Tópicos | assédio

A principal violência que mulheres e meninas sofrem em ambientes digitais é o assédio nas interações virtuais (38%) e, na sequência, as ameaças de vazamento de imagens íntimas (24%). Os dados são da segunda etapa do estudo inédito Além Do Cyberbulliny: A Violência Real Do Mundo Virtual, desenvolvido pelo Instituto Avon em conjunto com a Decode, empresa especializada em pesquisa digital. O resultado corresponde ao período entre julho de 2020 e fevereiro de 2021, quando estavam em vigor as medidas de isolamento social e de fechamento de espaços. A outra etapa do estudo foi realizada antes da pandemia de covid-19, entre janeiro de 2019 e março de 2020.

Para investigar a violência de gênero na internet, o estudo analisou mais de 286 mil vídeos, 154 mil menções, comentários e reações na forma de curtidas, compartilhamentos e repercussões que ocorreram em ambientes digitais, e mais de 164 mil postagens de notícias sobre o tema.

##RECOMENDA##

Outra conclusão da pesquisa relacionada ao período de pandemia é que metade dos casos de assédio envolve recebimento de mensagens não consensuais com conteúdo de conotação sexual. Foi relatado ainda o envio de fotos íntimas e comentários de ódio contra as mulheres. Ex-companheiros são ligados a 84% dos relatos de stalking, que são casos de perseguição praticada em meios digitais.

“Boa parte de vazamentos de nudes envolve ex-companheiros, ex-parceiros, pessoas que receberam materiais enviados de forma consentida, só que não era consentido que eles espalhassem a seu bel-prazer”, disse a coordenadora de pesquisa e impacto do Instituto Avon, Beatriz Accioly, em entrevista à Agência Brasil.

O levantamento identificou três formas de propagação de violência no ambiente digital. A descentralizada, que é a violência cometida diariamente contra mulheres e meninas. A ordenada, que ocorre a partir de grupos organizados de ataques, humilhações e exposições. Além da que resulta do ato de compartilhar conteúdos íntimos sem o consentimento ou a autorização dos envolvidos. Os pesquisadores observaram que as formas mais comuns de propagação de violências contra meninas e mulheres na internet são o assédio, o vazamento de nudes, a perseguição/stalking e o registro de imagens sem consentimento.

Medo

Conforme a pesquisa, o resultado emocional e psicológico das violações virtuais tem consequências que ultrapassam as barreiras digitais. Elas restringem a liberdade e o acesso de mulheres e meninas. O medo de sair de casa foi apontado por 35% das vítimas, e mais de 30% relataram efeitos psicológicos sérios, como adoecimento psíquico, isolamento social e pensamentos suicidas. O estudo mostrou ainda que 21% delas excluíram suas contas das redes sociais.

O medo passou a fazer parte da vida de uma estudante de 19 anos, que prefere não ter o nome e nem o local onde mora identificados. No início de 2020, começou a receber mensagens de um perfil fake de homem. Pelo tipo de mensagem, ela já sabe que é de um ex-colega de escola. A perseguição ou stalking ficou tão forte que a estudante deixou de sair de casa, reduziu o número de contatos nas redes sociais e começou a ter a preocupação de que algo pudesse ocorrer, tanto com ela, quanto com alguém da família. Com a pandemia, ela, que estudava fora, teve que voltar para a sua cidade, onde também mora o perseguidor.

“Aí tudo piorou em relação à ansiedade. Eu parei de sair, não só por causa da pandemia. Não ia nem buscar o pão na padaria, que é perto de casa. Parei de sair, fechei as redes sociais, me fechei na questão psicológica emocional não só física, de sair da rua. No fim do ano passado, essa pessoa tentou se aproximar de novo pelo perfil fake e aí mais crise de ansiedade. Neste ano, essa pessoa, com o perfil pessoal mesmo, tentou chegar perto dos meus amigos, dizendo 'preciso falar muito com ela. Gosto muito dela. Preciso saber como ela está'. Fiquei muito apavorada”, contou à Agência Brasil.

O abalo emocional levou a estudante a fazer tratamento com uma psicóloga. “Hoje estou melhor até para falar sobre isso, mas foi uma fase bem pesada. Colho os frutos disso até hoje, porque não me sinto à vontade para postar coisas, penso trezentas vezes antes de postar algo refletindo sobre o caso de alguém printar e mandar para tal pessoa. Emocionalmente, sinto que ainda estou muito presa a isso”.

Suicídio

Na primeira fase da pesquisa, correspondente ao período entre janeiro de 2019 e março de 2020, mais de 10% dos casos analisados se referem a relatos de meninas e mulheres, que depois de passarem por situações de vazamentos sem consentimento, tiveram algum tipo de pensamento suicida. “Uma em cada dez mulheres que passam por algum tipo, por exemplo, de vazamento de nudes, chega a pensar em tirar a própria vida. Esse é um dado muito grave”, afirmou.

Além disso, quase 15% se sentiram culpadas e cerca de 36% demonstraram sentimento de desespero para saber como tirar o conteúdo do ar ou quais medidas judiciais seriam cabíveis e rápidas.

“A gente conseguiu trazer, com essa pesquisa, os impactos reais dessas violências. Eles são muito graves e vão desde desenvolver medo de sair de casa, sair das redes sociais, ou seja, têm grande impacto sobre a liberdade de expressão e as formas de interação. A gente usa a internet para procurar emprego, para trabalhar, para uma série de coisas, não é só para entretenimento e divertimento”.

“As emoções que estão em jogo, com desenvolvimento de ansiedade, estresse crônico, medo, angústia têm impacto forte nas relações dessas mulheres com as suas famílias e sua rede de apoio. Para mim, a grande mensagem da pesquisa é que o impacto do online não é menos real do que a gente acha que é a interação real. O virtual também é real”.

