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Fernando Meirelles, diretor de Dois Papas, filme que estreou no catálogo da Netflix nesta quinta-feira (5), rasgou o verbo sobre a situação atual da política brasileira. Entrevistado pelo site americano Deadline, Meirelles criticou as atitudes do presidente Jair Bolsonaro.

"Nós temos um presidente no Brasil que é um tremendo idiota", disse. Em seguida, o cineasta afirmou: "Famílias estão se separando por causa desse cara. Isso é realmente estúpido, e ninguém fala com o outro. Então, a tolerância se torna algo realmente raro no meu país".

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Além de ter trabalhado com os atores Anthony Hopkins e Jonathan Pryce em seu novo projeto cinematográfico, Fernando Meirelles coleciona no currículo sucessos como Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel, Ensaio Sobre a Cegueira, Menino Maluquinho 2 - A Aventura, entre outros.

Cada história tem um herói e um vilão, e o brasileiro Fernando Meirelles tinha isso em mente quando decidiu fazer um filme sobre os papas Francisco e Bento XVI, pelo menos no início.

Pela primeira vez em sete séculos, a Igreja Católica tem dois pontífices vivos e, em "Dois Papas", Meirelles traz à tela debates imaginários entre o clérigo alemão rigoroso e conservador e seu sucessor argentino mais progressista.

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"No começo do filme, Bento para mim era o 'papa mau' e Francisco o 'papa bom'", disse o diretor de "Cidade de Deus" à AFP, garantindo que, à medida que a produção avançou, aprendeu mais com os dois personagens e sua percepção começou a mudar.

"Li alguns de seus escritos, ouvi alguns de seus sermões e é muito interessante", continuou ele. "Acho que as pessoas criaram essa imagem do nazista, que não é real... na verdade, não é muito diferente do papa Francisco".

Os dois deixaram de lado suas diferenças e, através das conversas na residência papal e na Capela Sistina, começam a se unir em torno de Bento tocando piano e do fanatismo de Francisco pelo futebol.

O filme da Netflix, que começa a soar como um possível candidato ao Oscar, é estrelado pelos astros britânicos Anthony Hopkins e Jonathan Pryce como Bento e Francisco, respectivamente, enquanto Juan Minujín encarna o jovem pontífice argentino.

Hopkins comemorou a boa recepção que o filme recebeu, que acredita que pode ensinar ao mundo algo sobre tolerância. "Vamos conversar, nos sentar, vamos parar de ficar tão tristes com tudo", disse o vencedor do Oscar.

 "Mais interessante que Bergoglio"

A renúncia do papa Bento em 2013 ocorreu em um contexto de escândalos de pedofilia e corrupção financeira, eventos que o filme aborda, embora de forma fugaz.

À certa altura, Francisco ouve a confissão de seu antecessor, na qual admite ter conhecimento de acusações históricas de abuso sexual contra o cardeal mexicano Marcial Maciel.

Mas o áudio desaparece rapidamente, deixando o público preencher os espaços vazios.

"Eu tive que tomar muito cuidado para não ir longe demais", afirmou Meirelles. "Tínhamos mais falas sobre o abuso infantil (no roteiro), mas se eu colocasse mais dois parágrafos sobre isso, ele se tornaria um filme sobre pedofilia".

"Ele sabia que um cardeal mexicano tinha problemas com crianças e não fez nada para evitar um grande escândalo", acrescentou.

No entanto, Bento surge no filme como uma figura surpreendentemente simpática, algo que Meirelles atribui ao charme de Hopkins.

O filme também volta ao passado e cobre um período sombrio na vida do padre Jorge Bergoglio.

Como líder dos jesuítas argentinos, foi acusado de não enfrentar a brutal ditadura militar no país na década de 1970.

"Francisco foi e continua sendo uma pessoa divisória na Argentina. Há rumores sobre isso no filme, não é evitado", disse Pryce à AFP.

