Tópicos | espionagem

Em uma nota enviada para a página oficial de segurança do Facebook, a empresa diz que começará a informar os usuários que tiverem suas contas comprometidas por um invasor suspeito de trabalhar em nome de algum governo. Segundo a rede social, esse tipo de ataque costuma ser mais perigoso que os demais e, por isso, é necessário agir o mais rápido possível.

Leia outras notícias sobre o Facebook aqui

##RECOMENDA##

Nestes casos, a rede social exibirá um alerta para o usuário. A notificação vai aconselhar medidas de proteção do perfil, como aprovação de logins, também conhecida como verificação de duas etapas. O ideal é que as pessoas que recebam esta mensagem também verifiquem a segurança do seu sistema operacional.

[@#video#@]

“Embora tenhamos sempre tomado medidas para proteger as contas que acreditamos terem sido comprometidas, decidimos mostrar este aviso adicional, caso haja uma forte suspeita de que o ataque possa ser patrocinado pelo governo”, explicou o diretor de segurança do Facebook, Alex Stamos.

A empresa não especificou como vai determinar se um ataque foi realizado por hackers que trabalham pelo governo, mas disse que irá emitir o aviso apenas em situações em que a evidência aponta fortemente para essa conclusão. 

Edward Snowden, o ex-consultor americano por trás das revelações sobre os programas secretos de vigilância dos Estados Unidos, fez uma grande entrada nesta terça-feira (29) no Twitter, onde começou a seguir a conta da Agência Nacional de Segurança americana (NSA). "Podem me ouvir agora?", perguntou em seu primeiro tuíte, publicado às 13h (horário de Brasília) e retuitado dezenas de milhares de vezes.

Sua conta @Snowden, certificada pelo Twitter, já era seguida por centenas de milhares de pessoas pouco depois de sua criação. "Antes, trabalhava para o governo. Agora, trabalho para o público", explica em sua biografia do Twitter este homem que se apresenta como diretor da Fundação Freedom of the press.

##RECOMENDA##

O The Intercept, o jornal online dirigido por Glenn Greenwald, um jornalista que ganhou o Pulitzer por ter publicado as revelações de Edward Snowden sobre um sistema de espionagem da agência de inteligência americana NSA, confirmou que a conta é autêntica. "Segundo o advogado de Snowden, Ben Wizner, o próprio Snowden controlará sua conta", escreveu a publicação.

Um detalhe divertido. A primeira e única conta que Snowden segue até o momento é a da NSA (@NSAGov). Edward Snowden vive atualmente em Moscou (Rússia), que lhe ofereceu asilo. Buscado por espionagem e roubo de documentos propriedade do Estado, pode ser condenado a até 30 anos de prisão nos Estados Unidos.

Temores de espionagem levaram o governo norte-americano a mudar os planos e quebrar a tradição de hospedar a comitiva presidencial no Waldorf-Astoria em Nova York. O hotel foi comprado no ano passado por uma empresa chinesa.

Em vez disso, o presidente Barack Obama, seus principais assessores e funcionários - juntamente com o contingente diplomático considerável que ficará em Manhattan durante uma boa parte de setembro para a Assembleia Geral da ONU - vão se hospedar e trabalhar no New York Palace Hotel, segundo informaram a Casa Branca e o Departamento de Estado.

##RECOMENDA##

A Associated Press já havia adiantado a mudança iminente em junho, mas ela foi formalmente anunciada na sexta-feira, um dia depois de o contrato final ter sido assinado.

Autoridades disseram que a mudança é, em grande parte, devido a preocupações sobre a espionagem chinesa, apesar de porta-vozes da Casa Branca e do Departamento de Estado terem dito que a decisão foi baseada em várias considerações, incluindo espaço, custos e segurança.

"Embora eu não tenha os detalhes sobre o mecanismo específico que está sendo empregado na viagem do presidente para Nova York, posso confirmar que o presidente e sua delegação vão ficar no New York Palace Hotel", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, disse que a decisão foi seguida de uma avaliação "para ter em conta a alteração das circunstâncias".

Além da comitiva para a reunião da ONU, Toner disse que o departamento também está considerando se o Waldorf ainda deve servir como residência do embaixador dos EUA nas Nações Unidas. "Estamos revisando nossos protocolos de segurança e procedimentos operacionais padrão para garantir a segurança de nossas informações e de nossa equipe", afirmou.

Desde 1947, o Waldorf é a casa do embaixador nas Nações Unidas. Presidentes e altos funcionários do governo também usaram o hotel por décadas em suas viagens a Nova York.

"Estamos avaliando nossas opções", disse Toner. "A decisão sobre o local da residência do embaixador norte-americano na ONU deve necessariamente ter em conta vários fatores, como custos, necessidades do governo dos EUA e segurança."

A lei dos EUA permite que o departamento alugue a residência do embaixador por um período de 10 anos ou menos. O contrato atual expira no próximo ano, com a opção de renovação por mais 12 ou 24 meses.

Não ficou imediatamente claro se as autoridades norte-americanas teriam pedido que comitivas estrangeiras não fiquem no Waldorf. No entanto, uma versão inicial do cronograma do secretário de Estado, John Kerry, para Assembleia Geral deste ano mostra-lhe sem reuniões no hotel.

O Waldorf foi vendido em outubro do ano passado por US$ 1,95 bilhão para o grupo chinês Anbang. À época da transação, autoridades norte-americanas disseram que ela poderia ter implicações para a relação de longa data do governo com o hotel.

