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Convidado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para uma reunião, nesta quarta-feira (30), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que pretende ouvir as demandas da petista juntamente com os outros gestores do PSB – Ricardo Coutinho, da Paraíba, e Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal –, mas também levará uma pauta específica para cobrar ações do Governo Federal em áreas como saúde e recursos hídricos. 

“Sem dúvida [Dilma convocou a reunião] para conversarmos sobre o cenário nacional. Vamos procurar ouvi-la e dar a nossa contribuição, mas também vou aproveitar para levar uma pauta importante tanto para o Nordeste como para o Brasil”, frisou o pernambucano. “Tem a questão das operações de crédito, que ela já sinalizou os desdobramentos para 2016, queremos discutir recursos hídricos, tudo indica que vamos para o quinto ano de seca em 2016, e saúde, que hoje é o desafio de qualquer governante”, acrescentou.

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O PSB está prestes a ingressar de vez na oposição e a presidente também deve aproveitar o encontro para tentar convencer os governadores a influenciarem na manutenção da postura de independência. Os administradores estaduais são contra a adoção de medidas radicais pela legenda.

Sob a ótica de Paulo Câmara, é necessário que os poderes se unam “em favor do Brasil e das instituições”. “O que eu tenho colocado para a presidente e nossa bancada é que precisamos nos unir para reunir condições, a fim de que o Brasil volte a funcionar. É um desafio muito grande e nós temos que ter muita sensibilidade nesse momento”, observou.  

A Companhia Energética de Brasília (CEB) confirmou nesta tarde de sexta-feira (18) que um problema em uma linha de transmissão de Furnas - integrante do Sistema Interligado Nacional - levou a distribuidora a cortar cerca de 48% da energia direcionada ao Distrito Federal a pedido do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O problema ocorreu por volta das 15h desta sexta-feira e ainda afeta quase meio milhão de unidades consumidoras no DF. A CEB não informou o prazo para o religamento da energia nas áreas afetadas.

A área central de Brasília, onde estão localizados o Congresso Nacional, os tribunais, o Palácio do Planalto e os ministérios, sofreu piques de energia, mas não chegou a ter a eletricidade totalmente cortada.

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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), optou por não participar de um encontro que acontece nesta quarta-feira, em Brasília, com todos os governadores do país para discutir as medidas anunciadas pelo Governo Federal que visam reequilibrar a máquina pública e atingir um superávit primário de 0,7% do PIB em 2016. 

Antes de se posicionar diante dos outros chefes estaduais, Câmara e os outros dois governadores do PSB – Ricardo Coutinho, da Paraíba, e Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal – decidiram que vão ouvir a bancada federal e a direção nacional da legenda.  A deliberação sobre o ajuste pretendido e a decisão dos socialistas só deve ocorrer até o final da próxima semana. 

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Na avaliação do governador Paulo Câmara, “o momento atual exige muita análise sobre as opções disponíveis, diante da grave crise econômica e política do Brasil”. Até o fim da noite dessa terça-feira (15), a assessoria de imprensa do gestor havia confirmado a presença dele na reunião dos governadores nesta quarta, no entanto, por um motivo não revelado, o socialista voltou atrás. 

A reunião desta quarta, foi convocada pelos gestores estaduais que englobam a base governista. Uma das medidas adotadas pela União é a recriação da CPMF, proposta que alguns governadores querem alterar. O governo sugeriu uma alíquota de 0,20% e a proposta dos chefes estaduais é de que o imposto vá para 0,38%, os 0,18% a mais seria repartido entre os estados. 

Paulo Câmara já se posicionou anteriormente contrário à retomada da CPMF. Para ele, a medida “não tem ressonância popular” e deve ser melhor avaliada. 

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), diz que está preocupado com o novo compromisso de R$ 855 milhões no orçamento do Distrito Federal. O valor se refere ao reajuste em 32 carreiras no serviço público local, que foi confirmado em decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) nesta terça-feira, 26. "Temos uma dificuldade real de caixa e precisamos aumentar a arrecadação para ter dinheiro suficiente para fazer o pagamento integral e em dia", afirma.

Para garantir que o governo honre os compromissos financeiros, Rollemberg disse já ter recorrido à Câmara Distrital e apresentado propostas para aumentar a receita do DF. "Apresentamos um conjunto de projetos que envolvem renegociação de dívidas de inadimplentes, alteram o preço por ocupação pública, permitem a venda de ações estatais sem perder o controle estatal e também um projeto que cria a aposentadoria complementar", afirmou. Ele também citou o projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que permite a utilização de depósitos judiciais e administrativos para o pagamento de precatórios como uma medida de melhoria na arrecadação dos Estados.

