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Milhares de indígenas que vivem na região do Alto Rio Negro, região norte do Estado do Amazonas, não receberam uma dose sequer de vacinação neste ano. O dado faz parte de um relatório concluído em agosto por técnicos da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde.

A população indígena da região chega a aproximadamente 30 mil, distribuídos em 23 etnias em uma área de 295 mil quilômetros quadrados entre os municípios de Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos e São Gabriel da Cachoeira.

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Segundo o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Alto Rio Negro, de janeiro a julho de 2016, 17% das 620 comunidades indígenas atendidas pelo Dsei ficaram sem vacina. No município de São Gabriel da Cachoeira, que concentra 539 comunidades, 89 estavam desassistidas até julho. Em Barcelos, 15 das 37 aldeias não receberam vacinação.

"Chegamos a uma situação alarmante. As pessoas estão vulneráveis e as condições têm piorado ano após ano", disse o indígena Marivelton Rodrigues Barroso, diretor da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn). "Há falta de recursos, combustíveis e pessoal treinado para atender a população. Dez anos atrás funcionava melhor do que hoje", afirmou.

A população indígena possui um calendário de vacina que envolve 18 imunobiológicos, mais a vacina influenza, utilizada na campanha anual. "No entanto, existem muitas dificuldades para completar o esquema vacinal preconizado para essa população, principalmente pela diversidade cultural, dispersão geográfica e difícil acesso a algumas localidades onde vivem esses povos", afirma o Dsei, no relatório.

"O orçamento anual da saúde indígena saltou de R$ 165 milhões para R$ 1 bilhão sem que isso corresponda a efetiva melhora da saúde nas comunidades indígenas. O que os dados mostram é um aumento de remoções para as cidades em detrimento da presença de funcionários da Sesai em área realizando trabalho de prevenção e de atendimento", diz Ana Paula Caldeira Souto Maior, advogada do Instituto Socioambiental (ISA). "Além disso, os profissionais de saúde indígena que moram nas comunidades não recebem a capacitação necessária. É um alerta para o Ministério da Saúde: a saúde indígena está doente."

Questionado sobre a situação dos povos indígenas da região, o Ministério da Saúde declarou que elaborou um plano para aprimorar as ações de vacinação no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Alto Rio Negro. "O plano prevê, até o mês de dezembro, a realização de 84 entradas com vacinas em todos os polos Base da região do município de São Gabriel da Cachoeira (AM). Esse plano foi construído em conjunto com o Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), lideranças indígenas e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai)".

Segundo o ministério, entre as ações previstas estão aquisição de insumos, equipamentos e novas escalas de trabalho para equipes de saúde em área para ampliar o atendimento, principalmente nas ações de imunização. "Cabe ressaltar ainda que, normalmente, existem muitas dificuldades para completar o esquema vacinal preconizado para a população indígena, principalmente pela diversidade cultural, dispersão geográfica e difícil acesso a algumas localidades onde vivem esses povos", informou o ministério.

Para enfrentar os problemas de deslocamento na região, o Ministério da Saúde declarou que firmou uma parceria com o Ministério da Defesa para facilitar a locomoção de equipes e pacientes. Segundo a pasta, uma unidade do Exército Brasileiro de São Gabriel da Cachoeira colocou à disposição voadeiras com pilotos para acompanhar as equipes do Dsei, além de disponibilizar vagas em voo até o Polo Base de São Joaquim e demais localidades.

Apesar dos problemas, o ministério afirmou que a assistência à saúde prestada à população indígena tem registrado avanços nos últimos anos. "Entre os avanços está a cobertura vacinal, que vem crescendo ano a ano, tendo já alcançado 78,9% das crianças indígenas menores de sete anos em 2015, contabilizando mais de 99 mil crianças vacinadas. Vale lembrar que a adesão à vacinação também é impactada por aspectos culturais muitas vezes determinantes nos povos indígenas."

O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) entrou com uma ação na Justiça para que o Exército seja impedido de usar animais silvestres em eventos públicos e ainda seja condenado a pagar indenização pela morte da onça Juma.

No dia 20 de junho, a onça participou da cerimônia de revezamento da Tocha Olímpica no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), em Manaus. Após o evento, a onça se soltou das correntes. Para tentar capturá-la, de acordo com relatório do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), foram disparados quatro dardos com tranquilizantes, mas apenas um atingiu o animal, que avançou nos militares. Para garantir a segurança dos militares presentes no local, foram efetuados dois disparos de pistola que atingiram a cabeça do felino.

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De acordo com o MPF, o Ipaam informou que a onça Juma foi apresentada no evento sem autorização para transporte e apresentação na cerimônia. Segundo o procurador federal Rafael Rocha, responsável pela ação, as investigações também mostraram que o Comando Militar da Amazônia decidiu utilizar o animal às vésperas da data do evento sem a licença e o preparo necessários.

“O que o Ministério Público pretende com essa ação é evitar que situações como a ocorrida com a onça Juma venham a se repetir. Uma questão que foi apurada durante a tramitação do procedimento preparatório é que decidiram utilizar a onça na sexta-feira para um evento que aconteceria na segunda. Então devido a esse lapso temporal curto, na prática, o Exército não conseguiu seguir seu próprio protocolo de segurança”, afirmou o procurador.

Rocha acrescentou que esse protocolo previa a checagem dos equipamentos de manejo do animal. “Foi justamente uma falha nesses equipamentos que fez com que a onça conseguisse se soltar da corrente e acabou tendo que ser sacrificada”.

Na ação civil pública, o MPF-AM destaca a necessidade de análise urgente da ação por parte da Justiça devido a proximidade do desfile militar de 7 de Setembro, quando o Exército costuma exibir onças. “O MPF requer em caráter liminar, ou seja, em caráter urgente que o Exército seja proibido de utilizar animais silvestres em eventos públicos sem autorização dos órgãos ambientais competentes. Por que consideramos esse pedido urgente? Por que nós queremos que a decisão já seja aplicável ao desfile deste ano”, destacou.

De acordo com o procurador, a ação também pede que o Exército seja condenado a pagar duas multas. A primeira, que não deve ser inferior a R$ 100 mil, é pela perda de um animal silvestre ameaçado de extinção. A outra indenização é de, pelo menos R$ 1 milhão, por danos morais coletivos devido à comoção nacional pela morte da onça e a repercussão internacional negativa para o país.

O MPF amazonense pede ainda na ação que o Exército regularize a manutenção de animais silvestres em cativeiro. “O que nós apuramos é que o 1° BIS [1º Batalhão de Guerra na Selva], que tinha a onça Juma como mascote, não tinha autorização para manter o animal em cativeiro e também não tem autorização para funcionar como mantenedor de animais da fauna silvestre.

Então um outro pedido que o MPF formulou na ação é um pedido para que o Exército regularize todas as suas atividades com animais silvestres, mediante a obtenção de todas as licenças, permissões, e autorizações necessárias, no prazo de um ano, após o trânsito em julgado da ação, ou seja, após o término da ação”, explicou Rafael Rocha. A ação civil pública tramita na 7ª Vara Federal. 

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas ficou responsável por apurar as circunstâncias da morte da onça Juma. O Ipaam multou e autuou em R$ 40 mil três órgãos do Exército. Em nota, o instituto informou que a defesa do Exército, através do CMA, 1º BIS e CIGS chegou na semana passada à diretoria jurídica da instituição. As autuações foram recebidas pelos três órgãos no dia 18 de julho. O Ipaam disse que está analisando os argumentos para decidir sobre a manutenção da autuação em um prazo de 30 dias.

O Comando Militar da Amazônia deverá pagar R$ 5 mil por contribuir para a utilização de espécime da fauna silvestre nativa sem a autorização do órgão ambiental competente. O CIGS também foi autuado em R$ 5 mil por utilizar o animal sem a devida autorização. O 1º Batalhão de Infantaria de Selva, que era responsável pela onça, deverá pagar R$ 30 mil por transportar e manter em cativeiro o felino sem autorização e por construir e fazer funcionar mantenedouro da fauna sem a licença do órgão ambiental.

A reportagem não conseguiu contato com o Exército.

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) descobriram que a prefeita Maria Barroso (Ex-PMDB, hoje PROS), do município de Pauini, no Amazonas, a 2.200 quilômetros de barco de Manaus, comprou 500 bolas para uso em apenas uma quadra esportiva da cidade e autorizou pagamento de R$ 1.870 para lavagem de um único micro-ônibus.

Os investigadores constataram, ainda, que, além do favorecimento a empresas ligadas à peemedebista em licitações supostamente fraudadas, a gestão Maria Barroso teria falsificado documentos e incorrido na omissão de prestação de contas.

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Os desvios nas áreas de Saúde e da Educação são estimados em R$ 15 milhões pela PF e em R$ 14 milhões pela Controladoria.

Pauini fica às margens do rio Purus. Sua economia é baseada na agricultura de subsistência e depende quase inteiramente de verbas dos governos federal e do Estado.

A prefeita foi presa nesta segunda-feira, 9, na Operação que a PF batizou Cartas Chilenas. A PF comparou Maria Barroso a "desmandos do governo no Brasil imperial".

Cartas Chilenas são poemas satíricos que circularam em Vila Rica em manuscritos, poucos anos antes da Inconfidência Mineira, em 1789, com críticas à mediocridade administrativa da época.

Pauini, com cerca de 10 mil habitantes, fica no extremo sudoeste do Amazonas. Segundo a PF, na área da saúde foi apurado que medicamentos adquiridos de uma drogaria de fachada vinculada ao secretário de Finanças da gestão Maria Barroso "não foram entregues ao município e houve desvio de recursos do Programa Saúde na Família pelo genro da prefeita, que é falso médico e cooptou mais cinco falsos médicos que atuavam sob um único registro profissional".

"Outro fato descoberto pela investigação é que a quase totalidade de médicos que atendem no município não estão registrados no Conselho Regional de Medicina e, portanto, não poderiam exercer a profissão", afirmam, em notas, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal. "A maioria desses profissionais irregulares foi contratada pela prefeitura, recebendo um salário médio de R$ 20 mil, fato que está sendo investigado pela PF, que deve suspender as atividades de todos os médicos que exercem ilegalmente a profissão na cidade."

Durante as investigações, os policiais federais constataram que as ambulâncias que deveriam servir aos cidadãos de Pauini teriam sido desmontadas e suas peças vendidas por um dos secretários da prefeitura.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, crimes de responsabilidade, dispensa indevida de licitação, falsificação de documentos públicos e exercício ilegal da medicina.

Segundo a PF, "a organização criminosa era liderada pela prefeita da cidade que, com o auxílio de alguns secretários de governo, desviara recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica - Fundeb, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), verba utilizada para cuidar da saúde de povos indígenas".

Outros servidores da prefeitura são parentes da prefeita ou dos secretários. Os investigadores constataram que, das 64 licitações investigadas, 44 foram comprovadamente fraudadas.

Cerca de 30 policiais federais foram mobilizados na Operação Cartas Chilenas para cumprir 49 medidas judiciais que atingiram Pauini e outros municípios do Amazonas, inclusive Manaus, e do Acre - Rio Branco, Boca do Acre, Epitaciolândia e Basileia.

Os federais executaram 3 mandados de prisão preventiva, 17 conduções coercitivas e 24 de busca e apreensão, além de 5 medidas cautelares para afastamento de agentes públicos de seus cargos.

A reportagem tentou contato com a prefeitura de Pauini, mas ninguém atendeu.

A Polícia Federal, com a participação da Controladoria-Geral da União, deflagrou nesta segunda (9) a Operação Cartas Chilenas, com o objetivo de combater e desarticular organização criminosa responsável por fraudes e desvios de verbas públicas, no município de Pauini, no extremo sudoeste do Amazonas. O grupo, responsável pelo desvio de cerca de R$ 15 milhões, era composto pela prefeita, Maria Barroso da Costa (PMDB), vereador e secretários.

Cerca de 30 policiais federais estão dando cumprimento a 49 medidas judiciais, nos municípios de Pauini e Manaus, no Amazonas e Rio Branco, Boca do Acre, Epitaciolândia e Basiléia, no Acre. São 3 mandados de prisão preventiva, 17 conduções coercitivas e 24 mandados de busca e apreensão e 5 medidas cautelares para afastamento de agentes públicos de seus cargos.

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A organização criminosa era liderada pela prefeita da cidade que, com o auxílio de alguns secretários de governo, desviara recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB, do Sistema Único de Saúde – SUS e do Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI, verba utilizada para cuidar da saúde de povos indígenas. Outros servidores da prefeitura são parentes da prefeita ou dos secretários. Os investigadores constataram que, das 64 licitações investigadas, 44 foram, comprovadamente, fraudadas, denotando um desvio de patrimônio público da ordem de R$ 15 milhões.

Para cometer as fraudes, o grupo criminoso se utilizava de nomes de pessoas e empresas que eram colhidos aleatoriamente e que, sequer tinham conhecimento da licitação ou dos políticos envolvidos. A organização criminosa preenchia os documentos com nomes aleatórios e publicava a licitação simulando falsos pagamentos. Durante as investigações, os policiais federais constataram que as ambulâncias que deveriam servir aos cidadãos do município teriam sido desmontadas e suas peças vendidas por um dos secretários da prefeitura.

Outro fato descoberto pela investigação é que a quase totalidade de médicos que atendem no município não estão registrados no Conselho Regional de Medicina e, portanto, não poderiam exercer a profissão. A maioria desses profissionais irregulares foi contratada pela prefeitura, recebendo um salário médio de R$ 20 mil, fato que está sendo investigado pela PF, que deve suspender as atividades de todos os médicos que exercem ilegalmente a profissão na cidade.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, crimes de responsabilidade, dispensa indevida de licitação, falsificação de documentos públicos e exercício ilegal da medicina.

Com informações da Agência PF de notícias

Há nove anos, a líder comunitária Maria das Graças Oliveira de Lima, de 49 anos, dedica sua vida aos moradores de Boa Vista de Janauacá, no município de Careiro Castanho, no Amazonas. Depois de 11 anos vivendo em Manaus, ela decidiu voltar para a cidade natal após enfrentar problemas financeiros e uma decepção amorosa. Pretendia ficar pouco tempo, mas, ao deparar com a realidade local, ficou comovida e percebeu que poderia ajudar os ribeirinhos.

“Eu percebi que a comunidade estava carente, precisando de alguém para dar mais vida e ânimo para aquelas pessoas. Não tinha água potável, um centro comunitário, a maioria vivia da agricultura. Percebi que faltava algo ali para melhorar a vida daquelas pessoas”, contou.

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Foi então que Maria das Graças decidiu participar da eleição para líder comunitário e foi escolhida. A primeira providência junto à prefeitura de Careiro Castanho foi a construção de um poço artesiano para levar água potável aos moradores. Ela também foi atrás de cursos profissionalizantes e conseguiu implantar na comunidade um laboratório de informática com dez computadores. Para aumentar a renda dos agricultores, a líder comunitária buscou o Banco da Amazônia e garantiu acesso a financiamentos. Mas ela também enxergou outro potencial durante reuniões com a comunidade: as mulheres também precisavam de um novo estímulo.

“Eu comecei a ver que nas reuniões com a comunidades, a maioria das pessoas que participavam era mulher. Aí eu resolvi formar um clube de mães, mas eu não tive apoio, faltava parcerias, e não foi para frente. Então veio a ideia de ir à floresta, trabalhar com o material colhido na floresta e ainda contribuir com o meio ambiente”, disse.

A partir dessa ideia, Maria das Graças criou, em 2013, a Associação Mulheres Guerreiras da Amazônia. Com a ajuda de voluntários e de um professor, ela treinou as mulheres da comunidade para a confecção de artesanato a partir do material colhido na floresta. “São aqueles materiais que caem das árvores, aquelas cascas, aqui chamamos de capemba do açaí, da bacaba, do buriti, são cascas que dão lindos vasos, uma obra de arte mesmo.” Elas produzem vasos e enfeites, além de bijuterias, que são vendidos em feiras na região. A iniciativa mudou a vida das 17 mulheres que atualmente fazem parte da associação.

“Elas ficaram mais unidas, ficaram mais pra cima, aumentou a autoestima, nenhuma reclama mais de dor, tensão, estresse. É uma terapia. Você conversa, brinca, trabalha, mas também se diverte”, afirmou.

Mas a líder comunitária ainda não estava satisfeita. Ela inscreveu o projeto em um prêmio da empresa do ramo de cosméticos Natura. O Mulheres Guerreiras da Amazônia foi contemplado e rendeu R$ 15 mil que estão sendo investidos na associação.

Maria das Graças tem consciência da transformação que promoveu na comunidade Boa Vista de Janauacá. Mas ela também sabe que a principal mudança foi dentro dela mesma.

O primeiro projeto-piloto no mundo, de exploração de energia solar em lagos de usinas hidrelétricas, com uso de flutuadores, foi lançado na última sexta (4) na Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a iniciativa já foi implementada em outros países, mas em reservatórios comuns de água. No caso do Brasil, a engenharia será utilizada nos lagos das hidrelétricas, permitindo aproveitar as sub-estações e as linhas de transmissão das usinas, além da lâmina d’água dos reservatórios, evitando desapropriação de terras.

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As placas fotovoltaicas flutuantes no reservatório da usina amazonense vão gerar, inicialmente, um megawatt (MW) de energia. A previsão é que em outubro de 2017 a potência seja ampliada para cinco MW, o que é suficiente para abastecer, por exemplo, 9 mil casas.

O ministro Eduardo Braga, do PMDB, explica que o projeto de geração híbrida utiliza a capacidade dos reservatórios e a infraestrutura de hidrelétricas brasileiras, principalmente, as que estão com baixa capacidade de geração de energia, como é o caso de Balbina. “Aqui em Balbina é um caso bastante típico porque nós temos uma subestação que poderia estar transmitindo algo como 250 MW. Hoje, usa apenas 50 MW. Portanto, há 200 MW de ociosidade, que vamos poder suplementar com energia solar, com custo muito reduzido, fazendo com que tenhamos eficiência energética, segurança energética, melhor gestão hídrica dentro dos nossos reservatórios e ao mesmo tempo baratear a energia para que a tarifa de energia elétrica seja mais barata em nosso país”, afirmou.

A pesquisa vai analisar o grau de eficiência da interação de uma usina solar, em conjunto com a operação de usinas hidrelétricas, e a influência no ecossistema dos reservatórios. Após os estudos, de acordo com Eduardo Braga, a expectativa é que a geração de energia solar seja de 300 MW, podendo abastecer 540 mil residências. “É preciso fazer vários estudos, e nós esperamos, terminados esses estudos, poder começar os leilões de energia, de reservas com flutuadores dentro dos nossos reservatórios, e aí teremos capacidade muito grande no Brasil, porque o país possui inúmeras hidrelétricas com espaço para coletar energia solar nos seus reservatórios”, explicou o ministro.

De acordo com o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, a tendência é que o país amplie a geração de energia solar, o que pode refletir futuramente na redução da conta de luz. Mas ressaltou que não dá para avaliar a queda percentual, pois ainda não se sabe quanto será o custo da energia solar. Mas adiantou que será uma "redução substancial".

Segundo ele, a participação da energia solar na matriz elétrica brasileira é muito pequena, mas deve crescer nos próximos anos, podendo chegar a 5%/10% ou até mais. "Cada vez mais esses painéis estão reduzindo. A energia solar vai ficar muito barata, e essa economia será repassada para as tarifas que beneficiam o consumidor brasileiro”, destacou.

Os flutuadores da primeira etapa foram produzidos em Camaçari, na Bahia, e os próximos vão ser fabricados no Amazonas. Segundo Orestes Gonçalves, sócio-diretor da empresa Sunlution, responsável pelo desenvolvimento do projeto, a iniciativa vai contribuir para a geração de empregos.

Ele disse que todos os empregos serão contratados no estado do Amazonas, de gente com formação pela Universidade Federal do Amazonas, Serviço Nacional da Indústria (Senai) e outras instituições de ensino. Os eletricistas que vão instalar as usinas, os engenheiros que vão participar, assegurou, "serão todos do estado do Amazonas, e todos com treinamento. Esse é o objetivo de envolver a universidade no projeto”.

Para Ciro Campos, do Instituto Socioambiental (ISA), a iniciativa do governo é positiva e oportuna, porque estimula a produção de energia solar no país e a criação de uma cadeia produtiva que ajuda a gerar emprego e renda em um momento de crise econômica. Mas ele chama a atenção para a escolha de usinas como a de Balbina, que causaram grande impacto ambiental e têm pouca produtividade.

No seu entender, “Balbina é a pior usina hidrelétrica já construída no Brasil, e talvez seja também o maior crime ambiental da nossa história. Portanto, não basta o ministério 'solarizar' Balbina ou outras hidrelétricas na Amazônia para tornar a existência dessas usinas menos nocivas para a atmosfera e para a sociedade também”.

Projeto semelhante, com a mesma capacidade de geração de energia solar de Balbina, será anunciado na Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, no próximo dia 11. A Eletronorte e a Chesf vão investir quase R$ 100 milhões nos dois empreendimentos, que devem entrar em operação em janeiro de 2019.

A construção será de responsabilidade da empresa brasileira Sunlution, em parceria com a fabricante de equipamentos WEG e participação das universidades federais de Pernambuco e do Amazonas, bem como da Fundação de Apoio ao Rio Solimões.

O governador do Amazonas, José Melo, cassado na última segunda-feira (25) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), divulgou nota no site de seu partido, o Pros, declarando que não praticou, não patrocinou nem se aproveitou de qualquer ato ilícito ou irregular no curso da campanha eleitoral de 2014.

Na nota, ele afirma que “o processo que tramita na justiça com alegação de compra de voto será examinado em várias instâncias, oportunidade em que deverão ser realizadas as investigações, perícias e diligências indispensáveis ao esclarecimento da verdade”. O governador disse ainda que vai se defender.

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O Pros declarou que é solidário a José Melo e que acredita na idoneidade do governador do Amazonas.

Por cinco votos a um, o TRE do Amazonas cassou os mandatos de Melo e do vice-governador do estado, José Henrique de Oliveira, do Solidariedade. A maioria dos magistrados entendeu que havia fortes indícios de que os dois participaram de um esquema de compra de votos nas eleições passadas. Eles também foram condenados a pagar cerca de R$ 80 mil.

O mandato do governador do Amazonas, José Melo (PROS), e de seu vice, Henrique Oliveira (SD), foi cassado nessa segunda-feira (25) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado. Por cinco votos a um, os juízes do TRE-AM aceitaram as denúncias de compra de voto na campanha à reeleição de Melo em 2014, confirmando a cassação da chapa.

A denúncia foi apresentada pela coligação "Renovação e Experiência", do então candidato ao governo do Amazonas Eduardo Braga (PMDB), senador licenciado e atual ministro de Minas e Energia. Braga ficou em segundo lugar nas eleições de 2014.

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Segundo o jornal amazonense A Crítica, o juiz Márcio Rys Meirelles, que era o único que faltava se posicionar no processo, votou contra a cassação. De acordo com o voto de Meirelles, apesar da farta documentação apreendida, nenhum eleitor citado confirmou o pagamento de valores ou bens em troca do voto (captação ilícita do sufrágio), diz a publicação.

Mantiveram os votos a favor da cassação de Melo os juízes Henrique Veiga, Dídimo Santana e Henrique Veiga, a juíza Jaiza Fraxe, o relator do processo, juiz Francisco Marques, e o desembargador Mauro Bessa.

Recibos

O caso da compra de votos foi denunciado em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, exibida em março do ano passado, baseada em recibos que foram atribuídos à contabilidade da campanha de Melo.

O assessor jurídico do TRE-AM Leland Barroso afirmou para A Crítica que José Melo deve continuar no cargo até a publicação do acórdão da cassação no Diário Eletrônico da TRE-AM. Depois disso, a Assembleia Legislativa do Amazonas deverá ser comunicada para dar posse ao segundo colocado, neste caso, Eduardo Braga. De acordo com Barroso, o tribunal não se manifestou a respeito de uma possível nova eleição ou sobre a posse do segundo colocado.

Há também a possibilidade, segundo Barroso, de que José Melo fique no governo até o julgamento dos primeiros recursos no TRE-AM.

'Dia histórico'

Em nota, o PMDB do Amazonas comemorou a decisão e chamou o dia de ontem de "histórico". "O PMDB, como partido integrante da Coligação Renovação e Experiência, sempre teve absoluta certeza de que o processo eleitoral de 2014 havia sido maculado pela ganância dos adversários, que afrontaram a lei eleitoral e as instituições democráticas", diz trecho do texto do partido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um óculos de realidade virtual, feito com fibra de carbono, que utiliza aparelhos smartphones para gerar cenários virtuais, com som e imagens em 360 graus. Esse é o protótipo High Tech VR, projeto inédito no Brasil desenvolvido por um estudante amazonense de 19 de anos.

Gabriel de Oliveira está concluindo o 3º ano na Escola Estadual Benjamin Magalhães Brandão, em Manaus. A iniciativa inovadora tem o apoio do Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado do (Fapeam) e do centro de empreendedorismo da União Educacional do Norte (Uninorte).

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Samsung Gear VR, óculos de realidade virtual, chega ao Brasil

Gabriel disse que a ideia do projeto surgiu por meio de pesquisas, principalmente na internet, para saber o que já existia no mercado na área de realidade virtual. "Então, o que a gente resolveu foi criar algo novo, baseado no que já existia, mas que fosse melhor e mais acessível às pessoas”, disse.

Para o estudante amazonense, a intenção é colocar o usuário do equipamento no mundo virtual de forma imersiva e interativa. "Fazendo ele se sentir lá dentro e conseguir interagir com o ambiente em 360 graus, ou seja, para onde ele olhar, vai ver alguma coisa", complementa.

Para Gabriel, a fibra de carbono foi escolhida para compor os óculos por ser um material resistente e inovador no mercado. Segundo ele, a utilização é feita inserindo o smartphone no suporte frontal dos óculos. Também é possível conectá-lo a um computador, via cabo USB ou rede Wi-Fi. Segundo o estudante, o High Tech VR pode ser útil nas áreas de educação, trabalho e entretenimento.

"Na educação pode se usar em aulas, tanto dentro de escolas tradicionais quanto nas universidades, em cursos como medicina, engenharia e arquitetura. No trabalho, pode ser usado, principalmente, por quem trabalha com demonstração de apartamentos, no caso de corretores imobiliários. Mas, também, por diversas empresas que vão usar gráficos em 3D, e que precisam de imersão. Já no caso do entretenimento pode ser utilizado em jogos, para assistir vídeos", explica.

Os óculos virtual também pode ser um aliado no tratamento de fobias, pois, de acordo com o estudante, o aparelho cria a impressão de que a pessoa está vendo algo real e pode enfrentar seus medos sem perigo. 

Os próximos passos do projeto, segundo Gabriel, são melhorar a ergonomia e o design dos óculos, viabilizar a produção em larga escala e firmar parcerias para criação de aplicativos, trabalhos personalizados e comercialização do produto. Gabriel diz que a expectativa é que os óculos de realidade virtual comecem a ser vendidos em 2016 custando até R$ 350,00.

Devido à probabilidade de uma epidemia de dengue, de febre chikungunya e do vírus Zika, o governo do estado decretou situação de emergência. As doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O decreto, assinado pelo governador José Melo, foi publicado no Diário Oficial do Amazonas, e vale por 180 dias. Outro decreto homologou a situação de emergência já decretada pela prefeitura de Manaus.

Segundo o governo, agora o estado segue a mesma linha já adotada pelo Ministério da Saúde, que declarou situação de emergência em saúde pública de importância nacional, por causa da associação do vírus Zika com o aumento dos casos de microcefalia na Região Nordeste.

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“A medida é preventiva”, explicou o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza. Segundo ele, o Amazonas, por ter um clima tropical, é normalmente considerado como área de risco potencial para a proliferação do mosquito e, por isso, as ações precisam ser intensificadas.

Pedro Elias disse que a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas está orientando todas as prefeituras a elaborarem planos de ação para o combate ao mosquito.

O secretário informou que os casos das doenças no estado estão com índices dentro da normalidade. Até o momento, foram notificados 34 casos suspeitos de vírus Zika: 13 já foram descartados e apenas um foi confirmado. De acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde, neste ano, em todo o Estado, foram registrados 7.191 casos de dengue.

Em relação à febre chikungunya, foram notificados 152 casos da doença no Amazonas. Já foram descartados 75 casos desse total. Apenas 12 foram confirmados, sendo 7 contraídos fora do estado.

Para quem deseja passar em um concurso público, a escolha do certame certo é uma das principais dúvidas. Toda semana, o Portal LeiaJá traz uma lista com os principais concursos para a semana. A relação é feita de oportunidades a nível estadual e a nível federal. Confira também nossa página especial de concursos.

Pernambuco 

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Confira o edital deste concurso com mais informações.

Prefeitura de Parintins

Vagas: agente comunitário de saúde e agente de combates de endemias

Remuneração: até R$ 1.014

Inscrições: até 18 de setembro

Escolaridade: níveis fundamental e médio

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Acre

Polícia Militar

Vagas: 2° tenente, 20 vagas

Remuneração: até R$ 3.796,74

Inscrições: reaberto até 15 de setembro

Escolaridade: nível superior

Confira o edital deste concurso com mais informações.

Pará

Prefeitura de Salvaterra

Vagas: vários cargos, 678 vagas

Remuneração: até R$ 5.500

Inscrições: até 18 de setembro

Escolaridade: níveis fundamental, médio e superior

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Prefeitura de Monte Alegre

Vagas: vários cargos, 457 vagas

Remuneração: até R$ 8 mil

Inscrições: até 24 de setembro

Escolaridade: níveis fundamental, médio e superior

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Minas Gerais

Polícia Militar

Vagas: Curso de Formação de Soldados, 1.590 vagas

Remuneração: até R$ 3.049,05

Inscrições: até 13 de outubro

Escolaridade: nível superior

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Nacionais 

Banco do Brasil

Vagas: escriturário, 95 vagas

Remuneração: até R$ 2.227,26

Inscrições: até 31 de agosto

Escolaridade: nível médio

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Instituto Militar de Engenharia (IME)

Vagas: curso de formação de oficiais da ativa, 5 vagas

Remuneração: não informada

Inscrições: até 15 de setembro

Escolaridade: nível superior

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Quem deseja ingressar no ramo público pode conseguir uma vaga na Prefeitura de Borba, no Amazonas. São 741 vagas disponíveis para diversos cargos nos níveis fundamental, médio e superior. Conforme as funções exercidas, as remunerações podem ir de R$ 722,90 a R$ 10 mil. 

As vagas são para as áreas rural, urbana e Indígena. As inscrições para o certame podem ser feitas pela internet, até a próxima quarta-feira (12), ou presencialmente, na Avenida 13 de Maio, número 108, no Centro, das 9h às 17h. A taxa de inscrição varia de R$ 50 a R$ 70. As jornadas de trabalho são de 20, 30 ou 40 horas semanais. 

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Os candidatos passarão por prova objetiva e avaliação de títulos. O concurso tem validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período. Mais informações sobre o certame devem ser obtidas no edital.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, cumprirá agenda na tarde desta sexta-feira (26), em Manaus, onde participará de uma programação festiva na cidade em comemoração aos 27 anos do partido. Além desse compromisso, o tucano prestigiará o 50º Festival Folclórico na cidade de Parintins. 

No Estado de Manaus, o senador será recebido pelo prefeito da cidade, Arthur Virgílio Neto, presidente de honra da sigla, pelo presidente regional, Mário Barros, e demais deputados estaduais, vereadores e filiados do PSDB. No local, Aécio também irá participar no Paço Municipal, da assinatura do contrato de revitalização da Eduardo Ribeiro e obras de ampliação do Paço Municipal, área de forte simbologia para a população. 

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Outras agendas de Neves para hoje é uma visita ao Manauara Shopping por volta das 16h30 e às 19h ele embarcará para a cidade de Parintins.

27 anos – Em comemoração ao aniversário do partido, Aécio Neves gravou um vídeo relembrando a história da legenda. “Nós nascemos dos dizeres de Mário Covas, dos nossos fundadores, longe das benéficies do poder e próximo ao pulsar das ruas”, pontuou. 

Enaltecendo a atuação da sigla, o tucano ressaltou a governança do PSDB. “O tempo passou e o PSDB teve a oportunidade de governar em vários Estados. Governa inúmeras prefeituras, tem base parlamentar, nos municípios, nos estados e no país, e governou por oito anos o Brasil”, relembrou colocando a agremiação como esperança para a população. “Hoje, o PSDB é a esperança de milhões de brasileiros cansados de tantos desgovernos e de tanta irresponsabilidade”, disparou, encerrando o vídeo com um “muito obrigado”. 

Confira o vídeo do senador abaixo:

Ameaçados por doenças e pelo desmatamento, os últimos povos indígenas isolados do mundo que vivem no Amazonas estão em rota de colisão com a sociedade moderna como nunca antes, advertem os especialistas.

Tribos inteiras estão a ponto de serem apagadas do mapa no Brasil e no Peru, segundo uma série de artigos publicados esta semana na revista Science. "Estamos à beira de uma grande extinção de culturas", disse Francisco Estremadoyro, diretor da ONG ProPurus, sediada em Lima. "Não há dúvidas de que este é um momento histórico".

Segundo os pesquisadores, há cada vez mais encontros perigosos entre tribos isoladas e a civilização moderna.

O risco não envolve apenas a violência, mas também doenças comuns, como a gripe e a coqueluche, transmitidas acidentalmente por garimpeiros, madeireiros, narcotraficantes, antropólogos e até jornalistas, o que para os índios pode ser fatal.

Um colar deixado por um pesquisador alemão e apontado pelos nativos do alto rio Curanja como envenenado, estaria ligado à morte de 200 indígenas por dor de garganta e febre. "Estávamos muito fracos e alguns caíam na mata", recordou Marcelino Pinedo Cecilio, que cresceu plantando batata e milho e caçando com arco e flecha.

Pinedo lembra que fugiu correndo com sua mãe a primeira vez que viu estas pessoas do mundo externo, nos anos 1950.

O artigo publicado na revista Science lembra que existem nativos isolados em outras regiões do planeta, como nas montanhas da Nova Guiné, mas destaca que "de longe o maior número está no Amazonas" e no "Peru a situação é mais grave".

De acordo com os especialistas, há cerca de 8 mil nativos isolados dispersos em pequenos grupos na floresta tropical. "Tem havido um aumento dos avistamentos e incursões, tanto no Peru como no Brasil, e isto pode ser um sinal de que estão emergindo alguns dos últimos povos isolados".

- 100 milhões de mortos -

O choque de culturas começou em 1492, com a chegada de Cristóvão Colombo à América. Este encontro matou entre 50 e 100 milhões de nativos, recordou a Science. Infelizmente, a tecnologia moderna e o conhecimento atual podem ser insuficientes para se evitar o aniquilamento dos indígenas, especialmente pelo contágio de doenças às quais os nativos não são imunes.

Além disso, à medida que avança a globalização os povos nativos têm cada vez menos selva para encontrar seus alimentos, remédios e materiais.

As tribos isoladas "são os povos mais vulneráveis do mundo", disse Beatriz Huertas, antropóloga baseada em Lima.

No Brasil, onde os especialistas observaram com horror que entre 50 e 90% das tribos desapareceram por doenças após contatos com o mundo externo nos anos 70 e 80, o governo faz o que pode para impedir qualquer contato, exceto se for absolutamente necessário.

Apesar de a Fundação Nacional do Índio (Funai) ter se tornado um modelo para toda a região, alguns especialistas afirmam que o Brasil é muito grande e que as empreiteiras avançam cada vez mais sobre o Amazonas, escavando minas e criando represas, oleodutos e estradas.

Entre 1987 e 2013, a Funai fez contato com cinco grupos, e nos últimos 18 meses três tribos isoladas buscaram contato por vontade própria: os xinane, os korubo e os awa guaja. Em um dos casos, quatro homens xinane entraram em um povoado e levaram facões, panelas e roupas, que podem ser fontes de múltiplas infecções. Até agora, a Funai contabiliza 26 grupos indígenas isolados no Brasil e suspeita de outros 78, que estariam escondidos na selva.

A Funai tem apenas duas equipes especializadas, quando precisa de 14, advertem seus membros. "A Funai está morta, mas ninguém diz isso e ainda não ocorreu o enterro", alertou o etnógrafo brasileiro e ex-funcionário da instituição Sydney Possuelo.

O governador reeleito do Amazonas, José Melo (Pros), afirmou durante a cerimônia de posse do seu segundo mandato que a presidente Dilma Rousseff tem responsabilidade com o Estado para além das disputas eleitorais. "A presidente Dilma tem responsabilidades com o Amazonas. Ela nem precisava de apoio político para ter o apoio do povo amazonense pela segunda vez, tamanho o carinho do nosso povo. E ela saberá dar as respostas que o povo amazonense precisa", declarou.

Melo e o ex-governador Omar Aziz (PSD), eleito senador pelo Amazonas, não declararam apoio abertamente à candidatura de reeleição de Dilma. No Amazonas, o ex-senador Eduardo Braga (PMDB), agora ministro de Minas e Energia, e os ex-deputados federais Rebeca Garcia(PP) e Francisco Praciano (PT), foram os cabos eleitorais de Dilma nas eleições de 2014. No Estado, Dilma Rousseff teve 51,64% dos votos no segundo turno, uma das mais acirradas disputas do País.

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O governador reeleito também comentou a nomeação de Braga para o novo ministério de Dilma e disse estar otimista com a presença do ex-governador na pasta e com a atuação do senador Omar Aziz. "Comigo, temos agora três bons nomes para debater o problema de distribuição de energia no Amazonas. Temos o linhão de Tucuruí, porém a energia ainda não é de qualidade. Tenho certeza que nós teremos as condições necessárias para melhorar esse quadro dando mais segurança também às empresas da Zona Franca de Manaus", disse Melo.

Para a próxima semana o governador afirmou que deverá anunciar oficialmente os nomes de dois novos secretários, entre eles o delegado federal Sérgio Fontes, que assumirá a secretaria de segurança. As mudanças estruturais do governo dependerão do retorno das atividades da Assembleia Legislativa do Amazonas, em fevereiro. "Projetamos uma reforma em 10 secretarias e órgãos da administração direta, com uma economia de R$ 600 milhões por ano. Temos de honrar os compromissos assumidos em campanha e essa é uma forma de termos recursos. As mudanças nas secretarias que não precisam mexer em suas estruturas serão feitas ao longo deste mês, as reestruturações somente a partir de fevereiro", afirmou Melo.

Na posse, Melo reafirmou o trabalho em conjunto com o prefeito de Manaus, Arthur Virgilio (PSDB), e com os prefeitos do interior. "O trabalho entre o Estado e a Prefeitura já começou com o Omar, e nós manteremos essa relação com o Arthur por entender que é o melhor para nossa cidade. Hoje sou o governador de todo o interior e vamos, nesses próximos anos, aceitar o desafio de interiorizar o desenvolvimento e valorizar o cidadão ribeirinho", afirmou.

Sem enfrentar filas, os candidatos ao governo do Amazonas, o senador Eduardo Braga (PMDB) e o atual líder majoritário José Melo (PROS), votaram em Manaus entre 9h20 e 9h38 (horário local) deste domingo, 26, e mantiveram o tom de acusações na última manifestação antes da divulgação do resultado do segundo turno destas eleições.

Acompanhado da esposa, Sandra Braga, e a vice Rebecca Garcia (PP), Braga chegou às 9h20 à Escola Estadual Marechal Hermes, zona oeste de Manaus, onde cumprimentou eleitores e votou. Muito gripado, ele disse que acompanhará o resultado no próprio escritório e foi um pouco mais ameno com o adversário em relação aos debates.

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"Não é normal ver presos saindo de tirolesa dos presídios e o número atual de homicídios em Manaus, além de denúncias com supostos acordos com facção criminosa, o que terá de ser visto pelo próximo governador", disse o senador, referindo-se à reportagem da Revista Veja do domingo anterior, que expõe áudio de conversa entre o subsecretário de Justiça de Melo e um traficante.

Após chegar por volta de 9h38 na Escola Estadual Ângelo Ramazzotti, zona centro-sul da capital amazonense, Melo se disse vítima de ataques e afirmou estar confiante na vitória. "Consegui me livrar de todas as tentações de entrar no jogo do outro candidato. Resisti e essa é a postura correta. Hoje vamos ver a verdadeira pesquisa e o direito de resposta do povo, que é o voto", disse. Melo ainda acompanha o senador eleito Omar Aziz (PSD) ao voto antes de acompanhar os resultados da própria casa.

Santinhos

Mesmo mais limpas do que no primeiro turno das eleições, algumas ruas próximas a zonas eleitorais de Manaus amanheceram com santinhos espalhados pelo chão das calçadas neste domingo de segundo turno. A Prefeitura de Manaus gastou R$ 207 mil dos recursos públicos para limpar mais de 73 toneladas de lixo eleitoral no dia 5 de outubro.

Nas zonas norte e leste da cidade, antes mesmo de os portões das escolas abrirem, já era possível encontrar os santinhos espalhados pelo chão dos arredores de algumas escolas, ainda que numa quantidade muito inferior à verificado no primeiro turno.

O juiz responsável pela Fiscalização da Propaganda Eleitoral, Henrique Veiga, explicou que as provas recolhidas no local que foi sujo serão encaminhadas à Vara Especializada do Meio Ambiente e Questões Agrárias da Comarca de Manaus (Vemaqa) e ao Ministério Público Estadual. No primeiro turno, a sujeira eleitoral acumulada foi de quase 50% a mais que as eleições majoritárias de 2010, quando 50 toneladas de material eleitoral foram coletadas, segundo a Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulp).

Um total de 12 urnas eletrônicas tiveram de ser substituídas no Amazonas até às 11 horas deste domingo, 26, de eleições, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O problema mais inusitado ocorreu no município de Manacapuru, a 68 quilômetros a oeste de Manaus, onde um aparelho foi 'afogado' por conta da forte chuva na região na noite de sábado.

Ao todo, foram sete urnas com defeito na capital Manaus e cinco no interior, sendo três de biometria, estas com erro na bobina e problemas na impressão dos relatórios. No caso de Manacapuru, o aparelho estava embaixo de goteiras. Já em Itacoatiara, a 176 quilômetros a leste da capital, foram constatados problemas no teclado. Segundo o TRE, todas as urnas foram substituídas em tempo hábil e os problemas não devem retardar a apuração. No primeiro turno, um total de 22 urnas apresentaram problemas no Estado, número considerado pelo TRE como um dos menores do País.

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O Partido Socialista Brasileiro (PSB) declarou, em coletiva na manhã desta quarta-feira, 8, que apoiará José Melo (PROS), candidato à reeleição ao governo do Amazonas. A decisão diverge com a postura do candidato do partido no primeiro turno, Marcelo Ramos, que disse, na terça-feira, 7, que não fará campanha para Melo ou Eduardo Braga (PMDB).

Presidente estadual do PSB, o deputado estadual eleito Serafim Corrêa lembrou do relacionamento ruim que teve com Braga para justificar o apoio a Melo. "Quando fui prefeito (2004-2008), tive uma relação ruim e conflituosa com o governador, que trouxe muitas despesas para a cidade. Com o Melo, vemos uma parceria entre ele e o Arthur. Por isso optamos pelo Melo", disse.

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Serafim esclareceu que compreende a postura de Marcelo Ramos em não declarar apoio a nenhum dos candidatos do segundo turno. "É uma decisão que tem que ser respeitada. A nossa decisão foi partidária, do coletivo. Não há nenhuma contradição nisso", ressaltou. Ramos teve 10,9% dos votos no primeiro turno, enquanto Braga e Melo empataram com 43%.

José Melo exaltou os apoiadores, mencionando que "a história de luta do PSB no Estado foi responsável pela aliança entre os partidos". "Ao longo de sua história, o PSB lutou sempre pelos mesmos objetivos que eu, de melhorar a vida do povo. Esse é o elo que sela a nossa aliança", afirmou o candidato.

Uma suspeita de bomba na Escola Municipal Senador Cândido Honório Ferreira, na zona oeste de Manaus, assustou os eleitores que foram ao local por volta das 12h deste domingo, 5. O local foi evacuado pela Polícia Militar e, por volta das 14h30, o Grupamento de Manejo de Artefatos Explosivos (Marte) efetuou a explosão de dois objetos suspeitos.

Foram quase três horas de espera para quem teve que deixar a unidade de ensino após o alerta. Duas horas depois da evacuação, a assessoria da PM confirmou que não havia bombas no local e que os artefatos eram garrafas pet enroladas com fios de eletricidade. Para a PM, o responsável por colocar o artefato no banheiro da escola tinha a intenção apenas de assustar as pessoas no local. O responsável por introduzir os objetos na escola não foi identificado.

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Às 14h50, os policiais encerraram uma 'varredura' na escola e o isolamento foi retirado. De acordo com o secretário da zona eleitoral, a votação no local deverá continuar normalmente, até às 17h. Situada no bairro Alvorada, a escola conta com 16 seções. Aproximadamente 4,3 mil pessoas votam na zona eleitoral.

Uma rebelião envolvendo mais de 150 detentos na Penitenciária do Município de Parintins, a 369 km de Manaus, durante a tarde e noite desta segunda-feira (1°), resultou na decapitação de Adimil de Souza, conhecido como Cuiu Cuiu, e na morte de Paulo Eliezer, por espancamento. Ambos eram detentos da unidade.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Louismar Bonates, informou que uma briga interna por causa de uma TV pode ter provocado a rebelião, que durou cerca de nove horas.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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