Os EUA acusam hackers chineses de estarem por trás de uma série de recentes ataques ao sistema de computadores governamental. Fonte: Associated Press.

A justiça russa condenou nesta quarta-feira (19) a 15 anos de prisão por espionagem um agente de contraespionagem estoniano, detido na Rússia mas que, segundo Tallin, foi sequestrado em seu país, o que motivou queixas dos países europeus.

O tribunal regional de Pskov, no noroeste da Rússia, declarou Eston Kohver "culpado de espionagem, de posse ilegal de armas e de cruzar ilegalmente a fronteira russa", disse o advogado do agente, Evgueni Aksionov. Segundo a promotoria russa, Kohver realizava uma operação secreta na Rússia quando foi descoberto.

"Esperava um veredicto mais clemente", acrescentou o advogado, nomeado pelo Estado russo e que ressaltou que Kohver agora deve decidir se recorre da sentença "depois de consultar representantes da embaixada da Estônia".

O governo estoniano acusa os serviços de segurança russos (FSB) de terem sequestrado o agente, que investigava o crime organizado na fronteira comum, com uma arma em seu próprio país.

"O sequestro de Eston Kohver no território da República da Estônia por parte do FSB em 5 de setembro (de 2014) e sua detenção ilegal na Rússia constituem uma violação flagrante do Direito Internacional", declarou a ministra das Relações Exteriores estoniana, Marina Kaljurand.

"Pedimos que a Rússia liberte imediatamente Eston Kohver", acrescentou.

Segundo a chancelaria estoniana, o agente da Kaitsepolitsei - a agência estoniana de segurança encarregada de contraespionagem, a luta contra o terrorismo e os grandes casos de corrupção, - não pôde receber assistência consular, e o julgamento careceu de todas as garantias necessárias.

O presidente estoniano, Toomas Hendrik Ilves, pediu, por sua vez, que os cidadãos usem na quinta-feira, quando a Estônia comemora sua independência, laços amarelos, um símbolo de solidariedade com os que precisam de apoio.

Reagindo à notícia, os Estados Unidos pediram a libertação de Kohver. "Estamos profundamente preocupados com a condenação a uma pena de 15 anos (de prisão) do funcionário de segurança interior estoniano Eston Kohver", afirmou em um comunicado o porta-voz do departamento de Estado, John Kirby.

"Pedimos mais uma vez à Federação Russa que cumpra suas obrigações internacionais e devolva imediatamente Kohver à Estônia", acrescentou. A União Europeia (UE) também apelou para a soltura do estoniano.

"A UE volta a pedir à Federação Russa que atue de acordo com suas obrigações internacionais, liberte imediatamente Kohver e garanta seu retorno em total segurança à Estônia", disse a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, que na segunda-feira viajará ao país báltico para uma visita já prevista.

Por sua vez, o ministro britânico das Relações Exteriores, David Lidington, disse estar profundamente preocupado com a condenação. Os serviços secretos russos (FSB) anunciaram em setembro de 2014 a prisão de Kohver no noroeste da Rússia, perto da fronteira com a Estônia.

Segundo o FSB, o estoniano foi detido em posse de uma pistola, munições, 5.000 euros e "material especial para gravações ilegais", assim como ferramentas destinadas aparentemente a uma missão de espionagem.

Muitos casos

As tensões entre a Rússia e as repúblicas bálticas, integrantes da URSS até seu desmantelamento em 1991, aumentaram consideravelmente após a anexação da península ucraniana da Crimeia por parte de Moscou e a suposta ajuda russa à rebelião separatista do leste da Ucrânia.

"As relações com a Europa estão em seu pior nível desde o fim da União Soviética (...) e uma condenação tão dura é mais uma prova de sua piora extrema", afirmou à AFP a analista independente Masha Lipman.

Os casos de espionagem se multiplicaram nos últimos meses, e vários cidadãos russos foram acusados de alta traição ou divulgação de segredos de Estado, incluindo uma mãe de sete filhos, que foi inocentada depois que sua acusação provocou uma forte polêmica no país.

No fim de julho, um tribunal de Moscou começou a julgar um antigo engenheiro militar russo, Guennadi Kravtsov, acusado de entregar segredos de Estado a uma empresa sueca em uma carta de candidatura para um emprego.

Em junho, Evgueni Mataitis, um homem com dupla nacionalidade russa e lituana, foi detido na Rússia e acusado de espionagem em um caso classificado como sigiloso pelas autoridades.

Em maio os serviços de segurança anunciaram a detenção por espionagem de outro cidadão lituano, Arstidas Tamosaitis, afirmando que o prenderam "com a mão na massa" enquanto transmitia documentos internos de empresas russas.

A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos (EUA) teve uma parceria de décadas com a operadora AT&T para bisbilhotar sobre o uso da internet, de acordo com documentos que vazaram recentemente por Edward Snowden. Os documentos fornecidos pelo ex-funcionário da NSA e revisados pelo The New York Times e pelo ProPublica descrevem uma alta colaboração da gigante das telecomunicações, que demonstrou uma vontade extrema de ajudar.

O jornal nova-iorquino diz que não está claro se esses programas ainda estão em operação atualmente. Os documentos vazados são do período entre 2003 e 2013. Os documentos mostram que a AT&T concedeu à NSA o acesso a bilhões de e-mails que transitavam pela rede norte-americana e ajudou a agência de espionagem a se inteirar de todas as comunicações online da Organização das Nações Unidas (ONU).