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O governador teme, porém, que as medidas possam não ser suficientes. Em 2016, o custo dos reajustes chega a R$ 1,86 bilhão. O aumento do vencimento dos servidores do Distrito Federal foi concedido em 2013 na gestão de Agnelo Queiroz (PT-DF). Os reajustes foram escalonados em quatro anos e a maior parte ficou para 2015 e 2016, já sob nova gestão.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entrou em janeiro deste ano com pedido de inconstitucionalidade das leis, alegando que a medida não considerava a previsão orçamentária. No entanto, o parecer do TJDFT desta terça-feira rejeitou o pedido, com o entendimento que a falta de orçamento não torna a lei inconstitucional, apenas impede a aplicação da mesma naquele exercício financeiro.

Rollemberg x Agnelo

O ex-governador Agnelo Queiroz (PT/DF), que foi alvo de uma ação de improbidade administrativa por sancionar as leis distritais que concederam os reajustes, acredita que a decisão do TJDFT reforça as medidas de seu governo. "A decisão unânime do TJ é uma demonstração inequívoca de que, em meu governo, sempre agi dentro da legalidade", disse. De acordo com o ex-governador, todos os projetos de lei encaminhados em 2013 relacionados à reestruturação de carreiras obedeceram aos requisitos da Lei de Responsabilidade Fiscal.

"Alegar agora que o GDF não tenha informado corretamente a Câmara Distrital é uma inverdade e insinua que os legisladores tenham sido omissos, o que não aconteceu", defende Agnelo. Ele afirma que, no orçamento de 2015, já constava o impacto dos reajustes. "Mas é necessário ler e compreender o orçamento". Agnelo também discorda de qualquer acusação quanto à legalidade em sua administração. "Por todas estas razões, entendo que a ação de improbidade administrativa é improcedente e descabida."

O atual governador, Rodrigo Rollemberg, afirma que, fora os novos compromissos com reajustes de carreira, a gestão de Agnelo Queiroz deixou outras dificuldades orçamentárias. "Ainda temos R$ 1,5 bilhão de dívidas do governo passado com prestadores de serviço e com fornecedores para pagar", disse. Ele acredita que a decisão do TJDFT não exime o ex-governador petista de improbidade administrativa. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas quem deve julgar se houve descumprimento da lei de responsabilidade fiscal é a Justiça", afirma.

Manifestantes a favor do impeachment de Dilma Rousseff chegaram ao Congresso após uma marcha pela Esplanada dos Ministérios. Eles formam um pequeno grupo, mas bastante barulhento. Usando quatro carros de som, os manifestantes se revezam entre cantar o Hino Nacional e gritar palavras de ordem contra o governo e o PT.

Uma parte dos manifestantes está vestida com a camisa da Seleção Brasileira de Futebol. Eles colocaram no gramado do Congresso duas grandes faixas em verde e amarelo com a palavra impeachment. As lideranças do movimento serão recebidas logo mais por líderes da oposição, especialmente deputados do PSDB. Também há uma expectativa de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMBD-RJ), possa recebê-los em uma audiência nesta tarde.

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Para receberem pensão por morte no valor estimado de R$ 10 mil, a cunhada e a mulher do tenente-coronel do Exército Sérgio Murilo Cerqueira, de 43 anos, encomendaram a morte dele na noite desta sexta-feira, 15, em Brasília. Esta é a acusação que a Polícia Civil do Distrito Federal fará, após ter prendido as duas em flagrante na tarde de sábado, 16, em casa. Ao planejarem o crime, vão responder por homicídio qualificado - com pena que pode variar de 12 a 30 anos.

A cunhada foi a primeira a confessar o plano durante depoimento na noite de sábado, mas a informação foi confirmada pela mulher do tenente na sequência para a polícia, que já tinha prova da participação das duas no episódio. Cerqueira foi executado com um tiro na cabeça. A cunhada é que teria, de acordo com a Polícia Civil, feito as negociações com os executores, pois conhecia um deles.

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A primeira linha de investigação foi de que se tratava de um latrocínio, quando há roubo seguido de morte, mas posteriormente as investigações indicaram que o crime já estava sendo planejado "há meses". Os nomes das duas e dos demais presos ainda são mantidos sob sigilo.

