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O desempenho nas urnas do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), que tenta se eleger pela sexta vez como vereador no Rio de Janeiro, servirá como um termômetro da aprovação de Jair Bolsonaro em seu reduto eleitoral. Diariamente, em publicações e transmissões ao vivo nas redes sociais, o presidente pede votos para o filho, a quem atribui a estratégia de comunicação que lhe deu a vitória nacional em 2018.

A mãe dos seus três filhos mais velhos, Rogéria Bolsonaro (Republicanos), também disputa uma cadeira na Câmara da capital fluminense, mas não tem o empenho do presidente. Segundo o Estadão apurou, o presidente se recusou a gravar um vídeo para a ex-mulher, apesar dos pedidos do senador Flávio (Republicanos-RJ) e do deputado Eduardo (PSL-SP), os dois outros filhos do casal.

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Com a dedicação total do pai, a expectativa no entorno do "Zero Dois" é que o parlamentar alcance aproximadamente 150 mil votos, um aumento de 40% em relação ao pleito anterior. Em 2016, em plena escalada da popularidade de Bolsonaro, que trabalhava para chegar ao Planalto, Carlos foi o vereador mais votado do Rio de Janeiro e o terceiro do Brasil com 106.657 votos, seis vezes mais do que em 2012, quando conquistou 23.79 eleitores.

"Na última eleição, ele (Carlos) foi o mais votado. Teve cento e poucos mil votos - mais do que uma candidata do PCdoB a prefeita. Se Deus quiser, este ano ele será reeleito. E a gente pede humildemente o apoio do pessoal do Rio de Janeiro para votar no Carlos Bolsonaro", disse o presidente nesta semana.

Em meio à expectativa de aliados de que consiga uma votação recorde, o próprio vereador se mostra cauteloso. "A eleição só se ganha quando se contam os votos", afirmou.

Ex-mulher

Apesar de estar pedindo votos para vereadores de diversas cidades nas suas "lives", que passaram a ser diárias, Bolsonaro, no Rio, só faz campanha para Carlos. Excluída, Rogéria usa fotos do ex-marido e de Flávio no material de propaganda. Nas redes sociais, costuma publicar imagens dos três filhos e tem como uma das bandeiras a defesa da família.

É essa a estratégia para Rogéria tentar voltar à Câmara do Rio após 20 anos. Eleita vereadora duas vezes, ela deixou a política após ser derrotada nas urnas em 2000. Na época, Bolsonaro estava brigado com Rogéria - já estava separado dela - e incentivou Carlos, então com 17 anos, a se candidatar. Ele foi eleito com 16.053 votos.

Agora, no mesmo partido de Carlos, Rogéria tentará se beneficiar de uma eventual votação recorde do filho. Para isso, precisará alcançar 10% do quociente eleitoral, conforme regra que passou a valer em 2018. Apesar da ausência de demonstrações de proximidade com a mãe nas redes sociais, pessoas próximas à família afirmam que a relação entre Carlos e Rogéria está bem. Procurada, a candidata não quis se manifestar.

Além de Rogéria, o amigo de longa data e ex-assessor Waldir Ferraz (Republicanos), que diz ter se candidatado com incentivo do presidente, também ficou de fora do "horário eleitoral gratuito" de Bolsonaro. Apesar disso, ele acha que pode ser eleito graças aos votos de Carlos. "Ele consegue puxar uns três ou quatro", disse o ex-assessor.

Na reta final das investigações que envolvem a contratação de funcionários fantasmas no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já tem uma estimativa do quantitativo de servidores suspeitos. No cálculo do órgão, mais de R$ 7 milhões foram gastos em salário, desde 2001. A informação foi divulgada pelo jornalista Guilherme Amado.

Embora critique o inchaço do Estado que, em determinadas ocasiões, torna-se ‘cabide de empregos’, o filho mais novo do presidente na política teria contratado 11 servidores fantasmas em seu gabinete, aponta o MP.

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O inquérito está perto de ser concluído e pode evoluir para uma acusação contra Carlos, que segue com a campanha de reeleição. O vereador nega que tenha cometido qualquer tipo de irregularidade.

O presidente Jair Bolsonaro publicou um post no Twitter em defesa do filho, o vereador Carlos, assim como do armamento da população. "Povo armado jamais será escravizado", escreveu o presidente da República. E acrescentou: "Muitos trabalharam e ainda se empenham para se evitar o desarmamento nos moldes de outros governos (sic)".

Bolsonaro fez o post ao mencionar reportagem da revista Veja. "Se a Veja pretendia atingir negativamente o Vereador @CarlosBolsonaro , acabou dando mais um tiro no próprio pé", escreveu o mandatário do Brasil.