Pornografia

Também durante a pandemia, o acesso aos três principais sites de pornografia registrou crescimento de 35%, o que significa maior frequência da procura dos usuários por esse tipo de conteúdo. As visualizações de vídeos com teor ou alusão à violência e ao assédio contra meninas e mulheres aumentaram 55% no período.

Segundo Beatriz, a pesquisa mostrou ainda que vídeos de meninas e mulheres sendo violentadas, enquanto estão inconscientes por estarem dormindo, medicadas, alcoolizadas ou sob efeito de drogas, têm volume expressivo de visualizações. Entre janeiro de 2019 e março de 2020 foram cerca de 25.9 bilhões.

A coordenadora disse que o acesso às plataformas e o consumo de pornografia não são crimes, mas a questão é que nesses locais há uma quantidade significativa de conteúdo que indicam serem vídeos com atos de violência. “O problema não é a pornografia em si, mas os perigos ocultos dessa pornografia amadora que vai parar nessas plataformas”.

Também na análise feita no período da pandemia, foi observada alta de 44% nos relatos de assédios de professores, tutores e educadores, que passaram a ter mais contato com as vítimas, por meio de aulas remotas. Conforme os dados, houve uma média de 36 relatos mensais sobre violências de professores contra alunas no digital.

Subnotificação

De acordo com Beatriz Accioly, a maior parte dos casos não chega ao conhecimento de alguma autoridade ou de algum serviço público, seja de saúde ou socioassistencial. “A gente, no Brasil, carece de estatísticas oficiais para mapear o tamanho desse fenômeno e saber justamente a proporção da subnotificação, mas percebe, na pesquisa, que há ainda mais desinformação sobre o que fazer, como buscar ajuda e aonde ir, onde é possível buscar informação quando a violação acontece em meios digitais.

Legislação

Beatriz destacou, no entanto, que do ponto de vista jurídico já existem leis que permitem criminalizar a violência no meio virtual e todas valem tanto no off-line quanto no online. Além disso, há legislações específicas para a internet, como a criminalização da divulgação não autorizada de imagens sexuais e uso de nudez, a criminalização da gravação sem autorização, que são dois aspectos diferentes. A coordenadora acrescentou que existe a nova tipificação penal para os casos de perseguição ou stalking, que podem ser caracterizados em qualquer meio físico ou digital.

“Tem o marco civil da internet, tem outras leis específicas como a Lei Carolina Dieckmann, que diz respeito à invasão de dispositivos ou mesmo a Lei Lola, de investigação de crimes que indiquem a desqualificação de mulheres e discursos de ódio. Mas, para ganhar vida, a lei precisa ser manuseada por profissionais de diferentes áreas do sistema de Justiça, de segurança pública. É preciso que haja a mudança de mentalidade na sociedade e também dos profissionais de que o que ocorre em meios digitais não é menos grave do que acontece em ambientes físicos”, completou.

Desafio

Na visão da coordenadora, o mais interessante na pesquisa foi o desafio de identificar os impactos reais do que ocorre na vida das meninas e mulheres que passam por violência nos espaços digitais “Ainda há uma percepção de que o que acontece na internet é menos grave do que face a face. 'Foi só uma humilhação na internet, foi só um cancelamento, foi só uma exposição '", disse Beatriz, reproduzindo comentários que costumam ser feitos e minimizam os efeitos.

Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que 95% de todas as ações agressivas e difamadoras na internet têm as mulheres como alvos. O Instituto Avon espera que a partir do levantamento “mulheres reconheçam, identifiquem e saibam como agir para combater a violência nas redes, propiciando o debate e as denúncias de abusos e violência digital”.

Três integrantes do Conselho Deliberativo do Náutico pediram afastamento, através de um requerimento que a reportagem do LeiaJá teve acesso, nesta quarta-feira (1). Joaquin Araújo, Fernando Ferro e Clodoaldo Torres criticaram a decisão do CD do clube de avaliar a exclusão de Errisson Melo do quadro de sócios.

O ex-superintendente financeiro, e irmão do presidente Edno Melo, é acusado de assediar a ex-diretora Tatiana Roma. Segundo o trio de conselheiros, a decisão fere o estatuto do clube, que prevê que exclusões de sócios se dão através da diretoria executiva.

##RECOMENDA##

Eles ainda reclamaram da exposição negativa do clube com o caso e citaram "lentidão" em encontrar uma solução. "A exposição diária e a repercussão negativa na imprensa nacional e internacional ainda sem solução e com ritmo lento traz consequências imensuráveis à imagem do clube", dizem no requerimento.

O torcedor da Fiorentina que assediou ao vivo uma jornalista italiana no último fim de semana foi banido dos estádios de futebol do país pelos próximos três anos.

A medida da polícia de Florença, na Itália, chega pouco tempo depois do homem ter pedido desculpas pelo assédio, que ocorreu no sábado passado (27), depois da vitória do Empoli sobre a Fiorentina por 2 a 1, no Estádio Carlo Castellani.

##RECOMENDA##

Na oportunidade, a jornalista Greta Beccaglia, repórter da emissora regional Toscana TV, fazia o pós-jogo do Derby dell'Arno e tentava ouvir os torcedores da Viola, mas um deles caminhou por trás da profissional e passou a mão em suas nádegas.

O agressor tem 45 anos de idade e foi identificado apenas como Andrea. Natural da província de Ancona, o homem comanda um restaurante, é casado e tem uma filha.

Com a emissão da Daspo, punição que proíbe a entrada de torcedores nos estádios italianos, o agressor não poderá mais assistir aos jogos da Fiorentina dentro do Artemio Franchi até 2024.

