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A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) e a Polícia Militar organizaram um plano de segurança específico para atuação na Esplanada dos Ministérios durante os três dias em que o processo de impeachment poderá ser votado na Câmara. A chamada "Operação Esplanada", que reúne agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Detran e Corpo de Bombeiros, ocorrerá durante os dias 15, 16 e 17 de abril. Antes de chegar à votação no plenário, contudo, o tema ainda deve passar por votação na Comissão Especial de Impeachment, prevista para a próxima segunda-feira.

Nessas datas, as áreas do entorno do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, bem como de toda a Praça dos Três Poderes, ficarão restritas para acesso. Não haverá circulação de manifestantes nesses espaços que, tradicionalmente, foram ocupados pelas pessoas nas manifestações anteriores.

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A operação formará uma área exclusiva ao longo da região central de toda a Esplanada. O grupo a favor do impeachment será concentrado do lado direito da Esplanada. O grupo contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff ficará do lado esquerdo. Haverá alambrados para separar os manifestantes. A barreira vai impedir que os grupos se vejam durante os atos.

Todo acesso será monitorado pela Polícia Militar. Cada manifestante que seguir para a Esplanada será abordado por um policial para ter acesso à área.

Foram autorizadas as entradas de apenas dois carros de som para cada grupo de manifestantes. Esses carros não poderão incitar os manifestantes com palavras de ordem. A polícia definiu que só serão permitidas informações para orientar a população.

O estacionamento dos manifestantes favoráveis ao impeachment será no Parque da Cidade, também do lado direito de quem segue para a Esplanada. Os manifestantes contrários à saída da presidente deverão estacionar do lado esquerdo, no entorno do estádio Mané Garrincha.

Estão proibidas as entradas de garrafas e objetos de vidro, fogos de artifício, suportes de bandeiras, máscaras e megafones. Quem chegar ao local com algum desses objetivos terá o item recolhido pela polícia. Os bonecos infláveis, de qualquer tamanho, também foram proibidos. O objetivo, segundo a polícia, é evitar provocações entre os manifestantes.

O bloqueio de parte das vias terá início à meia-noite do dia 14, quinta-feira. "Todo o trabalho é para que as pessoas possam se manifestar livremente sem por em risco a segurança própria e de outros", disse secretária de Estado da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar. "Estamos tranquilos, preparados e integrados."

O efetivo policial organizado para fazer a segurança das manifestações no próximo fim de semana, quando deverá ser votado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, deverá chegar a cerca de 4 mil agentes.

A Polícia Militar prevê que 3 mil homens atuem diariamente na "Operação Esplanada" entre os próximos dias 15 e 17. A Polícia Civil deverá deslocar 700 agentes por dia para a região. O Corpo de Bombeiros escalou cerca de 500 agentes, enquanto o Detran dará apoio com mais de 50 servidores.

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Cada uma das instituições estará em alerta para ampliar seus contingentes, se necessário. A PM conta com um efetivo de 13,8 mil agentes no Distrito Federal. A Polícia Civil, com 4,7 mil servidores.

A montagem de alambrados ao longo da Esplanada já começou e os agentes policiais começaram a monitorar toda a região central de Brasília.

Após mais de 13 horas de sessão, a Comissão Especial do Impeachment na Câmara dos Deputados encerrou às 4h42 deste sábado a primeira fase da discussão do parecer favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff. Ao todo, discursaram 61 dos 116 deputados que haviam se inscrito para falar discursaram. Entre eles, 39 se posicionaram a favor e 21 contra o impeachment. Houve ainda um indeciso: o deputado Bebeto (PSB-BA).

Entre as principais legendas que compõem a comissão, o Partido da República (PR) foi o único em que nenhum representante discursou. Assim como PP e PSD, o PR tem negociado com o Palácio do Planalto mais espaço no governo em troca de apoio da bancada contra o impeachment. Tanto no PP quanto no PSD, apenas dois deputados discursam na sessão, todos a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

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A sessão começou por volta das 15h30 de sexta-feira, mas os discursos de fato só iniciaram cerca de uma hora depois. Governistas e oposicionistas se alternaram em suas falas contra e a favor do impeachment. Governo e oposição acabaram deixando em segundo plano o teor do parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impeachment, e focaram seus discursos nas críticas um ao outro.

Governistas ressaltaram que partidos da oposição também são acusados de corrupção e acusaram opositores de não aceitar perder as últimas eleições e querem tirar Dilma por meio de um "golpe". Focaram ainda na estratégia de lembrar que a linha de sucessão presidencial é integrada por membros investigados por corrupção, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo na linha de sucessão.

