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Em um artigo extenso de quase três laudas, a ex-senadora Marina Silva (PSB) enalteceu o ex-governador Eduardo Campos, nesta quinta-feira (13), data que marca um ano da morte do ex-presidenciável. Ex-candidata a vice-presidente na chapa com Campos, Marina também elogiou o ex-governador Miguel Arraes e relembrou do velório e enterro do socialista. 

Logo no início do texto, a ex-candidata comentou que o Brasil inteiro está lembrando e homenageando a memória de Eduardo Campos nesta data em que se completa o primeiro ano de sua morte. “Muitos lembram ainda os dez anos da morte de seu avô, Miguel Arraes, uma das grandes personalidades da história de nosso país. Essa coincidência torna a data cheia de simbolismos e mistérios sobre os quais há muito que meditar”, ressaltou.

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Marina relembrou que quando veio a Pernambuco se solidarizar com a família Campos no velório do ex-governador, há quase um ano, observou a presença de pessoas representantes dos mais diferentes segmentos da sociedade. “Verifiquei a presença de líderes da política, da economia e da cultura em todas as correntes de opinião, das mais diferentes ideias e convicções. Comentei com um desses líderes: quando algo assim acontece é para nos fazer pensar, e o único resultado aceitável de nosso pensamento é nos tornar maiores e melhores”, frisou. 

Para a ex-senadora, o acidente e a morte precoce de Campos pode ter um objetivo. “É para isso que as tragédias nos unem: para a superação. Afinal, como disse Hannah Arendt, os homens, embora devam morrer, não nascem para morrer, mas para recomeçar”, pontuou. Depois de recordou o velório e enterro de Campos, Marina comentou a crise do Brasil. “Infelizmente, um ano após a morte de Eduardo Campos, só tem aumentado a dificuldade do Brasil para recomeçar. (...). A crise que vivemos hoje é uma professora séria e rigorosa. Ela multiplica nossas chances de aprender, pensar, superar, recomeçar. A memória é centro de nossa identidade”, abordou. 

De acordo com a ex-candidata à presidência da República, as saudades do ex-governador tem lhe ajudado. “A memória de Eduardo Campos tem me ajudado, pessoalmente, e sei que pode ajudar o povo brasileiro, a encontrar soluções e saídas neste momento crítico pelo qual passa o nosso país. Havia nele um otimismo irredutível, uma autoconfiança evidente e contagiante, uma esperança inabalável. Para ele, não havia problema sem solução nem situação “sem jeito”. 

Para a ex-parlamentar, as características citados ao ex-líder do PSB refere-se a sua experiência. “Essa atitude não era sem fundamento, estava baseada em sua experiência política e nos dois mandatos muito bem sucedidos como governador de Pernambuco. Foram anos em que habituou-se a buscar soluções práticas para problemas reais, tendo a política como método e caminho”, ressaltou.

No artigo, Marina Silva ainda enalteceu o escritor Ariano Suassuna, morto ano passado, e destrinchou sua visão sobre a política. “O objetivo da política não pode ser apenas conquistar e manter o poder. O poder político não pode ser um fim, ele só se justifica como um meio para realizar projetos, ideias, soluções para os problemas sociais, sonhos e utopias”, enfatizou, agradecendo em seguida à oportunidade em ter conhecido o ex-governador de Pernambuco. “Agradeço a Deus pela graça de perceber em vida o valor da contribuição de Eduardo para ajudar a melhorar o Brasil. E penso que mesmo em sua ausência há uma lição que todos podemos aprender. Em nosso aprendizado, Eduardo Campos vive”, enalteceu a ex-senadora. 

A ex-candidata à presidência da República e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (PSB), se posicionou nesta sexta-feira (10) em relação ao suposto envolvimento de políticos em casos de corrupção. Em artigo divulgado no site da Rede Sustentabilidade, partido que ela luta para registrar junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Silva demonstrou confiança nas instituições que investigam as denúncias. 

Para Marina Silva, as acusações que envolvem nomes de líderes políticos, como o da própria presidente Dilma Rousseff (PT) são graves. “As denúncias de corrupção e de desvio ético que atingem vários políticos e resvalam em algumas de nossas instituições são graves e têm gerado forte impacto na sociedade que manifesta, repetidamente, seu repúdio contra os fatos revelados”, analisou, frisando a importância de apoio os órgãos responsáveis pelas investigações. “Precisamos apoiar decididamente os órgãos de investigação e o sistema judiciário, mantendo a atenção para não haver interferência ou manipulação de ordem política”, completou.

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Com demonstração de cautela, a ex-ministra pontuou o suposto envolvimento da presidente da República, mas lembrou de que as investigações ainda não foram concluídas. “A confiança vigilante nas instituições é a melhor maneira de evitar precipitações ou aventuras que não estejam respaldadas na Constituição e no nosso arcabouço legal, que exigem a comprovação cabal do envolvimento da Presidente da República em crimes contra a administração pública, por ação direta ou prevaricação no exercício do cargo, o que ainda não está caracterizado de forma conclusiva para um pedido de impeachment”, reforçou.

Como resposta ao posicionamento de Dilma e de alguns petistas que alegam que a oposição está promovendo um “golpe”, Marina acredita que essa postura pretende desviar o olhar dos brasileiros. “Mas também não podemos confundir a opinião pública com rótulos simplistas como “golpe de Estado”, que alimentam a polarização que só aprofunda o fosso entre as lideranças políticas e os reais interesses da sociedade, além de desviar o olhar da população das questões graves que são objeto dos inquéritos em curso. Estamos sendo chamados a responder à crise com a máxima responsabilidade”, ressaltou.

Outro assunto abordado pela ex-candidata à presidência da República foi o a saída de Rousseff por meio de impeachment. “As manifestações inflamadas ou meramente retóricas contra ou a favor do impeachment precisam ser substituídas por atitudes de apoio às instituições e de exigência de investigações profundas e consequentes”, sugeriu, pontuando a questão de interesses próprios. “Não é hora de instrumentalizar a crise em favor de qualquer interesse particular ou de grupos, mas de um esforço verdadeiro para enfrentar os graves problemas que já estão afetando severamente a vida das pessoas, como o desemprego, a inflação, as altas taxas de juros e a precarização dos serviços públicos essenciais, principalmente aos mais vulneráveis”, enumerou.

Marina Silva ainda enfatizou a importância da construção democrática em prol da construção coletividade da nação. “Precisamos, urgentemente, de realidade, de compromisso e um país completo em sua construção democrática, com foco inequívoco no bem comum”, desejou a ex-ministra.

Os presidentes do PSB e do PPS, Carlos Siqueira e Roberto Freire, assinam artigo publicado nesta segunda-feira (18) no jornal "Folha de S. Paulo" em que defendem o sentido histórico da provável fusão entre os dois partidos - que será discutida em congressos das legendas em junho. O texto lembra as origens do PPS, herdeiro do Partido Comunista Brasileiro, o "Partidão", e do PSB, socialista. Fala da "Frente do Recife" e seu papel na resistência à ditadura e na campanha pelas diretas, citando também a Constituinte e o impeachment de Fernando Collor como situações em que as legendas atuaram conjuntamente.

Com essa argumentação, o texto apresenta a fusão como "alternativa real ao atual governo federal", mais do que a união de dois partidos. O artigo destaca que PSB e PPS estiveram juntos na campanha de Eduardo Campos - sem citar o nome de Marina Silva, que assumiu a cabeça de chapa após a tragédia e que agora segue empenhada em criar sua Rede Sustentabilidade. "É justamente a partir dessa aproximação que prosperou a tese da fusão entre os dois partidos, com intuito de oferecer à nação uma plataforma política conectada com os anseios da sociedade contemporânea e que dialogue com o século 21", diz o texto publicado nesta segunda.

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O artigo não usa a expressão "terceira via", mas reforça os conceitos de mudança e renovação na política. "O que a sociedade deseja é encontrar novos atores e novas formas de se expressar e participar", diz um trecho. "A sociedade pede mudança, um novo mundo pede passagem e este caminho já começou", diz outro.