Além de Andrea, um outro homem que também participou do episódio foi localizado pela polícia local. Ele tem por volta dos 40 anos de idade e é natural da região da Toscana.

A Fiorentina convidou Beccaglia para assistir ao duelo de hoje (30) da Viola contra a Sampdoria no Estádio Artemio Franchi, em Florença. O encontro está marcado para às 14h30 (horário de Brasília) e será válido pela 15ª rodada da Série A.

Da Ansa

A caminho de mais um dia de trabalho, na manhã dessa quinta-feira (25), uma jovem de 27 anos foi vítima de importunação sexual por um motociclista que passou a mão em suas partes íntimas em uma rua deserta no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife. Câmeras de vigilância registraram a ação e ela denuncia para conseguir identificar o criminoso.

A consultora de moda Beatriz Lucena conta que sempre passa na Rua Augusta Bamberg de Melo, mas nunca havia sofrido nenhum crime contra sua dignidade. 

##RECOMENDA##

Nas imagens captadas por estabelecimentos comerciais, o motociclista surge em suas costas, alisa suas nádegas e foge em seguida. "Fiquei tão desnorteada que não acreditei que isso ‘tava’ acontecendo comigo. Sabe aquela sensação de impotência? A primeira coisa que fiz quando peguei meu ônibus foi ligar para minha mãe", relata. 

Sem reação, ela conta que chegou a gritar, mas não havia ninguém próximo. "Não tinha ninguém. Eu ‘tava’ sozinha na rua. Eu gritei 'o que é isso?!', mas foi muito rápido", comenta.

[@#video#@]

Ao chegar no trabalho, Beatriz desabafou sobre o que tinha sofrido com as amigas, mas a conversa não foi suficiente para amenizar o constrangimento decorrente desse tipo de agressão. 

"Todo mundo ficou horrorizado. Eu passei o dia inteiro mal e não almocei direito porque você se sente um lixo, né? Você se sente muito mal, como se fosse culpada, mas eu não tenho culpa", aponta. "É como se eu não fosse nada. Como se eu [como] mulher não tivesse autonomia do meu corpo”, reforça.

Após o expediente, a vítima foi à Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, bairro da área central da capital, mas conta que o sistema de registro estava fora do ar. 

Além da queda do sistema, ela comenta que é muito difícil comprovar esse tipo de crime às autoridades: "Eu tive sorte de ter provas, de ter a filmagem".

Na manhã desta sexta (26), ela voltou à unidade por volta das 7h30, mas só conseguiu formalizar a queixa às 8h50. A jovem deixou o local por volta das 10h, apenas com a intimação para retornar à delegacia na próxima quarta (1º), quando deve expor detalhes da sua versão e os vídeos.

A Lei 13.718/2018 expressa que a prática de ato libidinoso com objetivo de satisfazer a própria libido sem anuência é configurado como importunação sexual, que determina a pena de reclução de um a cinco anos.

Uma das patrocinadoras do Náutico, a Drogafonte divulgou nota nesta quinta-feira (25) em que 'exige' uma apuração 'rigorosa' por parte do clube sobre o caso de assédio. A acusação foi feita pela ex-diretora Tatiana Roma contra o ex-superintendente financeiro Erisson Melo, irmão do presidente do clube, Edno Melo. 

--> Defesa diz que Erisson Melo 'não tem do que se defender'

##RECOMENDA##

-->Dirigente do Náutico é alvo de novas denúncias de assédio

Em nota divulgada nas redes sociais, a empresa afirma que espera que o caso tenha uma ‘punição exemplar’ e ainda afirmou que “vai apoiar financeiramente a contratação de uma consultoria especializada em treinamentos, canais de apoio, além de prevenção e combate ao assédio ou qualquer outra importunação sofrida por mulheres em organizações e entidades”.

Nesta quarta-feira (24), o clube anunciou a contratação da empresa Women Friendly, empresa especializada em treinamentos para situações como essa.

Em meio a denúncias de assédio sexual e moral, o Náutico contratou uma empresa especializada em consultoria para combater e prevenir esse tipo de comportamento dentro do clube. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (24), dia em que mais duas mulheres revelaram comportamento abusivo por parte de Erisson Rosendo de Melo, superintendente financeiro do Timbu, e irmão do presidente Edno Melo.

O Náutico contratou a Women Friendly, empresa especializada em treinamentos, canais de apoio e consultoria para prevenir e combater o assédio ou qualquer outra importunação sofrida por mulheres em organizações e entidades. O objetivo, segundo a direção alvirrubra, é “desenvolver um plano de ações integradas que permitam o clube receber a certificação anual da Women Friendly de boas práticas no combate ao assédio”.

##RECOMENDA##

A nota diz que “o primeiro passo desta consultoria será a intervenção de treinamentos e ajustes no código de ética junto à liderança do Clube e, em seguida, a liderados para que todos saibam identificar comportamentos assediadores e intervenham prontamente. Em seguida, vai-se instalar um canal de denúncias e acolhimento com o objetivo de identificar casos de assédio ocorridos nas dependências do Náutico, seja em partidas nos Aflitos ou no dia-a-dia do clube. Será uma ouvidoria independente, coordenada e executada externamente ao clube, sem envolvimento de diretoria e outros membros da equipe, com o objetivo proporcionar a maior isonomia possível em todo o processo”.

Segue o comunicado:

“Um dos principais objetivos deste acordo entre Women Friendly e Náutico será ajudar na segurança de funcionárias, torcedoras ou qualquer outra mulher que faça uso das dependências do Náutico na prevenção ao assédio sexual. Isso será feito através da criação de processos que ajudem a educar e identificar e punir casos de assédio que possam vir a surgir.