Já a oposição centrou suas críticas em outras acusações e suspeitas contra o governo Dilma, algumas alheias ao parecer de Arantes, bem como contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. Opositores apostaram também na estratégia de dizer que aqueles que votarem contra o impeachment estarão concordando com os crimes de responsabilidade a que a petista é acusada na representação.

Tumultos

Durante toda a sessão, houve princípio de tumulto em apenas dois momentos. O primeiro foi quando, seguindo a linha adotada por governistas, o deputado Pepe Vargas (PT-RS) afirmou que PSDB e DEM são os partidos com maior número de políticos cassados no País. O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), e o deputado Mendonça Filho (PE) reagiram com gritos de "mentira".

O segundo bate-boca mais acalorado aconteceu durante o discurso do deputado Sílvio Costa (PT do B-PE), vice-líder do governo na Câmara. O parlamentar ironizou o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) pelo fato de ele ser pastor evangélico e chamou o deputado Danilo Forte (PSB-CE) de "merda", "corrupto" e "imbecil", o que gerou a reação imediata de parlamentares pró-impeachment.

Cansaço

O cansaço era visível nos rostos de deputados, assessores e jornalistas que participavam da sessão da comissão. Para amenizar a situação, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) distribuiu energéticos para funcionários que estavam trabalhando, que se somou ao cafezinho servido pela Câmara. O presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), também mandou fazer sanduíches de pão francês e queijo para distribuir.

Do lado de fora do plenário, manifestantes contrários ao impeachment distribuíam pão com mortadela. Diante da polarização política no País, convencionou-se relacionar mortadela aos apoiadores do governo e coxinha aos defensores do impeachment. Os sanduíches foram oferecidos tanto aos parlamentares governistas, que levaram o lanche para o plenário, quanto para os oposicionistas.

Para tentar evitar que o plenário não ficasse esvaziado durante a sessão, os parlamentares se revezavam, principalmente os da oposição. Por volta das 2 horas deste sábado, houve um momento em que havia somente um parlamentar governista, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Alguns deputados só chegaram na hora de falar e deixavam após o discurso, indo para casa ou reunir-se em restaurantes com colegas.

Fogo amigo

Durante os discursos, o governo recebeu críticas até de deputados aliados do Palácio do Planalto. Embora tenha dito ter convicção de que a presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade que justifique seu afastamento, o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), fez uma dura crítica à petista durante seu discurso, feito já na madrugada deste sábado.

Picciani afirmou que o Brasil chegou a atual situação, "porque quem ganhou a eleição não teve a humildade de reconhecer que ganhou uma eleição dividida e chamar o País a uma reconciliação e quem perdeu não teve a resignação de aceitar o resultado e pensar no País; preferiu contestar e pensar apenas na sua ambição política". "Essa página, sim, seja qual for o resultado, tem que ser virada", disse.

Votação

A discussão do parecer será retomada na segunda-feira, 11. Nessa fase, somente os líderes partidários poderão falar. A previsão é de que a votação aconteça no mesmo dia. Se aprovado, o parecer será publicado no Diário Oficial da Câmara. Após 48 horas da publicação, o presidente da Casa poderá levá-lo para votação em plenário.

Em dia de Relatório Trimestral de Inflação (RTI), um grupo de aproximadamente 100 manifestantes se concentra nesta quinta-feira, 31, na portaria principal da sede do Banco Central, em Brasília. A entrada de funcionários ocorria normalmente por volta das 7h45, mas há um reforço policial e também da segurança da instituição em todas as portarias do prédio.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, entrou em contato com os manifestantes, mas não encontrou a liderança do grupo. O protesto, de acordo com eles, terá adesão de mais pessoas, que ainda vão chegar em pelo menos dois ônibus. Os participantes garantem que o ato não tem qualquer relação com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff - nem contra e nem a favor.

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Segundo os manifestantes, o protesto é contra o pagamento da dívida brasileira, o que, segundo eles, aumentará o desemprego no Brasil. Eles também vão pedir mais assentamento para moradias. O grupo pretende ir a pé da sede do BC até o Senado Federal, um percurso de aproximadamente quatro quilômetros que passa pelas vias mais centrais e conhecidas da cidade.

A Presidência da República divulgou nesse sábado (19) nota afirmando que o senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) segue “sua estratégia de vingança contra todos os que não agiram para evitar que fosse mantido preso pela revelação de que tentava obstruir investigações que poderiam prejudicá-lo”. A nota foi uma reação à entrevista do ex-líder do governo no Senado à revista Veja, publicada na edição deste fim de semana.

