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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começa neste domingo (3). Tão perto do grande dia, os sonhos, a ansiedade e o nervosismo se tornam mais latentes entre candidatos e professores.

A estudante Larissa Cordeiro tem 23 anos e fará o Enem pela quarta vez em 2019. Ela deseja cursar design ou ciência do consumo e contou que a ansiedade tem sido difícil de conter. “Fico nervosa e me sentindo muito pressionada. Estudei o ano todo, mas mesmo assim não me sinto preparada. Tenho pesadelos, sonho perdendo o horário da prova, os documentos e faz mais ou menos uma semana que não consigo aprender o que estudo”, disse a jovem. 

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Larissa afirmou que tenta ao máximo se distrair, relaxar e pensar menos no Enem. Ela também mencionou que já contou com o apoio de uma psicóloga que trabalhava no curso preparatório onde ela estuda, até o momento em que a profissional precisou se afastar por motivos de saúde. Segundo a estudante, o apoio profissional ajudava muito não apenas a ela, mas vários alunos. 

Sandra Mendes é professora universitária na área de biologia e há cerca de um ano e meio se dedica ao sonho de entrar no curso de medicina. Ela revela que está ansiosa e sente medo, mas também satisfação pelo caminho trilhado até aqui.

Retornar aos estudos para o vestibular foi uma dificuldade, assim como segue sendo complicado estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Apesar disso, ela está firme no propósito da aprovação. “Eu olho lá atrás, no início do ano, e vejo o quanto cresci e amadureci. Isso já é uma conquista, a aprovação é consequência de um trabalho feito com dedicação e persistência. Estou construindo um sonho e esse fato já me deixa feliz!”, disse ela. 

Em busca de mais calma e equilíbrio emocional antes da prova, Sandra mantém uma rotina de revisões e meios de relaxamento. “Tenho uma rotina de estudo planejada e sigo um cronograma de estudos semanal. É preciso maturidade para manter a integridade intelectual nessas horas. Não é fácil, mas tenho tentado com meditação e descanso, fazendo revisões tranquilas e conscientes”, contou a estudante. 

Sandra explicou que, entre outras atividades, tem praticado meditação porque ela “traz benefícios multifatoriais: paz interior, eleva minha autoestima, autoconfiança, me faz internalizar que eu sou mais que uma prova, me fazendo entender que se não der esse ano, tudo bem, faz parte do processo”.

Elaine Raiza de Oliveira tem 26 anos e uma filha pequena. Fazendo Enem pela quarta vez, ela deseja entrar em uma universidade pública para cursar fisioterapia ou letras/inglês. A jovem contou que se sente muito ansiosa pelas provas por saber que, no próximo ano, não poderá se dedicar apenas aos estudos outra vez.

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“Quando terminei o ensino médio consegui uma bolsa para o curso de pedagogia, mas não consegui conciliar trabalho e estudos e optei pelo emprego, era a minha renda. No final do ano passado fiquei desempregada, comecei a fazer laços decorativos para crianças para me manter e decidi me dedicar a estudar e conseguir uma vaga na universidade pública. Não vou ter a mesma oportunidade de estudar no próximo ano, terei que conseguir um emprego, por isso me cobro tanto”, relatou a candidata.

Conversar com amigas que estão passando pela mesma tensão, confeccionar os laços que faz para vender e cuidar de sua filha são as atividades que Elaine busca para pensar menos na prova e aliviar o estresse. “Raramente eu fico calma e confiante, a maior parte do tempo eu fico com medo e insegura. Eu queria ter mais tempo para estudar. Converso com minhas amigas, elas estão da mesma maneira. Faço laços, que é o que mais me ajuda, e cuido da minha filha, Maria Fernanda, que é um dos meus maiores incentivos. Quero ser um exemplo para ela”, afirmou ela.

Já o estudante Samuel Lemos, de 22 anos, deseja cursar fisioterapia. Ele se diz otimista para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio. “Estou preparado, tranquilo. Acredito que a ansiedade é o pior inimigo na reta final. Vou fazer tudo que eu vim estudando ao longo deste ano”, disse ele. 

Criação de laços e torcida

Os professores também sentem a aproximação da prova como um momento de muito trabalho, ansiedade, torcida pelos alunos e emoções à flor da pele. A professora de redação e Linguagens Josicleide Guilhermino afirmou que é preciso se manter em equilíbrio para poder ajudar os estudantes nesse momento delicado e conta que busca atividades como meditação para se acalmar. 

“Eu sou budista, então a meditação diária já é parte de minha rotina, além disso o cuidado com a alimentação balanceada e a atividade física, no meu caso pedalando, faz toda diferença, já que o sono nem sempre é garantido na rotina, o cuidado com as outras áreas ajuda a manter o equilíbrio”, disse a professora.  

Josicleide também contou que orienta seus alunos a avaliar se a ansiedade que estão sentindo está dentro do normal ou excede o esperado. “Quando o aluno não está conseguindo dormir, está comendo demais ou de menos, ultrapassou o limite. Se isso ocorrer é interessante caminhar, andar de bike, dançar, qualquer atividade que movimente o corpo ajuda a liberar energia e controlar melhor a ansiedade”, aconselhou a educadora.

Eduardo Pereira também é professor de redação e Linguagens e citou a criação de laços afetivos com os estudantes como uma razão da ansiedade dos professores pela chegada da prova. “Ficamos numa expectativa muito grande, a relação de professor e aluno acaba virando como uma relação de pai e filho. A gente acaba torcendo por todo mundo, a alegria e o sucesso do aluno acabam sendo um pouquinho do professor, porque a gente viveu com esse menino o tempo de preparação, ajudou nas dores, viramos torcida”, disse ele. 

O professor destacou a importância de os alunos confiarem no processo de aprendizado e preparação para a prova do Enem desenvolvido durante o ano inteiro. “Os pontos de insegurança são fortes, muitas vezes a gente desenvolve certas crenças com base em experiências ou em notas baixas tiradas, mas o mais importante é o aluno ter confiança e procurar elementos que possam relaxar. Todo o processo de construção foi feito ao longo do ano”, disse o professor. 

Josivaldo Lins é professor de química e orienta os estudantes a buscarem serenidade. “É nesse momento que nós, professores, junto a pais, colegas, amigos e demais pessoas que tenham verdadeira importância na vida do fera, devemos contribuir de forma extremamente positiva”, disse ele. 

O professor também lembra que nos últimos dias é necessário fazer revisões, mas de forma moderada e suave. “As dicas de última hora não devem ser deixadas de lado, mas devemos partir para algo mais lúdico, algo que os faça relaxar e, com isso, diminuir a tensão que antecede o Exame”, explicou o professor.

Neste domingo, os candidatos enfrentam questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Já no dia 10 de novembro, a prova terá quesitos de Ciências da Natureza e matemática.

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A preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para o próximo domingo (3) e dia 10 de novembro, vai muito além dos estudos e exige atenção dos estudantes a aspectos emocionais e organização da rotina, por exemplo. Muitos feras ficam ansiosos e se preocupam com a possibilidade de ter sono ou dor de barriga durante a prova, atrapalhando o rendimento e levando à perda de tempo com idas frequentes ao banheiro.  

Para ajudar os feras a evitar problemas que podem prejudicar o desempenho e a atenção durante as provas, o LeiaJá ouviu nutricionistas que trazem dicas de como planejar a alimentação antes do Enem, elaborando uma lista de alimentos que os participantes devem evitar na véspera e no dia das provas. 

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O que evitar

De acordo com a nutricionista clínica e esportiva Daniela Lima, é necessário que os feras se preocupem com a alimentação desde pelo menos a véspera da prova. “[Faça] as refeições principais sem muitos líquidos, para facilitar a digestão e evite alimentos muito oleosos para não sentir desconforto intestinal. Uma alimentação rica em gorduras, frituras e de difícil digestão causa azia, queimação, náusea e pode dar diarreia, pois algumas pessoas têm um quadro diarreico quando estão muito nervosas. A pessoa também pode sentir empachamento, gases, arrotos e outros desconfortos”, diz a nutricionista

Mariane Padilha de Siqueira Vieira é nutricionista com especialização em nutrição esportiva e também aponta para a necessidade de se preparar com antecedência para evitar problemas. “No dia anterior, é necessário ter uma alimentação equilibrada e saudável, evitando a ingestão de bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos e altamente ricos em açúcar e sódio, como os fast-foods, por exemplo”, destaca a especialista. 

