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Surpreendida com a velocidade de propagação e com a letalidade do novo corona vírus, a comunidade médico-científica internacional procura desesperadamente uma forma de prevenção vacinal ou de tratamento medicamentoso.

Nada menos que vinte países correm contra o tempo, em busca de atalhos que levem ao desenvolvimento da vacina. Mas não há, infelizmente, esperanças de que ela esteja disponível antes do final deste ano. Enquanto isso, seguimos perdendo a guerra.

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Entre as diferentes formas de terapia tentadas para casos confirmados, tem-se destacado uma droga há muito tempo conhecida, utilizada no controle do lúpus e no tratamento da malária: a hidroxicloroquina. Com efeito, em dezenas de publicações mundo afora, ela revelou-se eficaz no tratamento da covid19.

Ocorre que a droga, que pode causar efeitos colaterais, particularmente quando utilizada em dose plena, terapêutica, e não de manutenção, vinha sendo testada para o vírus em pesquisas retrospectivas, sem grupo controle, o que dificultava a sua validação científica e, portanto, o seu emprego generalizado.

Pois bem. Na quinta-feira passada (2/4/20), antes mesmo da publicação oficial em revista científica, foram divulgados os resultados do primeiro estudo prospectivo randomizado, envolvendo 62 pacientes, dos quais   31 tomaram o remédio e 31, apenas placebo. Essa pesquisa, realizada na Universidade de Wuhan, liderada por Zhaowei Chen, revelou claramente que a hidroxicloroquina administrada oralmente por cinco dias  foi capaz de reduzir o tempo para controle da febre e da tosse, bem como para o desaparecimento dos sinais imagenológicos  do infiltrado pulmonar. Quatro doentes do grupo placebo evoluíram para internação em UTI e nenhum do grupo tratado, diferença estatisticamente significativa. Dois pacientes tiveram efeitos colaterais leves atribuídos à droga.

No Brasil, esse medicamento só foi liberado para essa doença pela ANVISA recentemente. Ainda assim, só para casos graves, muitas vezes já perdidos. Seu emprego no início da doença ainda está proibido no País.

Espero que agora, finalmente, as autoridades passem a recomendar o remédio amplamente para positivados e também para sintomáticos, já que não podemos testar todos.

A propósito, estaremos iniciando, aqui em Recife, estudo prospectivo com grupo controle, para testar a eficácia e a segurança do emprego da hidrocloroquina de maneira preventiva, em dose baixa, na população de vulneráveis. Se funcionar, eles estarão protegidos pelos próximos meses,enquanto os jovens desenvolvem imunidade natural. Ao cabo de alguns meses, todos poderiam voltar a viver como antes.

Cláudio Lacerda - cmlacerda1@hotmail.com

Cirurgião Transplantador de Fígado

Professor da UPE e da UNINASSAU

Heloisa Lacerda – helramos@terra.com.br

Infectologista

Professora da UPE e da UFPE

O apresentador de TV e potencial candidato à Presidência em 2022 Luciano Huck afirmou que o Brasil precisa "restaurar" e "renovar" suas lideranças políticas do "topo para a base" em artigo publicado no site do Fórum Econômico Mundial nesta quarta-feira, 15. "Lideranças e políticas públicas responsáveis e representativas são fundamentais para revitalizar o contrato social. Isso não vai acontecer espontaneamente. Requer um esforço consciente para investir em talentos e atraí-los", afirmou Huck.

O apresentador é visto como possível candidato de uma frente de centro na próxima eleição em 2022 e é ligado a movimentos de renovação política, como o RenovaBR e o Agora!. Ele estará presente no encontro do fórum em Davos, na Suíça, que ocorrerá entre os dias 21 e 24 de janeiro. No artigo, ele lista três "desafios" do Brasil e do mundo para o futuro: as queimadas e o desmatamento na Amazônia, a redução da desigualdade e a renovação das lideranças políticas.

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"Em 2017, entrei no Agora!, um dos vários movimentos cívicos dinâmicos que investem em uma nova geração de líderes comprometidos com um Brasil mais inclusivo e sustentável. E em 2018, co-fundei a RenovaBR, atraindo mais de 4.600 inscrições de pessoas que nunca haviam se envolvido em política para treinamento em governança e ética. Dos 120 candidatos aprovados, 17 foram eleitos para o cargo federal naquele ano", disse, se colocando como parte da renovação.

No artigo, Huck teceu críticas à política ambiental do governo brasileiro. "Apesar dos esforços das autoridades brasileiras para ocultar o problema, os dados de satélite do próprio Ministério da Ciência mostraram que as taxas de desmatamento atingiram os níveis mais altos em duas décadas", escreveu Huck. Para ele, é necessário um "novo e radical paradigma" para garantir a administração sustentável da biodiversidade do País.

Huck também afirmou que Brasil precisa colocar a redução da desigualdade no "topo" de sua agenda nacional em 2020. "O aprofundamento da desigualdade social e econômica nos países está reconfigurando fundamentalmente as políticas doméstica e internacional", disse. Ele considera que o governo brasileiro adota "dinâmica" de outros governos que estão se retirando da cooperação multilateral e voltando ao "nacionalismo e protecionismo reacionários". O apresentador ainda aponta que nos últimos anos a renda per capita caiu e a diferença entre ricos e pobres começou a aumentar, "acabando com muitos ganhos sociais das três décadas anteriores".

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu em artigo na edição do Estado, desta segunda-feira (18), que as discussões no Congresso em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segunda instância não significam uma afronta ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao ressaltar que deve ser respeitada a decisão do STF de determinar a prisão após esgotados os recursos (trânsito em julgado), Moro argumentou que os "juízes interpretam a Constituição e a lei".

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"O Congresso tem o poder, observadas as condições e maiorias necessárias, de alterar o texto da norma. Cada um em sua competência, como Poderes independentes e harmônicos", escreveu o ministro.

Na avaliação de Moro, a divergência apertada do julgamento sobre a segunda instância (6 votos a 5) abre espaço para as discussões entre os parlamentares.

"Magistrados que compuseram a própria maioria vencedora, como o ministro Dias Toffoli, admitiram que o Congresso poderia alterar a legislação processual ou a Constituição para dar à presunção de inocência uma conformação diferente da interpretação que prevaleceu por estreita maioria", escreveu.

O paraense Diego Martins, que se formou em direito pela UNAMA - Universidade da Amazônia, apresentou artigo em um dos simpósios do Congresso Internacional de Direito, realizado de 15 a 17 deste mês, na Universidade de Coimbra, Portugal. Diego faz parte do programa de pós-graduação em Segurança Pública da UFPA (Universidade Federal do Pará) e debateu sobre "A credibilidade da vítima no julgamento do crime de estupro: o dilema dos juízes".

Diego Martins desenvolve pesquisas relacionadas às vítimas de exploração sexual e participou do simpósio 28, cujo tema foi "Direitos da mulher como direitos humanos: justiça sob a perspectiva de gênero". Ele apresentou os resultados da sua pesquisa de mestrado. “Apresentar o resultado da pesquisa em um evento internacional é um grande estímulo para continuar o estudo. Isso confirma a relevância do tema, além de ser uma forma de reconhecimento por toda a dedicação necessária para desenvolver o estudo”, disse Diego, que é assessor de juiz.