No último parágrafo, o texto também faz crítica ao governo centrando no escândalo de corrupção e na continuidade do PT no poder - sem contudo citar o partido da presidente Dilma Rousseff diretamente. "Não devemos nos conformar jamais com a desesperança, o descalabro, a desfaçatez, o estelionato eleitoral, a corrupção e as mazelas resultantes da ação predatória daqueles que se locupletam e se perpetuam no poder sem escrúpulos."

Enquanto a ala majoritária do PSB, liderada pelo presidente paulista da legenda Márcio França, defende a lógica histórica e o cenário atual como argumentos para basear a fusão, o movimento desagrada a quadros históricos do partido, como Luiza Erundina (SP), Glauber Braga (RJ) e o secretário sindical do partido, Joilson Cardoso. Joilson foi a única voz na Executiva Nacional do PSB a abertamente desaprovar a fusão, argumentando que o PPS hoje tem uma postura muito mais conservadora que o PSB no Congresso Nacional. "Não vejo congruência em uma fusão com o PPS. Eles têm uma postura no Congresso de direita, enquanto nós mantemos uma posição crítica ao governo, mas de independência", disse Joilson à reportagem no fim de abril, quando a Executiva deu aval para que a negociação de fusão avançasse.

O principal desafio das Ciências Sociais é interpretar adequadamente a conjuntura. Quando isto não ocorre, análises conduzem os leitores à constatação equivocada da realidade. Na análise conjuntural não se deve desprezar os fatos e a qualificação adequada do momento que dado país vive.

Desde FHC, as instituições brasileiras avançam. A Lei de Responsabilidade Fiscal incentivou os gestores a boas práticas de governança. Privatizações possibilitaram a diminuição dos espaços do estado e, por consequência, enfraqueceu a dinâmica clientelista presente no presidencialismo de coalizão. Na era Lula, a Ação Penal 470 permitiu que políticos fossem condenados pelo STF.

Em 2014, na era Dilma, a Operação Lava Jato é iniciada. Em razão dela, diversos empresários e políticos foram detidos. Um grande escândalo de corrupção pública envolvendo a Petrobrás veio à tona em razão das ações da Justiça Federal, Ministério Público Federal e Polícia Federal. Variados órgãos de comunicação noticiam as ações advindas da Operação Lava Jato. E da cobertura midiática, diversos fatos, que requerem julgamentos de valor por parte da opinião pública, brotam.

Os escândalos de corrupção que abundam no noticiário sugerem que as instituições brasileiras avançam e que aos poucos a paralisia deixa de fazer parte delas. Governos, independentes dos que estejam no exercício do poder, sofrem com acusações. Porém, desde a curta era Itamar, nenhum presidente da República foi acusado oficialmente por crime de responsabilidade ou falta de decoro.

No âmbito econômico, a alta da inflação, neste ano, não sugere, ainda, de modo algum, que o Brasil voltará à conjuntura econômica antes do Plano Real. O pífio crescimento econômico de 2014 e, certamente, deste ano, não permite que ondas de pessimismo invadam as cabeças sábias. Relatórios econômicos de variadas instituições presumem que em 2016, caso o ajuste fiscal seja aprovado, o Brasil voltará a crescer. Os avanços sociais ocorridos desde as eras FHC e Lula podem sofrer momentânea paralisação e ínfimo retrocesso neste ano. Mas tais possibilidades não sugerem desastres.

No presidencialismo de coalizão, presidentes da República disputam a supremacia nos campos midiáticos e Legislativo com os membros do Parlamento. Tal dinâmica, costumeiramente, possibilita disputas, arengas. Porém, em dado momento, algum ator, presidente ou congressista, cede e a relação volta à normalidade, ou seja, os conflitos diminuem.

Desde junho de 2013, manifestações implodem nas ruas do Brasil. Redes sociais são arenas de disputas eleitorais. Pesquisas de opinião mostram que a presidente da República, agremiações partidárias e Parlamentos sofrem de déficit de confiança. Diante de tantos fatos, suspeita-se que o Brasil vive o caos. Mas tenho outra interpretação: o Brasil avança institucionalmente e mais eleitores exigentes e inquietos surgem.    

Em homenagem a Tancredo Neves, após três décadas passadas de sua morte, a deputada estadual Raquel Lyra (PSB) escreveu um artigo sobre o político de quase duas laudas. No texto, a socialista relembrou a trajetória do homem público e frisou como “ícone da redemocratização do Brasil”. Além disso, a parlamentar também citou uma passagem de seu tio, o ex-ministro da Justiça, Fernando Lyra.

Confira o artigo na íntegra abaixo:

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Ontem dia 21 de abril completamos 30 anos de morte de Tancredo Neves. Homem de uma trajetória política repleta de significados, mas aqui quero destacar o homem que se tornou o ícone da redemocratização do Brasil. Conciliação era a palavra que melhor caracterizava Tancredo Neves.

Na candidatura de Juscelino Kubistchek à presidência foi um conselheiro. Quando João Goulart aceitou o parlamentarismo, Tancredo já era visto como um possível primeiro-ministro. Desde o governo Getúlio Vargas, quando foi Ministro da Justiça, já era conhecido como um homem dos bastidores. Combateu a ditadura de forma particular, abrindo diálogo com os militares. Tancredo era a possibilidade de uma transição pacífica da ditadura para a democracia. 

Pernambuco foi cenário de muitos momentos importantes da vida política de Tancredo. A sua participação na Campanha pelas Eleições Diretas, teve aqui em Recife, um evento marcante, o comício na praia de Boa Viagem em 1984, e momentos de articulações políticas para a escolha do seu vice. Ele dizia: "Chegou a hora de libertarmos esta pátria desta confusão que se instalou no país há 20 anos".

Em 1985, momento de retomada da democratização, após o Movimento das “Diretas Já”, meu tio Fernando Lyra, foi o articulador da candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República. Apesar da candidatura não ter ocorrido, em virtude, de derrota da emenda que restabeleceria o voto direto para o Executivo federal, foi essa posição de conciliação, que o fez, colocar-se como opção dos militares para viabilizar sua candidatura no Colégio Eleitoral.

A chapa Tancredo-Sarney levou às ruas comícios tão grandes como o da campanha das “Diretas Já”. Tancredo era conhecido como o candidato da conciliação e em janeiro de 1985, com 480 votos, contra 180 e 26 abstenções, o mineiro Tancredo Neves foi eleito Presidente da República pelo Colégio Eleitoral. Apesar da eleição indireta, Tancredo representava a esperança do povo. 

Suas palavras confirmavam o desejo pela mudança: “Restaurar a democracia é restaurar a República. É edificar a Nova República, missão que estou recebendo do povo e se transformará em realidade pela força não apenas de um político, mas de todos os cidadãos brasileiros!”.

Em entrevista concedida em 2012, meu tio, Fernando Lyra destacou o papel de Tancredo Neves dizendo: “Tive a felicidade de conviver com grandes políticos de várias gerações. (...) Mais do que ninguém, ele soube fazer a hora na história do Brasil. Personificou a transição democrática, mas o destino não quis que fosse o seu executor”.

Após 21 anos de ditadura militar, Tancredo Neves seria o primeiro presidente civil. Mas um tumor no intestino, várias cirurgias e um longo internamento afastaram o ícone da redemocratização. A euforia da vitória abriu espaço para a incerteza, o medo de Tancredo não tomar posse, era o medo do sonho da mudança não se concretizar. E no dia 21 de abril de 1985, sem tomar posse, Tancredo faleceu.

O seu exemplo de luta fica para nós como referência de como fazer política, sem retaliações e com espírito conciliador. A homenagem que faço hoje é para ressaltar o desejo que esse homem público tinha em mudar a realidade do nosso país. 

Tancredo Neves soube articular, ouvir, agir, esperar e conquistar. Que seu legado de perseverança não tenha sido em vão. A democracia sonhada por Tancredo Neves continua a ser construída no Brasil por milhares de brasileiros todos os dias, apesar dos momentos difíceis que vivemos.

Que os compromissos e alianças políticas tenham sempre em vista o fortalecimento da democracia e o bem estar do nosso povo, tão almejado por Tancredo.

