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Em protesto contra a cultura do estupro, um grupo de manifestantes, formado por mulheres, homens e crianças, realizou neste domingo, 29, em Brasília, a Marcha das Flores. O ato foi marcado por uma caminhada de quase dois quilômetros entre o Museu da República e a Praça dos Três Poderes, onde os participantes depositaram flores na estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O movimento, que era para ser pacífico, acabou gerando um pequeno tumulto, quando alguns participantes pularam a cerca em volta do STF. Segundo relato da Polícia Militar, alguns manifestantes jogaram pedras e garrafas contra os policiais e tentaram derrubar a grade que isolava o prédio do Supremo. A PM usou gás de pimenta para contê-los e, logo em seguida, com ajuda dos próprios manifestantes, a situação ficou mais calma. De acordo com a PM, não houve necessidade de detenção.

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Segundo cálculos da Polícia Militar, cerca de 1,5 mil pessoas participaram do ato em protesto contra o estupro de uma menor de 16 anos no Rio de Janeiro por mais de 30 homens. Durante o protesto, os manifestantes exibiram faixas com dizeres como "A culpa nunca é da vítima"; "30 contra todas", "Estupro fere o corpo e mata a alma"

A presidente da República afastada, Dilma Rousseff, deve retornar a Brasília na tarde deste domingo, depois de ter passado o feriado prolongado ao lado da família, na capital gaúcha. De acordo com assessores, o avião da Força Aérea Brasileira que transporta Dilma tinha previsão de deixar Porto Alegre por volta das 15 horas.

A presidente afastada chegou à capital gaúcha na quinta-feira, pouco depois das 17 horas. Ela não teve nenhum compromisso oficial na cidade. O objetivo da viagem foi descansar e ficar ao lado da filha, Paula Araújo, e dos netos Gabriel, de 5 anos, e Guilherme, nascido em janeiro. Dilma também aproveitou para visitar o ex-marido Carlos Araújo, de quem é bastante próxima.

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Na sexta-feira, ela fez uma aparição pública ao andar de bicicleta, no início da manhã, pela Orla do Guaíba, perto de seu apartamento, na zona sul de Porto Alegre. Acompanhada de seguranças, pedalou por cerca de uma hora. Depois disso, Dilma ficou restrita ao convívio com a família. (Gabriela Lara, correspondente - gabriela.lara@estadao.com)

As ligações para celulares da região Centro-Oeste e três estados da Região Norte devem ser feitas, a partir deste domingo (29), com a inclusão do dígito nove antes do número telefônico. A medida vale para celulares com DDDs 61 (Distrito Federal), 62 e 64 (Goiás), 63 (Tocantins), 65 e 66 (Mato Grosso), 67 (Mato Grosso do Sul), 68 (Acre) e 69 (Rondônia).

O dígito nove deve ser colocado à esquerda dos atuais números, passando a ter o seguinte formato - 9xxxx-xxxx. Para adaptação das redes e dos usuários, as ligações marcadas com oito dígitos ainda serão completadas até o dia 7 de junho, período chamado de duplo convívio. Gradualmente, os usuários devem receber mensagens com orientação sobre a nova forma de discagem e interceptações passam a ocorrer nessas regiões.

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A medida tem como objetivo aumentar a disponibilidade de números de telefonia celular e dar continuidade ao processo de padronização de chamadas. Além disso, a intenção é garantir números para novas aplicações e serviços. Vale ressaltar que os números de telefonia fixa não sofrerão alterações, permanecendo com oito dígitos.

O nono dígito em telefonia celular já foi implementado em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amapá, Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. Até 6 de novembro de 2016, a medida deve ser implantada em todos os Estados da Região Sul.

Os senadores petistas decidiram, nesta quarta-feira (25), encaminhar pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) de suspensão dos trabalhos da Comissão Especial do Impeachment. No recurso, a bancada solicita que as atividades do colegiado fiquem suspensas até que se obtenham os conteúdos das provas referentes ao processamento do pedido de afastamento de Dilma Rousseff.

De acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), o pedido será feito com base na divulgação de áudios por parte da imprensa que "comprovam o vício de origem" do processo. O senador petista avalia que agravação de Romero Jucá (PMDB-RR), com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado trata-se de uma “trama suja articulada para tirar Dilma da Presidência da República com o objetivo de paralisar a Operação Lava Jato”.

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A bancada do PT no Senado decidiu encaminhar o recurso ao Supremo depois que o presidente da Comissão do Impeachment na Casa, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), rejeitou uma questão de ordem apresentada hoje (25) para suspender os trabalhos do colegiado.

“A conversa comprova tudo aquilo que sempre falamos: o processo está maculado e manchado desde a sua origem e tem como sustentação a derrubada de Dilma do Palácio do Planalto com o objetivo de fazer um acordão para paralisar a Operação Lava Jato”, critica Humberto. 

Para parlamentar petista, Jucá é “o maior articulador do impeachment na Casa” e por este motivo a apreciação do processo deveria ser suspensa no Senado. 

O senador Lindbergh Farias (RJ) leu a questão de ordem apresentada pelo PT e  pediu que a Comissão do Impeachment suspenda todos os trabalhos e oficie o STF e a Procuradoria-Geral da República.

Diante das justificativas apresentadas pela bancada petista, o presidente Raimundo Lira disse que a questão do vício de origem já foi resolvida e superada. Em relação aos fatos novos, Lira disse que a comissão especial analisará tudo o que for alegado pela defesa. Com a negativa do presidente da comissão, a questão foi levada diretamente ao STF pelos senadores petistas.

Trabalhos da comissão - Na retomada dos trabalhos do colegiado nesta quarta, o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) elencou o plano de trabalho para os próximos meses. Porém, os senadores do PT pediram vista e o prazo para tratar o tema deve ir até o dia 2 de junho.

Segundo o cronograma apresentado pelo relator, no dia 27 de julho ocorreria a votação do relatório no colegiado. As datas para a discussão e votação do parecer no plenário do Senado estavam marcadas para 1º e 2 de agosto. 

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conseguiu definir com seus aliados um formato de gestão da Casa de forma que ele, mesmo longe do cargo, consiga manter a influência sobre suas atividades.

A ideia é manter o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), no posto. No entanto, quem comandará as sessões plenárias e a reunião de líderes partidários para definir a pauta de votações serão o segundo-vice-presidente Fernando Giacobo (PR-PR) e o primeiro-secretário Beto Mansur (PRB-SP), ambos integrantes do chamado "centrão", grupo liderado por Cunha.

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O formato será ainda repassado pelo Palácio do Planalto, que tem agora à frente o presidente da República em exercício, Michel Temer. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, conversou nesta sexta-feira (13), por telefone com Maranhão, que demonstrou disposição em colaborar com a nova administração. "Vamos construir um entendimento", disse Geddel. Eles devem conversar pessoalmente neste fim de semana.

A decisão de Temer, por ora, é de não se envolver na discussão em torno da presidência da Câmara. Os aliados dizem que o presidente em exercício não quer repetir o erro da presidente afastada Dilma Rousseff na disputa pela presidência da Casa, no ano passado. O governo petista patrocinou a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), derrotado no primeiro turno, e Cunha, irritado com a participação direta de ministros de Dilma na campanha de Chinaglia, criou uma pauta-bomba.

Auxiliares de Temer sustentam que os possíveis candidatos a presidente da Câmara, como Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PPS-DF), foram favoráveis ao impeachment e estão na linha de frente de sustentação do novo governo. Portanto, não há razão para o governo apoiar um nome específico. O discurso de Temer será de que é um tema do Legislativo.

