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Com os desdobramentos da Operação Dark Room – que prendeu acusados de utilizar o aplicativo Discord para a prática de crimes relacionados a violência sexual e psicológica, como estupro e estímulo à automutilação e ao suicídio –, a questão da segurança de crianças e adolescente na internet voltou a ganhar destaque.

Segundo a psicóloga e diretora da Organização não Governamental (ONG) Safernet, Juliana Cunha, é um grande desafio para as famílias mediar a relação dos filhos com a tecnologia. Ela pondera que alguns pais preferem ter mais controle com algum programa que monitore a navegação dos filhos pela internet. “As próprias redes sociais oferecem ferramentas de controle parental”, lembra.

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“Outros pais adotam a abordagem de dar mais autonomia e liberdade para os filhos para construir confiança. Esses pais adotam o diálogo o que também é importante. Mas não adianta a gente usar as ferramentas de controle e não ter o diálogo, e também deixar só no diálogo e não ter algum tipo de acompanhamento dos filhos na internet”, diz Juliana.

Para a psicóloga, o diálogo é fundamental para preparar as crianças a responder aos riscos. “As famílias também precisam conversar sobre sexualidade. É importante entender que a adolescência é o momento de florescimento da sexualidade. Os pais precisam lidar com isso e muitas vezes não estão preparados para ver os filhos crescerem. É um grande obstáculo os filhos terem medo de conversar com os pais por temerem ser punidos com a retirada do celular”.

A diretora da Safernet destaca que a escola pode ser uma importante aliada para as famílias que ficam perdidas nesse trabalho de mediação parental dos filhos com a internet e pode ser esse espaço de conscientizar as famílias para os problemas.

O delegado responsável pela Operação Dark Room no Rio, Luiz Henrique Marques, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima, ressalta que os pais precisam observar eventual mudança de comportamento, porque os filhos podem ser vítimas mas também abusadores.

“O quarto do seu filho é um ambiente com portas abertas para o mundo. Dali, com a internet, você tem acesso a tudo de bom que a internet trouxe, mas a tudo de ruim que também se apresenta ali. A investigação mostrou que os menores de idade não podem ter acesso livre à internet, têm que ser monitorados. Também é preciso conversar muito com seus filhos”, diz o delegado.

Ele destaca que, na Operação Dark Room, abusadores e vítimas têm 15 e 16 anos e que a maioria dos pais não sabia que seu filho era abusador ou vítima.

Após um mês do lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada pelo governo federal, todos os estados e 83% dos municípios aderiram ao programa.

Todas as capitais, exceto Boa Vista, já participam do programa. Nos municípios dos estados do Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Piauí e no Distrito Federal, a adesão é total. Em seguida estão Pernambuco, com 99%; Paraná, com 98%; e Mato Grosso, com 97% de adesão.

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De acordo com Decreto 11.556/2023, a alfabetização na idade certa ocorre no fim do segundo ano do ensino fundamental.

O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada prevê políticas integradas divididas nos eixos estruturantes governança da política de alfabetização; formação de profissionais da educação; aprimoramento das práticas pedagógicas e de gestão escolar; melhoria e qualificação da infraestrutura física e insumos pedagógicos; sistemas de avaliação; e reconhecimento e compartilhamento de boas práticas.

O Ministério da Educação vai investir R$ 3 bilhões na nova política de alfabetização na idade certa, sendo que, este ano, o investimento será de R$ 1 bilhão e mais R$ 2 bilhões durante os próximos três anos. O objetivo é custear ações concretas dos estados e municípios para a promoção da alfabetização de todas as crianças do país.

A vinculação ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada por municípios e estados é voluntária.

A adesão eletrônica deve ser realizada pelo titular da Secretaria de Educação do ente federativo ou de seu representante, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec) com login (CPF) e senha ou acesso à conta do portal Gov.BR.

Responsabilidades

Após a adesão ao programa, cada estado, em colaboração com os municípios, deverá elaborar a política territorial capaz de atender as especificidades locais. À União, caberá apoiar técnica e financeiramente os entes federados, na medida das suas necessidades.

E é responsabilidade de cada ente federado promover a melhoria da qualidade do processo e dos resultados da alfabetização. Municípios e estados devem reduzir, em suas localidades, as desigualdades de aprendizagem entre estudantes.

O apoio da União será direcionado a partir da proporção de crianças não alfabetizadas; das características socioeconômicas, étnico-raciais e de gênero; e da presença de crianças que compõem o público-alvo da educação.

Após quase três meses do incêndio que deixou quatro pessoas mortas — sendo três crianças e uma cuidadora – no Lar Paulo de Tarso, bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife, a solidariedade somou forças para que um importante passo fosse dado. Nessa segunda-feira (10), começaram as obras de restauração do local que abriga crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Juntamente com a prefeitura do Recife, entidades sem fins lucrativos, instituições privadas e profissionais se uniram de forma voluntária, e traçaram um novo ambiente que possibilitará mais conforto e segurança.

