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Depois de ser preso injustamente, o ator Vinícius Romão, de 26 anos, tenta reaver os objetos que entregou na 25ª DP (Engenho Novo) na noite em que foi detido acusado de ter assaltado a copeira Dalva Moreira da Costa, de 51 anos. Ele prestou nesta segunda-feira (10) depoimento na Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol), órgão que apura "se houve irregularidades na prisão" e na conduta dos policiais, e investiga o desaparecimento dos pertences de Romão.

"Depois de um mês consegui prestar meu depoimento de frente para alguém. No dia que fui preso injustamente, meu depoimento foi feito atrás das grades. O trâmite inicial foi completamente errado, mas dessa vez foi tudo certo", afirmou. Para a Coinpol, ele contou sobre a prisão, em 10 de fevereiro, os 16 dias detido e a constatação do sumiço dos objetos pessoais.

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Ao ser preso, Romão entregou um par de tênis, uma braçadeira, dois celulares e um fone de ouvido antes de entrar na cela da 25ª DP. Os pertences, estimados em R$ 900, deveriam ter sido colocados em um saco plástico e entregues pelos policiais ao pai do ator, o militar reformado Jair Romão. No momento da retirada, o militar deveria ter assinado uma declaração em que os pertences do filho estivessem listados. No entanto, apenas a carteira do ator, com documentos e R$ 10, foram devolvidos e nenhum documento foi assinado.

Há duas semanas, Jair Romão e o advogado Rubens Nogueira de Abreu comunicaram o desaparecimento dos objetos de Vinícius ao delegado responsável pelo caso, Niandro Lima. Passada uma semana, e sem nada resolvido, Lima abriu um processo para investigar o caso.

Desde que saiu da penitenciária, Vinícius usa as redes sociais e um celular emprestado por uma amiga para manter contato com amigos e familiares. "Me sinto usado. Já fui preso injustamente e ainda fui roubado. Se eu fizesse um boletim de ocorrência sobre tudo que perdi onde seria? ", questionou.

A Coinpol também avalia a conduta do policial da 11ª DP (Rocinha), Waldemiro Antunes de Freitas Junior, que efetuou a prisão, e do delegado de plantão da 25ª DP, William Lourenço Bezerra, que registrou o caso como flagrante. Formando em Psicologia, Vinícius trabalhava como vendedor em uma loja de roupas e aguarda a audiência na Justiça para retomar a vida normalmente. "Estou me resguardando porque tenho receio de que alguém tente fazer alguma coisa contra mim. Estou lidando com um órgão de muito poder". Na sexta-feira, a Polícia prendeu Dione Mariano da Silva, de 24, por porte ilegal de arma. Ele é suspeito de ser o verdadeiro assaltante da copeira.

O ex-diretor administrativo da Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE) Gerson Kozma afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que ouviu nos corredores da extinta estatal que a multinacional francesa Alstom pagava propina para o presidente da EPTE, o diretor técnico, o diretor financeiro, bem como para funcionários da área técnica.

Ele não nomeou os dirigentes que seriam beneficiados com as vantagens indevidas, mas seu depoimento foi um dos principais elementos que levaram o Ministério Público Federal a denunciar na sexta-feira (31) à Justiça Federal o ex-presidente da EPTE José Sidnei Colombo Martini e o ex-diretor técnico Celso Sebastião Cerchiari por corrupção passiva. Ambos são acusados de receberem R$ 4 milhões, em valores atualizados, para atuar para que um contrato com a Alstom fosse prorrogado e a garantia dos equipamentos fornecidos fosse estendida.

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Gerson Kozma também afirmou à PF que José Sidnei e Cerchiari "viajaram com as despesas custeadas pela Alstom". José Sidnei, que hoje é prefeito da cidade universitária, e Cerchiari, diretor de operações da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) - concessionária privada responsável pela transmissão de 80% da energia consumida no Estado - são os únicos dois agentes públicos denunciados no caso Alstom.

Eles não haviam sido indiciados pela Polícia Federal. A PF indiciou outros três agentes públicos sob suspeita de corrupção passiva: o ex-secretário de Energia e atual vereador Andrea Matarazzo, o ex-presidente da Eletropaulo Eduardo José Bernini e o ex-presidente da EPTE Henrique Fingermann.