Segundo a revista, Delcídio disse que “tanto Lula quanto Dilma tinham pleno conhecimento da corrupção na Petrobras e, juntos, tramaram para sabotar as investigações [da Operação Lava Jato], inclusive vazando informações sigilosas para os investigados”.

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Para a Presidência, o senador repete as “inverdades e absurdos declarados na sua delação premiada” e “volta a fazer ataques mentirosos e sem qualquer base de realidade contra o governo da presidenta Dilma Rousseff”. “Inventa estórias mirabolantes, busca vitimizar-se e atribui a outros condutas ilícitas e imorais de sua exclusiva autoria”, diz a nota.

Judiciário

Dilma determinou que sejam tomadas todas as medidas judiciais cabíveis contra Delcídio, “por todas as suas declarações caluniosas e difamatórias”.

Na mesma nota, o governo reafirma que nunca interferiu nas decisões do Judiciário e nas investigações da Operação Lava Jato, nem criou obstáculos a seu desenvolvimento.

“As afirmações do sr. Delcídio do Amaral pretendem lançar uma suspeita indevida sobre nossas cortes de Justiça - STF e STJ -, que merece pronto e vigoroso repúdio. Aliás, o próprio senador, no áudio que ensejou sua prisão, já tinha mentido sobre conversas que teria mantido com ministros da nossa Suprema Corte, como mais tarde ele próprio depois veio a reconhecer. Mente outra vez, como parece ser a sua prática reiterada”, conlui a nota.

O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, divulgou nota no início da tarde desta sexta-feira (18), repudiando a divulgação de uma conversa telefônica entre ele e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e afirmou que vai solicitar investigação sobre a existência de grampos em telefones da Presidência da República.

"Considero muito estranha a divulgação de gravação de conversa privada que mantive com o Presidente do PT, Rui Falcão, e ainda mais a tentativa de gerar interpretação desvirtuada de minhas palavras e do diálogo mantido. Ao contrário do que dizem os que buscam distorcer o diálogo, jamais defendi ambiente de conflito e confronto social", diz o ex-ministro da Casa Civil.

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Diálogos interceptados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato mostram uma conversa entre os dois logo após o Ministério Público de São Paulo pedir a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na conversa, Falcão se mostra preocupado com a possibilidade de Lula ser preso e pergunta a Wagner o que aconteceria se Lula já fosse nomeado ministro. O então ministro da Casa Civil diz que não sabe e Falcão pede para que ele consultasse alguém no governo para esclarecer o assunto. Falcão também pede alguém do governo fosse para São Paulo, "pra se mexer aqui também".

Em outro trecho, Wagner diz acreditar que é preciso "ficar cercado em torno do prédio dele (de Lula) e sair na porrada". O presidente do PT, em seguida, pediu que a presidente Dilma Rousseff fosse avisada: "Alerta a presidente, toma a decisão de Estado Maior aí, e mantém a gente informado".

O ministro disse que "é imprescindível" ressaltar que a gravação foi baseada em um grampo ilegal, "uma vez que nem o presidente do PT e nem eu somos alvos de investigação".

Ele reforça ainda que além de pedir investigação sobre a existência de grampos em telefones da Presidência da República, ele vai solicitar que se apure "autorização de divulgação de diálogos privados gravados de forma ilegal", "Um claro desrespeito à Constituição, às liberdades individuais e ao Estado de Direito Democrático", disse.

O senador Fernando Collor (AL) comunicou à direção nacional do PTB a decisão de deixar o partido. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 17, e com a decisão assumirá o diretório estadual de Alagoas o deputado Antônio Albuquerque. Segundo assessores, ele ainda não informou para qual legenda deverá migrar.

Collor ingressou no PTB em 2007. Antes do PTB, o senador fez parte do PRTB (1997-2007), PRN (1989-1993) partido pelo qual foi eleito presidente da República, ARENA (1979-1980), PDS (1980-1985) e PMDB (1985-1989).

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Após viver a pior epidemia de dengue da sua história em 2015, o País já registra nos primeiros meses de 2016 números ainda piores do que os do ano passado. De janeiro até a primeira semana de março, foram notificados ao Ministério da Saúde 495.266 casos prováveis da doença, alta de 46% em relação ao mesmo período de 2015, quando 337.738 suspeitas foram reportadas.

A informação foi dada na manhã desta sexta-feira, 18, pelo diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério, Claudio Maierovitch, em simpósio sobre o vírus zika realizado pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.

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O diretor afirmou que ainda não é possível saber se a epidemia deste ano será ainda pior do que a do ano passado, mas afirmou que a ocorrência de surtos em anos consecutivos tem surpreendido, já que anteriormente era comum observar dois ou três anos de baixa após um ano de grande surto. "Temos ficado espantados com o aumento da frequência de grandes epidemias", disse.