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Para o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), a doação ilegal de campanha feita pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi apenas um "equívoco". O candidato foi às redes sociais para minimizar o repasse em espécie de R$ 10 mil e garantiu que o recurso foi devolvido ao pai.

A Lei eleitoral determina que doações acima de R$ 1.064,10 devem ser feitas por meio de transferência bancária. Ainda assim, o presidente não cumpriu com as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e financiou a campanha de reeleição do filho com a quantia em dinheiro vivo, entregue na última sexta-feira (2).

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"[...] esclareço que houve um equívoco e que tratamos de corrigi-lo imediatamente, respeitando, como sempre, as regras estabelecidas. Nenhum ilícito cometido", explicou Carlos, que voltou a atacar meios de comunicação.

Em outra publicação, o vereador do Rio de Janeiro ressaltou que o recurso é de origem lícita e foi devolvido, contudo, já teria sido "retransferido como esclarece a regra".

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Um dos três imóveis comprados pelo vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) durante sua vida pública foi adquirido por preço 70% abaixo do avaliado pela Prefeitura. Localizado em Copacabana, na zona sul do Rio, o apartamento em um apart-hotel custou ao filho "zero dois" do presidente Jair Bolsonaro R$ 70 mil, quando tinha valor de R$ 236 mil estipulado pela prefeitura para cobrança de imposto. A prática não é ilegal, mas costuma despertar suspeitas - por possibilitar, em tese, pagamentos "por fora", sem registros oficiais. É considerada, por órgãos de controle, uma forma conhecida de lavagem de dinheiro. Carlos não se pronunciou, mas os Bolsonaro costumam repudiar as suspeitas e dizer que sofrem ataques políticos.

O negócio foi fechado em março de 2009. A escritura foi obtida no mesmo cartório em que estava o documento do imóvel de R$ 150 mil comprado por Carlos em dinheiro vivo quando tinha 20 anos - o que foi revelado pelo Estadão na quarta-feira, 23. Nesse caso, o apartamento fica na Tijuca, zona norte da cidade, e também teve "desconto". Custou 30% menos que o estipulado pelo município: R$ 213.499,00. No de Copacabana, o pagamento registrado foi feito por transferência eletrônica. Carlos é investigado pelo Ministério Público do Rio por suspeitas de ter empregado funcionários "fantasmas" e se apropriado de parte dos rendimentos deles por meio da chamada "rachadinha". A prática, se confirmada, configura peculato - desvio de dinheiro público.

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O montante pago pelo apartamento de Copacabana, em valores corrigidos pelo IPCA, corresponderia hoje a R$ 127,6 mil. Se o vereador tivesse desembolsado o valor de R$ 236 mil, o preço atualizado saltaria para R$ 430,6 mil. Ninguém, porém, é obrigado a seguir os valores fixados pela prefeitura. Os preços são fechados entre comprador e vendedor com base no mercado imobiliário.

Na parte da escritura em que se explica a situação legal do imóvel, a escrivã aponta que o bem se encontrava "completamente livre e desembaraçado de todo e qualquer ônus judicial ou extrajudicial, hipoteca legal ou convencional, foro ou pensão e isento de dívidas, bem quite com impostos e taxas, exceto a taxa de incêndio, que se encontra em débito no exercício de 2007, o que é de pleno conhecimento e aceitação por parte do outorgado comprador". Ou seja, não havia débito expressivo nem pendência que justificasse a discrepância de valores.

Um dos irmãos de Carlos, o senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), está prestes a ser denunciado pelo MP por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Como os dois irmãos tiveram funcionários coincidentes em seus gabinetes, a Promotoria, ao investigar um, encontrou também movimentações financeiras que auxiliam na apuração sobre o outro. A apuração sobre Carlos ainda está no início.

Na investigação sobre o senador, a compra de imóveis por preços supostamente subfaturados é, para o Ministério Público, um dos pontos fundamentais. Dois apartamentos, também em Copacabana, foram adquiridos por Flávio e sua mulher, Fernanda, com preço declarado de R$ 310 mil. O valor pago em cheques, contudo, estaria, na opinião da Promotoria, abaixo do real. Os promotores suspeitam que Flávio tenha dado R$ 638 mil em espécie, por fora, para concluir a aquisição.

O negócio foi fechado em novembro de 2012. Pouco mais de um ano depois, o casal vendeu os apartamentos e declarou lucro de R$ 813 mil - quando, na verdade, o lucro real teria sido de R$ 176,6 mil, segundo cálculo do MP. Com as vendas, o dinheiro pago "por fora", ilegalmente, na compra, voltaria "por dentro", com aparência legal, na venda, acreditam promotores. A explicação para o aumento de preços seria a suposta valorização dos imóveis.