Este é apenas o primeiro passo para a construção de um clube plural e seguro para todas e todos. O Náutico entende que apenas com ações práticas este cenário de insegurança pode ser revisto. As ações começam nos próximos dias e irão perdurar ao longo de 2022. Ao final do processo, após cumprir todas as orientações e objetivos, o clube receberá o selo de empresa amiga da mulher.

A Women Friendly está no mercado desde 2017 e já atendeu clientes como a operadora de telefonia Tim, a farmacêutica alemã Bayer, a mineradora Vale, Chesf e a Rede Camarada Camarão. Além disso, a empresa atua em eventos como Carvalheira na Ladeira e No Ar Coquetel Molotov, ambos no ramo de festas.”

Novas denúncias de assédio sexual e moral, ocorridas dentro do Clube Náutico Capibaribe, vieram à tona nesta quarta-feira (23), através do Globo Esporte. E, de novo, contra o superintendente financeiro e irmão do presidente do clube, Erisson Rosendo de Melo. 

Segundo a reportagem, mais duas ex-funcionárias o acusaram. Uma delas chegou a dizer que Erisson pediu que lhe apresentasse sua filha, em troca do pagamento da rescisão, após sua saída do clube.

##RECOMENDA##

O caso da mulher que o acusa de assediar a filha teria ocorrido em 2018. Segundo ela, como são torcedoras do clube, ela e a filha estavam sempre presentes nos Aflitos e Erisson toda vez que a cumprimentava a beijava ‘no canto da boca’. “Minha filha ficava horrizada”, relatou ou Globo Esporte.

Depois que deixou de trabalhar no clube, ela revela que a situação se tornou pior ainda e que ele usava o pagamento dos direitos trabalhistas para chantagear a mulher. Dizia que só faria o depósito, se ela lhe "apresentasse sua filha".

A outra funcionária que acusa Erisson, Janire Mello, citou que, no seu caso, não houve assédio sexual e sim moral. Ela trabalhava nas vendas das cadeiras cativas por uma empresa terceirizada e numa situação em que o sócio estava destratando uma outra funcionária, ela tentou intervir, mas acabou sofrendo as consequências por conta disso.

“Fui socorrer uma funcionária porque esse sócio estava a destratando. Tentei ajudar e ele também me destratou. Ele (Erisson) desceu, foi na secretaria e mandou me chamar. Quando cheguei lá, ele já foi gritando comigo, me destratando. Eu disse que se ele tivesse alguma queixa que fizesse a quem tinha me contratado. Aí ele começou a me humilhar, colocando o dedo no meu rosto. Cheguei a pensar que ele iria me bater. Depois disso fiquei nervosa e chorando muito", disse.

Segundo Janire Mello, a partir daí ela precisou de alguns dias em casa por ter ficado abalada com a situação. A vítima relatou que precisou de tratamento psicológico e chegou inclusive a tomar remédios controlados.

Ao Globo Esporte, ambas relataram medo de denunciar por ele ‘ser um homem poderoso’, visto que é irmão do presidente do clube. Mas com o caso de Tatiana Roma vindo a público elas decidiram que poderiam também contar suas histórias.

O ator Cauã Reymond, que atualmente está na novela Um Lugar ao Sol, fez uma revelação delicada. Entrevistado pelo jornal O Globo, o galã contou que ao longo de sua carreira de modelo já foi vítima de assédio moral e sexual. Cauã explicou que foi necessário desenvolver jogo de cintura para poder lidar com a situação. "Já passei por tanta coisa. E, com o tempo, desenvolvi um jogo de cintura", disse.

"Com esses movimentos que estão acontecendo, começo a questionar algumas coisas pelas quais passei. Não dá para comparar o assédio vivido por uma mulher e o assédio vivido por um homem. Existem vulnerabilidades físicas e históricas. Mas penso que uma situação que era considerada engraçada antigamente, hoje pode ser encarada como assédio. Quando era modelo, sofri muito assédio moral, sexual… Ficava desconfortável na hora, mas saía no humor", completou.

##RECOMENDA##

Mesmo com todo o reconhecimento conquistado pelo trabalho, Cauã ainda sofre desconforto. Ele afirmou que já saiu de uma sessão de fotos constrangido: "Fui embora incomodado. É normal, num tumulto, alguém passar a mão na bunda. Não é isso. Estou falando de algo intencional. Tipo em ensaio fotográfico, quando alguém tira proveito enquanto está ajeitando a sua roupa. Ainda estou elaborando. Como falar na hora de um jeito legal, que não seja bélico? Estou falando de assédio no trabalho. Não é de fã".

Casado com a modelo Mariana Goldfarb, e pai da pequena Sofia, fruto do seu antigo relacionamento com a atriz Grazi Massafera, Cauã Reymond ganhou notoriedade nacional com o personagem Maumau em Malhação. Após sua estreia na TV Globo, em 2002, o ator emendou um trabalho no outro. Aos 41 anos, ele coleciona no currículo participações em Da Cor do Pecado, Como Uma Onda, Belíssima, Eterna Magia, A Favorita, Passione, Cordel Encantado, Avenida Brasil, A Regra do Jogo, entre outras produções.

Integrante do executivo do Náutico, como vice-presidente jurídico, à época do caso de assédio contra a ex-diretora Tatiana Roma, Bruno Becker, candidato à presidência do clube, chamou de ‘mentirosa e leviana’ a nota divulgada pelo Timu. O comunicado alvirrubro afirma que Tatiana foi orientada pelo setor jurídico do Náutico durante o imbróglio.

