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Poderia ter sido uma brincadeira de 1º de abril, mas foi apenas um bug no site de e-commerce do Carrefour. Na madrugada desta quinta (1º), um erro na página da rede de compras fez o preço de alguns produtos despencar. Itens como geladeiras e celulares que costumam passar dos R$ 1 mil estavam sendo vendidos a pouco mais de R$ 400. Alguns consumidores aproveitaram para encher o carrinho e colocaram o nome da rede nos assuntos mais comentados da internet. 

Por conta do erro, todo o site do Carrefour apareceu com preços ainda menores do que os ofertados em promoções como as da Black Friday. Uma geladeira Brastemp Duplex de R$ 2.449, por exemplo, estava saindo por R$ 419,90. Bem como um smartphone Samsung Galaxy S20 que custa, na verdade, R$ 4,443,33. O problema já foi resolvido, porém, várias pessoas conseguiram detectar a falha e fazer compras.

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No Twitter, tanto alguns compradores quanto aqueles que não ‘aproveitaram’ o bug comentaram bastante sobre o fato, nesta quinta (1º), e colocaram o nome da rede entre os assuntos mais comentados do dia. “Comprei geladeira, tv, guarda-roupa, notebook, máquina de lavar roupa e louça por R$ 2.000,00 no site do Carrefour, não quero nem saber se foi erro no site, pode ir entregando a mercadoria burguês safado”; “Tô brava pq ninguém me acordou pra participar do Bug do Carrefour”. Alguns clientes, no entanto, postaram que suas compras já haviam sido canceladas pela empresa. 

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Direito do Consumidor

A alegria dos que conseguiram efetuar alguma compra durante o bug pode mesmo durar pouco. Em entrevista à CNN, o chefe de gabinete do Procon-SP, Guilherme Farid, disse que em casos de “erros grosseiros” como este, a empresa pode ficar desobrigada de finalizar as vendas. "Erros acontecem. O ponto principal para analisarmos a situação é o bom senso. É a norma de direito: não está escrito em nenhum lugar, mas está presente em todos", explicou. 

Sendo assim, cada caso teria que ser analisado de forma particular. Em produtos que tenham apresentado descontos considerados convencionais, até 50%, por exemplo, é possível que a rede de compras tenha que cumprir a venda. “A Justiça já teve a oportunidade de analisar esse tipo de problema e pode estabelecer o cumprimento forçado. Porém, o juiz equaliza a leitura do caso com a questão da razoabilidade e do bom senso", disse Farid. 

A pandemia, que obrigou a população do mundo inteiro a fazer mais compras pela internet em função das medidas de isolamento, transformou o e-commerce Mercado Livre, que já era uma das empresas mais valiosas da América Latina, em um titã regional. Do início da crise da Covid-19, em março, até agora, o valor de mercado da companhia, listada desde 2007 na bolsa americana Nasdaq, saltou de US$ 27 bilhões (R$ 145 bilhões) para quase US$ 77 bilhões (R$ 415 bilhões), uma alta de 185%.

O feito levou o marketplace a ultrapassar nomes tradicionais da economia brasileira em valor de mercado, como Petrobrás e todos os grandes bancos. A empresa chegou até mesmo a ultrapassar a Vale e ficar, momentaneamente, na primeira colocação das mais valiosas da região. Considerada por analistas de mercado como a grande competidora latina das gigantes globais Amazon e Alibaba, a empresa se prepara agora para um novo salto: começar a vender alimentos frescos e ingressar no disputado nicho de delivery de restaurantes.

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Os números da empresa, que tem sede na Argentina, são superlativos. De janeiro a setembro do ano passado, o total de usuários únicos ativos na plataforma dobrou para 112,5 milhões. O volume de vendas foi a US$ 14,36 bilhões, um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior. O forte crescimento não passou despercebido pelos investidores, que passaram 2020 buscando investimentos em empresas de tecnologia com elevado ritmo de expansão: em todo o ano, a ação da companhia avançou de US$ 550 para US$ 1,7 mil.

Futuro adiantado

De acordo com Stelleo Tolda, cofundador da companhia, o período de confinamento - e o forte movimento de digitalização trazido por ele, que abriu vias rápidas de crescimento para o e-commerce - adiantou em dois anos as estimativas de crescimento traçadas para a empresa. "Isso porque tínhamos projeções muito agressivas, senão seria mais tempo", afirma Tolda, que também liderou a chegada da companhia ao Brasil, em 1999. Apesar do avanço, a plataforma tem ainda muito espaço para crescer, especialmente quando se analisa experiência em outros países. Em 2020, as vendas online no mercado brasileiro passaram de uma participação de 5% do total do varejo para 10%. "Esse é um movimento que veio para ficar. Olhando para outros mercados o número é próximo de 20%. Na China, onde o e-commerce tem mais penetração, está em 25%", comenta o executivo.

Produtos frescos

Com centenas de milhares de varejistas plugados na plataforma, incluindo grandes redes, uma das estratégias do Mercado Livre para tornar o ecossistema mais completo tem sido investir pesado em logística, para garantir a entrega no mesmo dia para uma gama cada vez maior de produtos. Recentemente, a empresa anunciou cinco novos centros de distribuição no Brasil. O desembolso no ano passado foi de cerca de R$ 4 bilhões apenas nesse segmento. "O comprador online é ansioso", explica Tolda.

Para comprovar o aumento da eficiência da entrega, a empresa programa para o início deste ano o lançamento de uma nova frente: a venda de produtos perecíveis, incluindo delivery de restaurantes. Hoje, os produtos de limpeza e alimentos secos, como arroz e feijão, já estão disponíveis.

O crescimento que veio com a pandemia também alavancou outro negócio da empresa, a sua fintech Mercado Pago. Foram cerca de sete milhões de novas contas abertas na esteira do auxílio emergencial, medida do governo para mitigar os efeitos da crise nas famílias que tiveram a renda mais afetada. O crescimento ocorreu, ainda, em um momento em que a concorrência no setor bancário se acirrou. "Há muitos desbancarizados e sub-bancarizados no Brasil", comenta o vice-presidente do Mercado Pago, Túlio Oliveira.

"Temos uma visão de longo prazo e sempre acreditamos nessa tese de que a tecnologia iria mudar a vida das pessoas. Essa mesma lógica nós estendemos para serviços financeiros", afirma Tolda.

Em relatório recente, o banco norte-americano Goldman Sachs afirmou que o Mercado Livre continua sendo uma das principais opções no comércio eletrônico latino-americano. "Vemos a empresa não apenas alavancando com sucesso as mudanças de comportamento do consumidor impulsionadas pela pandemia, mas também executando de forma consistente uma agenda micro que abrange áreas estratégicas como logística, seleção, preços, experiência do usuário e curso de serviços financeiros", diz o documento, assinado pelos analistas Irma Sgarz, Thiago Bortolucci e Chandru Ravikumar.