##RECOMENDA##

AT&T é a fornecedora da linha de Internet da ONU.

O porta-voz da empresa, Brad Burns, insistiu que a At&T não fornece informações para quaisquer autoridades de investigação sem uma ordem judicial a não ser que a vida de uma pessoa esteja em perigo. Nos documentos, a AT&T e outras empresas não foram identificados pelo nome, mas, sim, por um codinome. Um dos programas mais antigos, o Fairview, foi lançado em 1985 e envolve a AT&T, disseram o The New Times e a ProPublica, citando funcionários da inteligência. A Verizon e a antiga MCI - que a Verizon comprou em 2006 - são parte de um outro programa, de codinome Stormbrew.

Com exceção da sequência dirigida por John Woo - repleta dos maneirismos típicos do diretor - as continuações de Missão Impossível, se não arranham o altar de De Palma - diretor do filme original - ao menos proporcionam sessões divertidas, mesmo que ligeiramente descartáveis.

"Nação Secreta", o quinto capítulo da franquia, apresenta Ethan Hunt (Tom Cruise) sendo novamente capturado, novamente em fuga, novamente perseguido e novamente lutando contra uma organização terrorista internacional contrária às ações da Impossible Mission Force (IMF), outrora dissolvida. Mas o que poderia ser uma bela enxurrada de "mais do mesmo" em tela, não é, já que o diretor e roteirista Christopher McQuarrie enxerga o potencial de tudo o que já foi feito na franquia, anteriormente, e aperfeiçoa parte do que não funcionava lá muito bem.

##RECOMENDA##

Então, Cruise, conhecido por dispensar dublês em cena, se expõe a esforços hercúleos, como se livrar de um cativeiro abusando da força física, se pendurar em um boing em plena decolagem e ficar sem respiração por longo tempo e embaixo d'água. Tudo para viver com ainda mais intensidade o personagem, que nas lentes de McQuarrie aparece com elegância, seja em seus planos mais abertos ou fechados. Ambos são eficazes na construção de atmosferas tensas, mas também imbuídas de um "despojamento" típico da franquia, e de seu personagem central, o que a difere de outras de espionagem, a exemplo de 007. As tradicionais cenas de montagem rápida soam agráveis, os cortes são sutis e orgânicos. Fluidos e interessantes também soam os jogos com a trilha sonora em todo o filme. A cena da ópera em Viena traz a orquestra, parte do espaço fílmico, como complemento direto do que é visto em tela, artíficio que, se não grande dose de originalidade, aqui é muito bem executado.

A nova sequência também ganha pontos por valorar seus personagens coadjuvantes. Estes inserem elementos diferentes e amplamente satisfatórios ao filme. Portanto, Rebecca Ferguson possui tempo em tela suficiente para mostrar que não está para brincadeiras ou romances baratos na produção e, se não protagoniza, divide o posto de igual para igual com a grande estrela da obra. Simon Pegg e Jeremy Renner retornam do "Protocolo Fantasma", ambos com funções muito bem delimitadas pelo roteiro. Menos funcional, mas ainda sim bem-vindo, Ving Rhames também retorna com Luther, personagem que viveu na esquemática continuação de J.J Abrams.

Somente um dos maiores calos da franquia retorna a doer em Nação Secreta: o vilão. Não que Sean Harris tenha "ido de mal a pior" na pele de Lane, mas o personagem é uma caricatura, soando banal, pouco interessante e nada marcante. Irônico, pois vai de encontro ao que o próprio filme o é: memorável por triunfar como um blockbuster de roteiro digno, muito bem realizado, e com sequências de tirar o fôlego. Literalmente.  

AVALIAÇÃO: MUITO BOM

Saiba mais detalhes sobre a produção, assistindo a matéria no programa abaixo:   

[@#video#@]           

Os Estados Unidos espionaram autoridades do Japão e também companhias do país asiático, de acordo com documentos divulgados nesta sexta-feira (31) pelo site WikiLeaks. Datados de entre 2007 e 2009, os documentos incluem o que parecem ser relatórios da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos EUA, quatro dos quais com o aviso de que eram "ultrassecretos", com informações da inteligência norte-americana sobre as posições japonesas em relação ao comércio internacional e às mudanças climáticas.

O WikiLeaks também divulgou o que diz ser uma lista da NSA de 35 alvos japoneses de interceptação telefônica, incluindo o escritório do gabinete japonês, funcionários do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), números do Ministério das Finanças e do Ministério do Comércio, a divisão de gás natural da Mitsubishi e a divisão de petróleo da Mitsui.

##RECOMENDA##

A veracidade dos documentos não pôde ser verificada de maneira independente, ainda que o WikiLeaks já tenha revelado vários documentos do governo dos EUA anteriormente. O Ministério das Relações Exteriores japonês afirmou que os dois países estão em contato sobre o caso, sem dar detalhes. A embaixada norte-americana em Tóquio disse que estava ciente do caso, também sem dar detalhes. A Mitsui não quis comentar e a Mitsubishi não respondeu a um telefonema.

Três dos relatórios lidavam com mudanças climáticas e outros dois eram sobre questões de comércio no setor agrícola, incluindo exportações de cereja dos EUA ao Japão. Um dos relatórios secretos, sobre mudanças climáticas antes do encontro do G-8 em 2008, tinha uma anotação de que seria compartilhado com Austrália, Canadá, Reino Unido e Nova Zelândia, segundo o WikiLeaks. Não está claro se ele foi de fato distribuído para esses países.

