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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou nesta sexta-feira, 22, a portaria que estabelece o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin). Após assinar o documento Queiroga voltou a dizer que "nós continuaremos convivendo com o vírus", e que, "nós (Ministério da Saúde) temos capacidade de executar todas as política públicas de enfrentamento à covid-19, seja numa situação de emergência de saúde nacional seja fora de uma situação de emergência de saúde pública nacional".

De acordo com o ministro, a portaria só vai vigorar a partir de trinta dias da sua publicação, devendo ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

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Queiroga disse ainda que não há razão para um prazo de transição de 90 dias para que os Estados e municípios se adequem às normas da portaria. "Não há razão para prorrogar a medida por noventa dias porque estamos com casos de dengue. Não foi por causa da dengue que foi estabelecido a situação de emergência pública de saúde nacional, foi por causa da covid-19"

De acordo com o ministro "não é função desta portaria fazer menção a pandemia e endemia, ela trata somente do fim da emergência pública de saúde nacional".

Reforçando a fala do secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, o ministro afirmou que não haverá nenhuma alteração nos recursos repassados aos Estados e Municípios para o enfrentamento da covid-19.

Durante a coletiva, Rodrigo Cruz, argumentou que a Espin, "não traz flexibilidade orçamentária, pois a flexibilidade orçamentária foi estabelecida pelo decreto de calamidade pública, não pela Espin".

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu cautela com o fim da emergência em saúde pública imposta pela covid-19 anunciado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

"Enquanto tiver morrendo gente disso, é preciso ter muita cautela, mas, naturalmente, o ministro da Saúde é uma pessoa responsável e certamente ele tem base para as decisões", afirmou Pacheco em entrevista a jornalistas no Senado.

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No domingo, 17, o ministro anunciou a revogação Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) da covid-19. A decisão ainda não foi oficializada. A medida entrou em vigor em março de 2020 e sustentou as ações de enfrentamento à covid-19 no País e mais uma centena de leis - cujo efeito precisará ser revisto.

A permanência da pandemia é motivo de cautela, de acordo com especialistas e secretários de Saúde nos Estados e municípios, que pediram ao governo federal uma transição com a flexibilização. Ontem, o Brasil registrou 65 novas mortes pelo novo coronavírus, totalizando 662.076 óbitos em dois anos.

O ministro da Saúde foi convocado pela Comissão de Transparência do Senado para uma audiência nesta quarta-feira, 20, marcada às 14 horas. O colegiado quer ouvir do chefe da pasta esclarecimentos sobre a qualidade da saúde pública no Brasil, de acordo com o requerimento de convocação aprovado.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em pronunciamento na noite deste domingo, 17, o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) da covid-19. A medida vigorava desde março de 2020, quando a doença assumiu o caráter de pandemia e passou a causar preocupação em todo o mundo.

Entenda a seguir o que muda com a decisão.

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Como o ministro Queiroga justificou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional?

O ministro atribuiu a decisão à queda nos índices da doença e à vacinação no País, que alcançou 73% da população. Ele ponderou que a mudança não significa o fim da pandemia do novo coronavírus e que ainda é preciso ficar "vigilante".

"Graças à melhora do cenário epidemiológico, à ampla cobertura vacinal da população e à capacidade de assistência do SUS, temos hoje condições de anunciar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, a Espin", disse o ministro.

Para que serve o status de emergência em saúde pública e o que muda agora?

A Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) permite uso emergencial de vacinas, compras de insumos sem licitação e outras regras. No total, 172 regras do Ministério da Saúde poderiam ser impactadas com o fim da emergência. O governo federal terá que editar uma norma para não causar um vácuo jurídico com a decisão.

Os governos regionais afirmam que precisam de um período de transição para comprar medicamentos e, principalmente, a vacina Coronavac, que ainda não têm o registro definitivo na Anvisa.

Como reagiram os gestores de saúde no País?

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, disse ao Estadão que o fim do período emergencial é para comemorar, mas que essa decisão precisa de um período de transição de 90 dias.

"É preciso demonstrar para a população que a pandemia ainda não acabou. Do contrário, ainda mais com o fim do uso de máscara, haverá o sentimento de que não há mais riscos", disse ele, que é titular da Saúde no Espírito Santo.

Para ele, com a queda no número de internações e de casos, o "momento é de alegria". "Mas precisamos de uma transição para avaliar o cenário para o segundo semestre", comentou o presidente do Conass.

A decisão significa o fim da pandemia?

Não. "Esta medida, no entanto, não significa o fim da covid-19. Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros em total respeito à Constituição Federal", disse Marcelo Queiroga neste domingo, 17.

O pronunciamento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que foi à rede nacional de rádio e televisão no último domingo (17) anunciar que vê indícios para encerrar a emergência sanitária por Covid-19 no País, reacendeu a guerra de versões sobre a atuação do governo na pandemia nas mídias sociais. Integrantes da oposição relembraram crises envolvendo a gestão federal no combate ao novo coronavírus, enquanto governistas destacaram o alto índice de vacinação e reforçaram o teor da fala do ministro.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que integrou a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, reivindicou para o colegiado o mérito que Queiroga diz ser do governo federal. "É muita cara de pau Queiroga ir pra TV falar que eles fizeram algo para salvar vidas! Se não fosse a CPI da Pandemia não tinha vacina, tinha propina para os integrantes do Governo! A vacina está garantindo a superação da pandemia, o Governo garantiu a crise!", publicou o senador.

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Randolfe afirma com frequência que a CPI foi responsável por trazer imunizantes contra a doença ao País. O feito também é disputado por João Doria (PSDB), ex-governador de São Paulo.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) classificou a fala do ministro como uma tentativa de "falsear a história". Escreveu: "Queiroga na TV é a tentativa torpe de falsear a história. Mais de 660 mil mortes, grau de letalidade altíssima, atraso na compra de vacinas, propina, cloroquina. O que conteve a pandemia foi a vacina, que eles tanto negavam".

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) descreveu a atitude do Ministério da Saúde como um retrocesso. "Um país, isoladamente, não pode decretar o término da situação global de emergência sanitária", disse, embora a fala de Queiroga se referisse à situação no Brasil.

"Mas mesmo assim, Queiroga anuncia mais um retrocesso no combate à covid, confirmando o negacionismo desse governo que desde o início não se importou com a doença e nem com a vida das pessoas", completou.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) defendeu a atuação da Saúde na pandemia e elogiou a cobertura vacinal no País, apesar de já ter feito publicações lançando dúvidas sobre os imunizantes. "Ministro Queiroga anuncia edição de Ato Normativo declarando o fim do Estado de Emergência de Saúde Pública. A motivação da medida é a quantidade de vacinas disponíveis, ampla cobertura vacinal, capacidade de assistência do SUS, entre outros", escreveu.

O próprio Queiroga, por sua vez, exaltou a campanha de vacinação do País como a maior do mundo e afirmou que o Brasil "caminha para voltar à normalidade".

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na noite desse domingo (17), o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) da Covid-19, decretada em fevereiro de 2020 pelo governo federal. Nos próximos dias, a pasta irá editar um ato regulamentando a decisão, anulando a portaria que ancorou as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus no País.

O anúncio foi feito por Queiroga em cadeia nacional de rádio e TV, dois anos após o Brasil registrar o primeiro caso de Covid. O ministro atribuiu a decisão à queda nos índices da doença e ao alcance da vacinação no País, que alcançou 73% da população. Ele ponderou que a mudança não significa o fim da pandemia do novo coronavírus e que ainda é preciso ficar "vigilante".

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"Graças à melhora do cenário epidemiológico, à ampla cobertura vacinal da população e à capacidade de assistência do SUS, temos hoje condições de anunciar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, a Espin", disse o ministro. O pronunciamento durou cerca de três minutos. Até sábado (16), o Brasil registrou 662.011 mortos e 30.248.082 casos da doença.

Conforme a Coluna do Estadão revelou, que o ministro estava escolhendo as palavras do pronunciamento junto a Bolsonaro e aliados. O presidente Jair Bolsonaro já queria o fim da emergência no país, mas Queiroga foi aconselhado por técnicos da pasta, principalmente após a demanda de Estados e municípios, a iniciar um período de transição.

A Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) permite uso emergencial de vacinas, compras de insumos sem licitação e outras regras. No total, 172 regras do Ministério da Saúde poderiam ser impactadas com o fim da emergência. O governo federal terá que editar uma norma para não causar um vácuo jurídico com a decisão.

"Esta medida, no entanto, não significa o fim da Covid-19. Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros em total respeito à Constituição Federal", disse o chefe da pasta.

Os governos regionais afirmam que precisam de um período de transição para comprar medicamentos e, principalmente, a vacina Coronavac, que ainda não têm o registro definitivo na Anvisa.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, disse ao Broadcast que o fim do período emergencial é para comemorar, mas que essa decisão precisa de um período de transição de 90 dias.

"É preciso demonstrar para a população que a pandemia ainda não acabou. Do contrário, ainda mais com o fim do uso de máscara, haverá o sentimento de que não há mais riscos", disse.

Para ele, com a queda no número de internações e de casos, o "momento é de alegria". "Mas precisamos de uma transição para avaliar o cenário para o segundo semestre", comentou o presidente do Conass.

No pronunciamento deste domingo, Queiroga também fez um balanço das ações do governo federal na pandemia e prestou solidariedade às famílias das vítimas

Equipes de emergência enfrentaram nesta terça-feira (12) a lama e a chuva para procurar sobreviventes dos deslizamentos de terra que atingiram o centro das Filipinas, onde subiu para 28 o número de mortes provocadas pela tempestade tropical Megi.

Mais de 17.000 pessoas fugiram de suas casas quando a tempestade atingiu o país e inundou casas, bloqueou estradas e provocou cortes de energia elétrica.

Os deslizamentos em várias localidades da província de Leyte provocaram 22 mortes e 27 pessoas continuam desaparecidas.

Três pessoas faleceram na província central de Negros Oriental e mais três na principal ilha do sul do país, Mindanao.

Os deslizamentos afetaram Baybay City, em Leyte, e a localidade vizinha de Cantagnos.

Alguns moradores conseguiram escapar ou foram retirados com vida da lama, mas as autoridades temem um número ainda maior de desaparecidos.

A tempestade aconteceu quatro meses depois da passagem de um supertufão pelo arquipélago, com um balanço de mais de 400 mortes e centenas de milhares de desabrigados.

Os cientistas alertaram que os tufões ganharam força como efeito da mudança climática.

Filipinas, um dos países mais vulneráveis aos impactos do aquecimento global, registra em média 20 grande tempestades por ano.

O governador Paulo Caamara (PSB) assinou, nesta quarta-feira (30), o decreto que reduz o estado de calamidade para estado de emergência em saúde pública em Pernambuco a partir desta sexta (1º). Sob orientação da Secretaria de Saúde (SES), o estado já havia retirado a exigência do uso de máscara em locais abertos e flexibilizado outras restrições do protocolo sanitário.

A determinação publicada no Diário Oficial do Estado atende à gravidade definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A mudança pouco mais de dois anos após a decretação do estado de calamidade vai diminuir o gasto público com a doença, mas os mecanismos de vigilância e ações estratégicas serão mantidos. 

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O prazo do estado de calamidade expira nesta quinta (31) e a gestão optou em não renovar. O estado de emergência tem vigência de 90 dias, podendo ser renovado a depender do cenário.

Baixa cobertura vacinal ainda preocupa

Na decisão, o Governo considerou que a cobertura vacinal ainda não garante a volta segura e imediata à normalidade, e que a imunização defasada ainda pode trazer novos riscos.

"Ainda  há  lacunas  de  vacinação  entre  países,  porquanto  36%  da  população  mundial  e  85,9%  das  pessoas  em  países  de  baixa  renda  (inclusive  de  países  da  América  Latina)  ainda  não  receberam  nenhuma  dose  da  vacina  contra  a  COVID-19, mantendo-se a possibilidade de surgimento de novas variantes da doença com padrões incomuns, gravidade clínica e escape vacinal ou de diagnóstico, exigindo imediata resposta por parte das autoridades sanitárias em todos os níveis de gestão", pontua parte do documento.      

O avião do presidente da Polônia, Andrzej Duda, teve de fazer um pouso de emergência em Varsóvia nesta sexta-feira (25).

O mandatário voava para Rzeszów, cidade perto da fronteira com a Ucrânia onde ele se encontraria com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mas a aeronave teve de voltar à capital polonesa devido a um problema ainda não especificado.

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No entanto, o chefe de gabinete de Duda, Pawel Szrot, disse à agência Reuters que o líder polonês não correu nenhum perigo. A Polônia é o país que mais recebeu refugiados da guerra na Ucrânia, com 2,2 milhões, segundo a ONU, de um total de mais de 3,7 milhões.

Da Ansa

Vinte e nove pessoas tiveram que ser hospitalizadas em Londres nesta quarta-feira (23) após um grande vazamento de gás cloro em sua piscina olímpica, levando a uma mobilização massiva dos serviços de emergência.

O Centro Aquático de Londres, construído no leste da capital para os Jogos Olímpicos de 2012, foi evacuado pela manhã devido a um "vazamento de gás" ocorrido durante a entrega de produtos químicos para a piscina, anunciou a empresa que o administra.

Os bombeiros explicaram que uma "quantidade significativa de cloro" foi liberada no ar como resultado de uma "reação química".

Os moradores locais foram aconselhados a fechar as janelas e o Conselho de Londres pediu às pessoas que evitassem a área, que foi isolada pelos serviços de emergência.

O serviço de ambulância informou ter levado "29 pacientes ao hospital e examinado outros 48 pacientes no local".

"A maioria dos pacientes teve pequenas dificuldades respiratórias", disse.

Equipes especializadas e 13 ambulâncias foram deslocadas para o local, que abriga duas piscinas, mas também uma academia e uma creche.

O 99 Pop lançou um recurso com o interesse de garantir mais segurança aos motoristas e passageiros. Em casos de perigo ou ameaça durante as viagens, o Patrulha 99 envia equipes especializadas em motocicletas ou carros para prestar o suporte necessário. O serviço já é testado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Diante de uma situação de emergência identificada, o patrulhamento é acionado pela inteligência artificial que monitora a plataforma. Exemplos de ocorrência são: desvio de percurso, paradas longas ou trajeto com tempo acima do previsto.

Em seguida, a Central de Atendimento compartilha informações da viagem com a Polícia e encaminha um veículo para o local onde está o carro parceiro. O patrulhamento presta o apoio e também pode acionar outros serviços de emergência.

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência em 86 municípios baianos em decorrência das chuvas intensas na região. A Portaria está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (28).

Tiveram situação de emergência reconhecida os seguintes municípios: Anagé, Angical, Arataca, Aurelino Leal, Barra do Choça, Barra do Rocha, Belo Campo, Brejões, Brejolândia, Buerarema, Caatiba, Cachoeira, Caetanos, Camacan, Camamu, Canavieiras, Caturama, Coaraci, Cotegipe, Cravolândia, Dário Meira, Dom Basílio, Esplanada, Feira de Santana, Firmino Alves, Floresta Azul, Gandu, Gongogi, Governador Mangabeira, Ibicaraí, Ibicuí, Ibipeba, Ibirapitanga, Ibirataia, Ibitiara, Igrapiúna, Iguaí, Ipiaú, Itabuna, Itaeté, Itaju do Colônia, Itapé, Itapetinga, Itapitanga, Itaquara, Itarantim, Itororó, Ituberá, Jequié, Jitaúna, Jussari, Jussiape, Lafaiete Coutinho, Laje, Livramento de Nossa Senhora, Manoel Vitorino, Marcionílio Souza, Milagres, Nazaré, Nilo Peçanha, Nova Canaã, Pau Brasil, Piraí do Norte, Poções, Potiraguá, Presidente Jânio Quadros, Presidente Tancredo Neves, Ribeirão do Largo, Rio de Contas, Santa Cruz da Vitória, Santa Inês, Santa Maria da Vitória, Santanópolis, São Félix, Sapeaçu, Tabocas do Brejo Velho, Tanhaçu, Taperoá, Ubaíra, Ubaitaba, Ubatã, Uruçuca, Valença, Vitória da Conquista, Wanderley, Wenceslau Guimarães.

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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), assinou neste domingo (26)decreto que coloca mais 47 municípios em situação de emergência, devido às chuvas intensas que atingem o Estado. Ao todo, já são 72 cidades nesta categoria.

O decreto assinado por Costa será publicado ainda neste domingo na versão digital do Diário Oficial do Estado e tem validade de 90 dias. Com a publicação, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais para apoiar as ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução das cidades.

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Com o aumento do número de cidades atingidas pelas fortes chuvas, o governo da Bahia aumentou a estrutura de apoio às vítimas. Além de Ilhéus, as cidades de Itapetinga, Vitória da Conquista, Ipiaú e Santa Inês também contam com postos avançados para auxiliar o trabalho dos bombeiros. O Estado mantém ainda um gabinete avançado em Itamaraju para dar assistência aos municípios do extremo sul.

O número de mortes causadas pelas fortes chuvas na Bahia chegou a 18 neste fim de semana. O último óbito foi um idoso de 60 anos, dono de uma balsa que virou em Aurelino Leal, na região sul do Estado. No total, também já foram registrados 286 feridos e mais de 15,4 mil sem casa.

A Prefeitura de Itambé, no sudoeste baiano, divulgou alerta na noite de sábado, 25, por causa do rompimento de uma barragem com alto volume de água na região. O comunicado pediu que moradores da margem do rio Verruga fossem retirados com urgência. Em Jussiape, outra barragem se rompeu.

Em entrevista à GloboNews, neste domingo, 26, Costa disse que o cenário nas regiões afetadas pelas chuvas fortes no fim de semana é "devastador".

Portaria da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (15) reconhece a situação de emergência em mais 20 municípios baianos, em razão das chuvas intensas na região. São eles: Alcobaça, Belmonte, Caravelas, Guaratinga, Ibirapuã, Ilhéus, Itabela, Itagimirim, Itamaraju, Itanhém, Itapebi, Jucuruçu, Lajedão, Macarani, Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, Santa Cruz Cabrália, Teixeira de Freitas, Vereda.

Em outra portaria, também publicada no Diário Oficial de hoje, a secretaria torna sem efeito o reconhecimento da situação de emergência dos municípios baianos de Anagé, Canavieiras, Itapetinga, Marcionílio Souza e Santanópolis. Segundo o ato, a medida leva em conta retificação feita pelo Decreto Estadual do governo da Bahia, que retirou esse municípios da situação de emergência.

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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, por unanimidade, nesta quinta-feira, 4, que a lei do Paraná responsável pela proibição de trotes telefônicos direcionados a serviços de emergência é constitucional. A legislação em vigor também exige que as empresas de telefonia compartilhem os dados dos autores das ligações e impõe multa a eles.

O ministro Gilmar Mendes, relator da ação, guiou o entendimento do colegiado ao argumentar que a lei trata de assistência à segurança pública referente ao estado em que foi aprovada, dessa forma, "não afetando de forma relevante as atividades de telecomunicação ou os contratos de concessão de serviços públicos mantidos entre a União e as empresas privadas".

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"A norma se restringe ao compartilhamento de informações cadastrais já existentes no banco de dados das empresas de telefonia para fins de apuração de ilícitos administrativos, o que é plenamente compatível com as normas constitucionais de competência legislativa dos Estados para a auto-organização de seus serviços", afirmou.

A ação foi apresentada pela Associação Nacional das Operadoras de Celulares (Acel) contra o dispositivo da lei que impõe às empresas de telecomunicações a obrigatoriedade de compartilhamento dos dados do autor do trote com as autoridades competentes.

Segundo o decano do Supremo, a suspensão da privacidade dos dados do responsável pela linha telefônica é necessária para assegurar a prestação dos serviços de telefonia, desde que siga o devido processo legal.

Durante o julgamento, houve discordâncias entre os ministros no sentido de que maneira interpretar a lei perante à Constituição. O ministro Kassio Nunes Marques, por exemplo, defendeu que somente deveriam ser fornecidos o nome do titular da linha telefônica e o endereço. As diferenças, no entanto, não interferiram no resultado unânime do julgamento.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), foi submetido a um procedimento cirúrgico de emergência, na noite deste sábado (23), em um hospital particular da capital paraense. Segundo mensagem postada em rede social, o prefeito drenou uma hemorragia localizada na caixa torácica, causada por uma contratura muscular.

Na tarde de sábado, Edmilson se sentiu mal, com dores nas costas e dificuldade para andar. Ele ficou hospitalizado por dez dias para tratamento da covid-19 e saiu no último dia 16. O prefeito já tomou duas doses da vacina, mas foi infectado pelo novo coronavírus. A comunidade científica esclarece que o imunizante pode não impedir a infecção, mas ameniza os efeitos da doença.

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Segundo a postagem na rede social, o procedimento cirúrgico transcorreu sem intercorrências, com sedação e anestesia local, e o prefeito passa bem, respira sem ajuda de aparelhos e mantém todos os sinais vitais e funções orgânicas normais. O pós-operatório será realizado em um leito de UTI por 48 horas.

O Centro Médico (Cemec) Aristeu Chaves, principal unidade de emergência de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), zerou o número de pacientes com Covid-19 nesta quinta-feira (8). O ocorrido foi comemorado pela equipe de saúde do local, que, em uma foto divulgada pela prefeitura nas redes sociais, apresenta o cartaz "zero paciente covid-19".

A unidade de saúde possui 21 leitos de enfermaria e quatro respiradores para tratamento de pessoas com Covid-19, além de sete leitos dedicados a outros atendimentos. Segundo a Prefeitura de Camaragibe, o Cemec Aristeu Chaves já chegou a registrar durante a pandemia 23 pessoas internadas ao mesmo tempo.

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"É uma notícia que deve ser muito comemorada por todos nós! Fruto de um trabalho conjunto de cuidado com as pessoas e de vacinação", ressalta nota da prefeitura divulgada.

A gestão municipal também destacou que a população deve manter os cuidados. "É preciso que o munícipe continue usando máscara e respeitando as determinações dos órgãos de saúde", ressalta o texto.

Camaragibe possui três centros de tratamento para pessoas com Covid-19. Além do Cemec Aristeu Chaves, os pacientes são atendidos no Cemec de Tabatinga e Cemec de Vera Cruz. Até a última quarta-feira (7), haviam sido registrados na cidade 406 óbitos e 6.907 casos da doença.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, anunciou nesta quinta-feira (8) que será declarado estado de emergência em Tóquio, mais uma vez, e este "status" permanecerá em vigor durante os Jogos Olímpicos.

A apenas duas semanas da cerimônia de abertura, em 23 de julho, o número de infecções por coronavírus aumenta na capital japonesa, com considerável avanço dos casos da variante Delta.

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"Vamos declarar estado de emergência em Tóquio", disse Suga, em uma reunião de governo dedicada às medidas sanitárias, acrescentando que vai durar até 22 de agosto, quase três semanas depois do encerramento dos Jogos, em 8 de agosto.

Ainda conforme o premiê, o governo poderá, no entanto, suavizar as restrições, "se os efeitos da campanha de vacinação forem claros, e se assistirmos a uma melhora da situação".

Pouco antes, o ministro japonês encarregado da gestão da pandemia da covid-19, Yasutoshi Nishimura, já havia informado que "o número de novos casos continua aumentando em Tóquio".

"Com o aumento da circulação de pessoas, a variante Delta, mais infecciosa, representa agora cerca de 30% dos casos. Espera-se que este número vá continuar aumentando", acrescentou Nishimura.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, chegou ao Japão nesta quinta-feira. Ele deve participar de uma reunião com o comitê organizador local, com representantes do governo japonês e com autoridades da prefeitura de Tóquio para discutir a questão da presença de público durante as provas.

Apesar deste quadro, no Japão, as medidas de emergência contra o coronavírus são muito menos rígidas do que os confinamentos impostos em outras partes do mundo. Entre elas, estão o limite de venda de bebida alcoólica e a obrigação, válida para bares e restaurantes, de fecharem mais cedo.

As restrições também se dirigem a eventos culturais e esportivos, um tema-chave faltando duas semanas para o início dos Jogos Olímpicos.

Em torno de 11.000 atletas de cerca de 200 países são esperados para os Jogos de Tóquio, adiados no ano passado por causa da pandemia.

Segundo Nishimura, o novo estado de emergência sanitária estabelecerá um limite de cinco mil espectadores, ou 50% da capacidade do local, o número que for menor, nestes locais.

Embora o arquipélago japonês tenha sido relativamente pouco afetado pela pandemia da covid-19, com cerca de 14.900 mortes registradas oficialmente desde o início de 2020, seu programa de vacinação avança de forma bastante lenta.

Pouco mais de 15% da população foi totalmente vacinada até agora. Os especialistas temem que a variante Delta possa deflagrar uma nova onda, pressionando e sobrecarregando os hospitais japoneses.

O estado de emergência em Tóquio e outras regiões do Japão será suspenso em 20 de junho, um mês antes do início dos Jogos Olímpicos, informou nesta quinta-feira o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga.

O governo nipônico, no entanto, vai manter restrições importantes na capital que, caso permaneçam em vigor, limitarão consideravelmente a presença de público local no evento olímpico, previsto para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto.

Tóquio e outros departamentos japoneses estão desde o fim de abril em estado de emergência, o que consiste principalmente no fechamento mais cedo de bares e restaurantes, assim como a proibição de venda de bebida alcoólica.

De acordo com o primeiro-ministro Suga, este dispositivo será suspenso no domingo em quase todas as áreas afetadas, incluindo a capital, mas com a manutenção de restrições importantes.

Desta maneira, em Tóquio e outros seis departamentos, todos os bares e restaurantes terão que fechar as portas às 20h, com a possibilidade de servir bebida alcoólica até 19h.

Além disso, a capital deverá seguir limitando o número de espectadores em competições esportivas e shows, com um limite de capacidade de 50% e público máximo de 5.000 pessoas.

Na quarta-feira (16), o governo aceitou o limite de 10.000 espectadores para os departamentos que não se encontram em estado de emergência ou "quase em estado de emergência", mas Tóquio está na segunda classificação.

"O número de infecções a nível nacional está em queda desde meados de maio e a disponibilidade de leitos de hospital melhora, mas em alguns departamentos esta curva descendente se achata", afirmou o primeiro-ministro.

Estas regras podem influenciar os organizadores dos Jogos Olímpicos, que no início da próxima semana devem decidir sobre a presença ou não de espectadores locais no evento esportivo de julho e agosto.

Os espectadores procedentes do exterior já foram vetados dos Jogos, algo sem precedentes na história olímpica.

Eles tinham 20 anos, muitos sonhos e vontade de salvar o mundo. No turbilhão após o movimento estudantil de maio de 1968 na França, um pequeno grupo de médicos recém-formados descobre os horrores da guerra civil em Biafra.

"Foi um choque", recorda Bernard Kouchner. "Os feridos chegavam ao nosso hospital à noite, quando os bombardeios cessavam (...) Escolhíamos entre os que podíamos salvar e os que iam morrer. Jamais esquecerei", diz.

A Médicos Sem Fronteiras (MSF) nasceu em 1971 dessa experiência e da vontade de jovens idealistas como ele, que decidiram levar ajuda às populações em terremotos, fomes, epidemias e conflitos.

São cinquenta anos de missões e rebeliões, recompensados com o Prêmio Nobel de 1999 e marcados por rupturas e polêmicas que fazem da MSF hoje uma instituição tão inclassificável quanto essencial.

E uma fantástica aventura humana. "De um sonho fizemos um épico", afirma Xavier Emmanuelli, um dos veteranos da ONG, de 83 anos.

- Caos em Biafra -

O sonho começou com um pesadelo em Biafra.

Em 1968, rebeldes separatistas desta província nigeriana entraram em confronto com o Exército. As bombas matavam civis e o bloqueio das autoridades os levava à fome.

Em Paris, alguns médicos responderam a um pedido de ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Entre eles Bernard Kouchner, ex-chefe da União de Estudantes Comunistas, e Max Récamier. "Crianças morreram em massa porque o Exército bloqueou os suprimentos", lembra o Dr. Kouchner, de 81 anos.

"Denunciar essa situação era nosso dever como médicos."

Com seu colega Récamier, Kouchner, que mais tarde se tornaria ministro da França, decidiu quebrar o pacto de silêncio assinado com o CICV e expor a realidade do conflito.

"Biafra: Dois médicos prestam testemunho", noticiou o jornal Le Monde em novembro de 1968. A imprensa internacional finalmente se mobilizou e imagens de crianças negras famintas invadiram as telas de televisão. Foi o nascimento do trabalho humanitário moderno.

- "Improvisar" -

O início foi difícil. Quase sem recursos materiais, a ONG recém-criada serviu inicialmente como um grupo de pessoas com boa vontade.

Seu nome passou a ser reconhecido após uma campanha publicitária em 1977. "Crescemos com a mídia e a televisão", resume Xavier Emmanuelli.

As primeiras missões foram marcadas por complicações. Ao desembarcar na Tailândia em 1975, nos campos das vítimas do regime cambojano do Khmer Vermelho, o jovem médico Claude Malhuret rapidamente se desiludiu.

"Foi terrível. Não tínhamos nada. Tínhamos que administrar tudo. Recuperar material, montar acampamento, conseguir remédios, até comida", lembra.

"Quando voltei a Paris, contei tudo. Tratei-os como assassinos, por nos enviarem em uma missão como aquela, sem nada", diz o senador de 71 anos. "Foi um pouco excessivo, mas abalou a todos. Não dava para ficar improvisando", acrescenta.

- "Ruptura" -

A tensão cresceu na direção do MSF. Os médicos que atuaram em Biafra pretendiam continuar como um pequeno grupo e enfrentaram os "novos", dispostos a crescer.

O "barco ara o Vietnã", em 1979, mudou tudo. O então presidente da MSF, Bernard Kouchner, mobilizou a elite intelectual de Paris - começando pelos filósofos Raymond Aron e Jean-Paul Sartre - para fretar um navio encarregado de resgatar no Mar da China os refugiados da ditadura comunista de Hanói.

Os "recém-chegados" à MSF se irritaram com o ativismo e durante uma assembleia-geral, os deixaram em minoria. Kouchner bateu a porta e saiu para fundar a Médicos Do Mundo (MDM).

Quatro décadas depois, as cicatrizes da "ruptura" permanecem abertas. "Uma triste disputa de poder", de acordo com Kouchner, ex-ministro das Relações Exteriores da França (2007-2010).

"Ele teve a coragem e, acima de tudo, a vontade de se tornar alguém importante", critica Xavier Emmanuelli, ex-secretário de Estado da Ação Humanitária. "Isso nos serviu, no início. O pequeno príncipe da mídia. Mas a MSF à maneira de Kouchner era apenas conversa".

"Eles, os velhos, iam ao local para doar o alarme, esperando que os outros os seguissem", afirma também Rony Brauman, que na época era um jovem médico maoísta da ONG.

"Nós, a geração jovem, queríamos ação séria, meios e resultados."

A MSF então entrou na era da profissionalização. "Precisávamos de dinheiro para crescer. Viajei para os Estados Unidos para aprender a arrecadar fundos", lembra Claude Malhuret.

- "French Doctors" -

Apoiado pela independência oferecida pelo financiamento privado, a MSF não hesitou mais em denunciar.

"Seu modelo foi desenvolvido contra o princípio de neutralidade e respeito à soberania dos Estados defendido pelo CICV", analisa o advogado Philippe Ryfman, especialista no setor humanitário. "Eles falam para mobilizar a opinião pública".

Em nome dos direitos humanos, os "esquerdistas" da MSF denunciaram os excessos dos regimes comunistas no Camboja.

E trabalharam em missões clandestinas em meio aos rebeldes afegãos na guerra contra a ocupação soviética. "Fomos os únicos a ver os efeitos da guerra", explica Juliette Fournot, coordenadora das missões da ONG no Afeganistão até 1989.

Todos os dias amputavam crianças e tratavam agricultores queimados. "Prestar testemunho foi muito importante, até hoje os afegãos se lembram de nós", diz.

A ONG causou agitação em 1985 na Etiópia. "Nossos centros de distribuição de alimentos se tornaram uma armadilha", lembra a Dra. Brigitte Vasset.

"Eles serviram às autoridades para identificar os refugiados para transferi-los à força para o sul e despovoar as áreas rebeldes."

Diante da imprensa, Rony Brauman decidiu denunciar o governo etíope. A MSF foi expulsa. "A ajuda tornou-se um instrumento nas mãos de um regime criminoso do qual não queríamos ser cúmplices", justifica.

- Direito de interferência -

Correndo o risco de parecer arrogante, a MSF não hesita mais em denunciar distorções no setor humanitário.

Após a primeira Guerra do Golfo, os curdos do Iraque foram massacrados pelo regime de Saddam Hussein. A MSF foi em seu auxílio e denunciou um massacre.

Em 1991, o Conselho de Segurança da ONU autorizou uma operação militar ocidental para ajudar os deslocados e protegê-los de seu governo, algo nunca visto antes.

Naquela época, o secretário de Estado, Bernard Kouchner, saudava o início de um "direito à interferência humanitária".

A MSF se preocupava e criticava a mistura do humanitário com o militar. A polêmica continuou um ano depois na Somália, cenário de uma guerra civil e uma terrível fome.

Sob o mandato da ONU, as tropas e manutenção da paz dos EUA desembarcam em Mogadíscio para garantir a segurança da distribuição de alimentos.

Diante dessa situação, Rony Brauman denunciou a "armadilha" de uma operação em que soldados "matavam sob a bandeira da ajuda humanitária".

Quando chegou à capital de Ruanda em abril de 1994, Jean-Hervé Bradol foi rapidamente dominado pela escala dos massacres que levou a uma intervenção militar internacional. "Nós nunca tínhamos feito isso".

A denúncia da situação nos campos de refugiados de Ruanda no vizinho Zaire e os excessos das novas autoridades em Kigali custaram à MSF até 1997 as críticas da ONU e de outras ONGs.

- Prêmio Nobel -

A consagração veio com o Prêmio Nobel da Paz em 1999.

A recompensa passou a ser usada para financiar uma campanha de acesso a tratamentos para doenças tropicais e aids, um dos novos setores de ação.

Hoje, a pequena associação cresceu e se tornou gigante. Sob a égide da MSF-International, as 25 seções nacionais empregam 61.000 pessoas, das quais 41.000 estão implantadas em uma centena de operações em cerca de 75 países.

Com um orçamento anual global de 1,6 bilhão de euros (cerca de US $ 1,94 bilhão), 99% de fundos privados, a MSF atua em todas as frentes.

Da luta contra o ebola na África à ajuda aos deslocados pela guerra civil no Iêmen, ao resgate de migrantes no Mediterrâneo e à luta contra a aids na Malásia.

- O chamado MSF -

A ONG comemora 50 anos de sua criação e vê como a ação humanitária se transforma.

Os pedidos de ajuda continuam a aumentar, mas o acesso à população continua a ser negociado em duras discussões com as autoridades e a segurança do pessoal torna-se fundamental devido ao terrorismo jihadista.

"Cada vez mais países são capazes de organizar uma poderosa ajuda de emergência em caso de um desastre natural", diz Mégo Terzian.

"A MSF ainda será útil? Talvez evoluamos para uma fundação que apoiará as organizações locais", acrescenta.

Em todo caso, a ONG continua a despertar vocações. Logo após sua residência, Fanny Taudière, 29, desembarcou em março no sul de Madagascar, cenário de uma fome gigantesca.

"Aqui me sinto útil", confidencia a jovem médica de seu acampamento em Amboasary. "Isso dá sentido, intensidade à vida. Faz vibrar a vida, há encontros incríveis, uma aventura todos os dias, mesmo que haja dias em que nada seja fácil."

Um dia após o trágico acidente no teleférico de Stresa, cidade que fica na região de Piemonte, na Itália, as investigações tentam descobrir porque o freio de emergência do equipamento não funcionou após o rompimento de um cabo.

A Procuradoria de Verbânia abriu uma investigação por homicídio culposo múltiplo e os socorristas que atuaram no resgate também ajudam com as análises. A queda do bonde matou 14 das 15 pessoas que estavam no equipamento e um menino de 5 anos está internado em uma unidade de terapia intensiva em Turim.

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"Ainda é tudo suposição, mas acredito que tenha sido um problema duplo: o rompimento do cabo e a falta de funcionamento do freio de emergência. Não sabemos porque não funcionou", explica o responsável do Socorro Alpino da província, Matteo Gasparini.

Segundo o especialista, a falta de funcionamento do freio "fez com que a cabine, após o rompimento do cabo, ganhasse velocidade e iniciasse a descida, acabando sendo catapultada para fora dos cabos de apoio".

Toda a estrutura está sob sequestro das autoridades locais, que já iniciaram a investigação logo após o resgate. Ainda conforme Gasparini, nos seus 25 anos de trabalho voluntário nos resgates, "nunca vi nada parecido porque parecia uma cena de guerra".

Nesta segunda-feira (24), o ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Enrico Giovannini, foi até o local da tragédia e lamentou o acidente.

"Toda a comunidade de Stresa, particularmente atingida por essa tragédia, está demonstrando grande responsabilidade e colaboração. É um dia triste para o país. O governo e todas as instituições estão empenhadas em descobrir as causas, a entender o que aconteceu. E, ao mesmo tempo, fornecer assistência às famílias atingidas pela tragédia", afirmou Giovannini.

Vítimas

A tragédia do teleférico Stresa-Mottarone atingiu em cheio cinco famílias que aproveitavam o domingo para visitar a região: três eram residentes na Lombardia, uma da Emilia-Romagna e uma da Calábria.

Entre as vítimas, estão quatro israelenses - pai, mãe e dois filhos - que há anos moravam em Pavia. O menino de cinco anos que está internado é dessa família, segundo informam familiares.

"Eu sabia que algo tinha acontecido porque comecei a receber no WhatsApp mensagens que diziam 'eu sinto muito' e eu não entendia o motivo", disse aos jornalistas Aya Biran, tia do menino internado.

Segundo o último boletim médico, a criança segue estável na UTI.

"Não sabemos qual a direção ele irá tomar porque o trauma sofrido inclui um traumatismo craniano. Vamos ver como a situação vai evoluir", disse um dos médicos da instituição. 

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