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A pesquisa de Diego foi dividida em duas partes: levantamento da literatura sobre o tema nos EUA, Austrália e Brasil e a outra foi a análise de 79 processos judiciais sobre o crime de estupro de vulnerável que tramitaram em Belém do Pará. “Desenvolver este estudo foi importante por ter a oportunidade de suscitar a discussão sobre direitos de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual e por contribuir para que os juízes possam ter mais segurança ao proferirem suas decisões nesses casos”, afirmou Diego.

No III Congresso Internacional de Direitos Humanos de Coimbra: Uma Visão Transdisciplinar, Diego apresentou as pesquisas que fez em relação às influências nos depoimentos das vítimas de estupros. “Os fatores que influenciam na percepção da credibilidade do depoimento judicial da vítima de estupro: sexo do juiz, sexo da vítima, sdade da vítima, qualidade da fala da vítima, expressão de emoção da vítima, tipo de pergunta que é utilizada para questionar a vítima, sapacidade de memória da vítima, possibilidade de a memória da vítima ser manipulada”, detalhou Diego.

Para o professor César Augusto Nunes, doutorando em Direito pela Universidade Estácio de Sá (Unesa/RJ), o congresso é um momento de reflexão e de debates acerca das diferentes e relevantes problemáticas sócio-jurídicas encontradas no âmbito dos direitos humanos. “O objetivo é fomentar a construção de ideias e o desenvolvimento de teorias científicas a partir de uma perspectiva multidisciplinar e crítica das ciências sociais e jurídicas”, concluiu César. O congresso internacional foi dividido em conferências e 38 simpósios temáticos.

Por Rosiane Rodrigues.

 

Em 2005 surgia na televisão uma série chamada The Big Bang Theory, e nela era contada a história de dois nerds, Sheldon e Leonard (Jim Parsons e Johnny Galecki), que dividiam o mesmo apartamento e logo de cara, ficam vizinhos da garçonete aspirante a atriz Penny (Kelly Cuoco), além de se meterem em várias confusões com o seu grupo privado de amigos nerds Howard e Raj(Simon Helberg e Kunal Nayyar).

Depois de 11 anos, a série se tornou um sucesso de público e crítica, e agora ela está chegando ao seu final na 12ª temporada. E o grupo de amigos que mudou completamente  a cultura pop na televisão ao redor do mundo, vai deixar saudades. Agora como será que essa série conquistou tanta gente ao longo de 11 anos?

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Bom, o sucesso da série se deve a sua formula de fazer referências e mencionar a cultura pop a todo instante, falando sobre filmes, séries de TV clássicas dos anos 80 e 90, e mostrando os personagens jogando jogos de RPG durante um fim de semana inteiro. E isso fez com que o mundo visse o universo nerd com outros olhos, e foi graças a essa série, que o gênero de super-heróis, quadrinhos e games, ganharam espaço no cinema atual, criando assim, o Universo Cinematográfico da Marvel e o Universo da DC que conhecemos hoje.

Outro ponto da série que acabou influenciando muito no mercado atual, foi em apresentar as particularidades do universo geek como a Comic Com, os concursos de cosplay, as lojas de quadrinhos, e a fabricação de produtos de temática nerd como roupas e colecionáveis de personagens clássicos de filmes e séries.

 Depois que a série estava num alto patamar, a história foi amadurecendo com a entrada das personagens Amy e Bernadete (Mayim Bialik e Melissa Rauch), que viriam a ser os interesses amorosos dos personagens Howard e Sheldon, assim como o Leonard e a Penny, e com isso, eles se casaram, e ao mesmo tempo  amadureceram.

The Big Bang Theory não só nos entreteu, como também nos ajudou a ver que os super heróis também são ótimos, e que o nerd não só é inteligente e criativo, como também é divertido.

Por Pietro Tenorio

  

Há seis meses fomos apunhalados. O assassinato de minha filha Marielle Franco, no centro do Rio de Janeiro no dia 14 de março, deixou um imenso vazio. Um vazio do tamanho da presença de Marielle em nossas vidas. Definitivamente minha família nunca mais foi a mesma depois daquela noite, assim como a família de Anderson Gomes, seu motorista também assassinado. Ninguém é preparado para viver a perda de uma filha. Eu me pergunto todos os dias o que uma vereadora eleita da cidade e uma reconhecida defensora de direitos humanos pode ter feito para gerar tanta violência. Ainda não tenho respostas.

Desde pequena, Marielle se sobressaía. Foi uma liderança na escola, na igreja, nos projetos em que participou. Ela se envolvia em hortas comunitárias, pré-vestibular popular, movimentos contra a violência, sempre com o pensamento de ajudar o próximo, acreditando que a organização coletiva de base solidária poderia transformar o mundo. Ao fazer pelo outro ela se sentia bem. Poucas pessoas são assim. Seu senso de responsabilidade era tão grande, ela sonhava tão alto, que em 2016 decidiu disputar um cargo público como vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a segunda maior cidade do Brasil.

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Sua campanha foi uma das experiências mais bonitas da história política da cidade. Envolveu mulheres negras, feministas, jovens, e pessoas da favela. Foi a quinta mais votada, a segunda do seu partido. A representatividade de Marielle era única, era própria dela, não só em defesa de uma minoria, mas de todos. Como defensora de direitos humanos, ela era um símbolo que engajava as pessoas. Marielle conseguiu levar esse movimento para dentro do parlamento em um momento de descrença da população com a política institucional; um processo transformador se iniciava.

A vida de minha filha foi interrompida. Estava claro que sua vida pública seguiria célere a outro patamar. Muita gente acreditava que seu futuro estaria na capital Brasília, caminho político necessário para fazer avançar as pautas coletivas as quais acreditava e representava de forma tão coerente. Mas depois de ter sido assassinada Marielle transcendeu e foi para o mundo. Milhares de pessoas foram às ruas em diferentes capitais e se manifestaram nas redes nas mais diversas línguas. Por uma tragédia, minha filha ecoou muito além do que qualquer um esperava.

Seis meses se passaram do crime brutal que tirou a vida de minha filha e ainda não temos respostas. Estive na Itália com o Papa Francisco para que ele conhecesse a história de Marielle e reiterasse nosso pedido de justiça. A cada mês cobramos das diferentes autoridades responsáveis pela investigação a solução do crime. Enquanto isso, nas ruas, as pessoas demonstram carinho, me acolhem. São meninas jovens que tem em Marielle uma referência, que levam a imagem de minha filha no peito em broches e adesivos para todo o lugar que vão. Todo esse apoio no Brasil e no mundo não vai tirar a nossa dor, mas é fundamental para fazer com que a gente siga em frente buscando justiça.

