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O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), afirmou na manhã desta terça-feira (18) que os destaques do projeto que desobriga a Petrobras de ser a operadora única do pré-sal só serão votados na Casa após a sessão do Congresso Nacional, marcada para hoje.

A sessão do Congresso estava marcada para às 11 horas, mas as votações ainda não começaram, pois não há quórum mínimo para isso. Por volta das 11h30, apenas 100 dos 513 deputados tinham registrado presença no plenário da Câmara para a sessão. Para abrir as votações, são necessários, no mínimo, 257 deputados presentes no plenário.

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"Vamos garantir o Congresso e, na sequência, fazer sessão da Câmara. (...) O pré-sal vai ser consequência do Congresso", disse Maranhão em entrevista coletiva. Como a pauta do Congresso é extensa, há o risco de a votação do projeto do pré-sal só ser concluída na próxima semana, uma vez que não há previsão de votações na Câmara a partir de quarta-feira (19).

O projeto do pré-sal é de autoria do ministro das Relações Exteriores, o senador licenciado José Serra (PSDB-SP). O projeto foi aprovado no Senado e teve o texto-base aprovado pela Câmara sem modificações em relação à proposta original enviada pelo tucano. Para que possa seguir para sanção presidencial, falta apenas a votação dos destaques na Câmara.

Antes de ir à Câmara, Maranhão se reuniu no Palácio do Planalto com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O parlamentar fluminense está interinamente no comando do País, em razão da viagem do presidente Michel Temer (PMDB) à Índia e ao Japão. "Só troca de informações", afirmou Maranhão sobre o encontro.

Ao abrir a sessão destinada a eleição da presidência da Câmara dos Deputados, o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), fez um discurso de despedida. Em sua fala, Maranhão assumiu que cometeu erros, mas disse que a sua atuação também mudou os rumos do País.

Com a escolha do sucessor do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o parlamentar reassume a vice-presidência da Casa até fevereiro do ano que vem. "Nestes poucos meses, aprendi anos. Acertei e errei como qualquer um, mas não vou aqui ficar lamentando o passado. Tenho certeza que algumas decisões vão mudar o nosso país para melhor. O resto é página virada", disse. Para o presidente interino, "a História julgará a sua gestão".

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"Deixo esta Presidência sem mágoas e rancores e com a consciência limpa e tranquila. Continuarei no exercício da Vice-Presidência prestando lealdade ao meu Estado e ao nosso País", continuou. Maranhão afirmou ainda que chegou à Presidência, há cerca de dois meses, "de forma inesperada e não desejada".

"Estávamos vivendo um momento difícil para o Brasil. A minha postura desde o início foi exercer a interinidade com honestidade e honradez. Procurei em todos os atos que pratiquei seguir estritamente o regimento da Casa - mesmo aquele que se refere ao processo de cassação de mandato parlamentar", afirmou, fazendo referência ao processo contra Cunha.

Ele também relembrou a sua trajetória, afirmando ser um homem de origem "simples e humilde", filho mais velho de uma família de oito irmãos e pais semianalfabetos, até virar reitor da Universidade Estadual do Maranhão. "Desde o início tive a consciência de que o importante é o Brasil sair desta crise, em que há milhões de desempregados e um futuro incerto. Nós podemos e temos a obrigação de ajudar a mudar esta realidade. Quero desejar ao próximo Presidente sucesso e votos para que possa exercer a função", concluiu.

Ao longo do dia, Maranhão mudou o horário do início da eleição duas vezes. Inicialmente prevista para as 16 horas, o começo da sessão foi alterado pelo presidente duas vezes. Primeiro, para as 19h, e, minutos depois, para as 17h30. Apesar de não ter apresentado nenhuma justificativa para a alteração, as medidas foram tomadas após receber parlamentares contra e a favor de Cunha. A primeira decisão ocorreu após Maranhão ter se reunido com um adversário de Cunha, o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Ele mudou novamente de ideia depois de receber a visita do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), em seu gabinete.

Após pressão de líderes partidários, o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), voltou atrás da decisão de transferir para as 19h desta quarta-feira (13) a sessão em que será eleito o novo presidente da Casa. A sessão foi adiantada para as 17h30.

A alteração para as 19h favorecia a intenção do governo de costurar uma candidatura única ou mesmo um número menor de candidatos da base aliada. A informação foi divulgada há pouco pela Secretaria-Geral da Mesa. Com isso, não há mais possibilidade de se retirar as candidaturas. Até o momento estão confirmadas quatro desistências: Heráclito Fortes (PSB-PI), Maria do Rosário (PT-RS), Beto Mansur (PRB-SP) e Fausto Pinato (PP-SP). Continuam na disputa 14 deputados.

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Ontem (12), o presidente interino Michel Temer se reuniu à noite por quase duas horas com os ministros do seu núcleo político, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). A orientação dada pelo governo foi procurar os presidentes dos partidos da base aliada para que convençam alguns deputados a retirar seus nomes da disputa.

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) formalizou na noite desta sexta-feira (8), a decisão de anular a sessão de terça-feira, dia 12, para a eleição do novo presidente da Casa. Com isso, fica mantida a sessão marcada para quinta-feira (14).

Ontem, depois que Maranhão marcou a sessão para quinta-feira, líderes de partido se reuniram e marcaram para terça, argumentando que têm autonomia para tomar a decisão. Maranhão já havia adiantado que não aceitaria a mudança. No ato de revogação, Maranhão argumenta que é competência do presidente marcar dia e hora das sessões.

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Para ele, a antecipação da data "manifesta usurpação de competência". O presidente interino diz ainda que a eleição quinta respeita os prazos regimentais e dá isonomia aos candidatos. A avaliação é que uma antecipação para terça prejudicaria candidatos que ainda não estão decididos.

Líderes de partidos tentam convocar uma reunião da Mesa Diretora da Casa na segunda-feira para tratar do caso. Técnicos argumentam, entretanto que na reunião não seria possível convocar a sessão na terça, já que se trata de uma decisão legislativa, e não administrativa.

O presidente da Câmara dos Deputados em exercício, Waldir Maranhão (PP-MA). comprou mais uma briga com o colégio de líderes da Casa, desta vez quanto à data da eleição do novo presidente. Na manhã desta sexta-feira (8), o progressista negou o adiantamento da escolha do substituto do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que renunciou ao cargo nessa quinta (7)

Na tarde de ontem, Maranhão havia anunciado a votação para a quinta (14), mas no fim do dia os líderes decidiram, por maioria, marcar a eleição para a próxima terça-feira (12). A data havia sido confirmada pelo do secretário-geral da Mesa Diretora, Silvio Avelino, que participou da reunião. Alevino foi exonerado do cargo por Maranhão.

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“A Presidência já tinha tomado a decisão de fazer a eleição na quinta e assim o será”, disse o presidente interino. De acordo com ele, a data segue o que diz o Regimento Interno: “se até 30 de novembro do segundo ano de mandato verificar-se qualquer vaga na Mesa, será ela preenchida mediante eleição, dentro de cinco sessões”.

De acordo com ato de Maranhão publicado hoje no Diário da Câmara, os registros de candidaturas ao cargo poderão ser feitos junto à Secretaria-Geral da Mesa até o meio-dia da data da eleição. Até o momento, três deputados já registraram candidatura: Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO) e Carlos Manato (SD-ES). Nos bastidores já existem 15 nomes. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio, autorizou a quebra do sigilo bancário do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA). Marco Aurélio atendeu a um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Segundo a decisão do ministro, que data do último dia 27, Maranhão foi citado em uma delação premiada. O texto cita que no pedido feito ao STF, o Ministério Público Federal (MPF) diz que existem “fortes indícios” a respeito de Maranhão em um caso envolvendo regimes de previdência.

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“No processo revelador da mencionada petição, o Procurador-Geral da República, (...), argui a existência de fortes indícios, a apontarem que o deputado federal Waldir Maranhão, mediante recebimento de vantagem indevida, teria atuado em diversas prefeituras, em favor de esquema fraudulento de investimentos nos regimes de previdência de servidores públicos municipais, concebido, supostamente, por Fayed Traboulsi”, diz o relatório apresentado na decisão. Diante dos indícios, a Procuradoria-Geral da República fez o pedido de quebra de sigilo bancário do parlamentar e da esposa de Maranhão.

“A situação deste processo enquadra-se na previsão constitucional, mostrando-se relevante o pedido do Ministério Público Federal, a fim de elucidar a suposta participação do investigado, Deputado Federal, no esquema fraudulento de investimentos nos regimes de previdência de servidores públicos municipais”, diz o texto.

Marco Aurélio autorizou a quebra de sigilo somente do deputado. “A cônjuge do indiciado não é investigada, não tendo o Ministério Público apresentado justificativa para a quebra do sigilo dos respectivos dados bancários, mesmo porque não foi mencionada nas declarações do colaborador”, diz o texto.

Outro lado

Em nota, divulgada mais cedo, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, disse que é “absolutamente normal”, dentro de um procedimento investigatório, o pedido de quebra de sigilo de seus dados bancários. “O deputado está absolutamente tranquilo sobre a investigação. Quanto mais se investigar, mais se concluirá pela absolvição”, diz texto distribuído pela assessoria do deputado.

O deputado federal Severino Ninho (PSB) criticou, nesta terça-feira (28), a postura do presidente da Câmara em exercício, Waldir Maranhão (PP-MA), de ampliar o feriado junino deixando a Casa 12 dias sem sessões deliberativas. Diante da atuação do progressista, o parlamentar pernambucano lembrou aos pares que é necessário ter mais cuidado na hora de votar e pontuou a importância de observar quem é o vice, pois ele pode assumir a titularidade. 

"É preciso lembrar que Waldir Maranhão não caiu do céu na vice-presidência da Casa. Ele foi eleito pelos colegas deputados e deputadas. Então, é bom que se pense, daqui para frente, se tenha mais precaução, ao se eleger vice-presidente, não só na Câmara. Vice tem importância e pode assumir o cargo. De modo que cabe a nós deputados termos mais cuidado, mais precaução, não ficarmos de olho apenas no acordo entre partidos”, destacou. 

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Protestando contra a medida que chamou de “atitude impensada”, Ninho classificou a postura de Maranhão como “irresponsável” e “de menino”. Waldir Maranhão foi eleito vice-presidente da Câmara na chapa de Eduardo Cunha, que recebeu 267 votos dos parlamentares, em 2015. 

"Não se pode menosprezar o vice. Dos últimos cinco presidentes da República, dois foram vice (Itamar Franco e Sarney), enquanto o atual (Temer) caminha para também ser efetivado", lembrou o deputado pessebista. Na prática, a medida determina o não desconto no salário dos legisladores que não comparecerem para trabalhar nesse período de "festa".

 

O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), afirmou, nesta terça-feira (28), que vai tentar “recompensar o país” da esticada do feriadão junino desta semana. Na última sexta-feira (24), Maranhão cancelou as votações previstas para acontecer durante esta semana na Casa, por conta do Dia de São Pedro, comemorado nesta quarta, no Norte e Nordeste. 

“Faremos esforço concentrado, trabalhando de segunda a quinta-feira, para que possamos oferecer ao país uma agenda positiva e dar andamento aos trabalhos”, afirmou o presidente em exercício, que após inúmeras criticas pela paralisação de dez dias recuou e agendou, para hoje, uma sessão deliberativa. “Todo ano no período das festas de São João a bancada do Nordeste tem esta necessidade. Tentamos compensar e recompensaremos. Os deputados estão convocados”, acrescentou.

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Além desse feriadão esticado, a Câmara ainda tem pela frente o recesso parlamentar na segunda quinzena de julho. No retorno das atividades, em agosto, o período de eleições municipais deve também interferir na participação dos deputados na Casa, já que alguns parlamentares disputam vagas municipais. 

O presidente da Câmara dos Deputados em exercício, Waldir Maranhão (PP-MA), retirou, nesta segunda-feira (20), a consulta feita à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que poderia beneficiar o presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), livrando-o da cassação do mandato. O requerimento questionava sobre o rito a ser seguido nos casos de processo de quebra de decoro parlamentar.

No texto, Waldir pedia esclarecimentos sobre como deveria ser votado em Plenário a questão oriunda do Conselho de Ética, se como um projeto de resolução ou o parecer do relator; se seria possível fazer emendas em plenário; se essas emendas poderiam prejudicar o representado; e se, no caso de rejeição pelo plenário do projeto de resolução, seria preciso deliberar sobre a proposta original da representação ou se ela seria considerada prejudicada.

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Relator da consulta, o deputado Arthur Lira (PP-AL), já estava com o parecer pronto para a análise da CCJ. No relatório, Lira, que é aliado de Cunha, abriria brechas para que fossem apresentadas emendas durante a votação do processo no Plenário. E exigia que a cassação chegasse para votação dos deputados como projeto de resolução ao invés de um parecer. A resolução poderia sugerir a suspensão por, no máximo, 6 meses ou a perda do mandato parlamentar.

Na última terça (14), o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) recomendado a cassação de Eduardo Cunha foi aprovado pelos membros do Conselho de Ética. A recomendação pode ir a votação em Plenário nesta semana, caso a CCJ conclua a análise das consultas e rejeite o recurso do peemedebista para impedir a continuidade do processo. Para que o mandato de Cunha seja cassado é preciso de, no mínimo, 257 votos a favor. 

O Projeto de Lei 4.850/16, mais conhecido como projeto anticorrupção, será analisado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados. De iniciativa popular e encabeçada pelo Ministério Público Federal (MPF), a matéria estabelece dez medidas contra a corrupção, de combate a crimes contra o patrimônio público e o enriquecimento ilícito de agentes públicos.

O colegiado, criado por determinação do presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA), vai ser instalado na próxima quinta-feira (16) e contará com a participação de 29 membros titulares e o mesmo número de suplentes. Segundo Maranhão, a criação da comissão especial é uma exigência da sociedade, já que a proposta obteve mais de 2,2 milhões de assinaturas de apoio. 

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"Tomamos uma decisão que vai ao encontro da sociedade. Combate à corrupção é tudo aquilo que a sociedade cobra de cada um de nós. Entregamos para os parlamentares a possibilidade real de nós termos esse movimento consolidado e o Brasil, a partir dessa crise, e a partir dessa decisão que tomamos, no futuro, será um outro País. Estamos apostando no futuro", ressaltou.

O projeto prevê a criminalização do enriquecimento ilícito de agentes políticos, aumento das penas de crimes hediondos para corrupção de altos valores, aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal, celeridade nas ações de improbidade administrativa, entre outras. 

Além da proposta do MPF, a comissão também vai analisar os 20 anteprojetos em tramitação na Casa que tratam de iniciativas similares e que foram incluídos no texto.

Às vésperas do processo por quebra de decoro parlamentar do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), enviou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa uma consulta que pode mudar o destino do peemedebista. Pouco antes de viajar ao Chile, Maranhão enviou quatro perguntas à CCJ sobre a votação do processo disciplinar no plenário.

Na consulta 17/2016, Maranhão faz as seguintes perguntas: se deve ser votado em plenário um projeto de resolução ou parecer; se é possível fazer emendas em plenário; se essas emendas podem prejudicar o representado; e se no caso de rejeição pelo plenário do projeto de resolução, é preciso deliberar sobre a proposta original da representação ou se ela é considerada prejudicada.

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O presidente da CCJ, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), indicou o deputado Arthur Lira (PP-AL) para ser o relator da consulta. Ambos são considerados aliados de Cunha na Casa.

Hoje, o relator Marcos Rogério (DEM-RO) entregou o parecer final que deve pedir a perda do mandato de Cunha por ter mentido à CPI da Petrobras no ano passado, ao negar possuir contas no exterior. O relator não revelou o conteúdo do documento de 84 páginas e o relatório será apresentado formalmente amanhã aos membros do Conselho de Ética.

O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), está levando a sério a decisão de não passar sequer perto do plenário da Casa. Nesta terça-feira, 24, o pepista não participou da primeira sessão conjunta do Congresso Nacional do governo Michel Temer. Durante as ausências do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), Maranhão foi substituído pelo primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP). Pelas regras, o presidente do Senado é o presidente também do Congresso, ao passo que o presidente da Câmara é seu substituto.

Segundo Mansur, o pepista - que é vice-presidente do Congresso - está "focado em outras coisas" e Renan pediu para que ele o substituísse durante parte da sessão. "Ele (Renan) pediu para eu tocar", disse Mansur.

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De manhã, Maranhão evitou o contato com os jornalistas e participou de um evento que havia retirado de sua agenda de trabalho. A assessoria da presidência da Câmara havia anunciado que Maranhão desistira de participar da cerimônia de entrega do prêmio Dr. Pinotti, no Salão Nobre da Casa. Em seu lugar, enviaria o segundo-secretário da Mesa, Felipe Bornier (PROS-RJ). Duas horas após o evento, a assessoria comunicou que Maranhão decidiu participar da entrega do prêmio porque Bornier insistiu para que ele fosse. O pepista deixou seu gabinete sem alarde, escolheu um trajeto que desviasse dos jornalistas e fez um discurso de aproximadamente cinco minutos.

Cercado por seguranças, Maranhão voltou ao seu gabinete e não saiu mais de lá. Diferentemente de seu antecessor, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele vem exercendo uma presidência dentro do gabinete e sem entrevistas diárias. O deputado preside no máximo as reuniões de colégio de líderes, mas não tem poder sobre a pauta e a condução do plenário. Desfruta de carro oficial, seguranças, transporte aéreo da Força Aérea Brasileira e tem suas despesas pagas pela instituição.

O modelo de gestão em que "reina mas não governa" foi negociado com os partidos do Centrão, que o mantêm na cadeira, mesmo com a pressão de outros partidos. No acordo, ele não preside as sessões plenárias para não "atrapalhar" a agenda do novo governo. As vezes de presidente das sessões têm ficado a cargo do segundo-vice, Fernando Giacobo (PR-PR).

Em polo oposto esteve André Moura (PSC-CE), líder do governo na Câmara, em atuação como principal articulador político do governo interino durante a sessão de votação dos vetos presidenciais e da alteração da meta fiscal. Embora não tenha orientado voto oficialmente no microfone, o deputado sergipano passava no plenário as orientações de ministros do governo Temer recebidas na maioria das vezes por telefone. "Ninguém me pediu para ser líder, mas estou aqui trabalhando", afirmou.

Na votação da meta fiscal, Moura contou com ajuda do senador Romero Jucá (PMDB-RR), até esta segunda, 23, ministro do Planejamento. O peemedebista passou praticamente toda a parte de votação dos vetos fora do plenário, mas retornou quando a análise da revisão da meta estava perto de começar.

Longe do plenário da Câmara e dos holofotes, o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), evitou nesta terça-feira, 24, o contato com os jornalistas e participou de um evento que havia retirado de sua agenda de trabalho. Diferentemente de seu antecessor, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Maranhão vem exercendo uma presidência dentro do gabinete, sem presidir as sessões plenárias e sem entrevistas diárias.

Pela manhã, a assessoria da Presidência da Câmara havia anunciado que Maranhão desistira de participar da cerimônia de entrega do prêmio Dr. Pinotti, no Salão Nobre da Casa. Em seu lugar, enviaria o segundo-secretário da Mesa, Felipe Bornier (PROS-RJ). Duas horas após o evento, a assessoria comunicou que Maranhão decidiu participar da entrega do prêmio porque Bornier insistiu para que ele fosse.

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Maranhão deixou seu gabinete sem alarde e fez um discurso de aproximadamente cinco minutos. Chamou os premiados de "agradeciados", confundiu Secretaria de Mobilidade Urbana de São Paulo com Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, da qual a filha do ex-deputado federal José Aristodemo Pinotti, Marianne Pinotti, é titular, e fez uma homenagem ao trabalho do ex-deputado morto em 2009. "Quantos brasileiros, quantos seres humanos vindos de outros países tiveram a oportunidade de terem suas vidas salvas por aquele que foi um homem público, um doutor, um acadêmico, que emprestou seu conhecimento para salvar vidas", disse.

Cercado por seguranças, Maranhão voltou ao seu gabinete e não saiu de lá nem para se integrar aos parlamentares que estavam na sessão conjunta do Congresso, do qual é vice-presidente. Num modelo de gestão negociado com o "centrão" onde ele não preside as sessões plenárias e assim continua desfrutando das prerrogativas de presidente da Câmara, Maranhão tem cumprido a risca o acordo e não tem passado nem perto do plenário. Às vezes, a presidência das sessões tem ficado a cargo do segundo-vice, Fernando Giacobo (PR-PR).

O Ministério Público do Maranhão vai propor a suspensão dos direitos políticos do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), por conta do recebimento ilegal de salários como professor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

A decisão faz parte de um inquérito civil público instaurado pelo MP, para apurar irregularidades da atuação de Maranhão como "professor fantasma" da universidade. O caso foi revelado na semana passada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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No período de fevereiro de 2014 a dezembro de 2015, Waldir Maranhão recebeu indevidamente a quantia de R$ 368 mil, o equivalente a R$ 16 mil por mês. Por lei, ele não poderia ter recebido nenhum pagamento, já que exercia cargo como parlamentar. Maranhão, no entanto, não fez qualquer comunicação sobre o assunto aos órgãos responsáveis, e continuou a receber os recursos.

Agora, os promotores investigam se mais alguém está envolvido na fraude dentro da Uema. A ação civil pública vai exigir não só o ressarcimento do valor recebido, como também a aplicação da Lei 8.429, da improbidade administrativa, que prevê as sanções jurídicas, civis e administrativas, que é a suspensão dos direitos políticos, conforme informou o promotor João Leonardo Leal.

A decisão do MP em investigar o caso foi publicada pelo Estado no domingo passado. A atuação de Waldir Maranhão como "professor fantasma" da Uema também foi levada à Comissão de Ética da Câmara.

Por meio de sua assessoria, Waldir Maranhão relatou que houve um "equívoco da Uema" e assim percebido o ocorrido, ele apresentou a solicitação para suspensão dos pagamentos e que a mesma foi entregue assim que foi eleito ao cargo na Câmara Federal. A assessoria do deputado também disse que Waldir Maranhão já solicitou à direção da Uema, os cálculos e a forma de repasse dos valores a serem restituídos.

Não é o que diz o reitor da Uema, Gustavo Pereira da Costa. À reportagem, Costa disse que os pagamentos irregulares só pararam de ser feitos em dezembro de 2015 porque a universidade, ao fazer uma auditoria interna em sua folha de pagamento, verificou que Waldir Maranhão tinha passado a fazer parte dos professores ativos, de forma irregular. "Imediatamente, pedimos que o nome dele fosse retirado", declarou.

Ao contrário do que afirma a assessoria de Waldir Maranhão, a reitoria da Uema declarou ainda que não foi feito nenhum pedido, pelo parlamentar, de retirada de seu nome da folha, tampouco pagamento dos valores recebidos.

Filho

Além de investigar a atuação do parlamentar, o Ministério Público também abriu inquérito contra seu filho, Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso, por ter recebido de forma indevida salários do Tribunal de Contas do Maranhão.

Thiago Maranhão também está sendo investigado por receber salário do TCE enquanto atuava como médico em outros estados e fazia residência no Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público, o filho de Waldir Maranhão recebeu o salário de R$ 7.500 por mês sem trabalhar durante três anos, de 2013 a 2016. Ele foi exonerado apenas em maio deste ano depois que o caso se tornou público. O médico Thiago Maranhão não se pronunciou sobre o assunto.

A Justiça do Maranhão decretou na terça-feira (17), o bloqueio parcial de bens do médico Thiago Augusto Azevedo Maranhão como forma de garantir a devolução do dinheiro pago indevidamente ao filho do presidente em exercício da Câmara dos Deputados. Na sentença consta ainda a restrição de transferência no Detran-MA e expedição de oficio aos cartórios de registro de imóveis avisando sobre a decisão.

"Eu determinei a indisponibilidade dos bens até R$ 235 mil, que foi o valor que ele teria recebido sem trabalhar seguindo uma norma de preferência. Inicialmente dinheiro nas contas, se tiver. Se não, veículos ou então imóveis. Mas resguardar o patrimônio suficiente para que o dinheiro público seja recuperado" destacou o juiz Douglas de Melo Martins, titular da vara de Interesses Difusos.

Líderes dos partidos na Câmara dos Deputados, reunidos nesta quarta-feira (18), tentam fechar um acordo para desobstruir a pauta de votações no Plenário da Casa. O maior imbróglio entre os parlamentares, no entanto, é a condução dos trabalhos que está sendo executada pelo presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA). A proposta dos líderes é que Maranhão não presida as sessões deliberativas e comande apenas as questões administrativas da Casa e as reuniões dos líderes. 

“Dá para votar as quatro MPs hoje e liberar a pauta”, disse o líder do PTB, Jovair Arantes (GO). O líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), também reafirmou que não há definição sobre quem irá comandar as votações hoje. Ele afirmou que, regimentalmente, o primeiro-vice-presidente tem a prerrogativa de conduzir os trabalhos, mas, politicamente, há uma dificuldade de alguns parlamentares em relação a Waldir Maranhão.

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No entanto, Rosso frisou que ninguém pediu a renúncia do presidente em exercício. Para Jovair Arantes, Maranhão deve ser sensato na postura e destravar o andamento da Câmara. “Ele é um homem sensato e experiente. Vai saber tomar a decisão certa”, frisou. Os líderes do PPS e do DEM não participaram da reunião.

Novo bloco

O líder do PP na Câmara dos Deputados, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), anunciou a formação de um bloco parlamentar reunindo 225 deputados de 13 partidos. Ribeiro explicou que o objetivo do bloco “é trabalhar para o país”, e destacou o compromisso dos partidos com a normalidade do funcionamento da Casa. “Votaremos a partir de hoje as matérias pelo interesse do Brasil”, afirmou o líder.

São os partidos integrantes: PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, SD, PHS, PROS, PSL, PTN, PEN e PTdoB. O PMDB também pode ingressar no bloco. 

Durante um evento para celebrar a revitalização de uma superquadra em Brasília nesta terça-feira (17)o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), rompeu o silêncio e elogiou o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em suas breves palavras, Maranhão enalteceu o peemedebista mais de uma vez, dando os créditos pelo projeto ao seu antecessor, que disse ter "espírito público". Ele afirmou ainda que Cunha "possui experiência" e é um homem "tarimbado".

"Para além desse momento, se Cunha aqui estivesse, estaria para contemplar seu feito. Mais uma iniciativa que acolheu o seu espírito público. Me orgulho de pertencer a uma Mesa Diretora de trabalho que tem dado a sua contribuição para o País", declarou Maranhão durante o seu discurso. Questionado se ele e Cunha mantêm contato, ele não respondeu. Interlocutores do presidente afastado dizem que ele é extremamente fiel ao peemedebista e que o visita na residência oficial quase todos os dias.

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Maranhão voltou a dizer que não vai renunciar ao cargo de vice-presidente, como defendem partidos como DEM e PPS, e afirmou que as críticas fazem parte da democracia. "É preciso compreender que o Brasil é maior do que crise, e nós temos que dar a nossa contribuição. Cunha deu sua contribuição à construção de um projeto da Câmara, dando sequência às pautas. Portanto tem experiência, é um homem tarimbado, e com certeza significa para a República um homem público que deu e dará um estímulo pra que nós possamos compreender o papel do Parlamento."

Além de mencionar Cunha, o presidente interino, que já foi reitor da Universidade Estadual do Maranhão, destacou a importância da educação. Entre as ações da revitalização, foram doados materiais escolares para uma escola da região.

O presidente interino aproveitou para destacar a importância da educação. Ele falou do "sentimento da educação, que liberta, emancipa e é sinônimo de democracia". "Educação de qualidade é um pedaço de ouro que reluz ainda que seja na escuridão", completou.

A suspeita de que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), atuou como "professor fantasma" da Universidade do Estadual do Maranhão (Uema) por dois anos, recebendo salários de forma irregular, será alvo de investigação do Ministério Público do Maranhão. O caso também será enviado ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Maranhão assumiu interinamente a presidência da Câmara depois que o Supremo Tribunal Federal determinou o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo e do mandato parlamentar.

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O governo do presidente em exercício, Michel Temer, trabalha por um alinhamento com a Câmara para aprovar projetos de seu interesse, principalmente uma pauta econômica. No início da semana, o deputado do PP chegou a anular as sessões do impeachment na Casa, mas depois recuou.

Após reportagem publicada pelo Estado na quarta-feira passada, o promotor de Justiça e chefe da assessoria especial da Procuradoria-Geral de Justiça, Reginaldo Júnior Carvalho, disse que vai instaurar inquérito para investigar o caso.

Em fevereiro de 2014, quando cumpria seu segundo mandato como deputado, Maranhão voltou a receber salário mensal da Uema. Reeleito para seu terceiro mandato como parlamentar, o deputado continuou a ser remunerado irregularmente durante todo o ano seguinte.

O presidente interino da Câmara recebeu irregularmente a quantia de R$ 368.140,09, o que equivale a cerca de R$ 16 mil por mês.

Segundo a reitoria da Uema, a paralisação ocorreu quando a administração da universidade fez uma auditoria em sua folha de pagamento no fim do ano passado, e só então percebeu que Waldir Maranhão tinha voltado a receber salário como professor. Por lei, o parlamentar tinha obrigação de comunicar a universidade e pedir seu afastamento imediato, já que Maranhão é concursado da Uema. Em anos anteriores, ele já tinha feito isso.

A reportagem procurou novamente o deputado, mas ele não quis se manifestar.

"Vamos pedir informações à Uema, para saber qual é essa história de forma oficial, para fazermos o procedimento aqui no Estado. Vamos deflagrar o processo para apurar", disse Reginaldo Júnior Carvalho. "Faremos tudo o que estiver ao alcance do Ministério Público Estadual, a exemplo do que aconteceu em relação ao filho do parlamentar. As medidas serão adotadas com o maior rigor que a lei determina."

Conselho de Ética. O caso também teve reações no Congresso. O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) disse que vai incluir os dados no processo que foi enviado ao Conselho de Ética da Câmara. "Isso vai ser incluído em nossa representação feita ao Conselho de Ética. É uma irregularidade grave. Gestos como esse mostra qual é a verdadeira personalidade de quem ainda está à frente da Câmara, mesmo que interinamente", disse.

No início desta semana, o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), por meio de seu presidente, Jorge Pavão, exonerou o filho do presidente interino da Câmara. De acordo com o portal da transparência do TCE-MA, Thiago Maranhão estava nomeado como assessor de conselheiro com a simbologia TC-04, o que garantia uma remuneração de R$ 7,5 mil, mas, com os descontos, o valor final ficava em R$ 6,5 mil.

O filho de Waldir Maranhão era lotado no gabinete do ex-presidente do órgão, Edmar Cutrim, histórico aliado da família Sarney. Ocorre que Thiago Maranhão trabalha em hospitais e cursa pós-graduação na cidade de São Paulo (SP).

No caso da Uema, a Procuradoria-Geral de Justiça vai definir o que está sob sua tutela e o que deve ser tratado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já que Maranhão possui foro privilegiado. O objetivo é verificar responsabilidades. Com 21 anos de atuação na Uema, o presidente interino da Câmara foi professor, vice-reitor e reitor da universidade.

A Justiça maranhense também está no encalço de Maranhão para que ele pague dívidas de sua campanha de 2010. O parlamentar, conforme revelou o Estado no último fim de semana, tem quatro imóveis penhorados por dar calote em serviços de propaganda contratados em 2010. Ele desrespeitou um acordo judicial, paralisando pagamentos de uma dívida de R$ 1,3 milhão que contraiu com uma empresa gráfica. Maranhão é alvo de investigações da Operação Lava-Jato, por recebimento de propina e teve as contas de campanha rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conseguiu definir com seus aliados um formato de gestão da Casa de forma que ele, mesmo longe do cargo, consiga manter a influência sobre suas atividades.

A ideia é manter o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), no posto. No entanto, quem comandará as sessões plenárias e a reunião de líderes partidários para definir a pauta de votações serão o segundo-vice-presidente Fernando Giacobo (PR-PR) e o primeiro-secretário Beto Mansur (PRB-SP), ambos integrantes do chamado "centrão", grupo liderado por Cunha.

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O formato será ainda repassado pelo Palácio do Planalto, que tem agora à frente o presidente da República em exercício, Michel Temer. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, conversou nesta sexta-feira (13), por telefone com Maranhão, que demonstrou disposição em colaborar com a nova administração. "Vamos construir um entendimento", disse Geddel. Eles devem conversar pessoalmente neste fim de semana.

A decisão de Temer, por ora, é de não se envolver na discussão em torno da presidência da Câmara. Os aliados dizem que o presidente em exercício não quer repetir o erro da presidente afastada Dilma Rousseff na disputa pela presidência da Casa, no ano passado. O governo petista patrocinou a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), derrotado no primeiro turno, e Cunha, irritado com a participação direta de ministros de Dilma na campanha de Chinaglia, criou uma pauta-bomba.