O número atual de registros de dengue é quase o triplo do informado no último boletim divulgado pelo ministério, com dados até a quinta semana do ano, quando haviam sido notificados 170 mil casos.

De acordo com Maierovitch, Minas Gerais e São Paulo são os dois Estados com o maior número de casos de dengue neste ano.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República divulgou nota, nesta quarta-feira (16), em que condena o vazamento de conversa entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente e ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva.

“Em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República”, diz o texto.

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“Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República,  cometida pelo juiz autor do vazamento”, completa a nota.

De acordo com a nota, a posse do novo ministro da Casa Civil acontecerá na manhã desta quinta-feira (17).

Leia o texto, na íntegra:

“Nota à imprensa

Tendo em vista a divulgação pública de diálogo mantido entre a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cumpre esclarecer que:

1 – O ex-Presidente Lula foi nomeado no dia de hoje Ministro-Chefe da Casa Civil, em ato já publicado no Diário Oficial e publicamente anunciado em entrevista coletiva;

2 – A cerimônia de posse do novo Ministro está marcada para amanhã às 10 horas, no Palácio do Planalto, em ato conjunto quando tomarão posse os novos Ministros Eugênio Aragão, Ministro da Justiça; Mauro Lopes, Secretaria de Aviação Civil; e Jaques Wagner, Ministro-Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República;

3 – Uma vez que o novo ministro, Luiz Inácio Lula da Silva, não sabia ainda se compareceria à cerimônia de posse coletiva, a Presidenta da República encaminhou para sua assinatura o devido termo de posse. Este só seria utilizado caso confirmada a ausência do ministro.

4 – Assim, em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República.

5  – Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República,  cometida pelo juiz autor do vazamento.”

Da Redação da Agência PT de Notícias

A Polícia Militar estima em 20 mil o número de manifestantes que foram à Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal, para o ato pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, em Brasília, neste domingo. Os organizadores do evento falam em 30 mil pessoas.

Os sinais de manifestação são vistos antes mesmo de se chegar à Esplanada dos Ministérios. Em algumas varandas e janelas de edifícios residenciais, há bandeiras do Brasil, cena comum na capital federal apenas em Copa do Mundo.

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Os manifestantes usam fantasias e carregam "pixulecos". No Eixo Rodoviário, nos chamado "eixinhos", motoristas passam buzinando nas faixas que não são bloqueadas aos domingos para lazer.

Para atender a uma determinação judicial, o governo do Distrito Federal vai adquirir medicamentos à base de canabidiol, substância presente na maconha. A decisão foi publicada segunda-feira, 15, no Diário Oficial do DF, dispensando a necessidade de licitação para importar o produto.

O governo recebe propostas até as 17h de sexta-feira para importar, sob o menor preço e em caráter emergencial, suplementos alimentares à base de canabidiol, nos formatos seringa preenchida ou frasco. Pacientes de dores crônicas, Parkinson ou de epilepsias refratárias que desejarem importar o medicamento devem estar cadastrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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De acordo com resolução do órgão, a importação deve ser solicitada "por pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado, para tratamento de saúde". Nenhum paciente pode ter em posse quantitativo que ultrapasse o necessário para um ano de tratamento.

A Secretaria de Saúde do DF informou que a compra pode ser solicitada pela própria pessoa ou por intermédio do Sistema Único de Saúde - nesse segundo caso, a única possibilidade de adquiri-lo é via decisão judicial, "já que é um medicamento não padronizado, importado e sem registro na Anvisa". Não há estimativa de custo do produto, cuja comercialização não é permitida em território brasileiro.

Integrantes da Frente Nacional de Luta, Campo e Cidade (FNL) invadiram o prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, às 3h50 desta terça-feira, 2, em protesto por reforma agrária e demarcação de terras indígenas e quilombolas.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, o grupo é formado por cerca de 100 pessoas. As vidraças da frente do Ministério foram quebradas e a porta arrombada para a entrada dos manifestantes na madrugada.

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Eles ainda estão no prédio e devem se reunir, pela manhã, com o ouvidor agrário nacional, desembargador Gecino José da Silva Filho.

No prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, também despacham funcionários do Ministério do Esporte, da Controladoria-Geral da União e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Mais cedo, os manifestantes chegaram a interditar parcialmente o Eixo Monumental, via principal de Brasília, que dá acesso aos ministérios e ao Congresso Nacional. O trânsito foi liberado posteriormente.