Conhecido como um parlamentar "hesitante", Maranhão ganhou força para se segurar após procurar nesta semana o apoio de Cunha para continuar no cargo. Interlocutores contam que os dois têm se falado nos últimos dias e, desde então, os partidos do "centrão" (PTB, PSD, PSC e PR) passaram a defender a tese de deixar o pepista na presidência, mas sem poder de decisão. As siglas integram hoje a base de apoio de Temer e são velhas aliadas do presidente afastado da Casa. "Essa proposta é de Eduardo Cunha, que quer o comando da Casa fragilizado. Ele quer continuar manietando", concluiu um oposicionista de Maranhão.

O problema, porém, é que partidos que integram a base de Temer rejeitam a manutenção da influência de Cunha. "Cunha continua conduzindo a Câmara à distância", protestou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Nesse sentido, PSDB, DEM e PPS pressionam para que Maranhão renuncie. "Não tem renúncia. Sem renúncia", balbuciou nesta sexta-feira o pepista, acrescentando que é preciso "administrar o País".

DEM, PSDB e PPS dizem que vão insistir na busca de uma solução permanente para situação de Maranhão, mas que não vão obstruir o fluxo de votação dos projetos do governo Temer. "Essa é uma queda de braço. Tem de dar uma solução, mas como vai se dar, não sei", disse outro candidato a líder do governo, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma dezena de manifestantes tentou subir a rampa do Palácio do Planalto assim que começou o discurso do presidente em exercício Michel Temer. O grupo contrário a Temer chegou a deitar na rampa do Palácio, mas foi retirado à força pela segurança da presidência da República.

O grupo, que gritava palavras de ordem, bloqueou a via em frente ao prédio. A Polícia Militar, enquanto tentava empurrar o grupo para a calçada, teve de fazer uso de spray de pimenta para liberar a via. Os manifestantes, agora, se concentram na Praça dos Três Poderes e a polícia fez um cordão de isolamento para impedir uma nova invasão ao Planalto.

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O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou nesta quinta-feira (12) que não haverá recesso parlamentar em julho deste ano na Câmara dos Deputados e no Senado, para que os senadores possam acelerar o julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A petista foi afastada do cargo pelo Senado no início da manhã de hoje.

Para que o recesso seja suspenso, o peemedebista informou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 não deve ser votada até julho deste ano. Sem recesso, o presidente da República interino, Michel Temer, terá mais tempo para aprovar as medidas econômicas que deve anunciar em breve, antes do início da campanha para as eleições municipais, quando o Congresso fica esvaziado.

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Na semana passada, o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, havia revelado que aliados de Michel Temer articulavam a suspensão do recesso parlamentar de julho para acelerar o julgamento de Dilma no Senado e aprovar as medidas econômicas do novo governo.

De acordo com o presidente da comissão especial do impeachment do Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), Renan comunicou a decisão de não ter recesso em julho aos líderes partidários, nesta quinta-feira, durante reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Na avaliação de Lira, o processo não deve durar os 180 dias, prazo máximo de afastamento de Dilma. "Seria um pouco dramático", afirmou. "Mas também não vamos encurtar prazos", emendou o presidente do colegiado logo em seguida. Segundo ele, na próxima semana, a comissão deve ter apenas reuniões internas, pois alguns integrantes estarão viajando

“É preciso resgatar a credibilidade do Brasil”. O presidente interino da República, Michel Temer, fez o primeiro pronunciamento oficial após o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. Em rede nacional, o peemedebista garantiu que o atual governo manterá os programas sociais, lutará pelo ressurgimento da economia nacional e buscará uma gestão baseada no diálogo. 

No intuito de fazer um “governo de salvação”, Temer defendeu a reconstrução de um terreno favorável aos investimentos, parcerias público-privadas e medidas cujo enfoque seja a empregabilidade. “Sabemos que o Estado não pode tudo fazer. O Brasil ainda é, infelizmente, um país pobre. Portanto é uma agenda difícil, complicada, mas será possível, baseada pelo diálogo e pela conjugação de esforços”. 