De acordo com a polícia, o casal estava em processo de separação e a esposa não teria aceitado o valor de R$ 2,5 mil de pensão alimentícia. Ela chegou a ser rendida com o militar na noite de sexta, por volta das 23 horas, mas acabou sendo liberada primeiro na Asa Norte, bairro nobre de Brasília. Os suspeitos, ainda de acordo com a Polícia Civil, continuaram com o homem no carro dele.

Com a hipótese inicial de sequestro seguido de homicídio, que teria ocorrido após a identificação de que se tratava de um militar, a equipe da Polícia Militar do Distrito Federal achou o carro da vítima ao lado de uma casa, onde havia uma festa. Prendeu seis pessoas. De acordo com a assessoria de imprensa da PM, quatro dos detidos teriam participado diretamente da execução do oficial, enquanto as outras duas pessoas foram enquadradas no crime de receptação.

Os quatro "sequestradores" - entre eles, um menor de 17 anos - soltaram a mulher perto do local da abordagem e seguiram com o tenente coronel, que foi encontrado morto durante a madrugada em São Sebastião, região administrativa do DF localizada há cerca de 20 km do centro de Brasília.

Representantes de 25 grupos que lideraram as recentes manifestações contra a presidente Dilma Rousseff estão reunidos na tarde desta quarta-feira (15) na Praça dos Três Poderes para ler um documento com reivindicações que será protocolado no Congresso Nacional.

Mas houve uma cisão na chamada Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos: parte dos movimentos decidiu romper por considerar o texto que será enviado aos parlamentares muito ameno. O documento, que ainda não foi apresentado, não mencionará o impeachment. "Nós defendemos a cassação do PT e o impeachment da Dilma, mas não chegamos a um acordo sobre isso. Por isso nos retiramos da aliança", diz o advogado Mauro Scheer, líder do grupo Brasil Melhor.

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Além da divergência sobre o impedimento da presidente, parte dos dirigentes reclama da liderança assumida pelo Vem Pra Rua, o movimento mais estruturado, que assumiu a linha de frente dos protestos contra Dilma. Estão presente no ato de hoje, que reúne até o momento cerca de 40 pessoas, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Marcos Pestana, presidente do PSDB de Minas, e Osmar Bertoldi (DEM-PR).

Ato pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em frente ao prédio da Petrobras em Brasília reúne, neste momento, seis manifestantes e 12 policiais militares. O movimento foi organizado, por redes sociais, pelo grupo "Revoltados Online". Marcado para as 17 horas, o protesto reuniu até agora dois carros com adesivos e bandeiras que pedem o impeachment da presidente. Um dos manifestantes veste um colete pedindo a saída de Dilma. A ideia dos ativistas é percorrer, de carro, a Esplanada dos Ministérios, promovendo um buzinaço.

Para evitar confronto, eles mudaram a estratégia original e não passarão mais pela rodoviária da cidade, onde organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fazem ato nesta tarde pela defesa da democracia. Os manifestantes que estão em frente ao prédio da Petrobras em Brasília criticaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por supostamente ter convocado o "exército do Stédile" para fazer frente às manifestações contrárias ao governo.

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Uma das organizadoras do ato, a auditora aposentada do Tribunal de Contas da União (TCU) Claudia de Faria Castro, defendeu a saída de Dilma da Presidência da República, mas disse ser contrária à hipótese de intervenção militar. "Intervenção militar, a gente acha incogitável", afirmou. "Precisamos dar um recado. Acho que o povo tem de amadurecer. Nosso objetivo é dizer que estamos atentos. Não queremos deixar espaço para quem não nos representa", declarou a manifestante, dizendo acreditar que o impeachment seria capaz "de resolver a curtíssimo prazo os problemas do País".

O professor de inglês e filosofia Edgar de Souza, de Campinas, disse que estar em Brasília há três dias para reforçar o movimento. Segundo ele, a presidente Dilma desrespeita a Constituição e que, por isso, pode ser impedida. "O governo perdeu a moralidade, a eficiência e não tem transparência. Collor foi cassado por muito menos. Temos um desmando no governo", afirmou. O professor disse que o Presidente da República ideal seria o candidato derrotado e atual senador pelo PSDB Aécio Neves. Souza está vestido com um colete em que, na frente, é possível ler "sou golpista porque sou contra Dilmabras corruPTçãobras, PTbras, violência, diPTadura, inflação. A Graça saiu. Falta a desgraça. Impeachment já". Nas costas, ele estampa personalidades que admira: o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela apuração do caso Lava Jato, o pastor Silas Malafaia e os jornalistas Reinaldo Azevedo, Luiz Datena, Rachel Sheherazade, Ratinho, Alexandre Garcia, Chico Pinheiro e Arnaldo Jabor.