Depois de São Paulo e Recife, a cidade de Brasília, no Distrito Federal, será a próxima a receber uma edição da Campus Party, evento de tecnologia e cultura digital. O anúncio oficial da Campus Party Brasília aconteceu na terça-feira (26) durante a coletiva de imprensa antes da abertura oficial dos portões da Campus Party Brasil, que acontece até o próximo domingo (31), em São Paulo. Na edição deste ano, o evento reúne mais de 8 mil campuseiros e deve receber mais de 120 mil visitantes.

"Estamos trabalhando há meses para fazer uma Campus Party em Brasília", disse o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia. Ainda não há uma data definida para a realização do evento, mas a previsão é de que ele seja realizado no segundo semestre de 2017. "A Campus demanda pelo menos um ano e meio de preparação", disse o executivo.

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O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), acompanhou a abertura dos portões da edição paulista do evento. "Quando vim para cá, fiquei muito impressionado porque o avião estava tomado por campuseiros", disse Rollemberg.

Até agora, apenas São Paulo e Recife sediaram edições da Campus Party. O evento acontece há nove anos na capital paulista - sempre no primeiro semestre - e há quatro anos na capital de Pernambuco - no segundo semestre. "Estamos passando por um processo de expansão e esperamos confirmar nos próximos meses, pelo menos, mais duas cidades que receberão o evento nos próximos anos", disse o presidente do Instituto Campus Party. A meta é realizar a feira em cada região do País.

A Campus Party, que foi criada na Espanha em 1997, não está em expansão apenas no Brasil. Em 2016, a organização planeja realizar sete edições da Campus Party pelo mundo. Argentina, Índia e Itália receberão sua primeira edição neste ano.

Futuro

O evento na capital federal dará continuidade ao tema "Fell the Future" (sinta o futuro, em inglês) desta edição da Campus Party Brasil. A ideia é debater as transformações pelas quais a sociedade vai passar nos próximos anos à medida que o trabalho humano é substituído por máquinas inteligentes. "A mudança vai ser tão grande que temos de pensar em como será um mundo em que humanos não têm mais que trabalhar", diz o cofundador e presidente executivo da Campus Party, Paco Ragageles.

Segundo os organizadores, a Campus Party começou com os ingressos esgotados. Nas primeiras horas após a abertura do evento, o público - formado em sua maioria por jovens - tomou as mesas que, no total, oferecem mais de 5 mil pontos de conexão de internet. A infraestrutura é oferecida pela empresa de capital misto Telebrás com velocidade de 40 gigabits por segundo - menor que os 50 Gbps do ano passado.

No total, a Campus Party oferece neste ano mais de 700 horas de palestras, debates e oficinas de temas relacionados a tecnologia, empreendedorismo e inovação. Há uma área aberta ao público, que pode ser visitada gratuitamente. 

Depois de São Paulo e Pernambuco, chega a vez do Distrito Federal sediar sua própria edição da Campus Party – maior feira de tecnologia da América Latina. Em 2017, a cidade de Brasília receberá o encontro, que reúne jovens, empreendedores, cientistas, além de entusiastas do setor. A expectativa é receber até quatro mil participantes.

Leia outras notícias sobre a Campus Party aqui

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Segundo o Governo do Distrito Federal, a data da feira ainda não foi definida, mas a previsão é que a 1ª Campus Party Brasília aconteça entre os meses de agosto e setembro. Além disso, o local de realização do evento será divulgado apenas em 2016.

A Campus Party ocorre durante seis dias, ininterruptamente, com atividades em todos os horários. Os participantes acampam no local para dar sequência à jornada. Durante o encontro, são formadas parcerias e desenvolvidos aplicativos e projetos com foco tecnológico. Em São Paulo, a feira já chegou à sua nona edição. Pernambuco já realiza o evento por quatro anos seguidos. Em 2015, 12 mil pessoas participaram da Campus Party nos dois estados.

A convenção surgiu na Espanha, em 1997. Além de Brasil e Espanha, a feira tecnológica também tem edições anuais na Argentina, na Costa Rica, no Equador, na Holanda, na Itália e no México. Em anos anteriores, países como Alemanha, Colômbia, El Salvador e Inglaterra também hospedaram a Campus Party.

A prorrogação de 15 dias para o prazo de conclusão dos trabalhos da CPI do BNDES provocou reações na oposição. Integrante do colegiado, o deputado federal Betinho Gomes (PSDB) lamentou a decisão da Câmara Federal que, sob a ótica dele, teve a chancela dos líderes partidários e do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Quinze dias é uma piada para se concluir um trabalho. Neste momento, começa a se aprofundar a atividade e aparecem informações relevantes. A Polícia Federal esteve na sede do BNDES e não foi lá a passeio", criticou, nessa quarta-feira (3), durante a oitiva do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco.