O WikiLeaks divulgou documentos similares nas últimas semanas, que mostrariam a espionagem da NSA sobre a Alemanha, a França e o Brasil. A espionagem dos EUA sobre aliados veio a público em 2013, quando o WikiLeaks vazou documentos de Edward Snowden, ex-funcionário terceirizado da NSA, mostrando que a agência havia espionado o celular da chanceler alemã, Angela Merkel. Fonte: Associated Press.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse que as espionagens feitas pela Agência de Segurança Nacional dos EUA, a NSA, nos telefones da presidente Dilma Rousseff e de diversos ministros são "um caso superado" e que em nada afetam os acordos firmados entre os dois países na última semana.

Neste sábado, o grupo Wikileaks revelou que 29 números de telefones de membros do alto escalão do governo brasileiro foram selecionados para serem alvos de uma "intensiva interceptação" pela agência norte-americana. Até mesmo o avião presidencial de Dilma foi alvo das interceptações, que teriam ocorrido em meados de 2011.

##RECOMENDA##

Edinho Silva diz que "os fatos divulgados são referentes a episódios antigos" e que o governo foi a público e assumiu compromissos de que havia adotado "novas práticas". "Para o governo brasileiro o episódio está superado. A viagem que fizemos aos Estados Unidos foi de qualificação e construção de parcerias importantes, de fortalecimento de atos de amizade. A presidenta fez o convite para que o presidente Obama visite o Brasil e isso está mantido. O governo está preocupado com nossas relações futuras", disse Edinho.

Segundo o ministro, a presidente Dilma não fez nenhum pedido até o momento para que as novas revelações sejam investigadas. "O importante é que o governo americano reconheceu que erros foram cometidos e que ele propôs uma nova prática. É um episódio superado. A vontade da presidenta Dilma é de uma relação respeitosa, de acordos importantes e fundamentais", disse.

Edinho afirmou que o caso "em nada prejudica" os acordos bilaterais recentemente firmados entre os dois países e que o foco está em uma "agenda positiva".

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, não receberá um pedido de desculpas esperado há tempos por ela dos Estados Unidos, quando se encontrar com o presidente norte-americano, Barack Obama, na próxima semana, de acordo com o porta-voz da Casa Branca, Ben Rhodes.

As relações entre os EUA e o Brasil têm estado frias desde a revelação, em 2013, de que a Agência Nacional de Segurança dos EUA espionou Dilma. A presidente cancelou um visita de Estado aos EUA naquele ano e solicitou um pedido formal de desculpas, que nunca veio. Rhodes disse que os EUA não se desculpam por seu monitoramento, mas adotaram mudanças políticas. A decisão de Dilma de realizar a visita aos EUA "indica que estamos avançando", disse o porta-voz. Fonte: Dow Jones Newswires.

##RECOMENDA##

A publicação pela imprensa francesa de documentos do WikiLeaks revelando que os três últimos presidentes franceses foram espionados pelos Estados Unidos ocorre após várias revelações neste sentido desde 2013.

17 de junho de 2013 - ESPIONAGEM NO G20 -

##RECOMENDA##

O jornal britânico The Guardian revelou que a inteligência britânica espionou os delegados do G20 durante duas reuniões, em abril e setembro de 2009. O jornal se apoiou em documentos confidenciais vazados por um ex-consultor da Agência de Segurança Nacional americana (NSA) Edward Snowden, autor em junho de 2013 de revelações explosivas sobre um programa americano de vigilância mundial das comunicações.

De acordo com estes documentos, o serviço britânico GCHQ (Government Communications Headquarters) foi responsável pela execução do programa de monitoramento do G20. Em uma nota secreta ao GCHQ, o seu homólogo e parceiro americano NSA informou sobre tentativas de grampear chamadas por satélite em Moscou do presidente russo Dmitry Medvedev na súpula de setembro de 2009.

30 de junho de 2013 - EDIFÍCIOS DA UE GRAMPEADOS -

O semanário alemão Der Spiegel revelou que a NSA espionava edifícios oficiais da União Europeia em Washington e Bruxelas. A revista baseia as suas acusações em documentos confidenciais igualmente fornecidos por Edward Snowden. Na sequência, The Guardian escreveu que a França, Itália e Grécia estavam entre os 38 alvos monitorados pela agência americana.

A UE, a França e a Alemanha exigiram explicações, enquanto o presidente francês, François Hollande, exigiu o fim imediato desta prática.

24 de outubro de 2013 - CELULAR DE MERKEL GRAMPEADO -

A chancelaria alemã revelou a possibilidade de o celular de Angela Merkel ter sido grampeado pelos serviços americanos, o que provocou um clamor na Alemanha.

"A espionagem entre amigos não é nada bom", esbravejou Angela Merkel. Em 28 de outubro, o Wall Street Journal escreveu que os Estados Unidos acabaram com as escutas da chanceler alemã e de outros líderes mundiais depois que o presidente americano, Barack Obama, tomou conhecimento deste programa. Aberta no final de outubro de 2013 pela justiça alemã, uma investigação sobre as escutas foi concluída em 12 de junho de 2015.

