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O governo dos Estados Unidos se uniu ao número crescente de países que adotam restrições aos viajantes procedentes da China, depois que Pequim suspendeu de maneira repentina as limitações às viagens internacionais, apesar da onda local de contágios.

Hospitais de toda a China estão sobrecarregados com a explosão de casos de coronavírus após o fim da política de "covid zero", que conseguiu controlar as infecções, mas afetou gravemente a economia e provocou muitos protestos.

O país anunciou na segunda-feira o fim da exigência de quarentena par as pessoas que chegam do exterior, o que motivou milhares de chineses a planejar viagens internacionais.

Em resposta, vários países, incluindo Estados Unidos, passaram a exigir a apresentação de exames com resultado negativo de Covid-19 para admitir a entrada de visitantes procedentes da China.

"O rápido aumento recente da transmissão de covid-19 na China aumenta a possibilidade do surgimento de novas variantes", afirmou uma fonte do Departamento de Saúde americano à imprensa.

Pequim divulgou informações limitadas sobre as variantes que circulam na China, de acordo com a mesma fonte. Os testes e relatórios sobre novos casos também diminuíram.

Itália, Japão, Índia e Malásia também anunciaram medidas restritivas para tentar impedir a importação de variantes a partir da China.

O governo chinês criticou o que chamou de "exagero, difamação e manipulação política" da imprensa ocidental sobre a situação do coronavírus no país.

"O atual desenvolvimento da situação epidemiológica chinesa é previsível e está sob controle", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, na quarta-feira.

A China ainda não permite a entrada de visitantes estrangeiros e mantém a suspensão de emissão de vistos para turistas e estudantes internacionais.

Mas a o fim da quarentena obrigatória provocou um enorme interesse entre os habitantes da China por viagens ao exterior, depois de um longo confinamento no país desde que Pequim determinou restrições em março de 2020.

O ministro da Saúde da Itália, Orazio Schillaci, afirmou que exigir exames aos visitantes procedentes da China é "essencial para assegurar a vigilância e identificação de variantes do vírus para proteger a população italiana.

O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu "medidas adequadas para proteger" a população e afirmou que o governo monitora a "evolução da situação na China".

A Comissão Europeia deve ter uma reunião nesta quinta-feira para discutir "possíveis medidas para uma abordagem coordenada" da União Europeia aos contágios na China.

- Hospitais lotados -

Os hospitais chineses lutam para enfrentar o aumento de contágios, que afetam em particular os idosos e pessoas vulneráveis.

Em Tianjin, 140 quilômetros ao sudoeste de Pequim, a AFP visitou duas emergências de hospitais lotadas de pacientes com o vírus.

Um médico afirmou que os profissionais de saúde foram convocados a trabalhar mesmo quando estão infectados.

A AFP observou mais de 20 pacientes, a maioria idosos, deitados em macas em locais abertos das emergências e pelo menos um corpo em um quarto.

"A fila de espera para uma consulta com um médico é de quatro horas", disse um funcionário a um idoso que afirmou estar com covid-19. "Há 300 pessoas antes do senhor", explicou.

A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou na semana passada o fim da publicação do balanço diário de mortes por coronavírus.

Mas com o fim dos testes em larga escala e a decisão chinesa de alterar a definição de mortes por covid, os números não eram mais confiáveis para alguns analistas.

A verdadeira dimensão das infecções de coronavírus na China é "impossível" de rastrear atualmente, admitiram as autoridades de saúde do país, que alertaram para uma rápida propagação da doença após o fim da política de tolerância zero contra a Covid-19.

O país asiático flexibilizou na semana passada as medidas para testes em larga escala e quarentena, após quase três anos de tentativa de erradicar por completo o vírus, mas os números oficiais de contágio caíram rapidamente desde os níveis recordes registrados no mês passado.

A Comissão Nacional de Saúde afirmou, no entanto, que os dados não refletem mais a realidade porque em grandes regiões do país não é mais necessário fazer exames quase diariamente como antes.

"Muitas pessoas assintomáticas não precisam mais participar nos testes de ácido nucleico, o que torna impossível determinar com precisão o número real de pessoas assintomáticas infectadas", afirma um comunicado.

A vice-primeira-ministra Sun Chunlan afirmou que o número de casos em Pequim "aumenta rapidamente", segundo a imprensa estatal.

Mas o governo chinês parece determinado a seguir adiante com a abertura. As autoridades turísticas de Pequim anunciaram nesta terça-feira a retomada das visitas em grupo dentro e fora da capital.

O país enfrenta um aumento de casos que não está completamente preparado para administrar, com milhões de idosos ainda sem esquema de vacinação completo e hospitais com sem recursos para lidar com um fluxo inesperado de pacientes infectados.

Com o país seguindo um caminho difícil de convivência com o vírus, muitas pessoas com sintomas optam pelo autotratamento em casa.

Os moradores de Pequim afirmam que os remédios para resfriados estão esgotados nas farmácias, onde são observadas longas filas.

A demanda por testes de antígenos e medicamentos gerou um mercado paralelo com preços astronômicos. Alguns compradores tentam encontrar os produtos por meio de "traficantes" cujos contatos circulam nos grupos do aplicativo de mensagens WeChat.