Desde a saída de Marta Suplicy do Partido dos Trabalhadores (PT), os ânimos ficaram alterados entre os correligionários que compõem a liderança do Governo. Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, nesta terça-feira (27), a senadora afirmou que os erros sucessivos da gestão de Dilma Rousseff (PT) ocorreram devido aos inúmeros fatores, entre eles, a ausência de transparência no direcionamento da economia.

Confira o texto na íntegra:

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Se tivesse havido transparência na condução da economia no governo Dilma, dificilmente a presidente teria aprofundado os erros que nos trouxeram a esta situação de descalabro. Não estaríamos agora tendo de viver o aumento desmedido das tarifas, a volta do desemprego, a diminuição de direitos trabalhistas, a inflação, o aumento consecutivo dos juros, a falta de investimentos e o aumento de impostos, fazendo a vaca engasgar de tanto tossir.

Assim que a presidenta foi eleita, seu discurso de posse acompanhou o otimismo e reiterou os compromissos da campanha eleitoral: "Nem que a vaca tussa!".

Havia uma grande expectativa a respeito do perfil da equipe econômica que a presidenta Dilma Rousseff escolheria. Sem nenhuma explicação, nomeia-se um ministro da Fazenda que agradaria ao mercado e à oposição. O simpatizante do PT não entende o porquê. Se tudo ia bem, era necessário alguém para implementar ajustes e medidas tão duras e negadas na campanha? Nenhuma explicação.

Imagina-se que a presidenta apoie o ministro da Fazenda e os demais integrantes da equipe econômica. É óbvio que ela sabe o tamanho das maldades que estão sendo implementadas para consertar a situação que, na realidade, não é nada rósea como foi apresentada na eleição. Mas não se tem certeza. Ela logo desautoriza a primeira fala de um membro da equipe. Depois silencia. A situação persiste sem clareza sobre o que pensa a presidenta.

Iniciam-se medidas de um processo doloroso de recuperação de um Brasil em crise. Até onde ela se propõe a ir? Até onde vai o apoio à equipe econômica?

Para desestabilizar mais um pouco a situação, a Fundação Perseu Abramo, do PT, critica as medidas anunciadas, o partido não apoia as decisões do governo e alguns deputados petistas vociferam contra elas. Parte da oposição, por receio de se identificar com a dureza das medidas, perde o rumo criticando o que antes preconizou.

O PT vive situação complexa, pois embarcou no circo de malabarismos econômicos, prometeu, durante a campanha, um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação para o país, mas agora está atarantado sob sérias denúncias de corrupção.

Nada foi explicado ao povo brasileiro, que já sente e sofre as consequências e acompanha atônito um estado de total ausência de transparência, absoluta incoerência entre a fala e o fazer, o que leva à falta de credibilidade e confiança.

É o que o mercado tem vivido e, por isso, não investe. O empresariado percebe a situação e começa a desempregar. O povo, que não é bobo, desconfia e gasta menos para ver se entende para onde vai o Brasil e seu futuro.

Acrescentem-se a esse quadro a falta de energia e de água, o trânsito congestionado, os ônibus e metrôs entupidos, as ameaças de desemprego na família, a queda do poder aquisitivo, a violência crescente, o acesso à saúde longe de vista e as obrigações financeiras de começo de ano e o palco está pronto.

A peça se desenrola com enredo atrapalhado e incompreensível. O diretor sumiu."

 

 

 

 

O PSDB publicou nesta terça-feira, 30, um artigo no qual afirma que a possibilidade de o PT continuar mais quatro anos à frente do governo está "disseminando pânico na economia". "É uma das raras vezes em que o conhecido suscita mais desconfiança do que credibilidade. Quem cuida do dinheiro prefere não correr o 'risco Dilma'", afirma a análise do Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política dos tucanos.

Intitulado "O Risco Dilma assombra", o texto cita o fato de que o mercado financeiro reagiu ontem "bastante negativamente" aos resultados das pesquisas eleitorais dos últimos dias. Os preços das ações - principalmente das estatais - registraram forte queda e o dólar, uma forte alta.

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"A leitura que o mercado faz do cenário eleitoral é exagerada. Nem é provável que se dê o pior dos mundos, ou seja, que Dilma Rousseff liquide a fatura em primeiro turno, nem se pode dizer que a oposição não conseguirá derrotar o petismo no segundo turno. Neste momento, o certo é que não é possível saber quem disputará a rodada de 26 de outubro", diz.

O artigo afirma que o dólar, por exemplo, teve alta de 11% em um mês e fechou ontem na maior cotação desde dezembro de 2008, auge da crise global. Ele diz ainda que o movimento pode ter como consequência a "aceleração da inflação" e levar problemas às contas externas, cujo rombo quase dobrou desde 2010.

O texto avalia que, com o pânico, o mercado também começa a ajustar as taxas de juros para cima. Também são citados como efeitos no dia da dia das pessoas o encarecimento do custo do crédito.

"A desconfiança geral deve-se ao fato de o Brasil ter hoje uma das piores combinações do mundo: inflação alta e crescimento baixo. Agora até o Banco Central já trabalha com projeções para o PIB deste ano perto de zero, enquanto o mundo como um todo deve crescer 2,5% e nossos vizinhos latino-americanos, 1,7%", critica.

O texto diz que o "risco Dilma" aparece no horizonte na mesma medida em que o governo da atual presidente se recusa a admitir problemas, "inventa bodes expiatórios para justificar seu fracasso e se furta a apontar que rumos poderia tomar caso os eleitores cometam a temeridade de manter o PT no comando do país por mais quatro anos".

O artigo afirma que estamos diante de uma situação insólita, do temor que o conhecido desperta, o inverso do que o País viveu em 2002, quando da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. "Mas, sabiamente, o PT optou por rezar pela cartilha herdada do PSDB e, enquanto assim procedeu, o Brasil foi bem. Anos depois, foi só o PT fazer o que acredita e defende para o caldo entornar", diz.

"O que pagamos hoje é o preço da desconfiança. Não apenas de investidores. Mas dos brasileiros em geral, que trabalham, produzem e consomem. Sabemos todos que a economia vive de expectativas e, com Dilma Rousseff mais quatro anos no Planalto, elas são as piores possíveis. Este risco não vale a pena corrermos", conclui o artigo.

Acompanhando a demolição do Cais José Estelita desde a madrugada desde quinta-feira (22), o vereador Raul Jungmann (PPS) depois de ter rebatido os seguranças por supotos atos de agressões, escreveu artigo sobre a demolição do espaço na manhã de hoje. No texto, o parlamentar e líder da oposição na Câmara de Vereadores promete não se calar, nem “tolerar qualquer ato de violência”.

Criticando a ação, o pós-comunista frisa ainda que a iniciativa beneficiará o capital imobiliário do projeto Novo Recife. Confira o artigo na íntegra abaixo:

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O som ao redor do Estelita

Na calada da noite, o som dos tratores e da demolição ecoa no Cais José Estelita, no Bairro de São José. Sem qualquer piedade, as máquinas derrubam os galpões para que sejam erguidos novos espigões, que beneficiarão o capital imobiliário. É o projeto Novo Recife preparando-se para tomar forma.

Uma forma totalmente questionada e refutada pela sociedade. Por isso, não vou me calar e farei com que a voz daqueles que são contrários ecoe também, só que muito além do barulho produzido pelos tratores e pela queda do concreto, da madeira e dos tijolos.

Se é uma briga da sociedade, também é minha. Por isso, fui nesta madrugada ao Cais José Estelita apoiar o movimento #OcupeEstelita, liderado pelo grupo Direitos Urbanos. Também fui à delegacia prestar solidariedade Sérgio Urt, que foi covardemente agredido, e a Liana Cirne Lins.

Não vou tolerar qualquer ato de violência, independente de quem a pratique, pois a nossa causa não tolera agressões. A nossa luta é para que os empreendimentos de impacto sejam amplamente discutidos com a sociedade e que visem o bem-estar dos cidadãos, e não o lucro para o capital imobiliário.