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Doações

De acordo com a voluntária Sílvia Meneses, toda a ajuda é muito bem-vinda. No entanto, ainda falta material de construção para a reforma. Quem quiser ajudar a ampliar essa rede de solidariedade, basta entrar em contato pelo Instagram @iclarpaulodetarso ou doar pela chave pix CNPJ: 35.618.933/0001-21(Instituição de Caridade Lar Paulo de Tarso).

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O Corpo de Bombeiros encontrou, na noite desta sexta-feira (7), o corpo de um adolescente de 16 anos e de duas crianças, sendo uma menina de 5 anos e um menino de 8, nos escombros do desabamento de parte de um prédio do Conjunto Beira-Mar, no bairro do Janga, município de Paulista, ocorrido ainda pela manhã. 

No momento, o número de vítimas fatais ultrapassa ao do desabamento de um edifício no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda, ocorrido em abril desse ano. 

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Leia mais: Vídeo mostra momento em que prédio desaba em Paulista 

Vistorias da Defesa Civil 

Em coletiva no local do acidente, a secretária executiva de Defesa Civil do município de Paulista, Cíntia Silva, informou que as vistorias em prédios caixão (construção de baixa estatura, e com pouca estrutura de sustentação), vêm sendo realizadas desde maio desse ano. No entanto, os blocos do Conjunto Beira-Mar não haviam sido avaliados pelo órgão, já que ele havia sido condenado ainda em 2010. 

“A estrutura física completamente decadente, um prédio com mais de 30 anos de construído e sem nenhum tipo de reparo. Foi feito uma interdição em 2010, depois uma atualização em 2018, as famílias saíram, foram atendidas pela seguradora, só que às vezes a gente chegava nos prédios, a vigilância não tinha autorização para a gente entrar, então tinha toda uma burocracia para a gente poder fazer a vistoria”, informou a secretária. 

Silva afirmou que, na última quinta-feira (6), a seguradora responsável pelo prédio, a SulAmérica, havia realizado uma vistoria no imóvel. Ela declarou ainda que, com a condenação da estrutura de todo o prédio, ele deverá ser completamente demolido, após o resgate de todas as vítimas. “Enquanto a gente encontrar todas as vítimas, se amanhã a gente tiver condições, a gente faz uma vistoria geral pra analisar, mas possivelmente ele tá todo com a estrutura comprometida”, informou. 

A secretária também disse que a prefeitura se mobilizou para dar assistência aos sobreviventes. “A gente está com uma equipe de assistentes sociais e psicólogos, a gente atendeu o pessoal na igreja, aqui na outra rua, para fazer o cadastro e a triagem. Existem duas escolas que têm estrutura pra receber as famílias, mas a maioria das famílias está desalojada. Isso quer dizer, estão em casas de parentes”, declarou. A prefeitura da cidade disponibiliza os espaços das Escolas Paulo Freire e Edson Gomes. 

 

Na Região Metropolitana do Recife (RMR), desde janeiro deste ano, cinco crianças foram vítimas de disparos de arma de fogo, de acordo com o mapeamento do Instituto Fogo Cruzado. Entre as baleadas, três ficaram feridas e duas foram mortas, o caso mais recente tendo acontecido na última quarta-feira (5), em Igarassu, no Litoral Norte do estado. As vítimas têm idades entre um e oito anos e são, em maioria, meninas. Há dois casos de violência em bares e três na residência das crianças. 

Nessa quinta-feira (5), crianças de oito e nove anos foram baleadas em Bela Vista, bairro de Igarassu. As irmãs jantavam com a mãe e teriam visto um homem armado chamar pelo vizinho antes de serem atingidas pelos tiros. A mais nova, de oito anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. 

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Em 2022, entre 1 de janeiro e 6 de julho, houve sete crianças baleadas: três delas morreram e quatro ficaram feridas. Há exatamente um ano, também em Igarassu, uma criança de nove anos morreu por disparo acidental, enquanto brincava, junto à irmã, com uma arma de fogo. 

Veja os casos deste ano 

22 de janeiro de 2023 - Vítima não identificada, sete anos - Ferida por bala perdida no Jardim Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, quando um grupo de jovens que estava bebendo em um bar foi surpreendido por homens armados que começaram a atirar. 

1 de abril de 2023 - Vítima não identificada, sete anos - Ferida por bala perdida durante briga em bar no Vale das Pedreiras, em Camaragibe.  

2 de junho de 2023 - Adriele Lavine Barros de França Nogueira, um ano - Morta a tiros quando quatro homens vestidos com camisas da "Polícia Civil de Pernambuco" passaram atirando contra outro homem.  

5 de julho de 2023 - Maria Vitória Rodrigues Dantas, oito anos - Morta a tiros após homem armado chamar por vizinho em Bela Vista, Igarassu. 