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O novo chefe de Estado foi enfático: manterá todos os programas sociais que “deram certo” nas anteriores gestões comandadas pelo Partido dos Trabalhadores. “Bolsa Família, Pronatec, Prouni. Você tem que prestigiar aquilo que deu certo. Precisamos acabar com a mania do novo destruir tudo aquilo que o antecedeu”, argumentou Temer em sua primeira fala como presidente do Brasil. 

Uma “democracia da eficiência”

Preocupado com as prováveis dissidências que enfrentará por aqueles contrários ao afastamento de Dilma Rousseff, Michel Temer ressaltou, em repetidos momentos, uma necessidade de apoio, união, entendimento entre as diferentes classes políticas e a sociedade em si. O presidente em exercício promete que a “moral pública será permanentemente buscada, por meios dos instrumentos de controle de desvios”. 

Segundo Temer, a Operação Lava Jato se tornou referência e terá todos os aparatos necessários para o seu prosseguimento. “Buscaremos o que chamo de ‘democracia da eficiência’. Conto com o trabalho dos ministros, do parlamento e do povo. Quanto mais cedo formos capazes de reequilibrar as contas públicas, mais rápido conseguiremos retomar o crescimento”. 

Mais cortes e a importância das Olimpíadas

Ao citar a eliminação de ministérios como a primeira medida do seu governo, Temer garante que não irá “parar por aí” e novamente prometeu a extinção de cargos comissionados e funções gratificadas. Para a reinserção internacional da economia, o peemedebista enxerga nas Olimpíadas um momento único para o País. 

“Em agosto, o Brasil estará no centro do mundo. Jornalistas de vários países estarão presentes para reportar o evento e, muito além do esporte, as pautas se voltarão para as condições políticas e econômicas do país. Não podemos olhar para frente com os olhos de ontem”, pontificou. 

No final, Temer declarou seu “absoluto respeito institucional” a Dilma Rousseff e disse que não estava em busca de unanimidade, mas sim de harmonia entre os poderes. E finalizou: “peço a Deus que abençoe a todos nós. A mim, minha equipe, congressistas, poder judiciário e ao povo brasileiro. Um bom Brasil para todos nós”. 

A presidente afastada Dilma Rousseff está reunida na tarde desta quinta-feira, 12, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. Assim como o padrinho político de Dilma, os principais agora ex-ministros petistas também participam do almoço que está sendo oferecido na residência oficial.

Ainda não há definição se Lula permanecerá em Brasília. Há a expectativa que ele possa retornar para São Paulo ainda nesta quinta-feira.

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Dilma e Lula protagonizaram um abraço emocionado assim que Dilma deixou o Planalto pelo térreo. Visivelmente emocionado, Lula disse que "não havia o que falar" neste momento. O ex-presidente não fez discurso para plateia de militantes presente no ato de apoio a agora presidente afastada.

Com a sessão de cassação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) já em curso, nem os advogados de defesa e nem o próprio senador estão presente no plenário. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a chamar por duas vezes o senador para que ele falasse.

Sem a presença de ninguém da defesa do senador, Renan suspendeu a sessão por cinco minutos para designar o chamado "defensor dativo", que irá se pronunciar em defesa de Delcídio para dar prosseguimento ao julgamento.

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Mais cedo, a defesa confirmou que não compareceria à sessão por considerar que a reviravolta patrocinada por Renan nesta segunda-feira, 9, viciou o processo. O advogado de Delcídio, Antonio Figueiredo Basto, afirmou que vai apresentar uma representação criminal contra Renan na Procuradoria-Geral da República para pedir seu afastamento da função, com base em "desvio de finalidade".

Renan designou o Consultor Geral do Senado, Danilo Augusto Barboza de Aguiar, como defensor dativo de Delcídio e ele assumiu a tribuna para fazer apresentar a defesa. Ele argumentou que a defesa não teve acesso aos documentos necessários, já que na semana anterior houve um aditamento no processo contra Delcídio no Supremo Tribunal Federal.