Em uma mudança radical em um país onde estar infectado com a covid-19 era tabu e poderia provocar discriminação, os cidadãos não hesitam em publicar nas redes sociais que testaram positivo e explicar a evolução da doença.

"Ressuscitei!", escreveu uma pessoa na rede social Xiaohongshu com uma foto de cinco testes de antígenos positivos e um negativo.

A China registrou, nesta segunda-feira (7), o maior número de contágios de covid-19 em seis meses, apesar dos confinamentos que afetam a indústria, as escolas e a vida cotidiana.

O país registrou mais de 5.600 novos casos de covid-19 em 24 horas, quase metade deles na província de Guangdong, um centro de manufatura no sul do país com vários portos comerciais.

O governo de Pequim acabou no fim de semana com as esperanças de uma possível flexibilização da rígida política de 'covid zero', que inclui confinamentos, quarentenas e testes em larga escala para conter, inclusive, o menor surto de contágios.

Uma onda de crises ligadas aos confinamentos, com moradores que reclamando de condições inadequadas, falta de alimento e atrasos no atendimento médico, abalaram a confiança da população nas medidas.

Em Pequim, foram detectados quase 60 novos contágios, o que provocou o fechamento de escolas no distrito de Chaoyang. Algumas empresas também pediram aos funcionários que retornassem ao teletrabalho.

E tudo acontece apesar do anúncio das autoridades da cidade, feito nesta segunda-feira, de que os recentes "surtos sucessivos" foram "controlados de maneira efetiva".

Um confinamento na maior fábrica de iPhones do mundo, em Zhengzhou, levou a Apple a advertir no domingo que a produção foi "impactada temporariamente" e que os clientes deverão enfrentar atrasos na entrega dos pedidos.

"A fábrica (de Zhengzhou) opera atualmente em uma capacidade significativamente reduzida", afirmou a Apple em um comunicado.

O grupo de tecnologia taiwanês Foxconn, que administra a fábrica, revisou para baixo seu lucro trimestral devido ao confinamento.

A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou no sábado a manutenção da política de 'covid zero', acabando com os rumores de que Pequim flexibilizaria a rígida política de saúde.

Vários incidentes, no entanto, diminuem o apoio da opinião pública chinesa à estratégia.

O suicídio de uma mulher de 55 anos na cidade de Hohhot, na Mongólia Interior, provocou muitos protestos no fim de semana, depois que as autoridades admitiram que os protocolos de confinamento provocaram um atraso na resposta de emergência.

A região registra um grande foco desde o fim setembro, quando foi detectada pela primeira vez uma nova variante da ômicron. Pouco antes de a mulher pular de uma janela, seus familiares informaram às autoridades da região que ela sofria de um transtorno de ansiedade e havia demonstrado intenções suicidas.

E na quinta-feira passada, as autoridades chinesas tiveram que pedir desculpas após a morte de um menino de três anos privado de cuidados médicos devido às medidas drásticas de saúde.

Imagens que viralizaram nas redes sociais na terça-feira mostraram moradores de Lanzhou (noroeste) tentando desesperadamente reanimar uma criança após intoxicação por monóxido de carbono.

Em mensagem, seu pai reclamou da lentidão da chegada de ajuda e que não havia conseguido sair de sua residência devido ao confinamento da cidade. Alguns moradores expressaram sua indignação.

Os casos de Covid-19 se multiplicaram nos últimos dias no Brasil, o que traz temores sobre o impacto de uma quarta onda no país, um dos que mais registraram mortes durante a pandemia.

Nesta quinta-feira (2), o Ministério da Saúde registrou 41.273 novos contágios em 24 horas. Duas semanas antes, o número diário estava em 10.415, de acordo com dados oficiais.

Diversos especialistas falam do início de uma quarta onda de coronavírus no país, faltando poucos dias para o início do inverno, que afeta especialmente as regiões mais ao sul.

"Nós tivemos a conjunção de alguns fatores, a retirada das máscaras em locais fechados, o nosso outono/inverno que tem uma maior circulação de vírus respiratórios, a entrada de subvariantes da ômicron [...] e a pouca adesão das doses de reforço" explicam este aumento, analisou Ethel Maciel, epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O número de mortes diárias, no entanto, não disparou e o último registro indica 127 óbitos.

Quase 667.000 pessoas morreram de covid no Brasil, onde cerca de 80% da população vacinável já recebeu as duas doses (ou dose única) dos imunizantes contra a covid-19. Já em relação à dose de reforço, pouco mais de 50% da população maior de 12 anos foi inoculada.

O governo do presidente Jair Bolsonaro pôs fim, há quase duas semanas, ao estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional causado pela crise sanitária da covid-19, que vigorou durante dois anos por causa da pandemia.

Contudo, especialistas criticaram essa medida devido à ameaça que a covid ainda apresenta e pelo eventual surgimento de novas variantes, potencialmente resistentes às vacinas.

As duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, suspenderam em março a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços fechados, com algumas exceções, como no transporte público no caso da capital paulista.

Contudo, o estado de São Paulo voltou a recomendar o uso de máscaras em espaços fechados após um aumento de 120% nas internações diárias por covid em maio.

Uma sauna em Madri, capital espanhola, foi obrigada a fechar as portas por ser um possível foco de transmissão da varíola do macaco, uma doença rara que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), poderia se espalhar rapidamente pela Europa.

"Com a chegada da temporada do verão (...), com reuniões maciças, festivais e festas, me preocupa que a transmissão possa se acelerar", disse o diretor regional para a Europa da OMS, Hans Kluge.

O vírus, que provoca erupções cutâneas em várias partes do corpo e que geralmente é curada espontaneamente, foi identificado pela primeira vez em humanos na República Democrática do Congo em 1970.

Estes últimos dias foram detectados casos em vários países da Europa, em Estados Unidos, Canadá e Austrália, segundo Kluge, que descreve a propagação como "atípica".

Seus sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas nos primeiros cinco dias.

Em seguida surgem as erupções (no rosto, nas costas das mãos, nas solas dos pés), lesões, pústulas e finalmente crostas.

O Reino Unido deu o alerta em 7 de maio e, segundo o ministro de Saúde britânico nesta sexta-feira já havia 20 pessoas infectadas no país.

Com exceção do primeiro caso - o de uma pessoa infectada que tinha viajado recentemente para a Nigéria -, os pacientes se contagiaram no Reino Unido.

"Todos os casos recentes, exceto um, não têm antecedentes de viagens relevantes a regiões onde a varíola do macaco é endêmica", informou Kluge.

- Primeiros casos em vários países europeus -

Segundo a autoridade sanitária, a transmissão poderia ser impulsionada pelo fato de que "os casos que estão sendo detectados atualmente ocorrem entre pessoas que mantêm relações sexuais" e muitas não reconhecem os sintomas.

A maioria dos casos registrados nos últimos dias ocorreram em homens que mantêm relações sexuais com outros homens e buscaram tratamento em clínicas de saúde sexual, disse Kluge.

"Isto sugere que a transmissão pode ter começado há algum tempo", acrescentou.

Na terça, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que queria esclarecer, com a ajuda do Reino Unido, os casos detectados desde o começo de maio, especialmente na comunidade homossexual.

A declaração de Kluge ocorreu depois de França, Bélgica e Alemanha anunciarem seus primeiros casos.

A Itália também registrou três casos de pessoas infectadas até o momento, segundo disseram autoridades sanitárias nesta sexta.

A doença foi identificada na quinta-feira pela primeira vez em um jovem que tinha voltado recentemente das ilhas Canárias (Espanha) e em outras duas pessoas nesta sexta, informou o Instituto de Doenças Infecciosas do Hospital Spallanzani de Roma.

- Espanha na mira -

Na Espanha, as autoridades fecharam uma sauna na capital. O estabelecimento - um local gay chamado "El Paraíso" - é suspeito de ter sido a origem de muitos contágios na Comunidade de Madri.

Segundo as autoridades locais, há 21 casos confirmados e 19 suspeitos na região.

Na Espanha, a Saúde é uma competência regional, e por isso a contagem geral não é imediata.

Em nível nacional, o Ministério da Saúde confirma até o momento sete casos, enquanto outros 23 testaram positivo para "varíola não humana" e ainda precisam ser sequenciados "para determinar que tipo de varíola é".

Se confirmado, o balanço nacional alcançaria 30 casos, o que faria da Espanha o país com mais contágios identificados da Europa.

Segundo a assessora médica em chefe da agência britânica de segurança sanitária no Reino Unido, Susan Hopkins, "este aumento continuará nos próximos dias e serão identificados mais casos na comunidade em geral".

Em particular, pediu aos homens homossexuais e bissexuais a estarem atentos aos sintomas, afirmando que uma "proporção notável" dos casos no Reino Unido e na Europa procedem deste grupo.

A infecção dos casos iniciais se deve ao contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados. Segundo a OMS, os sintomas duram entre 14 e 21 dias.

burs-har/ah/sag/mvv

A Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (9) que vai suspender a política de "rastrear, testar e tratar", no momento em que a variante ômicron se propaga e ameaça o sistema de saúde do país.

Quando a pandemia de Covid-19 foi declarada no início de 2020, a Coreia do Sul registrou uma das piores situações do planeta, que o país conseguiu controlar graças a testes em larga escala e ao rastreamento ativo dos infectados e seus contatos.

A estratégia rendeu muitos elogios, mas Seul decidiu interromper o plano depois de superar a marca de um milhão de casos no fim de semana passada, consequência da rápida propagação da variante ômicron.

A atual política de saúde "é difícil de manter devido aos recursos limitados e aos elevados custos sociais e econômicos que gera", afirmou Sohn Young-rae, alto funcionário do ministério da Saúde.

A Coreia do Sul registrou na terça-feira (8) 49.567 novos casos de Covid-19.

As novas medidas definidas pretendem se concentrar na proteção das pessoas mais vulneráveis, segundo as autoridades.

O objetivo será diagnosticar e tratar os grupos de alto risco para "evitar o colapso das estruturas de saúde e a deterioração das atividades sociais e econômicas", declarou Sohn.

Quase 85% dos 52 milhões de habitantes da Coreia do Sul receberam duas doses da vacina contra a covid-19.

A Alemanha registrou nesta quinta-feira (11) o maior número de infecções diárias de Covid-19 desde o início da pandemia, com 50.196 novos casos em 24 horas, segundo o instituto de vigilância sanitária Robert Koch.

Esta é a primeira vez que o país supera a marca de 50.000 casos diários. A Alemanha enfrenta atualmente uma onda de contágios que provocou vários recordes de infecções nos últimos dias.

O balanço de mortes por Covid-19 nesta quinta-feira foi de 235.

A chanceler Angela Merkel afirmou na quarta-feira que o aumento de casos desde outubro no país é "dramático".

"A pandemia se propaga novamente de forma acelerada", lamentou o porta-voz da chefe de Governo, antes de pedir às autoridades regionais, que têm competência na gestão da saúde, que adotem novas medidas para conter a propagação.

A pressão também é cada vez maior nos hospitais.

A onda de casos é atribuída particularmente à taxa de vacinação abaixo do esperado entre a população da Alemanha, um pouco inferior a 67%.

Vários estados particularmente afetados, como Saxônia, Baviera ou recentemente Berlim, adotaram novas restrições para as pessoas não vacinadas.

Na capital, as pessoas que não foram vacinadas não terão acesso a restaurantes sem áreas abertas, bares, academias ou salões de beleza, mesmo com teste negativo para Covid.

Quase 4,9 milhões de pessoas foram infectadas pela Covid-19 na Alemanha desde o início da pandemia. O país tem mais de 83 milhões de habitantes.

A terceira onda da Covid-19 segue avançando neste domingo (21) na Europa, com protestos contra as restrições como pano de fundo, e, no mundo, com as praias do Rio de Janeiro fechadas e Miami Beach sob toque de recolher.

Esta semana, 465.300 novas infecções foram registradas todos os dias no mundo. Com exceção da África e Oriente Médio, todas as regiões registraram altas: + 34% na Ásia, + 18% na Europa, + 15% nos Estados Unidos/Canadá e + 5% na América Latina e Caribe.

"Dado o aumento dos casos da covid-19 nos Estados-membros", o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, decidiu que os dirigentes da União Europeia (UE) se reunirão na quinta e sexta-feira à distância, e não em Bruxelas, informou um porta-voz.

Diante do aumento das infecções, alguns estados da Alemanha defendem a extensão das restrições impostas para conter o vírus até o mês de abril, segundo documento consultado pela AFP, apesar do cansaço dos cidadãos com essas medidas.

No sábado, milhares de pessoas protestaram em vários países europeus (Alemanha, Holanda, Áustria, Bulgária, Suíça, Sérvia, Polônia, França e Reino Unido), bem como no Canadá, contra a "ditadura" das restrições sanitárias.

Pelo menos 36 pessoas foram presas e vários policiais ficaram feridos em Londres durante um dos protestos. Em Cassel, no centro da Alemanha, houve confrontos com as forças da ordem, que fizeram uso de spray de pimenta, cassetetes e canhões d'água.

"A covid é uma farsa", dizia as faixas de manifestantes, de Montreal a Belgrado. Essa onda de descontentamento coincidiu com a entrada em vigor de um terceiro confinamento para 21 milhões de franceses, incluindo parisienses, embora menos estrito do que os anteriores, e um confinamento parcial na Polônia.

O governo polonês havia aliviado a pressão em fevereiro, autorizando a reabertura de hotéis, museus, cinemas, teatros e piscinas com capacidade limitada, e agora teve que voltar atrás.

Fim de festa

Do outro lado do Atlântico, na Flórida (Estados Unidos), a ilha de Miami Beach foi obrigada a impor toque de recolher devido à chegada de turistas determinados à festa, apesar da pandemia.

"O volume de pessoas é claramente maior do que nos anos anteriores", disse o prefeito de Miami Beach, Dan Gelber. "Acho que em parte se deve ao fato de que há poucos lugares abertos no resto do país, ou são muito frios, ou estão fechados e também muito frios", comentou.

Na Ásia, as Filipinas também anunciaram novas restrições, como o fechamento de igrejas em Manila, quando as infecções atingiram um número recorde de mais de 7.000 novos casos por dia.

O Brasil, por sua vez, teve um novo dia de números alarmantes, com 2.438 mortes em 24 horas, para um total de 292.752 desde o início da pandemia, enquanto acumula mais de 11,9 milhões de infecções.

Para conter os contágios, o prefeito do Rio de Janeiro decidiu fechar as praias a partir deste final de semana. Pouco mais de 5% da população recebeu a primeira dose da vacina e menos de 2% a segunda.

No vizinho Paraguai, que já foi um dos países exemplares da região, os leitos de terapia intensiva se esgotaram no sábado. O Peru, que também tem seus hospitais saturados, ultrapassou a marca de 50.000 mortes por covid-19. E o Chile registrou 7.000 infecções em um único dia pela primeira vez, situação que levou o governo a confinar 28 municípios.

Para combater a pandemia, a Colômbia recebeu 245 mil doses da vacina AstraZeneca pelo mecanismo Covax, além de 770 mil doses da Sinovac oferecidas pela China, cujo presidente Xi Jinping disse esperar "cooperação reforçada" entre os dois países.

"Vitória da Humanidade"

Os governos também se esforçam para intensificar a vacinação, quando a pandemia já matou pelo menos 2.710.382 pessoas no mundo, segundo balanço apurado pela AFP neste domingo.

Depois de enfrentar temores sobre supostos efeitos adversos nas últimas semanas, a vacina AstraZenenca, que vários países europeus vêm administrando novamente desde sexta-feira, agora enfrenta uma ofensiva da UE por atrasos nas entregas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ameaçou no sábado bloquear as exportações da vacina, caso a UE não receba primeiro as doses acordadas.

O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, alertou hoje na SkyNews que o bloqueio seria "contraproducente" para "um bloco comercial que se gaba de [cumprir] a lei".

Apesar dos esforços de imunização, os organizadores das Olimpíadas de Tóquio decidiram não receber espectadores do exterior, considerando altamente improvável que eles possam viajar ao Japão para a competição marcada para 23 de julho a 8 de agosto.

No verão passado, os organizadores queriam, no entanto, fazer desses jogos uma celebração da "vitória da Humanidade contra o vírus".

O número de novos casos de Covid-19 aumentou novamente na Europa após seis semanas de redução, anunciou nesta quinta-feira direção regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Na semana passada, os novos casos de Covid-19 na Europa aumentaram 9%, superando por pouco um milhão. Isto acaba com uma redução promissora de seis semanas", afirmou o diretor para a Europa da OMS, Hans Kluge.

"Registramos um ressurgimento na Europa central e leste. Os novos casos também aumentam em vários países do oeste da Europa, onde os índices já eram elevados", completou.

A divisão Europa da OMS reúne mais de 50 países que vão até o centro da Ásia.

"Mais da metade de nossa região registra um número crescente de casos", disse Kluge.

Para o diretor da OMS no continente, os europeus devem recuperar os "instrumentos essenciais" de prevenção para lutar contra o vírus e suas variantes e acelerar a vacinação.

Dos 53 países que integram a região Europa da OMS, 45 já iniciaram a vacinação.

De acordo com dados compilados pela AFP, na União Europeia (UE, 27 países) 2,6% da população recebeu duas doses da vacina contra a Covid-19 e 5,4% ao menos uma dose.

Tóquio pedirá a seus moradores que evitem deslocamentos desnecessários e solicitará aos estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas que fechem mais cedo para lutar contra o aumento de contágios de Covid-19 no Japão, informou a imprensa local.

O Japão foi relativamente pouco afetado até o momento pela pandemia - com quase 2.000 mortes e 135.400 contágios, segundo os números oficiais - e não determinou medidas de confinamento como outros países.

Mas atualmente o arquipélago nipônico registra dados recordes de contágios diários. A cidade de Tóquio já elevou o nível de alerta ao grau máximo.

"Gostaríamos de pedir aos residentes de Tóquio, se puderem, que evitem passeios não essenciais na medida do possível para prevenir a propagação da infecção", disse a governadora Yuriko Koike. Ela também incentivou os habitantes de Tóquio a trabalhar de casa.

Além disso, Koike pediu aos estabelecimentos comerciais que vendem bebidas alcoólicas, incluindo casas de karaoke, que fechem às 22h00 a partir de sábado por três semanas. As empresas devem receber uma indenização.

As medidas não têm caráter obrigatório. Durante o estado de emergência declarado na primeira onda da pandemia, o país não aplicou sanções às pessoas que não permaneceram em casa ou às lojas que se negaram a fechar as portas.

Na semana passada, o primeiro-ministro Yoshihide Suga declarou que o Japão estava em "alerta máximo" depois de registrar um número recorde de infecções diárias, o que obrigou o governo a desistir de uma polêmica campanha para promover o turismo interno.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou um recorde de novos casos diários de Covid-19 em todo o mundo, enquanto os Estados Unidos superaram 11 milhões de contágios e os países europeus preparam novas restrições a longo prazo para combater a pandemia.

Apenas no sábado (14) foram registrados 660.905 novos casos de Covid-19 no mundo, anunciou a OMS no domingo (15). O recorde anterior era de sexta-feira (645.410 novos casos), depois do registrado em 7 de novembro (614.013).

A região das Américas da OMS, que inclui Canadá, Estados Unidos, América Latina e Caribe, também bateu o recorde no sábado, com 269.225 novos casos.

Outra marca triste foi superada: a OMS registrou, pela primeira vez, mais de 9.500 mortes em 24 horas no mundo pelo terceiro dia consecutivo.

De acordo com organização, mais de 53,7 milhões de pessoas foram infectadas no mundo, com mais de 1,3 milhão de mortes registradas.

No domingo, os Estados Unidos - país mais afetado do mundo pela covid-19 - superou 11 milhões de casos, depois de registra um milhão de contágios em menos de uma semana, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins.

O aumento vertiginoso acontece no momento em que o país enfrenta uma nova onda pandêmica, o que obrigou as autoridades locais e estaduais a adotar medidas mais drásticas, enquanto muitos hospitais alertam que estão ficando sem recursos.