5 de julho de 2023 - Maria Eduarda Pereira da Silva, nove anos - Ferida por tiros após homem armado chamar por vizinho em Bela Vista, Igarassu. 

 

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6), duas operações para combater o abuso sexual de crianças e adolescentes. Dois homens foram presos em flagrante por armazenar vídeos e fotos de abusos sexuais A Operação IBEJI X ocorreu na cidade do Rio de Janeiro e a Operação Arcanjo XIV em Niterói.  

No Rio de Janeiro, a ação foi executada no âmbito da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC). Os policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão no bairro de Marechal Hermes, na zona norte. O alvo da operação, um homem de 46 anos, foi preso em flagrante por armazenar imagens com conteúdo pedopornográfico.  

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De acordo com as investigações - iniciadas com a captação de dados e vestígios na internet -, o suspeito teria compartilhado na internet vídeos e fotos envolvendo crianças ou adolescentes. O preso foi conduzido à Superintendência da PF no Rio de Janeiro. A pena prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é de quatro anos de prisão.  

Em Niterói, os policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão. O inquérito policial foi instaurado a partir de investigações realizadas pelo Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos (GRCC), da Delegacia de Polícia Federal em Niterói, e resultou na identificação do usuário, que vendia e compartilhava arquivos de imagens e vídeos de cunho pornográfico envolvendo crianças. 

Segundo a PF, durante cumprimento do mandado, foram localizados vídeos e imagens com conteúdo de abuso infantil, resultando na prisão em flagrante do investigado, pelo crime de armazenamento de material contendo abuso. O investigado pode pegar até 18 anos de prisão.  

A ação faz parte de uma série de operações desenvolvidas pelo GRCC, da Delegacia de Polícia Federal em Niterói.  

Os nomes das operações remetem a entidades consideradas por religiões protetoras das crianças - Miguel Arcanjo e Ibeji. 

Pernambuco é um dos estados brasileiros com a maior escalada de internações pediátricas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o país. Nos primeiros seis meses deste ano, foram 39 óbitos em crianças com idade até cinco anos. Para a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade-PE), o governo de Raquel Lyra (PSDB) é “diretamente responsável” pelo número, já que o aumento dos casos foi previsto por especialistas da saúde e pela imprensa. 

De fato, o crescimento no índice de SRAG foi estimado por autoridades sanitárias locais e nacionais, tanto considerando viroses, Covid-19, dengue, como outras doenças de comprometimento respiratório. 

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“50 crianças morreram de síndrome respiratória aguda grave em Pernambuco no primeiro semestre. Uma tragédia anunciada pela imprensa, oposição e até mesmo pela própria Secretaria de Saúde do Estado. O descaso do governo Raquel Lyra é diretamente responsável por esse número. Com planejamento, pois sabiam o que estava por vir, o correto seria aumentar o número de leitos, contratar mais médicos, investir em prevenção e pedir ajuda federal antes que o caos se instalasse. Nada foi feito. Quantas dessas crianças poderiam estar vivas com suas famílias?”, questionou Arraes. 

Não fica claro quais grupos estão inclusos nas 50 mortes citadas por Marília. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), de janeiro a junho de 2023, foram 1.785 casos de SRAG, por causas diversas, em crianças de até cinco anos. Destes, 39 evoluíram para óbito. Os dados foram contados até a semana epidemiológica 24, que terminou em 17 de junho. 

“Esse é o retrato de uma governadora que não conhece a realidade de Pernambuco e que foi eleita pela comoção do povo com sua dor. Mas que não se comove com a dor e o sofrimento do povo do nosso Estado. Raquel Lyra está deixando o futuro de Pernambuco morrer. Não consigo sequer imaginar a dor da perda de um filho ou filha. O mero pensamento é devastador. Toda minha solidariedade às mães, pais e famílias dessas crianças”, completou a opositora sobre as ocorrências em saúde. Confira a mensagem completa abaixo: 

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A Associação Mensa Brasil, representante brasileira da global Mensa Internacional, a entidade voltada para o alto Quociente de Inteligência (QI) do mundo, divulgou uma nova pesquisa que mostra que o Brasil ultrapassou a marca de 500 crianças e adolescentes super inteligentes identificados.

Dados da organização mostram que os 534 jovens identificados estão, em sua maioria, em São Paulo, com 199 superinteligentes. O Rio de Janeiro fica em segundo lugar com 64 crianças e adolescentes, enquanto Minas Gerais fica em terceiro com 59.

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A região Norte possui 14 menores de idade com altas capacidades intelectuais, o Centro-Oeste possui 43 e o Nordeste tem 47. Já o Sul possui 90. O Sudeste lidera o ranking com o total de 337 jovens superinteligentes identificados.

No total de identificados de todas as idades, o Brasil já possui mais de 2,6 mil pessoas com alto QI. Um dos mais novos identificados pela Mensa Brasil tem apenas 3 anos de idade. Uma pessoa pode ser associada da organização após realizar laudos de  testes de inteligência, feitos por profissionais credenciados.