--> Diretora afirma ter sofrido assédio dentro do Náutico

##RECOMENDA##

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá nesta terça-feira (23), Bruno deu explicações sobre a sua participação no caso e afirmou que a situação foi cuidada pessoalmente por Alexandre Carneiro, presidente do Conselho Deliberativo, e pelo presidente Edno Melo, irmão do acusado.

“A nota do clube que foi divulgada ontem é mentirosa e leviana. Digo isso com muita tranquilidade. Hora nenhuma ninguém do jurídico, muito menos eu, enquanto vice-presidente jurídico, atuou sugerindo, induzindo ou coagindo para que fosse feito um acordo. A possibilidade de um acordo surgiu através do presidente do CD, Alexandre Carneiros”, disse.

“O próprio presidente Edno Melo negociou com Tatiana Roma os termos desse acordo do qual, repito, ninguém do jurídico participou. Uma vez autuados os termos do acordo, me foi solicitado, com anuência das partes, que eu fizesse a minuta do acordo, que inclusive assino como testemunha. Querer vincular isso a mim por questão eleitoreira é leviano”, afirmou. 

O candidato a presidente do clube ainda ressaltou que a situação requer uma apuração minuciosa internamente para apurar as responsabilidades citando Edno Melo e Alexandre Carneiros.

O gerente de uma das lojas Infinity, em Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi denunciado por uma jovem que buscava uma vaga como vendedora. Ela e outras quatro mulheres passaram a trocar mensagens por aplicativo e alegam que as entrevistas de emprego eram forjadas e, na verdade, serviam como pretexto para assediar as candidatas.

As vítimas iam até a loja após se interessar pela vaga divulgada em uma rede social. Quando levavam o currículo, eram encaminhadas pelo suspeito para uma sala sem câmeras de segurança no terceiro andar da loja, relatou a jovem, que não quis ser identificada, ao G1.

##RECOMENDA##

Sozinho com a entrevistada, ele começava a fazer perguntas íntimas, sem qualquer relação com as atribuições do emprego. Questionava se elas bebiam, se fumavam maconha, qual era a "coisa mais louca que elas fizeram", se elas já tinham feito "ménage", o que elas fariam para conseguir o emprego e se "viviam intensamente".

"Ele fez essas perguntas pra mim na entrevista e eu ali sem entender. Me senti muito desconfortável, mas eu tava precisando do emprego. Então eu engoli como sapo e segui em frente", disse.

Em seguida descia para o segundo andar, onde funciona uma área restrita aos funcionários e tentava beijos forçados, agarrava as vítimas contra a parede e tocava em suas partes íntimas. 

Sem reação aos abusos, ela lembra que sequer conseguiu gritar para chamar atenção de outras pessoas. "Eu não tive reação. Eu só senti muito medo. Muito, muito medo. Agora pensando bem, eu devia ter enfrentado ele, poderia ter gritado, feito alguma coisa. Mas na hora eu não consegui fazer nada. Tive nojo e medo”, explicou.

Ainda no decorrer do teste, ele pediu que a candidata vestisse uma das roupas da loja com a justificativa de fazer um anúncio dos produtos nas redes sociais. Ela conta que deixou o provador e foi aconselhada a ir embora imediatamente. Além disso, teve seu contato bloqueado no WhatsApp pelo gerente.

Os advogados da jovem confirmaram o registro de boletim de ocorrência e prometem uma ação judicial por assédio moral contra o gerente e a unidade da Infinity.

Resposta da Infinity

Nas redes sociais, a loja repudiou o que considerou uma importunação do funcionário e espera por provas para elucidar os fatos. Confira a nota na íntegra:

"Diante dos últimos acontecimentos e dos vídeos que vêm circulando pelas redes sociais ligados à nossa loja Infinity, vimos apresentar a seguinte nota de esclarecimento. A princípio, manifestamos nosso repúdio a qualquer tipo de ofensa à imagem e a honra de qualquer pessoa, principalmente às mulheres que são vítimas de importunação, bem como à prática de qualquer ilícito. Da mesma forma, repudiamos veementemente a cultura do machismo presente na sociedade brasileira, além do repúdio a qualquer atitude de assédio sexual e moral. Contudo, não realizamos julgamentos sem que haja provas, mas declaramos que estamos trabalhando para elucidação dos fatos, assim como nos colocamos à disposição das autoridades competentes, para eventuais esclarecimentos”.

Marcius Melhem e Marcos Veras fecharam um acordo judicial que colocou fim a uma ‘briga’ que já durava alguns meses. O ex-diretor do núcleo de Humor da Globo acusou o ator de ofensa após ser chamado de "criminoso" quando denúncias de assédio recaíram sobre ele. Nesta terça (26), Veras publicou em seu Instagram uma retratação pelo ocorrido em cumprimento à decisão da Justiça. 

A ‘confusão’ entre Marcius e Marcos começou em novembro de 2020, quando o primeiro foi acusado de assédio sexual e moral. À época, em uma publicação de Dani Calabresa, uma das denunciantes, Veras comentou o caso chamando o ex-diretor global de “criminoso”. A situação foi parar na Justiça e o ator acabou perdendo a causa.

##RECOMENDA##

Sendo assim, nesta terça (26), Veras fez uma publicação em seu Instagram se retratando pelo ocorrido. O acordo judicial, definido pela 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca (RJ), estabeleceu que Melhem "desistirá dos pedidos formulados na presente ação, renunciando ao direito de ajuizamento de demandas fundadas nos mesmos fatos objeto da exordial; o Réu, igualmente, obriga-se a se abster de veicular novas postagens em quaisquer mídias a respeito dos mesmos fatos objeto da exordial”. 

Confira a postagem de Marcos Veras.

[@#video#@]

 

O ator Cuba Gooding Jr. irá a julgamento em fevereiro em Nova York por acusações de assediar três mulheres, determinou um juiz nesta segunda-feira (18).

O julgamento da estrela de "Jerry Maguire" deveria começar em abril de 2020, mas foi adiado indefinidamente devido à pandemia.

##RECOMENDA##

O juiz Curtis Farber marcou uma nova data para 1º de fevereiro de 2022, confirmou o advogado de Gooding, Peter Toumbekis, à AFP por e-mail.

Desde 2019, cerca de 20 mulheres acusaram Gooding de agressão ou assédio sexual.

Gooding Jr., de 53 anos, é acusado de tocar indevidamente em uma mulher em um restaurante de Manhattan em setembro de 2018.

Ele também é acusado de beliscar a bunda de uma segunda mulher em uma boate no mês seguinte e agarrar o seio de outra mulher sem seu consentimento em um bar de Nova York, em junho de 2019.

Gooding negou as acusações, mas pode pegar pena de prisão se for condenado.

Em um processo civil separado aberto no ano passado, uma mulher acusou Gooding de estuprá-la em um quarto de hotel em Manhattan em 2013.

O ator ficou conhecido por seu papel no filme "Os Donos da Rua" (1991) antes de ganhar o Oscar de melhor ator coadjuvante em 1997 pelo filme de futebol americano "Jerry Maguire".

O julgamento de Gooding seria o mais recente julgamento de uma celebridade desde o surgimento do movimento #MeToo, seguindo as condenações do magnata do cinema Harvey Weinstein e do cantor R. Kelly.

Nesta quarta-feira (13), o programa Encontro conversou com uma jovem que foi vítima de assédio de um motorista de aplicativo. A moça relatou no programa da Globo que foi dopada pelo homem, afirmando também que saltou do carro em movimento para fugir da situação. Depois que a convidada contou sua história, Patrícia Poeta resolveu compartilhar um assunto semelhante.

Na atração matinal, Patrícia revelou que já foi assediada. A apresentadora contou que o caso aconteceu quando ela ainda estava na adolescência. "Me coloco no lugar dela, porque, quando era adolescente, também fui vítima de uma tentativa dessa. Lembro até hoje, tenho trauma disso até hoje, porque não consegui sequer falar para pedir ajuda", disse.

##RECOMENDA##

Patrícia Poeta, que comanda aos sábados o É de Casa, está substituindo Fátima Bernardes na companhia de Manoel Soares. A namorada de Túlio Gadêlha precisou fazer uma cirurgia no ombro. Para tranquilizar os telespectadores do programa de Fátima, Patrícia afirmou, nessa terça-feira (12), que a operação da amiga foi bem sucedida.

"Terminou agora há pouco a cirurgia da minha amiga Fátima Bernardes. Ocorreu tudo bem, ô, maravilha! Fátima precisou passar por um procedimento para corrigir o rompimento de um tendão no ombro. Agora começa um novo desafio que é a recuperação. A gente deseja que você fique recuperada logo, logo, fique 100%, e a gente segue cuidando aqui da lojinha, como a gente diz. Tá bom?", declarou.

O passageiro de um carro que aparece em um vídeo passando a mão nas nádegas de uma ciclista em Palmas-PR foi preso em flagrante na terça-feira (28). Ele negou ter encostado propositalmente na estudante de direito Andressa Rosa Lustosa.

O suspeito vai responder por importunação sexual e lesão corporal. "Segundo ele, ele já estava com o braço para fora do veículo e não se deu por conta que havia acertado a ciclista", disse ao G1 o delegado Felipe Souza. "Só que, na verdade, a gente verificou pelo vídeo que o indivíduo está com o braço recolhido, o veículo está do outro lado da faixa, faz a aproximação e então, nesse momento, a pessoa, indivíduo conduzido hoje preso em flagrante, que ele põe o braço para fora do veículo no intuito de importunar a vítima", completa o delegado.

##RECOMENDA##

A Polícia Civil informou que quatro pessoas estavam no carro no momento do ocorrido. Todos foram identificados e o motorista também deverá ser indiciado. 

O crime foi registrado por uma câmera de segurança. As imagens mostram o momento em que o carro se aproxima da bicicleta da estudante de direito. Um homem apalpa a jovem após colocar o braço para fora da janela. Andressa Lustosa cai em seguida e é socorrida por pessoas que passavam pelo local. Ela sofreu escoriações leves

A estudante de direito Andressa Lustosa divulgou nas suas redes sociais um vídeo que mostra o momento em que sofreu um acidente de bicicleta após ser assediada por um passageiro de carro. O caso ocorreu no município de Palmas, no Paraná.

No vídeo, é possível observar que uma pessoa coloca o braço para fora do carro e apalpa a ciclista. A mulher, em seguida, se desequilibra e cai. 

##RECOMENDA##

"Nós mulheres não temos um minuto de paz!! Saí de casa para andar de bicicleta e volto toda machucada pra casa por uma atitude covarde dessas!

Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas.. estou bem, só quero que paguem pelo o que fizeram", escreveu a estudante no Instagram.

Nos stories do Instagram, a ciclista agradeceu o apoio e mostrou as escoriações que sofreu no ombro. "Estou bem, em casa, me recuperando das lesões. Ainda bem que estou viva, machucado físico é o de menos", disse.

[@#video#@]

As polêmicas envolvendo o cantor Nego do Borel no programa 'A Fazenda 13',  transmitido pela Record TV, continuam. Na manhã deste sábado (25), o participante do reality show foi acusado de estupro pelos expectadores, que pedem a sua expulsão do programa.