Em Chicago, terceira maior cidade do país, os habitantes receberam o pedido para permanecer em casa a partir desta segunda-feira, enquanto em Nova York, epicentro do foco na primavera (hemisfério norte), serão aplicadas novas restrições em bares e restaurantes.

O presidente Donald Trump prometeu na sexta-feira que os americanos começarão a receber a vacina "em questão de semanas", mas afirmou que é contrário a confinamentos, apesar da medida ter sido adotada em vários países da Europa, onde os casos também estão em alta.

A Europa registra 336.652 mortes e mais de 14,5 milhões de casos, segundo o balanço da AFP. Para frear o ritmo acelerado da pandemia, as autoridades não param de impor novas restrições e preparam novas medidas.

Na Alemanha, que está em confinamento parcial há duas semanas, o ministro da Economia, Peter Altmaier, advertiu no domingo que as restrições poderiam durar "ao menos quatro ou cinco meses".

Mas depois de meses de restrições, interrompidas apenas durante o verão, muitas pessoas protestam contra novas medidas de confinamento.

França, Áustria e Portugal estão entre os países que adotaram medidas como toques de recolher noturno para tentar conter o avanço da doença.

Em um tom mais esperançoso, o diretor geral da empresa alemã BioNTech, que desenvolveu com a Pfizer uma vacina "90% efetiva" contra o novo coronavírus, segundo os resultados preliminares da fase 3 da pesquisa, afirmou no domingo que a Europa pode "ter um inverno normal no próximo ano", desde que aconteça uma "elevada taxa de vacinação antes do outono/inverno do próximo ano".

"Se tudo correr bem, começaremos a entregar a vacina no fim do ano", declarou Ugur Sahin à BBC.

burs-mba/lpt/yo/fp

A Alemanha, que fechou bares, restaurantes e outros estabelecimentos durante um mês, começa a ver os "primeiros sinais" de melhora na curva de contágios de novo coronavírus, afirmou nesta quinta-feira (12) o instituto de controle de doenças Robert Koch.

"A curva está achatando", declarou o diretor do instituto, Lothar Wieler, durante uma entrevista coletiva. Ele disse ainda que as medidas de restrição, como o"distanciamento físico ou o uso de máscaras, vão nos acompanhar por muito tempo".

A Alemanha registrou 21.866 novas infecções nas últimas 24 horas, segundo o instituto Robert Koch. A situação continua sendo "muito grave", recordou Wieler.

"Devemos evitar o agravamento da situação [...] Nosso objetivo é levar as infecções a um nível que nosso sistema de saúde consiga suportar", completou.

A Alemanha, que conseguiu controlar a primeira onda da pandemia de covid-19 durante a primavera (hemisfério norte), registrou o aumento do número de novos casos nas últimas semanas.

A aceleração levou o país a endurecer as medidas de restrição, com o fechamento de restaurantes, bares, museus, teatros e academias.

A chanceler Angela Merkel e os governantes regionais se reunirão na próxima segunda-feira para fazer um balanço da situação e decidir novas medidas.

O ministério das Relações Exteriores das Maldivas anunciou regras mais rígidas para a entrada de visitantes após um aumento dos casos de coronavírus em mais de 10 complexos turísticos.

O turismo é uma fonte essencial de renda para o arquipélago do Oceano Índico, formado por 1.190 pequenas ilhas, popular destino de celebridades e casais em lua de mel.

A partir de agora, todos os turistas deverão apresentar em sua chegada um documento de teste negativo para Covid-19, afirmou o ministério.

O país reabriu para o turismo em meados de julho, com o primeiro voo internacional desde a suspensão das conexões aéreas em março. Os visitantes não estavam obrigados na ocasião a fazer testes ou a apresentar um documento com resultado negativo para a doença.

Desde a reabertura dos complexos turísticos, 29 funcionários locais e 16 estrangeiros testaram positivo e foram isolados nas instalações, de acordo com as autoridades.

As Maldivas, com população de 340.000 habitantes, registraram na semana passada mais de mil novos contágios, o que eleva o total a 8.003 casos, com 29 mortes.

A pandemia afeta em particular as pessoas desfavorecidas, trabalhadores migrantes ou locais, na capital Malé, onde o governo determinou em agosto um toque de recolher noturno.

As autoridades contavam com o retorno dos turistas após a retomada dos voos internacionais, mas apenas 5.200 visitantes chegaram ao arquipélago desde 15 de julho. Antes da pandemia, a média mensal era de 141.000 turistas.

No ano passado, as Maldivas registraram o recorde de 1,7 milhão de turistas estrangeiros, uma alta de 15% na comparação com 2018, segundo o governo.

A Austrália registrou menos de 100 novos casos de coronavírus nesta segunda-feira (31), o menor número em dois meses, uma notícia que coincide com a decisão das autoridades de iniciar uma flexibilização das restrições em Melbourne, segunda maior cidade do país e foco da maioria dos contágios.

Nesta segunda-feira, o estado de Victoria, do qual Melbourne é capital, registrou 73 novos casos nesta segunda-feira, contra mais de 700 que eram contabilizados no fim de julho.

Há várias semanas, os habitantes da cidade seguem várias restrições, como um toque de recolher noturno e o fechamento de estabelecimentos comerciais considerados não essenciais.

O primeiro-ministro do estado, Daniel Andrews, anunciou que apresentará nos próximos dias um plano de desconfinamento progressivo.

No momento, as fronteiras entre o estado e o restante do país permanecem fechadas. O estado vizinho de Nova Gales do Sul, que tem Sydney como capital, registrou novas infecções nos últimos dias. Nesta segunda-feira foram contabilizados 10 novos casos.

O balanço na Austrália até o momento registra 652 mortes e quase 26.000 contágios confirmados.

A Flórida superou a merca de 500.000 contágios por COVID-19 nesta quarta-feira (5) e soma um total de 7.600 óbitos pelo vírus, informaram autoridades sanitárias do estado, epicentro da pandemia no sudeste dos Estados Unidos.

O estado registrou 5.409 novos casos no último balanço, após contabilizar uma média diária de cerca de 10.000 contaminações nas últimas semanas.

Contudo, é possível que a redução de casos diários deva-se à suspensão dos testes de detecção em função da aproximação do furacão Isaías.

Isaías, que se aproximou perigosamente da costa da Flórida no fim de semana antes de causar pelo menos quatro mortes no sudeste dos Estados Unidos, provocou o fechamento dos centros de coleta de amostras nasais pela COVID-19 desde a última quinta-feira.

No total, a Flórida regista 502.739 casos de coronavírus, informou nesta quarta-feira o Departamento de Saúde, o que significa que cerca de um a cada 43 cidadãos do estado contraiu o vírus.

Com 21 milhões de habitantes, a Flórida é o segundo estado com mais casos nos Estados Unidos, ficando atrás apenas da Califórnia, que tem o dobro da população.

Após o falecimento de 225 pessoas na terça-feira, o vírus é responsável por um total de 7.627 óbitos na Flórida, que ainda batalha para conter a doença e, ao mesmo tempo, manter a economia ativa.

Após reabrir a atividade econômica entre maio e junho, o governador do estado, o republicano Ron DeSantis, se negou a impor o uso obrigatório da máscara ou a recomendar um novo confinamento.

DeSantis é um aliado-chave do presidente Donald Trump, que precisa manter o crucial apoio da Flórida para buscar a reeleição em novembro.

Os Estados Unidos bateram nesta quinta-feira (16) um novo recorde de contágios diários de Covid-19, com mais de 68.000 casos, de acordo com a contagem realizada pela Universidade Johns Hopkins.

Às 20h30 locais (21h30 de Brasília), os contágios nas últimas 24 horas chegaram a 68.428 e os óbitos a 974, elevando os balanços desde o início da pandemia a 3.560.364 casos e 138.201 falecimentos, respectivamente.

Os Estados Unidos continuam sendo o país mais afetado pela pandemia no mundo em termos absolutos.

Os especialistas acreditam que nunca emergiu da primeira onda de infecções e os casos ressurgiram nas últimas semanas, particularmente nos estados do sul e do oeste do país que pressionaram para suspender temporariamente as restrições.

A Flórida, que se tornou o epicentro da pandemia no país, registrou nesta quinta-feira um recorde de 156 mortes e quase 14.000 infectados.

O número total de casos no estado supera agora os 315.000, com 4.782 óbitos, segundo cifras do Departamento de Saúde local.

A Flórida é o estado que registra o maior número de casos, acima da Califórnia e Texas, que reportam cerca de 10.000.

No entanto, o governador Ron DeSantis não ordenou novos confinamentos e, diferentemente de seus colegas do Texas e da Califórnia, se nega a obrigar máscaras em espaços fechados.

A Argentina registrou um aumento de 4.260 contágios do novo coronavírus em apenas 24 horas, informou o Ministério da Saúde na noite desta quarta-feira (15). Com as 82 mortes registradas no período, o país também passou da barreira das duas mil mortes pela doença: são 2.050 desde o início da pandemia.

Ainda conforme os dados, a Argentina tem 111.160 contaminações pela Covid-19 desde o início da pandemia, com 47.298 pessoas consideradas curadas. No entanto, apesar do número recorde, o governo seguirá com o plano de reabertura gradual da economia, que passou por um longo período de lockdown, especial, na província de Buenos Aires.

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Em entrevista à rádio "AM 750", o infectologista Tomás Orduna, que compõe o grupo de médicos que integra a comissão do governo para a crise sanitária, afirmou que os resultados da quarta-feira "foram um soco nos dentes", mas que a decisão de flexibilizar "já está tomada".

"Vínhamos de uns sete ou oito dias de um achatamento entre 3 e 3,5 mil casos e achamos que isso poderia ser o pico. Mas não. E aconteceu quando já está decidido que precisamos dar um impulso final para a próxima etapa", ressaltou Orduna. 

Da Ansa

O novo coronavírus causou pelo menos 320.255 mortes em todo o mundo desde que apareceu na China em dezembro, de acordo com um balanço estabelecido pela AFP com base em fontes oficiais, nesta terça-feira às 16H00.

Desde o início da epidemia, mais de 4.850.670 casos de contágio foram registrados em 196 países ou territórios. O número de casos positivos diagnosticados reflete apenas uma parte do número total dos contágios devido às políticas diferentes dos países para diagnosticar casos. Alguns testam somente os casos mais graves.

As autoridades acreditam que até agora pelo menos 1.770.500 pessoas foram curadas da doença.

Nas últimas 24 horas houve 4.242 novas mortes e 90.108 infecções em todo o mundo. Os países que registraram mais mortes são os Estados Unidos, com 1.305 novas mortes, Brasil, com 674, e Reino Unido, com 545.

O número total de mortos nos Estados Unidos, que registrou sua primeira morte ligada ao vírus no início de fevereiro, é de 91.179. O país registrou 1.519.986 casos da doença. As autoridades consideram que 283.178 pessoas foram curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido com 35.341 mortes e 248.818 casos, Itália com 32.169 mortes (226.699 casos), França com 28.022 mortes (180.809 casos) e Espanha com 27.778 mortes (232.037 casos).

Entre os países mais atingidos, a Bélgica tem a maior taxa de mortalidade, com 79 mortes por 100.000 habitantes, seguida pela Espanha (59), Itália (53), Reino Unido (52) e França (43).

A China continental (sem contar Hong Kong e Macau), onde a epidemia surgiu no final de dezembro, tem um total de 82.960 pessoas infectadas, das quais 4.634 morreram e 78.241 foram completamente curadas. Nas últimas 24 horas, houve seis novos casos e nenhuma morte.

Nesta terça-feira às 16H00, a Europa soma 168.394 mortes (1.927.826 casos), Estados Unidos e Canadá 97.175 (1.599.056), América Latina e Caribe 30.677 (551.473), Ásia 12.695 (376.867) ), Oriente Médio 8.320 (297.381), África 2.866 (89.659) e Oceania 128 (8.414).

Esse balanço foi feito usando dados das autoridades nacionais compiladas pelos escritórios da AFP e com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, o aumento nos números publicados nas últimas 24 horas pode não corresponder exatamente ao dia anterior.

A Rússia, o segundo país do mundo com mais casos declarados de Covid-19, conseguiu "deter o crescimento" de novos contágios, estimou o primeiro-ministro nesta segunda-feira, embora tenha admitido que a situação permanece "complicada".

"A situação em torno do coronavírus no país continua complicada, mas podemos verificar que conseguimos parar o crescimento da morbidade", declarou em uma reunião do governo transmitida pela televisão Mikhail Mishustin, contagiado pela Covid-19.

"Com toda a prudência necessária, a dinâmica é positiva", disse o premiê, que ainda não anunciou que esteja curado da doença, embora tenha aparecido na televisão desde a semana passada.

Segundo ele, o atual cenário resulta dos esforços realizados na Rússia há dois meses, principalmente graças a um "estrito confinamento da população", ordenado no final de março e que desde 12 de maio começou a ser flexibilizado nas regiões menos afetadas.

Segundo dados oficiais, 8.926 infecções foram registradas nas últimas 24 horas, o menor número desde 1º de maio, elevando o saldo total para 290.678 casos. Até agora, o país contabiliza 2.722 mortes.

A agência de saúde russa Rospotrebnadzor informou no domingo que "a situação está se estabilizando no país", depois que cerca de 10 mil casos foram declarados todos os dias ao longo de maio.

A província de Ferrara, localizada na região italiana da Emília-Romagna, será alvo de um estudo intrigante após a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2): especialistas querem entender porque a doença Covid-19 não se dissemina no local como em todas as outras partes da Itália.

"Assim que tudo acabar, nós buscaremos entender porque os contágios nunca cresceram em Ferrara. Evidentemente, há alguma razão para isso, seja por ser uma zona de malária ou por ter talassemia [anemia crônica de origem hereditária] disseminada.

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Existe uma resistência natural naquela província a esta infecção que precisamos estudar porque isso pode ser útil para outros cidadãos", explicou o assessor de Políticas para a Saúde da Emília-Romagna, Sergio Venturi. Segundo o representante regional, é intrigante o fato de que a "composição dos casos de contágio na província de Ferrara, no início, era em toda a Ferrara, mas depois isso se acalma" e, agora a maior parte dos casos está localizada próxima à divisa com a província de Bolonha.

"Uma grande parte da província está preservada e, por isso, estou muito feliz pelas pessoas que vivem ali", concluiu. A Emília-Romagna é segunda região com mais casos do novo coronavírus na Itália, com 13.531 pessoas contaminadas - atrás apenas da Lombardia, que registra 42.161 contágios. Já a Itália contabiliza 101.739 casos.

Por sua vez, a província de Ferrara tem "apenas" 306 casos da doença entre seus mais de 345 mil habitantes sendo que a vizinha Bolonha tem 1.872 registros. As demais províncias que compõem a Emília-Romagna também tem dados bem mais altos: Forlì-Cesena tem 683 contágios, Modena tem 2.137, Parma tem 1.859, Ravenna tem 568, Reggio-Emília tem 2.208 e Rimini tem 1.382. 

Da Ansa

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