Raul Jungmann (PPS)

 

Vereador do Recife.

 

Há 150 anos, em "Viagem ao Centro da Terra", o escritor francês de ficção científica Júlio Verne descreveu um amplo oceano existente nas profundezas da superfície terrestre. Hoje, essa estranha e assombrosa imagem encontrou eco inesperado em um estudo científico.

Em artigo publicado na conceituada revista "Nature" nesta quarta-feira, cientistas disseram ter encontrado um pequeno diamante que aponta para a existência de um vasto reservatório abaixo do manto da Terra, cerca de 400-600 quilômetros abaixo dos nossos pés. "Essa amostra fornece, de fato, confirmações extremamente fortes de que há pontos locais úmidos profundos na Terra nessa área", declarou o principal autor do estudo, Graham Pearson, da Universidade de Alberta, no Canadá.

"Essa zona particular da Terra, a zona de transição, pode conter tanta água quanto todos os oceanos juntos", explicou Pearson. "Uma das razões, pelas quais a Terra é um planeta tão dinâmico, é a presença de água em seu interior. A água muda tudo sobre a maneira como o planeta funciona", completou.

A prova vem de um mineral raro que absorve água chamado ringwoodite, procedente da zona de transição espremida entre as camadas superior e inferior do manto terrestre, explicam os especialistas. A análise do material revelou que a rocha contém uma quantidade significativa de moléculas de água, da ordem de 1,5% de seu peso.

O manto se situa sob a crosta terrestre, até o núcleo da Terra, a uma profundidade de 2.900 quilômetros. Entre as duas grandes partes do manto - o superior e o inferior -, encontra-se uma zona chamada de "transição", entre 410 km e 660 km de profundidade.

O principal mineral do manto superior é a olivina. Quando a profundidade e, consequentemente, a pressão aumentam, a olivina se transforma, mudando de estado. Entre 410 km e 520 km, ela vira wadsleyite e, entre 520 km e 660 km, chega a ringwoodite, um mineral que contém água.

Essa variedade de olivina já foi encontrada em meteoritos, mas nunca oriunda da Terra, justamente por se encontrar a uma profundidade inacessível.

"Até hoje, ninguém nunca viu ringwoodite do manto da Terra, ainda que os geólogos estejam convencidos de sua existência", destacou o geólogo Hans Keppler, da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, no editorial publicado na "Nature".

O mineral ringwoodite foi descoberto pela equipe de Graham Pearson quase por acaso, em 2009, quando os pesquisadores examinavam um diamante marrom sem valor comercial, de apenas três milímetros, procedente da cidade brasileira de Juína, no estado do Mato Grosso.

A amostra foi submetida à análise por espectroscopia e difração por raio X durante vários anos até ser oficialmente confirmada como ringwoodite, tornando-se a primeira prova terrestre dessa rocha super-rara.

O grupo acredita que o diamante tenha chegado à superfície da Terra durante uma erupção vulcânica. A equipe de Graham Pearson não fala, porém, em água na forma líquida, e sim, contida nesse mineral bem particular.

Ainda falta determinar, como ressaltou Hans Keppler, se a amostra de ringwoodite analisada é representativa do conjunto da zona de transição do manto terrestre. O nome Ringwoodite vem do geólogo australiano Ted Ringwood, segundo o qual um mineral especial criaria uma zona de transição devido às altas pressões e temperaturas nessa área.

Pearson defendeu que as implicações dessa descoberta são profundas. Se existe água, em grande volume, abaixo da crosta terrestre, isso implica um possível impacto significativo nos mecanismos dos vulcões e no movimento das placas tectônicas.

O senador e presidenciável, Aécio Neves (PSDB), divulgou nesta segunda-feira (10) um artigo, em um jornal de circulação nacional, destacando a amizade e a atuação política do deputado federal Sérgio Guerra (PSDB) falecido na última quinta-feira (6). Neves participou das últimas homenagens ao pernambucano na última sexta (7), durante o velório o presidenciável intitulou Guerra como um "político destemido" e afirmou que ele fará falta na construção do cenário político nacional para o pleito deste ano. 

Veja o texto na íntegra:

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Sérgio, meu amigo.

Há três dias nos despedimos de você, em uma Recife consternada pela perda do homem público admirado em todo o país. Entre tantos de nós que fomos levar à sua família o nosso respeito, lutei para não me deixar tomar pela emoção da hora. Foi impossível não revisitar nossas caminhadas pelo Brasil e os encontros que marcaram nossa convivência.

Penso que algo estranho acontece quando nos despedimos de pessoas que nos são tão especiais. Por um lado, parece que envelhecemos subitamente, transformados em sobreviventes de outros tempos e histórias já vividas. Por outro, encontramos nessas mesmas histórias novos sentidos e o ânimo necessário para seguir em frente.

Nesses dias, com justiça, o país inteiro ouviu de seus companheiros de jornada –e mesmo de adversários tradicionais– inquestionáveis elogios às virtudes que embalaram a sua vida pública. Quase sempre, o conciliador dedicado à construção de novas convergências em favor do país foi também lembrado como o crítico feroz aos desvios, malfeitos, contradições e desarranjos da vida nacional, especialmente presentes neste nosso trecho de história.

As mais de três décadas de intensa militância política –e nem mesmo as doenças graves que o abateram– foram capazes de esmorecer uma indignação juvenil que, sei, movia-lhe, como se mantivesse intocado o líder estudantil da juventude e aquelas sempre grandiosas esperanças.

Guardo comigo uma grande admiração pela leveza e alegria com que você sempre conduziu as suas responsabilidades, afastando da política o peso do rancor e do confronto pessoal estéril. Talvez por isso, quase todas as suas relações nesse campo tenham se transformado em boas amizades. Da mesma forma, sou testemunha do seu esforço sobre-humano para não permitir que o líder tomado por compromissos se sobrepusesse ao pai dedicado, que de longe se afligia com a caminhada dos quatro filhos.

Outra imagem que ficou foi a do ativista em luta permanente e admirável pelas grandes causas do país. Do Brasil pobre, injusto e desigual, que continua existindo de forma dramática ainda mais visível no Nordeste, razão maior de sua militância política.

Sei que não o ouviremos mais recontando casos acontecidos com a gente simples do sertão pernambucano, de onde tirava exemplos e lições. Não o veremos cobrando à política nacional respeito aos brasileiros. Não o teremos mais à mesa, fazendo a defesa intransigente dos valores democráticos. Mas cuidaremos, querido amigo, com respeito e reconhecimento, para que suas ideias e seus compromissos se multipliquem na voz e na caminhada de cada um de nós pelo Brasil.

Com gratidão, Aécio.

 

A cantora Lily Allen causou polêmica nas redes sociais após escrever um artigo para a última edição da revista masculina Short List. Com a temática “Como ser um homem”, o texto faz uma série de críticas ao feminismo. “Feminismo. Eu odeio essa palavra porque ela nem deveria ser um tema mais. Nós somos todos iguais, todo mundo é igual”, critica Lily que continua: “Por que até existe uma conversa sobre o feminismo? Qual a versão masculina do feminismo? Não há nem uma palavra para isso”.

Antes do artigo, Lily Allen havia criticado o sexismo do mundo pop na música Hard Out Here. Ela ainda disse quem é o maior inimigo da mulher. “Mas eu não acho que os homens sejam o inimigo. Eu acho que as mulheres são os inimigos. Eu sei que quando estou sentada em um restaurante e uma bela mulher entra, uma magra, eu instintivamente penso ‘Oh, ela é realmente magra e bonita, e eu sou realmente gorda e feia’. É uma coisa mais competitiva. É bizarro. Não é saudável e nós somos as nossas maiores inimigas”, escreveu  Lily.

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As pessoas uma vez ou outra me despejam falácias como “não se fazem mais filmes como antigamente”, ou “perdeu-se o romantismo do cinema”. Argumentos clichês, que poderiam estar na boca de Galvão Bueno, fosse ele o comentarista do Oscar. Essas pessoas nunca se atinam pelo fato de que os filmes ruins simplesmente não sobreviveram ao tempo, sobrando apenas aqueles que têm algo a falar, que possuem uma importância para o Cinema. Mas se a qualidade/conteúdo não se determina pela sua época – e claro, há também aqueles que acham que os únicos filmes são os feitos “hoje em dia” -, a forma vem sendo o grande camaleão dessa arte adolescente que é o Cinema.