No final de março de 2014, um outro caso de espionagem envolveu a chanceler Merkel. Der Spiegel afirmou que a NSA recolheu mais de 300 relatórios sobre Merkel, com base em informações fornecidas por Edward Snowden. O nome da dirigente alemã estava entre os de 122 chefes de Estado e de Governo que a NSA coletou informações em maio de 2009.

Outubro de 2013 - ESPIONAGEM CONTRA DILMA ROUSSEF

Revelações de Edward Snowden indicaram que os Estados Unidos espionaram as comunicações de milhões de brasileiros, assim como empresas, entre elas a Petrobras, além da própria presidente Dilma Roussef e de vários de seus assessores.

Na época, o Brasil exigiu uma investigação, explicações e o compromisso americano de parar com a espionagem para possibilitar uma visita de Dilma.

24 de junho de 2015 - TRÊS PRESIDENTES FRANCESES ESPIONADOS -

Os três últimos presidentes franceses, Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e François Hollande, foram espionados pelos Estados Unidos, ao menos de 2006 a 2012, segundo documentos do WikiLeaks publicados terça-feira à noite pelo site francês Mediapart e o jornal Libération.

Tirando os protestos habituais, a revelação de que os Estados Unidos espionaram a França ilustra o conhecido provérbio dos serviços de inteligência: em matéria de espionagem, os países não têm amigos ou inimigos, somente interesses, comentaram especialistas.

Para defendê-los recorrem a todos os meios, e a França, que hoje levanta a voz para protestar por atos que considera inaceitáveis por parte de um país aliado, não hesita em fazer o mesmo sempre que pode, acrescentam.

"Não há nada de novo, todos sabem que, desde 2003, a agência americana NSA desenvolveu um sistema de aquisição de dados no mundo inteiro", declara à AFP Alain Chouet, ex-chefe dos serviços de inteligência franceses.

"A priori, era para lutar contra o terrorismo. Não serviu para grande coisa contra o terrorismo, e sim para um monte de outras coisas. A ferramenta funciona, e funciona melhor quando tem como alvo pessoas tecnologicamente avançadas que não têm cuidado com seus telefones", comenta Chouet.

Os milhares de documentos americanos secretos divulgados em 2013 pelo especialista em informática Edward Snowden demonstraram a amplitude das capacidades dos Estados Unidos para interceptar comunicações no mundo inteiro.

Estes documentos revelaram que as mais altas autoridades alemãs e a União Europeia eram alvos privilegiados da espionagem da NSA.

"Seria um tanto arrogante por parte da França pensar que está ao amparo deste tipo de ações", estima Alain Chouet.

"Em matéria de espionagem não há amigos, não há aliados, apenas há interesses" e na visão "dos americanos, que tendem a considerar que o mundo se divide em inimigos e servos, ambos merecem ser vigiados".

A primeira medida para contrabalançar a espionagem seria utilizar telefones codificados, o que frequentemente não é feito por descuido.

No caso das escutas americanas, "o erro é cometido pela França", estima uma fonte bem informada, lamentando que os líderes de alto escalão franceses prefiram utilizar seus telefones particulares em vez destas linhas codificadas, "de uso um pouco mais complicado".

"A utilização de telefones codificados é uma disciplina" e quem não a cumpre "deve assumir os riscos", acrescenta a fonte.

Todo mundo ouve todo mundo

Não foi necessário esperar as revelações de Edward Snowden para saber que a França estava na mira da espionagem americana, afirma Eric Dénécé, diretor do Centro Francês de Investigação sobre Inteligência (CF2R).

"Os americanos espionaram de Gaulle... Imaginem as escutas que organizaram quando Mitterrand chegou ao poder com quatro ministros comunistas no governo!", afirma Dénécé.

"Fazem isso para tentar antecipar quais serão as próximas alianças, e também para saber quem cometeu faltas, para estar em condições de chantagear os políticos nas negociações" internacionais. Além disso, "existem as informações econômicas", setor em que são muitos os golpes baixos.

Mesmo com meios muito inferiores aos da NSA, a França tenta manter seu nível, como o fazem todas as potências ocidentais, neste tabuleiro no qual há apenas uma regra: não ser descoberto, consideram em uníssono Chouet e Dénécé.

A Grã-Bretanha, a Alemanha ou a França não se privam de fazer isso, mas cada país "está limitado por suas capacidades respectivas", afirma Chouet. Quando não há os meios da NSA, cada qual "se concentra sobre o que considera importante no momento".

A França convocou a embaixadora dos Estados Unidos, Jane Hartley, para uma reunião de emergência com o ministro de Relações Exteriores e o presidente francês, François Hollande, depois que documentos publicados pelo WikiLeaks e duas publicações francesas apontaram que Hollande e os dois ex-presidentes, Nicolas Sarkozy e Jacques Chirac foram alvo de espionagem pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

O presidente, François Hollande, chamou a espionagem feita pelos EUA como "inaceitável" e disse ser uma falha de segurança. A Embaixada dos EUA não fez nenhum comentário imediato sobre as revelações do WikiLeaks.

##RECOMENDA##

"É inaceitável essa atitude dos aliados", disse Le Foll, porta-voz do governo francês, em entrevista ao canal de televisão francês iTele, nesta quarta-feira. "É difícil imaginar o que pode justificar um aliado ouvir sobre as posições e escolhas estratégicas de outro aliado para as quais estamos muitas vezes juntos", acrescentou Foll.