Auxiliares de Temer sustentam que os possíveis candidatos a presidente da Câmara, como Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PPS-DF), foram favoráveis ao impeachment e estão na linha de frente de sustentação do novo governo. Portanto, não há razão para o governo apoiar um nome específico. O discurso de Temer será de que é um tema do Legislativo.

Conhecido como um parlamentar "hesitante", Maranhão ganhou força para se segurar após procurar nesta semana o apoio de Cunha para continuar no cargo. Interlocutores contam que os dois têm se falado nos últimos dias e, desde então, os partidos do "centrão" (PTB, PSD, PSC e PR) passaram a defender a tese de deixar o pepista na presidência, mas sem poder de decisão. As siglas integram hoje a base de apoio de Temer e são velhas aliadas do presidente afastado da Casa. "Essa proposta é de Eduardo Cunha, que quer o comando da Casa fragilizado. Ele quer continuar manietando", concluiu um oposicionista de Maranhão.

O problema, porém, é que partidos que integram a base de Temer rejeitam a manutenção da influência de Cunha. "Cunha continua conduzindo a Câmara à distância", protestou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Nesse sentido, PSDB, DEM e PPS pressionam para que Maranhão renuncie. "Não tem renúncia. Sem renúncia", balbuciou nesta sexta-feira o pepista, acrescentando que é preciso "administrar o País".

DEM, PSDB e PPS dizem que vão insistir na busca de uma solução permanente para situação de Maranhão, mas que não vão obstruir o fluxo de votação dos projetos do governo Temer. "Essa é uma queda de braço. Tem de dar uma solução, mas como vai se dar, não sei", disse outro candidato a líder do governo, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) assegurou, nesta sexta-feira (13), que não vai renunciar ao cargo. “Sem renúncia. Vamos ajudar a governar nosso país”, disse Maranhão aos repórteres que o esperavam na entrada da Casa. 

O progressista afirmou também que o foco agora é "trabalhar pelo Brasil". A permanência de Maranhão no comando da Câmara deve agradar a nova bancada de oposição que já prometeu dar apoio a ele durante a condução dos trabalhos legislativos. 

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Maranhão estava sendo pressionado por partidos aliados ao governo de Michel Temer (PMDB) e por membros do PP a renunciar à presidência. Em coletiva, depois da afirmação do progressista, o primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, deputado Beto Mansur, disse que esse assunto está superado e que a pressão para que Waldir renuncie “é cada vez menor”.

As movimentações pedindo a saída do progressista da Mesa Diretora iniciou na última segunda (9), quando ele anulou a sessão que admitiu, no último dia 17, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara. Maranhão argumentou que os partidos não poderiam ter orientado a votação; que os deputados não poderiam ter anunciado os seus votos previamente; e que a defesa da presidente não poderia ter deixado de falar por último antes da votação do impeachment. 

No dia seguinte (10), os titulares da Mesa Diretora da Câmara pediram, por unanimidade, a renúncia de Maranhão do cargo de 1º vice-presidente. A Mesa também propôs a Maranhão, como alternativa, o afastamento temporário do mandato – e, consequentemente, da 1ª vice-presidência – por 120 dias, não prorrogáveis.

Se Maranhão renunciasse, haveria novas eleições para o cargo de 1º vice-presidente da Câmara em cinco sessões. Segundo a Secretaria Geral da Mesa, o cargo cabe ao PP ou a outro partido do bloco que o PP integrava no início desta legislatura: PMDB, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEN e PRTB. 

Se Maranhão se licenciasse do mandato por 120 dias, o 2º vice-presidente, deputado Giacobo (PR-PR), assumiria a Presidência interina da Câmara nesse período.

A oposição decidiu manter o prazo até meio dia desta quarta, 11, para que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), renuncie ao posto. O grupo não deve apresentar na noite desta terça, 10, a questão de ordem em plenário sobre a vacância do cargo após o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). PPS, PSDB e DEM querem nova eleição para o cargo de primeiro vice-presidente da Casa.

O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), disse que aceitará retirar a representação protocolada nessa segunda, 09, na Mesa Diretora contra Maranhão caso ele deixe o cargo. "Quero ver o papel assinado", afirmou.

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Os oposicionistas rejeitam a possibilidade de o segundo vice-presidente, deputado Fernando Giacobo (PR-PR), assumir o comando da Casa. A avaliação é que Giacobo é tão despreparado para a função quanto Maranhão.

Se Maranhão renunciar, o nome que será colocado virá do bloco liderado pelo PMDB e que tem o PP no grupo. O PP reivindica a indicação do substituto. O deputado Esperidião Amin (PP-SC) é um dos nomes ventilados para a função.

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