Eduardo Bolsonaro

Como noticiou nesta quarta (23), o jornal O Globo, com base em escrituras às quais o Estadão também teve acesso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pagou em dinheiro vivo parte dos preços de dois imóveis. Os desembolsos somaram R$ 150 mil, de um total de R$ 1,6 milhão dos preços dos apartamentos. Em valores corrigidos, seriam R$ 196 mil em espécie. Além disso, ao pagar R$ 160 mil - sendo R$ 50 mil em dinheiro vivo -, por um imóvel em Copacabana, o parlamentar desembolsou 30% menos do que o valor de R$ 228,2 mil, estipulado pela prefeitura. Diferentemente dos irmãos, Eduardo não é investigado oficialmente. Também não é suspeito de crime.

Defesa

Procurado para se pronunciar, Carlos Bolsonaro não respondeu. O casal que lhe vendeu o imóvel em Copacabana não foi localizado pela reportagem. O senador Flávio tem reiteradamente negado as acusações e afirmado que todas as transações dele e da família foram feitos de modo lícito. O parlamentar costuma dizer que as acusações de que é alvo são perseguição política, com o objetivo de atingir o governo do presidente Jair Bolsonaro. O Estadão não conseguiu contato com Eduardo Bolsonaro. 

O vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) tinha apenas 20 anos, em 2003, quando se dirigiu a um cartório no centro do Rio e pagou R$ 150 mil em dinheiro por um imóvel. O montante corresponde hoje a R$ 366 mil, corrigidos pelo IPCA. Investigado por supostamente se apropriar dos salários de funcionários "fantasmas" na Câmara Municipal, Carlos vai disputar o sexto mandato este ano.

O apartamento pago em "moeda corrente do País, contada e achada certa", como diz a escritura que oficializou o negócio, fica na Rua Itacuruçá, na Tijuca, zona norte, e ainda pertence ao parlamentar. Na eleição de 2016, ele declarou que o imóvel valia R$ 205 mil. O documento de compra e venda foi obtido pelo Estadão no cartório em que o negócio foi fechado. Foi a primeira aquisição imobiliária de Carlos, lançado pelo pai, o hoje presidente Jair Bolsonaro, à política em 2000, antes de fazer 18 anos.

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Procurado, o vereador não respondeu à reportagem.

Uma advogada ouvida pelo Estadão sob condição de anonimato disse que a expressão "moeda corrente, contada e achada certa" na escritura não deixa dúvidas de que o pagamento foi feito em espécie. Essa prática não é crime, mas costuma ser apontada como indício de suposta lavagem de recursos, já que não deixa rastro no sistema financeiro se não passar por um banco. Segundo a especialista, a aquisição do imóvel por essa forma de pagamento só desperta estranheza se a origem dos recursos não estiver evidente. A reportagem não conseguiu contato com o casal que vendeu o apartamento.

Carlos Bolsonaro é investigado por suspeita de nomear no seu gabinete funcionários que lhe repassariam, totalmente ou em parte, seus salários. Ao todo, 11 servidores estão sob investigação do Ministério Público. A maioria é ligada a Ana Cristina Siqueira Valle, que não é mãe de Carlos, mas foi casada com o pai do vereador.

Irmão de Carlos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) também é investigado pelo Ministério Público do Rio por suposta prática de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no processo das "rachadinhas" (apropriação dos salários dos assessores) quando era deputado estadual. Este processo, em que constam nomes coincidentes com a apuração que mira Carlos, investigadores se debruçam sobre pagamentos em dinheiro vivo feitos pelo parlamentar.

O MP aponta indícios de que o senador fez pagamento "por fora", em dinheiro, na aquisição de dois apartamentos em Copacabana, na zona sul. Nas escrituras, o valor declarado oficialmente era R$ 310 mil, mas no mesmo dia em que o negócio foi fechado, em novembro de 2012, o vendedor depositou em espécie, na própria conta, R$ 638 mil - e ele não havia feito nenhuma outra venda naquele semestre.

O MP suspeita de lavagem dos recursos oriundos de esquema de "rachadinha". Flávio nega ter cometido irregularidades e diz ser alvo de perseguição política, cujo objetivo seria atingir o governo Bolsonaro.

Bens

A apuração sobre o vereador Carlos Bolsonaro ainda está no início. O imóvel na Tijuca é um dos três que compunham a declaração de bens apresentada por ele em 2016 à Justiça Eleitoral - a deste ano ainda não está disponível. Os outros são em Copacabana e no Centro, que valeriam, há quatro anos, R$ 85 mil e R$ 180 mil, respectivamente.

O imóvel de Copacabana, comprado em 2009 por R$ 70 mil, foi pago por transferência eletrônica, segundo a escritura. O pagamento do imóvel do Centro foi dividido entre um sinal de R$ 40 mil em formato não especificado, R$ 120 mil por meio de transferência no fechamento do negócio e R$ 20 mil em uma nota promissória.

Antes de adquirir seu primeiro apartamento, Carlos morava com a mãe, Rogéria Nantes Bolsonaro, em um imóvel em Vila Isabel, na zona norte do Rio. Rogéria, que tentará voltar à Câmara Municipal em novembro, depois de 20 anos fora da política, também comprou o imóvel pagando em dinheiro em espécie. O preço em 1996 foi R$ 95 mil, revelou o jornal O Globo. O Estadão confirmou a informação em cópia da escritura.

Ana Cristina Valle teve participação ainda mais ativa no mercado imobiliário enquanto foi casada com Bolsonaro, entre 1997 e 2008. Ela adquiriu 14 imóveis no período; cinco pagos em dinheiro vivo, segundo reportagem da revista Época publicada em julho. Em valores corrigidos, os pagamentos em espécie somam R$ 680 mil. Ela não foi localizada pela reportagem. 

O vereador no Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), reconhecido pelo modo agressivo com que utiliza as redes sociais, voltou à carga nessa segunda-feira (21), para insultar as organizações ambientais e defender o governo do pai, Jair Bolsonaro.

Depois de passar um período com publicações mais amenas, Carlos recorreu ao velho estilo e disparou ofensas. Por meio de uma postagem no Twitter, escreveu que "todas as ONGs vagabundas" estariam, segundo ele, "se organizando nas redes sociais para orquestrar panelaço contra o Presidente amanhã em seu discurso para a ONU". O presidente abre, nesta terça-feira, a 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Pressionado por organizações internacionais pelas queimadas recordes na Amazônia e no Pantanal, Bolsonaro usará o discurso de abertura para rebater críticas de que o governo brasileiro segue inerte na questão ambiental. "Este tipo de MOVIMENTO ORQUESTRADO jamais será investigado e nem será motivo de inquérito, óbvio! O LÍDER ELEITO DA NAÇÃO é alvo!", escreveu o filho do presidente.

A conduta de Bolsonaro na área ambiental está longe de ser alvo de críticas apenas de ONGs do setor. Empresários, membros do Legislativo, do Judiciário, investidores internacionais e governos de todo o mundo, para além da opinião pública, têm criticado duramente os índices alarmantes e recordes de incêndios e desmatamento que destroem a Amazônia e o Pantanal.

O vereador também disparou impropérios contra as investigações da Polícia Federal, que apura financiamento e realização de atos antidemocráticos. "Atos antidemocráticos são meus ovos na goela de quem inventou isso! Milhares vão às ruas espontaneamente e devido a meia dúzia esculhambam toda a democracia. Tentam qualificar a vontade popular como algo temerário", escreveu no Twitter.

O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou em depoimento à Polícia Federal não ter produzido ou divulgado qualquer tipo de conteúdo que incitasse ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Congresso ou aos seus integrantes, e negou utilizar "robôs" para promover postagens. Carlos foi ouvido como testemunha no dia 10, no Rio de Janeiro, no inquérito que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.

À PF, Carlos disse que nunca utilizou verba pública para manter perfis em redes sociais e que não é "covarde ou canalha" para contratar "robôs" para difundir conteúdo e omitir essa informação. No depoimento, Carlos contou que, entre 2010 a 2012, criou redes sociais diversas em nome de Jair Bolsonaro na tentativa de difundir as informações sobre o trabalho desenvolvido pelo seu pai.

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O filho do presidente disse também que não participa da política de comunicação do governo, afirmou que apenas ajuda a divulgar em suas redes e na do pai os conteúdos de comunicação institucional da administração federal.

Ele disse que, como vereador, contratou José Matheus Salles Gomes para ajudá-lo nesse trabalho. Gomes hoje é lotado no Palácio do Planalto, no cargo de assessor especial, e faz parte do chamado "gabinete do ódio" - núcleo apontado como responsável por ataques a adversários nas redes sociais cuja existência foi revelada pelo Estadão em novembro do ano passado.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal, segundo o canal CNN, intimou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), ambos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a depor no inquérito 4828 do Supremo Tribunal Federal, que investiga supostos atos antidemocráticos realizados no início do ano, entre abril e maio. 