O protesto ocorre de forma tranquila. OS funcionários da Petrobras que trabalham no local não foram liberados mais cedo, como chegou a ser sugerido pela Polícia Militar.

Um grupo com cerca de 300 manifestantes está concentrado na tarde desta sexta-feira, 13, na região central de Brasília. O ponto encontro é um centro comercial, o Conic, de onde o grupo partirá às 17 horas em direção à rodoviária da cidade, em uma ação que terá entre seus principais pontos "defender a democracia". A estimativa de público presente neste momento é da Polícia Militar do Distrito Federal.

Quando chegarem à rodoviária, os manifestantes farão uma panfletagem apresentando as demandas dos trabalhadores. O ato foi convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas também participam representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). A PM do DF está acompanhando a movimentação, com um efetivo reforçado no local.

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O movimento traz pontos como defesa dos direitos dos trabalhadores, proteção da democracia e apoio à Petrobras. De acordo com Roberto Miguel, membro da direção nacional da CUT, o ato não é em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff. "Vamos defender a democracia e o resultado eleitoral", disse o sindicalista.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, três manifestações distintas estão marcadas para ocupar a região central de Brasília nesta tarde. O órgão informou que o número de policiais destacados para acompanhar os manifestantes deve ser mantido em sigilo por estratégia de segurança. A assessoria de imprensa garantiu que a PM está preparada para qualquer eventualidade e tem homens à disposição caso haja necessidade de reforço.

Acabou nesta tarde o protesto de integrantes de movimentos sociais em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília. Encabeçado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o ato chegou a reunir 300 pessoas, de acordo com a Polícia Militar.

No início do protesto, por volta das 10h30 desta quarta-feira (11) os manifestantes tentaram invadir o prédio do ministério, mas foram impedidos por seguranças. Logo depois, o protesto seguiu pacífico.

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O ato faz parte de uma mobilização nacional que reúne diversos movimentos sociais. Os manifestantes pedem reforma urbana, ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida, manutenção de programas sociais e calote da dívida pública.

Cerca de 30 manifestantes de movimentos sociais, incluindo sem terra e sem teto, tentam invadir, na manha desta quarta-feira, 11, o prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília. Os seguranças tentam impedir a invasão. A Polícia Militar já teria sido acionada. Os manifestantes impedem a entrada de funcionários no edifício da Fazenda. Na última segunda-feira, 9, em outro protesto, manifestantes conseguiram entrar no prédio da Fazenda e reivindicavam cotas para negros em concurso público.

Uma quadra de esportes com cobertura, mas sem piso. No parquinho, o balanço só tem as traves. A gangorra está quebrada e o escorregador, enferrujado. Em volta, o mato está alto. As poucas salas de aula são pequenas e mal ventiladas. Algumas têm até buracos no chão. São cinco salas e dois banheiros para 94 alunos. Essa é a Escola Classe Incra 7, em Brazlândia, unidade rural que fica a cerca de 35 quilômetros da região central de Brasília. O ensino era integral até o ano passado, mas o sistema parou de funcionar por falta de infraestrutura.

Segundo a diretora, Cristiane Milani, a unidade não está na lista das que vão receber uma reforma este ano. “A gente saiu da educação integral de dez horas, que é um ganho pedagógico maravilhoso, porque a estrutura física nos limitou. Ninguém soube explicar o motivo de não termos sido contemplados, nem a própria regional de ensino. Temos uma sala com um buraco de 30 centímetros de comprimento, já com determinada profundidade, então a gente não consegue entender o porquê de nossa escola não ter sido atendida.”

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Lucas Braga, 6 anos, é neto da aposentada Lurdes Braga e estuda na Escola Classe Incra 7. A avó conta que admira o trabalho dos professores, mas reconhece que o local precisa de uma série de reparos. “Eles separam um dia no mês para a família, eu achei isso muito bom, entrosa as crianças. Mas eu acho que poderia fazer mais concreto, para as crianças não ficarem pisando na terra, e melhorar a pintura, que está muito feia.”