Apoiar quem mais precisa foi o fio condutor da história de minha filha. Marielle dedicou parte de sua existência a acolher mães no momento mais difícil de suas vidas, o momento da dor da perda de seus filhos de forma violenta, muitos assassinados por agentes do estado que deveriam protegê-los. Histórias trágicas de uma política de segurança pública equivocada, que mata milhares de jovens negros todos os anos, e que ela combatia. Hoje, essas mães têm partilhado este sentimento comigo. Minha dor é mais recente, mas não deixa de ser tão grande quanto a delas. Mães que me visitam e me telefonam diariamente, que querem saber como estou, que fazem com que eu não abaixe a cabeça. Minha filha fez isso por elas e agora elas fazem por mim.

Nunca vou esquecer o acolhimento que tenho recebido. Sinto a presença de Marielle em cada gesto de solidariedade que recebo. Solidariedade que leva à esperança em esclarecer o que motivou alguém a fazer tamanha barbaridade naquela noite. Marielle fazia um trabalho de cobrança e incomodava por ser uma mulher, negra, da favela, que ousou estar em um espaço que historicamente não é ocupado por pessoas como ela.

Meu sentimento é que estamos vencendo porque estamos resistindo e nos mobilizando junto a Anistia Internacional e ativistas de todo o mundo. A cada dia que passa, o reconhecimento internacional do exemplo de vida de minha filha aumenta e é transformado em luta por justiça, em cobrança para o estado brasileiro. Marielle foi uma mulher dócil, exemplo de como a luta pode ser feita com amor. Encantou e inspirou a todos por onde passou. Uma defensora de direitos humanos que dedicou a sua vida a fazer o bem. Minha família não vai descansar enquanto não tiver uma resposta sobre a motivação deste crime. Precisamos saber: quem matou e quem mandou matar a minha filha?

Marinete da Silva é advogada e mãe de Marielle Franco. 

Em artigo publicado nesta terça-feira, 21, pelo jornal inglês Financial Times, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso rebate as afirmações feitas pelo seu sucessor na Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em texto divulgado semana passada no The New York Times, onde o petista condenado e preso pela Operação Lava Jato afirma que há um golpe de direita em andamento no Brasil para que ele não concorra às eleições deste ano.

FHC afirma que Lula retrata o País como uma "democracia em ruínas", na qual a lei foi usada de maneira arbitrária para minar o petista e seu partido, o que não é verdade.

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Em outro trecho, Fernando Henrique Cardoso também responde à declaração de Lula sobre a situação brasileira em 2003. "Também não é verdade, como Lula afirma, que o Brasil não tinha direção antes de ele assumir a Presidência, em 2003. É preciso lembrar que a estabilização depois de anos de hiperinflação começou com o Plano Real, lançado pelo ex-presidente Itamar Franco, e continuou no meu governo. Esse também foi um período marcado pelo estabelecimento de programas de bem-estar social que Lula posteriormente iria expandir", ressalta o tucano.

Em seguida, FHC diz que a visão de Lula "é uma versão peculiar das últimas décadas da história do Brasil, na qual ele, às vezes, aparece como o salvador do povo e, às vezes, como vítima de uma conspiração de "elite".

O ex-presidente escreve ainda que o caso de Lula não é isolado e que, no Brasil, há políticos de todos os partidos na prisão.

E finaliza: "É uma grave distorção da realidade, no entanto, dizer que há uma campanha direcionada no Brasil para perseguir indivíduos específicos. Meu país merece mais respeito."

Em artigo publicado nesta terça-feira, 14, no New York Times, o ex-presidente Lula volta a fazer a defesa de sua candidatura, destacando ter fé que a justiça prevalecerá. Contudo, admite que o tempo está correndo contra a democracia. "Eu não peço para estar acima da lei, mas um julgamento deve ser justo e imparcial. Essas forças de direita me condenaram, me prenderam, ignoraram a esmagadora evidência de minha inocência e me negaram habeas corpus apenas para tentar me impedir de concorrer à Presidência. Eu peço respeito pela democracia. Se eles querem me derrotar de verdade, façam nas eleições. Segundo a Constituição brasileira, o poder vem do povo, que elege seus representantes. Então deixe o povo brasileiro decidir", diz o texto, escrito da prisão pelo petista.

O artigo é publicado um dia antes do encerramento do prazo previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o registro das candidaturas que irão disputar essas eleições gerais no País. Por ter sido condenado em segunda instância por um órgão colegiado da Justiça, o TRF4, Lula está impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa. Contudo, seu partido insiste em manter o seu nome na disputa, tendo como plano B o do ex-prefeito Fernando Haddad e o da ex-presidenciável do PCdoB, Manuela D'Ávila. Na segunda-feira, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", o ex-governador da Bahia Jaques Wagner alertou sua sigla da necessidade de se colocar logo em campo a estratégia de substituição de Lula, pois o PT não pode esperar "a vida inteira" para expor o ex-prefeito Fernando Haddad.

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No artigo que escreveu ao New Yor Times, sob o título "Eu quero democracia, não impunidade", o ex-presidente Lula reitera a sua tese de que "há um golpe de direita em andamento no Brasil, mas a justiça prevalecerá". Ele lembra que foi o primeiro líder trabalhista a ser eleito presidente do Brasil e que, na ocasião, o mercado financeiro se abalou, mas destaca que o crescimento econômico que se seguiu tranquilizou o mercado. E reitera que o programa que implantou de desenvolvimento do País e de inserção das classes mais pobres foi interrompido pelo impeachment de Dilma Rousseff e pela sua prisão. "Meu encarceramento foi a última fase de um golpe em câmera lenta destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no Brasil", diz Lula no texto.

Lula tece ainda críticas à gestão Temer e ao juiz Sérgio Moro, condutor da Lava Jato na primeira instância, dizendo que o magistrado tem sido celebrado pela mídia de direita no Brasil e se tornou intocável. E reitera que embora esteja na cadeia, "por razões políticas", está concorrendo à Presidência da República. E finaliza o artigo dizendo que não pede para estar acima da lei, mas que deseja um julgamento justo e imparcial. E apesar de dizer que é candidato, reconhece que "o tempo está correndo contra a democracia".

A produção de trabalhos científicos nas universidades, além de ajudar a ampliar o nível de conhecimento que a sociedade tem sobre todos os assuntos por meio da realização de pesquisas e divulgação de seus resultados, também é capaz de auxiliar tanto no aprendizado quanto no fortalecimento do currículo dos profissionais que se dedicam a essa atividade. 

Apesar de ser mais frequente na pós-graduação, especialmente em mestrados e doutorados, a produção de artigos científicos também é importante e positiva durante a graduação, ajudando os futuros licenciados e bacharéis a se aprofundar nos temas trabalhados em aula.  De acordo com a diretora adjunta de regulação do Grupo Ser Educacional, Francislene Hasmann, uma boa produção acadêmica faz com que o estudante saia da graduação com um currículo mais forte que, para ela, “poderá auxiliar o futuro profissional em seleções para vagas de mestrado e doutorado, além de residências, visto que via de regra são pontuados nos editais de seleção”. 