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"É bom dizer também que o TCU já afirmou que há prejuízos envolvendo o banco nos financiamentos ao grupo JBS. Precisamos analisar os sigilos que estão nesta Casa. E outras CPIs foram prorrogadas com prazo maior e a do BNDES, com tanto fato para investigar, só terá mais a metade de mês. É lastimável esta decisão”, acrescentou o tucano. Com o novo prazo, a atividade da comissão se estende até 19 de dezembro.

Oitiva

Entre os questionamentos feitos a Barusco, Betinho Gomes perguntou se o BNDES firmou uma carta-compromisso para a compra da empresa do depoente. O ex-gerente da Petrobras respondeu não ter conhecimento do assunto. 

Pedro Barusco foi convocado para prestar esclarecimentos sobre os contratos de empréstimos firmados entre a Sete Brasil Participações, empresa da qual foi diretor, e o BNDES, no fornecimento de sondas de exploração para a Petrobras. 

“Está muito claro que as empresas denunciadas na Lava Jato também foram beneficiadas com recursos do BNDES. Evidentemente, o banco, no momento da aprovação deste recurso, não tenha tido conhecimento deste esquema de propina. Mas, mesmo sem querer o banco acabou participando deste esquema, financiando a corrupção no Brasil”, observo o parlamentar.

A pessoa que venceu sozinha a Mega Sena de R$ 205,3 milhões apresentou-se nesta quinta-feira, 26, em uma agência da Caixa Econômica Federal e já resgatou o prêmio, informou a instituição financeira, antes mesmo do fechamento da rede bancária.

O jogo vencedor foi feito na noite de quarta, 25, na Wands Loterias, no Lago Sul, região nobre de Brasília. Em uma única aposta, de R$ 3,50, feita no guichê número dois, de atendimento preferencial, o sortudo ou a sortuda acertou os números do concurso 1.764 e ficou milionário ou milionária do dia para a noite.

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As funcionárias do estabelecimento Ana Paula Guerreiro, de 36 anos, e Adelzi Campos, de 41, se revezam nesse caixa. Elas souberam da notícia que o prêmio de quarta tinha saído para uma aposta feita na lotérica quando estavam indo para o trabalho. Ao chegar, vários jornalistas já estavam no local. Entre um atendimento e outro, concederam entrevistas e posaram para fotos.

A lotérica ficou cheia durante todo o dia. Muitos clientes queriam fazer o jogo justamente no guichê dois. "Vai que o raio cai duas vezes no mesmo lugar", disse o piloto Carlos Magno, de 56 anos. No total, ele gastou R$ 126 em apostas para o próximo concurso, que deve sortear mais de R$ 100 milhões, segundo a Caixa.

Ana Paula contou que sempre aposta, mas nunca teve sorte. "O meu jogo, para variar, nunca dá em nada", disse. Se fosse a vencedora, ela queria tirar férias pelo resto da vida e descansar da carga de trabalho dos últimos dias.

A última vez tinha dado sorte a alguém, o prêmio foi bem mais modesto, de R$ 170 mil, na Loto Fácil. Já Adelzi afirmou que já fez três grandes prêmios em 14 anos de trabalho na empresa.

Brasília ficou com fama de cidade pé-quente entre os apostadores. Em outubro, uma pessoa levou mais de R$ 47 milhões. Na última Mega da Virada, um dos quatro ganhadores fez o jogo na capital federal. Ele dividiu o prêmio com duas pessoas de São Paulo e uma de Mato Grosso. Cada um levou mais de R$ 65 milhões.

O ganhador tinha até 90 dias a contar da data do sorteio para resgatar o prêmio. Caso não comparecesse, o prêmio prescreveria e o valor seria repassado para o programa de financiamento estudantil do governo, o Fies.

O último concurso teve arrecadação total de R$ 401,5 milhões. A parcela do prêmio paga ao ganhador corresponde a 32,2% do valor arrecadado, depois de descontados os 4,5% destinados à Secretaria Nacional de Esportes. Segundo a Caixa, outros 13,8% são deduções do Imposto de Renda. Do prêmio total, 3% vão para o Fundo Nacional de Cultura e 2% para os comitês olímpico e paralímpico.

A arrecadação da Mega-Sena também é destinada à seguridade social (18,1%), ao financiamento estudantil (7,76%) e ao Fundo Penitenciário Nacional (3,14%).

A Caixa fica com 20% para as despesas de custeio e manutenção de serviços. Desse porcentual, 10% ficam com o banco, 9% com os lotéricos e 1% é destinado ao Fundo de Desenvolvimento das Loterias (FDL), para modernização, promoção e divulgação das Loterias. É desse fundo que saiu os R$ 10 milhões de patrocínio para o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, por exemplo.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), deixou a reunião desta terça-feira (24) no Palácio do Planalto com a missão de agilizar a tramitação da proposta de emenda constitucional (PEC 140/15) que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O texto está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), aguardando a indicação de um relator.

“Independentemente se vai dar para debater este ano, a matéria não pode ficar dormitando nas gavetas da CCJ”, disse ele. Pelas contas do Executivo, com a retomada da contribuição a arrecadação de impostos pela União passaria a R$ 32,2 bilhões em 2016, se a PEC for aprovada até o fim do ano e voltar a ser cobrada a partir de abril do próximo ano, 90 dias depois.

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A missão de Guimarães foi dada pelo ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, depois do encontro, que teve a participação de representantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Segundo o deputado, a pressão para que a matéria avance foi feita pelas entidades que querem receber parte do que for arrecadado.

Pela proposta do Executivo, a CPMF representaria uma alíquota de 0,20% para a União. Em debates promovidos pelo governo e também no Congresso Nacional, governadores e prefeitos propuseram alíquota de 0,38% para que, além do percentual destinado à União, cada um garanta o recebimento de 0,09% da contribuição em seus cofres.

“Há uma divergência entre eles sobre o critério de distribuição entre municípios e estados, com FPE ou FPM [fundos de participação de estados e municípios]. Eles pediram que agilizemos a indicação do relator da PEC”, explicou. Guimarães antecipou que o impasse sobre a distribuição dos recursos será discutido diretamente com o relator da proposta.

Segundo o líder, as entidades pretendem encaminhar o pedido em um ofício a ser entregue ainda hoje ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Outra demanda dos municípios foi o avanço nos debates sobre o critério de reajuste do piso nacional dos professores. A matéria está tramitando no Senado.

Orçamento

Além das matérias que tramitam nas duas casas separadamente, o governo tem hoje o desafio de tentar avançar na votação dos vetos presidenciais feitos a projetos aprovados pelos parlamentares, que ainda aguardam decisão do Congresso.

“São vetos simples que não têm grande consequências. Vamos trabalhar para manter os vetos 44 e 45 [que tratam da gestão dos terrenos de Marinha e da inclusão de policiais no Minha Casa, Minha Vida] e no veto da chamada bengalinha. O governo entende que não é questão dele [governo]. Vai transferir para que a Câmara decida o melhor caminho”, afirmou.

Segundo Guimarães, há uma posição unânime na base aliada de garantir quórum. “Se houver obstrução da oposição, como na vez passada, vamos garantir o quórum e entrar no mérito da matéria”, acrescentou.

Apenas depois de limpar essa pauta, em sessão conjunta da Câmara e do Senado marcada para as 19h de hoje, o Congresso pode começar a votar propostas orçamentárias que começam com o projeto de lei (PLN 5/15) que reduz a meta de superávit primário para 2015, alterando a Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano (13.080/15) e revisando a meta de economia para pagar os juros da dívida. “Precisamos votar essa matéria ainda hoje. É prioridade para o governo”, completou.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou na manhã desta terça-feira, 24 que participa, em conjunto com a Polícia Federal e o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), de operação de busca e apreensão em residências e escritórios de pessoas e empresas envolvidas em suposto cartel no mercado de combustíveis do Distrito Federal. Ao todo, serão cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e 40 servidores do Cade estão envolvidos na ação, denominada Operação Dubai.

Segundo nota divulgada pelo Cade, os mandados serão cumpridos em Brasília e Rio de Janeiro. Além dos mandados de busca e apreensão, estão sendo executados sete mandados de prisão temporária e 25 mandados de condução coercitiva. Mais detalhes da operação serão fornecidos em coletiva de imprensa que será realizada a partir das 11h na sede da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal do DF.

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Histórico

De acordo com informações do Cade, desde 2009, a extinta Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, atualmente incorporada ao órgão antitruste, investiga, monitora e coleta informações relativas ao mercado de combustíveis no DF. "Ao longo desse tempo, foi reunida uma quantidade considerável de indícios econômicos de formação de cartel, envolvendo distribuidoras e postos revendedores", diz a nota do Cade.

Entre os indícios de formação de cartel estão o paralelismo de preços e as margens de revenda e de distribuição da gasolina e, em especial, do etanol, bem acima da média nacional. Além disso, foi verificada uma demora no repasse ao consumidor final de eventuais reduções nos preços dos combustíveis, especialmente quando ocorre a safra de cana de açúcar, quando deveria haver redução de preço do etanol.

O Cade destaca ainda que outro fator que contribuiu para o aprofundamento das investigações é o papel desempenhado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de lubrificantes do Distrito Federal - Sindicombustíveis-DF na disseminação de informações sobre reajustes de preços. "De acordo com as investigações, o sindicato supostamente influencia conduta comercial uniforme entre os postos de combustíveis, cria dificuldades para o estabelecimento e funcionamento de postos em clubes, supermercados e outros locais com grande fluxo de consumidores, além de monitorar os preços do mercado", destaca a nota.

O julgamento final do suposto cartel na esfera administrativa cabe ao Tribunal do Cade, que pode aplicar às empresas eventualmente condenadas multas de até 20% de seu faturamento. As pessoas físicas e o sindicato envolvido, caso condenados, sujeitam-se a multas de R$ 5 mil a R$ 2 bilhões.

A presidente Dilma Rousseff aproveitou a entrega de moradias do Minha Casa Minha Vida nesta quinta-feira (29) no Distrito Federal, para garantir a continuidade de programas sociais, apesar da situação da recessão em que se encontra a economia brasileira.

"Enfrentamos dificuldade na economia do País. Estamos passando por um momento de dificuldade: governo federal, governadores, todo mundo", discursou Dilma. "Quando uma família passa por dificuldade, dá uma apertada no cinto para garantir que os filhos continuem a estudar, por exemplo", afirmou.

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Nesta quinta-feira ocorrem cerimônias simultâneas de inauguração de moradias do programa em Brasília, Bragança Paulista (SP), Sorocaba (SP), Hortolôndia (SP), Nova Odessa (SP) e Canoas (RS).

Durante a cerimônia em Brasília, a presidente foi vaiada timidamente pelos presentes, na maioria beneficiários do programa, em pelo menos três momentos. No entanto, as maiores demonstrações de insatisfação foram para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), principalmente quando tentou justificar "medidas duras" que tomou para melhorar as contas públicas do Distrito Federal.

Dilma afirmou que governo não vai acabar com o programa de habitação popular nem com o Bolsa Família. Ela afirmou que notícias sobre o fim ou a interrupção desses programas são "boatos". "Mas é importante saber que estamos fazendo um grande esforço para melhorar nossas finanças e voltar a crescer mais rápido", disse.

Dilma citou a redução no número de ministérios, de cargos comissionados e do próprio salário como exemplos de como o governo está "apertando o cinto" para manter programas que são "fundamentais para a população do País".

O corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família no ano que vem é defendido pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator do Orçamento de 2016. Ele antecipou ao jornal O Estado de S. Paulo que cortaria "sem dó" o orçamento de R$ 28,8 bilhões do programa para compensar a frustração da arrecadação da nova CPMF, que não passou pelo Congresso.

No MCMV, o próprio governo cortou R$ 4,8 bilhões do programa em 2016 e pediu socorro ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compensar a tesourada. O conselho curador do FGTS aprovou nesta semana investimentos de R$ 60,7 bilhões para o programa, cada vez mais dependente de recursos do fundo.

Uma das beneficiárias do programa, Daiene Xavier, de 31 anos, disse que aguardava há dez anos a casa própria. Ela vai morar com os dois filhos num apartamento de dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço.

Ela não quis responder se votou na presidente Dilma na última eleição. "Se ela pudesse se candidatar, votaria nela de novo?", perguntou a reportagem. "Vamos mudar de assunto e continuar falando do apartamento?", despistou.

Já Viviane Pereira da Silva comemorou a casa nova e defendeu a presidente Dilma. Ela afirmou que sentiu a alta dos preços na conta de luz e no supermercado. "Não sei de quem é a culpa, mas não é dela", disse.

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, anunciou nesta quinta-feira (29) que o governo começará a contratar as moradias da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida nas próximas semanas. "Já estamos prontos para começar as contratações da fase três do Minha Casa. Daqui a algumas semanas, a presidente estará assinando as minhas contratações em uma grande cerimônia".

De acordo com Kassab, as contratações da segunda etapa do programa, iniciada em 2011, serão concluídas até meados de 2017. Neste ano, o governo vai contratar em torno de 500 mil moradias, segundo o ministro. Ele afirmou que a presidente Dilma Rousseff inda trabalha com a meta de contratar 3 milhões unidades habitacionais até 2018, embora o governo já admita, nos bastidores, que não conseguirá atingir a meta.

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Kassab participa de cerimônia simultânea de entrega de 2.691 moradias do MCMV em Brasília e mais cinco cidades. A presidente está na capital federal, onde entrega 928 unidades. O ministro entregará casas em cidades paulistas.

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