Contudo, o MPF entendeu que, por "inexistência de provas", Matarazzo (único político enquadrado pela PF nos autos do cartel da energia) e Eduardo Bernini devem ser investigados em outro inquérito. Sobre Fingermann, os procuradores afirmaram que recebeu R$ 780 mil em propina, mas deixaram de denunciá-lo - ele foi beneficiado pela prescrição da pena porque completou 70 anos em setembro.

Além de José Sidnei e de Cerchiari, outras dez pessoas foram denunciadas, entre ex-funcionários da Alstom e lobistas. É a primeira denúncia de caráter criminal envolvendo uma empresa do cartel dos setores de energia e metroferroviário, por práticas que são investigadas, no Brasil, desde 2008. A Alston também é alvo de outro inquérito sobre irregularidades em contratos com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Vantagens

Sobre o depoimento prestado à PF em 10 de abril de 2012 pelo o ex-diretor da EPTE Gerson Kozma, que ficou no posto entre 1998 e 2006, os investigadores anotaram: "Sabe que José Sidnei Colombo Martini e Celso Sebastião Cerchiari também viajaram com despesas custeadas pela Alstom. Não tem conhecimento do pagamento de outras vantagens indevidas pagas pela Alstom para José Sidnei ou Celso, mas ouvia falar nos corredores da empresa que havia o pagamento de vantagens indevidas pela Alstom para o presidente, diretor financeiro, diretor técnico e funcionários da área técnica".

Citando esse trecho do depoimento, o MPF complementou, na denúncia: "(Kozma) afirmou ainda que o presidente e o diretor técnico eram os denunciados José Sidnei e Celso".

O ex-diretor administrativo da EPTE assinou junto com Cerchiari, em 2001, o contrato referente à extensão da garantia dos equipamentos fornecidos pela Alstom no décimo aditivo do contrato Gisel, no âmbito do qual o MPF diz ter havido pagamento de propina.

Em depoimento à PF, em abril e maio de 2012, José Sidnei e Cerchiari negaram ter conhecimento de pagamento de propina. O primeiro afirmou que os R$ 259,5 mil em sua conta que o MPF diz serem de propina se referiam a valores pagos por sua demissão, resgate de sua previdência privada e transferência entre contas de sua titularidade. O segundo disse que R$ 680 mil dos R$ 822,5 mil depositados em sua conta e citados pela PF como ilícitos, eram oriundos de um programa de demissão voluntária da CTEEP, sucessora da EPTE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Natália Ponte voltou a ser ouvida pela Polícia Civil menos de um dia após deixar a cadeia. Na tarde desta quinta-feira, 12, ela compareceu na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão Preto, onde prestou depoimento por mais de três horas. Era 17h quando ela deixou a delegacia numa viatura e seu pai saiu sozinho de carro pouco depois. Ela confirmou ao delegado que acredita que Guilherme possa ter matado o menino.

A mãe do menino Joaquim, morto no dia 5 do mês passado, novamente não quis falar com a imprensa. Seu advogado, Cássio Alberto Ferreira, diz que sua cliente é a pessoa mais interessada em esclarecer a morte do filho o mais rápido possível. Ele não informou o que foi dito à polícia, apenas que ela manteve o que já vinha falando, inclusive, que acredita que o companheiro possa ter matado o menino.

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A psicóloga de 29 anos deixou a cadeia após obter um habeas-corpus do Tribunal de Justiça de São Paulo. O TJ levou em conta, entre outras coisas, o fato de estar colaborando nas investigações e ter um filho de quatro meses que necessita de seus cuidados.

Após ser solta no final da tarde desta quarta-feira, 11, Natália foi levada para a casa de parentes em local não revelado por medida de segurança. Ela estava presa desde o dia 10 de novembro, quando o corpo de Joaquim foi encontrado boiando no rio. Guilherme foi preso na mesma data e, com base no recurso que colocou a psicóloga na rua, ele também pode ganhar a liberdade.

Esta tese é defendida por seu advogado, Antônio Carlos de Oliveira, que encaminhou ao Tribunal de Justiça de São Paulo solicitação para que estenda a Guilherme o benefício concedido à Natália. O pedido foi protocolado na tarde desta quarta, após a Justiça negar um agravo regimental com a mesma finalidade. Para o defensor, a fundamentação para soltar Natália foi genérica. "Então, os mesmos motivos também servem para o meu cliente", argumenta.