Sala de aula

A ideia da criação do Mercado Livre surgiu nas salas de aula na Universidade Stanford, no Vale do Silício, na Califórnia, mesmo berço do Google. Foi ali que nasceu o projeto, em 1999, quando o brasileiro Stelleo Tolda e o argentino Marcos Galperin, cofundadores da empresa, ouviram de seus colegas que uma empresa, inspirada na americana Ebay, que tinha sido lançada cinco anos antes e que tinha de abrir seu capital, não teria sucesso ao ser replicada na América Latina. "Todos eram céticos, mas a gente sempre teve muita confiança sobre a viabilidade do negócio", afirma Tolda.

A empresa nasceu como qualquer startup que precisa, do zero, colocar o negócio de pé. Depois que terminou o curso, Galperin voltou a Buenos Aires, onde lançou oficialmente o "Mercado Libre", na garagem do subsolo de um edifício - estrutura que foi replicada como comemoração do aniversário de 20 anos da companhia.

Três meses depois, Tolda se uniu ao negócio que ajudou a pensar, trazendo o Mercado Livre ao Brasil (atualmente o País representa 53% das receitas da companhia). Para fazer o negócio girar e, assim, atrair o público, o primeiro passo foi colocar produtos para a venda dentro do site.

No início, começaram a ofertar artigos usados de familiares e amigos. Depois, Tolda conta que passou pessoalmente a visitar lojistas. Em uma dessas ocasiões, com uma máquina fotográfica na mão - uma Sony Malvica, que tinha um compartimento para um disquete, o que permitia na época a transferência mais rápida das fotos para o computador - foi até a rua Teodoro Sampaio, tradicional polo da capital paulista de venda de instrumentos musicais. De loja em loja, falava com os proprietários e tirava foto dos instrumentos para inserir na plataforma. Naquele momento era gratuito ao lojista, algo que foi mantido por um ano.

Rapidamente, o negócio foi ganhando escala. Como consequência, já no início da empreitada, o Mercado Livre comprou três de seus concorrentes diretos. Ibazar, Lokau e Arremate - o último terminou de ser 100% adquirido em 2007. "Essas empresas eram concorrentes diretos. Ajudou a dar escala na base de usuários e clientes", conta Tolda. Hoje em dia, o Mercado Livre não é conhecido por grandes movimentos de fusões e aquisições, e cresce - e muito - organicamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mundo digital está ganhando espaço rapidamente na economia brasileira, principalmente se olharmos para o e-commerce e para os bancos digitais. Por conta disso, a criação de um site responsivo e de boa qualidade é uma prioridade crescente para qualquer empresa que atue no setor online, independentemente da área. Uma boa experiência de navegação pode ser determinante para um cliente concluir uma compra ou desistir do produto.

Com o aumento do comércio online, principalmente em 2020, ficou ainda mais importante contar com um site bem estruturado. Segundo números da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), cerca de 150 mil novas lojas online foram criadas entre março e julho do ano passado. Ou seja, a concorrência é crescente, e um site de qualidade pode fazer a diferença. Não faltam, no entanto, empresas e serviços online no Brasil que conseguiram bons resultados com o uso de sites intuitivos e responsivos. Um desses exemplos é a plataforma de apostas Сampobet. Por se tratar de um site que oferece diversas categorias de apostas online, indo desde modalidades de cassino online até apostas esportivas, a empresa buscou organizar toda a informação optando por um design intuitivo e de navegação simples, colaborando, assim, para que os usuários encontrem com facilidade o serviço que estão procurando. Algo semelhante acontece com o banco digital Nubank, que sempre investiu na experiência dos usuários, seja no site oficial ou então no aplicativo para smartphone. A ideia foi agregar o máximo de informação possível das contas e dos cartões de uma maneira simples e fácil de entender. Por último, também podemos citar o e-commerce Magazine Luiza, que é uma referência no comércio digital justamente por conta da organização de todos os departamentos e produtos disponíveis em sua loja virtual. 

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Todos esses sites que citamos como referência possuem algumas características em comum, seja pelo fato de serem organizados ou então intuitivos. A ideia principal é que o design do site não confunda o usuário, mas sim facilite o caminho até a informação, o produto ou o serviço desejado. No caso dos bancos digitais e das plataformas de apostas, a qualidade do site também é importante para dar ao usuário a certeza de estar navegando em um ambiente seguro, o que, além disso, colabora com a fidelização de novos clientes. 

Alta do e-commerce

Essa preocupação com a qualidade do site é cada vez mais importante para o e-commerce, que foi o setor com maior crescimento no Brasil em 2020. Com uma perspectiva de crescimento também para este ano, podendo aumentar o faturamento em cerca de 26%, segundo análise divulgada pela Ebit|Nielsen, o setor deve contar com uma concorrência ainda maior. Isso é algo positivo para os consumidores, que devem ganhar ainda mais opção com o esforço das empresas em oferecer uma experiência melhor e mais atrativa.

Fonte: Unsplash

Uma das formas mais eficientes para conseguir esse destaque é com um site de qualidade, afinal, ele é uma espécie de vitrine virtual de qualquer serviço online. É por isso que o marketing digital é uma das áreas que mais cresce no país. Investir para que o site seja funcional, responsivo e moderno pode ser essencial para garantir sucesso com o público e o consumidor. As novas tecnologias chegaram para ajudar os clientes e os empreendedores, mas é preciso saber utilizar essas ferramentas inovadoras para garantir que funcionarão da melhor maneira possível, cumprindo com os objetivos que visam atingir.

As festas de fim de ano, em especial o Natal, são costumeiramente um período de muitos presentes, dados ou recebidos. Mas, ainda que a gente passe dias pensando, e horas comprando, o presente nem sempre agrada. E nesse momento muitos precisam usar a política de troca prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas isso pode acabar se tornando uma grande dor de cabeça. 

Várias dúvidas que já existem, e outras que nascem, devido ao contexto atual em que vivemos, surgem. Será que o fato de vivermos uma pandemia afeta essa política? As compras, cada vez mais frequentes através do e-commerce (compra on-line) tem regras para trocas? Essas e outras perguntas foram respondidas em entrevista ao LeiaJá, pelo gerente de atendimento do PROCON-PE, Pedro Cavalcanti, que deu dicas de como evitar prejuízos em situações como essas e também de como proceder com a política de trocas nas compras presenciais e on-line.

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Pedro, que deixa claro desde o início que a pandemia não tem nenhum efeito nas normas de troca de produtos previstas no CDC, chama atenção para o consumidor conhecer a política de troca da empresa que está adquirindo algum produto. Isso acontece porque não existe nenhuma disposição que obrigue a troca, ficando assim a cargo do comércio criar uma regra. 