A PF não informou se o depoimento de Carlos Bolsonaro, que estava marcado para o último dia 10, já foi realizado. A oitiva a seu irmão, Eduardo, está prevista para a próxima terça-feira (22), segundo a CNN, que teve acesso aos autos do inquérito, apesar de o mesmo ser conduzido em segredo de Justiça. 

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Monetização

A solicitação para que os irmãos Bolsonaro sejam ouvidos foi feita em um momento no qual o inquérito avança em investigações para entender quais são as fontes de monetização e até suposta lavagem de dinheiro dentro da organização dos atos antidemocráticos que teriam contado com a participação do presidente da República.

Por sua vez, a Procuradoria-Geral da República (PGR) busca limitar o alcance da investigação, para que ela não venha a atingir o próprio presidente Bolsonaro. Uma petição assinada em 27 de agosto pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jaques, afirma categoricamente que, por hora, nem Bolsonaro nem assessores próximos à família presidencial devem ser alvos de investigação. 

No STF, quem conduz o inquérito sobre os atos antidemocráticos é o ministro Alexandre de Moraes, que recentemente deu entrevista falando a respeito da monetização e lavagem de dinheiro em grupos que participam de atos antidemocráticos e criam fake news em massa.

Em despacho recente, a delegada da Polícia Federal que conduz a investigação no órgão executor, Denisse Dias Ribeiro, pediu ao ministro diligências contra o Foco do Brasil, um dos principais canais conservadores do País, que chegou a transmitir os atos do dia 19 de abril, que motivaram o inquérito. Até o presente momento, Carlos e Eduardo Bolsonaro não se manifestaram publicamente sobre a intimação. 

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As investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro, em torno do antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembléia Legislativa do Rio, foram encerradas após dois anos e agora seguirá com o trâmite judicial. De acordo com o jornal O Globo, nesta sexta-feira (11), a conclusão foi de que milhões de reais em dinheiro vivo foram repassados.

A investigação abriu uma verdadeira caixa preta da família Bolsonaro e revelou diversas relações da família, inclusive proximidades com líder de milícias no Estado. O esquema era operado por Fabricio Queiroz que resgatou dinheiro repassado pelos funcionários fantasmas.

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Foram mais de 2,7 milhões de reais operados em dinheiro vivo no esquema da "rachadinha", de acordo com MP. Agora o foco é o irmão de Flávio, Carlos Bolsonaro. Na mira do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC), o '02' também é suspeito de ter se beneficiado com o esquema.

A investigação que apura o esquema de rachadinhas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) indica que um ex-assessor da família Bolsonaro, o cabelereiro Márcio Gerbatim, fez movimentações bancárias atípicas e sacou todo o salário que recebeu em dois anos. No gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) entre abril de 2008 e abril de 2010, e nomeado pelo então deputado Flávio Bolsonaro (Republicanos) entre 2010 e 2011, o ex-assessor foi casado com Márcia Aguiar, atual companheira de Fabrício Queiroz.

Além da quebra de sigilo bancário do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) teve acesso às contas de ex-assessores, como Gerbatim, que migrou do gabinete do vereador para o de Flávio em 2010, onde ficou até 2011. Carlos também é investigado por supostas rachadinhas e nomeações fantasmas, um de seus assessores morava em Minas Gerais, de acordo com O Globo.

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Enquanto esteve com Carlos na Câmara dos Vereadores, Gerbatim recebeu R$ 89.143,64 pelo Banco do Brasil. Durante o período, o total de créditos na conta foi de R$ 93.422,91 e o registro de saques somam R$ 90.028,96 em espécie. De acordo com o Estadão, o cabelereiro nem chegou a ter crachá de identificação enquanto assessorou o vereador.

Gerbatim recebia o salário no dia 5 de cada mês e se apressava para retirar o dinheiro do banco. No dia 1º de maio de 2008, o ex-assessor recebeu R$ 3.014,59 e, já no dia seguinte, fez dois saques de R$ 400 e R$ 500. No terceiro dia, retirou mais R$ 2.070.

A movimentação estranha se repete em julho, quando recebeu R$ 4.210 e, no mesmo dia, sacou todo o valor. Em agosto, ganhou R$ 3.077 e retirou no mesmo dia até mais que o recebido, R$ 3.099. Em fevereiro de 2009, recebeu R$ 3.318 e sacou R$ 3.169 em espécie. 

O próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a depositar R$ 10 mil para Gerbatim, em 9 de junho de 2010. Após dois dias, o nomeado efetuou um pagamento de R$ 10 mil na Real Veículos Comércio e Serviços. Questionada, a empresa não soube informar sobre a compra. No dia 30 de outubro de 2008, Bolsonaro já lhe havia transferido R$ 100.

Em dezembro de 2018, o ex-assessor parlamentar afirmou que trabalhou como motorista de Flávio, mas negou a entrega de parte dos salários que caracteriza a rachadinha.

O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), usou o Twitter nesta quarta-feira (26) para cobrar uma ação da plataforma e das autoridades brasileiras contra o que chamou de "ataques coordenados" contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Em resposta a um vídeo postado pelo pai, Carlos escreveu: "Onde estão o @TwitterBrasil , autoridades e afins para falar dos ataques coordenados diariamente na timeline do Presidente? Não precisaria nem de 2 minutos para constatar! Seeeegue o jogo..."

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O vereador, contudo, não aponta que ataques são estes, mas a publicação dele acontece na semana em que o presidente virou ainda mais o centro das atenções nas redes sociais como reação à ameaça que desferiu contra um repórter do jornal O Globo, no último domingo (23), quando disse que tinha vontade de "encher de porrada" o profissional que o questionou sobre o motivo que teria feito Fabrício Queiroz depositar R$ 89 mil nas contas da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Mais de 1,3 milhão de tuítes citaram o presidente apenas do domingo para a segunda. 

Após divulgar o diagnóstico de malária, nessa terça-feira (11), a atriz Camila Pitanga foi abraçada nas redes sociais por amigos e fãs que torcem por sua recuperação. Ela e a filha Antônia suspeitavam de Covid-19, mas recorreram ao Sistema Único de Saúde (SUS) para identificar e tratar a infecção.

Embora não seja amigo e, aparentemente, não seja um fã, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) prestou apoio à atriz em uma postagem nas redes sociais.

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Sem deixar de lado o tom de polarizado, o filho do presidente escreveu, "diferente das ofensas que recebemos diariamente por nossas posições, somente desejo pronta recuperação à atriz e sua filha, apesar de divergências claras de ideias e de valores!"

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De acordo com informações da 'Revista Época', a família do presidente da República Jair Messias Bolsonaro (sem partido) teria movimentado mais de R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo, com transações que envolveriam pagamentos e recebimentos. 

Segundo o veículo de imprensa, o total incluiria quantias movidas, supostamente, por diversos membros da família: Rogéria Bolsonaro, ex-esposa e mãe dos três filhos políticos do presidente, que comprou um apartamento avaliado em R$ 95 mil em cash no ano de 1995, quando ainda era casada com Bolsonaro. Fernanda Bolsonaro, esposa de Flávio Bolsonaro e portanto nora do presidente, teria recebido R$ 25 mil de Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu marido, no ano de 2011. A 'Época' diz que há, ainda, um depósito de R$ 12 mil em espécie em favor de Fernanda, cujo autor não foi identificado.

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Flávio Bolsonaro

O filho 01 do presidente teria adquirido salas comerciais na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por R$ 86,7 mil em 2008, por meio de depósito; um apartamento em 2012 na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, avaliado em R$ 638,4 mil, adquirido junto à sua esposa, Fernanda Bolsonaro, segundo o Ministério Público e, em 2014, ele pagou R$ 30 mil em depósitos fracionados de R$ 3 mil para adquirir móveis que estavam em um apartamento que comprou, também na Barra da Tijuca. Em 2017, teriam sido depositados R$ 96 mil, fracionados em depósitos de R$ 2 mil, na conta do agora senador. 

Entre os anos de 2014 e 2018, 53 boletos da escola dos filhos de Flávio e Fernanda, somando R$ 153,2 mil, teriam sigo pagos, de acordo com a revista, com dinheiro vivo na boca do caixa. De modo similar, entre 2013 e 2014, 63 boletos da fatura do plano de saúde da família de Flávio, totalizando R$ 108,4 mil, teriam sido pagos em dinheiro.

No ano de 2009, Flávio Bolsonaro e seu irmão, Carlos Bolsonaro, teriam pago R$ 31 mil em dinheiro para cobrir prejuízos que tiveram em investimentos feitos na Bolsa, através de uma corretora de valores. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) suspeita que Flávio Bolsonaro lavou cerca de R$ 1,6 milhão por meio de sua loja de chocolates e, caso isso se confirme, o montante final movimentado pela família em dinheiro vivo ainda pode aumentar.