Investigação

Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu de sua casa em Ribeirão Preto no dia 5 do mês passado e seu corpo foi localizado no Rio Pardo, em Barretos, cinco dias depois. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que a criança, que fazia tratamento contra diabete, tenha sido morta com uma dose excessiva de insulina.

Uma embalagem com 30 unidades do medicamento desapareceu, mas Guilherme Longo alega que injetou a substância nele mesmo durante uma crise de abstinência de cocaína. Nesta quinta, 12, a polícia ouviu o depoimento de um homem que diz ter sido agredido pelo padrasto de Joaquim. Guilherme já havia sido definido como agressivo por sua própria irmã em depoimento na semana passada.

A psicóloga Natália Ponte, de 29 anos, mãe do menino Joaquim, 3, encontrado morto em rio, no domingo, 10, após seis dias desaparecido, deixou na manhã desta quinta-feira, 14, a Cadeia Feminina de Franca (SP), onde está presa, e foi levada para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto (SP), local em que prestará novo depoimento à tarde. Antes disso, alguns de seus familiares tentaram, sem sucesso, visitá-la na cadeia.

Natália vai falar à polícia um dia após seu companheiro, o técnico em informática Guilherme Longo, de 28 anos, prestar novo depoimento. Ele negou ter participado da morte da criança e as agressões e ameaças relatadas pela mulher, que agora novamente será indagada a esse respeito pelo delegado Paulo Henrique Martins de Castro. Por enquanto, uma acareação entre o casal está descartada.

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No depoimento, o padrasto afirmou que usou a insulina do menino para conter a vontade de usar cocaína - o suspeito é viciado em drogas. "Em uma situação de desespero, em um dia em que ele trocou seu celular por quatro cápsulas de cocaína, passando o efeito, e se autoaplicou 30 doses", disse o advogado Antônio Carlos de Oliveira.

"Nada muda nas investigações, continuamos com a tese central que coloca Guilherme saindo de casa e jogando a criança no rio", afirmou o delegado Castro, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

O padrasto de Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, o técnico de informática Guilherme Rayme Longo, de 28 anos, negou à Polícia Civil de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, ter participado da morte do menino. Em depoimento de mais de quatro horas, na tarde desta quarta-feira (13), o principal suspeito do assassinato disse ainda que se autoaplicou 30 doses de insulina da criança.

Longo é o principal suspeito do assassinato de Joaquim, que desapareceu na madrugada do dia 5. O corpo da criança foi encontrado em um rio, no domingo, 10, após seis dias desaparecido.O padrasto, segundo seu advogado Antonio Carlos de Oliveira, também negou as afirmações da mãe de Joaquim, Natália Ponte, de 29 anos, de que eles tinham um relacionamento conturbado e que chegou a agredi-la. "Foram desentendimentos comuns, não houve agressão", afirmou o advogado.

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A polícia busca ainda saber qual a participação da mãe do menino, a psicóloga Natália Ponte, de 29 anos, na morte do garoto. "A participação dela ainda não está descartada. Queremos saber o que aconteceu naquela noite", afirmou o delegado Paulo Henrique de Castro, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

Um amigo íntimo do pai de Marcelo Pesseghini, o adolescente de 13 anos suspeito de matar os pais, a avó, a tia-avó e depois se suicidar, contou a polícia que o garoto teria ameaçado a mãe. O depoimento foi prestado por um policial da Rota, que trabalha com o sargento Luiz Marcelo Pesseghini.

Segundo esse policial, com o qual o sargento fazia confidências, semanas antes do crime o pai do garoto recebeu um telefonema e ficou preocupado. Na ocasião, ele teria dito ao amigo que sua mulher, a cabo Andreia Bovo Pesseghini, foi ameaçada pelo filho.

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O depoimento do amigo do sargento é mais uma dos relatos que a polícia reúne para tentar compreender o comportamento de Marcelo. Nesta sexta-feira, 30, o psiquiatra forense Guido Palomba deverá se reunir com o delegado do caso, Itagiba Franco, para analisar o inquérito e traçar um perfil da personalidade do garoto. Já houve relatos de que Marcelo mudou de comportamento meses antes do crime e que passou a fazer brincadeiras com armas de fogo em casa, como simular que atiraria em alguém.