Após toda repercussão, principalmente nas redes sociais, famosos se posicionaram e cobraram uma explicação sobre o caso. Entre as personalidades estão Adriane Galisteu, apresentadora desta edição d'A Fazenda, e Juliette Freire, vencedora do Big Brother Brasil 2021. 

##RECOMENDA##

Em sua conta no Instagram, Galisteu iniciou a publicação ressaltamdo que nem ela nem a Record TV compactuam "com nenhum tipo de abuso, assédio, racismo, machismo, violência, discriminação ou preconceito contra a mulher ou qualquer outro gênero", escreveu. Ainda na legenda, ela explicou que o corpo jurídico da emissora está realizando uma apuração rigorosa e que a participante Dayane Melllo, vítima do caso, foi ouvida.

[@#video#@]

Sem citar nomes, Juliette falou sobre o caso no Twitter. "A apuração é necessária e URGENTE! Em qualquer situação onde uma pessoa seja incapaz de manifestar sua vontade (livre e consciente) a relação NÃO pode sequer ser iniciada", compartilhou a cantora. 

A secretária de Rogério Caboclo revelou neste domingo detalhes sobre os assédios sofridos na CBF. A funcionária contou que sofreu seguidas intimidações e teve quadro grave de depressão. Em tentativa de acordo, foram oferecidos a ela cursos na Europa, dinheiro para compra de um novo apartamento e promoção na entidade com um bom plano de carreira. A secretária afirma, porém, que recebeu pedidos absurdos, como não revelar os casos de assédio e justificar sua ausência como problemas familiares.

"Eu pedi para ele sair da presidência da CBF. Ele se recusou e em troca me ofereceu uma indenização para comprar um apartamento. Ofereceu um curso na Europa com todas as despesas pagas e me ofereceu uma promoção para um cargo de gerencia, para ficar lá até me aposentar. Só que eu não tinha a menor condição de continuar trabalhando na CBF com aquele homem que me dava uma sensação de terror só de pensar em estar ao lado dele novamente", contou a funcionária em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

##RECOMENDA##

Ela voltou ao trabalho na entidade depois de cinco meses afastada. A funcionária diz que seguirá lutando pelo respeito às mulheres no ambiente de trabalho e relatou todas as dificuldades enfrentadas ao longo destes meses licenciada da CBF.

"É uma situação pela qual nenhuma mulher deveria passar em nenhum momento da vida. É uma dor que não acaba. É uma dor que hora nenhuma sai de mim. Hora nenhuma eu esqueço que ela existe. Está sempre presente, latente, em todos os momentos do meu dia. A minha dignidade não tem preço. Porque eu fiquei pensando nas mulheres que viriam depois de mim. Era inaceitável proteger um assediador", disse a funcionária, que também recordou como se sentiu depois de relatar os casos de assédio.

"Eu tive muitas crises de pânico. Principalmente porque eu sofri muitas ameaças do Rogério Caboclo. Ele mandou um carro na porta da minha casa, sensação de estar sendo seguida. Ele mandou invadir meu computador, minha conta bancária", explicou e ainda afirmou que os casos de assédio começaram logo nos primeiros contatos com o presidente afastado: "Desde o primeiro momento já ultrapassou o limite comigo. Desde a primeira viagem, para Luque, no Paraguai. E ele nessa viagem fez comentários a respeito do meu corpo. Eu achei que aquilo não cabia numa relação de patrão-empregado. Nessa mesma viagem, ele passou a madrugada ligando para o meu quarto, eu não atendi."

Há cerca de três meses, a funcionária da CBF revelou sofrer assédio sexual e moral do presidente afastado. Em áudios gravados, Caboclo pergunta sobre relacionamentos da subordinada, detalhes da vida pessoal e se ela se masturbava. Há pouco mais de duas semanas, Rogério Caboclo fez um acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro para o pagamento de R$ 110 mil em ração e celular para arquivar o processo na área criminal sobre as denúncias de assédio moral e sexual. O dirigente nega todas as acusações.

Caboclo foi afastado do comando da entidade no mês de junho e após o desenrolar das investigações a Comissão de Ética pediu que ele ficasse fora do cargo por 15 meses por 'conduta inapropriada'. A decisão cabe à Assembleia Geral da entidade. Integrantes do alto comando da CBF trabalham para que Caboclo saia definitivamente e uma nova diretoria possa assumir. Patrocinadores e a Fifa estão em alerta sobre os rumos da entidade que conduz o futebol brasileiro.

O reality show A Fazenda 2021, transmitido pela Record, já conta com sua primeira polêmica. Na primeira festa do programa, na última sexta-feira (17), o cantor Nego do Borel se insinuou para Dayane Mello e tentou beijá-la à força. Internautas alertaram a situação flagrada pelas câmeras e pedem a expulsão do participante, acusado de assédio.

Após a festa os peões deitaram juntos, e eles chegaram a trocar um selinho. Dayane estava visivelmente bêbada e chegou a dizer “não” quando ele tentou beijá-la novamente. Borel continuou fazendo carinho em sua cabeça, até ela afastar a mão dele para poder dormir. Devido às tentativas de aproximação sem o consentimento da participante, o cantor é acusado de tê-la assediado, e usuários do Twitter subiram a hashtag ‘assédio na Record’, pedindo que a emissora o retire do programa.

##RECOMENDA##

Nego do Borel ainda se levantou da cama e, em um acesso de raiva, arremessou objetos no curral onde outros integrantes dormiam. As câmeras do sistema Pay Plus, para usuários exclusivos, parou de transmitir as imagens do local e cortou o som, mas ainda foi possível ouvir os gritos de Dynho Alves e Solange Gomes, que tentaram intervir Borel de outras partes do set.