Ana Cristina Valle, ex-esposa de Bolsonaro

Ainda durante o casamento com Bolsonaro, Ana Cristina Valle, segundo a 'Época', adquiriu 14 casas, terrenos e apartamentos que, somados, foram avaliados em R$ 3 milhões no momento do divórcio, em 2007. Dos 14, cinco imóveis foram pagos em dinheiro vivo (duas casas, um apartamento e dois terrenos), através de negociações distintas, entre os anos 2000 e 2006, totalizando R$ 243.300 em valores da época, pagos, segundo a revista, em cash. 

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Ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Rogéria Bolsonaro (Republicanos) confirmou que concorrerá a uma vaga na Câmara Municipal do Rio de Janeiro nas eleições deste ano. No vídeo em que anuncia a postulação, publicado em seu perfil no Instagram, ela aparece reproduzindo o slogan de campanha do presidente e mostrando a bandeira brasileira.

“Vamos ocupar nossos espaços, defendendo os princípios que acreditamos baseados em nossos valores cristãos, como os criados por Deus. Vamos juntos. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, declara na gravação. 

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Rogéria é a mãe do vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (Republicanos), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) e do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). Ela já foi vereadora da capital fluminense por dois mandatos e hoje atua como assessora parlamentar do deputado estadual Anderson Moraes (PSL). 

O ex-assessor do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), Luciano Querido, foi oficializado presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) nesta segunda-feira (13). Querido estava comandando o órgão interinamente desde maio.

A nomeação foi assinada pelo ministro chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e publicada no Diário Oficial da União. Querido é formado em direito e técnico em tecnologia da informação.

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O novo presidente da Funarte é casado com Luciana Alves Miranda Barbosa, que foi lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Ele é padrasto de Allan e Isabella Alves Miranda Bastos, também empregados nos gabinetes Jair e Carlos Bolsonaro, respectivamente.

Querido foi nomeado em maio para a diretoria executiva da Funarte, quando o maestro Dante Mantovani foi reconduzido para a presidência. Jair Bolsonaro, entretanto, recuou da decisão e Querido passou a presidir interinamente. 

No currículo publicado em rede social, Querido destaca ter trabalhado de 2002 a 2017 no gabinete de Carlos, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ele cuidava de "toda a parte de informática, como designer gráfico, web designer e banco de dados e mídias sociais."

No início de julho, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça que a nomeação do ex-assessor seja suspensa. O MPF argumenta que Querido não possui formação específica nem experiência profissional exigida por lei para ocupar o cargo de chefia.

Um dia depois de o Facebook ter removido uma rede com 73 contas falsas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro, a seus filhos e aliados, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) postou um comentário dizendo estar "cagando" para o que chamou de "lixo" das fake news.

Filho "02" do presidente, Carlos Boslonaro sempre foi influente nas redes sociais do pai e comanda o "gabinete do ódio", instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto. A existência do "gabinete do ódio" - núcleo que alimenta a militância digital bolsonarista com um estilo beligerante nas redes sociais - foi revelada pelo Estadão em setembro do ano passado.

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No post publicado nesta quinta-feira, 9, no Twitter, Carlos diz estar vivendo "um novo movimento pessoal", sem especificar a que se refere. "Totalmente ciente das consequências e variações. Aos poucos vou me retirando do que sempre defendi. Creio que possa ter chegado o momento de um novo movimento pessoal. Estou cagando para esse lixo de fake news e demais narrativas. Precisamos viver e nos respeitar", escreveu ele.

Carlos Bolsonaro também disse que "surpresas virão", mas, novamente, manteve o tom enigmático. "Ninguém é insubstituível e jamais seria pedante de me colocar nesse patamar! Todos queremos o melhor para o Brasil e que ele vença! Apenas uma escolha pessoal pois todos somos seres humanos! Seguimos! E surpresas virão! Não comemorem, escória!", emendou o filho do presidente.

O material investigado pelo Facebook identificou pelo menos cinco funcionários e ex-auxiliares que disseminavam ataques a adversários políticos de Jair Bolsonaro. Nessa lista está Tércio Arnaud Thomaz, que é assessor do presidente, integra o chamado "gabinete do ódio" e, de acordo com o Facebook, mantinha contas com ataques a adversários políticos de Bolsonaro. Um dos funcionários envolvidos nessa rede identificada pela plataforma também trabalhava para Carlos. Das 73 contas removidas pelo Facebook, 38 eram do Instagram.

O presidente da CPMI das Fake News, senador Angelo Coronel (PSD-BA), apresentou nesta quinta-feira, dia 9, um requerimento no qual solicita ao Facebook o conteúdo das contas ligadas à família Bolsonaro retiradas do ar. A plataforma derrubou uma rede de fake news e perfis falsos ligados a integrantes do gabinete do presidente, a seus filhos, ao PSL e aliados. Foram identificados e removidos 35 contas, 14 páginas e um grupo no Facebook e 38 contas no Instagram.