Os documentos mostraram as autoridades francesas em Paris, entre 2006 e 2012, falando abertamente sobre a economia da Grécia, as relações com a Alemanha e sobre a espionagem norte-americana sobre seus aliados. Embora não houvesse grandes surpresas, a divulgação dos documentos na terça-feira irritou e constrangeu as autoridades francesas.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Ned Price, divulgou um comunicado na noite de ontem dizendo que os EUA "não tem como alvo comunicações do presidente Hollande", mas não entrou em detalhes sobre as alegações dos EUA já terem espionado os três presidentes. Fonte: Associated Press.

As pessoas que estão preocupadas com os olhares curiosos do governo em seus dados pessoais devem ficar longe do WhatsApp, de acordo com um novo relatório da ONG norte-americana defensora da privacidade Electronic Frontier Foundation (EFF), divulgado nesta quinta-feira (18).

O estudo anual “Who Has Your Back” (algo como “Quem protege você?”, em inglês) classificou as maiores empresas de tecnologia de acordo com sua forma de tratar os dados de seus usuários. O documento avalia as companhias com base em cinco critérios. Para cada item completado, uma estrela é recebida.

##RECOMENDA##

O WhatsApp teve baixo desempenho em quase todos os critérios, recebendo a pior classificação do relatório, ao lado da empresa de telefonia AT&T. O aplicativo de bate-papo é propriedade de Facebook, mas foi avaliado separadamente dele - a rede social obteve quatro estrelas durante o teste.

O estudo apontou que o WhatsApp não exige mandado do governo para divulgar dados de seus usuários, não pública relatórios de transparência, além de não informar a quem o utiliza quando autoridades governamentais requisitam informações pessoais.

“Apesar de a EFF ter dado um ano inteiro para a companhia se preparar para sua inclusão no relatório, ela não adotou nenhuma das melhores práticas que nós identificamos”, informou a ONG. Por outro lado, Apple, Yahoo, Adobe, Wordpress, Dropbox e a Wikimedia, responsável pela Wikipédia, foram algumas das empresas que receberam cinco estrelas. 

A Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) começou a desacelerar seu controverso programa que vasculha os registros telefônicos de milhões de norte-americanos, após a decisão do senado dos Estados Unidos de entrar em recesso, neste sábado, sem antes chegar a um acordo.

"Nós dissemos durante os últimos dias que o processo de desaceleração deveria ter começado ontem, se não houvesse um acordo legislativo", afirmou um funcionário do governo. "Esse processo já começou."

##RECOMENDA##

A NSA, uma divisão das forças armadas, coletou registros telefônicos, como a duração das chamadas, destino de ligações realizadas, entre outros detalhes, por cerca de 10 anos em um programa secreto construído fora do Ato Patriótico, da lei de 2001 que ampliou a autoridade do governo de buscar pessoas suspeitas de terrorismo.

Não está claro, no entanto, quais as medidas que a NSA irá tomar. Funcionários da Casa Branca se recusaram a dar mais informações sobre, como por exemplo, se a agência vai destruir o banco de dados ou se vai simplesmente para de coletar. Fonte: Dow Jones Newswires.

As agências de inteligência de alguns países do Ocidente avaliaram a possibilidade de grampear as lojas de software para aparelhos móveis, bem como um browser móvel da web atualmente de propriedade do grupo chinês Alibaba Holding, segundo um documento vazado pelo ex-funcionário terceirizado dos Estados Unidos Edward Snowden.

A notícia é divulgada dois anos após os vazamentos de Snowden levarem companhias de tecnologia a pedir que Washington reveja suas práticas de vigilância, enquanto também provocaram críticas de aliados dos EUA, como a Alemanha. O browser móvel em foco se chama UC Browser e é popular em boa parte da Ásia - a revelação ocorre em um momento de crescentes tensões entre Washington e Pequim em relação à seguridade cibernética.

##RECOMENDA##

Porta-vozes do Google e da Samsung recusaram-se a comentar o assunto.

Uma porta-voz do Alibaba disse que a empresa não havia visto o documento, mas não tinha evidências de que qualquer informação de seus usuários tenha sido subtraída. Para lidar com esses temores, a empresa pediu que seus usuários façam uma atualização do software para sua última versão, segundo o Alibaba. "Nós nos opomos fortemente a qualquer um que queira buscar os dados ou informações pessoais de nossos usuários", afirmou a porta-voz.

O documento foi divulgado na quinta-feira pelo Intercept - um site que tem realizado vazamentos de Snowden, um ex-funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) - e pela canadense CBC News.

O documento, uma apresentação de slides descrevendo trabalhos feitos entre 2011 e 2012, mostrava que as agências de inteligência, entre elas a NSA e suas equivalentes no Canadá, no Reino Unido, na Austrália e na Nova Zelândia, descobriram que poderiam acessar as conexões entre os servidores de aplicativos em outros países e seus consumidores.

Em relação ao UC Browser, as agências também descobriram que o aplicativo estaria vazando informações como o código que poderia identificar usuários de redes de celular e números de telefone celular, entre outros detalhes, segundo o documento.

Os governos e as embaixadas dos EUA, da Austrália, da Nova Zelândia e do Canadá não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. A embaixada do Reino Unido em Pequim disse que o governo não comenta sobre questões de inteligência. Fonte: Dow Jones Newswires.

O grupo de comunicação britânico Trinity Mirror, proprietário do jornal Daily Mirror, foi condenado nesta quinta-feira a pagar mais de 1 milhão de libras em indenizações a oito celebridades britânicas que tiveram os telefones grampeados por um de seus jornais.