O cantor havia se envolvido em outra situação ainda durante a festa, quando deu por falta de um dos seus dentes. Ele procurou em algumas partes do local, mas foi sem sucesso. O funkeiro Dynho tentou ajudá-lo quando percebeu o que estava acontecendo, mas ele afirmou que já havia acontecido antes. “Caiu. Tava mole. Eu colei com cola super bonder, mas tá tranquilo. Paz e amor, entendeu? Agora não posso falar direito que passa um vento", ele disse.

 

Presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo firmou um acordo de sanção penal antecipada com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e irá pagar 100 salários mínimos (o equivalente a R$ 110 mil) para pôr fim ao processo que apurava denúncias de assédios moral e sexual contra uma funcionária da entidade. A medida encerra o caso na esfera criminal, mas não age sobre eventuais outros processos.

Pelo acordo, proposto pela promotoria de Justiça junto ao 9.º Juizado Especial Criminal da Capital (Barra da Tijuca), a sanção penal antecipada - conhecida como transação penal - determina que os 100 salários mínimos serão divididos em favor do Projeto Patrulha Maria da Penha (40 salários), Suípa (30 salários) e Secretaria Municipal de Proteção aos Animais (30 salários).

##RECOMENDA##

A Patrulha Maria da Penha é vinculada à Polícia Militar do Rio de Janeiro e tem atividades voltadas a proteger, monitorar e acompanhar mulheres que receberam da Justiça Medidas Protetivas de Urgência estabelecidas na Lei Maria da Penha. A Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suípa), por sua vez, é uma entidade sem fins lucrativos voltada à assistência aos animais. O montante pago não será em dinheiro, mas em produtos, como celulares ou alimentos para cães e gatos.

Segundo o MPRJ, "uma vez cumprida a pena e comprovada documentalmente a entrega dos objetos, será declarada extinta a punibilidade no processo criminal".

Procurada pelo Estadão, a assessoria de Rogério Caboclo informou que não irá se manifestar sobre o acordo "por se tratar de procedimento sigiloso". O dirigente afastado sempre negou as acusações de assédio.

JUSTIÇA DO TRABALHO - Esta semana, o Tribunal Regional do Trabalho da 1.ª Região (TRT-RJ) determinou que Rogério Caboclo não poderá se aproximar do prédio da CBF pelo período de um ano.

A assessoria do presidente afastado lamentou a decisão, que segundo ela "ocorreu em processo no qual ele (Caboclo) não é parte e sequer foi chamado a se defender". Segundo a defesa, a decisão "atenta contra direitos constitucionais essenciais" e ele irá recorrer.

Quase toda vez que inicia uma sessão de transmissão ao vivo, RekItRaven é atingido por um ataque repentino de insultos racistas de estranhos que imediatamente tenta bloquear.

Raven, pessoa negra, de 30 anos e "não binária" (que não se identifica como homem ou mulher), é criadora de conteúdo no Twitch, a maior plataforma de streaming de videogame ao vivo do mundo.

##RECOMENDA##

Mas também é alvo de "hate raids" (ataques organiadors de ódio) que tornam a vida impossível para criadores estigmatizados por causa de sua cor de pele ou orientação sexual.

"É muito difícil. E é difícil não internalizar, porque eles me odeiam por coisas que não controlo", lamenta esta mãe de dois filhos.

Diante de ondas recorrentes de racismo e referências ao grupo supremacista branco Ku Klux Klan, Raven lançou o slogan #TwitchDoBetter (Twitch faça melhor) no Twitter. Dezenas de usuários, principalmente não brancos e/ou da comunidade LGBTQ, aderiram o movimento para denunciar a inatividade da plataforma.

Porque, para muitos deles, a Twitch é mais do que apenas um site de entretenimento - é seu local de trabalho. Como uma "parceira", Raven recebe com base no número de assinantes de seu canal e suas doações.

Lançado em 2011 e comprado pela Amazon três anos depois, a Twitch conta com mais de 30 milhões de visitantes por dia, a maioria dos quais sintoniza para assistir outras pessoas jogando videogames.

- 99% de risco -

Gabriel Erikkson Sahlin, um professor sueco trans, joga The Sims e Dragon Age com o apelido de "BabblingGoat". Durante suas transmissões, responde gentilmente a perguntas no chat ao vivo sobre identidade de gênero - incluindo de pais ansiosos cujos filhos passam pela transição.

Mas diz que se sente testado pelo ressurgimento do ódio nos últimos meses: "Esta manhã eu disse a mim mesmo, eu realmente quero me conectar? Tenho 99% de chance de ser assediado".

Os ataques variam de pessoas postando calúnias transfóbicas a robôs programados para bombardeá-lo com mensagens ("Você deve tornar o mundo um lugar melhor pulando de uma ponte") e até imagens violentas, como decapitações.

A plataforma informou que está preparando novas medidas de segurança e que corrigiu uma falha nos filtros automáticos. Algo que não funcionou, segundo os jogadores.

No entanto, tem ideias para identificar e excluir os responsáveis: autenticação em duas etapas, tempo de espera impostos a novas contas antes de permitir que participem de conversas, maiores poderes para moderadores.

A Twitch não respondeu a uma lista de sugestões de Raven, enviada pela AFP.

No entanto, não faltam métodos para os 'trolls'. Segundo as vítimas, eles usam o jargão dos codificadores, que consiste em digitar palavras proibidas incorretamente para passar pelas rachaduras dos algoritmos.

"Sempre encontram uma maneira", diz Mark Griffiths, psicólogo de videogames da Universidade de Nottingham Trent, na Inglaterra. A impressão de anonimato e a sensação de impunidade também facilitam esses comportamentos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando