, se Mercadante "fosse bom mesmo, teria ocupado um cargo no meu governo".

Segundo o instituto, as frases atribuídas a Lula "nunca foram ditas pelo ex-presidente".

Após rumores de que o governo mudaria o comando da Casa Civil, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República enviou nota à imprensa negando esse posicionamento. O ministério é chefiado por Aloizio Mercadante, um dos componentes do chamado núcleo duro da gestão de Dilma Rousseff.

Na nota, a Secom diz que "não corresponde à verdade o rumor de que a presidenta Dilma Rousseff tenha recebido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sugestão de mudança na chefia da Casa Civil". O documento ainda afirma que Mercadante "tem total confiança da presidenta e seguirá cumprindo suas funções à frente da Casa Civil".

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O rumor surgiu após jantar, nessa terça-feira (11), entre Dilma, Lula e Mercadante no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.  O presidente do PT, Rui Falcão, e os ministros Miguel Rosseto (Secretaria-geral) e Jaques Wagner (Defesa) também participaram do encontro.

De acordo com o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, nos bastidores, o ex-presidente Lula não tem economizado nas críticas disparadas contra Mercadante. Para ele, o ministro "já deu o que tinha que dar". Uma fonte próxima de Lula disse que o ex-presidente teria dito em conversas reservadas que, se Mercadante "fosse bom mesmo, teria ocupado um cargo no meu governo".

 

Em defesa das medidas de ajuste fiscal proposto pelo governo, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse acreditar que haverá parceria entre o Executivo e o Legislativo e que o Congresso Nacional “nunca faltou ao país” e “não faltará nesse momento”.

“Oitenta por cento do ajuste dependem do governo. O Congresso nunca faltou ao país e acho não faltará neste momento. O Congresso sabe da importância do ajuste fiscal, e temos dialogado com as bacadas, e têm sido bem recebidos os argumentos e fundamentos do ajuste fiscal. Acho que teremos a parceria com o Congresso. Vejo uma grande responsabilidade das principais lideranças políticas”, disse em entrevista, no Palácio do Planalto.

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Mercadante comparou o ajuste fiscal ao dentista. “Ajuste fiscal é agradável? Não. É mais ou menos como ir ao dentista, ninguém quer ir, mas de vez em quando tem que ir. Temos que fazer ajuste fiscal e vamos fazer. Quando mais rápido, melhor para o país”. Ele disse que as medidas são necessárias para uma retomada do crescimento.

Em meio à turbulência e ao clima de incerteza provocado pela demora na divulgação da lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a presidente Dilma Rousseff convocou alguns ministros da chamada coordenação política, para uma conversa, no Palácio do Planalto. O vice-presidente Michel Temer está em São Paulo, mas o encontro inclui os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Defesa, Jaques Wagner, da Justiça, José Eduardo Cardozo e da Secretaria Geral, Miguel Rossetto.

Este é a primeira reunião da presidente com a sua coordenação política depois de estourar a nova crise entre Congresso e Planalto, aliada às tensões com a expectativa da divulgação da lista com os nomes dos citados que poderão ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal.

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Interlocutores da presidente consideram que o clima político não é bom e, por enquanto, não há solução para as crises que estão sendo enfrentadas, embora o Planalto esteja tentando criar novas pontes com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, que estão sob fogo cruzado por informações de que seus nomes constam da lista de Janot.

O ideal para o governo é que esta lista fosse logo divulgada para que ficasse claro quem é quem nesta questão e qual o tipo de acusação que existe, de fato, contra as pessoas.

Um dia depois da derrota de seu candidato, Arlindo Chinaglia (PT-SP), na disputa pela presidência da Câmara, o Palácio do Planalto começou nesta segunda-feira, 2, a buscar uma reaproximação com o novo presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ), e seu partido, o PMDB, detentor da segunda maior bancada, com 66 deputados. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, negou o visível clima de ressaca e acenou ao PMDB, destacando a independência entre os poderes, bandeira defendida por Cunha durante seus dois meses de campanha.

"Esta é uma Casa política, tem votação, a gente ganha, a gente perde. O importante é manter o diálogo, a disposição de construção de uma agenda que o País precisa e, como os chefes de Poder disseram hoje, tem que respeitar a independência plena do Legislativo e a harmonia entre os Poderes", afirmou após as cerca de duas horas de sessão de abertura do ano legislativo, que não contou com a presença da presidente Dilma Rousseff.

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Mercadante negou que Cunha seja "desafeto" do Palácio do Planalto. Os dois cochicharam diversas vezes, enquanto o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), lia a mensagem enviada por Dilma. O ministro disse ter trabalhado "muito bem" com o PMDB durante o primeiro mandato de Dilma.

"O PMDB foi muito importante, a liderança dele (Cunha), inclusive. Temos certeza de que vamos avançar nessa direção", afirmou o ministro. Mercadante disse que o PMDB "foi um partido fundamental" durante os dois governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro de Dilma e "continuará sendo" importante nos próximos quatro anos. "Às vezes, tem divergência na base. Faz parte da vida democrática. Mas você tem que superar com diálogo, com humildade, com a disposição de construir", acenou o ministro.

O Planalto conta com o PMDB para reunificar a base e não ser derrotado pela oposição em votações importantes para o governo como a reforma política, o veto presidencial que estabeleceu em 4,5% o porcentual de correção da tabela do Imposto de Renda, e a Medida Provisória que altera o PIS/Cofins sobre produtos importados, por exemplo.

Segundo escalão

O ministro disse que agora, passada a eleição da Câmara e do Senado, o governo começará a negociar os cargos do segundo escalão. "Nós já recebemos a solicitação dos partidos. Não houve nenhum compromisso até este momento e, a partir da agora, inclusive para respeitar a eleição da Casa, começam as negociações com os partidos para definir o segundo escalão e buscar combinar o critério técnico da competência com o critério político do apoio parlamentar no Congresso Nacional", afirmou Mercadante.

Os 14 senadores petistas vão se reunir no próximo dia 31, um dia antes da eleição para a Mesa Diretora da Casa, para definir o posicionamento da bancada na Casa. De acordo com o senador Humberto Costa, além dos indicados para ocupar os cargos da Mesa, também serão escolhidos os representantes do PT para compor as Comissões Pernamentes do Senado. "Vamos definir quem irá liderar a nossa bancada em 2015 e quem serão os dois ocupantes da Mesa e os dois presidentes de Comissão que podemos indicar pelo critério de proporcionalidade", adiantou Costa.

Ventilado para liderar a bancada governista, Humberto Costa esteve em constante articulações com ministros, em Brasília, nos últimos dias. Nessa terça-feira (20), o pernambucano encontrou o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com quem tratou da pauta política e de temas referentes à abertura dos trabalhos legislativos. Um dia antes, na segunda (19), ele se reuniu com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), e o o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas. 

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"Tratamos da pauta que teremos que tocar logo na abertura dos trabalhos. O Congresso irá receber algumas medidas essenciais ao País, que precisaremos discutir e votar com a base unida. Muitas delas vão assegurar a manutenção da economia brasileira nos trilhos e isso exigirá muita articulação de todos os líderes", afirmou Humberto. 

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