A oposição decidiu manter o prazo até meio dia desta quarta, 11, para que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), renuncie ao posto. O grupo não deve apresentar na noite desta terça, 10, a questão de ordem em plenário sobre a vacância do cargo após o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). PPS, PSDB e DEM querem nova eleição para o cargo de primeiro vice-presidente da Casa.

O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse que aceitará retirar a representação protocolada nessa segunda, 09, na Mesa Diretora contra Maranhão caso ele deixe o cargo. "Quero ver o papel assinado", afirmou.

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Os oposicionistas rejeitam a possibilidade de o segundo vice-presidente, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), assumir o comando da Casa. A avaliação é que Giacobo é tão despreparado para a função quanto Maranhão.

Se Maranhão renunciar, o nome que será colocado virá do bloco liderado pelo PMDB e que tem o PP no grupo. O PP reivindica a indicação do substituto. O deputado Esperidião Amin (PP-SC) é um dos nomes ventilados para a função.

O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, disse ter estranhado a forma como o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), revogou a decisão de anular a sessão da Câmara que autorizou o Senado a deliberar sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. De acordo com o ministro, está evidente que, por trás disso, há o que, em suas palavras, é avaliado como “fenômeno das pressões políticas ilegítimas”.

Segundo Aragão, o problema é a forma como a revogação foi feita na noite de ontem (9). “Claro que a administração pode revogar os seus próprios atos. Não teria problema nenhum o presidente da Câmara revogar a sua decisão. Mas o modo como foi feito é estranho, porque não teve motivação nenhuma”, disse o ministro.

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“Já que o ato [a anulação da sessão do impeachment] foi tão motivado e levou a tanta celeuma, por que o desfazimento daquele ato não teve motivação? Acredito que por trás disso temos, mais uma vez, o fenômeno das pressões políticas ilegítimas. Isso parece muito evidente”, disse o ministro.

Eugênio Aragão disse que Maranhão teria respondido a uma consulta feita pelo presidente da comissão especial do senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), a respeito de pendências na Câmara dos Deputados. Consulta esta que, segundo Aragão, não tinha sido respondida por Eduardo Cunha. Foi para respondê-la que Maranhão verificou a pendência de questões que não tinham sido tratadas a tempo.

“Claro que as duas teses podem ser tratadas. Uma é a tese da preclusão [perda do direito de agir nos autos]; sobre se essas questões estavam preclusas no momento em que abriu a discussão do impeachment no Senado. A outra é quanto à extensão das supostas nulidades alegadas na Câmara, sobre a continuidade no Senado. São duas questões jurídicas antagônicas e duas teses que me parecem bastante sólidas, e que podem ser confrontadas”, disse o ministro.

“O fato é que, retirando, sem motivação nenhuma, a sua decisão anterior, continuamos tendo uma zona cinzenta de dúvidas sobre haver ou não a nulidade. Haveria a possibilidade de os partidos fecharem questão sobre o impeachment ou não havia essa possibilidade? Infelizmente, o despacho feito agora pelo presidente em exercício da Câmara não foi esclarecedor. Portanto, deixa pairar uma dúvida no ar”, acrescentou.

A dúvida, segundo ele, poderá ser arguida pela Advocacia-Geral da União no Supremo Tribunal Federal ou mesmo no próprio Senado. “É de se estranhar, neste momento, a avidez com que certos atores políticos buscam criar uma situação definitiva, quando, ainda, os argumentos da defesa estão longe de estar exauridos e conhecidos pelas instâncias que deverão julgar”, argumentou o ministro.

A presidente Dilma Rousseff vai se reunir em instantes com o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT), no Palácio do Planalto. A presidente e o senador discutirão os novos passos a serem tomados diante da decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão (PP-MA) em anular a admissibilidade do processo de impeachment na Casa e o discurso a ser adotado pelo partido no Senado. 