A ex-senadora Marina Silva (PSB-AC) criticou, nesta sexta-feira (31), o “Brasil” apresentado pela presidente Dilma Rousseff (PT) no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Em artigo, publicado pela Folha de São Paulo, da socialista faz duras críticas ao modelo de gestão da petista e ironiza alguns itens colocados como prioridade do Governo Federal, entre eles a educação. Marina faz questão de pontuar o índice de analfabetismo nacional, a queda dos investimentos no Ministério da Educação e o cancelamento da Conferência Nacional de Educação.

Além disso, a socialista também menciona a reforma ministerial, que acontece atualmente nas pastas da gestão petista. Para ela a ação é apenas para a redistribuição de cargos políticos. “Longe de significar novo planejamento de metas de longo prazo, (a reforma) reduz-se a uma redistribuição de cargos com o curto prazo eleitoral. Desse modo, a distância entre o Brasil e Davos só aumenta”, diz o texto.

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Veja o artigo na íntegra:

Distância

O Brasil fica longe de Davos. Mais que nos mapas, a distância pode ser medida no discurso da presidente Dilma Rousseff no Fórum Econômico Mundial que aconteceu na semana passada na bela e fria estação suíça. Todos concordamos com suas palavras: a educação tem importância estratégica para reduzir a desigualdade social e, ao mesmo tempo, alicerçar uma economia do conhecimento com tecnologia e inovação. Por isso, a educação está entre as prioridades, junto com a infraestrutura, o planejamento urbano, a estabilidade econômica e outras grandes questões definidoras do desenvolvimento do Brasil.

Cinco dias depois, a Unesco divulgou relatório que coloca o Brasil –entre 150 países pesquisados– em 8º lugar no número de analfabetos adultos. Eram 13,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais em 2012, segundo o IBGE. É quase impossível reduzir a taxa de analfabetismo entre adultos, de 8,7% naquele ano, para os 6,7% fixados nas metas da ONU para o ano que vem.

Ontem, lemos nos jornais: os investimentos do Ministério da Educação caíram 13% de janeiro a novembro de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior. O noticiário nos avisa também que a equipe econômica estuda reduzir ainda mais o orçamento da pasta para que o governo recupere a credibilidade perdida desde que foram revelados seus artifícios contábeis para fechar as contas no fim do ano.

Os especialistas indicam o contrário, a necessidade urgente de o Brasil aumentar os investimentos que hoje são de R$ 5 mil para cada aluno da educação básica. Em países ricos, esse valor é três vezes maior. Que não chegássemos a tanto, mas diminuir as verbas da educação é ir em direção oposta.

Para completar, no mesmo dia do discurso em Davos, o governo anunciou o cancelamento da Conferência Nacional de Educação (Conae), que aconteceria em fevereiro, a tempo de pressionar o Congresso na tramitação do Plano Nacional de Educação (PNE), que voltou para a Câmara dos Deputados depois de modificado, para pior, pelo Senado. Sob protesto dos movimentos de defesa da educação, a Conae ficou para novembro, depois da Copa e das eleições, e o PNE, que deveria ter sido aprovado há três anos, vai atrasar mais um.

É impossível tornar consequente o discurso da presidente enquanto perdurar uma ideia fisiológica e patrimonialista de governabilidade, segundo a qual um ministério pode ser fatiado e distribuído entre partidos aliados. Uma reforma ministerial, mesmo diante de prioridades inegavelmente estratégicas e eloquentemente discursadas, longe de significar novo planejamento de metas de longo prazo, reduz-se a uma redistribuição de cargos com o curto prazo eleitoral. Desse modo, a distância entre o Brasil e Davos só aumenta.

A ex-senadora Marina Silva, organizadora do Rede Sustentabilidade e filiada ao PSB, fez duras críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT), nesta sexta-feira (17), em artigo escrito para o Jornal Folha de São Paulo. No texto, ela cita de forma notória a publicação do PT ao governador Eduardo Campos no Facebook e reprova o uso de agressões verbais no período eleitoral.

Para a ex-parlamentar, “é intolerável à situação que vivemos em anos eleitorais, marcados por uma degradante agressão verbal contra candidatos e lideranças políticas”, a exemplo de calúnia, injúria e ofensas que levam o Brasil para o atraso, alega a socialista. 

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Sem descrever nomes ou partidos ela afirma saber “quem são os responsáveis por essa guerra” e garante que eles estão na direção dos partidos “mais poderosos, cujos militantes, geralmente remunerados, seguem sua pauta e comando no ataque aos alvos definidos. E chamam isso de tática e estratégia numa disputa supostamente ideológica entre esquerda e direita”, disparou. 

A ex-senadora também relembrou as manifestações ocorridas nas ruas do país, ano passado, opinou que iniciativas de difamações e injúrias traz a perda do Brasil e relembrou as críticas numa publicação sem assinatura de autor, expostas no Facebook do PT ao governador de Pernambuco. “A linguagem chula dos desaforos anônimos ou "fakes" não devem ser estimulados nem acobertados”, destacou, sugerindo ações para o problema. “A primeira condição é que os dirigentes assumam a responsabilidade, que de fato têm, sobre a ação de seus companheiros. A segunda é de que a decisão de manter o bom nível seja incondicional, nada de "responder na mesma altura", quer dizer, na mesma baixeza”, disse Silva. 

Ao término do texto, a ex-parlamentar relembrou a disputa eleitoral que teve com o ex-presidente Lula (PT) e recomendou uma solução. “Lembro de antigas campanhas com Lula e o PT, enfrentando calúnias e preconceitos em boatos, panfletos apócrifos e pichações nos muros. No Acre, pelos idos dos anos 90, criamos uma "campanha de limpeza da campanha" para combater a baixaria. Precisamos de uma assim, no Brasil”, cravou Marina Silva. 

Por Juan Quirós*

As manifestações populares que ocorrem no Brasil, desconsiderando-se, obviamente, a lamentável ação de baderneiros, depredadores e vândalos, revelam uma insatisfação com a persistência de antigos problemas no setor público. A despeito dos avanços verificados nos últimos vinte anos em termos de equilíbrio monetário, inclusão social e ascensão de renda de parcela expressiva da população, o Estado persiste em velhos vícios e segue não atendendo a sociedade de modo adequado.

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Assim, é necessário implementar eficiência, de modo que as políticas públicas contribuam para ampliar a competitividade nacional, cujo equacionamento implica as reformas estruturais (tributária, previdenciária e trabalhista), a modernização da infraestrutura e inovação tecnológica. Outro item importante é encontrar soluções efetivas para o definitivo financiamento da infraestrutura, equacionando-se os gargalos dos transportes e de energia.

As máquinas administrativas governamentais, nas esferas federal, estadual e municipal, precisam de um choque de gestão, de modo que assimilem a cultura de resultados das empresas. Nesse sentido, é importante que ocorra maior participação de empresários na política e em cargos do setor público. Isso, como demonstram algumas experiências bem-sucedidas, como ocorreu com o programa federal de exportações no período entre 2003 e 2006, pode conferir mais eficiência, produtividade e qualidade aos organismos da administração direta e indireta do Executivo e aos órgãos do Legislativo.

O conhecimento, dinâmica, capacidade de gestão e foco em resultados dos empresários somam-se à experiência e capacidade dos servidores públicos, constituindo um novo modelo para o atendimento às demandas do Estado. A população é a principal beneficiária desse processo, pois se aprimoram os serviços, agilizam-se os procedimentos e se melhora a relação custo-benefício dos elevados impostos pagos pelos brasileiros.

Desenvolver e consolidar um novo modelo na gestão do setor público é importante para o Brasil, que ainda precisa avançar muito no aprimoramento de áreas prioritárias, como saúde, educação, saneamento básico, infraestrutura e segurança, essenciais ao desenvolvimento nacional. São setores nos quais se observam avanços, mas que ainda precisam elevar-se a um padrão melhor de qualidade, eficiência e atendimento mais amplo às demandas.