Entre os indenizados estão o ex-jogador de futebol Paul Gascoigne, que receberá £188.250 (quase 295.000 dólares), e a atriz Sadie Frost (260.250 libras, 405.000 dólares), segundo uma decisão do Tribunal Superior de Londres.

##RECOMENDA##

No total, o Trinity Mirror pagará quase 1,2 milhão de libras, uma quantia considerada "sem precedentes" pelos advogados das vítimas.

O grupo, que aceitava o princípio de indenizar as oito vítimas, anunciou que cogita a possibilidade de recorrer contra o valor das compensações.

Também informou que pretende reservar quatro milhões de libras para cobrir as novas condenações por invasão de privacidade. O fundo chega agora a £ 16 milhões.

Durante o julgamento, um emocionado Gascoigne atribuiu o alcoolismo às escutas do Daily Mirror.

"Sabia que era espionado pelo Mirror. Durou anos. As ligações do meu pai e da minha família eram bloqueadas, assim que mudava de celular. Voltava a acontecer, assim que mudava de celular cinco ou seis vezes a cada mês", disse em uma audiência.

"Tinha medo de falar com alguém... meus pais, minha família, filhos. Foi horroroso", afirmou Gascoigne, que era chamado de paranoico quando afirmava que era espionado, o que aconteceu entre 2000 e 2010.

A empresa proprietária do tabloide Daily Mirror pediu recentemente desculpas pelos grampos, uma prática que custou o fechamento, em julho de 2011, do concorrente News of the World e uma condenação a 18 meses de prisão de seu diretor, Andy Coulson.

O Trinity Mirror, proprietário também dos jornais Sunday Mirror e Sunday People, concluiu acordos econômicos com algumas vítimas das escutas ilegais, como técnico de futebol Sven-Goran Eriksson e Abbie Gibson, que foi babá dos filhos do casal David e Victoria Beckham.

A Petrobras admitiu este ano, numa das reuniões de seu Conselho de Administração, ser incapaz de proteger seus projetos da espionagem de outros países. No dia 26 de março, ao apresentar medidas segurança da informação ao Conselho, técnicos da estatal informaram não ter condições de criar sistemas para evitar que Estados Unidos, Rússia e China roubem segredos da empresa.

A Petrobras foi um dos alvos da agência americana NSA, fator que estremeceu, em 2013, as relações do governo Dilma Rousseff com a Casa Branca. A revelação apareceu em documento vazado pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden. Trata-se de uma apresentação, de 2012, feita para ensinar agentes a espionar redes privadas de computador. O nome da estatal, maior empresa brasileira, figurava entre os "alvos" de supostas invasões cibernéticas.

##RECOMENDA##

A crise provocada pela divulgação do documento levou a presidente Dilma a cancelar, naquele ano, visita de Estado aos Estados Unidos e a criticar duramente o governo de Barack Obama na Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar da crise, os técnicos da Petrobras deixaram claro ao Conselho de Administração que, passados dois anos, a estatal continua vulnerável. "Não podemos garantir sigilo em relação aos estados, especialmente Estados Unidos, pela NSA, Rússia, China, porque eles têm sistemas muito poderosos, capazes de 'by-passar' qualquer medida de segurança que nós adotemos", afirmou um deles, destacando que até instalações nucleares do Irã foram atacadas pelos americanos. "Infelizmente, NSA, nem pensar. Têm tudo o que querem", reagiu um dos conselheiros.

No áudio da reunião, obtido pelo Estado, não fica claro de quem são os comentários. A gravação é uma das 12, feitas nos últimos oito meses, que a Petrobras preservou. A estatal alega que registros anteriores foram destruídos.

A apresentação dos técnicos expôs a paranoia da cúpula da empresa com vazamentos de informação. Os técnicos descreveram a rotina de criptografar videoconferências e apresentaram equipamentos para fazer varreduras na sala de reuniões, checando se há gravadores atrás de paredes e sob móveis. Numa delas, foi encontrado um buraco para a instalação de escuta numa das cadeira, mas, segundo os técnicos, o autor não foi descoberto.

Ele contou que, em sua gestão, o ex-presidente da companhia José Sérgio Gabrielli chegou a monitorar e-mails dos conselheiros para tentar descobrir quem vazava informações da empresa. "Fizemos um monitoramento do serviço de mensageria que estava sendo usado na sala. Detectamos que um diretor abasteceu um repórter", contou o técnico, sem informar o nome do "vazador" e as providências tomadas a respeito.

A preocupação da Petrobras é de proteger informações estratégicas da cobiça dos concorrentes, como as áreas de potencial exploração de petróleo. Nos áudios, conselheiros indicados pelo governo também deixam clara a intenção de manter nas sombras a interferência política do Planalto no dia a dia da estatal, além de episódios de resistência a investigações.

Numa das gravações obtidas pelo Estado, de 13 de janeiro, a ex-presidente da Petrobras Graça Foster pede que a ata da reunião omita, por exemplo, que dirigentes do Petros, o fundo de pensões de funcionários da companhia, foram nomeados por indicação governo, a pedido do ex-ministro Guido Mantega.

