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O primeiro encontro da seleção da Argentina com seus torcedores após a conquista da Copa América, acabando com um jejum de 28 anos sem títulos, não poderia ser mais emocionante e histórica. Além da vitória pela 10ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar, a partida no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, nesta quinta-feira (9), vencida por 3 a 0, colocou Messi, autor de todos os gols, como o maior artilheiro de seleções da América do Sul, com 79 tentos, superando Pelé (77).

O primeiro tempo foi um duelo de ataque argentino contra a defesa boliviana. E não demorou muito para que o talento de Messi fosse destacado. Aos 13 minutos, o craque recebeu a bola na entrada da área, deu um lindo drible e bateu colocado, sem defesa para o goleiro Lampe. Foi o gol de número 77 do camisa 10 pela seleção em partidas oficiais, igualando-se a Pelé.

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Com a desvantagem, os bolivianos tentaram pelo menos ficar mais com a bola, mas a Argentina aumentou a pressão na saída de jogo. Com isso, a opção dos visitantes foi cometer faltas e dois cartões amarelos foram distribuídos.

Apesar do grande domínio, a Argentina só foi ter mais uma grande oportunidade, aos 42 minutos, em mais uma jogada de Messi. O meia tabelou com Di Maria e tocou colocado, mas a bola saiu por pouco. Com a facilidade para atuar, a seleção da casa perdeu a concentração e Vaca quase empatou aos 43, após desatenção de Otamendi e De Paul.

No segundo tempo, a superioridade argentina continuou, sempre com a organização de Messi. Com o apoio incondicional da torcida, o meia, após duas oportunidades, ampliou a vantagem aos 18 minutos, depois de bela tabela com Lautaro Martínez. Gol histórico: 78 pela seleção, o maior artilheiro por seleções da América do Sul.

A partir daí, foi uma festa, com os torcedores argentinos gritando 'olé' a cada toque na bola e Messi sorrindo como jamais foi visto ao atuar pela seleção de seu país. Mas ainda havia tempo para o terceiro, aos 42, após rebote de Lampe.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 3 X 0 BOLÍVIA

ARGENTINA - Musso; Molina, Pezzella, Otamendi (Martínez Quarta) e Acuña; De Paul (Palacios), Paredes; Di María (Nicolás González) e Papu Gómez (Joaquín Correa), Messi e Lautaro Martínez (Angel Correa). Técnico: Lionel Scaloni.

BOLÍVIA - Lampe; José Sagredo, Quinteros, Haquín, Jusino (Roberto Fernández) e Jesús Sagredo; Leonel, Justiniano, Villarroel (Ramiro Vaca) e Saavedra (Algarañaz); Henry Vaca e Marcelo Moreno. Técnico: César Farias.

GOLS - Messi aos 13 minutos do primeiro tempo, aos 18 e aos 42 do segundo.

ÁRBITRO - Kelvin Ortega (PER).

CARTÕES AMARELOS - Villarroel e Haquín.

LOCAL - Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

Após mais de um ano comandando o Kashima Antlers, clube no Japão que tem Zico como dirigente e de onde saiu ao término da temporada 2020-2021, Antônio Carlos Zago irá se aventurar agora no futebol da Bolívia. O treinador de 52 anos foi contratado nesta quarta-feira pelo Bolívar, o maior vencedor do país da América do Sul.

O anúncio foi feito pelo dono do clube, o empresário Marcelo Claure, que divulgou um vídeo com imagens do profissional brasileiro em sua conta oficial no Twitter. "Damos as boas vindas a Antônio Carlos Zago como novo treinador do Bolívar. Múltiplo campeão como jogador no Brasil e como técnico foi escolhido o melhor treinador do Campeonato Paulista de 2019. Sua liderança e estilo coincidem plenamente com nosso plano para o Centenário", escreveu.

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Mais cedo, Claure havia escrito na mesma rede social: "A busca de um treinador sul-americano, ganhador, que compartilhe nossa paixão por um projeto que vai além do resultado, que consiste em implementar um modelo de jogo diferente e formar nossos jovens, foi concluído. Com o City, entrevistamos 66 treinadores".

Maior campeão boliviano, com 29 conquistas nacionais, o Bolívar faz parte do conglomerado City Football Group, que comanda o Manchester City e outros nove clubes ao redor do mundo. Atualmente a equipe está na segunda colocação do Campeonato Boliviano e já foi eliminada da Copa Sul-Americana.

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Ex-zagueiro, Antônio Carlos Zago iniciou a carreira de treinador em 2009, à frente do São Caetano. Recentemente, comandou o Juventude, sendo vice-campeão do Campeonato Gaúcho em 2016. Com isso, no ano seguinte, chegou ao Internacional, mas não conseguiu repetir o mesmo sucesso. Depois de perder a final do Gauchão para o Novo Hamburgo, foi demitido após derrota para o Paysandu, na terceira rodada da Série B.

Ele retornaria ao clube de Caxias do Sul (RS) no final daquele ano. Seu trabalho de maior repercussão no futebol brasileiro foi no Red Bull Bragantino, campeão da segunda divisão nacional em 2019. O técnico também teve passagens como auxiliar da Roma, na Itália, e do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma megaoperação na manhã desta terça-feira (29) contra uma quadrilha responsável por transportar drogas e munições de caminhão da Bolívia para o nordeste do Brasil. Cerca de 110 policiais cumprem 23 mandados judiciais em oito estados.

Das ordens expedidas pela Justiça Federal de Barra das Garças, no Mato Grosso, quatro são de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão. Também foram solicitadas 49 ordens de sequestro de imóveis e veículos, além do bloqueio de ativos financeiros dos investigados.

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Os Estados que integram a megaoperação são Mato Grosso, Pernambuco – onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Recife, Jaboatão, Camaragibe e Vitória -, Mato Grosso do Sul, Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Paraíba e Goiás. Ao todo, 49 pessoas foram indiciadas na investigação iniciada em agosto do ano passado.

Na ocasião, os agentes federais prenderam um dos integrantes da organização em flagrante com o material escondidos em cargas de ração animal. A PF identificou a participação de presos e familiares no esquema de transporte, e aponta que apenas dois operadores movimentaram milhões de reais em menos de dois anos através de uma empresa de fachada.

Em duelo de seleções que ainda não haviam vencido nesta Copa América, o Uruguai fez valer a tradição e seu melhor futebol para superar a Bolívia por 2 a 0, nesta quinta-feira. Liderado por Luis Suárez e Edinson Cavani, o ataque uruguaio sofreu no primeiro tempo, mas deslanchou na etapa final e poderia ter saído da Arena Pantanal, em Cuiabá, com uma goleada.

Sem esconder o desgaste físico, após uma temporada dura na Europa, os dois atacantes foram discretos no primeiro tempo. O Uruguai "precisou" de um gol contra para abrir o placar. O segundo tempo teve roteiro diferente, com chances incríveis desperdiçadas e até lampejos de genialidade de Suárez. Cavani acabou anotando o segundo gol.

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Foi o suficiente para o Uruguai chegar aos quatro pontos, na provisória terceira colocação do Grupo A. O Chile, que enfrenta o Paraguai ainda nesta quinta, pode superar os uruguaios na tabela. Já a Bolívia segue como a única seleção ainda sem pontuar na competição.

O time boliviano foi um dos mais afetados pela covid-19 nesta Copa América. Mas, nesta quinta, voltou a contar com três reforços, recuperados da nova doença. Entre eles estão o meia Henry Vaca e o atacante Marcelo Moreno, que entraram no segundo tempo. O zagueiro Haquín não saiu do banco de reservas.

Como era de se esperar, o Uruguai controlou o jogo e se impôs diante da Bolívia, pior time da competição até agora, no primeiro tempo. Mesmo longe de fazer grande atuação, os uruguaios dominavam a posse de bola, povoavam o meio-campo e praticamente só jogavam no campo de adversário.

Com Arrascaeta sem empolgar, Vecino, De La Cruz e Valverde comandavam a equipe, principalmente o último. Valverde era o motor do time, criando as principais jogadas. O esforço do jogador do Real Madrid, contudo, não era acompanhado por Suárez e Cavani. A dupla demonstrava desgaste físico e falta de ritmo de jogo.

Somente nos minutos finais do primeiro tempo os dois começaram a aparecer melhor em campo, com chances de gol. Antes disso, foram seguidos erros inesperados e oportunidades desperdiçadas que não costumam fazer parte do currículo de ambos. O melhor exemplo disso aconteceu aos 20, quando Cavani se enrolou sozinho com a bola quando tentava driblar o goleiro Lampe.

Se os atacantes não ajudavam, a defesa boliviana resolveu ajudar. Aos 39, em jogada de Valverde e Arrascaeta, Quinteros se antecipou a Cavani, que surgia na segunda trave, e completou rasteiro contra as próprias redes.

O gol parece ter deixado o ataque uruguaio mais solto no segundo tempo. Com a vantagem no placar, Suárez e Cavani chegavam com mais perigo. O primeiro quase fez lindo gol de cobertura, aos 11, ao perceber Lampe adiantado. O goleiro se destacou também em outro lance de Suárez, aos 15, e de Bentancur, aos 20.

Substituto de Arrascaeta, na metade do segundo tempo, Facundo Torres também desperdiçou chances, aos 30 e aos 32. As chances começavam a se acumular, o jogo se tornava mais aberto e a Bolívia tentava se insinuar no ataque, com a entrada de Marcelo Moreno no jogo.

E, quando o jogo se tornava perigoso para os uruguaios, veio o segundo gol. Em rápida jogada pela esquerda, Torres cruzou na área e Cavani completou para as redes, aos 33, selando a vitória.

Na última rodada do grupo, o Uruguai vai enfrentar o Paraguai no Engenhão, enquanto os bolivianos vão duelar com a Argentina, na Arena Pantanal. Os dois jogos serão disputadas às 21 horas da próxima segunda-feira.

FICHA TÉCNICA:

BOLÍVIA 0 x 2 URUGUAI

BOLÍVIA - Lampe; Villarroel (Danny Bejarano), Quinteros, Jusino, Roberto Fernández (Flores); Leonel Justiniano, Ramiro Vaca, Saavedra, Juan Arce (Junior Sánchez); Chura (Henry Vaca) e Rodrigo Ramallo (Marcelo Moreno). Técnico: César Farias.

URUGUAI - Muslera; Giménez, Godín, Viña, Nández (Giovanni González); Vecino, Valverde, De La Cruz (Bentancur), Arrascaeta (Facundo Torres); Luis Suárez (Maxi Gómez) e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

GOLS - Quinteros (contra), aos 39 minutos do primeiro tempo. Cavani, aos 33 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Chura, Henry Vaca.

ÁRBITRO - Alexis Herrera (Venezuela).

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.

LOCAL - Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).

Após virar alvo de um expediente disciplinar por parte da Conmebol, o atacante Marcelo Moreno veio a público mais uma vez para falar de pandemia e da Copa América. O jogador, contudo, evitou polêmicas. Ele confirmou que contraiu a covid-19 e pediu desculpas à entidade pelas críticas feitas na terça-feira.

Em comunicado divulgado pela Federação Boliviana de Futebol, o jogador afirmou que não foi ele que escreveu as mensagens publicadas em sua conta no Instagram. Diante de uma notícia sobre o aumento de casos de covid-19 na Copa América, Moreno atacara a Conmebol no seu perfil, que tem verificador de conta.

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"Obrigado a vocês da Conmebol por isso. A culpa é totalmente de vocês. Se morre uma pessoa, o que vocês vão fazer? O que importa é somente o dinheiro, a vida do jogador não vale nada?", questionou o jogador do Cruzeiro, ao publicar notícia sobre os 52 casos de covid-19 confirmados no torneio.

Neste comunicado, ele recuou. "O que foi expressado na publicação da minha conta no Instagram não foi uma declaração textual que dei pessoalmente, razão pela qual não foi minha intenção gerar polêmica, ofender ou questionar, a Confederação Sul-Americana de Futebol, nem suas autoridades", disse o jogador, sem explicar quem teria postado a mensagem.

"Lamentavelmente, minha preocupação pela situação do meu contágio de covid-19, que me impediu de jogar com minha querida seleção boliviana na estreia da Copa América 2021 e pela pandemia em geral que nos afeta a todos, foi interpretada de maneira incorreta por quem é encarregado de realizar minhas comunicações públicas", declarou, ao confirmar que foi um dos três casos positivos no elenco boliviano.

"Tem sido dias muito difíceis para todos e com muita pressão a partir dos jogos da Eliminatória, e dentro deste cenário ocorreu tudo isso. Entendo que a Conmebol tem feito um esforço por organizar a Copa América para manter a competitividade e o rendimento esportivo das seleções, visando o Mundial, enquanto a mesma situação da pandemia nos gera situações que são complicadas para relevar."

Por fim, ele pediu desculpas pelo episódio. "A todas as pessoas que tem se sentido ofendidas pelo ocorrido, pelo bem da minha querida seleção e de todas as pessoas que amam o futebol, espero que minhas palavras sirvam para trazer tranquilidade e que o torneio continue oferecendo alegrias em meio a momentos adversos que estamos vivendo."

Moreno não revelou como está seu estado de saúde. Mas indicou que tem poucas chances de jogar nesta Copa América. "A doença não me permite ter certeza do tempo de retorno", afirmou.

As declarações do atacante na terça haviam causado incômodo na Conmebol, que decidiu abrir o expediente disciplinar para ouvir o jogador. O atacante tinha até esta quinta-feira para se manifestar sobre o caso. Agora a entidade deve avaliar o conteúdo do seu comunicado. Se for enquadrado no Artigo 7 do Código Disciplinar da Copa América, Moreno poderá sofrer advertência, multa e até perder eventual premiação conquistada no torneio.

Depois de a Venezuela ter confirmado 12 casos de Covid-19, agora foi a vez da Bolívia confirmar quatro novas infecções. As informações são do jornal boliviano 'Deporte Total'. A situação acontece antes da estreia da Copa América, prevista para este, domingo (13), que contará com o duelo entre a seleção venezuelana e o Brasil.

São 16 casos de Covid-19 no total confirmados antes de a bola rolar pela competição, que acabou sendo transferida para o Brasil de última hora depois de Colômbia e Argentina, que eram anfitriãs do torneio, desistirem de sediar a disputa.

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Os quatro casos da seleção boliviana foram identificados em Goiânia, capital do Goiás. A Bolívia joga na segunda-feira (14) contra o Paraguai.

Nesta terça-feira (18), a partir das 19h15, acontece o confronto entre The Strongest-BOL e Santos, no estádio Hernando Siles, em La Paz, na Bolívia. A partida é válida pela 5 ª rodada da fase de grupos da Libertadores da América. A vitória garante mais três pontos e vaga nas oitavas de final. O alvinegro praiano está com o time descansado, por ter apenas o torneio continental para disputar. Já  o time boliviano, além da Libertadores, está no meio do campeonato nacional, onde ocupa o 1° lugar, com um jogo a menos disputado. 

Na primeira ocasião que ambos se enfrentaram, o Peixão saiu vitorioso na Vila Belmiro em uma goleada por 5 a 0. Mesmo que a disputa desta terça-feira seja com o mesmo time, o maior obstáculo do Santos tende a ser a altitude superior a 3.600 metros, de La Paz. As duas grandes baixas do alvinegro praiano para este duelo são o técnico recém contratado Fernando Diniz, que foi expulso na última partida da Libertadores contra o Boca Juniors-ARG, e o atacante Marinho, que segue na reta final de recuperação.  

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Apesar de ocupar a liderança do Campeonato Boliviano e estar invicto com cinco vitórias e uma derrota, The Strongest faz campanha irregular na Libertadores. Ao longo da competição continental disputou quatro partidas, ganhou apenas uma e perdeu as outras três. O clube boliviano vai apostar em uma formação mais defensiva com cinco defensores, tendo  Jair Reinoso como a grande referência no ataque. 

A fase de grupos vai até o dia 26 de maio e, após a definição dos times que avançam para as oitavas de final, no dia 2 de junho será feito um sorteio para a definição dos confrontos. Até o momento, Santos e The Strongest compõem o Grupo C e ainda não há nenhum clube garantido para a próxima fase. No 1° lugar está o Barcelona de Guayaquil-EQU (nove pontos), em 2° o Santos (seis pontos), em 3° Boca Juniors (seis pontos) e The Strongest na última posição (três pontos).

O Ministério Público da Bolívia solicitou, neste domingo (14), seis meses de prisão para a ex-presidente interina Jeanine Áñez e dois de seus ministros, presos em uma investigação por um suposto golpe contra o ex-presidente Evo Morales em 2019.

Três promotores assinaram a acusação pela aplicação de "medidas cautelares que consistem em prisão preventiva [...] por um período de seis meses" nos presídios de La Paz, de acordo com o documento. Neste momento, Áñez encontra-se detida em uma delegacia da capital boliviana.

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A ex-presidente interina foi presa na madrugada de sábado (13) na cidade de Trinidad, capital do distrito de Beni, de onde foi transferida para a capital boliviana, onde aceitou seu direito ao silêncio perante o Ministério Público. Junto a seus ex-ministros Álvaro Coimbra (Justiça), e Rodrigo Guzmán (Energia), ela é acusada de crimes de "terrorismo e sedição" pelos acontecimentos de novembro de 2019 que levaram à renúncia do ex-presidente Evo Morales.

A ordem de prisão foi dada no momento em que o partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) exige um julgamento por golpe de Estado contra vários opositores e ex-líderes militares.

À televisão local ao chegar em um avião militar no aeroporto de La Paz sob forte escolta policial, Áñez declarou: "É um ultraje absoluto, eles nos acusam de ser cúmplices de um suposto golpe. Não há um grão de verdade nas acusações. É uma simples intimidação política. Não houve golpe. Eu participei de uma sucessão constitucional."

Em contato com a imprensa desde as celas da polícia onde aguarda sua audiência para medidas cautelares, ela ainda afirmou neste domingo que deveria ser processada em um julgamento de responsabilidade e não em um julgamento comum.

"Tenho privilégios, goste Evo Morales ou não, e teria que ser acusado em tribunal", disse a ex-presidente.

Áñez reiterou que o atual governo pretende criminalizar a sucessão "constitucional" ocorrida em novembro de 2019 após as demissões das autoridades na altura e ratificou que não houve golpe de Estado.

Ela afirmou ainda que tem fé em Deus e no povo boliviano para que a justiça não determine esse fato. "Tenho o total apoio do povo, assim como todos nós defendemos nosso Estado de Direito e de todos nós que acreditamos na democracia. Não posso ter o apoio do MAS, porque eles desprezam a democracia ", disse a ex-presidente interina.

A audiência das medidas cautelares contra ela e seus ex-ministros Álvaro Coímbra, da Justiça, e Rodrigo Guzmán, de Energias, estava marcada para o domingo.

O MP boliviano também pediu a detenção - a instituição conta com essa prerrogativa no país andino - do ex-comandante das Forças Armadas general William Kaliman e do ex-chefe da polícia Yuri Calderón por terem pedido então a renúncia de Evo.

O general Kaliman e Calderón pediram publicamente a renúncia de Evo em novembro de 2019, quando o país enfrentava protestos que deixaram 36 mortos após denúncias de fraude nas eleições. A crise precipitou a renúncia de Evo, que tinha sido reeleito para um quarto mandato até 2025.

Kaliman ainda não foi preso e Calderón não foi encontrado em sua casa para assumir sua defesa no julgamento por sedição e conspiração em que a ex-presidente também está sendo investigada.

O atual ministro da Justiça, Iván Lima, e o presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, declararam que a Justiça está agindo com independência do poder político e negaram perseguição política.

"Nós não podemos interferir nos casos levados pelo Ministério Público e pela Justiça. São casos que eles devem tratar com objetividade e independência", afirmou Lima.

Rodríguez reiterou, separadamente, a narrativa oficialista de que no final de 2019 houve um golpe de Estado e ressaltou que o que está acontecendo agora "não é perseguição, é justiça", disse.

Classe política reage à prisão

Os ex-presidentes da Bolívia - o centrista Carlos Mesa (2003-2005) e o direitista Jorge Quiroga (2001-2002) - rejeitaram separadamente as prisões e ordens de prisão. Ambos foram atores-chave para a transição do governo de Morales para o de Áñez em 2019.

Por meio de carta enviada à ONU e à União Europeia, a ex-presidente interina apelou às organizações para que acompanhem o seu processo.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu que políticos da Bolívia consolidem a paz no país e respeitem o devido processo legal, após a prisão da ex-presidente interina Jeanine Áñez.

O apelo foi reforçado pelo representante da União Europeia para assuntos exteriores, Josep Borrell, que no Twitter escreveu mensagem pedindo "diálogo e reconciliação". e que "as acusações pelo ocorrido em 2019 devem ser resolvidas com uma justiça transparente e sem pressões políticas". COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os primeiros resultados não oficiais sinalizam um fortalecimento dos partidos da oposição nas eleições regionais da Bolívia neste domingo (7). Pesquisas da empresa Ciesmori para a televisão Unitel sinalizam que os opositores do presidente Luis Arce mantiveram o controle das quatro maiores cidades do país, no dia em que os bolivianos foram às urnas para eleger governadores e prefeitos.

As apurações preliminares sinalizam que os partidos da oposição vão manter o comando da capital da Bolívia, La Paz, e da mais populosa cidade do país, Santa Cruz. O Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Arce e do ex-presidente boliviano Evo Morales, pode ter perdido a maior parte do governos regionais.

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O resultado oficial das eleições levará mais de uma semana caso haja um segundo turno para a eleição dos nove governadores do país, disse o presidente do Supremo Tribunal Eleitoral da Bolívia, Salvador Romeri. Segundo a projeção da Ciesmori, um segundo turno pode acontecer em pelo menos três das províncias, incluindo La Paz.

Estudantes da Universidade Pública de El Alto (UPEA), na Bolívia, morreram ao cair do 4° andar do prédio do centro de ensino nessa terça-feira (2). Segundo o ministro do Interior, Eduardo Del Castillo, até o momento cinco jovens faleceram e três estão em estado grave.

Um vídeo que mostra o momento exato do acidente foi compartilhado nas redes sociais. Nas imagens é possível ver um tumulto em um dos corredores do prédio de ciências financeiras da universidade, até que a proteção de ferro se rompe e os jovens despencam.

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O presidente boliviano Luis Arce lamentou a tragédia em sua conta do Twitter. "Nossas mais profundas condolências ao povo de El Alto e às famílias sofredoras. Aguardamos o pronto de esclarecimento dos fatos".

As causas do tumulto ainda não foram divulgadas. A polícia também investiga as responsabilidades no caso.

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Na madrugada dessa terça-feira (2) um ônibus caiu cerca de 150 metros de um barranco na Bolívia, causando 21 mortes e deixando mais de 20 feridos. Um dos sobreviventes é Erwin Tumiri, um boliviano que estava no vôo da LaMia, cujo acidente matou 71 pessoas, entre eles, os jogadores da Chapecoense, em 2016, na Colômbia. Apenas ele e outras cinco pessoas sobreviveram na ocasião.

O veículo capotou em uma rodovia próximo a cidade de Ivirgarzama, na Bolívia e Erwin Tumiri estava a caminho do trabalho. Ele é técnico de aviação e deu entrevista aos meios de comunicação bolivianos contando como respondeu ao acidente de ônibus. “O ônibus estava rodando, aí eu agarrei o banco da frente, sabia que íamos bater porque viajávamos em alta velocidade. Continuei agarrado, não soltei até atingirmos o solo".

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Tumiri relatou ainda que, após o acidente, se arrastou para fora, com o joelho machucado, e ficou dizendo para si mesmo: “De novo, não posso acreditar”.

O boliviano teve apenas uma lesão no joelho e arranhões nas costas. "Eu me sinto abençoado, sempre dando graças a Deus”.

A pernambucana de 19 anos resgatada de cárcere privado na Bolívia em 18 de janeiro retornará ao Recife nesta quinta-feira (28). Ela será recebida pela Polícia Federal (PF) e entregue aos familiares.

A jovem foi enganada com uma proposta de emprego em Corumbá-MS. Ao chegar à cidade, que faz fronteira com a Bolívia, ela foi colocada em um veículo contra a sua vontade e levada até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

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Segundo a PF, a mulher permaneceu uma semana incomunicável e mantida presa em quarto de uma pensão próxima ao centro da cidade. Ela conseguiu pedir ajuda a um funcionário da pensão e manter contato com a família no Recife, que acionou a PF.

A Polícia Nacional da Bolívia conseguiu identificar o local e fazer o resgate. Os autores do crime não foram identificados, mas o país investiga o caso.

A pernambucana está em Corumbá-MS em uma casa de apoio da Secretaria da Mulher do Estado do Mato Grosso do Sul, que custeou a passagem aérea de retorno para Recife. O avião para o Recife sairá de Campo Grande-MS. Posteriormente, ela será ouvida em inquérito policial para dar detalhes de seu rapto.

Após aceitar uma falsa proposta de emprego na Bolívia, uma recifense, de 19 anos, foi resgatada do cárcere privado, nessa segunda-feira (18). Por meio do Oficialato de Ligação em Santa Cruz de La Sierra e da Representação Regional da Interpol em Pernambuco, a Polícia Federal (PF) e as autoridades bolivianas firmaram uma parceria para libertá-la.

A jovem caiu no golpe e viajou para Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde acreditava que iria assumir uma vaga de trabalho. Já no município fronteiriço, ela foi forçada a entrar em um veículo e foi sequestrada até a cidade de Santa Cruz, na Bolívia.

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Durante uma semana, a brasileira ficou presa em um quarto de pensão, próximo ao centro da cidade, sem dar notícias aos familiares. Na manhã dessa segunda (18), ela recebeu ajuda de um funcionário da estalagem e conseguiu informar sua condição à família, que acionou a Representação Regional da Interpol em Pernambuco.

Com a cooperação entre as autoridades internacionais, a Polícia Nacional da Bolívia identificou o local do cativeiro e realizou o resgate da recifense. Ela recebeu apoio do setor Consular do Brasil em Santa Cruz e aguarda pela repatriação.

Os responsáveis pelo crime ainda não foram identificados e uma investigação foi instaurada pela polícia boliviana.

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales, de 61 anos, foi diagnosticado com o novo coronavírus. Segundo informou seu gabinete, ele está "estável e recebendo cuidados médicos", embora não tenham sido divulgados mais detalhes sobre o estado de saúde.

Após renunciar ao cargo em 2019, Morales morou na Argentina até o final do ano passado, quando voltou a Bolívia depois que seu aliado Luis Arce foi eleito presidente. Desde então, o ex-líder passou a cumprir uma agenda de encontros com apoiadores, apesar da pandemia.

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O governo da Bolívia revelou nesta segunda-feira (4) que o país receberá no final de março cerca de dois milhões de doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca/Oxford, que se sumarão no mesmo mês às vacinas Sputnik V, compradas da Rússia.

O governo do presidente esquerdista Luis Arce fechou na semana passada a compra de 5,2 milhões de vacinas Sputnik V e anunciou que teria acesso ao dispositivo Covax, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Aliança para as Vacinas (GAVI) para garantir uma distribuição igualitária das futuras vacinas.

"A partir de março teremos 1.700.000 doses (da Sputnik V) que chegarão. Temos já para o final de março a vacina do plano Covax, pouco mais de dois milhões de doses. Essa vacina é a Oxford", disse o porta-voz presidencial, Jorge Richter, citado pelo jornal El Deber.

Um primeiro lote de 6.000 doses das vacinas russas chegará neste mês e será destinado principalmente aos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia.

O vice-ministro da Saúde, Álvaro Terrazas, afirmou por su que as vacinas Sputnik e AstraZeneca/Oxford serão "dadas à população boliviana de maneira totalmente gratuita" e que as vacinações serão voluntárias.

Além disso, os governos de La Paz, Santa Cruz (leste), Chuquisaca (sudeste) e Tarija (sul) administram separadamente a compra das vacinas chinesas Sinovac, segundo a empresa encarregada de uma eventual comercialização no país sul-americano, ZKM Corporación.

Desde março, quando começou a pandemia, até o momento, a Bolívia soma mais de 162.600 casos e mais de 9.200 mortes, de uma população de 11,5 milhões de habitantes.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, esquerdista, promulgou nesta segunda-feira um imposto sobre as fortunas superiores a 30 milhões de bolivianos, ou 4,3 milhões de dólares, que irá atingir 152 pessoas.

Arce, no poder desde novembro, anunciou no Twitter que, "para a redistribuição da riqueza na Bolívia, promulgamos a Lei 1357 de Imposto sobre as Grandes Fortunas, que será aplicado àqueles que possuem um patrimônio superior a 30 milhões de bolivianos", assinalando que "o benefício chegará a milhares de famílias bolivianas".

O presidente assinou a norma, aprovada nos últimos dias pelo Congresso, controlado pelo governante Movimento ao Socialismo (MAS) por ampla maioria. A lei estabelece porcentagens graduais para o pagamento da alíquota: 1,4% para pessoas com riqueza de 30 milhões a 40 milhões de bolivianos; 1,9%, de 40 milhões a 50 milhões; e 2,4% para fortunas maiores.

O imposto será anual e permanente para todos que viverem na Bolívia, incluindo estrangeiros. A medida se aplica a pessoas naturais residentes no país que tiveram uma permanência na Bolívia por mais de 183 dias nos últimos 12 meses.

O ministro da Economia, Marcelo Montenegro, explicou que "as taxas efetivas estão dentro da média dos parâmetros de outras economias da região que aplicam um imposto semelhante, e a confidencialidade sobre as pessoas afetadas é mantida".

A autoridade da área econômica estimou previamente que seriam arrecadados cerca de 100 milhões de bolivianos com a nova norma. Partidos opositores e empresários fizeram observações sobre o imposto, que consideram um desestímulo aos investimentos.

Com a proteção da Floresta Amazônica como pauta principal, foi reinstalado nesta segunda-feira (21) o Parlamento Amazônico (Parlamaz). O grupo reúne representantes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru, Venezuela, Guiana, Suriname e Equador. Tem o objetivo de estabelecer políticas integradas, estreitando as relações sobre as questões amazônicas e promovendo a cooperação e o desenvolvimento sustentável da região. 

O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), foi eleito por unanimidade para presidir o Parlamaz. Ele pediu que os membros indiquem candidatos para a vice-presidência até o dia 21 de janeiro, bem como os apontamentos para o plano de trabalho do colegiado. 

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Criada em 17 de abril de 1989, a comissão funcionou alguns anos, mas acabou desmobilizada. A ideia de reativá-la, depois oito anos inativa, voltou em 2019, após uma reunião dos países-membros na Embaixada do Equador. Segundo Nelsinho Trad, depois daquele encontro foram realizados debates decisivos para a continuidade do projeto. O senador apontou o papel do Parlamaz de fortalecer a representação democrática, com respeito à região e aos seus habitantes, e ressaltou a felicidade pela reativação do grupo. Ele disse que nenhum representante dos países-membros aceitará delegar a titularidade sobre as políticas a serem adotadas na região. 

"Nossa intenção é dar voz às populações nativas, oferecer não uma obra passageira, mas uma contribuição definitiva que se perpetuará no tempo. A reinstalação do Parlamaz significa um passo importante, e os resultados poderão impactar de modo decisivo e firme o nosso futuro. Pedimos a Deus que continue nos dando saúde para enfrentarmos as dificuldades que teremos pela frente", afirmou. 

Desafios

O deputado colombiano Juan David Velez falou da importância da reinstalação do grupo parlamentar. Ele observou que, como o colegiado tem representação internacional, outro grande desafio dos países-membros consiste em sugerir ações de proteção ao meio ambiente também de forma geral. 

"Para nós, o Parlamaz trará sinergia para a região [amazônica], visando ações que gerem produtividade sustentável e riqueza. Não queremos seguir com a pobreza, e precisamos tratar desse tema de modo responsável". 

Uma das representantes da Bolívia, a deputada Marta Ruiz Flores disse que o parlamento boliviano está comprometido com a causa. Ela ponderou que todos os países, irmanados, podem promover mudanças importantes para a sustentabilidade do bioma amazônico. 

Aquecimento global

Na opinião do presidente da Assembleia Nacional da Guiana, Manzoor Nadir, o aquecimento global tem trazido mudanças e consequências que não podem ser medidas, mas que precisam ser combatidas. Ele chamou atenção para a responsabilidade do Parlamaz no tocante à legislação ambiental. 

"Estamos falando de uma lei que tem um poder único de apresentar números e trazer soluções. Nosso tempo de agir é agora". 

O deputado brasileiro Léo Moraes (Podemos-RO) também ressaltou a importância do diálogo para posicionar os interesses de todos os países-membros diante do mundo. Para ele, além de defender os amazônidas, como indígenas e ribeirinhos, é fundamental que o grupo parlamentar chame à participação todas as populações que habitam a área. 

"Temos que cuidar e aliançar o interesse pelo desenvolvimento e pelo progresso pensando, sobretudo, na nossa soberania. Ninguém melhor que os moradores e desbravadores dessa região para nos transmitir as experiências inerentes a esse rincão e estamos à disposição para promover esse bom debate". 

Cooperação

Para Carlos Alberto Lázare Teixeira, da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca), o Parlamaz é um canal de diálogo e cooperação entre os legislativos desses países, fundamental para consolidar as políticas de Estado necessárias à Amazônia. Ele também destacou a importância de valorização dos habitantes locais. 

"Nosso grande esforço é para difundir todos os elementos fundamentais para a região, baseado na centralidade do ser humano, já que há ali cerca de 35 milhões de habitantes. Também é importante que todos os membros mostrem seu apoio ao tratado, com a missão de levar em frente toda essa agenda de cooperação". 

Membros do Parlamento Amazônico

Brasil: senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Eduardo Braga (MDB-AM), Plínio Valério (PSDB-AM), Paulo Rocha (PT-PA) e Telmário Mota (Pros-RR); deputados Marcelo Ramos (PL-AM), Léo Moraes (Podemos-RO), Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e José Ricardo (PT-AM) 

Bolívia: Marta Ruiz Flores, Sara Kattya Condori, Carlos Hernán Arrien Aleiza, Alcira Rodríguez, Ana Meriles e Genaro Adolfo Mendoza 

Colômbia: Germán Alcides, Blanco Álvares, Harry Gonzalez, Henry Correal, Juan David Velez, Maritza Martinez, Harold Valencia, Carlos Cuenca e Jorge Guevara 

Equador: Fernando Flores, Carlos Cambala 

Guiana: Manzoor Nadir 

Peru: Gilmer Trujillo Zegarra 

Suriname: Marinus Bee 

Venezuela: María Gabriela Hernández Del Castillo, Romel Guzamana

*Da Agência Senado

 

O presidente da Bolívia, Luis Arce, está no Brasil para passar por uma série de exames médicos de "rotina", segundo informou o governo do país. O mandatário chegou neste domingo (13) e deve permanecer em território brasileiro até esta terça-feira (15).

"Hoje me ausento da Bolívia até a terça 15 de dezembro para realizar meu controle rotineiro de saúde. Agradeço ao povo boliviano pelo carinho e pelos bons desejos que chegaram até mim. [...] Agradeço o apoio incondicional da minha família que hoje me acompanha para fazer os exames de rotina recomendados pelos médicos", informou Arce em postagens no seu Twitter. O líder boliviano veio ao país em um voo comercial.

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Antes de partir, Lucho - que tem 57 anos - entregou a presidência interina do país para seu vice, David Choquehuanca, que assume as funções até a recuperação do presidente. Aos jornalistas, o mandatário ainda lembrou que "há um ano" deixou a Bolívia "para fazer uma visita similar". "Espero que, como aconteceu em 2019, tudo vá na direção boa", acrescentou.

Em 2017, Arce descobriu um câncer renal e passou por uma cirurgia no Brasil, onde também realizou o tratamento até o fim de 2018. À época, ele deixou a função de ministro da Economia do governo de Evo Morales por conta da doença. 

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Da Ansa

O futebol na Bolívia segue em uma crise que parece não ter fim. Nesta quinta-feira, além da derrota por 3 a 2 para o Equador, em La Paz, que mantém a seleção nacional zerada após três rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, o presidente em exercício da Federação Boliviana de Futebol (FBF, na sigla em espanhol), Marcos Rodríguez, foi detido por policiais no intervalo da partida realizada no estádio Hernando Siles.

De acordo com a imprensa boliviana, ele é acusado de enriquecimento ilícito e corrupção à frente da entidade. Rodríguez é acusado pelos presidentes dos clubes por supostas irregularidades, sendo que uma delas envolve a compra do terreno que sediará o futuro centro de treinamento da seleção. O dirigente seria levado à cidade de Santa Cruz de la Sierra, local de onde partiu a denúncia, mas se recusou a embarcar e foi levado a um centro de saúde de La Paz.

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No último dia 4, o ex-presidente da FBF, Marco Peredo, fez uma denúncia contra a entidade e membros do Comitê Executivo com acusações de corrupção. Ao todo, 18 pessoas foram denunciadas. A imprensa boliviana também vincula a detenção de Rodríguez com o processo movido por Robert Blanco, postulante à presidência da federação.

Rodríguez está no poder desde a morte de César Salinas, presidente anterior da FBF, em decorrência da covid-19, em julho deste ano, e é reconhecido pela Conmebol. No entanto, seu mandato tem sido marcado por uma grave crise e divisão do futebol no país. Blanco queria o cargo e tem apoio de vários clubes, entre eles Bolívar e Jorge Wilstermann.

Com uma crise enorme, o futebol boliviano segue paralisado e não tem previsão de volta. Os clubes tentam uma definição rápida para que o prejuízo não seja maior, especialmente em relação à classificação para a Copa Sul-Americana e a Copa Libertadores de 2021. A Conmebol reiterou a sua posição de que não aceitará indicados para definir representantes em suas competições.

O economista de esquerda Luis Arce, afilhado político do ex-presidente Evo Morales, assumiu a presidência da Bolívia neste domingo (8) em cerimônia realizada no Congresso bicameral de La Paz, depois de vencer as eleições gerais do mês passado.

O vice-presidente aimará David Choquehuanca, que tomou posse pouco antes, foi o encarregado de tomar o juramento do novo presidente na presença dos novos parlamentares e convidados especiais como o rei Felipe VI da Espanha e os presidentes da Argentina, Colômbia e Paraguai.

Com a mão direita na altura do coração, o novo presidente respondeu: "Sim, eu juro".

Em seguida, ele e os demais participantes da cerimônia cantaram o hino nacional.

A posse de Arce, ex-ministro da Economia de Morales (2006-2019), marca o retorno ao poder do Movimento ao Socialismo após a renúncia do ex-presidente em junho de 2019 em meio a uma forte convulsão social.

Como herdeiro político de Morales, Arce venceu as eleições de 18 de outubro no primeiro turno com 55% dos votos, mais de 26 pontos acima de seu principal rival, o centrista Carlos Mesa.

Morales retornará na segunda-feira à Bolívia da Argentina, país onde se refugiou após um breve asilo no México, para viajar cerca de 1.110 quilômetros por terra até a região cocaleira de Chapare, onde suas bases camponesas o aguardam.

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