O debate desses temas deverá permear cada vez mais a pauta nacional, não só no âmbito da sociedade civil, como nos partidos políticos, que são as grandes bases de captação dos anseios populares e de sua conversão em propostas de governo. Por este aspecto, também é relevante a participação de empresários na vida partidária e na disputa de cargos eletivos no Executivo e no Legislativo. Sua experiência e empreendedorismo contribuem para que projetos economicamente viáveis, socialmente justos e ambientalmente corretos, como recomenda o mais contemporâneo conceito de sustentabilidade, sejam transpostos do plano dos debates para as ações programáticas governamentais. 

A participação de empresários na vida política nacional significa efetiva contribuição para o avanço do País. Suas ideias, sugestões e plataformas programáticas são conteúdos preciosos para o aprimoramento do Estado, a busca de soluções para os gargalos brasileiros e a formulação de todas as respostas aos questionamentos que a sociedade vem fazendo.

*Juan Quirós é presidente do Grupo Advento e do LIDE Campinas (Grupo de Lideranças Empresariais) e vice da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O ARTIGO EMITE A OPINIÃO DO AUTOR, DESTE MODO NÃO NECESSÁRIAMENTE RELATA A VISÃO DESTE PORTAL.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), saiu em defesa do seu correligionário, José Genoíno, preso na última sexta-feira (15), após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar o trânsito em julgado da Ação 470, que versa sobre o julgamento dos envolvidos no caso do Mensalão. Para Genro, a prisão de Genoíno é uma segunda tortura efetivada pelo Brasil, já que o condenado também foi vítima de torturas na época da ditadura militar. 

O deputado federal teria, segundo o advogado de defesa Luiz Fernando Pacheco, passado mal durante a noite desse sábado (16), o que acarretou um pedido da defesa para que Genoíno cumprisse a pena em prisão domiciliar. Ainda no texto, o Tarso Genro questiona a decisão do STF e faz criticas a possíveis atitudes do PSDB, principal partido rival do PT, que não foram punidas pela Justiça Brasileira. 

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Confira o artigo na íntegra:

José Genoino foi brutalmente torturado na ditadura e seus torturadores continuam aí, sorridentes e impunes pelo que fizeram nos porões do regime, abrigados até agora por decisões deste mesmo Tribunal que condena sem provas militantes do PT. José Dirceu coordenou a vitória legítima de Lula, para o seu primeiro mandato. Os que compraram votos para reeleger Fernando Henrique estão também por aí, livres e gaudérios. Essas comparações pairam sobre o prestígio da Suprema Corte.

Ernst Bloch, na sua crítica aos princípios do Direito Natural sem fundamentação histórica, defendeu que não é sustentável que o homem seja considerado, por nascimento, “livre e igual”, pois não há “direitos inatos, e sim que todos são adquiridos em luta”. Esta categorização, “direitos adquiridos em luta”, é fundamental para compreender as ordens políticas vigentes como Estado de Direito, que proclamam um elenco de princípios contraditórios, que ora expressam com maior vigor as conquistas dos que se consideram oprimidos e explorados no sistema de poder que está sendo impugnado, ora expressam resistências dos privilegiados, que fruem o poder real: os donos do dinheiro e do poder.

Esta dupla possibilidade de uma ordem política, inscrita em todas as constituições, mais ou menos democráticas, às vezes revela-se mais intensamente no contencioso político, às vezes ela bate à porta dos Tribunais. A disputa sobre o modelo de desenvolvimento do país, por exemplo, embora em alguns momentos tenha sido judicializada, deu-se até agora, predominantemente, pela via política, na qual o PT e seus aliados de esquerda e do centro político foram vitoriosos, embora com alianças pragmáticas e por vezes tortuosas para ter governabilidade.

Já a disputa sobre a interpretação das normas jurídicas que regem a anistia em nosso país e a disputa sobre as heranças dos dois governos do presidente Lula tem sido, predominantemente, judicializadas. São levadas, portanto, para uma instância na qual a direita política, os privilegiados, os conservadores em geral (que tentaram sempre fulminar o Prouni, o Bolsa Família, as políticas de valorização do salário mínimo, as políticas de discriminação positiva, e outras políticas progressistas), tem maior possibilidade de influenciar.

Quando falo aqui em “influência” não estou me referindo a incidência que as forças conservadoras ou reacionárias podem ter sobre a integridade moral do Poder Judiciário ou mesmo sobre a sua honestidade intelectual. Refiro-me ao flanco em que aquelas forças – em determinados assuntos ou em determinadas circunstâncias- podem exercer com maior sucesso a sua hegemonia, sem desconstituir a ordem jurídica formal, mantendo mínimos padrões de legitimidade.

O chamado processo do “mensalão” obedeceu minimamente os ritos formais do Estado de Direito, com atropelos passíveis de serem cometido sem maiores danos à defesa, para chegar a final previamente determinado, exigido pela grande mídia, contingenciado por ela e expressando plenamente o que as forças mais elitistas e conservadoras do país pretendiam do processo: derrotados na política, hoje com três mandatos progressistas nas costas, levaram a disputa ao Poder Judiciário para uma gloriosa “revanche”: ali, a direita derrotada poderia fundir (e fundiu) uma ilusória vitória através do Direito, para tentar preparar-se para uma vitória no terreno da política. As prisões de Genoino e José Dirceu foram celebradas freneticamente pela grande imprensa.

Sustento que os vícios formais do processo, que foram corretamente apontados pelos advogados de defesa – falo dos réus José Genoino e José Dirceu – foram totalmente secundários para as suas condenações. Estas, já estavam deliberadas antes de qualquer prova, pela grande mídia e pelas forças conservadoras e reacionárias que lhe são tributárias, cuja pressão sobre a Suprema Corte – com o acolhimento ideológico de alguns dos Juízes- tornou-se insuportável para a ampla maioria deles.

Lembro: antes que fossem produzidas quaisquer provas os réus já eram tratados diuturnamente como “quadrilheiros”, “mensaleiros”, “delinquentes”, não somente pela maioria da grande imprensa, mas também por ilustres figuras originárias dos partidos derrotados nas eleições presidenciais e pela banda de música do esquerdismo, rapidamente aliada conjuntural da pior direita nos ataques aos Governos Lula. Formou-se assim uma santa aliança, antes do processo, para produzir a convicção pública que só as condenações resgatariam a “dignidade da República”, tal qual ela é entendida pelos padrões midiáticos dominantes.

Em casos como este, no qual a grande mídia tritura indivíduos, coopta consciências e define comportamentos, mais além de meras convicções jurídicas e morais, não está em jogo ser corajoso ou não, honesto ou não, democrata ou não. Está em questão a própria funcionalidade do Estado de Direito, que sem desestruturar a ordem jurídica formal pode flexioná-la para dar guarida a interesses políticos estratégicos opostos aos que “adquirem direitos em luta”. Embora estes direitos sejam conquistas que não abalam os padrões de dominação do capital financeiro, que tutela impiedosamente as ordens democráticas modernas, sempre é bom avisar que tudo tem limites. O aviso está dado. Mas ele surtirá efeitos terminativos?

Este realismo político do Supremo ao condenar sem provas, num processo que foi legalmente instituído e acompanhado por todo o povo – cercado por um poder midiático que tornou irrelevantes as fundamentações dos Juízes – tem um preço: ao escolher que este seria o melhor desfecho não encerrou o episódio. Ficam pairando, isto sim, sobre a República e sobre o próprio prestígio da Suprema Corte, algumas comparações de profundo significado histórico, que irão influir de maneira decisiva em nosso futuro democrático.

José Genoino foi brutalmente torturado na época da ditadura e seus torturadores continuam aí, sorridentes, impunes e desafiantes, sem qualquer ameaça real de responderem, na democracia, pelo que fizeram nos porões do regime de arbítrio, abrigados até agora por decisões deste mesmo Tribunal que condena sem provas militantes do PT. José Dirceu coordenou a vitória legítima de Lula, para o seu primeiro mandato e as suas “contrapartes”, que compraram votos para reeleger Fernando Henrique (suponho que sem a ciência do Presidente de então), estão também por aí, livres e gaudérios.

O desfecho atual, portanto, não encerra o processo do “mensalão”, mas reabre-o em outro plano: o da questão democrática no país, na qual a “flexão” do Poder Judiciário mostra-se unilateralmente politizada para “revanchear” os derrotados na política. Acentua, também, o debate sobre o poder das mídias sobre as instituições. Até onde pode ir, na democracia, esta arrogância que parece infinita de julgar por antecipação, exigir condenações sem provas e tutelar a instituições através do controle e da manipulação da informação?.

Militei ao lado de José Genoino por mais de vinte anos, depois nos separamos por razões políticas e ideológicas, internamente ao Partido. É um homem honesto, de vida modesta e honrada, que sempre lutou por seus ideais com dignidade e ardor, arriscando a própria vida, em momentos muito duros da nossa História. Só foi condenado porque era presidente do PT, no momento do chamado “mensalão”. Militei sempre em campos opostos a José Dirceu em nosso Partido e, em termos pessoais, conheço-o muito pouco, mas não hesito em dizer que foi condenado sem provas, por razões eminentemente políticas, como reconhecem insuspeitos juristas, que sequer tem simpatias por ele ou pelo PT.

Assim como temos que colocar na nossa bagagem de experiências os erros cometidos que permitiram a criação de um processo judicial ordinário, que se tornou rapidamente um processo político, devemos tratar, ora em diante, este processo judicial de sentenças tipicamente políticas, como uma experiência decisiva para requalificar, não somente as nossas instituições democráticas duramente conquistadas na Carta de 88, mas também para organizar uma sistema de alianças que dê um mínimo respaldo, social e parlamentar, para fazermos o dever de casa da revolução democrática: uma Constituinte, no mínimo para uma profunda reforma política, num país em que a mídia de direita é mais forte do que os partidos e as instituições republicanas.

O ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB) voltou a defender o projeto do Canal do Sertão e frisando que a irrigação no estado cresceu consideravelmente e com a concretização do projeto ganhará mais. Segundo Bezerra Coelho as criticas, que na última semana começaram a surgir, com relação a reestruturação da proposta são meramente "rixas políticas". 

"É preciso deixar as rixas políticas de lado e a volta à baila de debates já superados para buscar a unidade em prol do desenvolvimento do interior do Estado para a concretização desses projetos", destaca FBC no artigo. Frizando ainda que o interior de Pernambuco será prioridade sempre. "O interior do Estado será priorizado com novas áreas irrigadas, trazendo novas oportunidades de negócios, trabalho e renda para a população", diz.

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O tema será discutido nesta quarta-feira (13) durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), comandada pela depuata Terezinha Nunes (PSDB), com a participação do vice-prefeito de Petrolina, no Sertão, Guilherme Coelho (PSDB), que criticou na última semana a reestruturação do projeto. A reunião acontecerá a partir das 10h.

Veja o texto na íntegra:

Pernambuco nunca ganhou tanto na irrigação

Muito tem se falado sobre uma possível mudança no projeto do Canal do Sertão e em perdas nas ações de irrigação em Pernambuco. Trata-se de uma visão errada e incompleta sobre o tema. Nos últimos anos, apenas no período em que estive a frente do Ministério da Integração Nacional, deixamos garantido no âmbito do programa Mais Irrigação a implantação de 100.000 novos hectares destinados à agricultura irrigada em Pernambuco. O número significa mais de duas vezes o total de projetos públicos de irrigação disponíveis no Estado, que somam atualmente cerca de 45.000 hectares.

Para atingirmos este número, garantimos a contratação das obras do Canal do Sertão Pernambucano, Ramal de Entremontes, Pontal e a Revitalização do Ibimirim-Moxotó, bem como a contratação dos estudos e projetos técnicos de Serra Negra e Terra Nova. São ações que priorizam novas áreas irrigadas no interior de Pernambuco, trazendo mais oportunidades de negócios, trabalho e renda para a nosso população.

Importante, antes de mais nada, explicar que a partir da década de 90 a Codevasf avaliou a viabilidade da irrigação de áreas localizadas na região Oeste do estado de Pernambuco, por meio do Canal do Sertão Pernambucano, que conduziria a água captada no reservatório da barragem de Sobradinho para atendimento de 112 mil hectares de terras irrigáveis, localizadas nos municípios de Petrolina (20.959 ha), Dormentes (7.987 ha), Santa Cruz (11.354 ha), Parnamirim (12.059 ha), Ouricuri (26.380 ha), Araripina (1.200 ha), Trindade (18.000 ha), Santa Filomena (1.400 ha), Bodocó (8.988 ha), Exu (1.500 ha), Granito (1.500 ha), Morelândia (107 ha) e Ipubi (500 ha).

Para o atendimento de todas estas áreas, o Canal teria uma extensão de 578 km, com recalque de até 123 metros de altura geométrica, através de quatro estações de bombeamento e vazão projetada de 139,5 m3/s.

Estudos de viabilidade técnica, contudo, apontaram a inviabilidade econômica para atendimento das áreas irrigáveis localizadas a partir do denominado 3º Patamar do Projeto, no município de Parnamirim, com extensão do Canal acima de 100 km e a necessidade da terceira e quarta estação de bombeamento. O atendimento dessas áreas incrementaria o custo de implantação da infraestrutura em 50%, em relação a apenas as áreas localizadas no primeiro e segunda patamar, além da elevada demanda de energia elétrica necessária para o bombeamento da água, que oneraria de sobremaneira o custo operacional e, consequentemente, elevaria o valor da tarifa de água a ser paga pelos produtores.

Em 2005, o Governo Federal iniciou a implantação do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que também possibilita o atendimento de área irrigáveis na região Oeste do estado de Pernambuco, através do denominado Ramal de Entremontes, sendo algumas destas áreas as mesmas previstas anteriormente para serem atendidas pelo Canal do Sertão Pernambucano. Nessa época, os estudos recomendaram a redução da vazão projetada para 71 m3/s. E, baseado nesta recomendação, foi feita a alteração. 

Foi também projetado o Sistema Adutor Terra Nova, com captação direta no rio São Francisco e que atenderia áreas irrigáveis nos municípios de Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande e Terra Nova. Por outro lado, a viabilização do Projeto de Integração do São Francisco envolveu a adequação da disponibilidade de outorga de recursos hídricos para o Estado.

Em função da ocorrência de áreas com possibilidade de atendimento por diferentes sistemas adutores, em 2005 a Codevasf elaborou o Estudo de Alternativas para Integração dos Projetos de Infraestrutura Hídrica para o Oeste Pernambucano, para conciliação dos três sistemas adutores mencionados, maximizando o efeito sinérgico e a integração entre estes, de modo a aproveitar de forma eficiente as terras irrigáveis disponíveis.

O Estudo analisou, de forma integrada e abrangente, todas as variáveis e propostas existentes para o Sertão Pernambucano em termos de obras de infraestrutura hídrica. A alternativa selecionada representa o melhor arranjo para racionalizar e otimizar os diversos atendimentos vislumbrados dentro de uma proposta consistente de desenvolvimento sustentável à região. Essa alternativa foi validada pelas entidades diretamente envolvidas no processo de planejamento: Ministério da Integração Nacional, Codevasf e Governo do Estado de Pernambuco.

O Estudo de Alternativas definiu como de maior viabilidade técnica e econômica a seguinte conformação: as áreas irrigáveis Pontal Sobradinho e Santa Cruz permaneceriam atendidos pelo Canal do Sertão Pernambucano, assim como a área Casa Nova, no município de mesmo nome do estado da Bahia, identificada posteriormente; as áreas de Parnamirim e Exu/Granito – com atendimento anteriormente previsto pelo Canal do Sertão – passariam a ser atendidas pelo Ramal de Entremontes, que atenderia também a área Urimamã – com atendimento anteriormente previsto pelo Projeto Terra Nova – e a área Chapada de Arapuá, além de áreas a jusante dos açudes Chapéu, Cachimbo e Entremontes e, ainda, no riacho Terra Nova; e o Projeto Terra Nova atenderia apenas as áreas Barra Bonita, Brejo de Santa Maria e ao longo do riacho Garças, a jusante do açude Saco II.

Adicionalmente, o Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco viabilizará a implantação do Perímetro irrigado Serra Negra, no município de Floresta e a reabilitação do Perímetro Moxotó, nos municípios de Ibimirim e Inajá.

Trata-se de uma reorganização de diversas áreas irrigáveis no Sertão pernambucano, por distintos sistemas adutores, com recursos garantidos pelo programa Mais Irrigação do Governo Federal. Desta vez, em conformidade com o estabelecido por estudos de viabilidade técnica e econômica.

Não obstante, em função da implantação dos novos sistemas adutores, não se pode descartar o eventual surgimento de novas áreas suscetíveis ao aproveitamento hidroagrícola no interior do Estado. A exemplo de áreas ainda não estudadas ou que, apesar de estudos preliminares, ainda não foram objeto de estudos mais aprofundados, a exemplo dos municípios de Bodocó, Ouricuri, Trindade, Moreilândia e Araripina, os quais, poderão ser atendidos pelos perímetros derivados do Ramal de Entremontes.

O Complexo Hidroagrícola do Sertão Pernambucano beneficiará 92 mil hectares distribuídos em 12 municípios, estendendo o benefício do desenvolvimento da agricultura irrigada em uma maior abrangência territorial do estado e em melhores condições de viabilidade econômica. Na prática, teremos o Canal do Sertão Pernambucano atendendo aos municípios de Petrolina (20.959 ha), Dormentes (7.987 ha) e Santa Cruz (9.354 ha); o Ramal Entremontes beneficiando Parnamirim (6.058 ha), Exu (1.553 ha), Granito (1.553 ha), Terra Nova (996 ha) e Santa Maria da Boa Vista (9.816 ha); o Sistema Terra Nova ajudando novamente Santa Maria da Boa Vista (com mais 9.816 ha) e Lagoa Grande (3.500 ha); e o Eixo Leste do Projeto São Francisco irrigando Floresta (12.000 ha), Ibimirim (6.876 ha) e Inajá (1.720 ha).

Está prevista para os dias 21 e 22 deste mês visita da Presidenta Dilma Rousseff às obras da Transposição do Rio São Francisco. A ocasião merece ser aproveitada para cobrar o lançamento do edital das obras do Ramal de Entremontes, com investimento previsto na ordem de R$ 1 bilhão, assegurado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Portanto, em face de adequações técnicas necessárias decorrentes de estudos e projetos técnicos detalhados e atualizados, assim como das contrapartidas ao Estado de Pernambuco por causa do Projeto São Francisco, afirma mais uma vez que o interior do Estado será priorizado com novas áreas irrigadas, trazendo novas oportunidades de negócios, trabalho e renda para a população.

É preciso deixar as rixas políticas de lado e a volta à baila de debates já superados para buscar a unidade em prol do desenvolvimento do interior do Estado para a concretização desses projetos.

Fernando Bezerra Coelho

Em artigo publicado nesta terça-feira (2), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu considera o ex-governador de São Paulo José Serra "cara de pau" por acusar a presidente Dilma Rousseff de ter antecipado a campanha eleitoral de 2014. No texto, publicado no Blog de Dirceu, o petista rebate as declarações do tucano feitas ontem em entrevista à Rádio Jovem Pan. Na ocasião, Serra disse que "não se governa um país com campanha eleitoral" e que "esse foi o maior erro da presidenta".

"O presidenciável da oposição em 2002 e 2010, ex-governador José Serra, não toma jeito. Depois de oito meses de hibernação que se sucederam à sua derrota na disputa pela prefeitura de São Paulo, período em que fez raras aparições e concedeu pouquíssimas entrevistas, ele ressurge para criticar e acusar a presidenta da República de antecipar a campanha eleitoral de 2014", afirma Dirceu.

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Para Dirceu, foi o PSDB que antecipou a disputa eleitoral. "Ora, quem antecipou a campanha eleitoral foi a oposição. O PSDB, pela voz do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que começou o ano dirigindo o partido - posto em que se mantém até hoje - e lançando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) candidato ao Palácio do Planalto".

Dirceu também não poupa a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possíveis adversários do PT em 2014. "Quem antecipou a disputa eleitoral foram eles, mais a ex-presidenciável e postulante ao Planalto de novo em 2014 ex-senadora Marina Silva, criando seu partido, o Rede Sustentabilidade, e se lançando candidata. E até o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, antecipou-se e se apresentou como candidato ao Planalto". Por fim o petista volta a focar Serra: "E agora vem José Serra dizer que foi a presidenta Dilma Rousseff! Haja cara de pau!" .

A presidenta do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), Tereza Duere, divulgou na imprensa um artigo apresentando as principais metas a serem seguidas pelas Prefeituras. No texto, ela reforçou que a nova Lei de Transparência (Lei Federal 12.527/2011) será aplicada de maneira plena, pois boa parte dos municípios está deficiente na prestação das contas públicas.     

“Não há mais espaço para prefeituras criarem obstáculos aos órgãos que fazem a fiscalização de recursos públicos. A sociedade, inclusive, já está começando a exigir que o controle do dinheiro público seja feito de forma preventiva, para evitar antecipadamente o desperdício”, declarou Tereza Duere. Com a aplicabilidade das novas determinações, auditorias e acompanhamento de obras, o TCE economizou dos cofres públicos em 2012, cerca de R$ 803 milhões.

Em relação à contabilidade pública, os municípios terão que se adaptar às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, uma exigência da Secretaria do Tesouro Nacional e do Ministério da Fazenda. Outro tema diz respeito à destinação do lixo e a política nacional de resíduos sólidos (Lei Federal 12.305/2011).

“Até agosto de 2014, os municípios terão que desativar os “lixões”, tratando os resíduos prioritariamente em aterros sanitários, de acordo com a legislação federal. É preciso lembrar que os prefeitos contam com recursos para enfrentar a questão: o ICMS Ambiental”, comentou Tereza Duere.

A qualidade dos serviços públicos também será avaliada pelo TCE por meio do Portal da Saúde, onde a população de Pernambuco poderá utilizar a internet para avaliar os serviços prestados. Segundo Duere, os novos prefeitos devem ter consciência de que não basta apenas aplicar os percentuais mínimos da Constituição em saúde e educação, os recursos devem resultar efetivamente em qualidade e eficiência destas políticas públicas.

O concurso público também foi abordado como forma de tornar o serviço público eficiente e impessoal. “Os Municípios não podem mais conviver com o uso político das contratações temporárias e com um excesso de cargos em comissão. O concurso público é regra moralizante que concretiza o princípio da impessoalidade”, reforçou.

Fidel Castro escreveu um artigo criticando os rumores, amplamente divulgados na semana passada, de que estaria em seu leito de morte. No texto publicado nesta segunda-feira, o ex-líder de Cuba afirmou que sua saúde é tão boa que nem lembra o que é uma dor de cabeça.

O artigo é acompanhado de fotos que mostram o ícone revolucionário de 86 anos no lado de fora de sua casa, perto de algumas árvores e usando um chapéu de cowboy. "Eu nem me lembro como é sentir uma dor de cabeça", escreveu Fidel, acrescentando que divulgou as fotos para mostrar o quão "desonestos" são os boatos.

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Ele criticou a mídia ocidental, principalmente o jornal espanhol ABC, que publicou declarações de um médico venezuelano que afirmou ter informações de que o líder da Revolução Cubana sofrera um derrame e teria apenas algumas semanas de vida.

No artigo Castro também explica a razão de ter parado de escrever sua coluna "Reflexões". A interrupção alimentou as especulações sobre sue estado de saúde. "Eu parei de publicá-las porque não era mais meu papel tomar páginas da imprensa que são necessárias para outros trabalhos que o país precisa". As informações são da Associated Press.

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