Na sua conta no Twitter, Humberto Costa publicou que "A decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados mostra aquilo que sempre defendemos: que o processo está viciado desde o início pela influência do Sr. Eduardo Cunha". Animado com a decisão anunciada nesta segunda-feira (9), o senador ainda incluiu na postagem as hashtags #NaoVaiTerGolpe #EmDefesaDaDemocracia

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Em entrevista a reportagem do Portal LeiaJá nesta manhã, Costa afirmou que “é um primeiro passo para quem sabe anular” o processo de impeachment de Dilma. “Vamos analisar o que diz o regimento da Câmara. Nosso entendimento é que tudo deveria começar do zero. Não sei se seria esse o entendimento da Mesa Diretora, mas vamos trabalhar para que seja”, avaliou se referindo ao processo que está sendo analisado no Senado e que tem votação prevista para a próxima quarta-feira (11).

 

 

O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) se reuniu por cerca de seis horas no domingo, 8, no Palácio do Jaburu, em Brasília, com o economista Henrique Meirelles, que será o ministro da Fazenda caso o peemedebista assuma a Presidência.

Participaram do encontro os principais aliados de Temer, que também devem assumir ministérios, Eliseu Padilha e Moreira Franco. Também passaram pelo Jaburu o senador Romero Jucá e Geddel Viera Lima, cotados para assumir o Planejamento e a Secretaria de Governo, respectivamente.

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De acordo com um dos presentes, na reunião Meirelles fez uma explanação sobre a situação econômica do País. Caso o Senado decida afastar a presidente Dilma Rousseff por 180 dias, Temer terá que dar sinais imediatos do que pretende fazer para alavancar a economia.

A equipe econômica do novo governo terá pela frente as medidas encaminhadas no final da semana passada ao Legislativo pelo governo Dilma. Entre elas está o projeto de lei que reajusta a tabela do Imposto de Renda (IR) e, em compensação, eleva em R$ 5,35 bilhões a carga tributária das empresas, heranças e doações em 2017.

No campo político, a três dias da votação do processo de impeachment no Senado, Temer ainda discute nomes que deverão compor seu ministério, caso assuma a Presidência. O principal e mais estratégico cargo sem titular definido é o de ministro da Justiça.

Família

Temer passou o fim de semana em São Paulo, onde se reuniu com o cientista político Gaudêncio Torquato, o aliado Moreira Franco e o publicitário Elsinho Mouco. Neste domingo, Dia das Mães, o vice almoçou em casa e por volta das 15 horas seguiu para Brasília.

O peemedebista chegou no palácio do Jaburu por volta das 17 horas. Dez minutos depois, Meirelles chegou ao local. Em seguida chegaram Jucá, Geddel e Moreira. Meirelles foi o último a deixar o Jaburu, por volta das 23 horas.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ser simpático a uma eventual suspensão do recesso parlamentar do meio do ano para apreciar a pauta econômica do eventual governo interino. Reportagem do Estado deste sábado revelou que aliados do vice-presidente Michel Temer querem cancelar as férias de julho para acelerar o julgamento da presidente Dilma Rousseff e votar no Congresso, antes da campanha municipal, a pauta econômica da gestão Temer. Sem a suspensão do recesso, Temer terá apenas dois meses parra aprovar as medidas, de 12 de maio a julho.

Cunha disse ao Estado que, até o início da corrida municipal em meados de agosto, se pode fazer um esforço concentrado para apreciar a agenda do vice. Ele citou, entre as propostas que podem ser votadas, a adoção do modelo de concessão para exploração do pré-sal em substituição do atual regime de partilha, a proposta de Desvinculação das Receitas da União (DRU), a convalidação de incentivos fiscais do ICMS já concedidos pelos Estados e até a reforma da Previdência - desde que, nesse último caso, o novo governo tenha a iniciativa de propô-la.