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Francislene também destaca o valor que a produção acadêmica na graduação dá não somente para os estudantes que pretendem seguir carreira acadêmica, mas também aos que desejam ingressar no mercado de trabalho. “A participação comprovada pela produção acadêmica em projetos de pesquisa demonstra a capacidade que o profissional tem de gerir projetos e gerar resultados, afinal a produção acadêmica é o principal resultado das pesquisas”, explica a diretora.

No entanto, não é necessário esperar pela formatura para que os frutos da produção dos trabalhos sejam percebidos pelo estudante, uma vez que mesmo durante o curso superior, é possível apresentar os trabalhos produzidos para além dos muros da instituição de ensino. Buscar o apoio de professores e coordenadores de projetos que possam orientar o estudante na escolha de um tema e montagem do projeto é um passo importante. Francislene lembra que os trabalhos são produzidos em parceria com professores orientadores, co-autores dos projetos, e podem ser levados a revistas acadêmicas ou científicas, anais de simpósios e congressos, por exemplo. 

A Diretora Acadêmica do Ser Educacional, Simone Bérgamo, destaca que é preciso desmistificar a ideia de que a pesquisa acadêmica é apenas para alunos que desejam se tornar professores universitários.  Para ela, os estudantes que desejam aperfeiçoar seus conhecimentos na sua área de estudos devem se lembrar que a pesquisa, mais do que uma forma de praticar o que se estuda, é uma maneira de se aprofundar nos temas de maior interesse do aluno. 

“Você recebe a mesma aula, mas por interesse se aprofunda e desenvolve competências diferenciadas através desse desenvolvimento e que vai servir para a vida acadêmica e também para a vida profissional”, afirma Simone, que destacou ainda que "todos devem fazer" pesquisas e artigos. 

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou, nesta quinta-feira (19), a pressão que tem recebido para que fique calado e não concorra às eleições deste ano. Em um artigo publicado hoje no jornal Folha de São Paulo, o líder petista fez um panorama do cenário do país desde que ele foi preso, em 7 de abril deste ano, e ponderou que se querem derrotá-lo, “façam isso de forma limpa nas urnas”. 

Segundo Lula, nos mais de cem dias em que está detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, um “governo ilegítimo corre nos seus últimos meses para liquidar o máximo possível do patrimônio e soberania nacional que conseguir”, como a venda da Embraer. No artigo, ele cita também o aumento do desemprego, da pobreza e a greve dos caminhoneiros que aconteceu em maio.

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Com o relato de críticas ao governo de Michel Temer (MDB), o ex-presidente indaga se foi para isso que “os poderosos sem votos e sem ideias” promoveram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e se uniram para deixá-lo fora do pleito eleitoral deste ano, inclusive, com a decisão da juíza Carolina Lebbos que o impede de conceder entrevistas e participar de atos de campanha. 

“Parece que não bastou me prender. Querem me calar. Aqueles que não querem que eu fale, o que vocês temem que eu diga? O que está acontecendo hoje com o povo? Não querem que eu discuta soluções para este país? Depois de anos me caluniando, não querem que eu tenha o direito de falar em minha defesa?”, perguntou no artigo, pontuando que a própria presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, já chegou a dizer que "cala boca já morreu".

Apesar de tudo isso, Lula aproveitou o espaço para reiterar que é candidato à Presidência da República. “Eu sou candidato porque não cometi nenhum crime. Desafio os que me acusam a mostrar provas do que foi que eu fiz para estar nesta cela”, disparou. 

“Por que falam em ‘atos de ofício indeterminados’ no lugar de apontar o que eu fiz de errado? Por que falam em apartamento ‘atribuído’ em vez de apresentar provas de propriedade do apartamento de Guarujá, que era de uma empresa, dado como garantia bancária? Vão impedir o curso da democracia no Brasil com absurdos como esse?”, completou, questionando.

Para o ex-presidente, os maiores interessados em que ele dispute as eleições deveriam ser aqueles que não querem que ele volte a comandar o país. “Querem me derrotar? Façam isso de forma limpa, nas urnas. Discutam propostas para o país e tenham responsabilidade, ainda mais neste momento em que as elites brasileiras namoram propostas autoritárias de gente que defende a céu aberto assassinato de seres humanos”, argumentou.

No artigo, Lula ainda ressalta que sempre exerceu o diálogo quando comandou o país e frisou ter trabalhado para “que a inclusão social fosse o motor da economia e para que todos os brasileiros tivessem direito real, não só no papel, de comer, estudar e ter moradia”. A atuação, segundo ele, provoca medo em seus adversários.

“Querem que as pessoas se esqueçam de que o Brasil já teve dias melhores? Querem impedir que o povo brasileiro —de quem todo o poder emana, segundo a Constituição— possa escolher em quem quer votar nas eleições de 7 de outubro? O que temem? A volta do diálogo, do desenvolvimento, do tempo em que menos teve conflito social neste país? Quando a inclusão dos pobres fez as empresas brasileiras crescerem?”, indagou o ex-presidente. 

Por fim, ele diz que “o Brasil precisa se reencontrar consigo mesmo e ser feliz de novo”. “Podem me prender. Podem tentar me calar. Mas eu não vou mudar esta minha fé nos brasileiros, na esperança de milhões em um futuro melhor. E eu tenho certeza de que esta fé em nós mesmos contra o complexo de vira-lata é a solução para a crise que vivemos”, declarou.

Leia o artigo na íntegra:

Estou preso há mais de cem dias. Lá fora o desemprego aumenta, mais pais e mães não têm como sustentar suas famílias, e uma política absurda de preço dos combustíveis causou uma greve de caminhoneiros que desabasteceu as cidades brasileiras. Aumenta o número de pessoas queimadas ao cozinhar com álcool devido ao preço alto do gás de cozinha para as famílias pobres. A pobreza cresce, e as perspectivas econômicas do país pioram a cada dia.

 Crianças brasileiras são presas separadas de suas famílias nos EUA, enquanto nosso governo se humilha para o vice-presidente americano. A Embraer, empresa de alta tecnologia construída ao longo de décadas, é vendida por um valor tão baixo que espanta até o mercado. 

Um governo ilegítimo corre nos seus últimos meses para liquidar o máximo possível do patrimônio e soberania nacional que conseguir —reservas do pré-sal, gasodutos, distribuidoras de energia, petroquímica—, além de abrir a Amazônia para tropas estrangeiras. Enquanto a fome volta, a vacinação de crianças cai, parte do Judiciário luta para manter seu auxílio-moradia e, quem sabe, ganhar um aumento salarial.

Semana passada, a juíza Carolina Lebbos decidiu que não posso dar entrevistas ou gravar vídeos como pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, o maior deste país, que me indicou para ser seu candidato à Presidência. Parece que não bastou me prender. Querem me calar.

Aqueles que não querem que eu fale, o que vocês temem que eu diga? O que está acontecendo hoje com o povo? Não querem que eu discuta soluções para este país? Depois de anos me caluniando, não querem que eu tenha o direito de falar em minha defesa?

É para isso que vocês, os poderosos sem votos e sem ideias, derrubaram uma presidente eleita, humilharam o país internacionalmente e me prenderam com uma condenação sem provas, em uma sentença que me envia para a prisão por "atos indeterminados", após quatro anos de investigação contra mim e minha família? Fizeram tudo isso porque têm medo de eu dar entrevistas?

Lembro-me da presidente do Supremo Tribunal Federal que dizia "cala boca já morreu". Lembro-me do Grupo Globo, que não está preocupado com esse impedimento à liberdade de imprensa —ao contrário, o comemora.

Juristas, ex-chefes de Estado de vários países do mundo e até adversários políticos reconhecem o absurdo do processo que me condenou. Eu posso estar fisicamente em uma cela, mas são os que me condenaram que estão presos à mentira que armaram. Interesses poderosos querem transformar essa situação absurda em um fato político consumado, me impedindo de disputar as eleições, contra a recomendação do Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Eu já perdi três disputas presidenciais —em 1989, 1994 e 1998— e sempre respeitei os resultados, me preparando para a próxima eleição.

 Eu sou candidato porque não cometi nenhum crime. Desafio os que me acusam a mostrar provas do que foi que eu fiz para estar nesta cela. Por que falam em "atos de ofício indeterminados" no lugar de apontar o que eu fiz de errado? Por que falam em apartamento "atribuído" em vez de apresentar provas de propriedade do apartamento de Guarujá, que era de uma empresa, dado como garantia bancária? Vão impedir o curso da democracia no Brasil com absurdos como esse?

Falo isso com a mesma seriedade com que disse para Michel Temer que ele não deveria embarcar em uma aventura para derrubar a presidente Dilma Rousseff, que ele iria se arrepender disso. Os maiores interessados em que eu dispute as eleições deveriam ser aqueles que não querem que eu seja presidente.

Querem me derrotar? Façam isso de forma limpa, nas urnas. Discutam propostas para o país e tenham responsabilidade, ainda mais neste momento em que as elites brasileiras namoram propostas autoritárias de gente que defende a céu aberto assassinato de seres humanos.

Todos sabem que, como presidente, exerci o diálogo. Não busquei um terceiro mandato quando tinha de rejeição só o que Temer tem hoje de aprovação. Trabalhei para que a inclusão social fosse o motor da economia e para que todos os brasileiros tivessem direito real, não só no papel, de comer, estudar e ter moradia.

Querem que as pessoas se esqueçam de que o Brasil já teve dias melhores? Querem impedir que o povo brasileiro —de quem todo o poder emana, segundo a Constituição— possa escolher em quem quer votar nas eleições de 7 de outubro?

 O que temem? A volta do diálogo, do desenvolvimento, do tempo em que menos teve conflito social neste país? Quando a inclusão dos pobres fez as empresas brasileiras crescerem?

O Brasil precisa restaurar sua democracia e se libertar dos ódios que plantaram para tirar o PT do governo, implantar uma agenda de retirada dos direitos dos trabalhadores e dos aposentados e trazer de volta a exploração desenfreada dos mais pobres. O Brasil precisa se reencontrar consigo mesmo e ser feliz de novo.

Podem me prender. Podem tentar me calar. Mas eu não vou mudar esta minha fé nos brasileiros, na esperança de milhões em um futuro melhor. E eu tenho certeza de que esta fé em nós mesmos contra o complexo de vira-lata é a solução para a crise que vivemos.

Luiz Inácio Lula da Silva

Ex-presidente da República (2003-2010)

Em parceria com a Natura, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), promove o Prêmio Capes/Natura- Campus de Excelência em Pesquisa, que reconhecerá artigos científicos de alta qualidade sobre os temas Biodiversidade: Bioconversão de resíduos de cadeia amazônica; e Conservação: Prospecção de microorganismos potenciais para bioativos. Os melhores trabalhos receberão R$ 25 mil cada um. 

Poderão concorrer ao Prêmio trabalhos individuais ou em coautoria, de portadores do título de mestre ou doutor ou matriculados em programas de mestrado ou doutorado, vinculados à instituição de pós-graduação e pesquisa e reconhecidos pelo Ministério da Educação. As inscrições só podem ser feitas através deste site e deverão conter exemplar do artigo completo publicado em periódico, em formato digital; declaração do autor concordando com o regulamento do prêmio; justificativa da candidatura que contemple a contribuição do artigo para as áreas e temas citados; cópia/resumo da dissertação ou da tese a qual está vinculada o artigo ou da proposta de dissertação ou tese para mestrados ou doutorados em andamento; minicurrículo do autor (até 5 mil caracteres com espaço).

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Além do incentivo financeiro, os vencedores ganharão passagem aérea e diárias para comparecerem à cerimônia de premiação. Os locais e datas do evento, contudo, ainda não foram definidos. Acesse o edital clicando aqui.

Na véspera do julgamento previsto no Supremo Tribunal Federal (STF) do inquérito em que é denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva e tentativa de obstrução da Lava Jato, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) diz, em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, que no País todos os políticos são considerados, de antemão, culpados.

Aécio foi denunciado após aparecer em gravação do dono da JBS, Joesley Batista, pedindo R$ 2 milhões, que a PGR sustenta ser propina e o senador nega, alegando que o dinheiro foi resultado de um empréstimo firmado entre ele Joesley.

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Se a denúncia for acatada nesta terça-feira, 17 pelo STF, o senador mineiro passa a ser réu. Além de Aécio, sua irmã Andrea Neves, seu primo Frederico Pacheco de Medeiros e o advogado Mendherson Souza Lima também foram denunciados pela prática do crime de corrupção passiva.

No artigo publicado na Folha, Aécio diz que em 2017 precisou contratar advogados, então sua mãe colocou um apartamento à venda porque ele não possuía os recursos necessários. Sua irmã ofereceu o imóvel a alguns empresários, incluindo Joesley Batista.

O senador mineiro diz que a PF recuperou um telefonema, não citado pelo delator, no qual fica claro o objetivo do contato feito, que era a venda do imóvel. E diz estar arrependido de ter usado, "numa conversa criminosamente gravada e induzida por Joesley", vocabulário inadequado e fazer "brincadeiras injustificáveis e de mau gosto", das quais afirma estar arrependido profundamente. "Fui ingênuo, cometi erros e me penitencio diariamente por eles, mas não cometi nenhuma ilegalidade", argumenta Aécio.

O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) não poupou as palavras ao fazer um perfil do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) em um artigo publicado nesta terça-feira (2) no jornal Folha de São Paulo. No texto, Bezerra chama Jarbas de “alma movida pelo ódio” e “homem que ao longo de tantas décadas notabilizou-se por difamar e atacar quem dele discorda”.

A postura exposta pelo senador rebate um artigo, publicado no mesmo jornal, pelo deputado. No texto, Jarbas acusou FBC de ter uma trajetória marcada por “adesismos de ocasião e segue enrolado com a Justiça. Como uma espécie de nômade partidário, foi filiado ao PDS, ao antigo PFL, ao PMDB, ao PPS, ao PSB e agora voltou a integrar o PMDB”. Os dois vêm se desentendendo desde que iniciou a briga pelo comando do PMDB de Pernambuco.

