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O FBI encurralou nesta quarta-feira (10) à noite os últimos quatro manifestantes antigovernamentais que ocupam desde o início do ano um parque natural do Oregon, na região noroeste dos Estados Unidos. A polícia negocia a rendição dos ocupantes, o que, segundo a imprensa, pode acontecer nesta quinta-feira (11).

Quase 30 pessoas lideradas pelo fazendeiro Ammon Bundy ocuparam o parque nacional Malheur em 2 de janeiro para protestar contra as políticas de administração das áreas federais. Os manifestantes afirmam que as novas leis de proteção ao ecossistema prejudicam sua profissão, ao mesmo tempo que alegam ter o direito inalienável para que seus animais pastem nos terrenos do Estado.

A ocupação teve uma mudança inesperada há algumas semanas, quando o porta-voz do movimento, Robert "LaVoy" Finicum, foi morto depois de desafiar a polícia estadual. Bundy, que foi detido no fim de janeiro ao lado de outros ocupantes, pediu em várias ocasiões a rendição dos quatro manifestantes.

A deputada republicana do Congresso do estado vizinho de Nevada Michele Fiore tenta negociar com os ocupantes para evitar um banho de sangue. "Preciso que permaneçam vivos", afirmou aos ocupantes em uma ligação transmitida ao vivo pela internet.

Um delator disse ao FBI que o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, recebeu por uma década propinas em contas bancárias na Suíça e que até mesmo gerentes de alto escalão de bancos suíços chegaram a operar transferências para ele. Documentos oficiais do FBI obtidos pelo jornal O Estado de S.Paulo revelam que Teixeira teria passado mais de uma década recebendo propinas em contas em Zurique, a mesma cidade da sede da Fifa e para onde o dirigente viajava com frequência para reuniões da entidade.

No documento, o nome do delator não é publicado e é citado apenas como "CW1", siga em inglês para "Cooperating Witness" (testemunha que está cooperando). Mas as informações apontam que ele estaria envolvido com uma empresa de marketing com sede na América do Sul e filial nos Estados Unidos.

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Segundo o FBI, Teixeira foi identificado por um magistrado do Cantão de Zug, na Suíça, por "ter recebido mais de 20 milhões de francos suíços (US$ 20 milhões) em contas das quais ele era o único beneficiário em propinas da ISL entre 1992 e 2000, em violações ao Código Penal Suíço". A ISL era a empresa de marketing que, em 2001, quebrou e levou a Fifa a uma crise profunda.

Para os norte-americanos, Teixeira caminhava para ser o "próximo presidente da Fifa", ao "alavancar" sua posição de poder dentro da CBF e da entidade em Zurique. E o escândalo da ISL não seria o único que renderia recursos ao brasileiro. "Acredita-se que Teixeira tenha recebido milhões de dólares durante aproximadamente o mesmo período (1992 e 2000) e continuou a receber depois disso, da parte do CW 1 e de outros", apontou o informe do FBI.

"CW1 declarou que Teixeira tinha uma conta no UBS de Zurique e ele faria pagamentos de propinas e subornos de uma conta numerada de CW 1 diretamente para a conta UBS por meio de transferências internas", disse o informe.

Segundo a delação, um banqueiro suíço também fazia parte do esquema. Urs Meier, do UBS, realizava viagens para a América do Sul para se encontrar com cliente. O delator conta que instruiu Meier a fazer as transferências diretas para as contas de Teixeira. "Tais transferências possivelmente ocorreram entre o começo dos anos de 1990 e 2000 e possivelmente além dessa data também", revelou o documento.

Em dezembro, o jornal O Estado de S.Paulo já havia revelado que o FBI havia identificado contas controladas por Teixeira em pelo menos três bancos: o UBS, o Banca del Gottardo e o BSI, comprado este ano pelo banco brasileiro BTG Pactual.

LARANJA - Em duas destas contas, um total de US$ 800 mil foram transferidos de contas nos Estados Unidos para a Suíça, envolvendo a Somerton, empresa controlada pelo também brasileiro José Margulies (conhecido como José Lázaro e que também foi indiciado pelo FBI). Ele é suspeito de agir como testa de ferro para o empresário J.Hawilla e realizar os pagamentos de propinas para dirigentes do futebol mundial. A empresa de fachada de Hawilla, portanto, também teria abastecido as contas suíças de Teixeira.

A suspeita do FBI é de que Teixeira usaria um nome de fachada para não ter sua identidade revelada. Mas aparecia como beneficiário das contas. O "laranja" seria Willy Kraus, dono da Kraus Corretora de Câmbio, no centro do Rio.

Em uma das transações suspeitas, o FBI registrou como a empresa Blue Marina, com contas nos Estados Unidos, pediu para transferir seus ativos para a Suíça. No dia 25 de setembro de 2008, a conta em território norte-americano foi fechada e o dinheiro enviado a uma conta de Kraus na Banca del Gottardo. O valor transferido era de US$ 478,2 mil.

Outro nome registrado pelos norte-americanos é o da sociedade Summerton, usada também pelo dirigente. Para o FBI, Teixeira mantinha o "efetivo controle" sobre essas contas. Agora, no novo documento do FBI, os investigadores apontam que acreditam que Kraus "permitia que Teixeira usasse suas contas como forma de esconder sua verdadeira fonte".

A Procuradoria Geral da Suíça repassou às autoridades norte-americanas detalhes sobre contas bancárias controladas por Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. No total, os suíços anunciaram que enviaram dados sobre 50 contas em dez diferentes bancos. A Suíça ainda bloqueou US$ 80 milhões em 13 contas pertencentes a diversos cartolas atendendo a um pedido dos Estados Unidos. O valor do dinheiro bloqueado em nome do brasileiro não foi revelado.

A iniciativa faz parte da cooperação entre Berna e Nova York na operação sobre a corrupção na Fifa. Parte das contas envolvia ainda Nicolas Leoz, ex-presidente da Conmebol.