Os promotores Vinicius França e André Bogado, da 2ª Vara do Júri da Capital, estiveram nesta quinta-feira, 29, no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa. Segundo eles, a posição do Ministério Público é de cautela. De acordo com Bogado, dois tios de Marcelo, irmãos da cabo Andreia, estiveram na Promotoria e afirmaram que não acreditam que o garoto fosse o culpado. Eles teriam pedido novas investigações.

A polícia já ouviu 48 pessoas. Ainda estão previstas mais duas testemunhas, uma delas uma policial que trabalhava com Andreia. Na quarta, dois colegas de Marcelo depuseram novamente e confirmaram algumas informações de outros alunos da escola do adolescente. As duas testemunhas teriam omitido informações, segundo um email interceptado pela polícia. No novo depoimento, elas voltaram atrás e disseram que Marcelo contou a elas que matou a família, quando chegou à escola na data do crime. Segundo o inquérito, Marcelo tinha um grupo de amigos que jogavam o videogame Assassin's Creed, chamado de Os Mercenários.

O crime aconteceu entre a noite do dia 5 e a madrugada do dia 6, na residência da família, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. Para encerrar o inquérito, a polícia ainda aguarda a finalização dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML).

A Justiça de Bertioga, na Baixada Santista (SP), agendou para 9 de dezembro, às 14 horas, o novo depoimento do caseiro Erivaldo Francisco de Moura, um dos quatro indiciados pela morte da menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, atingida por uma motoaquática no carnaval de 2012, na Praia de Guaratuba. Pela primeira vez como réu no caso, Moura compareceu ao Fórum de Bertioga na tarde desta terça-feira, 20, mas não foi ouvido. Apenas a mãe de Grazielly, Cirleide Rodrigues de Lames, prestou depoimento. Cirleide deixou o local, após se sentir mal.

O caseiro chegou a ser indiciado pela polícia, mas, por determinação da Justiça, foi retirado do caso - foram citados como réus o proprietário da motoaquática e padrinho do adolescente de 13 anos que pilotava a embarcação, o empresário José Augusto Cardoso Filho, que mora em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo; o dono da mecânica onde o veículo foi revisado, Thiago Veloso Lins, e o mecânico do estabelecimento Aílton Bispo de Oliveira. Posteriormente, denúncia feita pelo Ministério Público (MP), que recorreu da decisão, apontou o caseiro como um dos responsáveis pela morte de Grazielly, uma vez que foi ele quem empurrou a motoaquática até a beira da água para que o adolescente pudesse pilotar o equipamento.

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A médica do estudante Marcelo Bovo Pesseghini, Neiva Damaceno, deve depor nesta terça-feira, 20, segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações sobre a morte do garoto e de outras quatro pessoas da sua família. Marcelo tinha fibrose cística, uma doença degenerativa. Neiva acompanhava o tratamento do menino desde que ele tinha um ano.

O delegado responsável pelo caso, Itagiba Franco, disse que os depoimentos auxiliam a traçar um perfil psicológico do garoto, que é o principal suspeito da polícia. Mais de 31 pessoas já foram ouvidas no DHPP até a última sexta-feira, 16. Para esta segunda-feira, 19, não havia depoimentos agendados até as 15h30.

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Hoje, as investigações entraram em sua terceira semana. Durante a madrugada - aproximadamente no mesmo horário em que os crimes foram cometidos - peritos do Instituto de Criminalística fizeram um exame acústico na casa da família. Eles atiraram dentro da residência para checar se o som dos disparos poderia ser ouvido. Equipes de reportagem, que ficaram distantes do local, conseguiram ouvi-los.

Para a polícia, Marcelo assassinou os pais, o casal de policiais militares, Luiz Marcelo e Andreia Regina Pesseghini, a avó materna e uma tia-avó na madrugada do dia 5. Pela manhã, ele assistiu normalmente às aulas do colégio e, ao voltar para casa, teria cometido suicídio. Devido ao diagnóstico, o garoto, de 13 anos, tinha uma baixa expectativa de vida. Uma das hipóteses é que esse fato teria motivado os crimes.

