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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta sexta-feira (23), que a oferta superfaturada de doses da Coronavac faz parte de "estratégia" dos intermediários com os quais o ex-ministro Eduardo Pazuello se reuniu. Negou novamente que o então chefe da pasta tenha se envolvido nas negociações de aquisição do imunizante, apesar de vídeo vazado mostrá-lo no encontro com os empresários, realizado no dia 11 de março.

"A reunião não foi com ele, foi com o secretário dele. Ele foi lá e cumprimentou o pessoal. E não foi aceita aquela proposta. Agora, o que eu vi que estava discutindo é o seguinte: eles ofereceram uma vacina com o preço lá em cima, com metade do pagamento adiantado. É estratégia, pô (sic). Com toda a certeza a segunda reunião, caso tivesse, 'a gente diminui o preço da vacina, e você dá metade da adiantado'", disse a apoiadores na saída do palácio da Alvorada.

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Bolsonaro não explicou o motivo pelo qual buscou tratativas com terceiros, em vez de recorrer ao Butantan. Na ocasião, as vacinas foram oferecidas ao custo de US$ 28 por dose, valor quase três vezes maior do que os US$ 10 previstos no contrato entre o governo federal e o Instituto Butantan, responsável pelo desenvolvimento do produto em parceria com a empresa chinesa Sinovac.

O vídeo da reunião veio a público após Pazuello garantir, em depoimento à CPI da Covid, que não participou das tratativas de compra de vacinas por questões éticas. Segundo ele, haveria conflito de interesses o chefe da Saúde negociar diretamente com empresários interessados na venda.

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), acompanhou na manhã desta quarta-feira (21) a entrega de mais 1,5 milhão de doses da Coronavac, vacina contra Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Com o novo lote, o governo paulista já totaliza 57,649 milhões de doses da vacina entregues ao Ministério da Saúde.

Em entrevista coletiva, Garcia disse que o ritmo de vacinação no Estado está "acelerado" e os índices de internação, casos e óbitos continuam em queda. Diante do cenário, o vice-governador avalia que "a pandemia está perdendo força por causa da vacinação, mas não significa que a população deve abaixar a guarda". Segundo ele, na próxima semana, deve ser anunciada ou a prorrogação da Fase Emergencial no Estado, que se estende até 31 de julho, ou a manutenção das regras sanitárias. "A expectativa é a de não ter que ampliar as restrições, pelo contrário, de ter estudos de avaliar as flexibilizações já colocadas pelo Plano São Paulo", declarou.

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O secretário estadual de Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn, ponderou que, apesar dos casos registrados no Estado pela variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, São Paulo utiliza um sistema de amostragem aleatória para identificar a disseminação dos casos decorrentes pelas cepas. "Não tenho dúvida de que toda essa estratégia de prevenção mais essa estratégia de identificação eventual de cepas garantirá a proteção dos brasileiros no Estado", afirmou o secretário.

De acordo com Gorinchteyn, foram identificadas 642 mil pessoas que não tomaram a segunda dose dos imunizantes no Estado. O secretário, então, reforçou o pedido para que as pessoas recorram à segunda dose. "Para que haja proteção, deve ter as duas doses nos prazos que são estabelecidos pela própria ciência", afirmou.

Doses extras da Coronavac

Garcia ainda comentou que o Instituto Butantan pretende continuar a oferecer as vacinas contra a Covid-19 a Estados e países da América Latina, após finalizar o contrato de entrega de 100 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde. Segundo ele, "vários governadores e prefeitos demonstraram interesse e há grande expectativa de que o Butantan vai continuar sendo fundamental na produção de vacina".

O diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que, de concreto, apenas o Espírito Santo e o Ceará demonstraram interesse para a compra de doses extras do imunizante. A expectativa, conforme aponta, é que no início de setembro, outros Estados e países latino-americanos façam contato com o instituto.

Os partidos políticos brasileiros deverão contar em 2022 com pouco menos de R$ 6 bilhões para custear suas campanhas eleitorais. Aprovado na última quinta-feira (15), pelo Congresso, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) define as prioridades e metas de gastos do governo federal para 2022. Ainda que em um cenário permeado pelas crises política e sanitária, o texto incluiu também um mecanismo que aumenta o Fundo Especial Eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

O dinheiro, que sai dos cofres públicos e é dividido entre as legendas, é, atualmente, o principal modo de financiamento das campanhas eleitorais. Aprovado pelo Congresso, no entanto, o montante é recorde desde as eleições de 2014, quando ainda era permitido o financiamento via pessoa jurídica. Em 2015 foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que doações empresariais seriam banidas do processo eleitoral, já que desequilibram a disputa e abrem caminhos para processos de corrupção e tráfico de influência.

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Na prática, a LDO, assim como a generosa previsão para o Fundo Eleitoral Especial de 2022, ou “fundão”, como tem sido chamado, depende da sanção presidencial. O Orçamento para 2022 será enviado pelo governo ao Congresso e analisado até o final de agosto, quando o valor exato do fundo eleitoral será confirmado. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que pretende vetar o trecho da LDO, mas também há rumores de bastidores que apontam para um acordo que reduza o valor para R$ 4 milhões.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o responsável por finalizar o cálculo da divisão do dinheiro entre as siglas. No atual cenário, os mais beneficiados pela proposta devem ser o PSL e o PT, que contam com o maior número de representantes nas casas legislativas.

E se os R$ 5,7 bilhões fossem aplicados no combate à pandemia?

Com pouco mais de 16% da população totalmente imunizada até esta terça-feira (20), o Brasil ainda precisa aplicar cerca de 200 milhões de doses para garantir a proteção de todos os adultos maiores de 18 anos (160 milhões de pessoas). O cálculo foi feito por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da USP (Universidade de São Paulo) e apresentado na última sexta-feira (16). O LeiaJá projetou quantos imunizantes daria para comprar com o montante aprovado na LDO para o “fundão”, usando como base os valores divulgados como os contratados pelo Governo Federal.

Em números, a compra de 200 milhões de doses do imunizante Oxford/AstraZeneca, que custa US$ 3,16 (R$ 17 na cotação atual) se produzido em território nacional pela Fiocruz, daria aproximadamente R$ 3,4 bilhões. O valor representa cerca de 60% dos R$ 5,7 bilhões sugeridos para o “fundão”.

Caso o imunizante seja importado da Índia, o valor aumenta para US$ 5,25 cada, cerca de R$ 28. Nessa lógica, as 200 milhões de doses alcançariam aproximadamente 97% do suposto fundo eleitoral, R$ 5,2 bilhões.

Quando aplicado às doses da CoronaVac, imunizante desenvolvido pela chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, o cálculo revela o montante de R$ 10,6 bilhões pelas 200 milhões de doses necessárias. Isso porque a unidade da vacina custa US$ 10 (R$ 53 na cotação atual).

Com os 5,7 bilhões do fundo, contudo, ainda seria possível adquirir pouco mais de 100 milhões de doses da Coronavac, o suficiente para vacinar cerca de 80 milhões de brasileiros.

No caso da vacina produzida pela Pfizer acontece de forma parecida. Já que a unidade do imunizante sai por US$ 12 (R$ 62 na cotação atual), os R$ 5,7 milhões do fundo não conseguiram alcançar as 200 milhões de doses recomendadas para a imunização total no país. Apesar disso, o valor seria o suficiente para adquirir cerca de 90 milhões de doses.

Entenda como surgiu o Fundo Eleitoral Especial

A decisão do Supremo que em 2015 proibiu as doações de campanhas privadas - realizadas, em sua grande maioria, por empresas e empreiteiras - culminou na criação, em 2017, do Fundo Eleitoral Especial. Trata-se de um mecanismo de financiamento das campanhas eleitorais repassado apenas nos anos de pleito, como uma espécie de poder econômico dos partidos.

A “maior fatia” do montante é abocanhada pelas siglas que contam com o maior número de representantes. A cláusula de desempenho, válida desde 2018, determina como critério que em 2022 o partido consiga, ao menos, 2% dos votos válidos distribuídos em nove estados ou 11 deputados eleitos.

Fundo Partidário

Vigente desde 1965, o Brasil conta ainda com um mecanismo criado pela primeira Lei Orgânica dos Partidos Políticos, como forma de financiamento dos mesmos, para custear as despesas perenes, como manutenção de sedes, criação de programas, propaganda política, entre outras atividades. O recurso se origina no Orçamento federal e de penalidades aplicadas pela Justiça Eleitoral, com o repasse realizado anualmente.

A regra de distribuição é de 5% do valor a todos os partidos inscritos e de 95% conforme a representação da legenda (que atende à cláusula de desempenho). Em 2021, segundo o TSE, a previsão é de que o valor do Fundo Partidário seja de aproximadamente R$ 979 milhões. O Congresso Nacional tem prerrogativas de realizar cortes no valor, caso julgue necessário.

O montante justifica as críticas direcionadas à ampliação do fundo eleitoral nas redes sociais e de deputados como o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ). O vice-presidente da CPI da Pandemia no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também fez comentários em tom de reprovação. Apesar disso, houve pouca resistência na votação, que teve o placar de 278 votos a favor, 145 contra e 1 abstenção na Câmara, e de 40 a 33 no Senado.

É possível destacar ainda a tentativa do Partido Novo, que vem se assumindo uma posição contrária ao governo e recentemente declarou ser a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O Novo propôs a votação de um destaque para retirar o chamado “fundão” do texto principal da LDO, e contou com o apoio do PSOL, Podemos, Cidadania e PSL - este último, contudo, manifestou-se favorável 15 minutos após a votação ser encerrada, de acordo com o Estadão. A ação não foi bem sucedida, visto que, somados, os votos das legendas de oposição não conseguiram contrapor a maioria.

Os deputados Carla Zambelli (PSL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chegaram a criticar o fundo eleitoral em suas redes, mas votaram a favor do mecanismo com o argumento de que “precisavam aprovar as diretrizes para o Orçamento”.

O presidente Jair Bolsonaro saiu hoje em defesa do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, investigado pela CPI da Covid no Senado por irregularidades na compra de vacinas no Ministério da Saúde durante seu tempo à frente da pasta. Nesta segunda-feira (19) em encontro com apoiadores pela manhã, Bolsonaro mantém que seu governo continua há dois anos e meio sem desvios e que inventaram o crime de "corrupção por pensamento", uma vez que Pazuello teria pensado em se corromper.

Na semana passada, Bolsonaro havia dito que conversa com o ex-ministro quase diariamente e manteve que ele tem a consciência "tranquilíssima". "Essa CPI aí dos três patetas - três patetas não, né? Três otários. Os Três Patetas quando eu era moleque assistia muito eles e dava muita risada - tenta de toda maneira colar: Mas o Pazuello conversou com empresários! Se tivessem tratando de corrupção no encontro, não ia ter vídeo, pessoal", argumentou o presidente reforçando os ataques ao presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ao vice-presidente Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e ao relator Renan Calheiros.

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Segundo imagens obtidas pela CPI da Covid, Pazuello gravou um vídeo com empresários se comprometendo a comprar doses da Coronavac por preço três vezes maior que o praticado pelo Instituto Butantan. De acordo com Bolsonaro, apesar de o ex-ministro ter se comprometido a assinar memorando de entendimento, a negociação não prosperou porque os representantes comerciais se tratavam de estelionatários.

"Eu converso quase todos os dias com empresário. Se é crime, eu sou criminoso", emendou o presidente sobre as acusações. Durante o encontro, Bolsonaro destacou dispositivos apresentados por Omar Aziz e irmão de Calheiros, o deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE) que facilitaria a contratação de vacinas, sem licitação ou aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O chefe do Executivo, ao comentar sobre 2022, voltou a atacar seus opositores, como o PT, e declarou que não há "sede de poder" da sua parte com relação à presidência, afirmando inclusive que a cadeira presidencial teria "criptonita" - segundo as histórias em quadrinhos, mineral que enfraqueceria o Super-Homem. "Posso não saber o que de bom o PT vai fazer para vocês, mas tenho certeza e posso falar o que de mal esse pessoal vai fazer se voltar", concluiu.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou na manhã desta quarta-feira (14) a entrega de mais 800 mil doses da Coronavac, vacina contra Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, ao Ministério da Saúde. Com a entrega de hoje, foram fornecidas 54,149 milhões de doses à pasta. Doria disse que amanhã o governo paulista deve entregar mais 200 mil doses ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

Durante a entrevista coletiva, Doria confirmou que o Estado está suspendendo o modelo de trabalho home office na administração pública, exceto para pessoas que estejam em algum tipo de tratamento médico. "Fora disso, é voltar ao trabalho, voltar à normalidade", declarou o governador, reforçando a necessidade de adoção de medidas como uso de álcool em gel e o uso de máscaras para evitar a infecção de covid-19. O tucano destacou que a decisão se dá em virtude da melhora dos índices epidemiológicos do Estado.

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O governador voltou a dizer que o governo paulista vai adiantar em 30 dias as vacinas ao Ministério da Saúde e deve concluir a entrega do total de 100 milhões de doses até o fim de agosto.

Na madrugada desta sexta-feira (9) uma nova remessa com 42.200 doses da vacina contra a Covid-19 da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, foi entregue no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). Em seguida, os imunizantes foram encaminhados para a checagem e armazenamento no Programa Estadual de Imunização (PNI-PE).

“Recebemos dois carregamentos em menos de um dia, o que nos deixa mais otimistas quanto ao progresso da campanha de vacinação. Mas é preciso que os gestores fiquem alertas e planejem bem seus esquemas de imunização em cada cidade, para que tudo corra dentro do previsto e possamos avançar ainda mais no enfrentamento à doença”, disse o governador Paulo Câmara.

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A previsão é de que ainda na manhã da sexta as vacinas estejam disponíveis nas 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), juntamente com as outras 83.070 doses da Pfizer que chegaram na tarde da quinta-feira (8). A partir disso, os imunizantes poderão ser retirados pelos gestores municipais de todas as regiões do Estado.

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, Pernambuco já recebeu 5.876.400 doses de imunizantes. Foram 2.867.420 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 2.184.160 unidades da Coronavac/Butantan, 656.370 doses da Pfizer/BioNTech e 168.450 da Janssen.

Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que existe uma recomendação para mulheres gestantes: elas não devem ser vacinadas com imunizantes que possuem vetor viral. Esta tecnologia é usada em vacinas como a AstraZeneca/Oxford, desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além da Janssen e Sputnik V. E assim, a orientação é que gestantes recebam apenas vacinas da Pfizer e Coronavac.

Segundo a Anvisa, a medida se trata apenas de uma precaução, uma vez que ainda não existem dados suficientes para comprovar que os imunizantes que possuem vetor viral sejam prejudiciais às gestantes. Já para a população geral, a recomendação é que o plano de vacinação continue em massa, para evitar a disseminação do vírus e controlar o número de taxas de infecção e óbitos.

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Em resposta à orientação, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou também nesta semana que agora mulheres gestantes poderão se vacinar apenas com os imunizantes recomendados: Pfizer e CoronaVac. De acordo com os dados do órgão de saúde brasileiro, dentre todas as 3 milhões de grávidas no Brasil, cerca de 10% delas já estão vacinadas.

Já a vacinação em todo o Brasil continua a acontecer em ritmo lento, desde que teve início,  no dia 17 de janeiro deste ano. Ao todo, o território brasileiro é composto por aproximadamente 213 milhões de pessoas, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 38% delas já receberam a primeira dose, e quase 14% já estão completamente imunizadas.  

 

A polêmica que se criou em torno da efetividade da Coronavac após surtos de covid-19 no Chile, mesmo com a vacinação avançada, pode estar perto de arrefecer. Estudo publicado na quarta-feira (7), no New England Journal of Medicine, mostra que o imunizante teve 86% de eficácia na prevenção de mortes causadas pela doença no país andino.

O estudo foi realizado com o acompanhamento dos resultados de 10,2 milhões de pessoas vacinadas com as duas doses da Coronavac entre 2 de fevereiro e 1.º de maio. É o primeiro estudo de efetividade da vacina publicado em uma revista científica. Até então, essa era uma das críticas que o imunizante da chinesa Sinovac recebia.

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Entre as pessoas que foram totalmente imunizadas, a eficácia da vacina foi de 65,9% para a prevenção de Covid-19, de 87,5% para a prevenção de hospitalização, de 90,3% para a prevenção de internações em UTI, e de 86,3% para a prevenção de morte relacionada à doença. Cerca de 55% da população chilena já está protegida pelas duas doses, o melhor desempenho na América Latina.

"É o primeiro artigo sólido, publicado na revista mais conceituada do mundo. Os resultados falam por si. A Coronavac tem um excelente desempenho naquilo que mais importa que é salvar vidas", diz o médico infectologista e professor da Unesp Alexandre Naime. "É um resultado sólido que contraria as fakenews dos 'antivaciners' mostrando que toda vacina conta e impulsiona a necessidade de reforçar a vacinação."

No Brasil, a Coronavac é produzida no Instituto Butantan. Apesar de ter sido primeira vacina a ser utilizada na campanha de imunização e a mais usada até abril, ela é constantemente alvo de críticas. "É provavelmente a vacina que mais salvou vidas, milhares, no Brasil. Ela vai ficar para sempre na história", afirma Naime.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), defendeu, neste domingo (4), a eficácia da vacina Coronavac no combate à Covid-19, em postagem em uma rede social. Em resposta a um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro afirma que a vacina "não deu certo", Paes escreveu que sua mãe sobreviveu à Covid por ter sido imunizada com as duas doses da Coronavac e que o ataque do presidente à vacina se tratava de "desinformação". O prefeito ainda agradeceu ao Instituto Butantan, que produz a Coronavac, e ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

O pai do prefeito, o advogado Valmar Souza Paes, morreu no último dia 25, aos 78 anos, vítima de complicações da Covid-19. Ele chegou a ser vacinado contra a doença em 5 de março, mas apenas com a primeira dose. A mãe do prefeito, Consuelo, também foi imunizada, em 10 de março, e em abril contraiu a doença, mas se recuperou.

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"Tomem qq (sic.) vacina. Vacina boa é a q vai no braço! Diante de desinformação me sinto obrigado a dar meu depoimento pessoal: minha mãe tomou as duas doses da coronavac e passou ilesa pela covid. Meu pai só tinha tomado a primeira de outra vacina. Obrigado @butantanoficial e @jdoriajr", postou Eduardo Paes, ao republicar uma crítica ao vídeo em que o presidente da República desqualifica a Coronavac.

Em outra postagem, Paes criticou mais uma vez as pessoas que adiam a imunização na tentativa de escolher qual vacina tomar. Segundo ele, as unidades de saúde acabam ficando cheias nos dias de repescagem porque alguns moradores desistem de se vacinar no dia certo com a vacina disponível na ocasião.

A Prefeitura do Rio vacinará nesta semana os habitantes de 42 a 40 anos de idade, de forma escalonada. Na semana seguinte, está prevista a imunização contra a Covid-19 de pessoas entre 39 e 37 anos.

Até a tarde deste sábado, 3.142.138 de pessoas já tinham recebido a primeira dose da vacina no município do Rio de Janeiro, e 1.016.246 tomaram a segunda dose. Outras 50.292 pessoas tomaram a vacina de dose única. No total, foram aplicadas 4.208.676 doses de vacina contra a Covid-19 na capital fluminense, informou a prefeitura do Rio de Janeiro. Na população adulta, acima de 18 anos, 60,5% já receberam a primeira dose ou dose única e 20,2% já tinham completado a imunização.

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, anunciou neste sábado que não houve recebimento nem aplicação de doses de vacina vencidas no município. A informação, divulgada em sua conta em uma rede social, declarava que a Secretaria Municipal de Saúde fez a rechecagem de 756 casos suspeitos, mas em nenhum deles houve vacinação com doses vencidas no momento da aplicação.

"A @Saude_Rio, após realizar, desde a tarde desta sexta-feira (2), a rechecagem dos dados de todos os 756 suspeitos de terem recebido doses supostamente vencidas, reafirma que não recebeu doses vencidas e nenhuma de suas unidades aplicou doses vencidas", publicou Soranz em uma rede social.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante transmissão semanal pela internet, voltou a questionar a eficácia da Coronavac, primeira vacina contra a Covid-19 a ser aplicada no País.

Ele citou fala do diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, de que a variante Delta da covid-19 se espalha também por populações vacinadas para reforçar a descrença sobre o uso de vacinas.

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"Abre logo o jogo que tem uma vacina ai que infelizmente não deu certo. Abre logo o jogo! Eu estou aguardando aquele cara de São Paulo falar", afirmou Bolsonaro. "Infelizmente, parece que Coronavac não deu muito certo."

Em resposta, o governador de São Paulo, João Doria, apresentou, em sua conta no Twitter, dados do estudo realizado no município de Serrana, no interior do estado, que comprovam o potencial do imunizante de reduzir mortes e número de casos da doença.

Doria citou a queda de 86% nas internações, de 81% nos casos sintomáticos e de 95% nas mortes. Em seguida, ironizou Bolsonaro: "Viva a eficácia da Coronavac. Bora virar jacaré!"

Uma veterinária, identificada como Jussara Sonner, compartilhou em suas redes sociais que, mesmo após tomar as duas doses da CoronaVac em março deste ano, conseguiu 'furar a fila' e ser imunizada com a dose única da Janssen.

Jussara, que chegou a chamar a CoronaVac de 'Vachina', disse que não se sentia protegida com o imunizante da China. "Esperei o tempo necessário, três meses, e hoje consegui tomar a da Janssen. Agora me sinto mais protegida, é dose única e estou liberada para viajar para onde eu quiser", afirmou a mulher.

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Segundo os comprovantes de vacinação compartilhados pela Jussara, a imunização com a Janssen aconteceu no dia 30 de junho. "Fui em um bairro meio que de favela em Guarulhos, onde não havia computadores para verificação online. Uma sorte! Anotaram meus dados numa folha timbrada. Quando cair no sistema será tarde demais", assumiu a veterinária.

O caso foi denunciado ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) por meio do portal "Fura-fila da vacina", que encaminhou a denúncia para a Promotoria de Justiça do Estado. A Prefeitura de Guarulhos, São Paulo, também irá investigar internamente.

Na última terça-feira (29), chegou ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, um lote com 1 milhão de doses da vacina contra a Covid-19, a CoronaVac. Assim, o imunizante que foi produzido na China será entregue ao Ministério da Saúde, em virtude do Programa Nacional de Imunização (PNI). A aplicação da CoronaVac passou por um processo de pausa entre abril e junho deste ano, por conta da falta de insumos para sua produção, e agora volta a integrar as vacinas à disposição da população.

De acordo com o Governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB), as vacinas já estão prontas para uso, e serão aplicadas nos brasileiros já nesta quinta-feira (1°). Com isso, o plano de imunização acelera seu processo, já que a produção das vacinas em São Paulo envolve diversos processos e um controle de qualidade antes do fornecimento das vacinas ao Ministério da Saúde. Com esse lote, o Butantan atinge um número superior a 52 milhões de vacinas disponibilizadas ao governo federal.

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No mês passado, foi feito um estudo na Indonésia sobre o percentual de eficácia do imunizante contra o novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde do local, foi detectado que a vacina reduz em 98% o risco de mortes, 96% o risco de hospitalizações, e 94% a queda na probabilidade de desenvolver um caso leve. Apesar dos números elevados de eficácia, a pesquisa feita pelo Instituto Butantan na fase 3 dos ensaios clínicos apontou 50,4% de eficácia global.

Todo o estado de São Paulo continua no processo de vacinação e, até o momento, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das Secretarias Estaduais de Saúde, cerca de 40% da população paulista já recebeu a primeira dose do imunizante e 13% receberam a segunda dose. Em contrapartida, desde o início da pandemia, o número de infectados já passa dos 3,7 milhões e o acumulado de mortes pela Covid-19 no território paulista, beira 127 mil.

 

Estudo divulgado nesta segunda-feira, 28, na revista científica The Lancet, uma das mais importantes do mundo, indica que a vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, é segura e capaz de gerar resposta imune em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Os resultados foram obtidos por meio de ensaios clínicos de Fase 1 e 2 com 552 participantes entre outubro e dezembro de 2020, na província de Hebei, China.

Segundo o estudo, a taxa de soroconversão de anticorpos neutralizantes, que indica a produção de anticorpos contra o antígeno do coronavírus, em crianças e adolescentes, foi superior a 96% após 28 dias da vacinação com duas doses do imunizante.

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Em relação à segurança da vacina, as reações adversas observadas foram de leves a moderadas. Apenas 1% dos voluntários apresentaram reação adversa de nível maior e, na maior parte dos casos, foram relatadas dor no local da aplicação (13%) e febre (5%).

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Sinovac Biotech, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Hebei, Institutos Nacionais de Controle de Alimentos e Medicamentos de Pequim, Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Zanhuang e o Beijing Key Tech Statistics Technology.

Butantan submete dados à Anvisa

De acordo com o Instituto Butantan, os dados relativos ao estudo de Fases 1 e 2 da Coronavac em crianças e adolescentes já foram encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A adoção do imunizante no Plano Nacional de Imunizações (PNI) cabe agora à agência e ao Ministério da Saúde.

Até agora, segundo a Anvisa, a Pfizer é a única vacina dentre as disponíveis no País que já tem autorização para ser usada entre 12 e 17 anos. O Rio foi a primeira capital a anunciar calendário para a vacinação desse grupo: a previsão atual é de imunização em setembro.

Pernambuco recebeu, na manhã desta quinta-feira (24), as primeiras doses da vacina Janssen. O primeiro lote tem 62.250 unidades, que serão aplicadas em doses únicas. 

Na mesma remessa, também chegaram mais 117.800 vacinas da Coronavac/Butantan, que devem ser direcionadas para primeira e segunda doses. Os novos insumos já foram entregues ao Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), que iniciou o procedimento de envio às Gerências Regionais de Saúde (Geres).

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As doses da Coronavac serão destinadas à imunização de guardas municipais, trabalhadores do transporte coletivo e população privada de liberdade. Os municípios poderão dar seguimento à campanha em outros grupos ou por faixa etária.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, fez um alerta de que o município que usar todo o quantitativo da Coronavac apenas como primeira dose irá gerar um déficit mais à frente. "Precisamos evitar que essa situação se repita. Os gestores devem manter uma organização e controle rígido de seus estoques para que a população possa completar seus esquemas vacinais", disse.

Já as doses da vacina da Janssen, segundo o que foi acordado com os gestores municipais na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), serão destinadas ao Recife, na Região Metropolitana, além de Caruaru e Garanhuns, no Agreste, e Arcoverde, Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, no Sertão. O imunizante será distribuído da seguinte forma: Recife (31.125 doses), Caruaru (16.230 doses), Garanhuns (6.175), Arcoverde (3.555 doses), Afogados da Ingazeira (1.800 doses) e Serra Talhada (3.365 doses).

Segundo a superintendente de Imunizações da Secretaria de Saúde, Ana Catarina de Melo,  Pernambuco está recebendo metade do quantitativo da Janssen que havia sido pactuado inicialmente com o Ministério da Saúde. "Logo que cheguem mais doses enviadas pelo governo federal, iremos completar e finalizar a entrega das vacinas da Janssen, conforme pactuado inicialmente com esses seis municípios", explicou. Como as doses da Janssen estão indo para essas seis maiores cidades, a superintendente explicou que todos os demais municípios do Estado serão recompensados com mais unidades da Pfizer para darem continuidade aos seus programas de imunização.

Com a nova remessa, Pernambuco totaliza mais de 5 milhões de doses recebidas. Foram, ao todo, 5.172.510 doses, sendo 2.141.960 da Coronavac/Butantan; 2.630.170 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz; 338.130 da Pfizer/BioNTech; e 62.250 da Janssen.

Com informações da assessoria.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que não há nenhum tipo de mudança de estratégia do Ministério da Saúde para a vacina CoronaVac.

Em reunião da Comissão Temporária da Covid-19 nesta segunda-feira (21), Queiroga disse que todos os imunizantes estão sendo analisados e destacou inovações tecnológicas para utilização das vacinas.

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*Da Agência Senado

 

Neste sábado (19), 2.300 pessoas foram vacinadas em um mutirão realizado em Vitória de Santo Antão, na Mata Norte de Pernambuco, para vacinar as pessoas que ainda não tinham recebido a segunda dose da Coronavac. A ação, organizada pela Secretaria de Saúde e Bem-Estar do município, ocorreu depois de o Governo de Pernambuco ter distribuído as doses da vacina para várias cidades do Estado que tiveram a vacinação com a Coronavac suspensa devido à falta de insumos para produção da vacina do Butantan.

Para Vitória, foram destinadas 3.190 doses e, segundo a prefeitura, todas as pessoas que procuraram a vacinação conseguiram ser atendidas. O secretário de Saúde e Bem-Estar, Eudes Lorena, atribui o sucesso do mutirão a organização estrutural e humana: “Queremos agradecer a todos que colaboram com esse momento, desde a população que compareceu para se vacinar a toda equipe, composta por mais de 100 pessoas e que esteve a todo o momento empenhada para atender a todos.”

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Para o mutirão no município, foram estruturadas três polos de vacinação, sendo eles o Colégio Pedro Ribeiro, na Matriz, a Escola Comercial, no Maués, e o Colégio Caic, em Água Branca. Maria Dolores, 68 anos, foi uma das vitorienses que compareceu para receber a segunda dose e elogiou o atendimento. “Estava tudo muito organizado e a equipe nos acolheu muito bem”, conta.

Quem não pôde compareceu neste sábado, ainda poderá se vacinar. De acordo com a prefeitura, a vacinação com a Coronavac estará sendo realizada no Colégio 03 de Agosto, no Livramento, ou no Pátio de Eventos Otoni Rodrigues, no Centro. Já os acamados serão vacinados pelas próprias unidades de saúde.

*Da assessoria de imprensa

Com a chegada de mais 65 mil doses da vacina contra a Covid-19 da Coronavac/Butantan na manhã desta sexta-feira (18), Pernambuco espera zerar, nos próximos dias, o número de pessoas que aguardam pela segunda dose desse imunizante. Para isso, ficou acordado entre a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (Cosems-PE) que os 73 municípios que receberam essa nova remessa, além daqueles que ainda contabilizam pessoas a vacinar com a Coronavac, farão mobilizações ao longo deste final de semana para imunizar o público em atraso. A orientação é também convocar os que ainda não foram tomar a segunda dose da Astrazeneca/Fiocruz no tempo preconizado de três meses após a primeira aplicação.

Além da chegada da Coronavac/Butantan, Pernambuco recebeu, na madrugada desta sexta, 97.110 doses da Pfizer. As vacinas serão destinadas às pessoas com comorbidades e deficiência, podendo ser expandidas aos demais grupos prioritários e à população em geral por faixa etária, de acordo com o andamento da campanha e realidade de cada município. No total, a campanha de vacinação em Pernambuco ganhou o reforço de 162.110 doses que, somadas às entregas anteriores, totalizam mais de 4,6 milhões de vacinas disponibilizadas para proteção dos pernambucanos.

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“O Programa Estadual de Imunização recebeu as novas doses e já está acionou o esquema logístico para levar o insumo a todas as regiões do Estado, como vem sendo feito desde o início da campanha. Toda a nossa equipe tem expertise e sabe fazer campanha de vacinação. E não tenho dúvidas de que essa experiência terá um importante reflexo nas atividades que serão desenvolvidas ao longo deste sábado e domingo”, afirmou o governador Paulo Câmara.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, André Longo, o objetivo é que a vacina chegue o mais rápido possível ao gestor municipal e, consequentemente, ao braço da população. “Nessa remessa, temos um desejo a mais de dar celeridade ao processo para que todos aqueles que estão com a segunda dose da Coronavac em atraso possam finalizar o esquema vacinal, de preferência ainda neste final de semana. Contamos com o empenho de todas as cidades para que sejam realizadas mobilizações para isso”, observou Longo.

O secretário convocou a população a aderir às ações, verificando nos canais oficiais do seu município a data, horário, local e outros detalhes de como será a mobilização. “A vacina salva vidas e tem reduzido as internações e óbitos em Pernambuco. Mas, para garantir essa proteção, é essencial completar o esquema vacinal com as duas doses. Por isso, aproveite o grande esforço concentrado deste final de semana para garantir a sua proteção. Não deixe de tomar a segunda dose. As vacinas são seguras, eficazes e salvam vidas”, reforçou.

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, em 18 de janeiro, Pernambuco recebeu 4.682.210 doses de vacinas. Desse total, 2.319.920 são da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 2.024.160 da Coronavac/Butantan e outras 338.130 doses são da Pfizer//BioNTech.

Da assessoria

 Durante coletiva de imprensa realizada pelo governo de Pernambuco nesta quinta-feira (17), o secretário Estadual de Saúde, André Longo, informou que o estado vai vacinar todas as pessoas que estão com a segunda dose de Coronavac atrasada, durante mutirão neste fim de semana. A ação será possível graças a uma nova remessa com mais de 162 mil doses de vacinas contra a Covid-19 que deve chegar ao estado até a próxima sexta. O lote inclui 97 mil doses da Pfizer e 65 mil da Coronavac.

Segundo Longo, o recebimento das vacinas zera o déficit de segunda dose da Coronavac em Pernambuco. A população deve ficar atenta para a orientação de cada município, especialmente daqueles que registraram atraso na aplicação da segunda dose das vacinas.

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“Já discutimos isso com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde. A ideia é fazer, neste final de semana, uma grande mobilização para vacinar o máximo de pessoas que tenham a segunda dose atrasada, especialmente Coronavac. Os municípios estão se comprometendo também a vacinar outras doses, especialmente as da Astrazeneca que estejam, por ventura, atrasadas”, explicou o secretário.

 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), realizou nesta segunda-feira (14) a entrega de mais um milhão de doses da vacina da Coronavac ao Ministério da Saúde. Segundo ele, o novo lote totaliza 49 milhões de doses já enviadas à pasta. Com os novos imunizantes, o governador reforçou o compromisso de que, até 30 de setembro, o Instituto Butantan e o governo de São Paulo irão entregar 100 milhões de imunizantes para o Ministério.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula, detalhou que a nova entrega tem como prioridade a vacinação das gestantes. Conforme anúncio, serão repassadas 226 mil doses para o grupo no Estado de São Paulo. Regiane pontuou que parte do novo lote também será direcionada para a segunda dose de outros públicos. "Estamos trabalhando fortemente. Chegando as vacinas, estaremos trabalhando também com D1 (dose 1) para mais públicos alvos que vamos abrir", afirmou Regiane.

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Durante a coletiva após a entrega dos imunizantes, o governador paulista também fez novas críticas ao governo Bolsonaro. Doria disse que falta ao presidente "se empenhar mais no trabalho e menos no lazer", numa crítica à agenda de Jair Bolsonaro. No sábado, dia 12, o presidente participou de um ato com motociclistas na capital paulista, e, no domingo (13) divulgou nas suas redes sociais que estava acompanhando a estreia do Brasil na Copa América.

"A diferença é essa. Aqui nós trabalhamos, enquanto o governo federal procura fazer diversão com motocicleta, jet ski, futebol, aqui nós nos dedicamos ao trabalho", disse o governador paulista.

Sobre o avanço do plano de imunização no Estado, anunciado no domingo, Doria afirmou que o adiantamento se deve ao planejamento realizados pelo Plana Estadual de Imunização do Estado. "Planejamos bem", pontuou, atribuindo a aceleração da vacinação no Estado ao "aproveitamento pleno das doses da vacina, disponibilidade de vacinas, disponibilidade de seringas corretas, agulhas, e um sistema operante com profissionais da linha de frente, especialmente as enfermeiras e enfermeiros".

Neste domingo, o governador anunciou o novo calendário de vacinação do Estado. De acordo com o tucano, toda a população paulista acima dos 18 anos receberá a primeira dose da vacina contra covid-19 até setembro deste ano.

Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira, o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco contrariou a versão dada pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, sobre as negociações entre o governo e instituto para a compra da Coronavac. Franco disse à CPI que não recebeu ordem para interromper as tratativas, e que elas teriam continuado mesmo após o presidente Jair Bolsonaro declarar publicamente que a vacina não seria incorporada ao Plano Nacional de Imunização (PNI).

"Não recebi ordem para interromper e as tratativas continuaram", disse Franco. No entanto, Dimas Covas afirmou à CPI que, em outubro, após o Ministério da Saúde anunciar que o imunizante seria comprado e, em seguida, o presidente dar a declaração, as negociações com o governo foram paralisadas. Logo depois da fala de Bolsonaro, Elcio Franco chegou a declarar que não havia intenção do ministério de comprar a vacina chinesa, uma referência à Coronavac.

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"Não entendi como ordem ao ministério", disse Franco ao ser confrontado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), que o questionou sobre a versão dada por Dimas Covas à CPI. "Acredito que foi uma percepção de Dimas Covas", respondeu o ex-secretário, que disse ainda que o Butantan não concluiu a entrega de documentos em dezembro e só o fez em janeiro deste ano. "Contrato para 46 milhões de doses não poderia ser assinado 24 horas depois de Medida Provisória", disse Franco para argumentar que as tratativas com o Butantan não teriam sido interrompidas, com a contratação finalizada em janeiro deste ano.

"Não há nenhum documento que eu tenha conhecimento de intenção de não prosseguir (com a Coronavac), a carta de intenção de 19 de outubro continuou vigente", disse Franco. Covas também disse à CPI que nenhum documento formalizou a paralisação das tratativas, mas que, na prática, as conversas com o ministério foram travadas após a declaração de Bolsonaro.

Franco também tentou justificar a diferença de tratamentos da pasta dispensados à vacina produzida pela Fiocruz/Astrazeneca e ao imunizante do Instituto Butantan. Segundo ele, a Coronavac não poderia ser contratada antes de uma alteração legal, que foi efetivada por uma Medida Provisória editada apenas em janeiro de 2021.

"Informamos em diversas reuniões que não poderíamos utilizar a mesma ferramenta da Astrazeneca, porque neste caso era uma encomenda tecnológica, e no caso do Butantan era vacina de vírus inativado. Então não caberia a encomenda tecnológica para a vacina que o Butantan desenvolveu", disse ele.

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