No documento, o parlamentar também pede para que a plataforma explique os motivos que levaram a decisão de excluir as contas. Segundo ele, as informações podem melhorar o relatório final do colegiado, formado por deputados e senadores.

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"O importante é deixarmos que as redes sociais fiquem limpas e as pessoas não se influenciem por postagens mentirosas. Isso que é o papel da CPMI e o papel também do projeto 2630 que é sempre preservar o povo brasileiro que não pode mais conviver com essas porcarias que ficam sendo praticadas no seio das redes sociais que estão instaladas no Brasil", afirmou o senador.

O parlamentar foi o relator do projeto de lei sobre Fake News aprovado no Senado em 30 de junho de 2020. O texto, que ainda será analisado pelos deputados, tenta implantar um marco inédito na regulamentação do uso das redes sociais, criando a chamada Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. Pelo texto, as plataformas digitais, como o Facebook, deverão colocar em prática uma política de controle de disseminação de notícias falsas na internet.

Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, deverá prestar depoimento, nesta quinta-feira (9), ao Ministério Público do Rio. O interrogatório se dá no âmbito da investigação contra o filho "02" do mandatário, o vereador carioca Carlos Bolsonaro, que é suspeito de empregar funcionários fantasmas e de praticar "rachadinha" na Câmara Municipal. Ana Cristina, que não é mãe dele, é uma das que teriam sido empregadas sem de fato trabalhar para o gabinete.

O depoimento será por videoconferência. A ex-mulher do presidente vive em Resende, no sul fluminense, cidade em que também moram outros parentes dela acusados de participarem do esquema. Ao Estadão, a defesa de Ana Cristina confirmou a existência do depoimento, noticiado pelo jornal O Globo, mas não disse o horário em que será dado.

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Hoje assessora na Câmara de Resende, Ana Cristina ficou de 2001 a 2008 lotada no gabinete de Carlos. Mesmo morando em outro município, outros parentes do então deputado Bolsonaro também ganharam empregos na Câmara do Rio, o que passou a ser considerado nepotismo pelo Supremo Tribunal Federal apenas em 2008.

A investigação contra Carlos começou em julho do ano passado, um ano depois do processo contra o filho "01" do presidente, Flávio, ser aberto. Era, até este mês, tocada por um grupo ligado à Procuradoria-Geral de Justiça, por causa do foro especial. Agora, contudo, com base em decisão recente do STF sobre a ausência de foro para vereadores, o caso desceu para a primeira instância do MP.

Na atual etapa do processo, os depoimentos não são obrigatórios. Os outros familiares de Ana Cristina, por exemplo, não falaram aos investigadores.

Nessa segunda-feira (6), as redes sociais se agitaram com a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está com sintomas da Covid-19. No Twitter houve até campanha torcendo pelo vírus, que em diversas oportunidades foi menosprezado pelo próprio presidente. O filho 03, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), ficou incomodado com a hashtag #forcacorona e pediu "solidariedade imediata" aos líderes de outros poderes. 

A febre de 38ºC alertou Bolsonaro, que já realizou exame de pulmão e o teste para o coronavírus, com resultado previsto para o meio-dia desta terça (7). Sem ministro da Saúde efetivo, a gestão do presidente encara a pandemia sem defender o seguimento de medidas sanitárias, como o isolamento social. O próprio mandatário chegou a participar, por exemplo, das manifestações antidemocráticas contra o Senado, a Câmara dos Deputados, Supremo Tribunal Federal e até governadores da oposição.

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Ainda que os ataques aos líderes dos demais Poderes tenha ganhado fama nos bastidores como um hobby do pai, Carlos Bolsonaro pediu apoio aos representantes e chamou os "torcedores" da Covid-19 de desumanos. "A imensa quantidade de pessoas pedindo a morte do chefe do Executivo neste momento deveria ser motivo de solidariedade imediata dos líderes dos outros Poderes, mas o que vemos novamente é a seletividade da indignação e ninguém chama os tais 'desumanos' de robôs. Não terão êxito!", publicou o vereador.

Enquanto o quadro clínico ainda é investigado, o medo da infecção fez com que Bolsonaro iniciasse o "tratamento preventivo" com hidroxicloroquina e azitromicina. Duas das principais substâncias que tentou popularizar como a cura da Covid-19, no entanto, os medicamentos não têm eficácia comprovada. 

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