Já no dia da prova, a primeira orientação é não ir para o Enem em jejum, nem de estômago cheio demais. “Há pessoas que têm o hábito de não se alimentar (de manhã), mas pelo menos uma vitamina, ou um suco enriquecido, um suco verde. Vá alimentado, se não vai dar azia e a ansiedade, que é inevitável. Existem desconfortos se a pessoa estiver em jejum ou alimentada em excesso”, orienta a nutricionista Daniela. 

Além dos problemas gástricos causados pela ansiedade, Mariane Padilha alerta para outro problema que o jejum pode ocasionar: o sono. “Ir de estômago vazio pode ocasionar uma hipoglicemia durante a prova, causando sintomas como dor de cabeça, fraqueza, sonolência e tontura, interferindo diretamente no rendimento”, diz a nutricionista. “É de extrema importância que seja evitado refeições pesadas no almoço como feijoada, lasanha, pois esses alimentos retardam o esvaziamento gástrico causando assim sonolência”, afirma.

No dia da prova, a recomendação é fazer um café da manhã leve. Se o fera almoçar, a dica é a mesma: evitar alimentos muito gordurosos e pesados, de difícil digestão. “Feijão leve, com pouca gordura, evite um com muitas carnes carnes gordurosas. Coma um arroz e uma porção de proteína, além de tomar líquidos meia hora antes ou depois, mas não junto à refeição, para não dificultar a digestão”, orienta Daniela.

Segundo a nutricionista, vegetarianos podem substituir a as proteínas vindas da carne por ovos e saladas com queijos. Já os veganos, que não ingerem alimentos de origem animal, podem comer grão-de-bico, ervilha, soja, saladas ricas, um feijão sem aditivos gordurosos e, se já fizer uso, suplementos alimentares.  

Para o momento da prova, Mariane aconselha os feras a “evitar alimentos industrializados, como salgadinhos, doces e refrigerantes". "Prefira sanduíche natural, barra de cereais ou de proteína, mix de oleaginosas e frutas secas, chocolate 70% cacau, água de coco e água para se manter sempre hidratado durante a prova”, acrescenta. 

Já Daniela reforça a importância de tomar cuidado com a segurança alimentar, evitando comprar alimentos na rua para levar como lanche. “Todo alimento natural e fresco que for ser feito e manipulado, como um sanduíche natural ou salada de frutas, é melhor levar de casa. Assim a gente garante o cuidado com a higiene dos ingredientes e das mãos”, crava.

A seguir, veja uma lista de alimentos que as duas profissionais orientam a não consumir antes do Enem:

Feijoada 

Lasanha

Batata frita 

Pastel 

Coxinha

Estrogonofe

Macarronada

Carne de porco

Refrigerantes

Churros 

Empadas 

Salgados de forno

Saladas de frutas vendidas na rua

Planeje sua dieta 

Para a véspera do Enem, a nutricionista Mariane Padilha sugere uma alimentação leve e que ajude o estudante a relaxar e repousar bem para a prova no dia seguinte. “Vale até mesmo apostar em um chá de camomila ou melissa para relaxar e ter um sono de qualidade para acordar bem e disposto no outro dia”, diz ela.

No café da manhã, Mariane aconselha os participantes do Exame a fazer uma refeição “rica em frutas, fibras como aveia, proteínas como o ovo que é fonte de ômega 3, trazendo um efeito positivo sobre o cérebro, principalmente na memória”. Daniela Lima recomenda “muita fruta e cereais integrais para dar saciedade". "Um sanduíche de pão integral com queijo branco, mix ou salada de frutas, um suco, uma vitamina para começar o dia", complementa.

No almoço, Daniela lembra que pratos coloridos são nutritivos e ajudam. Para a hora da prova, a nutricionista recomenda que os feras se hidratem e façam um lanche para repor energia. 

“Leve água mineral, pode comer uma barra de cereal, frutas fáceis de manipular e ingerir, uma salada de frutas e chocolate meio amargo, que tem fitonutrientes e dá um aporte de carboidrato rápido. Um mix de oleaginosas com frutas secas também é uma boa opção, pois tem gorduras boas, como o ômega 3, e repõe bem os carboidratos”, orienta a especialista.

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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, disse, em nota divulgada pelo Ministério da Educação (MEC), nesta sexta-feira (1°), que os estudantes devem lidar com a ansiedade antes da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Essa é reta final para dia da prova. Cuide da sua ansiedade, durma e se alimente bem. Concentração e boa sorte para todos os candidatos”, desejou Lopes, de acordo com a nota do MEC. Ansiedade é um sentimento que deve ser trabalho pelos estudantes para que não atrapalhe na hora da prova. O programa especial do Vai Cair no Enem, projeto multimídia realizado em parceria com o LeiaJá, abordou o assunto.

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O Enem será realizado nos próximos dias 3 e 10 de novembro, em todo o Brasil. Neste domingo (3), os estudantes enfretarão uma maratona de 5h30 de prova contendo 90 questões de Linguagens e Ciências Humanas, além de uma redação. Já o segundo dia de provas, no próximo domingo (10) reservará cinco horas para que os candidatos respondam a mais 90 perguntas das áreas de Ciências da Natureza e matemática.

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Até esta quinta-feira (31), cerca de 900 mil estudantes ainda não viram seus cartões de confirmação de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O número representa 16% do total de 5,1 milhões de participantes inscritos para as provas dos dias 3 e 10 de novembro.

O cartão deve ser levado pelos participantes, junto a um documento oficial com foto original para identificação e acesso aos locais de aplicação. Ele também traz informações importantes, como o local onde o estudante fará as suas provas, número de inscrição, a opção de língua estrangeira e o tipo de atendimento específico e/ou especializado, caso tenha sido solicitado e aprovado.

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Para acessar o cartão, cada participante deve entrar na página do participante ou aplicativo do Enem 2019, disponível para celulares IOS e Android, e fazer login. 

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado nos próximos domingos, 3 e 10 de novembro, por 5,1 milhões de estudantes que buscam uma vaga no ensino superior. Nos dias de prova, é importante que os participantes estejam atentos não somente aos conteúdos cobrados pelas questões, mas também à organização para ir até o local de aplicação e ao comportamento durante o tempo de resolução de provas.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ações como que os fiscais de prova verifiquem os lanches, sair da sala sozinho (sem um fiscal) após as 13h e recusar a coleta de dado biométrico, por exemplo, levam à eliminação do participante. Confira, abaixo, a lista completa de atitudes que acarretam em eliminação: 

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Cor da caneta

Realizar a prova com caneta que não seja esferográfica, transparente e de tinta preta.

Alimentação

Não permitir que o lanche levado seja vistoriado pelo aplicador da sala.

Documentação

Prestar declaração falsa ou inexata (em qualquer documento);

Permanecer no local de provas sem documento de identificação válido.