“Temos uma das maiores populações do planeta. Cerca de 2% dos habitantes do Brasil podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da Mensa Brasil.

Alguns sinais de QI alto nas crianças e adolescentes são, segundo a Mensa Brasil:

- Raciocínio rápido para resolver problemas.

- Boa memória de longo prazo; capta as informações e as recupera com facilidade quando necessário.

- Boa memória operacional; capta e processa diferentes tipos de informações ao mesmo tempo.

- Capacidade de diferenciar sons e visualizar detalhes em imagens com muita facilidade.

- Rápida curva de aprendizado; apresentando habilidades avançadas para a sua idade cronológica.

- Vocabulário avançado para a sua idade;

- Alfabetização precoce;

- Excelente desempenho em uma ou mais disciplinas em comparação a seus pares;

- Grande interesse por um assunto e especial dedicação a ele;

- Alto grau de curiosidade;

- Criatividade;

- Habilidade para adaptar ou modificar ideias;

- Facilidade em fazer observações perspicazes;

- Persistência ao buscar um objetivo;

- Comportamento que requer pouca orientação do professor;

- Liderança e autoconfiança.

Cerca de 25% das crianças de todo o mundo provavelmente viverão na miséria este ano por causa da invasão russa da Ucrânia, que fez os preços dos alimentos e da energia dispararem, advertiu a ONG KidsRights nesta segunda-feira (26).

Feita com base em números de agências da ONU, a classificação KidsRights também mostra que as crianças estão ameaçadas pela mudança climática e pelo impacto sanitário da pandemia da Covid-19.

"Tudo isso equivale a uma 'policrise' de extrema gravidade, já que as tensões mundiais continuam destruindo os direitos e os meios de subsistência das crianças", disse a ONG KidsRights, com sede na Holanda.

Suécia, Finlândia e Islândia são os países mais bem classificados na lista, de 193 Estados.

Chade, Sudão do Sul e Afeganistão são, segundo a ONG, os piores países para crianças.

A invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, foi incluída em uma lista de crises que afetam os direitos das crianças, explicou a organização.

“Uma em cada quatro crianças deve estar vivendo abaixo da linha da pobreza este ano, em consequência da guerra na Ucrânia, que provocou uma explosão nos preços da energia e dos alimentos em todo o mundo”, afirma a KidsRight em seu relatório.

Os 7,5 milhões de menores ucranianos foram "afetados pela guerra de forma desproporcional", e um número significativo deles teve de se deslocar, relata o documento.

A inflação pós-pandemia e um enfraquecimento mundial dos sistemas de saúde devido à covid-19 também têm impacto negativo, sobretudo, nos programas de vacinação, segundo a mesma fonte.

Ao todo, 67 milhões de crianças não foram vacinadas adequadamente entre 2019 e 2021, devido a distúrbios causados pela pandemia.

A mudança climática também é um perigo, especialmente em alguns países asiáticos, onde os menores estão "particularmente expostos a fenômenos climáticos imprevistos".

Um ex-finalista do MasterChef Australia de 2009 foi condenado por 43 crimes de abuso sexual infantil contra 11 vítimas diferentes. Segundo informações do jornal The New York Post, Paul Douglas Frost foi preso após um julgamento que durou vários meses e o pedido de fiança foi recusado.

O também ex-treinador de natação foi considerado culpado por acusações de relações sexuais com uma criança entre dez e 16 anos de idade enquanto estava sob seus cuidados e várias acusações de ataques indecentes agravados, bem como aliciamento de menores de 14 anos de idade para atividade sexual ilegal. As vítimas foram todas suas alunas durante as décadas de 1990 e 2000.

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O júri do Tribunal Distrital de Downing Center, localizado em Sydney, obteve unanimidade ao considerar Paul culpado pelos crimes. Demorou cerca de dez minutos para que os inúmeros veredictos fossem anunciados e a juíza Sarah Huggett informou que ele havia sido condenado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (12) que o Estado brasileiro “falhou miseravelmente” ao longo dos últimos anos quando o assunto é a alfabetização. Durante o lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, Lula lembrou que, em 2021, mais da metade das crianças terminaram o 2º ano do ensino fundamental sem conseguir ler e escrever. “Mais de 1 milhão de crianças foram largadas à própria sorte no processo de alfabetização”.

“O atraso na alfabetização ocorre porque o Estado brasileiro falhou miseravelmente nos últimos anos. Falhou porque achou que repassar recursos para as escolas de ensino fundamental era gasto e iria comprometer o tal do equilíbrio fiscal. Falhou porque não garantiu alimentação escolar de qualidade. Falhou porque, quando a pandemia levou ao fechamento das salas de aula, o governante anterior não cobrou soluções emergenciais para a educação, preferiu o negacionismo e o discurso do ódio. O resultado não poderia ser outro”, disse o presidente.