Mais um colega de classe do estudante Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar sua família, depôs na manhã desta sexta-feira, 16, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Por meio de sua assessoria, a Polícia Civil informou que não comenta os depoimentos do inquérito. O garoto foi o sexto estudante da Colégio Stella Rodrigues, onde Marcelo estudava, a prestar depoimento nas investigações.

Ainda nesta sexta-feira, o delegado responsável pelo caso, Itagiba Franco, vai ouvir o motorista da van que levava o menino até a escola. Com os depoimentos de hoje, ao todo, 31 pessoas já prestaram esclarecimentos sobre o caso. Segundo Itagiba, a polícia tenta traçar o perfil psicológico de Marcelo, principal e único suspeito até agora.

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De acordo com as investigações, o garoto seria o responsável pelas mortes dos pais, o casal de PMs Luiz Marcelo e Andreia Regina Pesseghini, da avó e de uma tia-avó. Ainda segundo a versão policial, o garoto teria cometido os crimes na madrugada de segunda-feira, 5, ido ao colégio pela manhã e, ao voltar para casa, se suicidado.

Na próxima semana, a polícia pretende chamar Neiva Damaceno, médica que acompanhava Marcelo desde que ele tinha 1 ano, para depor. O garoto tinha fibrose cística, uma doença degenerativa, que controlava com tratamento. Devido ao diagnóstico, Marcelo tinha uma baixa expectativa de vida.

Sebastião de Oliveira Costa, tio-avô de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, suspeito de matar a família e, em seguida, cometer suicídio, prestou depoimento nesta segunda-feira, 12, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações do caso. Em entrevistas anteriores, Costa disse não acreditar na versão da polícia de que o garoto, de 13 anos, assassinou os pais, a avó e uma tia-avó.

A polícia tenta traçar um perfil psicológico de Marcelo. Na sexta-feira, 9, dois professores do menino também depuseram no DHPP. Ao todo, mais de 20 pessoas já foram ouvidas pelo delegado Itagiba Franco, que está à frente das investigações.

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Segundo o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, apenas os laudos periciais podem esclarecer a morte do casal de PMs e de sua família. Em entrevista à Rádio Estadão nesta manhã, o secretário disse que nenhuma hipótese pode ser descartada e que uma conclusão definitiva sobre o caso só será possível após os resultados dos laudos. A Secretaria de Segurança negou a existência de laudos preliminares e informou que o prazo para a divulgação da perícia é de 30 dias.

Duda Mendonça surpreendeu a Polícia Federal ao negar, em depoimento no inquérito da Operação Logoff, vínculo com a Mkpol Marketing Político - empresa que a PF sustenta oficialmente ter sido operada por um executivo do publicitário para fazer a campanha eleitoral do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), em 2010.

Duda foi ouvido "em declarações" segunda-feira, 29, na superintendência regional da PF em Salvador. Nesse ato não foi indiciado. Ele também negou conhecer personagem importante do caso, Samuel Vieira Martins da Silva, que a PF afirma ser "motoboy funcionário" do publicitário e responsável pela entrega de dinheiro, R$ 104,7 mil ao todo, em nome de uma empresa fantasma - Brickell Internet e Processamento de Dados -, a profissionais recrutados na campanha de Coutinho.

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A investigação revela que o dinheiro para cobrir as despesas eleitorais teria sido desviado de um contrato superfaturado entre a Prefeitura de João Pessoa e a empresa Ideia Digital para o programa Jampa Digital - instalação de internet gratuita para a população carente da capital paraibana. O desvio teria somado R$ 1,66 milhão, segundo laudo pericial da PF. Parte desse valor, R$ 800 mil, passou pela Brickell. Duda afirmou que fez apenas "consultoria" - criação, slogan, música e cartazes - para o pessebista por meio da JECM (iniciais de seu nome). Cobrou R$ 500 mil, valor faturado em nota contra o comitê de campanha do governador da Paraíba.

A PF argumenta que o executivo José Eugênio de Jesus Neto, ligado a Duda, figura como procurador da empresa de fachada Brickell. Em seu relato, o publicitário declarou que Neto é prestador de serviço contratado "atuando somente na empresa Duda Mendonça e Associados Propaganda na área financeira e administrativa".

Ele assegurou que "não é sócio" da Mkpol e "não associa este nome a nenhum publicitário que conheça". Afirmou que "desconhece" que a Mkpol pagava seus funcionários. Indagado sobre seus antecedentes, Duda fez alusão ao processo do mensalão, no qual foi réu e acabou inocentado. Ele disse que "já foi indiciado e processado, mas não preso, tendo sido absolvido pelo Supremo Tribunal Federal".

Apesar da reiterada negativa de Duda, a PF e o Ministério Púbico Federal estão convencidos de seu envolvimento em "sonegação e lavagem de ativos". A PF descobriu que a Mkpol faz uso de um endereço eletrônico que leva o nome do publicitário, "muito sugestivo da pessoa que realmente a controla". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Quatro testemunhas confirmaram em depoimento as acusações de estupro contra o pastor Marcos Pereira da Silva, conhecido por intermediar rebeliões em presídios. Elas foram ouvidas na 2.ª Vara Criminal de São João de Meriti (RJ) no processo em que o pastor é acusado de violentar uma ex-fiel da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias.

A vítima foi ouvida por duas horas e meia. Ela confirmou as acusações e disse que, na época, via o pastor "como um enviado de Deus", informou em nota a assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça. A mulher contou ainda que temia ser assassinada a mando do pastor. Outras três testemunhas confirmaram terem sofrido abuso por parte do pastor, quando ainda frequentavam a igreja. Duas tinham menos de 18 anos.

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Elas contaram que foram obrigadas a participar de orgias. Duas testemunhas de defesa declararam desconhecer "qualquer fato que desabonasse o pastor". Pereira negou as acusações. Ele acusou integrantes da ONG AfroReggae de terem convencido as testemunhas a depor contra ele.

No mês passado, a mulher do pastor foi indiciada pela polícia pelo crime de denunciação caluniosa. Ela inicialmente contou aos policiais da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), que investigam o crime, que também foi vítima de estupros praticados pelo marido. Depois desmentiu a história.

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Um grupo de manifestantes, que foi apreendido na tarde desta quarta-feira (26) durante o protesto, ainda se encontra na delegacia do bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, local onde foram levados. Segundo os policiais, os protestantes apreendidos estavam se aproveitando da manifestação para cometer atos de vandalismo e desacato às autoridades.

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No local, outros protestantes aguardam a liberação do grupo, que de acordo com eles, são: Crislayne Farias da Silva, Igor Alves Calado, de 28 anos e Lara de Oliveira, 22. Os manifestantes também relatam que alguns policiais responsáveis pela segurança da mobilização estavam sem identificação.

Já o sargento Ubiratan da Cipmoto defendeu os militares: "a gente não pode divulgar o procedimento de identificação (dos policiais). O problema é que eles (manifestantes) querem colocar ordem na gente (policiais)", argumentou. Os policiais ainda afirmaram que há manifestantes portando explosivos e depredando o patrimônio público no Recife.

Segundo o tenente Dantas da Cipmoto, um dos três manifestantes presos, Igor, estava depredando o patrimônio público e ao ser abordado pela polícia, tentou agredir um dos agentes. "Por isso foi preciso tomar uma atitude mais rigorosa (prisão)", disse. O tenente, também negou que te os soldados estivessem sem identificação.

A todo o momento, chegam populares para tentar negociar a soltura dos manifestantes. Pelas redes sociais, jovens propõem fazer vigília na noite desta quinta em frente à delegacia.





*Com informações de Nathan Santos























 

O ex-presidente do Banco Central e presidente do conselho consultivo da J&F, holding da família Batista, que também controla a empresa de alimentos da JBS, Henrique Meirelles, prestou nesta segunda-feira depoimento na Polícia Federal de Brasília sobre o caso do mensalão. A Procuradoria-Geral da autarquia esclareceu que o ex-presidente do BC foi ouvido apenas "na qualidade de testemunha" por ter estado à frente da instituição por oito anos.

Meirelles, conforme a área jurídica do BC, esclareceu que nunca se reuniu com Marcos Valério e sequer recebeu pedido de audiência. Além disso, esclareceu que não houve nem há em curso qualquer medida tomada decorrente de eventual audiência realizada com outros dirigentes do BC.

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Marcos Valério de Souza é apontado como operador do mensalão, esquema em que havia repasse de dinheiro público em troca de apoio político. Relatório do Ministério da Fazenda aponta que Valério esteve 13 vezes na sede do Banco Central em Brasília e outras quatro em São Paulo. Nesses encontros, ele se apresentava como representante do Banco Rural.

A empresária Silvia Furtado, proprietária de uma agência de modelos do Recife, compareceu nessa quarta-feira (22) a sede da Polícia Federal (PF) na capital pernambucana para prestar depoimento em relação ao caso de suspeitos que aplicavam golpes pela internet utilizando o nome da agência de Furtado.

De acordo com a polícia, a proprietária da agência de modelos foi até a sede da PF acompanhada de duas modelos que foram vítimas dos golpistas. Uma das modelos, que teve sua identidade preservada, informou em seu depoimento que no ano de 2008, quando tinha 15 anos, recebeu ameaças através de um comunicador instantâneo, de uma pessoa, não identificada, exigindo fotografias suas, completamente sem roupa, fazendo ameaças ao namorado da vítima.

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Ainda segundo a modelo, ela enviou as fotos, no entanto, não manteve contato com o suspeito. A vítima afirmou que um tempo depois, tomou conhecimento de que suas fotos estavam em uma campanha de combate ao câncer de mama e que os golpistas estavam solicitando imagens de mulheres e crianças com os seios à mostra.

A proprietária da agência de modelos, após tomar conhecimento dos fatos, procurou a PF para denunciar a situação. A Delegacia de Defesa Institucional (Delinst) recebeu as fotografias das modelos quando ainda eram menores de idade, e vai investigar o caso em sigilo.

Com informações da assessoria

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A terceira pessoa a prestar esclarecimento na tarde desta quarta-feira (08), no terceiro dia do julgamento do caso PC Farias, foi o médico legista José Lopes da Silva Filho, que teve participação no laudo feito por Badan Palhares.

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O legista relata que, até o momento em que participou do estudo do caso, em nenhuma circunstância houve discordância da equipe de Maceió. “Paulo César foi atingido à distância e Suzana Marcolino recebeu o tiro com a arma praticamente encostada nela. O estudo constatou que Suzana levou o disparo sentada na cama e logo em seguida caiu e a arma permaneceu distante de seu corpo”, esclareceu José Lopes.

Segundo o médico legista, o tiro que matou Suzana bateu na parede em que foi achado resíduos humanos compatíveis com o DNA de Suzana e logo depois tangeu uma cadeira que estava no local. Sobre a constatação de erros nos laudos, o perito respondeu ser improvável.“Existem provas demais nos laudos”, afirmou José Lopes.

Perita afirma que o local no crime não foi violado

Após José Lopes da Silva Filho, o quarto a depor é o médico legista Gerson Odilon, que participou do primeiro laudo do caso de PC Farias. Segundo ele, a jurisprudência da morte não é trabalho da medicina legal, mas sim do perito criminal, logo, não é trabalho dele constatar a maneira como ocorreu o crime.

Ao ser indagado sobre a não constatação de sangue na arma, já que a defesa alega que Suzana havia se suicidado com ela, o médico relata que é comum isso acontecer. “Não é sempre que resíduos de sangue ficam na arma após um suicídio, é comum a arma não estar suja de sangue”, explica Odilon.

A defesa perguntou ao médico se ele foi pressionado de alguma maneira a assinar o laudo, e Gerson Odilon respondeu que não. “Eu sou uma pessoa de raízes humildes e sempre a minha conduta é tomada de princípios adquiridos através de meus pais. Tenho a consciência tranquila hoje, da mesma maneira que tive na época”, explanou o médico.

Dois irmãos de 13 e 15 anos estão sendo autuados por ato infracional após terem assassinado o padrasto Flávio Santos da Paixão, de 27 anos. O crime ocorreu na madrugada desta quinta-feira (2) no bairro de Caixa D’água, em Olinda, no Grande Recife.

De acordo com a Polícia Civil, no depoimento de duas testemunhas, os menores não agiram em legítima defesa, como haviam relatado anteriormente ao delegado Ramon Teixeira. Ainda segundo a polícia, o padrasto estava sentado na rua e os menores aproveitaram a distração da vítima para dar várias facadas e, em seguida, ele morreu no local.

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A vítima chegou a ameaçar a mãe dos garotos porque não aceitava a separação, mas não tinha cometido nenhum delito contra eles. Os meninos seguiram para a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). 

 

Tudo ia muito bem para Lívia (Cláudia Raia) em Salve Jorge, mas agora o cenário começa a mudar. Ela que acusou Théo (Rodrigo Lomabrdi) de tê-la violentado, vai cair em contradição e por em dúvida a veracidade da acusação durante seu depoimento no julgamento. Lena (Monique Curi) e Haroldo (Otaviano Costa) depõem primeiro e, logo em seguida, é a vez da mafiosa.

A chefona do tráfico não poupará detalhes da história, ela vai se vitimizar e fazer parecer que o capitão realmente a agrediu. Ela conta que ele lhe procurou diversas vezes, ligou e, dentre outras mentiras, afirma que ele escondia seu casamento com Érica (Flávia Alessandra).

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Stenio (Alexandre Nero) acompanha todo o depoimento e começa a desconfiar da veracidade do que a vilã diz. Cansado de ouvir tantas histórias infundadas, o advogado pede uma pausa no julgamento durante o meio do depoimento de Théo. Lívia fica furiosa e promete descontar tudo no ex-marido da delegada Helô (Giovanna Antonelli). As cenas vão ao ar nesta sexta (26).

O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, prestará novo depoimento à Polícia Federal. A data e o local são mantidos em sigilo pela PF e por seus advogados. Valério deverá explicar e dar mais detalhes das acusações feitas ao Ministério Público em setembro - na época, o Supremo Tribunal Federal julgava o processo do caso.

Uma das acusações a detalhar será a que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o então presidente da Portugal Telecom Miguel Horta. Na opinião do procurador da República Francisco Guilherme Vollstedt Bastos, um dos designados para o caso, as acusações de Valério indicariam a "possível ocorrência dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal".

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O depoimento, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, desdobrou-se em investigações abertas a pedido da Procuradoria-Geral da República no Distrito Federal para apurar as acusações de Valério contra Lula e o PT. Neste novo depoimento, os investigadores querem que Valério dê detalhes das acusações - em vários momentos, o operador do mensalão foi telegráfico ao narrar sua versão dos fatos.

Entre as acusações, Valério afirmou que o "governo/PT" recebeu US$ 7 milhões da Portugal Telecom, acerto feito entre Lula, Palocci e Horta. O valor teria sido pago por meio de contas de fornecedores da empresa portuguesa em Macau (China). Marcos Valério apresentou ao MP os números das contas que teriam recebido os recursos. Dentre elas, estariam as dos publicitários Duda Mendonça e Nizan Guanaes. "Não resta dúvida, portanto, quanto à atribuição da Procuradoria (do DF), já que as autoridades mencionadas não mais possuem foro privilegiado", afirmou o procurador da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durou mais de duas horas o depoimento da primeira testemunha de defesa do caso Carandiru. O desembargador Ivo de Almeida, juiz-corregedor do Carandiru em 1992, se reuniu com o coronel Ubiratan Guimarães e com o juiz Fernando Antônio Torres Garcia, entre outros, para avaliar a situação no presídio no dia do episódio. A sua função era tentar negociar com os presos, mas ele afirmou que "não havia verbalização" possível com os detentos.

A estratégia da advogada de defesa Ieda Ribeiro de Souza é desconstruir o depoimento do agente penitenciário Moacir dos Santos, testemunha de acusação ouvida na segunda-feira, 15. A advogada questionou se os PMs comemoravam os tiros que davam nas celas, como Santos havia afirmado, e se havia policiais atirando na entrada do presídio. Almeida negou as duas informações. "Em momento algum eu vi policiais matando e comemorando". Sobre os PMS entrarem atirando, ele afirmou: "Se o seu Moacir viu isso eu não sei, mas do meu lado ele não poderia estar, porque eu não vi isso".

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Por volta das 12h20, a segunda testemunha de defesa, o desembargador Fernando Antônio Torres Garcia iniciou o seu depoimento. Garcia era juiz da Corregedoria na época do massacre e assim como a primeira testemunha, consentiu com a invasão da polícia militar no Pavilhão 9 no dia 2 de outubro de 1992. Nesta terça, pelo menos cinco testemunhas de defesa serão ouvidas, entre elas o ex-governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho.

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