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Em uma espécie de “guerra fria”, o senador disse que “para o bem da verdade, alguns pontos devem ser esclarecidos”. “Jarbas fala em contradições dos outros, quando sua biografia é marcada justamente por incoerências e traições. Chama a mim de adesista, mas aceitou meu apoio em 1990, quando meu pai foi seu candidato a vice-governador; em 2002, na disputa pela reeleição; e em 2014, quando foi eleito para a Câmara dos Deputados”, lembra.

No artigo, ele discorre sobre outros momentos da política e diz que “na aurora da redemocratização, em 1982, ele traiu Miguel Arraes (1916-2005), impedindo o ex-governador de retomar nas urnas o mandato cassado em 1964”.

Fernando Bezerra pontua também que em 2010, Jarbas “chamou Eduardo Campos (1965-2014) de coronel e mau caráter” e, depois, “para não ser empurrado de vez para fora da política, procurou Eduardo, suplicando uma sobrevida”. “Do dia para a noite, passou a elogiar justamente aquele a quem sempre detratou. Fato que até hoje é motivo de ironia nos meios políticos de todo o país. Todos sabemos que Jarbas Vasconcelos foi ressuscitado, com muito custo, pelo propósito de Eduardo Campos de construir uma unidade política”, declara.

O senador ainda afirma que Jarbas “lambeu as botas de Eduardo” e tenta fazer o mesmo com o presidente Michel Temer (MDB), apesar de se colocar como “paladino da ética” e ter o nome citado em diversas investigações, como a própria Lava Jato.

“Este é Jarbas Vasconcelos. Uma pessoa que destila amargor e ressentimentos. Um político que ataca os outros sem jamais fazer qualquer autocrítica. Um homem tomado pela soberba, imperador de uma casa vazia, que tenta segurar-se no comando de uma legenda para garantir mais alguns anos de cargos públicos. Um final melancólico para quem plantou ódio por toda uma vida”, conclui.

Um artigo publicado pela revista norte-americana "Psychology Today" no último dia 15 de dezembro mostrou que existem três regras a serem seguidas para não errar na hora de comprar os presentes de Natal. Confira abaixo:

- Nem sempre a surpresa é a melhor opção - Para a publicação, escolher um presente da "lista de desejos" é melhor do que preparar uma surpresa. As pessoas se sentem melhor quando sabem que vão receber aquilo que pesquisaram e planejaram por muito tempo, ao invés algo de que não gostam ou não é útil.

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- O mais caro nem sempre é o melhor - No fim do ano, os gastos são excessivos por conta das comemorações de Natal e Réveillon. Porém as despesas com presentes caros podem ser evitadas.

Acredita-se que quando o item tem preço alto, quem recebe dará mais valor a ele. No entanto, a pesquisa da "Psychology Today" revelou que a utilidade e a qualidade do produto é mais importante que o valor pago.

- Presenteie a longo prazo - Quando presenteamos alguém, tendemos a pensar em curto prazo e comprar algo que ofereça alegria instantaneamente. Mas comprar ingressos para um espetáculo ou reservar um jantar em um restaurante que a pessoa goste pode levar a prazeres de longo prazo, que são mais valorizados. 

Da Ansa

O presidente Michel Temer tenta dar um tom de normalidade à sua gestão, depois da turbulência política deflagrada no dia 17 deste mês, diante de denúncias que vieram à tona por meio de Joesley Batista, executivo do Grupo J&F, nas quais supostamente Temer assentia com o pagamento pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba. De acordo com inquérito, o presidente é suspeito dos crimes de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa.

Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, o presidente defende o prosseguimento de seu governo e diz que tem compromisso com a aprovação de reformas estruturais, além de medidas em prol da retomada da economia. Nesse contexto, anuncia que, nesta terça-feira, 30, participa do Fórum de Investimento Brasil 2017, que reunirá empresários e integrantes de várias áreas do governo, na capital paulista. 'Não me desviarei de entregar a meu sucessor, em 2019, um país melhor', escreve Temer.

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Desde que foi deflagrada a crise, há 11 dias, integrantes do governo, principalmente da equipe econômica, seguiram com suas agendas e aparições em eventos públicos. Como já publicado pelo Broadcast, a equipe econômica fez um esforço conjunto para manter as negociações da reforma da Previdência e demais medidas econômicas. Até mesmo o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, disse que a reforma da Previdência vai além das questões de governo. "Estou trabalhando normalmente", disse.

No artigo publicado neste domingo, Temer classifica como falsas confissões de gravações clandestinas e chama de criminosos os denunciantes, para quem "foi dado passaporte livre para viver com luxo em qualquer parte do mundo".

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, escreveu artigo para o portal UOL no qual defende o acordo firmado com os empresários do Grupo J&F, comandado por Joesley Batista. No texto, Janot aponta que delação é "muito maior que os áudios questionados", justifica a concessão de imunidade penal aos delatores - que não serão denunciados pelos crimes que revelaram no acordo - e diz estar "convicto" de que tomou a decisão correta.

É a primeira manifestação de Janot à imprensa após a vinda à tona da celebração do acordo com os irmãos Joesley e Wesley Batista e outros executivos do grupo.

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Ao dizer ter sido procurado pelos irmãos Batista no início de abril, Janot ressalta que os empresários entregaram crimes graves em andamento. "Trouxeram eles indícios consistentes de crimes em andamento - vou repetir: crimes graves em execução -, praticados em tese por um senador da República e por um deputado federal", escreve Janot, sem citar os nomes do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado Rocha Loures (PMDB-PR), implicados na delação e flagrados em gravações.

Sobre a relação de Joesley com Temer, o procurador-geral aponta que os delatores: "apresentaram gravações de conversas com o presidente da República, em uma das quais se narravam diversos crimes supostamente destinados a turbar as investigações da Lava Jato".

Os fatos, nas palavras de Janot, são "aterradores" e vieram junto a "dezenas de documentos e informações concretas" sobre contas no exterior e pagamento de propina "envolvendo quase duas mil figuras políticas".

Ele aponta que os benefícios a Joesley e os demais 6 delatores da J&F "podem parecer excessivos", mas que a outra alternativa seria a não celebração do acordo de delação, o que acabaria sendo pior ao País.

"Jamais saberíamos dos crimes que continuariam a prejudicar os honrados cidadãos brasileiros, não conheceríamos as andanças do deputado com sua mala de dinheiro, nem as confabulações do destacado senador ou a infiltração criminosa no MPF", destaca o procurador-geral.

"Finalmente, tivesse o acordo sido recusado, os colaboradores, no mundo real, continuariam circulando pelas ruas de Nova York, até que os crimes prescrevessem, sem pagar um tostão a ninguém e sem nada revelar, o que, aliás, era o usual no Brasil até pouco tempo", escreveu Janot.