Outros conselheiros reclamaram que a prática é contra as regras de governança da instituição. Graça ainda disse que a cúpula do Petros tentou evitar a investigação de escritórios independentes contratados pela estatal sobre possíveis irregularidades na gestão do fundo. "Fizemos todo um jogo de xadrez para cair dentro do Petros. O presidente (do fundo) gritava que isso não poderia acontecer, que essa investigação da Petrobras não poderia se estender até a Petros. Foi um 'retetéu do rototó'", contou a executiva, pedindo que suas declarações ficassem fora da ata. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diversos políticos importantes da Alemanha cobraram neste domingo que sejam tomadas providências, após denúncias de que o serviço de inteligência nacional ajudou agências do governo dos EUA a espionar outros chefes de governo da Europa. "As comissões do Parlamento precisam ser significativamente fortalecidas", disse Eva Hogl, do Partido Social Democrata, que integra a base de apoio da chanceler Angela Merkel.

Em uma entrevista para o website Spiegel Online, Eva defendeu que as comissões do Parlamento precisam de mais recursos e funcionários. Além disso, ela quer a criação de uma autoridade integrada de controle para supervisionar os trabalhados da agência de inteligência, conhecida pela sigla BND.

##RECOMENDA##

Na semana passada, uma comissão parlamentar criada para investigar os casos de espionagem da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, na sigla em inglês) divulgou documentos que mostram o envolvimento da BND. A agência alemã teria usado instalações na Bavária para investigar milhares de telefones e sites em nome da NSA.

Thomas Strobl, do Partido Democrata Cristão, o maior da Alemanha, disse em entrevista à revista semanal Welt am Sonntag que um supervisor da BND deveria ser criado no Parlamento, com poder de obter qualquer informação sobre as atividades da agência. Outros políticos querem novas regras para diminuir o poder da BND. "Nós precisamos de regras claras sobre o que a BND pode fazer", afirmou Konstantin von Notz, do Partido Verde. Ele chegou a pedir que Merkel vá ao Parlamento para prestar esclarecimentos sobre o caso.

O governo alemão reconheceu que foram identificadas "deficiências técnicas e organizacionais" na BND, mas se recusou a dar detalhes para o Parlamento sobre quais líderes europeus teriam sido espionados. Fonte: Associated Press.

A Airbus anunciou sexta-feira que está tomando medidas legais, após notícias de que a empresa foi alvo de investigações das agências de inteligência alemã e norte-americana. A companhia, que fabrica aeronaves civis e militares e é uma forte rival da norte-americana Boeing, afirmou que vai apresentar uma queixa-crime a promotores alemães contra "desconhecidos". Esse é um procedimento comum na Alemanha, que exige que as autoridades investiguem o caso.

"Estamos conscientes de que, como player importante nesse setor, somos um alvo de atividades de inteligência", disse a empresa em comunicado. "Neste caso particular, parece haver uma suspeita razoável de alegada espionagem industrial. Estamos alarmados por isso e, portanto, pedimos ao governo alemão para obter informações e estamos em diálogo com eles."

##RECOMENDA##

O governo alemão se comprometeu a cooperar com as investigações que analisam a suspeita de que a agência de inteligência externa do país ultrapassou fronteiras ajudando a Agência de Segurança Nacional dos EUA a espionar autoridades europeias e empresas.

Fonte: Associated Press

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) emitiu nota nesta terça-feira, 24, informando que o governo brasileiro tomou conhecimento, com surpresa, de matérias da imprensa que indicam que correspondência eletrônica relativa à candidatura do Embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) teria sido objeto de violação por parte do Governo da Nova Zelândia. As informações sobre a espionagem foram publicadas no último sábado pelo jornal New Zeland Herald e pelo site americano The Intercept, com base em documentos vazados. Azevêdo declarou que não estava ciente das revelações.

Hoje, a nota do Itamaraty sobre a suposta violação de correspondência eletrônica relativa à candidatura brasileira à OMC cita, ainda, que "o governo brasileiro expressa sua determinação de ver a questão devidamente esclarecida, no marco da amizade que sempre existiu nas relações entre os dois países". O texto destaca também que a embaixadora da Nova Zelândia foi chamada ontem ao Itamaraty pelo Secretário-Geral das Relações Exteriores, com a expectativa de que o Governo neozelandês possa fornecer as explicações necessárias sobre o assunto.

##RECOMENDA##

A denúncia divulgada aponta que Azevêdo foi alvo de espionagem enquanto era candidato ao cargo de diretor-geral da OMC, posto que hoje ele ocupa. Usando tecnologia fornecida pelos EUA e num acordo com governos anglo-saxões, a Nova Zelândia espionou os e-mails e tráfego de internet do brasileiro em 2013, às vésperas das eleições em Genebra. Há poucas semanas, essas mesmas publicações passaram a usar documentos fornecidos por Edward Snowden, o ex-funcionário da CIA, para revelar o papel da Nova Zelândia em operações de espionagem e na colaboração com a Casa Branca.

Em 2013, a OMC passava por um de seus momentos mais críticos e embarcou em uma disputa que envolvia nove candidatos a assumir sua direção, algo inédito. O controle da entidade era considerado estratégico pelos países emergentes. Tim Groser, ministro do Comércio da Nova Zelândia, era um dos principais oponentes aos nomes lançados pelos emergentes e era apoiado pela Casa Branca.

O que as revelações indicariam é que Groser recebeu também o apoio do serviço secreto, mas acabou sendo derrotado pelo brasileiro na votação. Roberto Azevêdo assumiu a direção geral da OMC no dia 1º de setembro de 2013 para um mandato de quatro anos.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando