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O presidente Jair Bolsonaro disse, na terça-feira (28), que "tem coisa esquisita" no reajuste que levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a pagar R$ 48 milhões a uma auditoria para abrir a "caixa-preta" do banco em operações com o grupo J&F, sem encontrar nenhuma irregularidade.

Após o jornal O Estado de São Paulo ter revelado o valor total do contrato para a auditoria, na semana passada, o atual presidente do BNDES, Gustavo Montezano, tentou inicialmente se esquivar da responsabilidade pelo valor. Em seguida, com a revelação de que ele mesmo autorizou o último aumento do contrato, o executivo não falou mais no assunto.

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Bolsonaro comentou na terça-feira o fato de seu subordinado ter ajudado a elevar o valor do contrato. Ele disse que "parece que alguém quis raspar o tacho", sem dar nomes, e cobrou explicações. "Expõe logo o negócio e resolve", ordenou o presidente ao chegar no Palácio da Alvorada, depois de viagem oficial à Índia. Os próprios diretores do banco e membros do conselho de administração já cobravam uma posição de Montezano. Eles pedem uma resposta mais contundente e rápida sobre a contratação da auditoria externa que investigou as operações do banco entre 2005 e 2018, com um passo a passo.

Pressionado, Montezano se encontrou na terça-feira com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na noite anterior, executivos do banco já tinham participado de uma reunião para discutir as explicações que serão dadas nesta quarta-feira por Montezano na sede do Ministério da Economia, em Brasília. O jornal O Estado de São Paulo apurou que a permanência do executivo no cargo depende do desempenho dele em explicar os detalhes do contrato de auditoria, incluindo aditivos e valores.

"Essa auditoria começou no governo Temer. E tiveram dois aditivos. O último parece, não tenho certeza, seria da ordem de R$ 2 milhões. E chegou a R$ 48 milhões no final. Tá errado. Tá errado", afirmou Bolsonaro.

O último aditivo, de outubro de 2019, foi feito sob a gestão de Montezano. Por ele, houve incremento de cerca de R$ 15 milhões no valor do contrato com a Cleary Gopttlieb Steen & Hamilton LLP . "Não sei se vou ter tempo para estar com Paulo Guedes (ministro da Economia) hoje (terça-feira), parece que ele está em Brasília. É o garoto lá, foi o garoto, porque, conheço por coincidência desde pequeno, o presidente do BNDES é um jovem bem intencionado. E ele que passou as informações disso que falei para vocês (jornalistas) agora, que são os aditivos. A ordem é não passar a mão na cabeça de ninguém."

Sem irregularidades

Após um ano e dez meses de trabalho focado em oito operações com as empresas JBS, Bertin, Eldorado Brasil Celulose, a auditoria não apontou nenhuma irregularidade. O Ministério Público Federal em Brasília, porém, identificou prejuízos de R$ 2 bilhões ao banco em operações com o grupo J&F, controlador da JBS. Dados da Operação Bullish mostram desrespeito ao limite de crédito que poderia ser empro à companhia e a dispensa do recebimento de juros sobre o valor injetado na empresa.

Na sexta-feira, 24, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu 20 dias para o BNDES dar explicações sobre o aumento do valor da auditoria. O caso ainda pode se tornar alvo de uma fiscalização específica da Corte de Contas, já que o Ministério Público junto ao TCU entrou com uma representação pedindo verificação do pagamento ao escritório americano.

Na segunda-feira, 27, a cúpula do banco passou o dia em Brasília para dar explicações. A primeira rodada de conversas ocorreu na Controladoria-Geral da União (CGU) e seguiu no início da tarde para a Câmara dos Deputados e o Tribunal de Contas da União. Não houve, porém, coletiva de imprensa.

O ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro, responsável pelo início da auditoria, também engrossa o pedido por explicações em carta a Montezano. Segundo apurou o jornal O Estado de São Paulo/Broadcast, o contrato inicialmente previa um custo próximo a R$ 16 milhões. A revelação do aditivo assinado sob a gestão Montezano causou ainda mais desgaste interno porque o atual presidente, em entrevista em Davos, na Suíça, havia tentado jogar a responsabilidade pela auditoria para seus antecessores.

A ideia inicial do BNDES era investigar 40 funcionários e dirigentes, mas, orientado pela KPMG Auditores Independentes, o banco decidiu incluir no escopo mais 10 colaboradores e 100 mil documentos. "Tal aumento do teto era necessário para que as referidas entidades continuassem a realização dos serviços, que deveriam ser concluídos até o fim de 2018", diz trecho da ata da reunião do conselho de administração de 12 de novembro de 2018.

Apesar do acréscimo no contrato, autorizado naquela reunião, a auditoria não foi finalizada naquele ano e o BNDES continuou contratando os serviços do escritório estrangeiro ao longo de 2019, durante a gestão de Bolsonaro.

O Supremo Tribunal Federal (STF) pediu explicações ao governador Paulo Câmara (PSB) e ao presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Eriberto Medeiros (PP), sobre o prazo de validade dos créditos do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM), utilizado no transporte público da Região Metropolitana do Recife (RMR). 

A solicitação foi feita pela ministra Cármen Lúcia na última quarta-feira (9). A magistrada é relatora da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) ajuizada pelo PDT, após requerimento do deputado federal Túlio Gadêlha (PE) e do coordenador da Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco, Pedro Josephi. 

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A ADIn pede a suspensão do prazo de validade e considera a determinação inconstitucional. 

As autoridades têm o prazo de dez dias para se manifestarem diante do STF. Após este prazo, a ministra deve apreciar o pedido liminar para suspender os efeitos do artigo 17 da Lei 14.474/2011, que prevê o prazo de 180 dias corridos para expiração dos créditos do VEM.

A deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) detalhou, nesta quarta-feira (24), os motivos pelos quais decidiu pagar R$ 23 mil ao próprio namorado, Daniel Alejandro Martínez Garcia, nas eleições do ano passado. No fim de semana, a notícia levantou rumores de que a parlamentar seguia passos da chamada “velha política”, que é condenada por ela em seus discursos.

O pagamento de Tabata para o namorado, que ela conheceu na Universidade de Harvard, foi registrado na prestação de contas. A deputada, segundo dados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), gastou R$ 1,2 milhão na campanha. 

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No Twitter, Tabata disse que foi difícil encontrar pessoas que quisessem interromper suas carreiras para participar de uma campanha “saindo do zero”, “tão pouco palpável e possível”. 

“O Daniel disse não a diversas oportunidades de emprego e postergou projetos profissionais, por vários meses, para poder trabalhar na minha campanha… Quando decidi me candidatar, no início, pude contar com menos de 10 pessoas, e o Daniel foi uma delas”, contou a deputada.

De acordo com Tabata, seu namorado “fez pesquisas, conversou com especialistas de educação e pobreza e teve um papel muito importante na construção de um documento de dezenas de páginas” com propostas para diversas áreas, de educação a moradia.

“Foi ele também quem levantou todos os dados que me guiaram em cada fala, debate e evento. Ele gerou e alimentou com estratégias um banco de contatos de voluntários de campanha que alcançou um grande número de pessoas. Também desenhou um banco de dados com critérios para escolha dos bairros e locais que seriam prioritários na campanha de rua, além de ser responsável pela equipe que cuidava da mobilização de voluntários”, listou a pedetista, dizendo ainda que Daniel Alejandro coordenou centenas de voluntários.

Tabata também escreveu que teve mais de 400 pessoas diferentes doando para sua campanha, que foi “construída na raça com muito esforço e ajuda”.

“Reafirmo minha gratidão ao Daniel e a toda a equipe que esteve ao meu lado durante a campanha, que abriram mão de muitas coisas por acreditarem em um sonho coletivo e que sabem o quanto foi difícil e suada a nossa eleição, resultado de uma construção feita a muitas mãos”, frisou.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Alberto dos Santos Cruz, disse que o vídeo com defesa do golpe militar de 1964, divulgado numa rede social do Palácio do Planalto, foi publicado por engano por um funcionário e foi um equívoco, sem nenhum viés político ou ideológico. O ministro esteve nesta quinta-feira (13) na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), para dar explicações sobre o episódio, a pedido da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

“O vídeo chegou a um funcionário nosso, que repassou para um servidor da Secretaria de Comunicação, que é quem publica os materiais na rede da Secom. E ele disparou, interpretando que fosse algo relativo a uma campanha de divulgação da Previdência Social. Foi uma divulgação infeliz, uma infelicidade do funcionário, sem nenhum viés ideológico [...] Quando ocorre um erro desses num nível governamental, sempre tem essa consequência natural. Mas não tem nada de má-fé, de ideologia ou objetivo político envolvido na questão”, garantiu.

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Ainda segundo Santos Cruz, o funcionário que pôs o material no ar tem mais de 20 anos de serviço público e já passou por outros governos. Ele foi advertido, mas não formalmente punido.

“Eu conversei com ele e foi esclarecido o cuidado para que esse tipo de erro não seja cometido novamente. Ele foi orientado,[é] uma pessoa de bons princípios. A decisão de punir, formalmente ou não, é minha. Passei minha vida inteira sempre comandando gente, então tenho senso de justiça de saber até onde ir com as medidas disciplinares. Achei que não era o caso de medida disciplinar, mas de correção de rumo de serviço”, afirmou.

Outros temas

Os senadores se mostraram satisfeitos com as explicações e partiram para outros assuntos. O ministro falou sobre os problemas de infraestrutura do país e o andamento das parcerias público-privadas para resolver gargalos causados por pelo menos 14 mil obras paralisadas. Segundo ele, o governo tem trabalhado com base em três premissas essenciais para voltar atrair investimentos: estudos técnicos bem-feitos, contratos de longo prazo e ambiente honesto para os negócios.

Indagado pela senadora Eliziane sobre o recente corte orçamentário nas universidades, Santos Cruz afirmou que considera natural a politização do assunto e disse não ver nada de errado na reação de diversos setores.

“O corte que houve no setor foi no geral de 3,5%, que é algo que dá para ser compensado com a parte de gestão. Mas o assunto se politizou e tivemos as reações normais. A sociedade funciona assim. O dinamismo é esse e está tudo dentro da normalidade. O mundo está mudando, e essas reações são por conta da tecnologia. Nada do que aconteceu é absurdo, tudo em ordem. O que mostra uma maturidade enorme”, disse se referindo às manifestações de protesto por todo o país.

O senador Roberto Rocha (PSDB-MA), por sua vez, lembrou que projetos na área de infraestrutura, em geral, demandam grandes investimentos, que estão fora do alcance do Estado. Ele deu exemplo do que acontece com os produtores rurais.

“Os produtores rurais, por exemplo, são competitivos até a porteira da fazenda. Para ter produção, tem que ter infraestrutura. E quem faz a infraestrutura em qualquer lugar do mundo? Via de regra é o setor privado. O melhor legado do PT foi ter mostrado que dinheiro público também acaba. O dinheiro público é só no nome. Vem das pessoas físicas e jurídicas. E como se aumenta o PIB? Com investimentos. E como se tem investimento? Com segurança jurídica. E como se tem segurança jurídica? Com democracia, liberdade econômica e marco regulatório”, disse.

Roraima

Representantes de Roraima, Chico Rodrigues (DEM) e Telmário Mota (Pros) lamentaram a situação difícil pela qual passa o estado e pediram ajuda do governo federal em questões fundiárias e econômicas.

“É o estado com maior estoque de riqueza natural per capita do mundo, mas o mais pobre da Federação, com 63% de suas terras inviabilizadas. São 500 mil habitantes sentados na terra mais rica do país. Roraima está estagnada”, lamentou Telmário.

O general Santos Cruz reconheceu que Roraima é uma unidade da Federação com características peculiares. Só dispõe de 14% de suas terras para atividades produtivas e é o único estado que não está ligado ao sistema nacional de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil, o que lhe obriga a comprar energia da Venezuela.

“A União ainda não passou para o governo todas as terras depois que deixou de ser território, há 30 anos. Isso significa que as pessoas não podem ter o título da terra. Por isso, os negócios ficam prejudicados. Os financiamentos agrícolas ficam prejudicados [...] Vamos tentar começar no máximo em setembro as obras do Linhão [de Tucuruí]. Também estamos tentando dar mais auxílio na questão da imigração, pois o problema venezuelano é um carga extra muito forte. E outro assunto é a atenção às comunidades indígenas para que não continuem dependendo de migalhas”, pontuou.

*Da Agência Senado

 

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, deu um prazo de cinco dias para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) explicar o decreto que flexibiliza o porte de armas para mais 13 categorias de profissionais, entre eles jornalistas, caminhoneiros e políticos detentores de mandatos. A informação é do jornal O Globo.

A ministra é a relatora da ação que pede para suspender o decreto protocolada pela Rede Sustentabilidade. Além de Bolsonaro, o Ministério da Justiça também deve se justificar o ato.

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Apenas após a manifestação é que a ministra deve decidir se suspende liminarmente ou não o decreto. Outros órgãos, como a Advocacia-Geral da União (AGU), Procuradoria-Geral da República (PGR), Senado Federal e Câmara dos Deputados também podem se manifestar sobre o assunto, de acordo com o despacho de Rosa Weber.

No pedido, a Rede diz que Bolsonaro cometeu “abuso de poder” ao promover a medida por meio de decreto, sem passar pelo crivo do Congresso Nacional. Eles pontuam que o decreto vai contra o Estatuto do Desarmamento, instituído por lei, e só poderia ser posto em prática com o aval legislativo.

O deputado federal Carlos Veras (PT) afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não consegue justificar as alterações que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer fazer nas regras da aposentadoria dos brasileiros. O ministro conversou com os parlamentares que analisam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na quarta-feira (8), durante uma sessão marcada por alfinetadas tanto por parte do ministro e de deputados governistas quanto da oposição.

"Ele é um pouco pavio curto, não consegue trazer respostas, justificar a proposta da reforma da Previdência. Não apresenta os dados, por exemplo, os custos de transição. Eu perguntei a ele: 'é R$ 1 milhão, R$ 1,00 ou R$ 1 trilhão?'. Uma matéria do Correio Braziliense aponta que é R$ 12 trilhões ou mais. Aí me diga, ele quer economizar R$ 1 trilhão e vai gastar R$ 12 trilhões. É justa essa proposta? Sem falar que 90% do R$ 1 trilhão que ele quer economizar é do regime geral da previdência", argumentou Veras, em conversa com o LeiaJá.

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O deputado federal salientou também que ao ver o que diz o texto da PEC é possível constatar que "eles [o governo] colocam como ricos quem se aposenta com R$ 2.231,00 e, por isso, tem que fazer a reforma para combater privilégios".

"O ministro ainda coloca o BPC [Benefício de Prestação Continuada] como uma fraude. Ora, quem se aposenta com um salário mínimo é agricultor familiar, quem vai para o BPC passa 50 ou 60 anos da vida trabalhando. E quando chega na velhice é chamado de criminoso?", indagou o parlamentar petista.

Quanto a proposta de capitalização da Previdência, Carlos Veras ponderou que o ministro da Economia "diz que vai ver depois". "Depois que for aprovada a reforma? Qual é o louco que vai dar um cheque em branco? Ou você acha que os patrões vão preferir deixar seus funcionários no atual regime ou nesse que querem que aprove sem que se saiba os detalhes?", perguntou o deputado, frisando que isso vai resultar na demissão de mão de obra e busca por contratações mais baratas que se submetam ao regime de capitalização.

Sobre a participação de Guedes na comissão nessa quarta, Carlos Veras também lembrou que o ministro disse que "os futuros aposentados e idosos são um problema, um estorvo para a sociedade". E contou que o auxiliar de Bolsonaro não gostou quando foi perguntado sobre quanto o governo está pagando pela aprovação da reforma da Previdência.

"Ele se arretou comigo porque eu perguntei quanto vai custar a aprovação da reforma, porque se ela fosse boa não precisava o governo estar oferecendo emendas parlamentares no valor de R$ 40 milhões e dois ministérios para contemplar partidos e parlamentares. Se tem problemas financeiros, porque a política do toma lá dá cá e a chantagem? Se não tiver a reforma da Previdência não tem dinheiro para educação e saúde", observou.

Carlos Veras ainda considerou ser "um erro" o governo focar apenas na Previdência no Congresso Nacional com outros assuntos pendentes.

"A previdência tem que ser a última. Primeiro temos que fazer uma reforma tributária, combater a sonegação, fazer um pacto federativo, gerar emprego, impulsionar a economia. A reforma nestes moldes vai gerar mais desempregos, as pessoas vão ser demitidas, vai deixar de circular vida nos municípios. Vai desaquecer a economia local e gerar desemprego e desigualdade", finalizou.

Mais de 100 anos após Albert Einstein ter lançado sua Teoria da Relatividade Especial, a humanidade finalmente foi capaz de registrar a primeira imagem de um buraco negro. Capturada pela iniciativa Event Horizon Telescope (EHT) e divulgada nesta quarta (10), a figura é resultado de um esforço coletivo que mobilizou satélites em diferentes partes do planeta Terra.

Para entender melhor o que o feito significa no meio científico e por que ele só foi realizado agora, o jornal O Estado de S. Paulo conversou com o Rodrigo Nemmen, professor de astrofísica na Universidade de São Paulo (USP). Confira abaixo:

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O que é um buraco negro? E como ele é formado?

O buraco negro é um objeto astronômico, caracterizado por uma concentração de matéria em uma região muito pequena do espaço. É como se você pegasse toda a massa do planeta Terra e condensasse em uma esfera de 1cm de aión - ele apresenta as concentrações mais intensas de matéria no universo.

Nome

O buraco negro tem esse nome porque sua gravidade é tão forte que não deixa nada escapar de sua órbita, nem mesmo a luz. Por isso que eles são chamados assim, porque são literalmente negros. Geralmente, a matéria sugada é na forma de gases espalhado nas proximidades do buraco negro, como hidrogênio e hélio.

O que é o disco de acreção que aparece na imagem do buraco negro?

O disco de acreção é o que acontece quando a matéria cai no buraco negro. Ao espiralar na direção desse objeto, ela forma esse disco de gás, que a gente chama de disco de acreção. Como ele fica muito aquecido pela fricção dos átomos e pela maneira caótica com que a matéria entra no buraco negro, o gás é aquecido e passa a brilhar de maneira forte.