"Na compra em loja física não existe nenhuma obrigatoriedade na troca, mas sim uma política de trocas que é diferente de um fornecedor para o outro, então tem algumas lojas que estabelecem sete dias, outras 15 dias, algumas um mês", explica. "Se houver uma política garantida, o consumidor tem direito de exigir a troca", completa. 

A outra dica é justamente no e-commerce. Nesse caso, existe uma regra que obriga a troca: o fato de o consumidor não ter a chance de avaliar a condição do produto como acontece nas lojas físicas. "A partir da data do recebimento, não importa quando ele comprou, ele tem sete dias para exercer o arrependimento daquela compra independente do motivo", esclarece Pedro. Em situações como essa, o consumidor deve procurar a empresa que vai dar as coordenadas para efetuar a troca. 

"O produto tem que voltar íntegro na caixa original com todos os acessórios. Não pode usar uma semana e não pode voltar o produto da forma que não recebeu", acrescenta. Outro ponto que ele ressalta são as fraudes recorrentes em compras on-line. Pedro revela alguns cuidados. Ele aproveitou para pontuar que a pandemia acabou alavancando o mercado de e-commerce entre as pessoas mais idosas, e que por isso, esses novos clientes precisam saber como minimizar os riscos de algum golpe. 

Fraudes

"Tem idosos agora que estão fazendo até feira na internet, então a gente sabe que vai estar com esse volume bem maior e a gente orienta o consumidor para que evite clicar em banners que às vezes leva o consumidor para sites fraudulentos com oferta muito tentadora, preços bastante convidados e às vezes a pessoa se deixa enganar e acaba sendo vítima de fraude", diz. 

"Então sempre que ele verificar alguma oferta, que ele saia da rede social e vá no próprio site da empresa, verificar se tem aquele cadeadinho no canto superior esquerdo da tela, se é criptografado. São esses cuidados que o consumidor deve ter na hora da compra. A opção é comprar em sites confiáveis já estabelecidos para fazer uma compra mais segura", finaliza.

A procura na internet por descontos na Black Friday está em alta e a expectativa é que as vendas no e-commerce batam recordes em um ano marcado pela pandemia - que obrigou o consumidor a amadurecer digitalmente, ao mesmo tempo em que reduziu a atratividade das lojas físicas. Segundo levantamento do Google, obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast, as buscas por Black Friday já eram 20% maiores entre os dias 11 e 17 de novembro que no mesmo período de 2019.

Segundo a consultoria Ebit/Nielsen, o comércio online no evento deste ano deve crescer 27% em relação a 2019, considerando as vendas entre hoje e amanhã, o dia propriamente dito do evento. Nos cálculos ABComm, associação brasileira de e-commerce, o crescimento deve ficar em torno de 77% na comparação anual, contando as vendas de hoje até a próxima segunda.

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O Google fez também o recorte das categorias com maior crescimento na busca entre os dias 14 e 20 de novembro em comparação com o mesmo período do ano passado. Lideram a lista os tablets e leitores digitais, com alta de 56%. Na sequência, vêm computadores, com aumento de 54%; a categoria de cama, mesa e banho, com buscas 53% maiores; acessórios de informática, com alta de 49%; moda para bebês, 46% mais buscada; e artigos para animais de estimação, com alta de 45%.

Sem aglomeração. Nas lojas físicas, a preocupação com o avanço do coronavírus deve impedir as cenas de tumulto e de disputa por produtos comuns nas edições anteriores do evento. As grandes redes varejistas não planejam grandes ações nas unidades e algumas apostam em lives para atrair o consumidor e apresentar descontos.

O Magalu fará evento online a partir das 22h30 de hoje até a meia-noite e meia, com apresentação da atriz Taís Araújo e de Luciano Huck e show de Anitta. A Americanas vai comandar o evento principal Show da Black Friday, organizado pelo YouTube, das 21h à 1h. A apresentação será feita pelo youtuber e empresário Felipe Neto.

A rede, ao contrário das concorrentes, vai manter 1,5 mil de suas lojas abertas 24 horas de hoje para amanhã. Em nota, a empresa afirmou que a medida visa a evitar aglomerações e que haverá gestão de fluxo de clientes.

O Extra, que costumava reunir uma multidão de consumidores em uma loja da zona sul de São Paulo à meia-noite, terá suas unidades funcionando em horário normal para evitar aglomeração.

De acordo com Magalu, Americanas, Via Varejo - dona das Casas Bahia e Ponto Frio - e Extra, todas as lojas têm reforçado as medidas de proteção adotadas desde o início da pandemia de covid-19.

A recomendação, porém, é que os clientes também façam a sua parte. "O consumidor precisa respeitar a dinâmica para não prejudicar a loja", diz o assessor econômico da FecomércioSP, Guilherme Dietze, frisando a necessidade o uso de máscara e álcool em gel. (Colaborou Luciana Lino, especial para o Estadão)

CUIDADOS NA HORA DA COMPRA

Prefira lojas conhecidas Caso contrário, consulte a reputação da marca em sites como o Reclame Aqui, onde é possível filtrar as reclamações. Procure informações cadastrais como CNPJ, razão social e telefone fixo para contato. Desconfie de links patrocinados em sites de pesquisas. Fraudadores costumam pagar para terem seus links maliciosos com destaque.

Pagamento

Uma das formas de pagamento mais seguras é o cartão de crédito: além de eventuais seguros cobertos pela própria bandeira, é possível solicitar o estorno da compra se houver problema. Outra maneira de evitar a clonagem de dados é o uso do cartão virtual e, agora, o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central - neste caso, o pagamento é à vista.

Prazo de entrega

Se a loja, física ou virtual, não entregar os produtos comprados no prazo combinado, o consumidor pode cancelar a compra e ter seu dinheiro de volta sem pagar nenhuma taxa, já que a desistência, nesse caso, foi provocada pelo estabelecimento comercial.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora movimente o comércio, a elevação do número de compras por meio das plataformas digitais também faz subir o número de reclamações contra empresas que não atendem às expectativas dos clientes. Dados do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo mostram que, até a primeira quinzena de outubro, foram 241,8 mil as denúncias recebidas pela fundação em 2020.

O número representa um aumento de 208% nas reclamações em relação ao mesmo período de 2019. Segundo o órgão, o primeiro semestre do ano teve 121,1 mil denúncias de consumidores contra empresas. No entanto, há pouco mais de dois meses para o término de 2020, o Procon-SP já registra 120,7 mil notificações. De acordo com a fundação, as maiores queixas são direcionadas à demora (ou falta da entrega) dos produtos e cobranças indevidas.

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De acordo com o diretor-executivo do Procon-SP, Fernando Capez, em entrevista ao site do Governo de São Paulo, o número é alto devido ao aumento da demanda, porém, para ele, a falta de habilidade de algumas empresas com o e-commerce fica clara. "Independentemente do aumento da demanda gerada pela pandemia ou quaisquer outras ocasiões específicas, os dados demonstram que as empresas não se preparam para as vendas online", comenta.

Segundo Capez, o receio em perder negócios faz com que algumas atitudes das companhias prejudiquem os clientes. "Fornecedores vendem o que não têm no estoque, atrasam a entrega, não avisam sobre a cobrança do frete, são muitas reclamações e, por parte das empresas, respostas automáticas e protelatórias", ressalta.

Os consumidores que observarem problemas com a aquisição de produtos pela internet ou em lojas físicas podem denunciar as infrações no site www.procon.sp.gov.br ou nos canais de comunicação do órgão. O aplicativo da fundação está disponível em smartphones (Android e iOS) e, para os casos de reclamação nas redes sociais, basta marcar o @proconsp e informar o endereço ou site do estabelecimento.

Em mais um passo em direção ao mercado de consumo virtual, o Instagram anunciou, nesta segunda-feira (5), que agora será possível iniciar o processo de compras também a partir do IGTV e dos Reels. Com o Instagram Shopping, que já permite a compra de produtos a partir de publicações no Feed e nos Stories, será possível também ter acesso à compra dos produtos listados ou exibidos em um vídeo.

A novidade está sendo lançada globalmente nos aplicativos da rede social. A empresa comunicou ainda que já iniciou os testes nos Reels, função de vídeos curtos similar ao Vine e ao TikTok, e que a liberação ocorrerá logo em seguida. 

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Com a ferramenta, os usuários poderão ver informações sobre os produtos exibidos nos vídeos, como preço, e também ter acesso rápido ao site da loja para comprá-los. O objetivo do Instagram Shopping, segundo a empresa, é impulsionar o mercado e-commerce e trazer mais acessos aos sites de criadores e lojistas que utilizam da plataforma para fazer negócios, aumentando também o potencial de vendas.

“Criadores de conteúdo e marcas ajudam a trazer novas tendências culturais para o Instagram, e as pessoas acessam nossa plataforma para se inspirarem com eles. Com Shopping no IGTV e, futuramente, no Reels, estamos facilitando as compras diretamente por meio de vídeos. Além de ajudar estas marcas e criadores a compartilhar suas histórias, alcançar mais clientes e fazerem negócio", disse o COO do Instagram Justin Osofsky.

A ferramenta e-commerce chegou ao Brasil em julho deste ano. Além do IG Shopping, outra novidade é o tempo de duração dos Reels, que de 15 segundos, passarão a poder ser gravados em até 30 segundos, sob as mesmas condições de edição. O Instagram também diz que, futuramente, pretende incluir funcionalidades do Messenger à rede social.

 O e-commerce (comércio eletrônico) brasileiro teve um crescimento de 47%, a maior alta dos últimos 20 anos, impulsionado pelo isolamento social por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). Os dados são de ma pesquisa feita pela Ebit/Nielsen.

Segundo o estudo, o número de consumidores que compram pela internet aumentou 40%, totalizando 41 milhões de pessoas. Nesse universo, 58% são considerados "heavy users", pessoas que realizam mais de quatro compras online no semestre. Em  2019, o número de "heavy users" era de 53%. 

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A pesquisa indica que o pico de crescimento das compras online ocorreu no período entre 5 de abril e 28 de junho, quando o comércio eletrônico cresceu 70% em comparação com a mesma época de 2019.

Nordeste e Norte: em alta

O Nordeste teve uma alta de 107% no faturamento de e-commerce em relação ao mesmo período do ano passado e foi responsável por 18% das vendas totais do país. Já o Norte obteve um crescimento de 93% e atingiu 7% das vendas no país.

O levantamento também indica um crescimento nas lojas que atuam no segmento online mas que também possuem lojas físicas, conhecidas como “bricks and clicks”. Elas tiveram um crescimento de 61% no faturamento e atingiram 73,1% das vendas digitais do país.

Segmentos

As lojas exclusivas do ambiente online, chamadas “pure players”, também tiveram altas nas vendas. Segundo a pesquisa, esse modelo de negócio teve um aumento de 26% no faturamento.

Diferente dos demais, as lojas de fabricantes apresentaram uma queda de 8% e o valor médio de compras feitas neste segmento caiu para R$ 213, uma redução de 35% se comparado ao mesmo período em 2019.

A ascensão do delivery

Outro aumento significativo indicado pela pesquisa foi o dos aplicativos de entrega em domicílio (delivery). Dos 2.140 consumidores entrevistados no período de 10 a 13 de julho, alguns começaram a usar os aplicativos ou passaram a usar com mais frequência durante a quarentena. Entre os motivos, 77% alegam o fato de não precisar sair de casa e 36% usam por conta das promoções.

Os dados apontam que os serviços de farmácia e supermercados foram os principais responsáveis para a adesão de novos consumidores do delivery, com aumento de 10% e 14% respectivamente.

Entregas mais demoradas

Com o aumento do volume de produtos comercializados pela internet, um efeito colateral foi o aumento de alguns prazos de entrega. No primeiro semestre de 2020, o prazo médio de entrega foi de 11,3 dias, sendo que no mesmo período de 2019, o tempo era 10,6 dias. Entretanto, a taxa de pedidos entregues dentro do prazo foi de 14%, o que representa um aumento de 2% em relação ao ano passado.

Nesta sexta-feira (21), a empresa de comércio eletrônico B2W Digital anunciou a abertura de 556 postos de trabalho em diferentes áreas da companhia. As vagas, dispostas em três regiões do Brasil, atendem à demanda de setores como administrativo, finanças, comunicação, produção, logística, comércio e manutenção.

As chances são para habitantes das regiões Sul (Rio Grande do Sul e Paraná), Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e Nordeste (Ceará).

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Veja os cargos em destaque:

- Administrativo: aprendiz da área administrativa, assistente administrativo, analista de recursos humanos, supervisor de call center, teleoperador;

- Comercial: atendente, analista comercial, fiscal de prevenção de perdas, gerente comercial, analista de qualidade, assistente de qualidade;

Comunicação: analista de mídias sociais;

Finanças: fiscal tributário;

- Logística: auxiliar, analista, supervisor, encarregado, gerente de distribuição, operador logístico, operador de empilhadeira;

Manutenção: técnico de manutenção, técnico de manutenção elétrica, técnico de manutenção predial;

Produção: assistente de PCP, analista de planejamento de demanda;

Segurança do Trabalho: técnico em segurança do trabalho.

Os interessados em participar do processo seletivo devem fazer a inscrição por meio do ambiente virtual da empresa. No site, há detalhes sobre o regime de contratação, local de trabalho e salários oferecidos pelo grupo formado pela fusão entre Submarino, Shoptime, Americanas.com.

A pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) afetou o comportamento dos consumidores, que durante o isolamento utilizam a Internet para realizar suas compras.

De acordo com uma pesquisa feita pela plataforma NZN Intelligence em maio, 71% das pessoas passarão a comprar mais pela internet.

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A publicitária Tayna Fernandes, 25 anos, de São Paulo, frequentou os supermercados nas duas primeiras semanas de quarentena mas começou a testar os aplicativos de entrega e se viu satisfeita com o resultado.

A publicitária Tayna Fernandes é uma das pessoas que passou a comprar mais pela internet durante a pandemia. Foto: acervo pessoal

“Entendemos que conseguiríamos comprar tudo por lá, e percebemos que algumas lojas diminuíram o tempo de entrega da mercadoria”, conta.

Nos últimos 60 dias, todas as compras de Tayna foram feitas pela internet, incluindo supermercado, farmácia, cosméticos, pet shop e outros itens para sua casa.

“Uso o aplicativo Rappi para quase tudo, mas achei que ele estaria mais preparado para usabilidade e demanda durante a pandemia. Também compramos diretamente nos sites de lojas como como Magalu, Mercado Livre e Petz”, comenta a publicitária.

Considerando a força comercial que a internet ganhou na pandemia, alguns cuidados devem ser tomados. O usuário deve optar por lojas online de confiança e verificar a popularidade do site, reputação e feedback dos compradores.

“É importante também verificar se o site possui o ícone de um cadeado antes da URL. Caso não exista, o cliente não deve informar os seus dados”, explica o especialista em segurança digital, sócio e diretor de operações da empresa Reamp, Caio Ferro.

O comprador deve ter atenção redobrada aos dados de cartão de crédito. “Não forneça a informação, sobretudo se ela for pedida por e-mail”, explica Ferro.

Desconfie de preços baixos. “Existe uma média padrão de preços nas lojas online, exatamente como também há nos pontos de venda físicos. Vale ficar atento a ofertas que destoam muito da média”, orienta o diretor da Reamp.

O especialista recomenda manter o antivírus atualizado, pois ele impede muitas ameaças virtuais iminentes.

Nos últimos meses, o aplicativo de mensagens WhatsApp tem ganhado forças entre as empresas que o utilizam para efetuar vendas. A ferramenta se tornou o principal canal de comunicação da loja de itens de cultura pop Kanikoss Moda Nerd, do Rio de Janeiro, superando o tradicional email. "A experiência tem sido muito positiva, principalmente porque o clima da conversa com os clientes costuma ser mais leve e informal", conta o proprietário Kitsune Alexandre, 40 anos.

Popular e de fácil manejo, o aplicatico torna a negociação mais prática para o cliente, que não se vê obrigado a aprender um sistema novo para realizar uma compra. "O cliente que tiver dúvidas sobre os produtos da Kanikoss, por exemplo, vai ter contato direto com um atendente com poucos cliques", comenta. Alexandre está satisfeito com as possibilidades que o WhatsApp oferece ao seu negócio, mas acredita que algumas melhorias poderiam ser feitas, como na qualidade das chamadas de voz, que pode variar de acordo com a conexão de internet.

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Na primeira quinzena de junho, o aplicativo implementou uma ferramenta que permite realizar pagamentos, o WhatsApp Pay. "Acreditamos que em pouco tempo será uma forma de pagamento extremamente comum e corriqueira. Com certeza já está nos planejamentos da Kanikoss experimentar, testar e, se aprovado, implementar a modalidade para facilitar a vida de nossos clientes", afirma Alexandre.

Grandes redes também estão utilizando o WhatsApp como ferramenta de vendas. A plataforma de vendas do Magazine Luiza, a Parceiro Magalu, usa a mesma experiência do vendedor nas lojas físicas para negociar com os clientes por meio do aplicativo. "Também desenvolvemos o 'Magalu Link Pagamentos', onde fazemos todas as transações de pagamento apenas com um link que é enviado para o cliente", explica a gerente de produtos do Parceiro Magalu, Gisele Morila.

Acreditando no potencial do aplicativo, a varejista também implementou o uso do WhatsApp em suas lojas físicas, o que permite o cliente comprar produtos sem a necessidade de se dirigir ao estabelecimento. A equipe da Parceiro Magalu está explorando os potenciais dessa plataforma e busca feedback. "Nos estudos de NPS de Clientes, a maior nota de satisfação está nesse novo canal de vendas. Por isso, ele continuará evoluindo", afirma Gisele.

Outras varejistas encontraram no WhatsApp uma saída para manter os negócios durante a pandemia do coronavírus (Covid-19), foi o caso das redes Casas Bahia e Ponto Frio, onde os vendedores recebem uma lista de clientes, sugestões de produtos e argumentos de vendas. A abordagem é feita via aplicativo. "A operação financeira é concluída pelo cliente no site das marcas, com toda a segurança e privacidade de dados. As vendas são comissionadas para o vendedor", informa o vice-presidente de operações da Via Varejo, Abel Ornelas.

Embora seja uma estratégia adotada para contornar a crise, essa modalidade deve continuar pós-pandemia. Os vendedores de lojas físicas estarão equipados com celulares para continuar com as vendas via WhatsApp. "Isso representa mais um passo dado para que os canais sejam ainda mais integrados", prevê Ornelas. A interação via WhatsApp tem permitido que os clientes se sintam mais confortáveis, já que conhecem o vendedor da loja física. "Essa proximidade traz confiança para fazer a melhor escolha. Isso tem feito a diferença", finaliza.

A pandemia do novo coronavírus chacoalhou o Grupo Big, a terceira maior rede de supermercados do País. Há exatamente um ano, a empresa controlada pelo fundo americano Advent e na época ainda usando a bandeira Walmart, anunciava a saída do comércio online, na contramão dos concorrentes.

A intenção era centrar esforços nas lojas físicas e reerguer a companhia. Mas, nesse meio tempo, eclodiu a pandemia e o projeto de volta ao varejo online teve de ser colocado em pé a toque de caixa. "Estamos finalizando um plano de 12 meses em três meses", afirma Fabiano Sant'Ana, diretor executivo do grupo.

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Responsável pela área digital da companhia, o executivo egresso da Basf estava havia 40 dias na empresa, ainda em processo de integração, quando a pandemia eclodiu, em meados de março. Na época, ele tinha apenas um rascunho do plano para reinserir a empresa no varejo online - que rapidamente se concretizou. Até o final do mês que vem, 200 das 400 lojas vão estar integradas ao varejo digital. Hoje são 75 lojas físicas ligadas ao comércio online.

Batizado de "Big em casa", o projeto inclui dois tipos de delivery e um drive-thru e contempla as bandeiras Big, Bompreço, Big Bompreço, Nacional, Mercadorama, MaxxiAtacado e Sam's Club.

Um delivery é express, voltado para compras de pequenos volumes, 16 itens ou 9,8 quilos, no máximo, e entregas em até uma hora. O outro delivery é para compras grandes, de abastecimento, com volume ilimitado. Neste caso, a entrega é em até um dia e com hora marcada.

Sant'Ana explica que o cliente entra no site do "Big em casa", escolhe, no caso do delivery, a melhor proposta de entrega, de taxas e prazos, e é direcionado para um aplicativo específico. A companhia fechou acordo operacional com três empresas para fazer as entregas: a Cornershop (do Ubereats), o iFood e o Supermercado Now (da B2W). Cada uma tem um contrato diferente e o Big paga às empresas de entrega uma comissão para atender ao cliente.

Para o consultor Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a estratégia da companhia de fechar parcerias com empresas importantes de entrega foi para acelerar a venda.

"O Big foi para o comércio online num modelo de contingência", diz o especialista. Ele explica que, ao se acoplar a plataformas de terceiros, em poucos dias a empresa sai vendendo. "Essa foi a estratégia."

'Lockdown'

A outra perna do projeto de varejo online é o drive-thru, chamado pela empresa de clique e retire. O cliente escolhe os produtos no site e marca horário de retirada na vaga de estacionamento da loja reservada para isso.

Segundo o executivo, não é preciso sair do carro, pois um funcionário coloca as compras no porta-malas e o cliente finaliza o pagamento, sem custos extras. "Esse fluxo inteiro, de entrada no estacionamento até a saída com o carro carregado, demora quatro minutos", diz.

O projeto do drive-thru começou a funcionar este mês na loja do Big do Pacaembu, na zona Oeste da capital paulista. Para as próximas semanas, a meta da companhia é colocar em funcionamento o clique e retire em 17 lojas em Recife (PE) e em Salvador (BA).

"Estamos nos concentrando no Nordeste por causa das cidades que já estão em 'lockdown' ou em risco de entrar em isolamento total", diz Sant'Ana.

Cidades do Maranhão e do Estado de São Paulo, onde a empresa tem loja e a situação da pandemia é bem crítica, também terão drive-thru, assim como as capitais do Sul. Tanto no delivery como no drive-thru os cerca de 15 mil itens oferecidos, que incluem frutas, verduras, legumes e itens de padaria têm o mesmo preço das lojas físicas.

O executivo não revela os investimentos no projeto online, mas diz que as cifras são pequenas. O que mais contou foi a rapidez para virar a chave. Para isso, foi feito um mutirão com equipes de outras áreas da companhia que estavam com baixo volume de serviço por causa da pandemia, como a de projetos estratégicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com parte da população isolada e tentando se adaptar a uma nova rotina, empresários precisaram traçar novas estratégias para manter suas empresas funcionando durante a pandemia. Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia, a Gazin Semijoias passou a focar em vendas online. "Intensificamos o patrocínio em redes sociais, mudamos o estoque físico para o online e contratamos mais pessoas para trabalhar no e-commerce, pois as vendas desse seguimento aumentaram", conta o CEO da empresa, Caio Gazin, 32 anos.

Apesar do aumento do setor, Gazin afirma que o coronavírus reduziu o faturamento da empresa, o que o obrigou a adotar algumas estratégias, como suspender alguns contratos, trabalhar com banco de horas e a fábrica, que abria todos os dias, agora só abre uma vez por semana.

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O empresário John Lenon, da franquia Chicken in House | Foto: Divulgação

A Chicken in House também foi impactada pela crise do coronavírus. Segundo o CEO John Lenon, 38 anos, a empresa teve que dar isenção de dívidas a todos os franqueados. "Além disso, estamos ajudando nas negociações com os proprietários dos imóveis, temos incentivado promoções e o delivery tem sido diferenciado", comenta ele, destacando que o serviço de entrega tem sido a principal estratégia da empresa diante da crise. "A Chicken in House sempre foi muito forte no delivery. Nascemos disso, então estamos muito fortes nesse momento. Nosso grande diferencial e estratégia durante a pandemia é oferecer um serviço de entrega aos clientes, com motoboys treinados", complementa.

O sócio da Turn the Table Brasil, Humberto Munhoz, 38 anos, responsável por gerenciar bares e restaurantes, entre eles, O Pasquim, Vero Coquetelaria, A Saideira e Fome, comenta que os estabelecimentos foram fechados, antes do decreto de pandemia. "Acreditamos que isso é uma questão de saúde pública. Fizemos apenas o nosso papel", diz Munhoz. Desde então, a empresa tem concentrado suas estratégias para a retomada dos negócios. "Nós vamos voltar, e vamos voltar muito forte”, afirma.

Humberto Munhoz é sócio da Turn the Table Brasil | Foto: Divulgação

Munhoz tem aproveitado o isolamento social para fazer das redes sociais uma importante ferramenta de aproximação com os clientes. Por isso, tem investido em lives e depoimentos motivacionais. "Queremos nos aproximar do cliente mesmo estando longe. Acreditamos que isso vai trazer uma retomada menos dolorosa. Vai demorar um pouco, mas quando chegar o momento, vamos estar preparados", explica.

O consultor do Sebrae Davi Jeronimo explica que muitas empresas observaram que a melhor saída neste momento era utilizar os canais digitais ou serviços de delivery. Aquelas que já utilizavam essas estratégias sentiram um impacto menor em comparação as que tiveram que se adaptar ao seguimento online do dia pra noite. "A dica é usar o mundo digital como ferramenta para se comunicar com o cliente. A empresa precisa inovar, pois só os canais tradicionais não irão resolver o problema", orienta Jeronimo. "Os hábitos dos consumidores irão mudar após a quarentena", finaliza.

Por conta da expansão da pandemia do coronavírus (Covid-19), muitas lojas físicas tiveram que suspender suas atividades, o que fez muitos consumidores recorrerem às compras online. Segundo a pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), a partir de 12 de março houve aumento no consumo nas categorias  saúde (111%), alimentos (80%) e perfumaria (83%). Por outro lado, outros segmentos tiveram quedas drásticas. A venda de câmeras e filmadoras caiu 62% e os games 37%.

De modo geral, desde as primeiras recomendações de isolamento social, o e-comerce teve um crescimento de 30% a 40% no Brasil. Para o economista e professor Carlos Darienzo essa já era uma tendência que vinha crescendo nos anos anteriores, mas que foi potencializada por conta do avanço do coronavírus.

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Darienzo enfatiza que o consumidor deve tomar algumas precauções antes de realizar as compras online, portanto, é necessário checar a qualidade do produto ou serviço, prazos de entrega, idoneidade da empresa e realizar pesquisas de preços. Considerando que o setor alimentício foi um dos segmentos a crescer no comércio digital, Darienzo explica que as famílias com mais renda estão fazendo estoque de alimentos, mas destaca que isso é um erro. “Não faltará comida no Brasil, estão comprometendo uma parte de sua renda com estoques. Os mais pobres não podem fazer isso e são penalizados, pois irão pagar preços mais altos, em função do aumento expressivo da demanda por alimentos”, declara.

Apesar do crescimento das vendas digitais, o economista prevê que isso não será suficiente para amenizar os impactos que a pandemia irá gerar na economia do país. “A economia irá cair numa depressão, só a iniciativa privada não será o suficiente para manter a economia operando em um nível aceitável”, explica o professor,  que acredita que o Governo é o único que pode restabelecer a economia do país.

“O Estado tem a obrigação constitucional de socorrer as pessoas e empresas, para que a economia continue funcionando com razoabilidade, mas a recuperação só irá iniciar a partir do segundo semestre de 2020”, calcula.

Os consumidores que decidiram evitar contatos mais diretos com outras pessoas para se proteger do novo coronavírus estão ampliando as compras pela internet. Na primeira quinzena deste mês, foi registrada alta de 30% a 40% nos pedidos online em relação ao igual período do ano passado, segundo entidades do setor. Os produtos que dispararam em vendas foram aqueles ligados à proteção da saúde, em especial o álcool gel e, nos últimos dias, alimentos.

Segundo dados do Compre e Confie, empresa do grupo ClearSale que trabalha com inteligência de mercado e atua no ramo de antifraude para e-commerce, a alta das vendas totais foi de 40% nos primeiros 15 dias do mês. Só os itens de saúde tiveram crescimento de 124%.

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No comparativo entre igual intervalo de 2019 e 2018, as compras via internet tinham aumentado 4%, informa André Dias, diretor executivo da empresa e coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net, principal entidade multissetorial da América Latina. Alimentos e bebidas tiveram alta de 30% e eletrodomésticos de 37%. A única categoria que teve queda foi a de eletrônicos, de 23%.

Dias ressalta que o faturamento setor cresce um pouco abaixo das vendas pois o tíquete médio das compras caiu, com procura maior por produtos de menor valor. A plataforma não mantém dados sobre serviços de delivery de comida, como iFood, Uber Eats e Rappi.

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico(ABComm) informa que, desde o fim de semana, algumas lojas virtuais registraram alta de mais de 180% em transações nas categorias de alimentos e saúde. Para outros segmentos, o presidente da entidade, Maurício Salvador, calcula crescimento médio de 30%.

Ele acredita que o setor está preparado para aumentos sazonais, como ocorre na época da Black Friday, mas admite que algumas lojas virtuais "já estão comunicando em seus sites possibilidade de atrasos e substituição de produtos por conta da ruptura de estoques."

Salvador ressalta que, apesar dessa alta atual nos negócios, a crise deve afetar o e-commerce. Antes da crise do coronavírus, a ABComm previa volume financeiro de R$ 106 bilhões para o setor, 18% acima do registrado em 2019, mas nas próximas semanas a projeção será refeita para baixo.

Reforço de pessoal

O Mercado Livre, uma das grandes plataformas online do País, registrou na primeira quinzena do mês avanço de 65% nas vendas de produtos dos segmentos de saúde, cuidado pessoal e alimentos e bebidas, na comparação com igual período de 2019. A comparação envolve itens como máscaras protetoras e álcool gel e produtos de primeira necessidade (alimentos, papel higiênico, fraldas etc). Para atender a alta demanda, a empresa está reforçando o time de logística. "Nosso planejamento prevê antecipar para um prazo imediato a curva de contratação prevista para três meses", afirma Leandro Bassoi, vice-presidente de Mercado e Envios para a América Latina.

O e-Bit Nielsen, empresa de mensuração e análise de dados, constatou que as vendas online de álcool gel bateram recorde nesse mês, com faturamento de R$ 1 milhão, depois de as vendas já terem crescido 310% em fevereiro ante março. A subcategoria, que antes representava menos de 1% da categoria Saúde, ampliou sua participação para 9% no fim da semana passada.

Segundo o fundador da empresa de integração de sistemas de e-commerce Wevo, Diogo Lupinari, desde segunda, quando foram iniciadas as movimentações de home office, o número de pedidos diários passaram de 8 mil para 40 mil. Já a plataforma de entregas colaborativas Eu Entrego, que realiza em média 3 mil entregas por dia para o varejo nacional, viu a demanda por seus serviços saltar para 15 mil entregas/dia desde o início da semana passada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma pesquisa realizada pela empresa de logística DHL apontou que o e-commerce, divisão de comércio virtual que opera por dispositivos eletrônicos, deve aumentar cerca de 22% ao ano em toda a América Latina. O levantamento foi feito com divisões entre segmentos que consideraram os mercados maiores (Brasil e México), médio porte (Colômbia, Argentina, Chile e Peru) e menores (América Central e Caribe).

Além de apresentar uma ampla visão do e-commerce, a pesquisa ainda mostra dados que consideram o bom relacionamento das empresas com o cliente. De acordo com o estudo, são estas instituições que têm mais sucesso em suas vendas online. Segundo os números, a relação entre loja e comprador considera ambientes como as redes sociais e os marketplaces (local no qual a empresa expõe seus produtos).

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Outro estudo, elaborado pela parceria entre a empresa de pesquisa Euromonitor com a instituição de pagamentos Pay Pal mostra que, no Brasil, o segmento e-commerce saltará de US$ 19,5 bilhões para US$ 28 bilhões em faturamento.

Mesmo com o ânimo pelos números apresentados na pesquisa, o e-commerce ainda enfrenta alguns empecilhos para alavancar seus negócios no mercado. Os altos índices de trocas de produtos são vistos como os maiores obstáculos do setor. No Brasil, as devoluções chegam a 25% das compras. Nos Estados Unidos, o segmento de moda cobra taxa para substituir os itens adquiridos. O custo fica em torno de 50% no ambiente virtual e 9% do preço do produto nas lojas físicas.

O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 26,4 bilhões no primeiro semestre de 2019, indicando um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do relatório Webshoppers, produzido pela Ebit/Nielsen. Em volume, o número de pedidos cresceu 20% na mesma base de comparação, para 65,2 milhões.

Entre janeiro e junho, as compras nos segmentos de Alimentos e Bebidas e Petshop aumentaram 82% e 144%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. Conforme o relatório, o consumidor nessas áreas compram de forma mais frequente do que a média e são chamados de heavy users. Fazem parte desse grupo, pelo critério da Ebit/Nielsen, consumidores que realizaram mais de três compras nos últimos seis meses.

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Do total de consumidores do primeiro semestre, 18,1%, ou 5,3 milhões, realizaram a sua primeira compra online. "Estamos vivendo um momento de novas experiências por estes consumidores. Alguns usando o canal pela primeira vez, numa migração do offline para o online, outros experimentando novas lojas online e mesmo desembolsando em categorias que, até então, não haviam sido exploradas", afirma Ana Szasz, líder da Ebit/Nielsen, em nota.

No relatório, a Ebit Nielsen destaca ainda o crescimento nas vendas e no faturamento do e-commerce (transações comerciais realizadas por dispositivos móveis), também impulsionados por bens de consumo imediato. O faturamento neste segmento cresceu 36%, enquanto o volume de pedidos aumentou 42% nos primeiros seis meses do ano ante igual período do ano anterior.

Para o ano de 2019, a Ebit/Nielsen estima aumento de 12% nas vendas online, para R$ 59,8 bilhões, acréscimo de 18% no número de pedidos, somando 144 milhões, e queda de 4% no tíquete médio, para R$ 415.

Um levantamento realizado em capitais de todos os estados brasileiros pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que 86% dos consumidores que têm acesso à internet fizeram pelo menos uma compra em lojas online nos últimos 12 meses. Dos entrevistados, 67% afirmaram que utilizaram smartphones para concluir a aquisição. O segundo meio mais comum entre 39% dos consultados foi o notebook.

Ainda segundo a pesquisa, cada comprador fez, em média, sete operações pela internet nos últimos 12 meses. Entre os produtos mais adquiridos no ambiente virtual, 43% são peças do vestuário, calçados e acessórios. Os eletrodomésticos foram obtidos por 36% dos consumidores. Na sequência estão smartphones e celulares, com 34%, e entrega de comida em domicílio, com 30%. Os segmentos de artigos para casa e cosméticos empataram em 29%.

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Outro destaque do estudo são as compras realizadas nas redes sociais. O chamado e-commerce foi utilizado por 33% dos participantes da pesquisa adquiriu produtos ou serviços por meio do Facebook, Instagram, Youtube ou WhatsApp no último ano. De acordo com o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a tendência é que a atuação dos smartphones nas compras pela internet cresça ainda mais. "Com a evolução da tecnologia, comprar pelo celular ficará cada vez mais fácil. O próprio varejo tem pela frente um enorme potencial de desenvolver produtos personalizados e experiências customizadas para esse consumidor", analisa.

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As fraudes foram responsáveis por um aumento de 72% no prejuízo do e-commerce (negócios online) do Brasil em 2018, de acordo com pesquisa realizada pelo Serasa. O país ficou em terceiro lugar no ranking mundial do levantamento, atrás apenas dos Estados Unidos (80%) e Reino Unido (76%).

O Brasil está ainda17 pontos acima da média global da pesquisa, que é de 55%, envolvendo 21 países que registraram aumento de perdas relacionadas a crimes virtuais no ano passado.

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A maioria dos prejuízos ocorreram por meio de ataques de origem e de tomada de controle, ambos considerados danosos à reputação das marcas. Segundo o levantamento, isso pode ser o resultado das fraudes migrando de terminais de cartões para canais móveis e online, desde a adoção dos cartões com chip.

Além das perdas, mais de dois terços dos negócios em todos os países mostraram crescimento da preocupação com as fraudes. Por outro lado, 91% dos consumidores adquiriram bens e serviços pela internet no ano passado. Em todo o mundo, 74% dos compradores apontaram a segurança como o fator mais importante durante uma experiência online. No Brasil, esse índice é ainda maior (84%).

O shopping não é mais o mesmo. Pressionado pelo avanço do comércio online que mudou a forma como as pessoas fazem compras, seja na loja física, na tela do celular ou até misturando vários canais de vendas, o templo do consumo está reagindo para sobreviver. Além de oferecer cada vez mais serviços, espaço para lazer e conveniência, muitos shoppings estão assumindo uma nova função: começam a virar também uma espécie de minicentros de distribuição de mercadorias adquiridas nas lojas online e no marketplace, que é o shopping virtual, inclusive dos próprios shoppings.

Hoje metade dos centros de compras ligados a grandes grupos do setor já tem iniciativas digitais e a outra metade estuda ter shoppings virtuais, afirma o presidente da a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai. "Este ano será marcado por uma virada na transformação digital dos shoppings", diz.

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Em dois anos, 27 milhões de brasileiros farão sua primeira compra online, aponta uma pesquisa do Google. "É muita gente e se todo ano esse número aumenta, temos que reagir de alguma forma", diz Laureane Cavalcanti, diretora executiva de marketing do Grupo Sonae Sierra Brasil. A reação, segundo ela, é trazer o mundo digital para dentro do shopping.

Em maio, a companhia vai colocar em operação o marketplace de um dos dez shoppings do grupo, o Parque Dom Pedro, em Campinas (SP). A intenção é ter um shopping virtual que atue regionalmente, mas na área de influência do shopping, que abrange as cidades paulistas de Americana, Paulínia, Indaiatuba e Jundiaí.

Distribuição

O projeto piloto conta com adesão inicial de 30 das 400 lojas e reúne vários sistemas de entrega. Ele prevê que o consumidor poderá receber a compra em casa, retirar a mercadoria no shopping numa área reservada ou até sem sair do carro, num drive-thru. O grupo negocia com uma empresa de entregas a montagem de um centro de distribuição dentro do shopping.

No prazo de um ano, quando o projeto estiver a todo vapor, a intenção é entregar as compras em duas horas. "O meu 'last mile'(última milha) vai ser muito curto. Isso me garante uma posição no ranking super boa quando o cliente procurar onde comprar pelo prazo de entrega mais curto", diz ela.

Última milha

Melhorar a experiência na fase final de uma compra online é um dos maiores desafios do comércio eletrônico, já que o prazo de entrega e o custo do frete são os grandes motivos de insatisfação do consumidor.

"Os shoppings da CCP querem ser a última milha do varejo virtual, além de um lugar de compras, entretenimento", diz o presidente da CCP, Pedro Daltro. Desde 2017, a companhia criou um marketplace para cada um dos seis shoppings. Hoje são 300 lojistas que participam do shopping virtual. A meta é chegar a 500 neste ano.

Vizinhança

Com o avanço do comércio online, Daltro afirma que o shoppings, por estarem próximos dos consumidores, acabaram assumindo mais uma função: a de minicentros de distribuição. "Não podemos viver do varejo como se vivia antigamente", diz.

Hoje, as compras feitas no marketplace dos shoppings da CCP são retiradas pelo consumidor no shopping e isso pode gerar novas compras por impulso. Até agora, os shoppings virtuais agregaram, em média, 5% às vendas dos shoppings físicos da companhia. O plano para este ano é iniciar o sistema de entrega em domicílio, no prazo de meia hora para pedidos feitos por clientes que estão a cinco quilômetros dos shoppings.

Procurado, o Shopping Iguatemi, o primeiro do Brasil, informa que pretende lançar o seu marketplace até meados do ano. O shopping virtual vai atender ao País inteiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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