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado no fim do ano passado apresenta o diagnóstico da educação no Distrito Federal. O estudo, que avaliou em 2014 as instalações físicas das escolas públicas e os problemas relacionados à manutenção e reforma, mostra que 44% das escolas precisam de pequenos reparos, 31% estão em condições ruins e 6% estão em péssimas condições, a maioria delas, no campo.

Na Escola Classe Incra 7 os utensílios da cozinha são guardados no chão, embaixo da pia, porque não há armários. Além disso, as crianças são obrigadas a comer o mesmo tipo de alimento por vários dias, porque a comida que chega não é diversificada. O aluno Lucas disse que, às vezes, enjoa da merenda. “Eu não gosto muito, queria que tivesse mais macarrão e salsicha”, comentou o menino.

Atualmente, a escola tem cinco professores, mas precisa de mais quatro. Segundo o diretor de Imprensa do Sindicato dos Professores do DF, Samuel Fernandes, a carência de profissionais em toda a rede pública de ensino é muito maior do que os números apresentados pelo governo. “Hoje, a Secretaria de Educação alega que há um déficit de cerca de 3,5 mil professores, mas a carência de efetivos e temporários na rede é bem maior. Falta uma movimentação do governo para contratar.”

O Distrito Federal tem, atualmente, 75 escolas rurais, 12 só em Brazlândia. A principal característica das escolas no campo é que elas são pequenas, com poucos professores. Em muitas delas, o mesmo profissional exerce atividades de diretor e dá aulas para diferentes séries.

Segundo o GDF, 3,5 mil professores foram contratados temporariamente na rede pública em janeiro. A estimativa é que sejam necessários mais 3 mil ao longo do ano para suprir as vagas de futuras licenças.

Um adolescente de 15 anos morreu, na noite de quarta-feira (11), após ser baleado por um frentista que trabalhava no posto de Planaltina, no Distrito Federal. Ele participava de um protesto pacífico contra o aumento de gasolina. O evento, organizado pelas redes sociais, convidava manifestantes a colocar o equivalente a R$ 0,50 de gasolina no tanque e pedir nota fiscal. Cerca de cinquenta pessoas estavam no local.

O frentista abasteceu um dos primeiros carros usados no movimento com R$ 50 em vez de colocar R$ 0,50. Manifestantes passaram, então, a se cotizar para pagar a conta. Irritado, o frentista, que não tinha passagem pela polícia, sacou uma arma e deu dois tiros no jovem, que morreu no local.

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Policiais que faziam ronda prenderam o atirador, de 26 anos, em flagrante. A arma usada no crime estava com numeração raspada. Ele deverá responder por homicídio e porte ilegal de arma.

Ao tentar colocar as finanças do Distrito Federal em ordem, o novo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, terá como objetivo político paralelo se consolidar como uma liderança política no seu partido, o PSB, sob a vitrine do ajuste fiscal. A ideia é reorganizar as finanças e tirar as principais promessas do papel para mostrar que a sigla tem capacidade de gestão.

Depois de eleger seis governadores em 2010, o PSB viu seu poder nos Estados ser reduzido: além do Distrito Federal, vai governar pelos próximos quatro anos Pernambuco e Paraíba.

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A expectativa de Rollemberg é transformar sua gestão num exemplo de governança e preencher o vácuo de liderança nacional do partido após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

O ex-presidente nacional da sigla morreu em agosto do ano passado em um acidente aéreo na cidade de Santos, no litoral paulista, durante sua campanha à Presidência da República. Campos costumava usar como vitrine na campanha os resultados obtidos nos oito anos como governador de Pernambuco.

‘Providências enérgicas’

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, admite que o ajuste fiscal não será uma tarefa fácil para Rollemberg. "O Distrito Federal vai precisar de providências bastante eficientes e enérgicas para se transformar numa vitrine."

Desde que assumiu o cargo na semana passada, Rollemberg tem anunciado uma série de medidas para tentar contornar o descontrole nas contas públicas. O novo governador culpa o antecessor, Agnelo Queiroz (PT), pelo rombo nos cofres públicos que pode chegar a R$ 3,5 bilhões.

No início desta semana a equipe econômica do novo governo convocou uma entrevista coletiva para anunciar que não teria condições de pagar os salários dos servidores, mas Rollemberg afirmou anteontem que tentará solucionar o problema até o fim da próxima semana. O governo tenta negociar com a União a antecipação de parte do Fundo Constitucional, mas ainda não recebeu uma resposta sobre o pedido.

Cortes

Entre as medidas colocadas em prática para reverter essa situação está a diminuição do número de secretarias - de 38 para 23 pastas - e a suspensão por quatro meses da compra de passagens aéreas, pagamento de diárias de viagem, participação em cursos, entre outros. Rollemberg também publicou um decreto exonerando todos os servidores que ocupavam cargos comissionados e colocou como meta cortar 20% dos gastos de custeio, como as despesas com combustível e telefonia.

Ciente da responsabilidade que tem pela frente, ele tem dito que "austeridade" será a palavra de ordem do seu governo. Para comandar essa política de arrocho, ele escalou como secretário da Fazenda Leonardo Colombini, que desde 2010 desempenhava a mesma função em Minas Gerais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A equipe econômica do Governo do Distrito Federal (GDF) afirmou nesta terça-feira que não terá como pagar os salários dos servidores na próxima quinta-feira, 8, caso não receba uma ajuda emergencial da União. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que tomou posse no dia 1º, tenta negociar com o Ministério da Fazenda a antecipação de parte do Fundo Constitucional, mas ainda não recebeu uma resposta sobre o pedido.

Rollemberg culpa o antecessor, o petista Agnelo Queiroz, pelo caos financeiro do DF. Sua equipe diz ter recebido o governo com apenas R$ 64,2 mil em caixa e ter herdado um déficit que pode chegar a R$ 3,5 bilhões no final do mês.

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Em entrevista coletiva, o secretário de Fazenda do GDF, Leonardo Colombini, disse que há um "rombo nas contas" e fez um apelo à população para que entenda a situação. Servidores da saúde e da educação não receberam sequer o 13º salário, que deveria ter sido pago no último dia 20.

Desde que assumiu o cargo, Rollemberg tem anunciado uma série de medidas para tentar colocar as finanças do Distrito Federal em ordem. Ele diminuiu a quantidade de secretarias, anunciou que vai reduzir o número de cargos comissionados e congelou gastos com viagens, carros oficiais, combustíveis, entre outros.

Após ser derrotado ainda no 1.º turno das eleições, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), tem vivido dias difíceis na reta final do seu mandato. Desde meados de outubro, a capital do País passa por um grave problema administrativo, que acabou por ampliar a rejeição do petista até mesmo dentro da sigla e deixou ainda mais incerto seu futuro político. Recentemente, o governador eleito do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), afirmou que a previsão do rombo no caixa, que inicialmente era de R$ 2,1 bilhões, poderá chegar a R$ 3,8 bilhões.

Nas últimas semanas, Agnelo suspendeu pagamentos de contratos e salários, o que deflagrou uma onda de protestos do funcionalismo público. Os servidores foram às ruas e pararam o trânsito da capital. Houve greve de ônibus e interrupção da coleta de lixo. Até mesmo a grama dos espaços públicos deixou de ser cortada e o mato começou a tomar conta da cidade.

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A constatação é que o governo gastou mais do que podia. E Agnelo não pode nem culpar a falta de arrecadação, já que Brasília, por ser a capital federal, recebe uma significativa transferência da União desde dezembro de 2002, chamada de Fundo Constitucional. O repasse - que em 2014 passará dos R$ 10 bilhões - é carimbado para as áreas de educação, saúde e segurança. O orçamento próprio do Distrito Federal é de cerca de R$ 23,3 bilhões.

O gasto mais criticado da gestão Agnelo é com a construção do Estádio Mané Garrincha, que custou cerca de R$ 1,5 bilhão e foi todo bancado com recursos próprios. Nos últimos anos, o governador também concedeu reajustes e contratou 36 mil novos servidores, o que sobrecarregou a folha de pagamento.

A despesa com pessoal, que era de 45% da arrecadação em 2010, subiu já em 2011, ano do primeiro do mandato de Agnelo, para 55,4%. Ao todo, foram 29 aumentos salariais, segundo dados do governo, e 37, pelos levantamentos da oposição.

Constrangimento

A situação do DF gera constrangimento no PT. O deputado distrital Wasny de Roure criticou o aumento desordenado dos gastos. "Ficou muito embaraçoso para o PT. Às vezes eu fico com vergonha de sair na rua." Na eleição, a presidente Dilma Rousseff manteve-se longe da disputa pelo governo da capital federal.

Procurado, Agnelo não quis dar entrevista. Em nota, a assessoria do governador assegurou que "todos os servidores ativos, inativos e comissionados, estão com os salários em dia" e que o governo "está adequando seu fluxo de caixa para arcar com os compromissos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de serem de dois partidos que fizeram oposição à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), os governadores eleitos do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), disseram nesta terça-feira (4), que esperam manter uma boa relação com a petista nos próximos quatro anos.

Após reunião para discutir como resolver os problemas de cidades que fazem divisa entre os dois entes federativos, Perillo afirmou que, apesar de ser do PSDB, não teve dificuldades em conversar com Dilma durante o seu primeiro mandato. "No meu caso, nunca houve ruído na relação republicana com o governo federal. Sempre prevaleceu uma relação respeitosa", afirmou.

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Os dois governadores disseram que ligaram para a presidente após o 2º turno e que tiveram uma boa sinalização de diálogo. "Eu percebi na presidente uma sinceridade muito grande em ajudar o Distrito Federal", disse Rollemberg.

Tanto o PSDB quanto o PSB acusam o PT de ter feito uma campanha para desconstruir os seus candidatos à Presidência, Aécio Neves e Marina Silva. No 2º turno, o PSB optou pelo apoio ao tucano.

Apesar disso, Rollemberg, que hoje é senador, sinalizou que a bancada da sigla na Casa deve adotar uma postura de independência em relação ao governo e não de oposição como o PSDB. Os senadores estão reunidos nesta manhã para discutir o assunto. À tarde, os deputados eleitos deliberam sobre o tema.

O governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), comemorou a vitória neste segundo turno ao lado da mãe, Dona Teresa, e da mulher Márcia, no início da noite deste domingo, 26. Ele adiantou que já vai iniciar nesta semana as conversas de transição com o atual governador Agnelo Queiroz (PT). Segundo ele, a primeira medida do seu governo será "radicalizar na transparência", com a criação de um conselho formado por entidades da sociedade civil para acompanhar os projetos e gastos do governo.

Ele afirmou que os dados dos contratos do DF serão divulgados em painéis e que abrirá a senha para acompanhamento do orçamento pela população. O governador eleito não quis adiantar os nomes do seu secretariado. "Nós não vamos aparelhar o governo. Vamos fazer um governo com metas e resultados, com pessoas qualificadas".

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Ele admitiu que já assume com dificuldades financeiras. "A situação do DF é realmente muito difícil. Existe um déficit, já assumido pelo atual governo, de R$ 2,1 bilhões. Vamos estudar na transição quais serão as medidas que nos permitirão equilibrar financeiramente o DF".

Questionado se governará com apoio do PT, de Agnelo Queiroz, ele afirmou que aceitará a adesão ao programa de governo. "Vamos iniciar as conversas com os partidos".

Rollemberg enfrentou no segundo turno o candidato do PR, Jofran Frejat, cujo mote da campanha foi a tarifa R$ 1,00, a chamada tarifa Frejat. O governador eleito afirmou que, na mobilidade urbana, sua principal medida será o bilhete único para o transporte público e não a redução do preço da passagem.

Com 94% das urnas apuradas no Distrito Federal, o candidato do PSB, Rodrigo Rollemberg, já está eleito como novo governador com 55,57% dos votos válidos, contra 44,43% dos votos para o candidato do PR, Jofran Frejat.

A pesquisa Ibope do segundo turno para presidente da República no Distrito Federal apontou o candidato do PSDB, Aécio Neves, com 69% dos votos válidos contra 31% da candidata à reeleição, a petista Dilma Rousseff. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

No primeiro turno, o tucano já havia saído vitorioso na capital do País, com 36,10% dos votos válidos. A candidata do PSB, Marina Silva não repetiu o desempenho de 2010, quando ficou em primeiro lugar, mas ficou em segundo, com 35,81% dos votos válidos. Dilma Rousseff ficou em terceiro, com 23,02% dos votos válidos. No caso dos votos totais do segundo turno, de acordo com o Ibope, Aécio conquistou 63% das intenções de votos, Dilma, 28%. Outros 5% votariam branco ou nulo e 4% não souberam ou não responderam.

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O levantamento foi encomendado pela Rede Globo. Foram ouvidos 2.002 eleitores em todo o Distrito Federal entre os dias 10 e 12 de outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) sob o número DF-00081/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01085/2014.

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