Contrária à tese da realização de um suposto ritual satânico, a esposa de Lázaro Barbosa afirmou que o assassino era cristão e costumava frequentar cultos. Ela também denunciou que foi agredida por policiais para indicar onde o marido está escondido e disse que teme ser responsabilizada pelos crimes.
Em entrevista ao Domingo Espetacular, ao ar nesse domingo (20), a mulher identificada como Helen garantiu que o serial killer, de 33 anos, era um bom marido e que nunca chegou a agredi-la. Ela ressaltou a fé dele em ‘Deus e Jesus Cristo’ e suspeita que os rituais sejam falsos.
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"Eu considero que ele tem uma fé muito grande [...] quando ele estava com falta de emprego e quando acontecesse alguma coisa que entristecesse o coração, a gente sempre ia no monte, sempre íamos orar. Ele sempre teve fé em Deus", disse.
Embora tenha perdido a confiança em Lázaro, o casal tem uma filha de dois anos, que não vai perder o contato com o pai. "O amor dele pela filha dele é verdadeiro", pontuou.
Contudo, ela teme que ele ressurja para procurar a menina. “Não estou aqui passando a mão na cabeça dele, estou aqui relatando a pessoa que ele foi para mim e minha filha. Peço que as pessoas não nos julguem porque a família não tem nada a ver, não é responsável pelos atos dele", recorreu.
Helen disse que pretende revelar os crimes cometidos pelo pai quando a filha estiver mais velha. "Eu prefiro nem pensar. Sempre tem coleguinha de escola, outra família que relata. Com toda essa repercussão, ela acharia na internet se eu não falasse, então não tem jeito: eu falando ou não, ela vai ver", garantiu.
Agressão policial e insegurança com os vizinhos
Nesta segunda (21), a procura pelo assassino completa 13 dias no Distrito Federal. Durante as buscas, a dona de casa relatou que chegou a ser torturada por policiais.
"Bateram no meu rosto. Eles queriam que eu desse conta dele, sendo que eu não sabia onde ele estava. Aí, o policial deu 3 ou 4 tapas no meu rosto. Eu sou uma pessoa que tem muita fé em Deus. Ele quebrou o rodo da minha tia para me bater com o cabo. Aí eu pensei comigo: não acho justo eu apanhar com esse cabo de vassoura porque ele sabe que eu não sei onde está o Lázaro", denuncia.
Ela comenta que não chegou a ser ameaçada, mas se sente insegura na região. “Eu ouço boatos. Hoje mesmo a mulher me falou para eu não andar na rua porque tem muita gente comentando em ônibus: ‘Por que não pega a mulher dele e mata? Corta o pescoço e mata para ver se atinge ele, já que ele não se entrega’, entendeu? Então, a gente tem medo”, relatou.
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