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A Coreia do Norte disparou novos projéteis de artilharia próximo às fronteiras marítimas com a Coreia do Sul na terça-feira (18), um dia depois de o país vizinho iniciar exercícios militares anuais em parceria com os Estados Unidos. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (19), Pyongyang diz que testes são uma resposta às manobras sul-coreanas.

De acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, ao menos 100 projéteis foram lançados na costa oeste e outros 150 no leste. Embora eles não tenham caído em águas territoriais do Sul, os militares sul-coreanos disseram que os testes atingiram a parte norte das zonas de amortecimento marítimas que as duas Coreias estabeleceram sob um pacto militar de 2018 com o objetivo de reduzir as animosidades da linha de frente.

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Esta é a segunda vez que a Coreia do Norte dispara projéteis nas zonas de amortecimento desde sexta-feira passada, quando havia lançado centenas de projéteis em sua violação direta mais significativa do acordo de 2018. Os militares da Coreia do Sul ressaltaram que a Coreia do Norte deve "interromper as provocações que prejudicam a paz e a estabilidade na Península Coreana" e acrescentaram que estão aumentando a prontidão militar e, em coordenação com os Estados Unidos, monitorando os movimentos do país vizinho’.

Horas depois dos disparos, um porta-voz do Estado-Maior do Exército Popular da Coreia do Norte divulgou um comunicado afirmando que os mesmos seriam uma resposta ao treinamento de artilharia sul-coreano que teriam ocorrido na terça-feira, também em uma área de fronteira.

A Coreia do Sul não confirmou de imediato a realização das manobras militares. "Os inimigos devem parar imediatamente com as provocações imprudentes e incitadoras que aumentam a tensão militar na área de vanguarda", disse o porta-voz militar norte-coreano. Ele também atacou os militares sul-coreanos por iniciarem um exercício de campo anual, chamando-o de "ensaio de invasão".

Já o Ministério da Defesa da Coreia do Sul alegou que o treinamento seria uma forma de "melhorar as capacidades operacionais para combater vários tipos de provocações norte-coreanas" e que um número não especificado de tropas dos Estados Unidos devem participar dos exercícios deste ano.

Na segunda-feira, o Sul iniciou os exercícios anuais de Hoguk, que durarão até 28 de outubro, e contam com a participação de unidades do Exército, da Força Aérea, da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais, além de algumas tropas norte-americanas. Soma-se a isso as manobras aéreas que Seul e Washington planejam entre 31 de outubro e 4 de novembro.

Diante disso, nas últimas semanas, a Coreia do Norte realizou uma série de testes de armas no que chama de simulações de ataques nucleares contra alvos sul-coreanos e norte-americanos em resposta aos seus "perigosos exercícios militares" envolvendo um porta-aviões dos Estados Unidos.

Os país vê os exercícios militares regulares entre Washington e Seul como um ensaio de invasão. Desde que retomou as atividades de teste em 25 de setembro, a Coreia do Norte testou 15 mísseis. Um deles era um míssil balístico de alcance intermediário que sobrevoou o Japão e demonstrou um alcance capaz de atingir o território norte-americano do Pacífico de Guam.

Na sexta-feira passada, o exército norte-coreano lançou um míssil balístico - o nono projétil disparado em um período de 20 dias - e também realizou manobras aéreas e fogo de artilharia ao longo da fronteira em resposta a outros exercícios de tiro real em Seul. A tensão na região está atingindo níveis semelhantes aos de 2017, como resultado do aumento da frequência de lançamentos de projéteis pela Coreia do Norte, as respostas do Sul e a possibilidade de um novo teste atômico, que seria o primeiro em cinco anos.

Os recentes testes de artilharia do Norte tendem a atrair menos atenção externa que seus lançamentos de mísseis. No entanto, observa-se que os canhões de artilharia de longo alcance implantados na linha de frente também representam um sério risco à segurança da populosa região metropolitana da Coreia do Sul, que fica a cerca de 50 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte. Com as ofensivas da semana passada, o Sul ameaçou quebrar o pacto de cessação das hostilidades militares com o vizinho, caso o regime de Pyongyang realize um novo teste nuclear em meio à atual escalada bélica entre os países.

A Coreia do Norte, que está completamente isolada do exterior desde o início da pandemia e aprovou um plano de modernização de armas em 2021, recusou-se a retomar o diálogo com o Sul ou os Estados Unidos. Especialistas estrangeiros dizem que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, pode querer usar seu arsenal de armas expandido para pressionar os Estados Unidos e outros a aceitarem seu país como um Estado nuclear legítimo e suspender as sanções econômicas ao Norte. (Com agências internacionais).

O Consulado Geral da República da Coreia em São Paulo emitiu um alerta envolvendo crimes de extorsões realizados por um homem que se passa pelo ator sul-coreano Park Bo-gum para enganar as vítimas. De acordo com o comunicado publicado neste mês, o órgão recebeu uma denúncia de uma mulher que caiu no golpe e perdeu cerca de R$ 50 mil.

Identificada apenas como Angella, a moradora de Ribeirão Preto, interior paulista, costuma acompanhar novelas e filmes coreanos e se declara fã da cultura sul-coreana. Ainda segundo o comunicado, ela resolveu seguir pelo Instagram a conta de uma pessoa chamada Park Bo-gum, achando que se tratava do ator sul-coreano.

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"Acreditando que trocava mensagens com o verdadeiro artista, a vítima confiou em todas as suas palavras, inclusive quando disse que viria ao Brasil conhecê-la. O golpista, entretanto, afirmou que para isso precisaria pagar 'multas contratuais' à agência que o empresaria no valor de aproximadamente R$ 50 mil", consta no alerta. Com a promessa que receberia o valor de volta, a mulher se endividou para dar a quantia solicitada.

Ainda de acordo com o consulado coreano, o crime estaria sendo praticado por um brasileiro, que, "agindo de má-fé", teria se passado pelo artista.

No alerta, o consulado também enumera algumas recomendações para que outras pessoas não caiam no golpe:

- Desconfie de perfis de redes sociais que entram em contato apresentando-se como celebridades.

- Artistas coreanos e agências nunca exigem quantias em dinheiro.

- Em caso de suspeita de golpe, faça um boletim de ocorrência ou entre em contato com a embaixada e/ou consulado.

A Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (14) a imposição mais de US$ 70 milhões em multas contra o Google, da Alphabet, e a Meta Platforms, controladora do Facebook, por supostas violações de privacidade digital.

O Google será multado em 69,2 bilhões de wons (US$ 49,6 milhões), e a Meta, em 30,8 bilhões de wons (US$ 22,1 milhões), de acordo com uma decisão da Comissão de Proteção de Informações Pessoais da Coreia do Sul, nesta quarta-feira.

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As supostas violações incluem coletar e usar informações pessoais sem o consentimento dos usuários para publicidade direcionada e outros fins.

A comissão sul-coreana também ordenou que as duas empresas garantam que os usuários possam "com facilidade e clareza" entender e exercer seus direitos sobre suas informações pessoais.

O Google não informou adequadamente os usuários sul-coreanos sobre como suas informações pessoais são coletadas em sua nova página de inscrição de conta, afirmou a comissão. Toda a gama de opções para armazenamento e uso de dados pessoais foi ocultada e a opção padrão de consentimento foi definida como "concordar" desde pelo menos junho de 2016, ainda segundo o órgão.

Desde pelo menos julho de 2018, a comissão alegou, a página de inscrição de nova conta do Facebook não divulgou adequadamente como os dados de uma pessoa podem ser usados, conforme exigido pelas leis de privacidade locais, e não obteve o consentimento do usuário. O Facebook forneceu apenas uma longa página de informações sobre suas políticas de uma forma que é difícil para os usuários compreenderem, disse a comissão.

As penalidades sul-coreanas continuam uma série de esforços regulatórios para reivindicar os direitos dos usuários à privacidade digital contra o uso de dados individuais por gigantes da tecnologia para publicidade e outros serviços.

Nove pessoas morreram e sete são consideradas desaparecidas na Coreia do Sul após as fortes chuvas que inundaram estradas, estações de metrô e casas, anunciaram as autoridades nesta quarta-feira.

As chuvas iniciadas na segunda-feira são as mais intensas nos 115 anos de registros climáticos da Coreia do Sul, segundo o presidente Yoon Suk-yeol.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram estações de metrô inundadas e pessoas caminhando nas ruas com água na altura da cintura.

O bairro de luxo de Gangnam, na capital Seul, também foi muito afetado.

"Há 16 vítimas, novo mortos e sete desaparecidos", confirmou à AFP um funcionário do ministério do Interior.

Quase 600 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.

Entre as vítimas fatais, três morreram bloqueadas em um apartamento de subsolo, conhecidos como banjiha, de acordo com o ministério.

A imprensa local informou que as vítimas são uma adolescente, sua mãe e sua tia.

O presidente Yoon afirmou que os sul-coreanos sofreram muitos danos e pediu ao governo que preste mais assistência aos vulneráveis.

"Os que lutam financeiramente ou enfrentam dificuldades físicas são mais vulneráveis aos desastres naturais", disse.

Yoon foi criticado por não ter comparecido ao centro governamental de controle no início das fortes chuvas.

A Coreia do Sul lançou nesta sexta-feira dos Estados Unidos sua primeira sonda espacial com uma carga que inclui uma rede para transmitir informações do espaço durante sua missão de um ano para observar a Lua.

A Danuri - expressão composta pelas palavras coreanas "lua" e "desfrutar" - foi lançada em um foguete Falcon 9, pela empresa aeroespacial americana SpaceX. Ela deve chegar à Lua em meados de dezembro.

Nas entranhas de uma montanha japonesa dividida em duas encontra-se uma rede de antigas minas de ouro e prata que se tornaram uma nova fonte de discórdia entre o Japão e a Coreia do Sul.

As minas mais antigas da ilha de Sado, na costa noroeste do Japão, começaram a ser exploradas no século XII e permaneceram em operação até depois da Segunda Guerra Mundial.

O Japão considera que merecem ser integradas na lista do Patrimônio Mundial da Unesco, devido à sua longa história e ao seu notável legado pré-industrial.

Tóquio apresentou este ano um pedido para incluir três depósitos de ouro e prata do Sado do período Edo (1603-1867), anos em que essas minas teriam sido as mais produtivas do mundo e o trabalho era feito à mão.

Mas o que o Japão não diz, e que incomoda Seul, é que as minas de Sado usaram cerca de 1.500 trabalhadores coreanos durante a Segunda Guerra Mundial.

A situação específica desses trabalhadores é muito questionada, pois alguns afirmam que a maioria deles assinou contratos voluntariamente.

"As condições de trabalho eram extremamente duras, mas o salário era muito alto, então muitas pessoas - incluindo muitos japoneses - procuravam ser recrutados", diz Matsuura, ex-diretor-geral da Unesco, que apoia a candidatura das minas de Sado.

- Discriminação existia -

No entanto, outros afirmam que as condições de recrutamento equivaliam a trabalho forçado e que o trabalho coreano era tratado de forma menos favorável do que o japonês.

"A discriminação existia", diz Toyomi Asano, professor de história política japonesa na Universidade Waseda, em Tóquio.

As condições de trabalho dos coreanos "eram muito ruins e eles recebiam as tarefas mais perigosas", acrescenta o pesquisador.

Diversas disputas históricas que remontam à colonização da península coreana pelo Japão (1910-1945) envenenam as relações entre Tóquio e Seul há anos, o que criou um grupo de trabalho para derrotar a inscrição das minas de Sado na Unesco.

Disputas semelhantes já existiam entre os dois países vizinhos sobre os locais da revolução industrial japonesa da era Meiji (1868-1912), declarados Patrimônio da Humanidade desde 2015.

No ano passado, a Unesco pediu ao Japão que tomasse medidas para que os visitantes entendessem que "um grande número de coreanos e outros foram levados contra sua vontade e forçados a trabalhar em condições difíceis" nesses lugares.

O Japão "deve evitar repetir o mesmo erro" em Sado, admite Matsuura. "Devemos explicar de maneira mais concreta e honesta como os trabalhadores coreanos viviam e trabalhavam" nessas minas.

- Todos os países têm momentos obscuros -

O local começou a receber turistas na década de 1960, quando sua atividade extrativista estava se esgotando.

Reconstruções desatualizadas e um tanto sinistras ainda estão presentes, apresentando rígidos autômatos com cabeças rotativas e braços mecânicos que desferem golpes de picareta.

Hideji Yamagami, um visitante japonês de 79 anos, acha que a existência de trabalhadores forçados coreanos deve ser mencionada.

"Eu não sabia. Achei que os japoneses tinham feito todo o trabalho duro", comentou à AFP.

Placas explicativas no local mal o mencionam, mas detalham outros tempos sombrios no local durante o período Edo, quando crianças, muitas vezes pobres e sem-teto, foram recrutadas à força.

Se o sítio passar a fazer parte da lista do Patrimônio Mundial, o professor Toyomi Asano espera que a Unesco insista que toda a história das minas do Sado seja apresentada in loco.

O Japão "não deve ter medo" de reconhecer parte de sua história, avalia Asano. "Toda nação tem partes obscuras em sua história", afirma.

A Marcha do Orgulho LGBTQIA+ voltou a percorrer as ruas de Seul, a capital de Coreia do Sul, neste sábado (16), após dois anos de pausa pela pandemia de coronavírus, entre bandeiras do arco-íris e manifestações de grupos conservadores.

Milhares de pessoas desafiaram a chuva torrencial durante o evento em Seul, acompanhadas de um importante cordão policial que mantinha separados os participantes da marcha dos manifestantes conservadores, a maioria cristãos.

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Um ativista, que contou à AFP que se chamava Joy, explicou que "a sociedade sul-coreana ainda tem um longo caminho a percorrer" para o reconhecimento dos direitos LGTBQIA+.

O casamento de pessoas do mesmo sexo continua sendo ilegal na Coreia do Sul, e os ativistas insistem na necessidade de leis contra a discriminação por orientação sexual.

Pendurados em andaimes ao longo da marcha, manifestantes contrários exibiram cartazes com palavras de ordem em inglês como "Homosexuality is Sin" ("A homossexualidade é pecado") e "No!! Same-Sex Marriage" ("Não ao casamento [de pessoas] do mesmo sexo!").

A homossexualidade "é ruim. Traz corrupção moral e desordem social. Não podemos deixar que exista na Coreia do Sul", disse Hong Sung-bo, um manifestante.

A seleção brasileira de vôlei feminino carimbou a vaga nas quartas de final da Liga dos Nações na tarde desta quinta-feira ao derrotar a Coreia do Sul, com extrema facilidade, por 3 sets a 0, com parciais de 25/17, 25/19 e 25/13, em Sofia, na Bulgária. Com oito vitórias na competição, o Brasil já não pode mais ser alcançado pelos rivais que estão fora da zona de classificação.

Apesar da vaga garantida, há ainda mais dois jogos na Bulgária. Nesta sexta-feira, às 14h, o desafio é contra as donas da casa. No sábado, às 10h30, a equipe brasileira encara a Tailândia, no encerramento da fase. A próxima e última fase da Liga das Nações será entre os dias 13 e 17 de julho, em Ancara, na Turquia.

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Zé Roberto aproveitou a fraqueza do adversário, que ganhou apenas um set no torneio, para fazer alguns testes na equipe. Lorrayna e Julia Kudiess ganharam mais minutos em quadra, assim como Natinha e Mayany.

Apesar do favoritismo, a seleção brasileira entrou desligada e viu a Coreia do Sul abrir vantagem no marcador. Mas o bom momento da equipe asiática não durou por muito tempo. O Brasil equilibrou o duelo e confirmou o favoritismo, fazendo 25/17 no primeiro set.

No segundo set, brilhou a estrela de Julia Kudiess. A central do Minas foi um dos destaques da partida e fez pontos importantes para o Brasil ser dominante do início ao fim. E foi no bloqueio de Mayany que a seleção de Zé Roberto fechou por 25/19.

O panorama continuou também no terceiro set. A Coreia colecionava erros, e o Brasil abriu uma vantagem de 13/3. Com isso, Zé Roberto foi rodando o elenco e concluiu o duelo sem a menor dificuldade, por 25/13.

A Coreia do Sul lançou nesta terça-feira (21) seu primeiro foguete espacial de fabricação nacional, após uma primeira tentativa frustrada em outubro do ano passado.

O Veículo Coreano de Lançamento Espacial II, batizado de Nuri, decolou da estação de Goheung às 7H00 GMT (4H00 de Brasília).

"Parece que tudo transcorre de acordo com o previsto", afirmou um locutor durante a transmissão do evento pela televisão.

Em outubro de 2021, as três etapas do lançamento funcionaram da maneira correta, elevando o foguete a 700 quilômetros de altura. A carga útil de 1,5 tonelada também foi separada com sucesso, mas não foi possível colocar a simulação de satélite em órbita.

"Nuri se separa do satélite fictício", anunciou o canal YTN Television depois da decolagem, antes de insistir que o lançamento "parece ser um êxito".

No teste desta terça-feira, além do satélite fictício, Nuri transportou um satélite de verificação de funcionamento de foguetes e quatro pequenos satélites cúbicos desenvolvidos por quatro universidades locais para pesquisas.

O foguete de três estágios foi desenvolvido ao longo de uma década a um custo de 2 trilhões de wons (1,6 bilhão de dólares). Pesa 200 toneladas, tem 47,2 metros de comprimento e seis motores de combustível líquido.

Na Ásia, os países com programas espaciais avançados são China, Japão e Índia, enquanto a Coreia do Norte foi a última a entrar no grupo de Estados com capacidade para lançar os próprios satélites.

Um momento iluminado ganhou um pouco mais de felicidade. Autor do quinto gol do Brasil na goleada por 5 a 1 sobre a Coreia do Sul, nesta quinta-feira (2), Gabriel Jesus voltou a marcar pela Seleção Brasileira após quase três anos sem balanças as redes.

O último gol dele com a Amarelinha tinha sido na final da CONMEBOL Copa América 2019, na vitória do Brasil sobre o Peru, em julho daquele ano. Após o gol e a partida, o atacante destacou que não deixou de trabalhar para quebrar esta marca.

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"Acredito em sorte, mas não nesse caso. Trabalho bastante, trabalho quieto. Não sou de retrucar. Não respondo elogios e nem crítica, foi mais o trabalho. Não só o meu gol, mas a atuação da equipe também. Viver esse ambiente da Seleção, que é muito bom", afirmou Jesus, que admitiu não viver seu melhor momento nas últimas partidas:

"Eu não estava contente com as minhas atuações. Procurei melhorar, trabalhar. Venho vivendo um momento muito bom, tanto no clube como no pessoal. Só tenho que trabalhar que as oportunidades vão aparecer".

A felicidade de Gabriel Jesus tem motivo: no fim de maio, nasceu Helena, sua primeira filha. Dentro de campo, o atacante fechou a temporada em alta pelo Manchester City e ajudou o clube inglês a ser campeão da Premier League. Com a pressão pelo gol deixada para trás, Gabriel Jesus se vê muito mais leve por todo o momento vivido.

"Sempre vou procurar fazer gol. Óbvio que pesa um pouco (a cobrança), não vou mentir, mas estou muito feliz. É um momento feliz meu, sendo pai agora, construindo uma família", finalizou.

A Seleção Brasileira goleou a Coreia do Sul por 5 a 1 no Seoul World Cup Stadium, em Seul, na Coreia do Sul. Os gols do Brasil foram marcados por Richarlison, Neymar (2x), Philippe Coutinho e Gabriel Jesus.

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Da assessoria da CBF

Em seu primeiro compromisso na Ásia, a seleção brasileira massacrou a Coreia do Sul com facilidade, por 5 a 1, nesta quinta-feira, em Seul, em amistoso preparatório para a Copa do Catar. Neymar, recuperado de um pisão no pé, sofrido no dia anterior, foi um dos destaques da partida, marcando duas vezes de pênalti - ambos sofridos por Alex Sandro, em uma de suas melhores partidas pela seleção. Richarlison, Coutinho e Gabriel Jesus fizeram os outros gols brasileiros. Danilo, do Palmeiras, ficou fora da relação e não esteve presente nem mesmo no banco de reservas.

A seleção brasileira volta a campo na próxima segunda-feira, dia 13, quando encerra a sua passagem pela Ásia encarando o Japão, em Tóquio, às 7h20 (horário de Brasília). Após os compromissos desta Data Fifa, o Brasil tem no calendário o confronto com a Argentina, jogo suspenso nas Eliminatórias, em setembro. A CBF, porém, ainda busca os pontos da partida alegando irregularidades por parte da comissão argentina.

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O Brasil começou a todo vapor e com pouco menos de dois minutos já balançou as redes. Raphinha cobrou falta pela esquerda e Thiago Silva fez de cabeça, mas a arbitragem assinalou impedimento. Aos 6, Alex Sandro fez boa jogada pela esquerda e tocou por baixo, Fred bateu e Richarlison desviou para as redes. Mesmo à frente do placar nos primeiros minutos, a seleção apostou em uma marcação alta, roubando um bom número de bolas no campo adversário, e em rápidas inversões de jogadas.

Neymar não deixou dúvidas de que se recuperou da pancada no pé. Menos centralizado, o camisa 10 teve início participativo, fazendo boa dupla com Paquetá na criação de jogadas pela esquerda. A seleção manteve bom ritmo até a metade da primeira etapa, enquanto a Coreia, desconcertada, errava bastante na saída de bola. Dominante, a equipe de Tite passou a diminuir o ritmo, e a Coreia respirou. Em uma das únicas chegadas do time asiático, Hwang Ui-Jo mostrou habilidade em um giro para cima de Thiago Silva e bateu forte, deixando tudo igual aos 30.

Após o gol sul-coreano, Tite, que antes demonstrava tranquilidade no banco, passou a pedir maior intensidade ao Brasil, demonstrando incômodo com erros do lado direito. Foi justamente pela esquerda que a seleção voltou a assustar. Aos 37, Alex Sandro cruzou e Richarlison cabeceou livre, obrigando grande defesa de Kim, que no lance seguinte salvou com os pés um bom chute de Daniel Alves. Entre os dois milagres, Alex Sandro sofreu falta na área e o árbitro, com o auxílio do VAR, marcou a penalidade. Neymar bateu com categoria e colocou o Brasil novamente na frente, aos 41. Antes do fim da primeira etapa, Thiago Silva ainda colocou uma bola na trave, de cabeça.

Na volta do intervalo, o Brasil buscou repetir a mesma velocidade aplicada nos minutos iniciais da etapa anterior. O lado esquerdo era o caminho das pedras. Na primeira boa oportunidade, Neymar deixou Paquetá livre na frente do goleiro e o meia bateu cruzado, fazendo Kim se esticar para tirar com o pé. No lance seguinte, Alex Sandro mostrou mais uma vez o porquê tem vaga cativa no time de Tite. O lateral fez boa jogada, invadiu a área e sofreu mais um pênalti. Neymar novamente esbanjou categoria e ampliou o marcador para 3 a 1, aos 11.

Presa fácil, a Coreia do Sul não assustou no segundo tempo. Mesmo com o Brasil abaixando a marcação, o time sul-coreano não levou perigo ao gol de Weverton e deixou muitos espaços para as investidas brasileiras, puxadas principalmente por Neymar. Em uma das melhores oportunidades, o craque brasileiro deu passe para Raphinha finalizar colocado, de primeira, acertando a trave. Aos poucos, Tite passou a descansar os titulares e fazer testes na equipe, que logo surtiram efeito. Vinícius Júnior, em uma de suas primeiras oportunidades, recebeu de Neymar livre na esquerda e bateu rente à trave.

As substituições oxigenaram o ataque brasileiro, que voltou a assustar a Coreia do Sul, já entregue. Aos 34, Coutinho, que entrou na vaga de Neymar, ficou com uma bola espirrada na entrada da área e bateu no ângulo direito, fazendo o quarto da seleção. Aos 47, Gabriel Jesus deu números finais com um golaço em jogada individual pela direita, marcando o quinto tento do Brasil.

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FICHA TÉCNICA

COREIA DO SUL 1 x 5 BRASIL

COREIA DO SUL - Kim Seung-Gyu; Lee Yong (Jeong Woo-Yeong), Kwon Kyung-Won, Kim Young-Gwon e Hong Chul; Paik Seung-Ho (Kim Moon-Hwan), Hwang In-Beom, Jeong Woo-Yeong e Son Heung-Min; Hwang Ui-Jo (Na Sang-Ho) e Hwang Hee-Chan (Kwon Chang-Hoon). Técnico: Paulo Bento.

BRASIL - Weverton; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro (Fabinho), Fred (Bruno Guimarães) e Lucas Paquetá (Matheus Cunha); Neymar (Coutinho), Raphinha (Gabriel Jesus) e Richarlison (Vini Jr.). Técnico: Tite.

ÁRBITRO - Ryuji Sato (Japão).

GOLS - Richarlison (6 minutos do primeiro tempo), Hwang Ui-Jo (30 do primeiro tempo), Neymar (41 do primeiro tempo e 11 do segundo tempo) e Philippe Coutinho (34 do segundo tempo) e Gabriel Jesus (47 do segundo tempo).

CARTÕES AMARELOS - nenhum.

PÚBLICO - 64.872 presentes.

LOCAL - Estádio Copa do Mundo, em Seul.

A seleção brasileira aproveita os amistosos na Ásia nesta penúltima Data Fifa antes da Copa do Mundo do Catar para afinar o entrosamento, dar oportunidade aos que ainda não estão garantidos no Mundial e criar o ambiente ideal faltando pouco mais de cinco meses para começar a caminhada com o desejo de conquistar o hexa. O adversário desta quinta-feira é a Coreia do Sul. O jogo contra os sul-coreanos será disputado às 8h (de Brasília), em Seul, no Estádio Copa do Mundo, palco de abertura do Mundial de 2002, provavelmente sem Neymar.

Neymar levou um pisão no pé direito e deixou mais cedo a última atividade antes da partida. O local da pancada ficou inchado. Não se sabe também se o craque do Paris Saint-Germain estará apto para enfrentar o Japão, segunda, às 7h20, em Tóquio. "Todo mundo quer jogar, mas cada jogador se recupera em um ritmo diferente", afirmou Tite.

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"É uma preparação importante, um momento decisivo que termina uma etapa de Eliminatórias importante. Tem essa concorrência do atleta que quer ir e fomento essa competição leal entre eles", completou o treinador, que diz ter uma lista com 50 atletas em seu radar. Destes, 26 estarão na lista final.

Haveria um duelo com a Argentina, mas o arquirrival desistiu de jogar. A seleção deve se reunir somente mais uma vez antes da Copa, em setembro, para amistosos e também no jogo válido pelas Eliminatórias contra a Argentina, o "clássico da Anvisa", que acabou em agosto do ano passado. Existe a possibilidade de fazer amistosos às vésperas da Copa, mas o martelo ainda não foi batido.

A princípio, nenhum jogador que esteve na final da Liga dos Campeões em Paris no último sábado jogaria. Mas Tite decidiu abrir uma exceção para colocar Casemiro entre os titulares em virtude de o volante ser "bem dotado fisicamente", e, se Neymar não puder atuar, Vinicius Junior, estrela do título europeu conquistado pelo Real Madrid há poucos dias, será o escolhido. Philippe Coutinho é outra opção.

Tite considera que os amistosos na Ásia são importantes para caras novas mostrarem "seu talento em campo" com a ideia de estarem na lista final para o Catar. Será possível convocar 26 jogadores e não mais 23. Essa ampliação no número de convocados acirrou ainda mais a disputa pelas vagas, especialmente no ataque, setor com mais selecionáveis.

É também mais uma oportunidade para o treinador testar diferentes formações para o Brasil a fim de eliminar dúvidas para a convocação final do Mundial de 2022. A seleção fez campanha irretocável nas Eliminatórias, torneio em que terminou invicto e não é derrotada há quase um ano. Em seus últimos três confrontos, aplicou goleadas por 4 a 0. O último revés foi para a Argentina na decisão da Copa América em julho de 2021.

No gol, o palmeirense Weverton assume o lugar de Ederson, cortado por lesão. Daniel Alves será o capitão da seleção diante da Coreia do Sul, que pode vir a ser o adversário da seleção nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar. "Vai ser um bom espetáculo pela característica das duas equipes, que gostam de jogo, de bola", avaliou Tite.

SON, FÃ DE NEYMAR, É ESPERANÇA DOS COREANOS

O craque da Coreia do Sul é Heung-Min Son. É no astro do Tottenham, artilheiro do último Campeonato Inglês, em quem confiam os sul-coreanos para surpreender o Brasil em Seul. Son disse que trabalha para ser o melhor do mundo, mas acredita que Neymar ocupe o posto no momento. "Neymar é o melhor jogador do mundo", opinou.

Para o astro sul-coreano, o amistoso com o Brasil é o teste mais importante que a sua seleção terá na preparação para o Mundial. "O Brasil tem muito bons jogadores e penso que se dermos nosso melhor neste jogo, podemos ter um bom resultado. Mas são muitos jogadores de nível mundial no Brasil. Estamos ansiosos por esse jogo".

Os sul-coreanos repetiram uma boa campanha nas Eliminatórias Asiáticas, ficaram atrás somente do Irã em seu grupo e querem solidificar seu estilo de jogo para avançar às oitavas de final da Copa, feito que só alcançaram em 2010 e 2002, quando sediaram o evento. A Coreia do Sul é comandado por um conhecido do futebol brasileiro, o técnico português Paulo Bento, que teve breve e discreta passagem pelo Cruzeiro.

A Coreia do Sul registrou nesta quarta-feira (16) mais de 400.000 novos casos de covid-19, um recorde para o país, que começou a aliviar as restrições, apesar da onda de contágios provocada pela variante ômicron.

As autoridades de saúde anunciaram 400.741 casos nas últimas 24 horas, o maior número para o país desde o início da pandemia há dois anos.

"É o maior desafio que o país enfrenta", afirmou Sohn Young-rae, alto funcionário do ministério da Saúde.

O governo havia antecipado um aumento dos contágios, de acordo com Sohn, que acredita que o país se aproxima do ponto máximo da onda de ômicron.

"Se superarmos esta crise, estaremos mais perto de um retorno à normalidade", acrescentou.

A Coreia do Sul é o país que mais registrou casos de covid-19 no mundo na última semana, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), com 2.358.878 contágios em sete dias, seguida pelo Vietnã com 1.795.380.

A maior parte da população sul-coreana apta foi vacinada e já recebeu a dose de reforço. O número de mortes provocadas pelo coronavírus permanece baixo, apesar do nível de contágios no país de 52 milhões de pessoas.

A Coreia do Sul flexibilizou as regras de distanciamento social, pressionada pelo setor empresarial, com vários pequenos estabelecimentos comerciais à beira da falência devido às prolongadas restrições sanitárias.

A Coreia do Sul mantém um toque de recolher noturno para os negócios e um limite de seis pessoas para as reuniões particulares.

Em 21 de março o país vai acabar com a quarentena obrigatória para pessoas vacinadas que chegam do exterior.

Seul abandonou em fevereiro o elogiado programa conhecido como "rastrear, testar, tratar", quando uma onda de casos da variante ômicron ameaçou provocar o colapso de seu sistema de saúde.

O líder da oposição conservadora, Yoon Suk-yeol, foi eleito presidente da Coreia do Sul, anunciou a agência Yonhap, depois que seu adversário governista, o liberal Lee Jae-myung, reconheceu a derrota.

Após uma campanha muito acirrada, o ex-procurador Yoon, do Partido do Poder Popular (PPP), foi declarado vencedor e o principal adversário, Lee, do Partido Democrático, do atual presidente Moon Jae-in, admitiu a derrota.

"Esta é uma vitória para o grande povo da Coreia do Sul", declarou Yoon aos apoiadores que cantavam seu nome na Assembleia Nacional.

Sua vitória antecipa uma política externa mais dura, em especial no que diz respeito à Coreia do Norte, que executou este ano uma quantidade recorde de testes armamentistas.

Nesta quinta-feira, o presidente eleito prometeu "tratar com firmeza" a ameaça representada pelo regime Kim Jong Un na Coreia do Norte.

"Mas a porta do diálogo sempre estará aberta", declarou aos simpatizantes depois de visitar o cemitério nacional em Seul.

Yoon é considerado um partidário da linha dura ante o regime comunista de Pyongyang e já citou a possibilidade de bombardeios preventivos em caso de necessidade.

Após uma campanha dominada por calúnias entre os dois principais candidatos, a participação eleitoral foi de 77,1%, neste país de cerca de 52 milhões de habitantes.

Os dois partidos estão em polos ideologicamente opostos. A vitória de Yoon marcará o início de um regime mais conservador após cinco anos sob os liberais moderados do presidente cessante.

O resultado também representa uma reviravolta para o PPP, que ficou estremecido em 2017 depois que sua líder e presidente do país, Park Geung-hye, foi destituída e presa por acusações de corrupção, antes de ser perdoada.

Yoon, 61, ex-promotor e novato na política, ganhou notoriedade por suas investigações implacáveis relacionadas a questões de corrupção na esfera estatal.

Sua proposta mais polêmica é a de abolir o Ministério da Igualdade de Gênero, alegando que, apesar das evidências em contrário, as mulheres sul-coreanas não sofrem "discriminação sistêmica de gênero". Em junho passado, ele foi designado candidato do PPP.

As pesquisas de boca de urna mostraram uma divisão de gênero entre os eleitores com menos de 30 anos. Nessa faixa etária, 58,7% dos homens votaram em Yoon, e 36,3%, em Lee. Em contraste, 58% das mulheres da mesma faixa etária votaram em Lee, e 33,8%, em Yoon.

"O amplo apoio que Yoon tem entre os jovens é absolutamente aterrorizante do ponto de vista de uma mulher", disse o estudioso Keung Yoon Bae à AFP.

Yoon Suk-yeol propõe flexibilizar as leis trabalhistas, incluindo o salário mínimo e a jornada de trabalho.

- Desafios -

Coreia do Sul, uma potência econômica, de 52 milhões de habitantes vive uma onda da variante ômicron do coronavírus, com 342.446 novos casos registrados na quarta-feira.

Mais de um milhão de sul-coreanos que testaram positivo estão atualmente em isolamento em casa. A lei eleitoral foi alterada, no mês passado, para permitir que votassem separadamente no final do dia.

De acordo com pesquisas, o aumento dos preços dos imóveis em Seul, as desigualdades econômicas e o alto desemprego entre os jovens eram as principais preocupações dos eleitores.

Yoon se declarou a favor da compra de mais munição antimísseis americana THAAD, embora o fortalecimento militar possa provocar uma retaliação da China, principal parceiro comercial da Coreia do Sul.

"Sua falta de experiência política terá repercussões na política externa", prevê Minseon Ku, professor de ciência política na Universidade do Estado de Ohio.

Os sul-coreanos comparecem às urnas nesta quarta-feira (9) para escolher o novo presidente, em uma votação marcada pela crescente desigualdade social e na qual a ameaça da Coreia do Norte foi relegada ao segundo plano.

O índice de participação era de 65% às 14h locais (2h de Brasília), o que confirma o interesse dos eleitores, apesar de uma campanha marcada por ataques entre os dois favoritos: o candidato da esquerda Lee Jae-myung, do Partido Democrático - atualmente no poder -, e o conservador Yoon Suk-yeol, do Partido do Poder Popular (PPP).

Lee e Yoon aparecem empatados nas pesquisas. Os dois somam 90% das intenções de voto, o que deixa uma pequena margem para os outros dez candidatos.

Os locais de votação, que exigiram o uso de máscara e de álcool gel, fecharam às 18h (6h de Brasília), mas os pacientes de covid-19 poderiam depositar seus votos até 19h30 (7h30 de Brasília).

O país, de 52 milhões de habitantes, vive atualmente uma onda da variante ômicron do coronavírus, com 342.446 novos casos registrados nesta quarta-feira.

Mais de um milhão de sul-coreanos que testaram positivo recentemente estão isolados em suas casas, de acordo com as autoridades de saúde. A lei eleitoral foi modificada no mês passado para permitir que votassem de maneira separada na última hora do dia.

O país também criou a possibilidade do voto antecipado nos dias 4 e 5 de março: 37% dos 44 milhões de eleitores optaram por este modelo.

Os dois principais partidos na disputa estão muito afastados ideologicamente e, segundo analistas, a incógnita é saber se os eleitores darão as costas ao pacifista Partido Democrata em favor do mais beligerante PPP.

"O que o país precisa agora é de mudança", disse à AFP Hong Sung-cheon, de 71 anos, em um local de votação de Seul. "Não podemos continuar assim".

- Renda universal -

De acordo com as pesquisas, os preços dos imóveis em alta em Seul, as desigualdades e o desemprego entre os jovens são as principais preocupações dos eleitores.

O novo presidente também terá de enfrentar uma Coreia do Norte mais agressiva, que executou uma série recorde de testes de armas este ano, incluindo um no sábado passado.

Lee, de 57 anos, que foi governador da província de maior população do país, propôs medidas como renda básica universal e uniformes escolares gratuitos.

Mas ele está no centro das atenções por um negócio imobiliário suspeito, um caso em que duas testemunhas-chave cometeram suicídio.

Lee começou a campanha, pedindo desculpas por ter ofendido parentes em uma ligação telefônica. Sua mulher foi acusada de desvio de recursos públicos, e ele foi alvo de boatos sobre supostos vínculos com a máfia.

Seu rival, Yoon Suk-yeol, de 61 anos, propõe flexibilizar as leis trabalhistas, incluindo o salário mínimo e a jornada de trabalho.

Sua proposta mais controversa é a de acabar com o Ministério da Igualdade de Gênero, alegando que, apesar das evidências em contrário, as mulheres sul-coreanas não sofrem "discriminação sistêmica de gênero".

A lei proíbe o atual presidente Moon Jae-in de concorrer a um segundo mandato de cinco anos. Até hoje, todos os ex-chefes de Estado vivos cumpriram pena por corrupção depois de deixar o cargo.

A Coreia do Norte disparou um "projétil não identificado" - informaram as Forças Armadas sul-coreanas neste domingo (27), após um mês sem lançamentos por parte do regime comunista, durante os Jogos Olímpicos de Pequim.

Trata-se do oitavo lançamento do ano por parte da Coreia do Norte. Segundo analistas, os testes foram interrompidos neste período, possivelmente, em deferência à sua única aliada, a China.

De acordo com as Forças Armadas sul-coreanas, um míssil balístico foi disparado, às 7h52 locais (19h52 de sábado em Brasília), de Pyongyang para o mar do Japão. "A Coreia do Norte disparou um projétil não identificado para o leste", anunciou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

"O último míssil balístico teve um alcance de cerca de 300 quilômetros e uma altitude em torno de 620 quilômetros. Os detalhes estão sob análise das Inteligências sul-coreana e americana", completou o comunicado militar.

A casa presidencial sul-coreana manifestou "profunda preocupação e grave pesar" e criticou o momento do teste, "quando o mundo faz esforços para resolver a guerra na Ucrânia".

O Japão também confirmou o lançamento deste domingo. Em entrevista à AFP, um porta-voz do Ministério da Defesa se referiu a um disparo "potencial de míssil balístico", procedente da Coreia do Norte, sem especificar quantos. A Guarda Costeira japonesa emitiu um aviso aos navegantes sobre "um potencial míssil balístico possivelmente lançado da Coreia do Norte".

Mundo se volta para Ucrânia

Com a comunidade internacional concentrada na invasão da Rússia à Ucrânia, os analistas já esperavam que Pyongyang aproveitasse esta oportunidade para retomar seus testes.

"Com o interesse americano voltado para a crise na Ucrânia, e o Conselho de Segurança da ONU incapaz de funcionar, Pyongyang aproveita a oportunidade", disse à AFP Shin Beom-chul, pesquisador do Korea Research Institute for National Strategy.

O ministro japonês das Relações Exteriores, Masayoshi Hayashi, falando sobre a Ucrânia, ao vivo, em um canal de televisão, quando surgiu a notícia da Coreia.

"Esta situação na Ucrânia não é algo que fique apenas na Ucrânia, ou na Europa. Pode afetar, potencialmente, o mundo todo, na região do Indo-Pacífico, ou na Ásia Oriental, do nosso ponto de vista", disse Hayashi.

O Japão se juntou à bateria de sanções impostas à Rússia por Estados Unidos, União Europeia e outros países ocidentais. A Coreia do Sul também manifestou sua intenção de fazer o mesmo e acompanha de perto a situação.

Os novos lançamentos norte-coreanos acontecem em um momento complexo para a península, já que a Coreia do Sul se prepara para sua eleição presidencial em 9 de março.

O presidente em final de mandato, Moon Jae-in, que buscou, repetidas vezes, negociações de paz com Kim durante seu mandato de cinco anos, alertou que a península pode facilmente entrar em uma nova crise.

"Se os lançamentos de mísseis da Coreia do Norte chegarem a romper a moratória sobre os mísseis de longo alcance, a península coreana cairá, instantaneamente, no estado de crise que enfrentamos há cinco anos", disse ele, em entrevista este mês aos correspondentes de veículos estrangeiros, entre eles a AFP.

Especialistas afirmam que Pyongyang poderia usar sua próxima data-chave, o 110º aniversário do nascimento do falecido líder Kim Il-sung, em 15 de abril, para fazer um importante teste de armas.

Em janeiro, Pyongyang fez um número recorde de sete testes de armas, que incluíram o disparo de seu míssil mais potente desde 2017, quando Kim Jong-un tentou provocar o então presidente americano, Donald Trump, antes de iniciar uma negociação que fracassou dois anos depois e segue paralisada.

Nos últimos meses, o isolado regime comunista intensificou seus testes militares e, em janeiro, ameaçou abandonar a moratória autoimposta sobre os testes de mísseis nucleares e intercontinentais, suspensos em 2017.

A Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (9) que vai suspender a política de "rastrear, testar e tratar", no momento em que a variante ômicron se propaga e ameaça o sistema de saúde do país.

Quando a pandemia de Covid-19 foi declarada no início de 2020, a Coreia do Sul registrou uma das piores situações do planeta, que o país conseguiu controlar graças a testes em larga escala e ao rastreamento ativo dos infectados e seus contatos.

A estratégia rendeu muitos elogios, mas Seul decidiu interromper o plano depois de superar a marca de um milhão de casos no fim de semana passada, consequência da rápida propagação da variante ômicron.

A atual política de saúde "é difícil de manter devido aos recursos limitados e aos elevados custos sociais e econômicos que gera", afirmou Sohn Young-rae, alto funcionário do ministério da Saúde.

A Coreia do Sul registrou na terça-feira (8) 49.567 novos casos de Covid-19.

As novas medidas definidas pretendem se concentrar na proteção das pessoas mais vulneráveis, segundo as autoridades.

O objetivo será diagnosticar e tratar os grupos de alto risco para "evitar o colapso das estruturas de saúde e a deterioração das atividades sociais e econômicas", declarou Sohn.

Quase 85% dos 52 milhões de habitantes da Coreia do Sul receberam duas doses da vacina contra a covid-19.

A Coreia do Sul se tornou a 15ª seleção a garantir vaga na Copa do Mundo do Catar, nesta terça-feira, ao vencer a Síria, por 2 a 0, em Dubai, em duelo válido pelo Grupo B das Eliminatórias Asiáticas. Os coreanos vão para a principal competição do futebol pela décima vez consecutiva, desde o México-1986. Eles também participar da edição de 1954.

Os dois gols foram marcados no segundo tempo. Kim Jin-Su abriu o placar aos oito minutos, enquanto Kwon Chang-Hoon definiu a vitória aos 26. Com isso, o time sul-coreano se junta ao Irã, já classificado no Grupo A.

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Apesar da ausência do astro Son Heung-min, do Tottenham, a equipe treinada pelo português Paulo Bento dominou a partida, embora no primeiro tempo quase não tenha criado perigo contra o gol sírio. No segundo tempo, os sul-coreanos finalmente conseguiram superar o goleiro sírio Ibrahim Alma.

A Coreia do Sul vai para o Mundial sabendo que será bastante difícil repetir a sua melhor classificação, o quarto lugar em 2002, em torneio que o país asiático organizou em conjunto com o Japão.

Em outra partida do Grupo A na zona asiática, o Irã derrotou os Emirados Árabes Unidos por 1 a 0 para manter a liderança com 22 pontos, dois a mais que os sul-coreanos.

No Grupo B, os dois primeiros classificados da chave, Japão e Arábia Saudita, se enfrentaram, com vitória para os japoneses por 2 a 0, gols marcados por Takumi Minamino, aos 32 minutos do primeiro tempo, e Genk Junya Ito, aos cinco da etapa final.

Além do anfitrião Catar, estão classificados Brasil, Alemanha, Argentina, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Irã, Sérvia e Suíça.

O candidato presidencial do partido no poder na Coreia do Sul defendeu, nesta sexta-feira (14), financiamento público dos tratamentos contra calvície para evitar a "discriminação" das pessoas com queda de cabelo.

Em meio a uma acirrada disputa para as eleições de março, o candidato do Partido Democrata, Lee Jae-myung, prometeu expandir a cobertura de saúde pública para esses tratamentos, considerando incluir os caros transplantes de cabelo.

Dotado de uma farta cabeleira, este ex-advogado dos direitos humanos alega que as pessoas com queda de cabelo sofrem "encontros discriminatórios diários (...) em todos os grupos de gênero e idade".

Muitos coreanos usam tratamentos sem receita médica, em geral ineficazes e potencialmente prejudiciais, porque as curas certificadas estão, hoje, excluídas da saúde pública, afirmou Lee.

De acordo com sua equipe de campanha, este problema afeta um em cada cinco cidadãos.

A proposta gerou amplo debate público entre aqueles que apoiam a medida e aqueles que a descrevem como uma oferta "populista" e cara para o sistema público.

Lee protagoniza uma disputa eleitoral acirrada com o candidato da oposição, Yoon Suk-yeol, separados por diferenças mínimas na maioria das pesquisas.

Por lei, o presidente em final de governo, Moon Jae-in, é proibido de disputar um segundo mandato e deve deixar o cargo em maio.

Embora não esteja disponível na China, a série da Netflix "Round 6" causa sensação neste país, onde vários fãs driblam os controles para baixá-la ilegalmente e compram produtos vinculados à produção, como seus trajes peculiares.

A distópica série sul-coreana se tornou o lançamento mais popular da história da plataforma americana, mas dificilmente conseguirá a aprovação dos censores chineses devido ao seu conteúdo violento.

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Isso não foi inconveniente para conquistar uma legião de fãs em cidades como Xangai, onde uma multidão se aglomera diariamente em uma loja que vende 'dalgona', um doce sul-coreano que aparece na série.

"As pessoas começaram a enviar piadas relacionadas à série nas conversas de grupo quando comecei a assistir", disse à AFP um cliente apelidado Li. "É acelerado e, por isso, bastante emocionante", disse.

Após comprar o doce, Li e seu amigo se gravaram imitando um desafio da série no qual as personagens devem recortar formas no doce sem quebrá-lo.

"Round 6" fala sobre um grupo de personagens marginalizadas e endividadas que entram em uma competição de jogos infantis para ganharem 45 milhões de wons (38 milhões de dólares, 33 milhões de euros). Se forem eliminados, pagam com a vida.

Os fabricantes chineses, sempre perspicazes, não perderam a oportunidade e começaram a produzir fantasias e máscaras da série, que já estão inundando as plataformas de comércio digital do país.

O comerciante Peng Xiuyang disse à AFP que suas vendas cresceram 30% depois que colocou os produtos da série à venda.

Não sabia nada sobre ela até que um cliente lhe perguntou se vendia as máscaras pretas usadas pelos guardas de segurança da competição mortal.

A audiência chinesa conseguiu se esquivar dos controles na internet e assistir à série, especialmente por meio de páginas de download ilegal de fácil acesso.

"Nosso cálculo é que 'Round 6', que está obtendo popularidade global, está sendo distribuída ilegalmente em cerca de 60 sites da China", disse o embaixador da Coreia do Sul na China, Jang Ha-sung, em uma recente audiência parlamentar.

Prova de que o fenômeno também chegou ao gigante asiático, o nome da série "Round 6" alcançou quase 2 bilhões de visualizações nas redes sociais.

Nos comentários, os usuários falam sobre como superariam os desafios da trama e se perguntam como seria uma versão chinesa da série.

"Não passaria pela censura se fizéssemos uma produção assim... se fosse muito violenta, seria removida", afirmou um internauta.

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