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No início de dezembro, a reportagem do Estado de S. Paulo revelou com exclusividade que o FBI suspeitava de contas na Suíça que tinham como beneficiário o ex-dirigente brasileiro, indiciado nos Estados Unidos por propinas relativas aos acordos entre a CBF e a Nike, além de dinheiro pago por conta da Copa do Brasil.

Segundo documentos obtidos pela reportagem, o FBI identificou contas controladas por Teixeira em pelo menos três bancos: o UBS, o Banca del Gottardo e o BSI, comprado neste ano pelo brasileiro BTG Pactual. Em apenas duas dessas contas, um total de US$ 800 mil foram transferidos de contas nos Estados Unidos para a Suíça, envolvendo a Somerton, empresa controlada pelo também brasileiro José Margulies. Ele é suspeito de agir como "testa de ferro" para o empresário J. Hawilla e realizar os pagamentos de propinas para dirigentes do futebol mundial. A empresa de fachada de Hawilla, portanto, também teria abastecido as contas suíças de Teixeira.

A suspeita do FBI é de que Teixeira usaria um nome de fachada para não ter sua identidade revelada. Mas aparecia como beneficiário das contas. O "laranja" seria Willy Kraus, dono da Kraus Corretora de Câmbio, no centro do Rio.

Em uma das transações suspeitas, o FBI registrou como a empresa Blue Marina, com contas nos Estados Unidos, pediu para transferir seus ativos para a Suíça. No dia 25 de setembro de 2008, a conta em território americano foi fechado e o dinheiro enviado a uma conta de Kraus, na Banca del Gottardo. O valor transferido era de US$ 478,2 mil. Outro nome registrado pelos americanos era a da sociedade Summerton, usada também pelo dirigente. Para o FBI, Teixeira mantinha o "efetivo controle" sobre essas contas.

A Universidade de Chicago cancelou as aulas nesta segunda-feira no campus Hyde Park por ameaças anônimas de tiroteio. A unidade antiterrorista do FBI informou no domingo à universidade que "um indivíduo anônimo publicou uma ameaça online de tiroteio contra a Universidade de Chicago" nesta segunda-feira às 10H00, informou o centro de ensino em um comunicado assinado por seu reitor, Robert Zimmer.

"De acordo com a análise do FBI sobre a ameaça e os recentes eventos trágicos em outros campi ao redor do país, decidimos pela precaução e cancelamos todas as aulas e atividades no campus Hyde Park até a meia-noite de segunda-feira", afirma a nota oficial. Esta ameaça evidencia o momento dos Estados Unidos, onde as universidades são alvos frequentes de ataques armados.

Em 1º de outubro, um ataque a tiros deixou nove mortos em uma universidade do Oregon (oeste). Outros tiroteios aconteceram no dia 1º de novembro durante uma discussão na Universidade Estadual do Tennessee e em um campus na Carolina do Norte. Cada caso terminou com um morto.

A rádio italiana RAI divulgou que o FBI passou uma informação para as autoridades da Itália sobre possíveis alvos de ataques terroristas no país, incluindo a Catedral de São Pedro em Roma e a Catedral de Milão, além da casa de ópera La Scala. A Rai informou que "não há sinais diretos de ameaças concretas", em conexão com as informações recebidas.

A missa semanal do Papa Francisco ocorreu nesta quarta-feira (18) sem nenhum incidente no Vaticano, apesar de seu contigente de guarda-costas ter sido reforçado. A temporada de óperas no La Scala começa com uma estreia de gala no dia 7 de dezembro. Cerca de 700 soldados estão sendo enviados para Roma por questões de segurança. 

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O FBI quer a colaboração de José Maria Marin para chegar a Marco Polo Del Nero, Ricardo Teixeira, aos esquemas que envolveram a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e até a empresas norte-americanas suspeitas de terem pago subornos por muitos anos no futebol, como a Nike. Neste sábado faz um mês que o ex-presidente da CBF foi preso em Zurique, acusado de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro. E Marin ainda pode permanecer meses na prisão suíça.

Na sexta-feira foi revelado que a Justiça do país rejeitou um apelo de um outro cartola (o uruguaio Eugenio Figueredo) para aguardar a extradição em prisão domiciliar, fechando as portas para as esperanças dos demais dirigentes, entre eles o brasileiro. O processo de extradição para os Estados Unidos deve ser iniciado apenas na semana que vem, quando os norte-americanos repassarão aos suíços o pedido oficial para que Marin e os outros seis dirigentes detidos sejam transferidos para que sejam julgados.

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Se condenado, Marin, de 83 anos, pode pegar até 20 anos de prisão. Mas é acima de tudo com a colaboração de Marin que os norte-americanos esperam contar, inclusive para permitir que sua pena seja substancialmente reduzida ou mesmo permutada por uma prisão domiciliar e multas milionárias.

A demora pelo pedido oficial para que haja a extradição não ocorre por acaso. Os norte-americanos tinham 40 dias para formalizar o processo e devem esperar até o último minuto justamente para forçar os suspeitos a permanecer na cadeia e criar condições psicológicas para que aceitem colaborar.

No dia 3 de julho, os Estados Unidos devem apresentar o pedido de extradição. Mas um recurso não será possível imediatamente. Em primeiro lugar, os suíços precisarão de cerca de 20 dias para traduzir todos os documentos. Depois disso, um novo prazo vai ser estabelecido para que haja uma decisão por parte do Departamento de Justiça de Berna.

Neste caso, se a posição for favorável à extradição, Marin poderá apresentar seu recurso, o que significa que começaria a ser considerado apenas em setembro. A situação de Marin foi agravada pelo fato de que foi abandonado na prisão suíça, sem falar inglês ou alemão e tendo de lidar sozinho com um advogado que, nos últimos dias, resolveu tirar férias no sul da Europa.