Ele fala das revelações feitas pelos irmãos Batista e funcionários do grupo sobre o Temer, Aécio, os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e o procurador Ângelo Goulart, que repassava informações da Operação Greenfield à JBS. Aponta que os fatos citados foram graves o suficiente para conceder benefícios ao empresário que fez as revelações em troca do acordo de colaboração.

"Até onde o país estaria disposto a ceder para investigar a razão pela qual o presidente da República recebe, às onze da noite, fora da agenda oficial, em sua residência, pessoa investigada por vários crimes, para com ela travar diálogo nada republicano?", escreve Janot sobre o encontro de Temer com Joesley Batista no dia 7 de março, no Palácio do Jaburu. O presidente tem questionado uma suposta edição do áudio entregue pelo empresário com a conversa gravada, mas confirma o encontro.

Sobre Aécio, flagrado em negociação de R$ 2 milhões em propina, Janot questiona: "Quanto valeria para a sociedade saber que a principal alternativa presidencial de 2014, enquanto criticava a corrupção dos adversários, recebia propina do esquema que aparentava combater e ainda tramava na sorrelfa para inviabilizar as investigações?."

Na segunda-feira, o procurador-geral pediu que o Supremo Tribunal Federal, em plenário, determine a prisão preventiva de Aécio Neves e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil.

Por fim, Janot aponta a situação de Dilma e Lula. Segundo a delação de Joesley, os ex-presidentes tinham duas "conta-correntes" de propina no exterior, cujo saldo bateu em US$ 150 milhões em 2014. "Que juízo faria a sociedade do MPF se os demais fatos delituosos apresentados, como a conta-corrente no exterior que atendia a dois ex-presidentes, fossem simplesmente ignorados?", escreve Janot.

"Foram as perguntas que precisei responder na solidão do meu cargo. A gravidade do momento, porém, fez-me compreender claramente que já tinha em mim as respostas há pelo menos trinta e dois anos, quando disse sim ao Ministério Público e jurei defender as leis e a Constituição do país", escreveu o procurador-geral da República. Janot não concedeu entrevistas desde que tudo veio à tona, a partir da semana passada.

Janot diz que, como procurador-geral da República, "não teve outra alternativa" senão conceder a imunidade penal aos delatores. Ele diz ter utilizado três premissas para admitir o benefício: "a gravidade dos fatos, corroborados por provas consistentes; a certeza de que o sistema de justiça de que o sistema de justiça criminal jamais chegaria a todos esses fatos pelos caminhos convencionais de investigação; e a situação concreta de que, sem esse benefício, a colaboração não seria ultimada e, portanto, todas as provas seriam descartadas."

O procurador-geral da República aponta que, "para os que acham que saiu barato", a J&F está sendo instada a pagar multa de R$ 11 bilhões pelo acordo de leniência que negocia com o Ministério Público Federal.

Ele menciona ainda que operações suspeitas no mercado de câmbio feitas pela JBS com base em informação privilegiada sobre o acordo não estão abrangidas pelo acordo e, portanto, Joesley Batista e os demais executivos "permanecem sujeitos à integral responsabilização penal" por esses fatos. O crime de "insider trading", em que se utiliza de informação privilegiada para operar no mercado, é punido com prisão e multa sobre o valor lucrado.

Para Janot, o foco do debate foi "deturpado" ao se iniciar o questionamento de um ponto "secundário", que são os benefícios concedidos pela Procuradoria-Geral da República a Joesley, Wesley e os demais executivos. A questão central, na visão do procurador-geral, é "o estado de putrefação de nosso sistema de representação política".

"Três anos após a deflagração da Operação Lava Jato, com todos os desdobramentos que se sucederam, difícil conceber que algum fato novo ainda fosse capaz de testar tão intensamente os limites das instituições. Mas o roteiro da vida real é surpreendente", escreve o procurador-geral.

O procurador-geral da Repúblico, Rodrigo Janot, afirmou neste domingo (19), em artigo publicado no jornal "Folha de S.Paulo" que as investigações da Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) não têm como objetivo "criminalizar a política". "As investigações não têm como propósito criminalizar a política. A atividade político-partidária é essencial ao regime democrático e condição de seu funcionamento", escreveu Janot.

De acordo com o procurador, não há a pretensão de "depurar o país ou a política" com as investigações. "Nem o procurador-geral da República nem o MPF (Ministério Público Federal) jamais arrogam para si o juízo definitivo sobre homens ou fatos que se desenrolam no processo de desenvolvimento social. Não se ambiciona, com nosso trabalho, depurar o país ou a política, até porque esse papel não cai bem a uma instituição de Estado", escreveu o procurador-geral.

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Para ele, o País "está imerso em uma grave crise", cabendo aos brasileiros escolher entre "ceder ao medo" ou "enfrentar" os problemas. "Podemos ceder ao medo, deixar-nos engabelar pela velha conversa de excessos do MPF e esconder os problemas; ou, enfrentá-los, implementar as reformas necessárias e elevar, assim, o patamar de nossa democracia.", afirmou no texto.

Janot também negou que exista uma "lista do Janot". "Não existe 'lista de Janot'. O procurador-geral não tem prerrogativa de 'escolher' a quem investigar ou elaborar discricionariamente uma lista de criminosos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), aliado do governo Michel Temer (PMDB), defendeu em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (16) mudanças na proposta de reforma da Previdência enviada pelo presidente ao Congresso Nacional e que é considerada como pauta prioritária pelo Planalto neste ano. Aécio defendeu um melhor escalonamento nas regras de transição para o novo sistema com idade mínima e a manutenção das regras atuais dos benefícios de prestação continuada (BPC).

No sistema de transição, afirma o senador, as regras foram franqueadas apenas a trabalhadores com mais de 50 anos de idade, mas "deveriam ser melhor escalonadas". O senador, no entanto, não detalhou que proposta seria melhor para esse ponto do projeto, enviado pelo governo em dezembro como Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

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No BPC, Aécio considera que a questão é mais "profunda, delicada" e que as regras atuais de concessão desse benefício devem ser mantidas. "Considero que o BPC, política de assistência garantida pela Constituição de 88, cumpre preciosa função social ao dar condições mínimas de sobrevivência a brasileiros muito pobres", escreveu.

Na avaliação do tucano, a proposta de Temer nos critérios de acesso aos benefícios de prestação continuada, a serem estipuladas em lei, torna o processo mais restritivo para futuros beneficiários - especialmente por desvincular o valor do benefício ao piso salarial praticado no País e considerar o tempo de contribuição para definir a proporção do pagamento.

Ele destaca que as regras atuais atendem a camadas mais pobres da sociedade, garantido um salário mínimo a idosos muito pobres e pessoas com deficiência, atingindo 4,4 milhões de brasileiros com custo, no ano passado, próximo de R$ 46 milhões.

O senador destacou que os contornos do projeto são bons e que a realidade de mudanças na Previdência é incontestável. Apesar de defender mudanças, ele afirmou que a PEC está na direção correta ao aproximar o sistema brasileiro dos modelos aplicados no mundo. "Mas a proposta, claro, não é perfeita, como em todo processo reformista, merece ajustes", frisou.