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"No que depender de mim, tudo pode ser votado", afirmou o presidente da Câmara, ao ressalvar que, embora seja possível cancelar o recesso, não ouviu ainda de deputados ou de aliados de Temer qualquer articulação no sentido de abreviar as férias do meio do ano dos parlamentares.

Cunha destacou, entretanto, que para o Congresso continuar trabalhando sem interrupções não se precisa fazer qualquer "articulação". Ele citou que basta não se aprovar até lá o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, precondição para haver recesso em julho.

Sem recesso, no caso de o Senado aprovar o afastamento de Dilma por até 180 dias no próximo mês, os trabalhos da Comissão Especial de Impeachment daquela Casa Legislativa não seriam interrompidos no período do recesso. Isto é, o colegiado poderia continuar trabalhando, o que, na prática, poderia se abreviar em pelo menos 15 dias a conclusão dos trabalhos. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já estimou que, na hipótese de haver recesso, o julgamento da presidente pela Casa deve ocorrer em setembro.

Fundada em 1975 por Hermínio Ferreira Neves, a Sociedade Esportiva do Gama, mais conhecida pelo último nome, é uma das mais tradicionais agremiações do Distrito Federal. À época a região era cheia de times amadores, que tiveram muitos jogadores aproveitados pelo alviverde do Centro-Oeste nos primeiros anos de atividade.

A primeira partida oficial do Gama ocorreu no dia 21 de fevereiro de 1976, pelo Torneio Imprensa – competição que entraria para a história do clube pelas conquistas nos anos de 1977 e 1978. Na temporada seguinte, faturou o primeiro título do Campeonato Brasiliense ao derrotar o Brasília na final. Com seis anos, o Gama conseguiu a primeira taça de âmbito regional, o Torneio Centro-Oeste, feito que até o fez ser convidado para a disputa do Campeonato Goiano, mas não houve aceitação.

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Após razoável período de ostracismo, o Gama viveu os momentos mais gloriosos da história do clube a partir da década de 90. Foi hexacampeão estadual (1994, 1995, 1997, 1998, 1999 e 2000). Em 1998, o auge - ganhou a Série B do Campeonato Brasileiro e passou a ser figura garantida na Série A da competição nacional até 2002, quando começou a decadência.

O alviverde do Centro-Oeste caiu duas divisões seguidas. Teve uma sobrevida na Série C de 2004, em que ficou com o vice-campeonato. Esteve na segunda divisão nacional até 2008, quando retornou à Terceira Divisão.  Em 2010, foi rebaixado à Série D – campeonato que vai disputar nesta temporada.

O clube passa por importantes reformulações, que já deram resultados. Em 2015, o Gama voltou a conquistar o Campeonato Brasiliense após 12 anos e se manteve como o maior campeão do Estadual com 11 títulos. Neste ano, está na semifinal da competição e na final da Copa Verde, em que busca a primeira participação em torneios internacionais.

O Gama disputou 20 jogos oficiais em 2016, 14 pelo estadual e seis pela Copa Verde. São oito vitórias, nove empates e três derrotas – 55% de aproveitamento.  O atacante Grampola é o grande destaque e artilheiro do time, com sete gols na temporada.

Por Mateus Miranda.

 

Em sorteio realizado na manhã de segunda-feira (25) foram definidos os mandos de campo da final da Copa Verde entre Paysandu e Gama. O Papão é o mandante da partida de ida da final, marcada para o dia 3 de maio, às 20h30, no Mangueirão. E o alviverde do Centro-Oeste disputará em casa o jogo de volta, no dia 11 de maio, às 20 horas, no Bezerrão, no Gama, Distrito Federal.

Na final permanece o critério dos gols fora de casa valerem mais. Pelo terceiro ano seguido um time paraense chega à final, mas em nenhuma das ocasiões o jogo de volta foi marcado para Belém. Ano passado, Remo e Cuiabá decidiram na capital do Mato Grosso o último jogo do torneio, vencido pela equipe do Centro-Oeste por 5 a 1.

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O Paysandu chega pela segunda vez na história na final da Copa Verde. No ano de estreia da competição, em 2014, os bicolores enfrentaram na final o Brasília-DF. No primeiro jogo, em Belém, o Papão venceu por 2 a 1. Na volta, perdeu pelo mesmo placar e a decisão do campeão foi para os pênaltis. Nas cobranças, a equipe do Distrito Federal levou a melhor (7 a 6) e ficou com a taça.

Por Mateus Miranda.

A Câmara dos Deputados vota, neste momento, se admite ou não a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A aprovação depende do aval de 342 votos. Se o processo for aberto, o Senado será responsável por julgar o processo. 

A votação está ocorrendo diretamente ao microfone, por chamada individual de cada parlamentar, com alternância de estados entre as regiões. O estado de Roraima já concluiu a votação: sete votaram a favor e um não. A ordem é a seguinte: RR, RS, SC, AP, PA, PR, MS, AM, RO, GO, DF, AC, TO, MT, SP, MA, SE, RJ, ES, PI, RN, MG, PB, PE, BA, SE, AL. Os deputados ausentes quando da primeira chamada serão novamente chamados após a convocação de todos os deputados de seu estado.

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Os deputados poderão votar a favor (sim), contra (não) ou se abster em relação ao relatório da comissão especial, que conclui pelo cometimento de crime de responsabilidade pela presidente ligado à lei de responsabilidade fiscal (Lei Complementar 101/00), segundo parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

*Com informações da Agência Câmara

 

Enquanto a Câmara dava início a sessão de discussão do impeachment na manhã desta sexta-feira, 15, movimentos sociais realizaram um pequeno ato em frente a sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. Cerca de 100 pessoas gritavam palavras de ordem e ameaçavam invadir o local.

A confusão, no entanto, durou poucos minutos. A CNA, que se declarou favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff, promete levar centenas de produtores rurais para a Esplanada dos Ministérios neste fim de semana.

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No Estado do Rio de Janeiro, cerca de 50 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fecharam a Rodovia Presidente Dutra, sentido São Paulo, na altura do município de Piraí, no Sul Fluminense, também no período da manhã desta sexta-feira. A interdição começou por volta das 9 horas e durou até as 10 horas.

Eles protestaram contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ações parecidas estão sendo feitas pelo MST em outros Estados.

Pelo Facebook, Débora Nunes, da Coordenação Nacional do MST, justificou que "a relação entre o grupo que conduz o golpe dentro do parlamento e os que conduzem golpes aos trabalhadores e trabalhadoras rurais é direta".

A polícia decidiu proibir a entrada de bonecos infláveis, durante os dias de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, nas manifestações previstas para ocorrer na Esplanada dos Ministérios entre 15 e 17 de abril. Com a decisão, os pixulecos e patos, usados por manifestantes contra o governo, estão proibidos, independentemente do tamanho dos bonecos.

Até este sábado, um pato gigante foi inflado na Esplanada dos Ministérios, justamente do lado esquerdo da via, área que poderá ser ocupada por manifestantes pró-Dilma. A secretaria de segurança do Distrito Federal informou que a colocação do pato na área foi autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural (Iphan), que é um órgão federal.

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A secretaria do DF pediu ao Iphan que retire o pato do local para evitar conflitos. O governo do DF prevê que cerca de 300 mil pessoas possam comparecer nas manifestações diariamente, entre 15 e 17 de abril. As projeções se baseiam em informações repassadas por movimentos sociais.

A estratégia de segurança mais parece uma organização de torcidas organizadas rivais. Haverá cordão de isolamento feito pela Polícia Militar. A secretaria de segurança pública do DF informou que não haverá necessidade de apoio das forças armadas.

A secretária de Estado da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, disse que o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, chegou a expor para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que a força das mobilizações é maior nos fins de semana, o que pressiona ainda mais as forças de segurança. Cunha argumentou, no entanto, que as votações podem se estender por vários dias.

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