"Todo mundo o abandonou", disse uma pessoa próxima a Marin. "Se fosse eu, contaria tudo o que sei. Mas não é muito o perfil dele, não sei se fará isso". Sua família não se pronuncia, mas vem defendendo que ele entregue todo mundo, principalmente Del Nero.

O atual presidente da CBF abandonou Zurique no dia seguinte à prisão de Marin, retirou da sede da entidade o nome do suspeito e fez questão de se afastar de seu ex-chefe. A atitude foi vista como uma traição por parte da família de Marin, já que Del Nero participou de todas as negociações com ele desde que Teixeira deixou a CBF em março de 2012.

Para fontes no FBI, a situação é "ideal" para propor uma colaboração com Marin. A meta dos Estados Unidos é chegar ao topo da estrutura de corrupção no futebol e não apenas aos cartolas presos. Mas para isso precisará contar com a ajuda de Marin e dos demais detidos.

Fontes próximas às investigações apontaram que esperam de Marin informações sobre Del Nero e Teixeira, até agora não indiciados mas sob investigação. Os norte-americanos também querem saber o que exatamente foi estabelecido no contrato entre a CBF e a Nike, uma empresa norte-americana.

Outro aspecto que os norte-americanos querem explorar é a participação de Marin como presidente do Comitê Organizador Local da Copa. O FBI quer conhecer detalhes das negociações de contratos do Mundial de 2014, principalmente envolvendo empresas americanas, e sua relação com a cúpula da Fifa. Coca-Cola, Visa, Mastercard, Nike, redes de televisão e dezenas de outros fornecedores do mundo do futebol têm sede nos Estados Unidos e a Justiça tenta identificar quem participou dessa estrutura corrupta por anos.

Enquanto a oferta de delação premiada não chega, Marin foi forçado a trocar a vida de luxo que manteve ao longo de décadas por uma prisão comum, ainda que considerada uma das mais adequadas do mundo. Isolado, ele pode receber apenas uma visita por semana. Tem uma hora de caminhada por dia e está sem telefone nem internet. A comida servida é correta. Mas sem luxo, sem variedade nem álcool.

O maior problema, segundo seus amigos, é o ânimo do cartola. "O contato é difícil. Pelo que sei, está bem de saúde. Ele foi atleta, tem saúde de ferro e não toma remédios contínuos. Mas o problema é psicológico. Tem 83 anos, está preso, sozinho. O Marin está se sentindo triste, abandonado. Pode entrar em depressão. Esse é o temor", disse um amigo.

ABANDONO - Amigos e parentes não têm escondido a revolta diante da atitude do governo de não dar assistência a Marin. "Ele é um cidadão brasileiro preso do exterior e o governo brasileiro não faz nada. Nem o Itamaraty nem o Ministério da Justiça", disse um aliado. "Ninguém faz nada. Não entro no mérito se ele é culpado ou não, isso é para a Justiça. Mas no caso do brasileiro traficante na Indonésia, o governo fez até pedido oficial para tentar defendê-lo. Pelo Marin, nada. É inacreditável".

Marin, ex-governador durante a ditadura, foi sempre desprezado pelo governo de Dilma Rousseff, presa nos anos 70 e torturada pela mesmo regime militar que colocou o cartola para comandar São Paulo. O Itamaraty tem outra versão. Segundo o consulado do Brasil em Zurique, a assistência é apenas prestada quando o cidadão a solicita. "Nada nos foi solicitado por parte do detido", declarou o consulado. "Só podemos agir quando há um pedido formal solicitando nossa colaboração".

Um jovem branco matou nove pessoas a tiros nesta quarta-feira em uma igreja da comunidade negra de Charleston, Carolina do Sul (sudeste dos Estados Unidos).

O atirador fugiu e a polícia prossegue com a busca do suspeito, um homem branco com idade por volta de 20 anos, sem barba e que vestia calças de estilo texano.

O suspeito é "muito perigoso" e permaneceu durante quase uma hora entre os fiéis que estudavam a Bíblia na igreja, antes de abrir fogo, afirmou o chefe de polícia de Charleston, Gregory Mullen, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira.

A polícia estadual pediu reforços ao FBI e à polícia da capital, Washington.

A polícia de Charleston divulgou imagens do atirador, obtidas com câmeras de segurança. O suspeito aparece abandonando a igreja em uma carro.

"Havia oito mortos dentro da igreja. Duas pessoas feridas foram levadas (ao hospital) e uma faleceu", disse o chefe da polícia de Charleston na quarta-feira à noite.

"No momento, temos nove vítimas fatais deste crime espantoso", completou.

"Acredito que foi um crime de ódio", afirmou Mullen.

Uma das vítimas fatais foi o pastor da igreja, Clementa Pinckney, também senador estadual da Carolina do Sul, segundo a imprensa local e parentes.

O ataque ocorreu por volta das 21H00 locais (22H00 de Brasília) contra a Emanuel African Methodist Episcopal Church, uma das mais antigas igrejas da comunidade negra de Charleston.

O homem abriu fogo durante uma sessão de estudos bíblicos, muito frequentes nas igrejas do sul dos Estados Unidos, tanto durante a semana como aos domingos.

Apesar da grande mobilização policial, que incluiu helicópteros, o suspeito, que a polícia considera muito perigoso, ainda não foi localizado várias horas depois do ataque.

"Vocês podem imaginar que encontramos um cenário muito caótico quando chegamos", disse o chefe de polícia.

As forças de segurança procuram o homem com a ajuda de cães farejadores para "garantir que não está na região para cometer outros crimes", completou Mullen.

- Tensão racial -

O crime representa um novo golpe para a comunidade afro-americana nos Estados Unidos, que nos últimos meses foi vítima de crimes aparentemente motivados por racismo, em particular homicídios cometidos por policiais brancos contra homens negros desarmados.

Este foi o caso de Ferguson em 2014 e o de Baltimore há algumas semanas, além de vários crimes similares ao cometido em Charleston que provocaram uma grande tensão racial no país.

Após o tiroteio em Charleston, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, fez um apelo aos moradores.

"Minha família e eu oramos pelas vítimas e pelos parentes afetados pela tragédia sem sentido desta noite" na igreja, disse a governadora.

"Enquanto ainda ignoramos os detalhes, sabemos que jamais entenderemos o que motiva uma pessoa a entrar em um dos nossos locais de oração e tirar a vida de outros".

Jeb Bush, pré-candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, que deve participar de um comício em Charlotte, na Carolina do Norte, escreveu no Twitter que "nossos pensamentos e orações estão com os indivíduos e famílias afetadas pelos trágicos fatos de Charleston".

A pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou na quarta-feira de um ato eleitoral na cidade, escreveu no Twitter: "Notícias terríveis de Charleston. Meus pensamentos e minhas orações estão com vocês".

Mike Huckabee, outro republicano que sonha com a candidatura à Casa Branca, também expressou pêsames.

As emissoras de TV da região chegaram a anunciar a detenção do suspeito e mostraram imagens de um homem parecido com a descrição da polícia, mas as autoridades informaram pouco depois que ainda procuravam o autor do crime.

O FBI identificou depósitos vindos de empresas do Golfo Pérsico nas contas de Ricardo Teixeira em Mônaco, num indício que levou os investigadores norte-americanos a suspeitarem que o brasileiro recebeu dinheiro por votar pelo Catar para sediar a Copa de 2022.

Na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou com exclusividade que a empresa que organizava os amistosos da seleção brasileira entre 2006 e 2012, a Kentaro, foi alvo de uma ação da Justiça suíça. Os empresários foram questionados sobre a realização de um amistoso entre Brasil e Argentina no Catar, em novembro de 2010.

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A Kentaro não está sendo processada. Mas a suspeita é de que o jogo foi usado pelos empresários do Catar e pelos organizadores da campanha de 2022 como a forma de pagamento da propina, tanto a Teixeira como ao então presidente da Associação Argentina de Futebol, Julio Grondona. Alguns dias depois, ambos votariam pelo Catar para sediar a Copa.

Agora, uma conta foi identificada em nome de Teixeira em Mônaco e já estaria bloqueada. Ao levantar os depósitos feitos na conta, os investigadores norte-americanos e suíços descobriram diversas transferências vindas de contas no Golfo.

Numa investigação interna, a Fifa disse que não encontrou indícios de que o jogo foi usado para o pagamento de propinas. Mas as investigações da Justiça da Suíça e dos Estados Unidos apontam que as empresas que fizeram os pagamentos são as mesmas que hoje estão construindo os locais que receberão os jogos da Copa de 2022.

Essa não é a primeira vez que a conta de Mônaco é mencionada. Durante a Copa de 2014, um site francês dedicado ao jornalismo investigativo, Mediapart, revelou uma gravação em que banqueiros falam sobre Teixeira e sua conta com 30 milhões de euros no principado.

O banco usado seria o Pache, uma filial do grupo Credit Mutuel. O caso estaria sendo investigado pelas autoridades monegascas por lavagem de dinheiro, num processo conduzido pelo juiz Pierre Kuentz. Em gravações realizadas pela Justiça e obtidas pelo jornal francês, o nome de Teixeira é citado pelo diretor do banco, Jürg Schmid.

"Nós, no banco Pasche, temos uma situação em que devemos provavelmente aceitar clientes que outros bancos certamente não aceitariam", disse. Ele explicaria de forma mais precisa sua declaração. "Eu tenho um, o grande brasileiro", afirmou.

"Eu sei muito bem que nenhum outro banco de Mônaco queria abrir uma conta dele", disse. "Agora, ninguém o quer porque se trata verdadeiramente de uma fria", estimou. "Mas nós fizemos tudo, já que temos a declaração de imposto e a declaração dos tribunais que dizem que ele não foi condenado", declarou. "Evidentemente, ele é conhecido, mundialmente conhecido", afirmou. "Portanto, existe um risco de reputação".

O banqueiro chegou a dar explicações sobre a origem do dinheiro. "Sabemos que ele recebeu dinheiro em troca de favores, mas não são políticos", disse. "Decidimos juntos que nós o receberíamos porque ele nos traz 30 milhões e isso não é pouco", declarou Schmid.

Teixeira teria passado pelo principado em janeiro, fevereiro, abril e maio de 2014, sempre ficando pelo menos dois ou três dias. O cartola se hospedava no luxuoso hotel Metropole. Isso não seria por acaso: o hotel fica a poucos metros do banco.

A Justiça norte-americana está disposta a oferecer a José Maria Marin um acordo de delação premiada se ele for extraditado para os Estados Unidos, o que poderia causar um terremoto no futebol brasileiro. Fontes ligadas ao processo confirmaram que a proposta deve ser feita considerando que Marin, de 83 anos, pode se interessar por um acordo para reduzir uma eventual pena de 20 anos de prisão.

Marin foi presidente da CBF e também do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, responsável por todos os contratos do Mundial. No Departamento de Justiça dos Estados Unidos ele é apontado como um dos que pediram subornos para conceder acordos comerciais. Mas ligados a ele em partes do processo ainda guardadas sob sigilo estão outros dirigentes brasileiros, sul-americanos e da Fifa.

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Em Zurique, advogados já se preparam para esta opção. Com 83 anos, Marin poderia pegar até 20 anos de prisão nos Estados Unidos. Mas uma delação premiada reduziria de forma significativa esse tempo de detenção. Os norte-americanos pediriam a ele mais informações sobre contratos comerciais e, em especial, sobre o envolvimento de outros dirigentes.

A Agência Estado revelou na semana passada que a Justiça norte-americana tenta colher informações sobre as relações entre Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, e Ricardo Teixeira, a partir de 2007 - quando o Brasil começou a se preparar para a Copa do Mundo de 2014.

Deixado em Zurique pela CBF, Marin chegou a se queixar de ter sido o único preso entre os brasileiros. Marco Polo Del Nero já tentou se afastar do caso, alegando que não tinha papel na gestão de Marin. Mas e-mails de empresários revelam que Del Nero era considerado "o homem forte" na CBF desde a renúncia de Ricardo Teixeira, em março de 2012.

O uruguaio Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol e que substituiu o argentino Julio Grondona no Comitê Executivo da Fifa, também deve receber proposta para fazer um acordo de delação premiada com a Justiça norte-americana. Assim como Marin, ele tem 83 anos.

Não por acaso, foi a Conmebol que rapidamente saiu em busca de um advogado em Zurique para os dirigentes. O responsável por esta busca foi seu diretor legal, Gorki Villar, filho do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Angel Maria Villar - que é apontado nos informes internos da Fifa como não tendo colaborado nas investigações sobre a designação da Copa de 2018.

Na Fifa, o clima é de tensão não apenas por conta da crise, mas diante do risco de que novas revelações sejam feitas pelas pessoas detidas. "Há um clima de traição", contou um alto funcionário da entidade.

Segundo o New York Times, o FBI tem esperança de que os cartolas que forem extraditados para os Estados Unidos colaborem com outras investigações que poderiam conduzir a Justiça até Joseph Blatter, presidente da Fifa.

Os contratos da Copa do Mundo de 2014 entre a Fifa e parceiros comerciais e fornecedores serão examinados pela Justiça norte-americana. O foco da investigação é a relação entre Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa (COL). Ambos estão na lista do FBI de suspeitos de crimes financeiros e envolvimento em fraude relacionado com o futebol.

Agora, os investigadores fazem um pente fino na relação entre os dois e querem saber se houve algum tipo de troca de favores ou irregularidades nos contratos que ambos assinaram por mais de cinco anos atuando juntos para preparar o Mundial no Brasil. Oficialmente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos se recusa a comentar o caso. Mas fontes próximas ao processo confirmam com exclusividade que a relação entre Teixeira e Valcke será "examinada".

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No total, a Copa do Mundo no Brasil envolveu mais de mil contratos diferentes, ainda que muitos sejam com governos. No início do ano, a empresa alemã Bilfiger admitiu que encontrou suspeitas de que seus diretores pagaram US$ 1 milhão em propinas para um dos contratos com o centro de controle e segurança da Copa. À reportagem, o porta-voz da empresa explicou nesta quarta-feira que todas as evidências já foram repassadas ao Ministério Público no Brasil.

Valcke, que também é investigado por outro pagamento relativo à Copa do Mundo de 2010 e avaliado em US$ 10 milhões, havia sido afastado da Fifa e voltou para a entidade em 2007, justamente quando o Brasil iniciou sua preparação ao Mundial. Nesta quarta-feira, ele garantiu que é inocente no que se refere ao pagamento dos US$ 10 milhões e que, portanto, não via motivos para renunciar. "Não há nada contra mim", disse a uma rádio francesa. Valcke indicou que fica até o final do mandato de Blatter.

Meses antes de assumir seu cargo, Valcke prestou consultoria para a CBF, preparando os documentos de candidatura do Brasil. A reportagem apurou que, neste período, ele também manteve seu salário na Fifa. Seu filho, Sebastien Valcke, chegou a trabalhar na Copa de 2014 e, hoje, é consultor de marketing da CBF.

Valcke criou uma relação de amizade com Ricardo Teixeira e os dois passaram a agir juntos em diversos pontos da preparação. No total, a Fifa destinou US$ 453 milhões para o COL da Copa, presidido por Teixeira. Mais de mil contratos foram assinados com esses recursos, além de verbas também da própria Fifa.

Oficialmente, o balanço financeiro da Fifa aponta que US$ 102 milhões foram usados para salários, mais US$ 64 milhões para transporte, US$ 48 milhões no aluguel de escritórios e burocracia, US$ 17 milhões para serviços médicos e US$ 45 milhões para segurança. Outros US$ 50 milhões foram usados para marketing e comunicação. No total, a Fifa gastou US$ 2,2 bilhões na Copa. Mas, desse total, um valor superior a US$ 500 milhões foi destinado às 32 seleções.

O que os norte-americanos querem saber é se os dois suspeitos também mantiveram relações privilegiadas durante a Copa. O interesse ainda está relacionado com o fato de que Ricardo Teixeira se mudou para os Estados Unidos em 2012 e diante da constatação de que uma série de empresas patrocinadoras do Mundial tem suas sedes em cidades norte-americanas.

VOTOS - A reportagem apurou que o nome de Ricardo Teixeira também faz parte dos documentos que a Fifa entregou para o Ministério Público da Suíça em novembro, relativos à suspeitas de compra de votos para as Copas de 2018 e 2022. Teixeira não cooperou com a investigação interna da Fifa. Mas ainda assim o autor do informe interno, Michael Garcia, fez um levantamento que aponta indícios de irregularidades envolvendo o Brasil.

A Fifa optou por abafar o caso. Mas o processo agora está nas mãos da Justiça suíça, que nos últimos dias tem interrogado uma série de dirigentes e testemunhas.

Um homem que era vigiado por suposto terrorismo foi morto nesta terça-feira por um agente do FBI em Boston (nordeste), depois de enfrentar as forças de segurança com uma faca de "estilo militar", indicou o chefe da polícia local.

O indivíduo, cuja identidade não foi revelada, negou-se a acatar a ordem de largar sua arma feita por membros da Força Conjunta de Trabalhos contra o Terrorismo na porta de uma farmácia da cidade, informou o delegado William Evans em uma coletiva de imprensa.

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"Os oficiais estiveram vigiando-o e queriam falar com ele. Ele se virou e nossos oficiais ordenaram várias vezes que ele abaixasse a arma. Infelizmente avançou contra eles e os oficiais fizeram o que estão treinados para fazer", declarou Evans.

Segundo o jornal Boston Globe, que cita um porta-voz policial, o homem tinha entre 20 e 30 anos e traços de uma pessoa do Oriente Médio.

As autoridades vasculhavam um apartamento próximo ao local dos incidentes como parte da investigação, de acordo com a mesma fonte.

Dirigentes da Fifa e da empresa de marketing esportivo Traffic usaram dois bancos brasileiros, Itaú Unibanco e Banco do Brasil, para fazer transferências de recursos para o pagamento de propinas, de acordo com o processo aberto na Justiça dos Estados Unidos, baseado em investigações do FBI, sobre a corrupção no futebol mundial. As instituições financeiras mencionadas no documento, que inclui ainda os estrangeiros JPMorgan, Citigroup, Bank of America, HSBC e UBS, serão investigadas, de acordo com autoridades do judiciário norte-americano.

No processo, aberto no dia 20 de maio na Corte do Brooklyn, mas revelado publicamente quarta-feira, são citadas 16 transações feitas por meio do Banco do Brasil - todas elas passaram por seu correspondente bancário em Nova York e agência no Paraguai. São mencionadas ainda outras quatro operações no Itaú, em contas em Miami e Nova York.

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No Itaú, uma das transações descritas teve origem no Brasil, envolvendo executivos da Traffic. Em 26 de maio de 2011, US$ 150 mil foram transferidos de uma conta no País para outra do banco em Miami. Os nomes dos clientes, tanto da conta brasileira como nos EUA, são mantidos em sigilo. A transação foi um pagamento de propina feito a Julio Rocha, membro da Fifa e detido na Suíça, de acordo com o texto.

Do Banco do Brasil, uma das transações citadas foi uma transferência de US$ 2 milhões de uma conta da Traffic no Delta National Bank, em Miami, para uma conta de um correspondente bancário do BB em Nova York. De lá, o dinheiro foi transferido para uma conta da Conmebol na agência do BB em Assunção, no Paraguai. Esse dinheiro, segundo o processo, era para pagamento de propina para a Traffic garantir contratos de marketing na Copa América. Ao todo, US$ 62 milhões passaram por contas do BB em Assunção e nos EUA, desde 2004. O recebedor dos recursos sempre foi a Conmebol.

SEM COMENTÁRIOS - Como são protegidos por sigilo, os bancos não comentam informações de clientes. O BB informou à reportagem que não recebeu qualquer notificação referente às investigações. Em relação a fatos citados em relatório, a instituição afirma que todos os procedimentos atribuídos ao banco foram legais e amparados pelas boas práticas bancárias. "O Banco do Brasil reafirma que cumpre integralmente a legislação em vigor e adota controles rigorosos de prevenção e combate à lavagem de dinheiro."

O Itaú, que além de ser citado no relatório do FBI é patrocinador da CBF e banco oficial da seleção brasileira, informou, em nota, que está acompanhando as notícias sobre as investigações. "O banco reforça que preza pela total transparência e ética, valores que sempre busca nos relacionamentos com todos os seus fornecedores e parceiros", destacou a instituição. Procurado, o Delta não respondeu à reportagem.

Os bancos no Brasil são obrigados, por lei, a informarem ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) qualquer operação suspeita. De 2011 a 2014, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o número de comunicações de operações atípicas ou suspeitas feitas por bancos brasileiros aumentou 54,3%, para 57.455. O índice das comunicações que viraram investigações foi de 16%.

Em entrevista a jornalistas esta semana, Murilo Portugal, presidente da Febraban, explicou que a forma com que cada banco age em relação a uma operação suspeita é individual. Discute-se, inclusive, qual o caminho ideal: cortar relações com o correntista, desligando-o do sistema, ou manter o contato para permitir uma apuração mais aprofundada de suas ações, podendo colocar em risco sua imagem.

ESTRANGEIROS - Além dos brasileiros, o processo cita ainda que os pagamentos de propinas e extorsões passaram por grandes bancos internacionais: JPMorgan, Citigroup, Bank of America, HSBC e UBS. Procuradas, as cinco instituições informaram que não irão comentar o assunto. A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, afirmou em entrevista coletiva que uma das razões que levaram o país a investigar a corrupção no futebol foi porque parte do dinheiro passou pelo país, via bancos ou empresas de remessas de recursos. Porém, ela preferiu não falar os nomes das instituições envolvidas.

Os bancos citados serão investigados, de acordo com o procurador de Nova York, Kelly Currie, principalmente para verificar se estavam cientes de que o dinheiro que passava por suas contas era para o pagamento de propinas e outras irregularidades. "Ainda é cedo para dizer se houve um comportamento problemático (dos bancos), mas será parte de nossas investigações", disse, em entrevista coletiva.

Procurados, o Banco Central e a Febraban não comentaram. O COAF explicou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comenta casos específicos por questões de sigilo.

Pernambuco agora conta com uma nova tecnologia implantada no Laboratório de DNA da Secretaria de Defesa Social (SDS). O software capaz de comparar vestígios com amostras genéticas de um possível suspeito está em operação desde março deste ano e é o mesmo utilizado pelo FBI e por outros 27 países.

Através do programa, é possível coletar amostras biológicas de condenados por crimes hediondos no Brasil e armazena-las em um banco de dados. Quando ocorre um delito, o perito pode confrontar materiais colhidos no local com os perfis genéticos existentes no sistema. Atualmente, 19 estados brasileiros já possuem esse tipo de laboratório.

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Em Pernambuco, as primeiras coletas de perfis genéticos foram feitas na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os próximos trabalhos deverão ocorrer nos presídios do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste da capital do Estado.

“Fizemos a coleta de 800 perfis, mas só 270 foram colocadas no banco. Nossa previsão é até o final do primeiro semestre deste ano adicionarmos o restante do material”, explicou o gestor do Laboratório de Perícia e Pesquisa Genética Forense da SDS, Carlos Souza. Ainda conforme o gestor, a ferramenta é utilizada principalmente quando não há suspeito para o crime.

Para a gerente geral de Polícia Científica da SDS, Sandra Santos, a tecnologia vai facilitar na identificação de criminosos violentos, como homicidas e estupradores. “É uma forma de evitar crimes. O banco de dados favorece a agilização no processo investigativo. Com ele é possível, antes do delegado imaginar um suspeito, ele já pode ser detectado no programa”.

Caso solucionado

Segundo Sandra Santos, no Brasil ainda não existem números significativos de casos solucionados através do banco de dados, por conta do atual número de perfis genéticos cadastrados. Mas em países que já utilizam o recurso a mais tempo, já foi possível resolver crimes ocorridos há 10 ou 20 anos.

Em Minas Gerais, o programa ajudou a solucionar o caso conhecido como “maníaco de Contagem”. Marcos Antunes Trigueiro é acusado de matar cinco mulheres entre 2009 e 2010. “Na primeira vítima o laboratório detectou o perfil genético do agressor. Ele fez mais cinco vítimas, porque não tinha banco de dados. Quando a polícia encontrou esse criminoso, descobrimos que ele era um foragido e deveria estar no banco de dados”, afirmou.

Já em Pernambuco, conforme Carlos Souza, três casos em fase de investigação estão sendo auxiliados pelo banco de perfis genéticos.

Como funciona?

Nos presídios, técnicos fazem a coleta da mucosa bucal dos condenados por crimes hediondos. O material é extraído e amplificado. Obtido o perfil genético ele é inserido no banco de dados. Durante a investigação do crime, os vestígios colhidos no local são confrontados nesse banco, sendo possível detectar um suspeito.

O FBI (a Polícia Federal americana) foi chamado para colaborar na investigação sobre o descarrilamento de um trem na Filadélfia, ocorrido na última terça-feira, 12 de maio, para determinar se algum objeto pode ter sido o causador do acidente.

O balanço mais atualizado de vítimas é de oito mortos e mais de 200 feridos. A agência federal americana responsável pela segurança no setor de transportes (NTSB, em inglês) determinou que o trem corria a uma velocidade duas vezes maior do que a permitida no trecho do acidente.

Segundo Robert Sumwalt, da NTSB, em entrevista coletiva na sexta-feira, uma controladora declarou ter ouvido o condutor dizer que a composição havia sido atingida por uma pedra, ou por uma bala, antes do acidente. Os investigadores já solicitaram "ajuda técnica" para examinar a parte dianteira do trem, que teria sido "atacada".

Sumwalt afirmou que o possível objeto seria de "forma circular" e teria alcançado a parte esquerda do para-brisas. O funcionário ressaltou, porém, que o impacto não foi confirmado e ainda não há nenhuma conclusão sobre isso.

O condutor do trem 188 da companhia ferroviária pública Amtrak, foi identificado pela imprensa americana como Brandon Bostian, um nova-iorquino de 32 anos. Ele está "cooperando" com os investigadores, mas diz não ter "qualquer lembrança" dos minutos anteriores ao descarrilamento. De acordo com a imprensa local, outro trem teria sido atingido por um objeto redondo no mesmo setor.

O FBI (a Polícia Federal americana) identificou nesta terça-feira o homem morto ontem, após uma aparente tentativa de entrar com um veículo no QG da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), em Fort Meade, perto de Washington.

Ricky Shawatza Hall, de 27 anos, morreu no tiroteio deflagrado quando, ignorando as ordens dos guardas, tentou invadir a sede da NSA, acompanhado de um outro homem em um veículo 4x4. Ainda não identificado, o outro ocupante do veículo ficou ferido e foi hospitalizado, informou o FBI. Um policial também ficou ferido.

Os dois homens estavam vestidos de mulher, mas, segundo o FBI, não se disfarçaram para enganar as autoridades. Alguns veículos da imprensa americana levantaram a hipótese de que a dupla errou a vida de saída que leva à entrada da NSA. Os dois teriam se negado a parar, porque teriam drogas no carro.

De acordo com a Polícia local, o veículo envolvido havia sido denunciado como roubado pelo proprietário, um homem na faixa dos 60 anos, nessa mesma manhã.

O dono do carro relatou que se encontrou com a dupla na cidade próxima de Baltimore (Maryland). Depois disso, os três seguiram para um hotel perto da Agência, em Elkridge, onde alugaram um quarto por volta das 7h30 (10h30 em Brasília) de segunda. Uma hora mais tarde, os dois homens deixaram o local, pegaram o carro e tomaram a direção da sede da NSA, completou a Polícia.

O FBI iniciou uma investigação sobre uma série de ataques contra sites americanos nos quais apareceram frases e imagens enaltecendo o grupo Estado Islâmico (EI), informou nesta segunda-feira (9) a NBC News.

Os alvos destes ataques, que vão de um site dedicado às corridas automobilísticas em Ohio ao de um centro de caridade no Missouri e de uma igreja no Canadá, foram alterados com o surgimento da imagem da bandeira preta do grupo radical islamita. Ações similares foram reportadas nos estados de Montana, Nova York, Massachusetts e Minnesota.

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O FBI, que está ciente dos incidentes, declarou ter contactado as entidades afetadas. Segundo um especialista em temas de segurança citado pela rede NBC, é pouco provável que estes atos de hackers tenham conexão real com o grupo EI.

No domingo (8) estes ataques foram transferidos à Europa com a ação contra o site do centro de luta contra o estupro de Dublin. A frase "Hackeado pelo Estado Islâmico (EI). Estamos por toda parte", acompanhada de uma música associada ao grupo, apareceu na página desta associação.

O governo dos Estados Unidos, assim como outros governos ocidentais, anunciaram sua determinação em criar controles para detectar melhor as atividades de recrutamento e difusão da organização jihadista na internet e nas redes sociais.

O FBI e o departamento de Segurança Interna convocaram na quinta-feira (5) diferentes forças policiais dos Estados Unidos a ficar especialmente vigilantes diante das tentativas de recrutamento de jovens ocidentais por parte do EI, após a detenção de um jovem de 17 anos na Virginia (leste dos Estados Unidos).

O presidente da Assembleia do Estado de Nova York, Sheldon Silver, foi preso hoje sob a acusação usar o seu cargo e sua influência para participar de um esquema de corrupção, afirmaram autoridades.

O deputado democrata, que é presidente da casa desde 1994, se entregou a agentes do FBI na manhã desta quinta-feira, em Manhattan. De acordo com o promotor de Manhattan, Preet Bharara, Silver amealhou "uma tremenda fortuna pessoal" através de extorsões de indivíduos e entidades ao longo dos anos

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Em um dos casos, ele recebeu US$ 6 milhões de escritórios de advocacia, dos quais US# 3 milhões vieram da firma Weitz & Luxenberg, onde ele consta como empregado como "conselheiro".

O promotor afirmou que pediu o bloqueio de oito contas do democrata, que contém juntas US$ 4 milhões.

"Por muitos anos, os cidadãos de Nova York se perguntaram como Silver, um dos homens mais poderosos de Nova York, conseguiu juntar milhões de dólares sem comprometer profundamente sua capacidade de servir honestamente a cidade", disse Bharara. "Nós temos a resposta. Ele não conseguiu." Fonte: Dow Jones Newswires.

As defesas aéreas americana e canadense foram colocadas em estado de alerta, de forma a responder rapidamente a qualquer incidente aéreo que possa estar relacionado com o tiroteio desta quarta-feira (22) na sede do parlamento do Canadá, em Ottawa.

O capitão Jeff Davis, porta-voz do North American Aerospace Defense Command, agência responsável pela defesa do espaço aéreo dos dois países, esclareceu que até ao momento “não teve conhecimento de qualquer ameaça em relação ao espaço aéreo”.

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A polícia federal norte-americana (FBI) decidiu aumentar o nível de alerta de todas as suas unidades, informou a estação de televisão norte-americana CNN. O canal acrescentou que o FBI está trabalhando em parceria com as agências de segurança canadenses.

Um ou vários homens armados entraram na sede do parlamento canadense, em Ottawa, e abriram fogo. A polícia matou um atirador e está à procura de outros dois indivíduos. Um soldado canadense, que fazia sentinela no memorial da guerra (junto do parlamento) foi atingido por tiros e morreu.

A Polícia Federal (PF) e o FBI estão investigando no Brasil a chamada “Gangue do Boleto”, quadrilha que está aplicando golpe usando computadores instalados nos Estados Unidos. De acordo com a PF, só de fevereiro a maio deste ano o grupo já conseguiu fraudar 496 mil boletos no Brasil, sendo a maior parte com valores de R$ 1,5 mil, além de infectar 192 mil computadores e causar o prejuízo de R$ 8,6 bilhões. A investigação corre em sigilo, mas já foram identificadas pelo menos 34 instituições bancárias atingidas em ao menos três países. No Brasil, a região mais afetada pelo golpe é a sudeste.

O modus operandi da quadrilha consiste em invadir os computadores através do vírus “Bolware”, enviado por email com mensagens de cobranças, intimações policiais, atualizações de bancos, irregularidades na inscrição do Enem, plano de saúde, da Receita Federal e da Justiça Eleitoral.  Quando um código de boleto é digitado ou identificado em um computador infectado, a quadrilha intercepta o pagamento, desviando para outra conta. 

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Segundo a PF, a “Gangue do Boleto” tem duas formas de aplicar o golpe. Na primeira situação, o esquema é feito no pagamento de boletos. O vírus consegue mudar o código de pagamento que identifica a conta corrente do cliente. O internauta não percebe o truque pois o vírus esconde o código alterado até o momento da confirmação do pagamento. O segundo modo acontece com compras on-line com boletos gerados pelas próprias lojas. Antes do documento aparecer na tela do cliente, é interceptado, adulterado e reenviado pelos criminosos. Há 19 modalidades diferentes de vírus voltados para esta prática.

Além de ter um bom antivírus sempre atualizado, a PF alerta para que os internautas não abram emails de órgãos como Receita Federal e Justiça Eleitoral, pois estes não enviam cobranças ou comunicados por email.  Para se proteger do segundo modo de atuação da quadrilha, a recomendação é que o cliente confira com a loja o código de barras antes de realizar o pagamento ou conferir se o código do banco foi alterado junto com a linha digitável, além de verificar se o código de barras possui espaços em branco. 

Boletos – Atualmente, 4,5% do volume de pagamentos e 3% do total de fraudes em 2013 são com boletos, segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Os boletos são a segunda forma de pagamento mais usada no Brasil, atrás apenas dos cartões de crédito. Ainda segundo a PF, 14% dos brasileiros afirmam que já caíram em uma fraude como essa. O crime cibernético já é o terceiro que mais causa prejuízo no mundo (US$ 445 bilhões somente em 2013), ficando atrás do narcotráfico e da falsificação de marcas de propriedade intelectual. 

O FBI (polícia federal dos EUA) investiga uma possível invasão dos computadores do banco JPMorgan Chase por hackers. Uma fonte citada pela Dow Jones disse que houve uma violação significativa da segurança dos computadores do banco; não há informes sobre a extensão da invasão.

"Infelizmente, companhias do nosso tamanho experimentam ataques cibernéticos quase todo dia. Temos camadas múltiplas de defesa para conter quaisquer ameaças e estamos constantemente monitorando os níveis de fraude", disse a porta-voZ do JPMorgan, Trish Wexler. Fonte: Dow Jones Newswires.

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