Ele usou o artigo ainda para criticar o PT, dizendo que negar o "óbvio da necessidade imperiosa da reforma, ou transformar o tema em plataforma para proselitismo político, como o PT e seus satélites já começam a fazer, não ajuda ninguém. E prejudica o País."

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva se considera vítima de "uma verdadeira caçada judicial". Em artigo de uma página, publicado nesta terça-feira (18) no jornal Folha de S.Paulo, o petista alega que em 40 anos de atuação pública, seus adversários e a imprensa "jamais encontraram um ato desonesto" de sua parte. E às vésperas de completar 71 anos (no dia 27 de outubro), diz ver o seu nome "no centro de uma verdadeira caçada judicial". Na segunda-feira (17), manifestantes em defesa do ex-presidente fizeram vigília em frente à casa dele, em São Bernardo, após informação circulada nas redes sociais sobre suposta prisão de Lula.

Sem citar o juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato, Lula cita que devastaram suas contas pessoais, as de sua esposa e filhos, grampearam seus telefonemas, invadiram sua casa e o conduziram à força para depor, sem motivo razoável ou base legal. "Estão à procura de um crime, para me acusar, mas não encontraram e nem vão encontrar", destaca no artigo.

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O ex-presidente diz que "essa caçada" começou na campanha presidencial de 2014 e, mesmo assim, não desistiu de continuar percorrendo o País e nem desistiu da luta por igualdade e justiça social. Ele cita conquistas das gestões petistas, como o Bolsa Família, o Luz para Todos, o Minha Casa Minha Vida e o acesso de jovens pobres e negros ao ensino superior. O ex-presidente argumenta que não pode se calar diante "dos abusos cometidos pelos agentes do Estado que usam a lei como instrumento de perseguição política". Para o petista, "episódios espetaculosos", como as prisões de seus ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega (solto horas depois da detenção), interferiram no resultado das eleições municipais do primeiro turno.

Em sua defesa, Lula afirma que jamais praticou, autorizou ou se beneficiou de atos ilícitos na Petrobras ou em qualquer outro setor do governo. E critica a classificação, segundo ele martelada pela mídia, de que o Partido dos Trabalhadores é uma organização criminosa. E informa que em dois anos de investigações, não foi encontrado "nenhum centavo não declarado" em suas contas, nenhuma empresa de fachada e nenhuma conta secreta. "Moro há 20 anos no mesmo apartamento em São Bernardo", emendou.

No artigo, o petista alega que "há uma perigosa ignorância" dos agentes da lei quanto ao funcionamento do governo e das instituições, como o Parlamento. E destaca que causa indignação e surpreende "a leviandade, a desproporção e a falta de base legal das denúncias". "Não mais se importam com fatos, provas, normas do processo. Denunciam e processam por mera convicção." E reitera que não pode ser acusado de corrupção, já que não é mais agente público desde 2011.

Lula afirma ainda que seus acusadores sabem que ele não roubou, não foi corrompido nem tentou obstruir a Justiça. "Mas não podem admitir, não podem recuar depois do massacre que promoveram na mídia". E continua: "Tornaram-se prisioneiros das mentiras que criaram, na maioria das vezes a partir de reportagens facciosas e mal apuradas. Estão condenados a condenar e devem avaliar que, se não me prenderem, serão eles os desmoralizados perante a opinião pública." Segundo ele, "não é o Lula que pretendem condenar", mas sim o projeto político que representa junto com milhões de brasileiros e a democracia brasileira.

No final do artigo, o ex-presidente diz que ele e o PT apoiam as investigações, o julgamento e a punição de quem desvia dinheiro público, reiterando que ninguém atuou tanto quanto os governos petistas para criar mecanismos de controle de verbas públicas, transparência e investigação. E cita ter a consciência tranquila e o reconhecimento do povo. "Confio que cedo ou tarde a Justiça e a verdade prevalecerão, nem que seja nos livros de história", diz Lula, argumentando que o que mais lhe preocupa no momento "são as contínuas violações ao Estado de Direito", como a "sombra do estado de exceção que vem se erguendo sobre o País."

Nosso país vive um momento de crise econômica. Os dados da inflação, referentes ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram altas em todos os setores da economia. Para tentar conter os prejuízos, o governo vem tomando inúmeras decisões radicais e realizando vários ajustes fiscais na tentativa de controlar a situação econômica do país e minimizar os impactos da crise. Então, diante de tantos ajustes, quais seriam as prioridades do Brasil?

Não podemos ignorar a relevância do Brasil e seu papel na economia mundial. Excluindo os Estados Unidos, somos o quinto país no mundo em relações comerciais com a União Europeia e responsáveis por 37% do comércio da UE com a região latino-americana. Além disso, detemos 43% do portfólio de investimentos da União Europeia com a América Latina.

Entretanto, as preocupações com o mercado exterior e até com os índices da inflação não podem ser a única preocupação do governo neste momento. É preciso lembrar que a manutenção do crescimento deste mercado depende de inúmeros fatores como infraestrutura, educação e saúde.

Existem outras três prioridades para o Brasil que dependem diretamente do ajuste fiscal. A primeira delas é a reforma da previdência, com a definição da idade mínima para aposentadoria. Já não somos mais um país de jovens e a expectativa de vida vem aumentando gradativamente, assim, é possível as pessoas permanecerem mais tempo no mercado de trabalho.

A segunda é a educação. As políticas educacionais do Estado que promovem o acesso à educação devem continuar como prioridade. Acesso à educação não é concessão de privilégios, é necessidade. É através dela que se promove igualdade de oportunidades e de condições. Este é o papel exercido por programas imprescindíveis como o Fies, Prouni, Pronatec e Ciencias sem Fronteiras , por exemplo, que permitem que pessoas sem recursos financeiros realizem um curso superior, um curso técnico ou estude em universidades do estrangeiro. Em terceiro lugar, as políticas de proteção social, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, ainda são necessárias e por enquanto  não podem ser extintas.

Sem dúvida, precisamos dos ajustes fiscais. No entanto, o corte orçamentário neste ano foi de 70 bilhões, retirados do Programa de Aceleração do Crescimento, Minha Casa Minha Vida, Seguro Desemprego,  Fies, Pronatec, etc. A diminuição das despesas refletiu na retirada de benefícios e direitos dos trabalhadores e dos estudantes. Entendemos que essas são tentativas de controlar inflação, conquistar a confiança de empresas, empresários e atrair investidores para fazer a economia crescer e normalizar as contas do país. Entretanto, é preciso manter o foco e as prioridades. 

Não é a primeira crise que o Brasil está passando, nem é a maior e muito menos será a última. Mais do que a crise econômica, o Brasil vive uma crise ética e política. Como consequência, há uma crise de confiança nacional. A crise política anda em paralelo com a crise econômica, uma está atrelada a outra. Sabemos que aumentar as taxas de juros para tentar conter a inflação não é suficiente. A crise institucional é a que mais preocupa, porque é ela que impede que lideranças do agronegócio, empreendedores e investidores  realizem novos investimentos no Brasil.

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