Dispositivos eletrônicos

Utilizar qualquer dispositivo eletrônico no local de provas, por exemplo, laptop e celular;

Entrar na sala de provas com o telefone celular e/ou quaisquer outros equipamentos eletrônicos fora do envelope porta-objetos;

Não manter aparelhos eletrônicos (celular, tablet, etc) desligados no envelope porta-objetos até a saída definitiva da sala de provas; Se o aparelho eletrônico, ainda que dentro do envelope porta-objetos, emitir qualquer tipo de som, como toque de ligação ou alarme;

Local de prova e aplicação

Perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das provas;

Utilizar, ou tentar utilizar, meio fraudulento em benefício próprio ou de terceiros em qualquer etapa do exame;

Utilizar livros, notas, papéis ou impressos durante a aplicação do exame;

Sair da sala com o cartão de respostas ou outro material de aplicação  - com exceção para o caderno de questões depois de duas horas do início da prova e se a saída for definitiva;

Entregar o cartão de respostas ao aplicador e ir embora definitivamente antes de duas horas de aplicação;

Não aguardar em sala de provas, das 13h às 13h30 (horário de Brasília) para procedimentos de segurança, exceto para a ida ao banheiro acompanhado por um fiscal;

Recusar-se a ser submetido à revista eletrônica, coleta de dado biométrico e ter seus objetos revistados eletronicamente;

Iniciar as provas antes das 13h30 (horário de Brasília-DF) ou da autorização do aplicador;

Usar óculos escuros, boné, chapéu, viseira, gorro ou qualquer acessório que cubra os cabelos ou as orelhas;

Portar armas de qualquer espécie, exceto para os casos previstos no art. 6º do Estatuto do Desarmamento;

Receber, de qualquer pessoa, informações referentes ao conteúdo das provas;

Fazer anotações em outros objetos ou qualquer documento que não seja o cartão de respostas, o caderno de questões, a folha de redação e a folha de rascunho;

Não manter, debaixo da carteira, o envelope porta-objetos, lacrado e identificado desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva da sala provas.

Portar, na sala de provas, objetos proibidos pelo edital do Enem, como lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borracha, régua, corretivo, wearable tech, calculadoras, entre outros.

Fiscal de Prova

Não permitir que os artigos religiosos, como burca, quipá e outros sejam revistados;

Ausentar-se da sala de provas, a partir das 13h (horário de Brasília), sem o acompanhamento de um fiscal;

Comunicar-se verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma, com qualquer pessoa que não seja o aplicador ou o fiscal, a partir das 13h (horário de Brasília);

Fazer anotações no caderno de questões, no cartão-resposta, na folha de redação, na folha de rascunho e/ou demais documentos do exame, antes do início das provas;

Descumprir as orientações da equipe de aplicação;

Não entregar ao aplicador, ao terminar as provas, o cartão-resposta, a folha de redação e a folha de rascunho;

Não entregar ao aplicador o caderno de questões, exceto se deixar em definitivo a sala de provas nos 30 minutos que antecedem o término das provas;

Recusar-se a entregar ao aplicador o cartão-resposta e a folha de redação após 5h30 de provas, do primeiro dia, e 5h de provas, do segundo, salvo nas salas com tempo adicional ou com videoprova na Língua Brasileira de Sinais (Libras);

Não permitir que os materiais próprios, como máquina Perkins, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, assinador, régua, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária e/ou tábuas de apoio sejam revistados.

*Com informações do Ministério da Educação (MEC)

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Seguindo a sequência de lives diárias até a prova do Exame Nacional do Ensino Médio, nesta quinta-feira (31) o Vai Cair no Enem trará os professores José Carlos Mardock (história), Dino Rangel (geografia) e Lourdes Ribeiro (redação e Linguagens) para dar dicas aos feras. A transmissão será realizada a partir das 19h pelo Instagram @vaicairnoenem e no canal do Vai Cair no Enem no Youtube.

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O projeto ainda realizará uma live com os professores Luiz Neto (história) e Josicleide Guilhermino (redação e Linguagens) na sexta-feira (1°). No sábado (2), véspera da prova, o Vai Cair no Enem realizará uma live com as dicas finais para as provas a partir das 17h, também através do Instagram @vaicairnoenem e do Youtube.  

Já no dia da prova, o LeiaJá realizará uma cobertura jornalística ampla de todos os temas ligados ao Enem. “Nossos repórteres estarão em pontos importantes de realização do Enem, mostrando o clima da chegada dos candidatos até o fechamento dos portões, além de toda a análise das provas que será realizada pelos nossos professores. Temos certeza de que os leitores do LeiaJá e seguidores do Vai Cair No Enem terão conosco as principais notícias do Enem 2019”, destacou o editor do LeiaJá Nathan Santos.

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O Grande Recife Consórcio de Transportes irá reforçar a quantidade de frotas e viagens de 28 linhas de ônibus no próximo domingo (3), primeiro dia em que serão realizadas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

De acordo com o órgão, ao todo, 178 ônibus serão colocados em operação pelas ruas da capital pernambucana para auxiliar os candidatos que precisam chegar aos locais em que serão feitos o Exame, no qual irão realizar, juntos, 1.639 viagens. Serão 38 veículos e 301 viagens a mais que um domingo comum.

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Confira a lista com as linhas que irão obter reforço:

020 – Candeias/TI Tancredo Neves

061 – Piedade

346 – TI TIP (Conde Boa Vista)

731 – Beberibe (Espinheiro)

860 – TI Xambá (Príncipe)

1946 – TI Igarassu (PCR)

1976 – TI Pelópidas (PCR)

1977 – TI Pelópidas (Conde da Boa Vista)

116 – Circular (Príncipe)

202 – Barro/Macaxeira (Várzea)

424 – CDU/Torrões (via San Martin)

640 – Guabiraba/Derby

2040 – CDU/Boa Viagem/Caxangá

2431 – TI CDU (Circular)

2450 – TI Camaragibe (Conde da Boa Vista)

2490 – TI Camaragibe/TI Macaxeira

2920 – TI Rio Doce/CDU

181 – Cabo (Cohab)/TI Cajueiro Seco

521 – Alto Santa Isabel

522 – Dois Irmãos (Rui Barbosa)

110 – Ibura/Afogados (Ipesep)

121 – Vila da Sudene

162 – Muribeca/TI Cajueiro Seco

163 – TI Cajueiro Seco (Circular)

164 – Marcos Freire/TI Cajueiro Seco

166 – TI Cajueiro Seco (Rua do Sol)

168 – TI Tancredo Neves (Conde da Boa Vista)

198 – Ipojuca/TI Cabo

Continuando no ritmo de lives diárias antes da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizadas pelo projeto multimídia Vai Cair no Enem, o LeiaJá exibe, nesta quarta-feira (30), mais uma transmissão ao vivo voltada para os estudantes que irão fazer a prova. A live será exibida a partir das 19h, no Instagram @vaicairnoenem e no canal no youtube.com/vaicairnoenem, com os conteúdos mais importantes das disciplinas de redação e geografia e atualidades

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Os nossos convidados são os professores Diogo Xavier, de redação, e Benedito Serafim, de geografia e atualidades. Xavier promete abordar as qualidades de uma texto nota 1000, além de pontuar possíveis temas da redação do Enem 2019. Já o Benedito Serafim promete trazer a Saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit. 

Confira os convidados das próximas transmissões:

Quinta-feira (31) – José Carlos Mardock (história), Dino Rangel (geografia) e Lourdes Ribeiro (redação e Linguagens)

Sexta-feira (1º) - Luiz Neto (história) e Josicleide Guilhermino (redação e Linguagens)

Já no próximo sábado (2), véspera das provas do Enem 2019, a live será iniciada às 17h. Em clima de descontração, teremos momentos de descontração para promover tranquilidade entre os candidatos. Na próximas semana, nossa programação de lives será voltada para as áreas de Ciências da Natureza e matemática.

As provas do Enem começam no domingo (3), com questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação. Já no dia 10 de novembro, os candidatos enfrentarão quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

Durante todo o ano de estudos, uma das atividades necessárias à rotina de alunos que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é atenção às notícias do Brasil e do mundo.

Com a aproximação do primeiro dia de aplicação das provas do Enem, com questões das disciplinas de Ciências Humanas e Linguagens, além de uma redação, se torna ainda mais importante estar atento a questões de geopolítica. Elas são base tanto para resolver questões quanto para ter mais argumentos, informações e dados para escrever. Confira, a seguir, alguns temas de atualidades e geopolítica internacional comentados pelo professor de geografia e atualidades Benedito Serafim:

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Saída do Reino Unido da União Europeia - BREXIT

Para Benedito Serafim, o estudante precisa prestar atenção, por exemplo, às discussões sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o BREXIT. “Aconteceu em 2016, no governo do primeiro ministro David Cameron. O grupo conservador, principalmente os mais idosos, começaram a contestar pontos negativos de se estar na União Europeia”, explicou ele. 

Entre os pontos listados pelo professor como reivindicação dos conservadores britânicos está a questão financeira, pois para os conservadores o dinheiro investido na União Europeia foi maior do que o que o Reino Unido ganhou em retorno. A crise migratória também entra na lista de Serafim, visto que foi causada pela Primavera Árabe no auge da Guerra da Síria. A explicação vem do fato de que no Reino Unido se falava que como a União Europeia não tinha tomado uma atitude no sentido de barrar imigrantes do Oriente Médio, estariam entrando terroristas. 

Ainda de acordo com o professor Benedito Serafim, na questão da legislação, os conservadores do Reino Unido falavam que a maioria das leis que regiam o país vinham da União Europeia e não do Parlamento Britânico. O professor também explicou o contexto em que a população britânica foi consultada através de um plebiscito em 2016.

“Teve muita fake news e venceu o voto pela saída total do Reino Unido da União Europeia até outubro de 2019. Para sair, tem que fechar alguns acordos, nisso caíram dois primeiros-ministros, David Cameron e Theresa May. O atual é Boris Johnson, que é mais agressivo, mas também conservador e está tentando articular os acordos para saída da União Europeia”, disse Benedito.

Crise na Venezuela

O professor começa a dica explicando que a crise pela qual passa a Venezuela, país vizinho do Brasil, começa com a morte de Hugo Chávez, em 2013, em decorrência de um câncer após ter sido eleito, sendo substituído pelo seu vice, Nicolás Maduro. “A oposição tentou impedir a posse de Maduro. Na época, ele convocou um plebiscito, ganhou a eleição e assumiu o poder”, explicou o professor. Benedito também lembra que, ao assumir o cargo de presidente, Maduro encontrou uma Venezuela partida e politicamente polarizada. 

“Por não ter a diplomacia e popularidade que Chávez tinha, Nicolás Maduro passa a ter atitudes autoritárias como censurar a imprensa. Na eleição parlamentar, ele perde a maioria no parlamento, lembrando que na Venezuela não tem deputados e senadores, é uma única câmara. Maduro passa a não reconhecer o congresso. São atitudes ditatoriais”, disse o professor. 

Benedito Serafim explicou também que o problema se aprofunda quando a crise política chegou à economia. “Entre 2014 e 2015 os Estados Unidos e a Arábia Saudita começam uma guerra comercial por petróleo e quando a produção aumenta, o preço do barril cai e países que tinham sua economia baseada apenas no petróleo quebram. É o caso da Venezuela”, disse ele.

Diante da crise política e econômica, segundo o professor, Maduro não consegue manter o controle do país. “Ele tenta controlar a política por decretos, quando os empresários tentam aumentar o preço de alguns produtos, ele impede e faz com que alguns empresários deixem de produzir, levando a uma crise de abastecimento que gerou uma crise migratória. A maior da atualidade na América Latina ”, explicou o professor de geografia e atualidades. 

Governo Trump

No que diz respeito à política dos Estados Unidos, o professor começa a dica lembrando que Donald Trump, atual presidente do país, é formado em economia e fez sua fortuna investindo e jogando com a economia americana. “Ele tem popularidade na TV, era o apresentador do programa ‘O Aprendiz’ e dono do concurso de Miss dos Estados Unidos. Vale ressaltar que não se cogitava que ele virasse presidente apenas agora, mas desde o final dos anos 90 ele já falava que queria virar presidente”, disse o professor.

No que diz respeito à economia, o professor Benedito Serafim afirma que os alunos devem se lembrar do que há de positivo no governo americano “porque se cair na prova, vai cair os pontos positivos”. O professor explica que a política de Trump segue uma lógica de austeridade (ou seja, corte de gastos públicos), políticas protecionistas e diminuição de impostos para pessoas e empresas. 

“Nos Estados Unidos o corte de impostos gera um maior investimento das empresas. Pagando menos imposto o empresário gera, inclusive, mais emprego. Vale lembrar que no governo Trump é quando se tem o menor índice de desemprego das populações hispano e afro-americanas, claro, entre as pessoas legalizadas pois uma das bandeiras do governo é contra a imigração ilegal”, disse o professor. 

Sobre o protecionismo de Trump, o professor lembra que umas das medidas dele para gerar empregos é obrigar ou pressionar para que empresas americanas que estejam em outros países, como Japão e México, voltem para os Estados Unidos e gerem emprego lá. Então, há a contestação dos blocos econômicos Transpacífico e NAFTA, dizendo que eles faziam as empresas norte-americanas migrarem em busca de mão-de-obra mais barata. 

Outro ponto polêmico sobre o governo de Donald Trump é a questão climática, vista por ele como entrave ao crescimento dos Estados Unidos. “Trump quando diz que não acredita em aquecimento global, é para dar embasamento para reabrir as minas de carvão que Barack Obama tinha fechado”, explicou o professor. 

Estado Islâmico/ISIS

O professor Benedito Serafim explicou que o Estado Islâmico (ou ISIS na sigla em inglês) é um grupo fundamentalista, religioso e extremista do Islamismo, da parte Sunita e descendência salafita que prega a criação de um califado, regime político onde quem domina é o califa, um chefe político e religioso descendente direto de Maomé. O ideal do ISIS é estabelecer um califado nos territórios do Iraque e da Síria. 

Benedito contou que o grupo surgiu quando operações dos Estados Unidos no governo de George W. Bush, em guerra contra o terrorismo, deixaram dois grupos sem líderes, levando a uma posterior união e crescimento. “Depois do ataque ao World Trade Center, o presidente americano George W. Bush implementa a ‘Doutrina Bush’, na qual barra imigrantes, invade o Afeganistão em 2001 em busca de Osama bin Laden e o Iraque em 2003, em busca de Saddam Hussein. Quando esses dois líderes caem, suas tropas ficam sem liderança, se juntam soldados do Iraque e mercenários da Al-Qaeda, organização do Osama bin Laden, e se forma o Estado Islâmico. Era um grupo pequeno que cresce muito usando redes sociais”, disse o professor.  

O crescimento do ISIS, segundo o professor Benedito Serafim, se deu em decorrência da crise imobiliária dos Estados Unidos em 2008, criando uma crise econômica mundial que causou desemprego e xenofobia contra muçulmanos e seus descendentes, imigrantes ou não, em toda a Europa. “Esses jovens muçulmanos que sofrem xenofobia, conectados às redes sociais e vendo a ideologia do Estado Islâmico, se inscrevem. O ISIS tem membros no mundo inteiro”, disse ele.

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado nos próximos domingos, dias 3 e 10 de novembro, com 5,1 milhões de participantes. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela organização do Enem, até a manhã desta terça-feira (29) 4,1 milhões de participantes já conferiram, no cartão de confirmação de inscrição, seus locais de prova.

Os portões abrem ao meio-dia (12h), pelo horário oficial de Brasília, e são fechados às 13h. O Inep recomenda levar o Cartão de Confirmação da Inscrição nos dois dias de provas, além de alertar os estudantes, orientando que não deixem para acessar o cartão apenas na véspera da prova. Também é recomendado pelo órgão que os estudantes cheguem ao local com antecedência.

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começa a ser aplicado neste domingo (3) para, aproximadamente, 5,1 milhões de participantes, que farão provas de ciências humanas, linguagens e redação. O exame continua no dia 10, com provas de matemática e ciências da natureza. Todos as questões são elaboradas por especialistas e pré-testadas antes de integrarem o chamado Banco Nacional de Itens (BNI).

A prova de redação é a única prova subjetiva. As demais quatro provas terão 45 questões de múltipla escolha cada. Essas questões foram escolhidas a partir do BNI.

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Os itens do Enem são elaborados por especialistas selecionados por meio de chamada pública do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Eles devem seguir a matriz de referência, guia de elaboração e revisão de itens estabelecidos pelo Inep. Após escritos, os itens passam, então, por revisores e depois por especialistas do Inep.

Finalmente, os itens são pré-testados em aplicações feitas em escolas. O processo é sigiloso e os estudantes não sabem que estão respondendo a possíveis questões do Enem. Com a aplicação, avalia-se a dificuldade, o grau de discriminação e a probabilidade de acerto ao acaso da questão. Os itens aprovados passam a compor o BNI, que fica disponível para aplicações futuras do Enem.

Esse banco, segue um protocolo de segurança. Todos os servidores e colaboradores com acesso aos itens assinam termos de sigilo e confidencialidade. No caso do Enem, assinam também uma declaração de não impedimento, para assegurar que não possuem relações de parentesco, que configuram nepotismo.

O BNI é acessado no Ambiente Físico Integrado Seguro, localizado na sede do Inep, em Brasília, apenas por pessoas autorizadas. O ambiente é completamente isolado, possui salas que só podem ser acessadas pelo uso de digitais e computadores sem acesso à internet ou à intranet da autarquia.

Todo o processo de captação, elaboração e revisão de itens para compor o Enem e outros exames do instituto ocorre nesse espaço. Não se sabe ao certo quantas questões compõem o banco do Enem, pois a informação que é sigilosa.

Revisão dos itens

Neste ano, no BNI entrou em evidência por conta de uma medida do Inep, de revisar as questões. A autarquia criou uma comissão para definir o que não seria usado no Enem 2019.

De acordo com nota técnica publicada pela autarquia, a comissão, criada no dia 20 de março deste ano, deveria "identificar abordagens controversas com teor ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes nacionais" e, com base nessa análise, recomendar que tais itens não fossem usados na montagem do exame deste ano.

A comissão concluiu o trabalho no começo de abril. No entanto, pelo caráter sigiloso do BNI, o resultado não foi divugado. O Inep esclareceu que como a elaboração de um item é um processo longo e oneroso, nenhum item será descartado. Eles poderão ser posteriormente adequados.

Mudanças na prova

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que o Enem não deverá ter mudanças substanciais já que as questões que serão usadas no exame deste ano “já estavam no banco de itens, então, não há nenhum tipo de direcionamento na prova”. A orientação da atual gestão foi, segundo ele, evitar polêmicas.

Também à EBC, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que o Enem terá como foco conhecimentos objetivos. A preocupação do Ministério da Educação (MEC), de acordo com o ministro, será selecionar os melhores alunos para ocupar as vagas no ensino superior. “Não vai cair ideologia, a gente quer saber de conhecimento científico, técnico, de capacidade de leitura, de fazer contas, de conhecimentos objetivos”.

Tanto o presidente do Inep, quanto o ministro da Educação garantiram que não tiveram acesso ao exame.

O Enem é atualmente a principal forma de acesso ao ensino superior no Brasil. Com as notas do exame, estudante podem pleitear vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), concorrer a bolsas de estudo em instituições particulares pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro, e com a alteração no horário de verão, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou recomendações para que os estudantes não se atrasem para realizar as provas. O Exame seguirá o horário de Brasília.  

Com o fim do horário de verão, os estados da região Nordeste devem seguir o horário normal de Brasília, sem alteração do fuso horário. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, no entanto, os estudantes precisam ficar atentos ao relógio. Por ser um país de dimensões continentais, o Brasil possui quatro fusos horários, mas o oficial continua sendo o de Brasília. 

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Os estados do Amazonas (exceto 13 municípios), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima devem ter os portões abertos às 11h, com fechamento às 12h, no horário local. No Acre e nos municípios amazonenses de Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga, a abertura dos portões será realizada às 10h, no horário local. O fechamento será às 11h. Os demais estados devem seguir o horário local.

O arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, está localizado na zona GMT -2, que representa uma hora à frente de Brasília. Sobre o arquipélago, até o fechamento desta matéria, o Inep não respondeu às tentativas de contato da reportagem do LeiaJá para informar como os ilhéus devem prosseguir: se devem obedecer o horário local ou o horário de Recife, capital do estado. 

Segundo o horário de Brasília, a abertura dos portões na maioria dos estados brasileiros está marcada para às 12h, com fechamento às 13h. As provas devem começar 30 minutos depois, às 13h30. O Enem registrou pouco mais de 5 milhões de inscrições na edição 2019. Os locais de prova já podem ser conferidos na página do participante, no site do Inep

Em entrevista a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente do Inep, Alexandre Lopes, contou que é importante que o candidato conheça o local de realização do Exame. “[A dica] é que ele descanse, que foque no lado emocional, controle a ansiedade [...] Que procure conhecer o local de prova antes, para que isso não o perturbe no dia da prova, e para que consiga chegar com antecedência”, disse.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou um vídeo com mais informações para os candidatos que irão prestar o vestibular. Assista:

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Os últimos dias que antecedem a prova do Enem, que em 2019 será realizado em 3 e 10 de novembro, costumam ser difíceis para muitos estudantes, que se sentem ansiosos e nervosos, devido a todo o esforço feito ao longo do ano em busca da aprovação. No entanto, se os sentimentos de ansiedade e tensão forem muito grandes, podem terminar prejudicando o desempenho do aluno, que poderá ter dificuldades para se lembrar do conteúdo aprendido durante o ano.

Luís Henrique é estudante do 3º ano do Ensino Médio e ainda tem dúvidas sobre o curso a seguir, mas já sabe que deseja algo ligado à área de química. O jovem conta que a ansiedade para a prova tem trazido dificuldades até mesmo para manter a sua rotina. 

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“Está muito difícil até para dormir, com o nervosismo e a ansiedade, estou tentando relaxar para me sair bem na prova. Se eu não passar ainda tem o ano que vem, acho que vai dar tudo certo”, contou o estudante. Perguntado sobre como tem se preparado para a prova nos últimos dias, Luís explica que a esta altura prefere se ater à resolução de exercícios. “A hora de estudar mesmo já passou, agora é só resolver questão, tentar pegar prática para a hora da prova”, disse ele. 

Já Klesla Gomes, que está terminando o 3º ano na Escola Técnica Estadual Miguel Batista e deseja cursar Publicidade e Propaganda, prefere revisar alguns conteúdos de modo mais leve enquanto tenta relaxar. “O negócio agora é revisar e descansar, relaxar muito para não ficar mais tensa. Nada de sair ‘comendo’ conteúdo, só revisando o que a gente já viu mesmo”, disse a estudante. 

Lara Dias Pimentel deseja cursar nutrição, também está no final do Ensino Médio e tem uma postura semelhante à de Klesla. Segundo ela, parar de se cobrar é um caminho a se seguir quando a prova está muito próxima. “Deixei de ficar me cobrando o tempo todo, estou tentando relaxar para fazer a prova tranquila e vou dar o meu melhor. Só vou aos aulões que eu tenho oportunidade sem me cobrar como no restante do ano, se não conseguir entrar esse ano, eu vou continuar estudando”, disse a aluna. 

Os professores dão a dica

Diante de tantos sentimentos difíceis de lidar, é importante que os alunos busquem orientação com profissionais, como os professores, para lhes ajudar a passar por esse momento da melhor maneira possível. Thais Almeida ensina História e afirma que o nervosismo é comum e até inevitável, mas que os feras precisam buscar o equilíbrio e a maturidade emocional para não piorar a situação.

“O importante é entender que é normal o nervosismo, não deixar tomar conta e ir para a prova o mais tranquilo na medida do possível. Maturidade emocional é essencial para gerir esses sentimentos até o dia da prova para não acabar ficando mais nervoso por estar nervoso”, explicou a professora. 

O professor Ricardinho Rocha diz aos feras que, na reta final para a prova, “tranquilidade é a palavra”. Para ele, nesse momento o ideal é que os alunos se atenham aos conteúdos que já estudaram para ajudar a memória e, claro, relaxar. “Só foque em questões que você já estudou, só faça lembrar delas um pouco mais. Dá uma relaxada, tenta ir a aulões que sejam mais dinâmicos para que na prova você esteja tranquilo”, disse. 

Já o professor de História José Carlos Mardock lembrou que o estudante deve relaxar pois, com poucos dias para a prova, o que o aluno poderia aprender já foi assimilado. “Você já fez o que tinha que ser feito. Durma bem, alimente-se bem, faça exercícios regularmente com calma, não force nada, e resolva os exercícios. Tire suas dúvidas com seu professor e parta para o abraço”, disse o professor. 

*Com informações de Marcele Lima

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Na manhã deste sábado (26) o Vai Cair no Enem promoveu um aulão gratuito para auxiliar os feras que farão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 3 e 10 de novembro. O evento já passou por Olinda, Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro antes de encerrar o ciclo de aulas no Recife e foi realizado das 8h às 12h no Bloco C da UNINASSAU, no bairro das Graças, zona norte da cidade. 

Durante o evento, os estudantes puderam assistir aulas e acompanhar a resolução de questões com as professoras Cristiane Pantoja (filosofia e sociologia), Thaís Almeida (história), Josicleide Guilhermino (redação e Linguagens) e Tereza Albuquerque (redação e Linguagens). Os feras que compareceram também receberam fichas de conteúdos e tiveram a oportunidade de conversar com as professoras ao final de cada aula para tirar dúvidas. Além das aulas, foram realizados sorteios de kits com bloquinhos de anotações e camisas, além de cinco bolsas para estudar Linguagens e Redação.

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Com a palavra, os feras 

Matheus Santos do Nascimento tem 17 anos, já fez o Enem por experiência quando estava no 2º ano do Ensino Médio e se prepara para a sua primeira prova que pode trazer o ingresso na universidade. O jovem deseja cursar Jornalismo, segundo ele, para “mostrar a esse pessoal que subjuga o curso que eu posso ser mais, vou ser mais”.

Matheus está estudando desde o último ano e foi ao aulão do Vai Cair no Enem em busca de um apoio educacional que lhe falta na escola. “Eu estudo em uma escola pública que não dá assistência para a gente que quer algo a mais, uma faculdade, então acho importante eu me envolver em projetos que tenham a ver com o meu objetivo”, disse o jovem. Questionado se o evento foi útil para ele, respondeu que o aulão “ajudou muito” pois conseguiu rever assuntos que já tinha estudado em casa. 

Ellen Francisco Alves tem 17 anos, está cursando o 3º ano, fez o Enem uma vez por experiência, deseja cursar Sistemas da Informação e vai fazer a prova após terminar o Ensino Médio pela primeira vez neste ano. Perguntada sobre o que lhe trouxe ao aulão, ela brincou respondendo “desespero” e rindo em seguida. “Eu segui a página do Vai Cair no Enem no Instagram, que sempre divulga coisas com professores muitos bons. Quando eu vi que iam promover um aulão aqui na Nassau, eu me inscrevi”, disse a estudante. 

Ellen explica que está se sentindo muito ansiosa para a prova e que o que mais tira o seu sossego ao pensar no Enem é a prova de redação. “e sinto muito ansiosa, não pode nem falar no Enem que eu fico agoniada. Estou mais ansiosa pela redação, com medo por não saber o tema”, disse ela. 

Já Manuela Alves de Oliveira tem 18 anos, deseja cursar Licenciatura em Geografia, já fez o Enem durante o ensino médio e tentará novamente, agora depois de ter terminado os estudos na escola. A jovem diz que não se sente muito ansiosa por já ter feito a prova outras duas vezes, mas também cita “desespero” como um motivador. “Vim no desespero da reta final, ver se consigo aprender alguma coisa porque a prova já está próxima, né? Vim pensando em revisar o conteúdo”, disse ela. 

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Relembrar é preciso

As professoras participantes do aulão deram destaque à estrutura do espaço e à importância de realizar aulas com transmissão para alcançar mais estudantes com o conteúdo. Além disso, elas também pontuaram a importância de revisar os conteúdos nos últimos dias. 

Para Josicleide Guilhermino, professora de Linguagens e Redação, refrescar a memória a respeito de temas que os alunos estudaram muitos meses atrás é essencial quando faltam poucos dias para o Enem. “Essa revisão é importante porque talvez você não lembre de maneira imediata das coisas que você estudou no começo do ano, esses momentos de revisão cumprem esse papel de recuperar as informações básicas para a sua prova”, disse ela. 

Questionada sobre a ansiedade dos estudantes em relação ao tema da redação, a professora afirmou que essa não deve ser uma preocupação do aluno que aprendeu a estrutura do texto. “A redação é um texto técnico, você sabe o que deve fazer em cada uma das etapas. Você vai fazer a mesma coisa, independente do tema, o processo de construção da redação é o mesmo, então não se preocupe com o tema se você conhece a construção do texto em si”, disse Josicleide. 

Também da área de Linguagens, a professora Tereza Albuquerque disse ao LeiaJá que “o aulão Vai Cair no Enem é maravilhoso, a energia dos alunos é contagiante, a equipe, todos estão de parabéns”. A revisão de conteúdos promovido pelo evento, disse ela, é importante para o fera “saber exatamente as questões, as dicas, tudo que é necessário para uma grande prova”. 

Thais Almeida é professora de História. Para ela o aulão do Vai Cair no Enem foi legal por ter “estrutura excelente, espaço bom, ótima dinâmica dos apresentadores apresentando os professores e transmissão ao vivo. É muito importante nessa reta final revisar o que é mais cobrado, o que pode causar mais confusão ao aluno na hora da prova”, disse ela. 

Já Cristiane Pantoja, também professora de História que ministrou as aulas de filosofia e sociologia no aulão, foi questionada sobre o que o evento oferece aos estudantes e respondeu “Tudo! Mas principalmente o aprendizado”. 

“Tivemos filosofia e sociologia, vamos ter História, Linguagens e Redação, com professoras dando os melhores toques. O aulão não dá apenas conceitos mas um momento que o estudante pode relembrar tudo”, disse a professora.

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O último aulão da série de aulões do Vai Cair no Enem, realizado neste sábado (26), na UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, no Recife, promoveu uma grande revisão sobre alguns dos assuntos mais importantes que podem ser cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio.

O encontro recebeu as professoras Cristiane Pantoja, de filosofia e sociologia; Thais Almeida, de história; Tereza Albuquerque, de redação e Linguagens; e Josicleide Guilhermino, também de redação e Linguagens. Durante a aula, as professoras abordaram os conteúdos mais relevantes na reta final para as provas do Enem, que será realizado nos próximos dias 3 e 10 de novembro, em todo o Brasil.

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Durante o aulão, a professora Cristiane Pantoja abordou a filosofia clássica, trazendo nomes como Aristóteles, Platão e Sócrates, além de uma revisão sobre sociologia. Em seguida, a professora Thais Almeida cravou sua participação com a disciplina de história, abordando conteúdos referentes Brasil Republicano e regime militar, além de Era Vargas.

Em seguida, a docente Tereza Albuquerque trouxe uma revisão da disciplina de redação e deu dicas para que os estudantes façam um bom texto no próximo domingo (3). Também contemplando a disciplina de redação, juntamente com Linguagens, Josicleide Guilhermino deu as dicas finais antes da prova do Exame Nacional do Ensino Médio.

Confira abaixo as apostilas, por disciplina, do aulão em Recife do Vai Cair no Enem:

Filosofia

Sociologia

História

Redação e Linguagens (Tereza Albuquerque)

Redação e Linguagens (Josicleide Guilhermino)

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Para quem vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), este sábado (26) será um dia de muito aprendizado. O projeto multimídia Vai Cair no Enem, realizado com apoio do LeiaJá, promoverá uma transmissão ao vivo do aulão especial focado em compartilhar conteúdo referente às provas do Exame. A live será transmitida a partir das 8h no Instagram do @vaicairnoenem e no canal do Youtube: youtube.com/vaicairnoenem.

A live faz parte de uma série de transmissões realizadas pelo Vai Cair no Enem dos aulões promovidos pelo Brasil. No evento, serão estarão presentes as professoras Tereza Albuquerque (redação), Josicleide Guilhermino (Linguagens e redação), Thais Almeida (história) e Cristiane Pantoja (sociologia e filosofia). 

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Os temas abordados pelas educadoras serão "O Brasil Republicano", em história; "Artes, literatura e compreensão do tema da redação", em Linguagens e redação; "Filósofos e sociologia clássica", em sociologia e filosofia; e "O que escrever para o Enem?" em redação.

O editor do LeiaJá Nathan Santos garante que o espaço será de intensa interatividade. "Nós estamos preparando um grande aulão e uma transmissão de muita qualidade. De maneira simultânea, compartilharemos as aulas das nossas professoras pelo Instagram @vaicairnoenem e no youtube.com/vaicairnoenem. Lembrando que os nossos candidatos podem enviar perguntas e acabar com todas as dúvidas antes do Enem", diz.

A live será apresentada pela influencer digital Thaliane Pereira, que conta com mais de 150 mil seguidores no Instagram. "Tenho certeza que será um aulão incrível e com grandes professoras. Espero todo mundo", falou Thaliane.

As provas do Enem 2019 serão realizadas nos dias 3 e 10 de novembro. No primeiro dia, os candidatos enfrentarão questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação, enquanto no segundo dia haverá quesitos de matemática e Ciências da Natureza. A transmissão ao vivo serpa realizada direto na UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, localizado no bairro das Graças, no Recife.

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Mesmo antes de assumir a presidência e durante o período de mandato, o presidente da República Jair Messias Bolsonaro exalta os militares e questiona fatos históricos acerca da violência do Regime Militar. Ele tem apoio de outros membros do alto escalão do governo, entre eles o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que frequentemente afirma que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não trará questões com “ideologia” na prova. Diante desses posicionamentos públicos, o professor de história José Carlos Mardock analisa que, na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os temas ligados à disciplina podem trazer uma exaltação ao militarismo.

Guerra do Paraguai e República da Espada

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“Dê ênfase à formação do exército. Nós temos Guerra do Paraguai, que foi um divisor de períodos. O espírito do corpo militarista surge e se valoriza ainda no século XIX com a Guerra do Paraguai, os militares voltam defendendo a República, a abolição do trabalho escravo, voltam valorizando princípios da cidadania do novo país. Proclamam a República e aí você vai ter o Marechal Deodoro e o Marechal Floriano Peixoto”, orientou o professor.

A República da Espada, como ficou conhecido o período em que o Brasil foi governado por presidentes militares, também foi destacado pelo professor Mardock, com atenção especial ao governo do Marechal Floriano Peixoto. “Ele conseguiu consolidar a República, que no período vivia uma grave crise econômica. Era a crise do encilhamento (crise gerada pelo jurista Rui Barbosa e que persistiu até 1930). Nós temos um pacote econômico que fará parte de todas as leis econômicas praticadas desde a formação do Estado Republicano a década de 80 com a Nova República. O grande “papa” da organização econômica, da estrutura, está lá: Floriano”, disse o professor.

Abordagem do Regime Militar 

Perguntado se o Regime Militar do Brasil, que foi de 1964 a 1985, deverá ser abordado na próxima edição do Enem como uma época sem opressões, violência ou repressão, o que contraria a construção de conhecimento histórico que se tem acerca do período, o professor José Carlos Mardock diz acreditar que as questões devem tratar de um regime militar “florido”. 

“[O Regime Militar]  ganha um eufemismo, uma nova cor, uma nova luz, colocando os militares como peça chave para impedir a invasão comunista no Brasil. O presidente já deu ênfase a isso, o discurso usado na época populista ‘O Brasil não será uma outra Cuba’, foi esse o discurso dele”, disse o professor.  

Diante de declarações do presidente Bolsonaro, que nega fatos históricos a respeito do que aconteceu durante o Regime Militar e questiona o trabalho de apuração das violações de direitos humanos e crimes cometidos pelos militares na época, muitos estudantes podem se sentir inseguros com a possibilidade de questões do Enem apresentarem enunciados e alternativas que contrariem o conhecimento construído através dos livros e das aulas. Questionado sobre o que fazer caso acontecer de o fera se deparar, na hora da prova, com uma situação como essa, o professor Mardock explicou que qualquer questão que contrarie o conhecimento historicamente reconhecido não pode ter validade. 

“Até agora não foi apresentado qualquer documento comprovando o contrário do que  afirmam os livros, documentos, depoimentos, documentários nacionais e internacionais, todos oficiais, ou seja, abalizados por órgãos competentes civis e militares. Logo, uma questão que traga outro entendimento que não o reconhecido na esfera oficial seria derrubada, as escolas, cursinhos e professores vão se manifestar contra qualquer análise sem fundamento apresentada”, disse ele. Veja mais detalhes no vídeo a seguir:

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Candidatos que irão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, que será realizado nos dias 3 e 10 de novembro, e precisam comprovar sua presença na prova devem emitir a Declaração de Comparecimento, que está disponível na Página do Participante.

Cada dia de aplicação de provas conta com uma declaração diferente e a do primeiro dia já está disponível para impressão. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 530 mil inscritos no Enem já realizaram acesso ao documento até as 11h desta quarta -feira (23). Já a declaração do segundo dia estará disponível para impressão no dia 4 de novembro.

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De acordo com Murillo Gameiro, diretor de Gestão e Planejamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), não será permitida a impressão do documento no local do exame. “O estudante deve levar a declaração já impressa no dia da prova. O documento é personalizado e somente ele consegue emitir o seu”, declara em nota divulgada pelo MEC.

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Durante a tarde deste domingo (20), foi realizada a segunda edição do Arena Enem, evento educativo que reúne professores e atrações de entretenimento com objetivo de levar relaxamento e conteúdo aos feras que estão na reta final da preparação para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O dia de estudos e diversão incluiu aulas, barbearia, massagens, DJ e praça de alimentação desde as 12h no Estádio dos Aflitos, localizado na Zona Norte do Recife.

A professora de Linguagens e redação Tereza Albuquerque contou ao LeiaJá que durante o evento os estudantes tiveram a oportunidade de receber dicas para a prova e resolver questões de todas as disciplinas. “Aqui, tem muito mais que conteúdo, há um espaço de sociabilidade fundamental, todos estão aqui por você”, disse a doc, destacando a necessidade de também cuidar do emocional e relaxar nas últimas semanas que antecedem a realização das provas. 

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Segundo o professor de biologia Ramon Gadelha, o objetivo do aulão é proporcionar uma experiência diferenciada daquela que os estudantes têm no diadia de aulas. “A gente está aqui em um ambiente completamente diferente da sala de aula onde o fera pode, além de receber as últimas dicas, ter um momento de descontração”, disse o professor. Confira abaixo a galeria de com cliques do evento:

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Já o professor de matemática Ricardo Berardo lembrou aos estudantes que o relaxamento e o cuidado com a mente perto da data da prova têm tanta importância quanto o conteúdo. “Tente dar uma revisada geral no que você vem estudando durante o ano e tente dar uma relaxada na sua mente para ir com a cabeça tranquila para a prova. Lembre-se que é 50% para o emocional e 50% conhecimento”, afirmou.

A estudante Charlene Ferreira tem 17 anos, deseja cursar medicina e fará as provas do Enem pela segunda vez esse ano. Para ela, a maior motivação para participar do Arena Enem é a competência da equipe e a importância de ter uma orientação especializada na reta final de preparação para as provas. “Está sendo muito legal. Além de uma equipe super qualificada, estão abordando vários temas necessários para a gente saber na hora da prova, isso é de extrema importância para todo estudante que está nessa trajetória”, disse ela. 

Já Lívia Leandro, de 19 anos, está fazendo o Enem pela quarta vez, também deseja ser médica e se sentiu motivada a ir ao evento para realizar uma revisão de conteúdos vistos ao longo do ano. “Está sendo muito produtivo, eles estão abordando tudo o que a gente precisa para fazer a prova”, afirmou a estudante. 

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Durante a 12ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, o professor de biologia Arthur Costa defendeu que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) prejudica estudantes dos estados mais pobres do Brasil. O tema foi discutido em uma palestra chamada “O Enem como uma bola de ferro nos pés do Brasil pobre”, na qual o professor apresentou dados sobre a migração de estudantes entre estados de diferentes regiões, facilitada pela adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). 

Em entrevista ao LeiaJá, Arthur explicou que a discussão a respeito do tema começou através da percepção, por meio de dados de aprovação do curso onde trabalha e de declarações de estudantes, de uma mudança no fluxo de êxodo de estudantes entre estados para cursar graduação. Além disso, também era perceptível o aumento do número de relatos sobre vagas ociosas nas universidades públicas de Pernambuco. O professor contou que a chegada de estudantes de estados do Sul e Sudeste do Brasil nas universidades nordestinas se intensificou com a adesão ao Sisu.

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“Se historicamente nos últimos 20, 30 anos, estados nordestinos como Pernambuco, Ceará e Bahia exportavam estudantes, por que agora nós estamos importando?”, questionou o professor, que também expôs um outro movimento de estudantes, entre estados da mesma região, como reação ao aumento do número de estudantes de outros locais que não conseguem ser aprovados na região onde vivem devido à ocupação de vagas por alunos de longe. “Sempre aprovamos muitos alunos em universidades locais e regionais, mas ao longo do ano a aprovação cresceu, mas com cada vez menos estudantes na universidade federal de pernambuco. Há mais de cinco anos que, todo ano, a gente coloca alguém de medicina na Universidade Federal do Acre. Poderia ser algo pra gente comemorar, mas não, estamos predando a vaga de uma instituição”, afirmou Arthur, explicando um movimento que ele chamou de “dança das cadeiras” de estudantes.  

O movimento de alunos recifenses indo para universidades do interior e "tomando" as vagas de quem vive na região também foi apontado pelo professor como frequente e negativo. “Como é que a Universidade do Vale do São Francisco vai servir às pessoas que vivem no Vale do São Francisco? Ela vai servir a Recife? Está errado! Por mais que essa vaga possa servir a um filho meu, não é legal”, disse o professor. 

Arthur explica que há coisas positivas na mobilidade de estudantes, como o amadurecimento do aluno que se muda e o intercâmbio cultural, mas que essa movimentação em massa de estudantes traz consigo um problema: a ociosidade de vagas deixadas por estudantes que desistem de seus cursos. Esse fenômeno, segundo o professor, começou a ser percebido através do relato de ex-alunos da instituição onde trabalha. “Eles dizem ‘na minha sala tem oito cadeiras vazias’, é o paulista que se matricula e não vem, ou desiste porque não aguenta o tranco de ser muito jovem e estar longe da família. Eles dizem que tem oito, dez, quinze cadeiras vagas em medicina, isso nunca aconteceu”, afirmou ele. 

Há também, segundo Arthur, uma movimentação de estudantes entre cursos, com a intenção de acalmar a família que cobra uma aprovação.”Há o cara de medicina que não passa, mas pelo Sisu ocupa uma vaga de direito para dar uma justificativa em casa, esse é um dos motivos de ter muito remanejamento no curso”, disse o professor.

Adesão integral ao Sisu e ociosidade de vagas

Perguntado sobre os motivos dessa facilidade que os estudantes de estados mais ricos têm para ocupar vagas em universidades de regiões pobres do país, Arthur explicou que o cronograma do Enem, juntamente com a adesão de universidades do Norte e Nordeste ao Sisu como única forma de ingresso, dá mais tempo de estudo a alunos do Sul e Sudeste que ainda têm muitas universidades estaduais com outros vestibulares. 

“O estudante daqui só estuda até novembro pois o único caminho é o Enem, e só descobre que reprovou em fevereiro, tem 9 meses de estudo para tentar de novo. Os alunos do sul e sudeste têm vestibulares até janeiro, estudam 11 meses e meio, às vezes até os 12 meses do ano e levam vantagem por isso, a dinâmica de calendário favorece esses caras”, afirmou o professor. 

Quando esses alunos desistem de suas vagas, elas ficam ociosas e geram custos em vão para a universidade e o poder público, “a universidade gasta dinheiro e a cadeira está lá vazia”, nas palavras do professor. Além da distância da família e imaturidade, Arthur cita a falta de políticas de assistência e permanência estudantil como a principal razão para a desistência de vagas até em cursos muito concorridos, dentro da lógica do Sisu. 

“O governo diz ‘vem, a vaga é tua’ mas para permanecer aqui você tem que se virar. O Enem é uma ótima porta para entrar na universidade, mas não para ficar pois não existe uma política para que o aluno permaneça”, afirmou o professor Arthur. Para ajudar a solucionar o problema, ele cita primeiro, como medida emergencial, o exemplo de algumas universidades que, apesar de terem entrado no Sisu integralmente, reservam vagas para estudantes que cursaram o Ensino Médio em escolas da região onde está a instituição, seja a rede pública ou privada. 

“Uma coisa muito boa que Caruaru, Mossoró e algumas outras universidades fizeram foi criar uma cláusula de barreira, uma cota regionalizada, dando 5, 10, até 15% para alunos da região. Esse é o ponto inicial, Depois disso, a discussão é muito mais ampla”, afirmou Arthur, que defende a adoção de medidas de apoio aos estudantes como estratégia de longo prazo para reduzir o número de vagas ociosas.

“Criar uma casa do estudante digna, um restaurante universitário digno, um núcleo de apoio psicológico e psiquiátrico” através das verbas universitárias e do aproveitamento não somente da estrutura física mas também do capital humano das universidades, através dos seus departamentos, é o caminho defendido pelo professor. “A universidade forma pessoas e tem pessoas formadas lá dentro, ela tem assistente social, tem fisioterapeuta, médico, dentista, psicólogo, advogado, historiador, existe uma série de departamentos que podem gerar uma assistência para esse estudante”, explicou ele.

“Eu sou professor de biologia e me debruço sobre esses dados, o que o departamento de estatística da universidade fornece sobre isso? Aparentemente nada. O departamento de estatística deveria tratar esses dados, é um prato cheio para fazer uma tese de mestrado, uma dissertação de doutorado, um TCC de graduação, mas a universidade faz de conta que isso não existe. A universidade é muito grande, pode ser muito maior e precisa entender-se, ver-se dessa maneira. A universidade é incrível!”, afirmou Arthur. 

O professor explica que a necessidade de implementar essas medidas parte do custo envolvido para estudantes que vivem longe de casa e suas famílias, que passam a ter que se sustentar em duas localidades. “Se a família tiver dinheiro para bancar o estudante e botar ele para morar na Avenida Boa Viagem, tudo bem. Mas muitos não têm condições, precisam de uma casa do estudante para morar e não tem uma que comporte todos que precisam. Tem ex-aluno meu que só conseguiu arrumar um lugar para morar em Abreu e Lima, uma criatura que faz medicina e só conseguiu viver longe porque a grana não dava”, contou o professor.  

Recursos para estrutura e serviços

No que diz respeito ao financiamento de políticas públicas e ajustes estruturais que proporcionem as medidas de assistência de que os alunos necessitam, Arthur explica que não é possível fazer educação e produzir conhecimento sem financiamento, seja ele público ou privado. Questionado sobre as possíveis consequências da política de encolhimento orçamentário das universidades públicas promovidas pelo Ministério da Educação, Arthur afirma que é necessário haver uma alternativa para manter e ampliar os serviços educacionais se as verbas para a educação forem cortadas. 

“Pode ser uma política de governo diminuir o dinheiro da universidade, o que eu discordo é dizer que vai cortar e não dar nenhum outro plano de financiamento. Pode ser a ideia do governo privatizar, ele tem que ser claro. Se vai contingenciar, seria obrigação criar uma alternativa, porque simplesmente que acabou é sucatear. O sucateamento da educação nunca levou canto nenhum a nada, eles [governantes] não fazem isso na casa deles”, disse o professor. 

Apesar do cenário pessimista e das políticas de gestão de verbas, cortes e contingenciamento pelo qual as universidades vêm passando, o professor Arthur permanece acreditando na força das universidades para vencer os problemas. “Aparentemente há uma tentativa de encolher a universidade, mas ela é muito maior do que pessoas, maior que ministros, governos. A universidade é grande do ponto de vista temporal, um dos maiores patrimônios da nossa sociedade, ela vai conseguir resistir, superar e passar por isso”, disse ele. 

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