É esse processo de fricção que aparece na imagem divulgada, o qual chamamos de 'oceano de luz' ou 'oceano de fogo'.

Por que demorou tanto para conseguirmos registrar a imagem de um buraco negro?

Essa poder de observação corresponde ao poder de alcance do telescópio que precisa ser utilizado. No caso, ele precisa ser 2.000 vezes melhor que o Telescópio Hubble. Fotografar um buraco negro é como se você colocasse uma caneca na superfície da lua e fotografasse esse objeto daqui da Terra.

De forma geral, é um feito extremamente complicado. Você precisaria praticamente de um telescópio do tamanho do planeta Terra. Então, um dos motivos pelos quais demorou tanto para fotografar um buraco negro é porque não havia material suficientemente avançado.

Agora, eles criaram uma combinação de oito antenas de rádio. O que demorou foi organizar essas antenas para criar um telescópio que pudesse fazer a observação simultânea de um buraco negro. Há alguns anos, isso não seria possível.

Outro ponto é o volume de dados que essa captura gerou - foi algo na casa dos petabytes (milhões de gigabytes). Não seria possível armazenar esse espaço em mídias como CDs, por exemplo. Não é algo fácil como apontar um celular e tirar uma imagem. Você precisa fazer uma análise muito minuciosa.

Além disso tudo que foi citado, também faltavam os cálculos teóricos que dessem as previsões e os modelos do que essa imagem significa, o que exigiu previsões de supercomputadores. E esses cálculos só foram possíveis com a tecnologia dos últimos anos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não vai mais participar de um debate, na tarde desta terça-feira (26), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados sobre a reforma da Previdência. A presença de Guedes era aguardada pelos deputados e a desistência foi alvo de críticas por parte da oposição. 

"A ida do ministro da Economia à CCJ será mais produtiva a partir da definição do relator",  disse uma nota divulgada pelo ministério para justificar a ausência e pontuar que uma equipe de técnicos em seu lugar.

Deputados usaram o Twitter para criticar a decisão de Guedes. "Lamentavelmente, o ministro Paulo Guedes não compareceu à CCJ da Câmara para apresentar a Reforma da Previdência. Diante dessa ausência, eu e @taliriapetrone [Talíria Petrone] pedimos a convocação do ministro. Qualquer governo minimamente democrático tem a obrigação de dialogar com o parlamento", escreveu o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

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"Paulo Guedes não vai mais à audiência na CCJC da Câmara. Desrespeito ao Parlamento e ao conjunto da população. Isso é medo dos argumentos que colocam a reforma da previdência em cheque!", tuitou o deputado Valmir Assunção (PT-BA).

"O ministro pode ir se preparando: já estamos recolhendo as assinaturas para convocá-lo para a sessão de amanhã", disparou no Twitter o líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).

Tentando amenizar a ausência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que vai procurar os líderes partidários para negociar outra data para Guedes comparecer à CCJ para debater a proposta. 

“Como ele não tem se furtado ao debate com a Câmara, entendo que a coisas ainda têm tempo. Acho que o presidente da CCJ podia indicar o relator e conversar com Guedes para ser recebido por todos nós. É isso que vou fazer, dentro do meu quadro, todo meu apoio à tramitação e aprovação da reforma”, disse Rodrigo Maia, em entrevista à imprensa.

Após a confusão da última segunda (17), quando um vídeo em que a Anitta supostamente afastava um fã de seu carro, o próprio seguidor da cantora foi às redes sociais defender sua ídola. Michael Martins postou comentários explicando as imagens e Anitta compartilhou a postagem pedindo cuidado com as fake news. 

Em seus stories, nesta terça (18), Anitta compartilhou um comentário deixado por Michael Martins, o fã que aparece no vídeo, em uma postagem no Instagram. Nela, o rapaz explica o que aconteceu: "Ela só quis dizer 'vai pra longe' por conta que ali estava um tumulto. Ela quis dizer pra eu sair porque já tinha tirado foto, para deixar os outros fãs tirarem foto. Este vídeo está mal intencionado". 

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Em seguida, a cantora pediu para que as pessoas tomassem mais cuidado com as chamadas fake news. "Isso prejudica tanta gente. Não faz isso não, não é legal. Provavelmente de um vídeo giganteco, onde eu falava com um monte de gente, cortam um pedaço, tiram do contexto e começam a atacar alguém por conta de uma coisa que não aconteceu". Anitta aproveitou o momento e também fez um desabafo: "É muito ruim você ser atacada por uma coisa que você não faz. Dói".

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O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) afirmou, neste sábado (27), que está pronto para disputar o comando da gestão estadual nas eleições em outubro liderando a chapa que será montada pela frente “Pernambuco quer mudar”, composta por sete partidos de oposição a Paulo Câmara (PSB) e dissidentes emedebistas. Apesar da disposição, o senador tem um agravante, ainda não conquistou a direção estadual do MDB e não pode bancar a oficialização de uma candidatura.

“Eu me preparei, estou pronto, se for escalado serei o mais animado de todos, mas se for escalado para ir ao lado daquele que vai liderar, irei com a mesma determinação”, afirmou durante um ato que aconteceu em Petrolina, no Sertão, com lideranças que integram o bloco oposicionista. “Sou bom de faro, disputei nove eleições de governadores e estive ao lado do vitorioso sete vezes, estou sentindo aqui cheiro de vitória e de mudança que vai se consolidar em todo Pernambuco”, acrescentou o senador.

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Fazendo um panorama da conjuntura política no estado, Bezerra Coelho disse que alguns “teimam em dividir em esquerda e direita”, o que, na avaliação dele, “é ultrapassado e vencido”. “Hoje o que importa não é esquerda e direita é o certo e o errado, as práticas certas e as equivocadas. O que o povo quer é resultado, somos um país muito desigual. Somos um estado dentro do Nordeste, que é a região mais pobre do Brasil, temos muitos desafios a superar”, explanou.

Além disso, o pré-candidato a governador alegou que a expectativa é de que o pleito pelo Governo do Estado terá três palanques principais, o deles, o do PT e da Frente Popular que é liderado pelo PSB. Os dois últimos, sob a ótica do parlamentar, terão que dar “muitas explicações” aos eleitores.

“A política tem que ser feita com ações certas e evitar os erros, os debates preconceituosos. Acho que estamos caminhando para assistir a montagem de três frentes políticas, uma delas vai ter que explicar porque mergulhou o Brasil na maior recessão da sua história, desempregou 14 milhões de brasileiros e quebrou as finanças públicas do Brasil o outro vai ter que se justificar, porque não honrou com os compromissos assumidos”, destrinchou, citando que Paulo Câmara prometeu a construção de um Hospital da Mulher para Petrolina, mas em três anos de gestão “se quer tem projeto”.

Apesar de também já ter composto o governo do PSB, Fernando Bezerra também questionou o ajuste fiscal operado pela gestão e chamou de “balela”. “É mentira, o pior ajuste fiscal do Brasil é o de Pernambuco. Hoje temos mais de R$ 2 bilhões de dívidas em aberto”, observou.

Já sobre o palanque que está sendo montado pelos partidos aliados a ele, o senador disse que busca a “unidade em favor de Pernambuco”. “Estamos aqui assumindo o compromisso que vamos resgatar a auto estima dos pernambucanos. No início de abril esta frente vai escolher o seu candidato a governador, estaremos absolutamente unidos. Todos que estão aqui tem experiência e luta para liderar este momento importante que Pernambuco vive”, concluiu.

Além de Fernando Bezerra, o bloco de oposicionista é liderado pelo senador Armando Monteiro (PTB), que também é pré-candidato a governador; os ministros Fernando Filho (Minas e Energia) e Mendonça Filho (Educação); o deputado federal Bruno Araújo (PSDB); e os ex-governadores João Lyra Neto (PSDB) e Joaquim Francisco (PSDB). 

O encontro em Petrolina neste sábado foi o segundo de grande porte reunindo a frente, que é composta por PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB e PSDB, além de dissidentes do MDB. O primeiro foi no Recife, para o lançamento do grupo que prega o desejo de desbancar a hegemonia do PSB à frente do Estado. O próximo ato político do grupo está previsto para acontecer no dia 3 de março, em Caruaru, no Agreste.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Ministério da Saúde suspendesse a portaria que revogou a parceria do laboratório irlandês Shire com a Hemobrás, em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, para a produção do fator recombinante. O chamado Fator VIII, insumo de elevado valor agregado e alta densidade tecnológica, é usado na fabricação de coagulante, é essencial no tratamento da hemofilia. 

A decisão do TCU, tomada nessa quarta-feira (4), dá ainda o prazo de dez dias ao Ministério da Saúde para comprovar a suspensão da portaria e para informar o Tribunal como irá atuar para manter a importação do fator recombinante. O TCU justificou sua decisão argumentando que a suspensão da parceria entre a Hemobrás e o Shire, determinada pelo Ministério, “pode implicar desabastecimento do medicamento ao longo de 2018 ou aquisição por preços superiores”.

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A postura do órgão foi comemorada pelos senadores Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT). O petebista classificou a decisão do TCU como justa e oportuna. “A parceria entre a Hemobrás e a Shire, dessa forma, poderá ser retomada e a fabricação do fator recombinante em Goiana, fundamental para tornar a estatal economicamente viável, não sofrerá solução de continuidade”, declarou. 

“É uma vitória do povo de Pernambuco e da região Nordeste. Entre idas e vindas, o ministro e até o presidente Michel Temer, que se envolveu na história, tiveram dificuldades para explicar por que estavam querendo tirar a unidade de Goiana para levá-la ao Paraná, logo o Estado de Barros”, reforçou Humberto. 

Para o senador petista, a decisão do TCU dá conforto e segurança, pelo menos temporariamente, para que a Hemobrás fique onde está. “O tribunal ainda demonstrou preocupação com a falta de medicamentos que eventualmente deixaram de ser produzidos nesse período de imbróglio. O Ministério da Saúde terá de se explicar”, disse.  

Há alguns meses o ministro responsável pela pasta, Ricardo Barros (PP-PR), iniciou uma articulação para que a produção do fator recombinante seja transferida para Maringá, numa associação do grupo suíço Octopharma com a Tecpar, instituto de tecnologia do governo paranaense, retirando sua futura linha de produção de Goiana. 

O Fator VIII é o principal produto que será produzido pela Hemobrás em Pernambuco e já foi alvo de uma mobilização dos políticos locais contra uma investida do ministro. A discussão sobre a possibilidade de esvaziamento empresa iniciou em julho e durou até meados de agosto, quando o ministro desistiu da intervenção.

Até a desistência, senadores e deputados pernambucanos fizeram uma série de encontros e articulações visando derrubar a estratégia do paranaense. Mas no último dia 22 foi publicado no Diário Oficial daquele estado um Acordo de Transferência de Tecnologia para Obtenção de Hemoderivados e Hemocomponentes firmado diretamente entre o Tecpar e a Octopharma retomando a iniciativa.

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) cobrou explicações nesta segunda-feira (22), do governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB,  sobre as denúncias contra eles apresentadas por um dos executivos da JBS, Ricardo Saud. Segundo o delator, os políticos pessebistas teriam articulado o pagamento de propinas da empresas para a campanha de Câmara em 2014. Os dois já negaram as acusações e pontuaram que, apesar das citações, não foi aberto nenhum inquérito contra eles. 

Apesar disso, Armando Monteiro disse que se as denúncias forem comprovadas estará “comprometida a legitimidade do mandato do governador, bem como sua autoridade ética, moral e política”. 

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“Nunca fiz julgamentos antecipados, visto que essas denúncias envolvem, inclusive, figuras públicas que já não mais estão presentes para se defender [como Eduardo Campos]... Com relação ao governador, o delator fala de propina de R$ 1 milhão. E relaciona ainda visitas e gestões promovidas à época pelo atual governador e o atual prefeito do Recife relacionadas a um grande montante de recursos que não estão declarados na prestação de contas da campanha de Paulo Câmara”, observou, dizendo que se juntava à sociedade para “exigir um esclarecimento definitivo sobre essa questão”.

Sob a ótica do senador, “há muito tempo o PSB de Pernambuco está no foco das investigações da Polícia Federal”, mas “explicações nunca ocorreram de forma a afastar as fortes suspeitas que recaem sobre este partido”. “Sobre essas graves questões, não cabe agora hesitação, que tem sido a marca do governador. Pernambuco exige resposta”, declarou.

Veja a nota na íntegra:

Há muito tempo, o PSB de Pernambuco está sob o foco das investigações da Polícia Federal e outros órgãos investigativos. A sociedade vem acompanhando os acontecimentos com muito constrangimento. Ao longo do processo, esperamos esclarecimentos cabais. Mas essas explicações nunca ocorreram de forma a afastar as fortes suspeitas que recaem sobre este partido, pelas posturas e condutas adotadas por seus agentes políticos. 

Nunca fiz julgamentos antecipados, visto que essas denúncias envolvem, inclusive, figuras públicas que já não mais estão presentes para se defender.  No entanto, considerando agora que as novas denúncias trazidas na delação da JBS atingem frontalmente o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, não poderia deixar de, ao lado da sociedade pernambucana, exigir um esclarecimento definitivo sobre essa questão.

Com relação ao governador, o delator fala de propina de R$ 1 milhão. E relaciona ainda visitas e gestões promovidas à época pelo atual governador e o atual prefeito do Recife relacionadas a um grande montante de recursos que não estão declarados na prestação de contas da campanha de Paulo Câmara. Se comprovadas as denúncias, resta comprometida a legitimidade do mandato do governador, bem como sua autoridade ética, moral e política. 

Desde o início da Operação Lava Jato, o PSB de Pernambuco tem revelado um condenável protagonismo. Cabe lembrar que, em outubro de 2014, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, já apontava em sua delação a participação de expoentes do partido. Tanto Costa quanto o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, confirmaram repasse de propina de R$ 20 milhões para a campanha do PSB em 2010. Um dos operadores citados é o ex-presidente da Copergás, Aldo Guedes.

O PSB é o centro da Fair Play, operação paralela à Lava Jato que investiga desde agosto de 2015 uma série de irregularidades na Arena Pernambuco: superfaturamento, restrição à competitividade na licitação do projeto, pagamento de propina via doações oficiais e até eventuais crimes contra o sistema financeiro. Os principais investigados são o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara. Eles foram, respectivamente, presidente e vice-presidente do Comitê de Gestão Público Privada do Governo de Pernambuco, responsável pela viabilização da obra.

Ainda em 2015, várias operações da Polícia Federal tiveram o PSB como alvo. Em julho, a Operação Politeia apreendeu bens dos socialistas adquiridos com supostas práticas criminosas. Em dezembro, a Operação Catilinárias evitou a destruição de provas de integrantes do partido, citados em esquemas de corrupção na Lava Jato. No mesmo mês, o PSB foi um dos principais investigados na Operação Vidas Secas, que apura desvio de R$ 200 milhões na obra da transposição do rio São Francisco.

O PSB é o protagonista da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016, que investiga uma organização criminosa, formada por 30 pessoas de várias empresas, suspeita de ter movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010. Outra operação é a Vórtex, que está apurando crimes de corrupção, direcionamento de licitação e lavagem de dinheiro.

Em 2017, a delação do ex-executivo da Odebrecht João Pacífico revelou que o PSB cobrava 3% dos valores dos contratos que a empreiteira firmou em Pernambuco, a exemplo da Adutora do Pirapama, da refinaria Abreu e Lima e do Complexo Prisional de Itaquitinga.

Sobre essas graves questões, não cabe agora hesitação, que tem sido a marca do governador. Pernambuco exige resposta.

Senador Armando Monteiro (PTB-PE)

 

A possível postergação do pagamento dos salários dos cargos comissionados e das gratificações a servidores estaduais efetivos deve ser o norte da participação do secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no próximo dia 19. Inicialmente ele participa da reunião no colegiado para apresentar o balanço fiscal do primeiro quadrimestre de 2016, mas a pauta também está na discussão. Stefanni e o secretário de Administração, Milton Coelho (PSB), apresentaram a proposta de adiar em sete dias o pagamento destas categorias. 

A deputada Priscila Krause (DEM) quer que Milton Coelho também participe da reunião. A democrata comunicou, durante a Reunião Plenária desta segunda (25), que requereu a convocação dos gestores à Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa para que expliquem a medida, anunciada na última sexta (22).

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Segundo a parlamentar, é preciso entender de que maneira a mudança influencia o caixa do Governo e conhecer o tamanho do problema que ameaça a folha de pagamento do Estado – estimada em R$ 800 milhões mensais. “Não queremos causar desespero, mas os indicativos não são bons e temos a obrigação de ficar atentos a essa questão”, avaliou durante a sessão dessa segunda (25). “Precisamos de números detalhados, de um panorama do que acontece em Pernambuco, para que a população e os servidores não sejam pegos de surpresa”, acrescentou.

Líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PRB) também se colocou apreensivo diante dos rumos da economia e com a trajetória das receitas do Estado. “Nossas conquistas estão ficando para trás e estamos perdendo a perspectiva de ser a alavanca do crescimento do Nordeste”, asseverou. “É muito preocupante a maneira como a crise afeta Pernambuco, e não se veem ações do Governo para tirar obras do papel, gerar empregos e movimentar a economia”, completou.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai ter de dar explicações no Senado sobre o envio de telegramas pelo Itamaraty que alertavam suposto golpe político no Brasil. O chanceler brasileiro vai participar de reunião da Comissão de Relações Exteriores, após aprovação de requerimento de convite de autoria do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A audiência pública está marcada para o dia 14 de abril.

As mensagens foram enviadas no dia 18 de março às embaixadas, consulados e escritórios brasileiros em todo o mundo. Os dois telegramas foram escritos pelo chefe da Coordenação-Geral de Cooperação Humanitária e Combate à Fome do Itamaraty, Milton Rondó Filho.

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Nos comunicados, o diplomata pede a cada posto que designe funcionário para atuar na interlocução com a população brasileira nos países e na sociedade civil local.

Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), a ação do funcionário do Itamaraty foi "grave". "É espantoso que um funcionário do Itamaraty se dedique a dizer para o mundo inteiro que nós não temos instituições que funcionam, que há um golpe de Estado em marcha", afirmou.

Por mais que clássico muitas vezes queime a língua de quem tenta acertar, parecia que a renovação do time completo do tricolor do Arruda o credenciava como provável melhor conjunto, ao menos no início do campeonato. Mas clássico... é clichê. Como quem não quer nada, o timbu fez a armadilha e matou o jogo em contra ataques mortais. Fato reconhecido por unanimidade entre os atletas tricolores.

Para o meia Renatinho, que entrou no segundo tempo, os erros do santa determinaram a derrota. “Faltou inteligência. Sabíamos da postura do Náutico, que era esperar a gente atacar para contra atacar. Foram falhas nossas”, afirmou.

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Referência no ataque, o atacante Grafite saiu insatisfeito com o rendimento da equipe. “A gente se deixou levar pelo jogo deles. Eles ficaram atrás, esperando uma brecha e encontraram. Não conseguimos nos encontrar. Eles foram melhores. Agora é levantar a cabeça e trabalhar para tentar ganhar do Salgueiro”, disse o camisa 23.

Craque do campeonato em 2015, o meia João Paulo foi além e criticou a apatia do tricolor do Arruda. “A gente tem que melhorar bastante. Acho que temos que entrar no nosso máximo. Quando a gente entra com pé mole em clássico, acaba perdendo”, disparou.

 

A Corregedoria Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu, a pedido da defesa do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma Reclamação Disciplinar para avaliar conduta funcional do procurador da República no Distrito Federal, Valtan Timbó Mendes Furtado. O membro do Ministério Público instaurou investigação para apurar suposto tráfico de influência envolvendo o petista.

No pedido da defesa de Lula foi solicitada, também, a suspensão do inquérito aberto pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal para investigar o ex-presidente. No entanto, esse requerimento foi indeferido pela Corregedoria Nacional.

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Para os advogados do ex-presidente, houve desvio de função do procurador. “O único fundamento apresentado pelo procurador Valtan Furtado para a prática do ato, qual seja, a iminência do esgotamento do prazo de tramitação da Notícia de Fato, note-se, é falso. E, de qualquer forma, como já exposto, não havia qualquer fato novo ou urgência a justificar a mitigação do princípio do promotor natural”, alegou a defesa do presidente, em nota divulgada na última sexta-feira (17).

Na decisão do corregedor Nacional, Alessandro Tramujas, foi determinada a imediata notificação do procurador da República para que ele preste informações no prazo regimental. Furtado tem até dez dias para apresentar as explicações solicitadas.

Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) costuravam nessa terça (16) um acordo para adiar o julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff em 2014, marcado para esta quarta (17), e abrir prazo para que o governo dê mais explicações sobre irregularidades apontadas em relatório técnico da corte. A tendência se confirmou diante da falta de consenso, entre os integrantes do tribunal, sobre qual decisão tomar a respeito do balanço que descreve a situação contábil, financeira, patrimonial e orçamentária da União.

O tribunal apontou uma série de "distorções" nas contas do governo Dilma em 2014, entre elas as chamadas "pedaladas fiscais" - prática de atrasar propositalmente o repasse de recursos para bancos públicos honrarem compromissos de programas sociais.

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Pelo acordo em discussão, o tribunal indicaria hoje que há elementos para a reprovação das contas, mas daria ao menos 30 dias para que o governo, numa nova fase processual, apresente mais elementos de defesa. Só depois disso, os ministros aprovariam um parecer definitivo sobre o balanço da União.

A decisão sobre o adiamento ou não será tomada na sessão, marcada para às 10h. Alguns integrantes do TCU defenderam que um eventual pedido de explicações seja endereçado diretamente à presidente Dilma, o que também terá de ser definido em plenário.

Conforme ministros ouvidos pelo Estado, prorrogar o julgamento é a solução possível, de imediato, diante do racha entre os integrantes da corte sobre o que fazer com as contas. Até a noite de ontem, o relator do processo, ministro Augusto Nardes, no entanto, ainda resistia a encampar, em seu voto, a proposta de abrir mais prazo para o julgamento.

Antes de reunião a portas fechadas para tentar um acordo com outros ministros, Nardes afirmou ao Estado que não votará conforme a tradição do tribunal. "Não farei como se faz todos os anos aqui no TCU. Não aprovarei (as contas) com ressalvas", declarou ao Estado.

Em conversas reservadas com outras autoridades da corte, o relator explicou que sua posição será por considerar as contas irregulares. Porém, o documento oficial, com a posição a ser lida por ele em plenário, não havia sido distribuído aos demais integrantes do plenário do TCU até o fim da noite.

A proposta de adiamento, inicialmente aventada pelo ministro Raimundo Carreiro, ganhou força após um dia de intensa pressão política sobre o tribunal, cuja maioria dos integrantes é indicada pelo Congresso e pelo Palácio do Planalto, após negociações entre os partidos.

Durante o dia, o Palácio do Planalto escalou os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Nelson Barbosa (Planejamento), além do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, para demover as autoridades do TCU a votar pela rejeição. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) arrastou uma comitiva de oposição para argumentar em contrário.

Os partidos contrários ao governo pretendem usar um eventual parecer adverso a Dilma para abrir um processo de impeachment contra a presidente.

A corte de contas foi alertada por sua própria área técnica sobre a necessidade de abrir espaço para o contraditório. O alerta dos auditores remete a uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal, que no passado já deu parecer favorável ao então governador de Pernambuco, Miguel Arraes (morto em 2005), após a emissão de um parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado que rejeitava suas contas.

O TCU avalia anualmente se o balanço financeiro, contábil, patrimonial e orçamentário corresponde à realidade. A corte pode dar parecer pela aprovação (com ou sem ressalvas), a rejeição ou mesmo se abster de uma opinião sobre ele. A recomendação serve de referência para que o Congresso julgue, sem prazo definido, se o balanço é regular ou não.

O relatório técnico dos auditores do tribunal, revelado pelo 'Estado' no sábado, aponta "distorções" de R$ 281 bilhões no Balanço Geral da União (BGU) de 2014 entregue pelo governo Dilma Rousseff ao TCU em abril. Entre essas distorções estão R$ 37,1 bilhões referentes às chamadas "pedaladas fiscais", que são atrasos propositais no repasse de recursos públicos para bancos e autarquias.

Em um parecer prévio, o Ministério Público de Contas, que atua junto ao TCU, sugeriu aos ministros do TCU rejeitar as contas federais. "Perplexa, a nação assistiu a uma verdadeira política de irresponsabilidade fiscal, marcada pela deformação das regras para favorecer os interesses da chefe do poder em ano eleitoral e não o interesse da coletividade no equilíbrio das contas públicas", criticou o procurador Júlio Marcelo de Oliveira.

O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho, apresentou dois requerimentos para ouvir esclarecimentos dos ministros da Saúde, Arthur Chioro, e da Previdência Social, Carlos Gabas. Os documentos solicitando a oitiva dos gestores foram entregues nessa terça-feira (12) à Mesa Diretora da Câmara.

No caso de Chioro, Mendonça acredita que o Ministério da Saúde foi omisso no combate à dengue e por isso vivemos uma epidemia da doença no país hoje. “Neste ano, havia a previsão de investimento de R$ 13,7 milhões, mas apenas R$ 2,8 milhões foram empregados no combate à doença”, afirma. “Diante de gravidade da situação, quero ouvir o que o ministro pretende fazer para reverter esse quadro”, finaliza.

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Além disso, Mendonça quer que o ministro Carlos Gabas preste esclarecimentos sobre denúncias de perdas bilionárias na gestão do Postalis. O órgão que deveria fiscalizar os fundos de pensão de estatais é a Previc, vinculado ao ministério da Previdência. “Considerando o risco à solvência do fundo e, por consequência, à aposentadoria dos funcionários dos Correios, é fundamental que o ministro ofereça respostas”, avalia o deputado.

Líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB) encaminhou uma nota à imprensa, nesta terça-feira (20), solicitando explicações do Governo do Estado sobre os últimos acontecimentos do sistema prisional, entre eles a rebelião no Complexo Prisional do Curado, nessa segunda (19). De acordo com o texto, o motim e as mortes causadas por ele expõem a "fragilidade das políticas de ressocialzação" adotadas pela gestão, bem como a "falência" e a "insegurança" dos presídos.

"O que se lamenta é constatar que mesmo diante deste cenário o Governo do Estado limita-se a fazer promessas pontuais que não se efetivam, adiando iniciativas como a entrega do presídio de Itaquitinga, que está com as obras paradas desde 2012", afirma o texto. "Ao invés de uma posição oficial do Governo do Estado, o que temos acompanhado é uma série de informações desencontradas, o que demonstra um flagrante problema de liderança na condução e execução das medidas", acrescenta alfinetando. 

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De acordo com Costa Filho, que assina a nota em nome da bancada, os parlamentares vão convocar o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico (PSB), assim que as atividades na Alepe forem retomadas, para uma audiência pública onde deverá explicar "o atual quadro de calamidade" do sistema prisional. 

Veja o texto na íntegra:

A rebelião ocorrida nesta segunda-feira (19) no Complexo Prisional do Curado, que deixou o triste saldo de duas mortes e 29 pessoas feridas, vem se somar a outros lamentáveis fatos registrados naquela unidade e é a prova inconteste da completa falência do sistema penitenciário de Pernambuco.

O Estado possui hoje cerca de 31 mil detentos, quando teria capacidade para abrigar 9 mil, acumulando um déficit de mais de 21 mil vagas. Esta superlotação, aliada às precárias condições físicas das unidades e à falta de valorização profissional dos Policiais Militares e agentes penitenciário, que hoje recebem os piores salários do País e estão completamente desmotivados, mostram o total descompromisso do Estado com a promoção da cidadania dentro dos presídios. Alia-se a isso o alarmante dado de que 50% dos presos estão em regime provisório, ou seja, aguardam pelo julgamento trancafiados.

As mortes do sargento militar Carlos Silveira do Carmo e do detento Edvaldo Barros da Silva expõem para a sociedade pernambucana a fragilidade das políticas de ressocialização de nosso Estado. Policiais militares, agentes penitenciários, detentos e todos os que trabalham ou têm acesso aos presídios de Pernambuco conhecem o quadro de total insegurança e precariedade destas unidades. 

O que se lamenta é constatar que mesmo diante deste cenário o Governo do Estado limita-se a fazer promessas pontuais que não se efetivam, adiando iniciativas como a entrega do presídio de Itaquitinga, que está com as obras paradas desde 2012, a melhora das condições físicas do Complexo Prisional do Curado, a valorização e ampliação do corpo funcional que atua nas penitenciárias e uma pactuação com o sistema judiciário para dar mais celeridade aos julgamentos dos detentos.

Ao invés de uma posição oficial do Governo do Estado, o que temos acompanhado é uma série de informações desencontradas, o que demonstra um flagrante problema de liderança na condução e execução das medidas. Assim como alertou o Sindicato dos Agentes e Servidores no Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp-PE) a rebelião de ontem era previsível e outras poderão ocorrer.

É por esta razão que a bancada de oposição de Pernambuco, como já havia anunciado no início do mês, convocará o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, para uma audiência pública, logo após o recesso parlamentar, em fevereiro, para que o Governo do Estado possa explicar o atual quadro de calamidade no sistema prisional de Pernambuco.

Deputado estadual Silvio Costa Filho

Bancada de Oposição de Pernambuco

O presidente Glauber Vasconcelos, que estava nos Estados Unidos durante a semana, acompanhou o empate do Náutico contra a Ponte Preta por 1 a 1 na Arena Pernambuco. E logo depois da partida, o mandatário foi o único a falar com a imprensa e minimizou o fato de viajar durante a crise que o clube passou devido aos salários atrasados.

“Não viajei com os jogadores em greve. Viajei no domingo e essa situação não existia. Estava marcado para viajar há quatro meses. E o Náutico não vive de uma pessoa. Temos dois vices e quero dar os parabéns a eles por toda condução dos trabalhos. Não só eles, como toda a diretoria. Estão de parabéns pelo suporte que deram”, explicou o presidente.

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De acordo com Glauber Vasconcelos, mesmo em viagem, ele acompanhou tudo o que se passou no clube. “Não existe mais distância. Conversei com os vices de manhã, tarde e até de madrugada. Vivenciei, discuti e tratei do assunto todo dia”, completou o mandatário.

 

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