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“Mesmo tendo uma rede de educação pública em todo o território nacional, aprimorada ao longo de décadas de experiência e de cooperação entre a União, estados e municípios, o Brasil sofreu vergonhosos retrocessos”, acrescentou.

“É uma coisa tão simples, tão fácil, tão visível pra todos nós que deveria acontecer todo ano, mas lamentavelmente, no Brasil, vivemos um período muito obscuro em que os entes federados não conversavam entre si”, concluiu Lula.

Um homem armado com uma faca espalhou o terror nesta quinta-feira (8) em um parque perto do Lago Annecy, nos Alpes franceses, ferindo cinco pessoas, incluindo quatro crianças pequenas, antes de ser preso.

"Ataque absolutamente covarde esta manhã em um parque em Annecy. Várias crianças e um adulto estão entre a vida e a morte. A nação está em choque", tuitou o presidente francês Emmanuel Macron.

O agressor, de 32 anos, era de nacionalidade síria e obteve o status de refugiado em 26 de abril de 2023, portanto estava em situação regular, segundo uma fonte policial.

O ataque ocorreu por volta das 09h45 (04h45 no horário de Brasília), quando crianças de cerca de três anos estavam nos Jardins da Europa, um parque muito popular às margens do Lago Annecy.

Segundo testemunhas ouvidas pela rede BFMTV, o homem tentou fugir do parque após o ataque e agrediu um idoso antes de ser rapidamente detido pela polícia.

"Ele queria atacar todo mundo. Eu me afastei e ele atacou um avô e uma avó e esfaqueou o avô", disse Anthony Le Tallec, ex-jogador do Saint Etienne e do Liverpool, ao jornal regional Le Dauphiné libéré.

O ex-jogador de futebol, que corria às margens do lago, descreveu uma situação de "pânico total" e garantiu que o agressor, usava "uma bandana ou turbante" que tirou na sua frente.

Quatro crianças e um adulto ficaram feridos, dos quais três - o adulto e dois menores - correm risco de morte, disse uma fonte próxima ao caso, revisando em baixa um primeiro balanço de sete feridos.

A polícia isolou os arredores do parque, confirmou um jornalista da AFP. Segundo o Le Dauphiné libéré, as vítimas foram transferidas para o hospital Annecy Genevois e as testemunhas para um prédio próximo ao local do drama.

- Minuto de silêncio -

Da esquerda à extrema direita, líderes políticos condenaram o ataque e expressaram sua solidariedade às vítimas e a seus familiares. A Assembleia Nacional fez um minuto de silêncio.

A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, e o ministro do Interior, Gérald Darmanin, viajarão para esta cidade turística nos Alpes, de cerca de 140.000 habitantes, disseram seus escritórios à AFP.

Em um contexto de tensão política sobre uma futura reforma migratória, o líder do partido de oposição de direita Os Republicanos (LR), Éric Ciotti, que defende o endurecimento do asilo, exortou nesta quinta-feira a "tirar as consequências" do atentado "sem ingenuidade, com força e lucidez".

As autoridades ainda não determinaram se foi um ataque terrorista.

A França foi alvo de uma série de ataques jihadistas traumáticos na última década, como os perpetrados contra a revista satírica Charlie Hebdo, o Stade de France e a casa de shows Bataclan em 2015, e a cidade de Nice (sudeste) em 2016 .

Mais recentemente, a decapitação de um professor em plena luz do dia perto de sua escola nos arredores de Paris em 2020 por um refugiado checheno provocou uma onda de comoção e um debate nacional sobre a influência do islamismo radical na França.

A Prefeitura do Paulista realiza, nesta quinta-feira (25), às 9h, o Seminário Proteger é Garantir Direitos: Paulista contra o Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A programação será no prédio da Uninassau, na área central do município. O prefeito Yves Ribeiro também participará do evento.

Durante as atividades haverá a palestra: Quais as Estratégias para meu Município Fazer Bonito contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes? O tema será abordado pelo advogado especialista em Direitos Humanos, mestre em Serviço Social e membro da Rede de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Eduardo Paysan Gomes.

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A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos da cidade, contará com a parceria do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (Comcap), Conselho Tutelar, além das secretarias de Saúde e de Educação.

*Da assessoria 

O Sport volta a campo na Ilha do Retiro neste domingo (28), diante do ABC, às 18h, pelo Brasileirão, novamente com público de apenas mulheres, crianças de até 12 anos e Pessoas com Deficiências (PCDs), em cumprimento a uma determinação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

E o check-in de ingressos gratuitos para a partida começa a ser feito a partir desta quarta-feira (24), na plataforma oficial do Clube, que pode ser acessada clicando aqui.

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Sócias

As primeiras 24 horas de abertura – das 12h de quarta (24) às 12h de quinta (25) – serão exclusivas para sócias titulares adimplentes e os respectivos dependentes, que podem fazer o check-in até os 15 minutos do segundo tempo, mediante disponibilidade. Todos os setores estão aptos para o associado fazer o check-in.

Sócios do Clube podem fazer o check-in e doar a reserva para mulheres, crianças dos oito aos 12 anos e Pessoas com Deficiências.

Público geral

Já o público geral pode adquirir as entradas para a partida via ingresso solidário, que será item de higiene pessoal (pacote de absorvente, shampoo, condicionador e sabonetes íntimos), em alusão ao Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, celebrado neste domingo (28). Será permitido um bilhete por mulher, criança dos oito aos 12 anos e PCDs.

A entrega do item de higiene pessoal e retirada do ingresso solidário pode ser feita na bilheteria social do Clube, nesta quinta (25), das 12h às 17h, e sexta (26) e sábado (27), das 9h às 17h, mediante disponibilidade. O público geral pode acessar a arquibancada sede e a arquibancada frontal.

Acessos

Os acessos que circundam o Estádio da Ilha do Retiro serão exclusivos para mulheres,
crianças até 12 anos de idade acompanhadas por uma responsável legal e PCDs.

Serviços

A sede social contará com serviços de alimentos e bebidas, havendo prioridade no atendimento para mulheres, crianças de até 12 anos e PCDs, além de um espaço para diversão infantil, com futmesa, pintura no rosto, a presença do mascote léo, e área kids e gamer.

Proibições

Conforme penalidade aplicada pelo STJD, não será permitido, por força da referida determinação, o acesso ao estádio de mulheres, crianças de até 12 anos e PCDs trajando roupas alusivas a qualquer torcidas organizadas.

Funcionamento da bilheteria social para troca dos ingressos solidários

Dias 25, das 12h às 17h, e 26 e 27, das 9h às 17h, mediante disponibilidade, limitado a um ingresso por mulher, PCD e criança de até 12 anos.

Do site oficial do Sport

Pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), intitulada Levantamento da Adequação de Crianças e Adolescentes Brasileiros às Diretrizes do Movimento 24 Horas Antes e Durante a Pandemia da Covid-19, mostra impacto significativo das restrições da pandemia na redução da atividade física e no aumento do tempo de tela de crianças e adolescentes brasileiros.

O estudo foi feito com 525 crianças e adolescentes até 18 anos de idade de diferentes regiões do Brasil, sendo realizado por meio de um formulário de entrevista digital que inluiu características sociodemográficas das famílias, atividade física moderada a vigorosa, tempo recreativo de tela e duração do sono antes e durante a pandemia. 

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Os pesquisadores do IFF/Fiocruz, Natália Molleri, Saint Clair Gomes Jr, Daniele Marano e Andrea Zin investigaram a adequação a estes hábitos durante a pandemia da covid-19.

“A quantidade de atividade física moderada a vigorosa, tempo de tela recreativo (televisão, celular, computador, notebook ou tablet) e a duração adequada do sono têm reconhecida importância para a saúde de crianças e adolescentes, mostrando associações positivas com o desenvolvimento motor, condicionamento físico, redução da adiposidade (excesso de gordura no organismo) e melhora no condicionamento cardiometabólico. Ainda assim, poucos estudos avaliaram a adequação a estes hábitos em países de baixa e média renda”, informou, em nota, a terapeuta ocupacional do Instituto, Natália Molleri.

Segunda a pesquisadora, as medidas de isolamento social contribuíram para a redução da atividade física. A proporção de famílias que faziam essa adequação baixou de 61,43% antes da pandemia para 38,57% durante a pandemia. Também foi menor a correta adequação do tempo de tela recreativo entre crianças e adolescentes brasileiros, que antes era feita por 67,22% das famílias e reduziu para 27,27%, na pandemia.

“Portanto, enquanto Instituto Nacional, exercemos papel essencial na educação quanto à importância da atividade física, redução do uso de telas e tempo de sono adequado de acordo com a faixa etária”, explicou Natália.

Uma das pesquisadoras responsáveis pelo levantamento, Andrea Zin, disse que as crianças já estavam dormindo menos, se exercitando menos e estavam muito tempo em frente à tela antes da pandemia. Segundo ela, com as aulas remotas, aumentou muito o tempo de tela à frente do computador e do celular e cresceu o sedentarismo decorrente do confinamento. “A pergunta é: até que ponto a gente conseguiu voltar à normalidade dessas atividades?”. 

Vila Olímpica da Gamboa

A Vila Olímpica da Gamboa, na região central do Rio, vinculada à Secretaria Municipal de Esportes, atende a cerca de 800 crianças e adolescentes a partir de 2 anos com aulas de natação, skate, judô, futebol, futsal, basquete e balé. 

O coordenador técnico da vila olímpica e professor de educação física, Luciano Machado Barros, observou que, na volta às atividades após o período do isolamento social da pandemia, muitas crianças estavam com sobrepeso e com dificuldades de interação social. 

“Elas estavam com nível de paciência menor, com dificuldade de lidar com os coleguinhas e com o professor. O esporte, além de trazer benefícios motores e de prevenção a doenças, engloba as questões sociais, porque envolve convívio social e melhora da autoestima”, disse.

A Rede de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes em Pernambuco e o Grupo Curumim participam nesta quinta-feira, (18), às 14h, da audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre o tema. O encontro o marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual infantojuvenil, vivenciado neste 18 de março. 

Neste ano, a data marca os 50 anos do assassinato de Araceli Cabrera, morta no dia 18 de maio de 1973. Seu corpo foi encontrado seis após esta data, desfigurado por aplicação de ácido e com sinais de violência e abuso sexual. 

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A audiência contará com a participação de representantes da sociedade civil e do governo. Ao fim do encontro, os presentes seguirão em caminhada em direção ao Palácio do Campo das Princesas, na região central do Recife. A manifestação tem o objetivo de entregar à governadora Raquel Lyra uma carta elaborada pelas instituições da sociedade civil que compõem a Rede de Enfrentamento. O documento elenca pontos importantes para a garantia dos direitos das crianças e adolescentes em Pernambuco.

A Rede de Enfrentamento tem chamado a atenção para a invisibilidade das vítimas de violência sexual e para a necessidade de construção do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual. “A campanha do 18 de Maio convida a sociedade a abrir seus olhos sobre esta situação. Um dos grandes desafios do enfrentamento é a cultura do silêncio e a tolerância social diante dos abusos que acontecem no ambiente doméstico. Pode-se dizer, inclusive, que há uma culpabilização da vítima e, quiçá, uma conivência de quem deveria defender e proteger as crianças e os adolescentes”, diz a Rede, por meio de nota.

Serviço: Audiência Pública “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”

Quando? Quinta-feira, 18 de maio, às 14h

Onde? Auditório Sérgio Guerra, anexo I, Assembleia Legislativa de Pernambuco. Rua da União, 397 - Boa Vista, Recife/PE.

 

Três menores foram resgatados em situação de risco em uma rodovia federal de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, após fugirem de uma casa de acolhimento no município. Eles foram encontrados por equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-232 sentido Recife, nessa quarta-feira (17).  

De acordo com a PRF, os meninos têm 11, 12 e 13 anos. Eles tinham o objetivo de chegar a pé até a capital pernambucana, mas foram encontrados durante uma ronda, em um trecho próximo à Delegacia da PRF de Caruaru. Durante a abordagem, a equipe descobriu que os três haviam fugido da instituição social. O local de onde eles fugiram abriga pessoas em situação de vulnerabilidade social. 

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Os policiais encaminharam os jovens ao Conselho Tutelar, para receberem o devido acompanhamento assistencial. Não foi informado se eles retornaram ao mesmo abrigo. 

 

Depois de 17 dias perambulando pela Amazônia colombiana, comendo frutos selvagens e expostas a animais selvagens, quatro crianças indígenas, que estavam desaparecidas após um acidente com um avião de pequeno porte, foram encontradas vivas por socorristas nesta quarta-feira (17).

Tratam-se de três crianças de 13, 9 e 4 anos e um bebê de 11 meses que estavam perdidos desde 1º de maio, quando a aeronave em que viajavam caiu, aparentemente devido a uma falha mecânica.

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"Depois do árduos trabalhos de buscas das nossas Forças Militares, encontramos com vida as quatro crianças que tinham desaparecido após o acidente", ocorrido em 1º de maio entre os departamentos (estados) de Guaviare e Caquetá, no sul do país, informou o presidente Gustavo Petro pelo Twitter.

Liderados por militares, os trabalhos de busca terminaram com um balanço de três mortos, inclusive o piloto da aeronave e a mãe das quatro crianças da etnia huitoto.

Mais de cem soldados com cães farejadores seguiram o rastro das crianças e caminharam pela selva entre os departamentos (estados) de Caquetá, onde a aeronave foi encontrada com a parte da frente destruída, e Guaviare, ambos no sul do país.

Petro não informou onde as crianças foram resgatadas, nem quantos quilômetros percorreram enquanto estavam perdidas.

Os soldados encontraram um "abrigo construído de maneira improvisada com gravetos e galhos", suspeitando que havia pelo menos um sobrevivente.

Tesouras, fitas de cabelo, sapatos, roupas e uma mamadeira encontrados no meio da mata serviram de pistas para os militares.

Também foram encontradas "frutas da floresta mordidas", disse à AFP Germán Camargo, diretor da Defesa Civil no departamento (estado) de Meta, de onde os trabalhos de resgate e retirada dos corpos das vítimas do acidente foram coordenados.

Entre segunda e terça-feira, os soldados encontraram os corpos do piloto e dos adultos que viajavam no avião vindos de uma área de floresta com destino à cidade de San José del Guaviare.

As crianças, de sobrenomes indígenas Ranoque Mucutuy, são irmãs e viajavam com sua mãe, uma das vítimas fatais.

Árvores gigantescas de até 40 metros, animais selvagens e fortes chuvas dificultaram as buscas.

A Força Aérea se somou à chamada "Operação Esperança", com três helicópteros que sobrevoaram a mata densa.

Um deles levava um alto-falante "capaz de cobrir uma área de cerca de 1.500 metros" com uma mensagem gravada pela avó dos menores. Em língua huitoto, a mulher dizia a seus netos que eram procurados e pedia-lhes que não avançassem pela mata.

As autoridades não informaram as razões do voo da família de indígenas. Nesta região de difícil acesso por rio e sem estradas, os moradores costumam viajar em voos privados.

Segundo a Organização Indígena da Colômbia (ONIC), os huitoto vivem em "harmonia" com as condições hostis da Amazônia e conservam tradições como a caça, a pesca e a colheita de frutos silvestres.

O piloto relatou problemas no motor da aeronave minutos antes do acidente, de acordo com o órgão oficial de atendimento a desastres.

Quatro crianças (um menino de 9 anos e três meninas de 7, 6 e 4 anos) morreram durante um incêndio na casa em que dormiam, em Canapi, no interior do Alagoas, na madrugada de domingo (14). Os primeiros indícios são de que um curto-circuito em um ventilador portátil que estava no quarto causou o incêndio.

As mães das crianças estavam na casa, mas, assim como as vítimas, dormiam quando o incêndio começou e não conseguiram evitar as mortes. Segundo a Polícia Civil, a posição em que os corpos foram encontrados indica que o menino de 9 anos tentou salvar as demais vítimas. Ele morreu abraçado a duas delas.

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Davy Lucas Silva de Jesus, de 9 anos, e Aylla Ludmyla Silva de Jesus, de 7 anos, são filhos de Lucas Santana, que frequenta uma igreja evangélica de Canapi. Santana, a mulher e os filhos foram ao culto, na noite de sábado, 13, e ao final convidaram o pastor Aldo, a mulher e as duas filhas dele (Maria Ayslla Alves Oliveira Silva, de 6 anos, e Maria Ariela Alves Oliveira Silva, de 4 anos) para irem à sua casa.

O pastor recebeu um pedido de ajuda de uma pessoa que estava passando mal em Santana do Ipanema, município a 45 quilômetros de Canapi. Aldo e Santana foram até lá, enquanto as crianças e as mulheres dormiam na casa de Santana - as quatro crianças em um quarto e as mulheres em outro. Um ventilador portátil foi colocado numa tomada perto da porta do quarto das crianças, para refrescá-las.

Durante a madrugada, o incêndio - possivelmente causado por curto-circuito no ventilador, segundo avaliação preliminar da Polícia Civil - tomou conta do quarto e matou as quatro crianças por asfixia e carbonização. Quando as mulheres acordaram, o fogo já havia tomado conta do local.

Segundo a Polícia Civil, o menino tentou salvar as outras vítimas do incêndio. "Ele estava abraçado com duas das meninas, como se tivesse tentando protegê-las das chamas. A quarta vítima, também do sexo feminino, estava caída ao lado dele, demonstrando que ele ainda tentou salvá-la", disse o perito Clisney Omena à TV Globo em Alagoas. A posição do ventilador, próximo à porta, teria dificultado a fuga das crianças.

Devido ao estado dos corpos das vítimas, não foi possível identifica-los por impressão digital ou pela arcada dentária. Por isso, nesta terça-feira, 16, deve ser recolhido material genético delas e dos familiares, para que seja feita identificação por DNA. Só depois os corpos serão liberados para sepultamento. A Polícia Civil de Canapi investiga o caso, para saber se alguém será responsabilizado criminalmente pela morte das crianças. A prefeitura de Canapi decretou luto oficial por três dias no município.

Até o dia 25 de maio, a ONG Visão Mundial irá promover oficinas de prevenção ao abuso sexual e exploração infantil. A iniciativa será realizada em alusão ao dia 18 de maio, data escolhida para celebra o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual.

As oficinas serão realizadas em 10 instituições de ensino da Rede pública do Recife e, segundo a ONG, alcançará mais de 2 mil alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental que receberão orientações sobre autoproteção e formas de denunciar casos de abuso sexual. As escolas escolhidas ficam nos bairros do Passarinho, Nova Descoberta e Córrego do Jenipapo.

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“É importante destacar que o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes é uma tarefa de toda a sociedade e exige ações contínuas e efetivas. Neste contexto, a campanha Faça Bonito é uma convocatória para todos se envolverem e se conscientizarem: é preciso olhar e ouvir as crianças com atenção, saber lidar em casos de denúncia, estar atento a sinais e ameaças, saber falar sobre o assunto e estar preparado para dar o devido acolhimento. Juntos, somos capazes de mudar este cenário tão alarmante”, declara Carlos Bruno Rosas, coordenador de projetos da Visão Mundial Brasil.

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