O astro de "Game of Thrones" afirmou que, para desenvolver o personagem, estudou os "defeitos e fraquezas" de Francisco, bem como suas características mais admiráveis, como a luta contra a desigualdade e as mudanças climáticas.

"Para todos na Argentina, foi uma surpresa a mudança de Bergoglio uma vez que assumiu o papado", disse Minujín. "Ele adotou uma agenda muito interessante".

"O papa é muito mais interessante que Bergoglio", considerou.

Capela Sistina

"Dois Papas" - que estreará nos cinemas americanos em 27 de novembro e na plataforma de streaming em 20 de dezembro - apresentou desafios únicos, admitiu Meirelles, começando pela copiosa quantidade de diálogo.

"O roteiro é muito bom, mas no final são dois caras conversando", brincou o diretor, que idealizou mecanismos para manter a dupla em movimento.

Em uma parte do filme, os dois comem pizza na Capela Sistina, que teve que ser representada em uma réplica exata, pois a produção não teve acesso à Cidade do Vaticano

"Isso foi incrível, passamos 17 dias filmando dentro desse estúdio", explicou Meirelles. "É uma réplica perfeita, exatamente igual... que reconheço agora como meu lar".

A novela sobre o posicionamento de cineastas renomados sobre os filmes da Marvel Studios ganhou mais um capítulo. Depois de Martin Scorcesse, Francis Ford Copolla e Ken Locah falarem que os filmes da casa das ideias não são cinema e serem apoiados de um lado e detonados de outro, Fernando Meireles se posicionou sobre o assunto.

Mais conhecido por ter feito “Cidade de Deus" e "O Jardineiro Fiel" (2002), Meireles esteve no festival de cinema de Mumbai, na Índia, para promover o seu primeiro longa-metragem com a Netfilx, "Dois Papas", e durante uma entrevista ao The Hollywood Reporter, ele foi questionado sobre como avaliava os filmes da Marvel Studios. Para Meireles, os longas do universo liderado pelos Vingadores dão sono.

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"Eu sei que eles são grandes, mas eu não assisti nenhum deles. Eu acho que eu gosto de técnica, as vezes, quando eu assisto a pedaços e trailers, e eles são todos feitos em VFX e a produção é realmente espetacular, realmente tem pessoas de primeira linha envolvidas no projeto. Mas, eu não me engajo com a história, e acabo dormindo. As vezes quando eu assisto aquilo nos cinemas depois de uma hora, eu já estou dormindo. Eles são esmagadores. E nenhum deles me interessam", disse.

Novo filme

O longa "Dois Papas" é baseado num acontecimento real, e conta a história do cardeal e futuro papa, Francisco (Jonathan Pryce), que resolve pedir sua aposentadoria por controvérsias sobre a forma de liderança do papa Bento XVI (Anthony Hopkings) na igreja católica. Com as passagens em mãos para Roma, ele é surpreendido por um convite do próprio papa, chamando-o para ir ao Vaticano. Ao chegar lá, os dois começam uma longa conversa para debater os rumos do catolicismo e ainda resolver as divergências entre os dois. O filme chega na Netflix no dia 20 de dezembro.

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Por Pietro Tenório

Apoiador declarado de Marina Silva desde 2010, Fernando Meirelles faz parte da equipe de cineastas voluntários, que vai fazer os 'filmes' para a candidata neste ano. Em entrevista por e-mail, ele lamenta não poder atingir públicos maiores nas redes sociais, como a TV consegue, e conta que seu vídeo deve dialogar mais com a classe média.

O diretor indicado ao Oscar pelo filme "Cidade de Deus" chegou de Los Angeles no Brasil durante o final de semana para gravar, durante a semana, o seu filme. Ele disse a candidata neste ano está com ideias "mais afinadas" e que representa um "antídoto" contra a ameaça ao meio ambiente.

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Sobre a disputa, criticou candidatos que defendem mudança no Estatuto do Desarmamento, principalmente, Jair Bolsonaro (PSL). Aliás, disse que "não é contra" o presidenciável, mas "em quem vota nele", que, na sua avaliação, simboliza um forte retrocesso. Confira abaixo principais trechos da entrevista:

Por que o sr. resolveu apoiar a Marina de novo neste ano e qual seu papel na campanha?

Se sairmos da batalha sangrenta do dia a dia, é muito fácil ver que o futuro do nosso planeta está mais do que ameaçado, já está comprometido. Enquanto os outros candidatos falam em fortalecer a exploração de petróleo ou explorar minério na Amazônia, a Marina é um antídoto contra essa ameaça.

Também gosto da ideia de governança em rede, um governo que ouça a sociedade e inclua academia, ONGs, empresários e conecte todas essas pessoas. Governo centralizado é coisa do século XX. Já foi.

Qual a diferença da Marina neste ano para os anos anteriores?

 

As ideias vão sendo afinadas. As ideias para formação de professores usando a internet, ou para o uso de blockchain para garantir transparência e governança não estavam previstas quatro anos atrás. As propostas para mudança climática e florestas estão mais avançadas: desmatamento zero até 2030 e emissão líquida zero até 2050, algo com que nenhuma grande economia se comprometeu ainda. Mas as bases, os princípios e postura ética são os mesmos.

Qual mensagem você pretende passar nos seus filmes?

 

O programa de governo da Marina tem propostas que mudam paradigmas. A ideia é falar sobre algumas dessas ideias, como a mudança para matriz energética limpa, apoio forte à agricultura familiar e o foco na primeira infância começando a preparar uma geração que pode transformar o país daqui a 20 anos.

O principal eleitorado da Marina é mulher, pobre, preta/parda, nordestina e de baixa renda e escolaridade. Isso vai se refletir nos vídeos? Elas serão o público principal? Por quê?

Seria ótimo conseguir falar com todo mundo, mas sem TV é difícil chegar em muitos lugares. O Fred (Mauro, outro cineasta que está no projeto) está fazendo um filme para dialogar com este público e eu estou falando mais com classe média.

Quem é a Marina que você pretende apresentar?

 

Gosto do lado estadista da Marina, que pensa um projeto de país a longo prazo. Sustentabilidade tem total relação com construir o futuro. A ideia de energia limpa, de educar crianças desde a formação neural, ou a agricultura agroecológica, têm relação com isso. Já quem propõe armar a população, que futuro está imaginando?

O sr. está falando de Bolsonaro?

Ele é um, mas o (João) Amoêdo (candidato do Novo) também é a favor de afrouxar o controle da venda de armas e a vice do Ciro (Gomes, do PDT) também acha que no campo todo mundo deveria manter uma garrucha embaixo do travesseiro. Me apavora pensar que pode haver uma arma dentro da bolsa da Dona Eliana, uma senhora histérica que conheço.

Ela dá piti em supermercado, briga com garçom, fica furiosa no trânsito. Se sem arma ela já é uma ameaça a sociedade, imagina a Dona Eliana armada. Vai dar ruim com certeza.

Por que vai dar ruim? Como vê a candidatura dele?

 

Eu não sou contra o Bolsonaro, eu sou contra quem vota nele. O cara tem direito de ser maluco. Juro que tenho tentado escutá-lo para entender o que atrai tanto seus eleitores, mas 90% do que ouço é a repetição exaustiva das mesmas coisas: "Vou armar a população, vou prender, vou matar, vou castrar, vou desapropriar índio, desapropriar quilombola, vou derrubar floresta para explorar minério.

Não ouvi muito mais que isso. Como discordo de todas estas "ideias", vejo-o como um retrocesso forte para o País. Fiz uma piada sobre seus eleitores, mas compreendo a vontade desesperada de colocar ordem nesta bagunça. Nisso estão certos, mas já tentaram colocar ordem no Brasil na marra e não funcionou.

Com a rejeição da candidatura o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Marina como sua principal herdeira, como o seu filme/vídeo poderia atrair esse eleitorado?

 

Sinceramente não estou fazendo os filmetes pensando em atrair eleitores, estou apenas tentando informar falando sobre alguns pontos do programa que merecem mais visibilidade. O esforço é falar de maneira clara, rápida e com algum molho para que possa se espalhar ao máximo.

O diretor brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus) vai dirigir filme para Netflix sobre o papa Francisco. Longa intitulado “The Pope”, conta com Jonathan Pryce (Game of Thrones), que irá interpretar o pontífice, e  Anthony Hopkins (Transformers: O Último Cavaleiro), que irá vier o Papa Bento XVI, predecessor de Francisco. 

O longa ainda não teve sinopse oficial divulgada, mas deve focar na renúncia de Bento XVI e na escolha de Francisco como novo papa.

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Com produção de Dan Lin, Jonathan Eirich e Tracey Seaward, filme começa a ser rodado em novembro, na Argentina, e conta com Anthony McCarten (A Teoria de Tudo) como roteirista.

O diretor de fotografia uruguaio Cesar Charlone, que trabalhou com Meirelles nos longas Cidade de Deus (2002), O Jardineiro Fiel (2005) e Ensaio sobre a Cegueira (2008), também está na equipe da produção.

“The Pope” ainda não tem data de estreia divulgada.

O cineasta Fernando Meirelles quer fazer com que o maior número de pessoas possível entenda e se mobilize pela questão das mudanças climáticas. Depois de levar o problema para 3,5 bilhões de pessoas na abertura da Olimpíada no Rio, ele está agora desenvolvendo uma série de TV com a BBC. Por um lado, quer difundir informações sobre o tema e, por outro, engajar as pessoas para que elas se mobilizem para isso.

Meirelles contou seus planos na terça-feira (4) durante o debate "Saindo do gueto ambientalista: o desafio de mobilizar as pessoas para a sustentabilidade", promovido pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo.

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Ele e mais três especialistas em comunicação debateram como fazer com que o tema seja incorporado nas discussões do dia a dia das pessoas, das empresas e dos governos.

Em linhas gerais, a mensagem que todos passaram é que é preciso atuar em duas frentes: uma mais individual, que toque as pessoas para elas se entenderem parte do problema e assim poderem se engajar em busca de soluções; e em uma mais sistêmica, em que a sustentabilidade deixe de ser tratada de modo setorial, como por um departamento dentro de uma empresa, por exemplo, ou apenas por uma secretaria ou ministério, e entre na base de ações de empresas ou governos.

"É preciso ativar outras dimensões nas pessoas, para se sentirem motivadas a participar. É importante virar uma convocação, um convite de ação. E tem de trazer uma porta de saída. Não adianta dar só os fatos desesperados. É como falar de morte. Ninguém quer falar disso, porque se não tem saída, melhor nem falar", comentou Mônica Gregori, que fez o estudo "O Fluxo das Causas", sobre desafios para grandes causas como cidades sustentáveis e mudanças climáticas.

Meirelles, que se disse um pessimista sobre o futuro do planeta, contou que fez isso na Olimpíada, ao mostrar o problema, mas em seguida ao apresentar uma solução: o plantio de árvores. "Acho que em geral as imagens catastróficas, de desastres, que já vimos tanto, não tocam mais. Mas ali a ideia era ir direto à informação. E depois veio a boa notícia: mostramos projetos de reflorestamento em todo o mundo. Representam a mudança de atitude que queremos. Plantar floresta é a maneira mais barata de absorver carbono. Não resolve o problema, mas mitiga", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A supermodelo Gisele Bundchen, a modelo transexual Lea T e sambistas estão entre os destaques que irão apresentar o Brasil em seu esplendor multicolorido na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, na próxima sexta-feira.

O Rio terá um trabalho duro para encantar o público após a edição bem-humorada e surpreendente que inaugurou os Jogos de Londres-2012.

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Desta vez, a cerimônia de abertura será mais modesta, já que o Brasil sofre com sua pior recessão em quase um século.

O cineasta Fernando Meirelles ("Cidade de Deus", "O Jardineiro Fiel"), um dos diretores da cerimônia, disse que o orçamento da cerimônia é uma fração do que foi gasto em Londres.

Mas os organizadores prometem, mesmo assim, encantar o público de mais de 70 mil pessoas aguardado no estádio do Maracanã e os cerca de três bilhões de telespectadores que deverão acompanhar a inauguração pela TV em todo o mundo.

Se Pequim-2008 esbanjou e Londres-2012 surpreendeu, Rio-2016 tentará capturar a assombrosa diversidade, o amor pela música e o talento para a diversão.

"Queremos dar a maior festa já vista neste país", disse a cenógrafa Daniela Thomas, que também assina a direção artística do evento.

História através da dança

O Rio é imbatível na organização de grandes festas ao ar livre, como o carnaval, e a música está no coração de tudo.

Juntamente com milhares de atletas que vão desfilar com as bandeiras de seus países, assim como um contingente de refugiados, centenas de integrantes de doze escolas de samba vão cantar e dançar.

Estão previstas apresentações de Caetano Veloso e Gilberto Gil, dois patrimônios da Música Popular Brasileira. Rappers e a estrela do funk Anitta darão um tempero mais contemporâneo à festa.

Vazamentos de um ensaio-geral realizado no domingo revelam um retrospecto encenado com algumas passagens da História do Brasil, incluindo a recriação do Oceano Atlântico cruzado pelos colonizadores portugueses, representações da escravidão, uma recriação do voo de Santos Dumont no 14 Bis e a fundação das cidades.

Segundo relatos, outro tema de peso na cerimônia, que começará às 20h00 e deverá durar cerca de quatro horas, será o aquecimento global e o papel crucial do Brasil como lar da maior parte da floresta amazônica.

Belezas

Uma das mais famosas brasileiras vivas - Gisele Buendchen, que se aposentou das passarelas em 2015 - e a pioneira modelo transgênero Lea T darão o toque de glamour à festa.

A participação de Gisele gerou polêmica esta semana, quando sua aparição no ensaio-geral parecia indicar a encenação de uma tentativa de assalto, seguida da chegada da polícia e do perdão do assaltante.

Respondendo a uma onda de protestos, os organizadores negaram veementemente ter representado um assalto.

Finalmente, Bundchen, que desfilará ao som da "Garota de Ipanema", fará sua aparição sã e salva. "Não haverá nenhum assalto", afirmou um porta-voz dos organizadores à AFP.

Lea T, uma mulher trans que saltou para o primeiro plano da indústria da moda, é considerada a primeira pessoa transgênero a ter papel de destaque em uma cerimônia de abertura de Olimpíadas.

Filha do ex-jogador de futebol brasileiro Toninho Cerezo, que jogou na seleção entre 1977 e 1985, Lea T contou à BBC que deseja encarnar a diversidade do Brasil.

"O Brasil é vasto e toda esta diversidade, de uma forma ou de outra, precisa ser representada em um evento como este", disse ela.

Tensões

Mas nem tudo será sorrisos e samba.

O Brasil atravessa uma profunda crise política. A presidente reeleita, Dilma Rousseff, está afastada e corre o risco de perder definitivamente o mandato, quando o Senado votar o impeachment assim que os Jogos terminarem.

Ela se recusou a participar da cerimônia de abertura, afirmando que não aceitaria ter "um papel secundário", enquanto seu ex-vice-presidente, Michel Temer - hoje, presidente interino - governa em seu lugar.

Temer deverá dizer algumas poucas palavras e declarar abertos os Jogos, mas mesmo assim corre o risco de ser vaiado por opositores em meio ao público.

"Estou totalmente preparado" para as vaias, afirmou.

Do lado de fora do estádio, a segurança será reforçada em caso de protestos de grupos que apoiam Dilma.

Entre as figuras ilustres, o presidente americano, Barack Obama, estará entre os muitos chefes de Estado ausentes no evento. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o número total de líderes mundiais presentes à cerimônia será o menor em 16 anos.

Surpresa!

Uma coisa que o ensaio não revelou foi o acendimento da pira olímpica.

A identidade do sortudo que levará a tocha - que completou um revezamento por 300 cidades - para acender a pira também é um mistério.

O grande favorito é Pelé, o rei do futebol.

No entanto, ele nunca disputou uma Olimpíada e a emissora de TV americana NBC, que detém os direitos exclusivos de transmissão para os Estados Unidos, sugere que os organizadores deveriam olhar para o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima.

Ele liderava a final da maratona nos Jogos de Atenas-2004, quando um espectador invadiu a área da corrida e o agarrou. O atleta acabou chegando em terceiro e ficando com a medalha de bronze. Após perdoar seu agressor, ele ganhou aplausos por sua humildade.

O porta-voz do comitê organizador dos Jogos Olímpicos, Mario Andrada, garante que serão muitas as surpresas da cerimônia na sexta-feira.

"Não mostramos uns 20 por cento", afirmou.

A estreia do cineasta brasileiro Fernando Meirelles na direção cênica de um espetáculo de ópera promete mudar a visão sobre a relação entre o clássico e o moderno. Conhecido por ter no currículo filmes como "Cidade de Deus", "O Jardineiro Fiel" e "Ensaio Sobre a Cegueira" e minisséries de sucesso na TV Globo, ele encara o desafio de levar a linguagem cinematográfica para o palco do Theatro da Paz, em Belém, na obra "Os Pescadores de Pérolas", que entra em cartaz no início de setembro.

Fernando Meirelles e equipe já trabalham na produção e gravação de cenas em Belém, no centenário Bosque Rodrigues Alves, para exibição dentro da ópera, como parte integrante da trama, remetendo-se ao Ceilão, onde se passa a história de Zurga e seus amigos, pescadores artesanais de pérolas. A obra é de autoria do compositor francês Georges Bizet, influenciada pelo período pré-impressionista.

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"Nunca pensei que fosse dirigir uma ópera na vida. Está sendo uma experiência incrível", disse Fernando Meirelles, na apresentação do evento. "Ópera é um exagero. Eu tendo a fazer as coisas menores. Entender o tom da ópera é o que é mais complicado", completou o cineasta sobre o desafio de fazer um espetáculo dessa natureza pela primeira vez.

A ópera será vista, em uma das récitas, em Belém e em cinemas de algumas cidades brasileiras, simultaneamente, disse secretário de Cultura do Pará, Paulo Chaves Fernandes. Fernando Meirelles confirmou que o canal HBO vai fazer documentário de uma hora sobre a montagem.

A ópera, que será encenada nos dias 9, 11, 13 e 15 de setembro, sempre às 20 horas, no Theatro da Paz, tem como solistas Fernando Portari, Camila Titinger, Leonardo Neiva e o paraense Andrey Mira. O acompanhamento será feito pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP), conduzida pelo maestro titular Miguel Campos Neto, e pelo Coro Lírico do Festival de Ópera do Theatro da Paz, regido por Vanildo Monteiro e coreografado por Marília Viegas.

Além de Fernando Meirelles, o corpo técnico de “Os Pescadores de Pérolas” é formado pelo cenógrafo Cássio Amarantes, que idealizou cenários com base em miriti, uma palmeira nativa de regiões ribeirinhas da Amazônia; o iluminador Joyce Drummond, que também fez a luz da recente encenação da ópera “A Ceia dos Cardeais”; a figurinista Verônica Julian, o diretor assistente Danilo Gambinni, além dos diretores artísticos do Festival, Gilberto Chaves e Mauro Wrona.

Festival de Teatro - A encenação de "Os Pescadores de Pérolas" faz parte do XIV Festival de Ópera do Theatro da Paz, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado, de 7 de agosto a 19 de setembro. O primeiro espetáculo do evento foi "A Ceia dos Cardeais", do compositor paraense Iberê de Lemos, montado pela primeira vez em Belém, na Igreja de Santo Alexandre nos dias 18, 19 e 20 deste mês.

A franquia de filmes Cities of Love, idealizada pelo produtor, diretor e roteirista francês Emmanuel Benbihy – que reúne cineastas de diferentes estilos para criar filmes que têm como pano de fundo metrópoles ou cidades históricas – terá uma versão brasileira, sobre a cidade do Rio de Janeiro. Rio, Eu Te Amo estreia no dia 11 de setembro no Brasil. Este será o terceiro filme da franquia, os outros dois foram Paris, J’Taime e New York, I Love You

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Várias histórias diferentes acontecem ao mesmo tempo em Rio, Eu Te Amo, com personagens e cenários diferentes. As cenas foram rodadas nos principais pontos do Rio de Janeiro - como o Pão de Açúcar, a Praia de Copacabana, o Theatro Municipal e nas ruas do Vidigal.

O longa é dirigido por nada mais do que 11 diretores consagrados, entre brasileiros e estrangeiros - Carlos Saldanha, Im Sang-soo, Stephan Elliott, Fernando Meirelles, Andrucha Waddington, Nadine Labaki, Guillermo Arriaga, Vicente Amorim, César Charlone, Paolo Sorrentino e John Turturro. Os atores que irão participar do filme seguem na mesma linha da escolha de direção e conta com 23 atores brasileiros e estrangeiros.

Entre os artistas brasileiros estão Fernanda Montenegro, Rodrigo Santoro, Cláudia Abreu, Eduardo Sterblitch e Márcio Garcia. Os atores norte-americanos também são bem conhecidos no Brasil - como Harvey Keitel (Taxi Driver), Jason Isaacs (Harry Potter), John Turturro (O Grande Lebowski) e Ryan Kwanten (True Blood).

Nos anos 1980, garotos como Tadeu Jungle e Fernando Meirelles buscavam um modelo alternativo de televisão, experimentando novas linguagens e meios de expressão. O Sesc Pompeia abrigou suas primeiras experiências em vídeo. Um festival que dava seus primeiros passos, em 1983, registrou esse processo embrionário de programas fora do circuito comercial e pioneiras peças de videoarte. Esse festival, Videobrasil, criado há 30 anos por Solange Farkas, acompanhou não só a evolução dos citados realizadores como trouxe ao Brasil, pela primeira vez, videomakers respeitados como Nam June Paik, Bill Viola e Gary Hill, além do cineasta Peter Greenaway e o artista sul-africano William Kentridge. Para comemorar seu aniversário, o Videobrasil promove, nesta quarta-feira, 16, e amanhã, 17, no Sesc Pompeia, zona oeste de São Paulo, dois encontros para debater a linguagem do vídeo realizado no Brasil justamente nessa época.

O evento integra a programação do 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, que vai inaugurar em novembro, no mesmo Sesc Pompeia, mostras com veteranos e realizadores da novíssima geração. Nesta quarta (16), às 20 horas, Tadeu Jungle conversa com o diretor de teatro José Celso Martinez Correa e os videomakers pioneiros Walter Silveira e Pedro Vieira sobre as experiência dos Teatro Oficina e da produtora TVDO. Amanhã, o cineasta Fernando Meirelles, diretor do filme Cidade de Deus, discute com Marcelo Tas, Marcelo Machado e Goulart de Andrade a contribuição do vídeo para o desenvolvimento das novas mídias.

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O seminário do Videobrasil conta como esses realizadores apostaram na experimentação quando a videoarte ainda nem existia com esse nome e enfrentava a ação da Censura, como lembra a criadora do festival, inicialmente realizado em parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS) e há 18 anos transformado numa mostra mais abrangente com o apoio do Sesc. "Lembro de oficiais de Justiça entrando no MIS e dos processos que respondemos por causa de vídeos, não tanto por seu conteúdo político, mas por cenas de nudez, consumo de drogas e outros temas presentes nas produções dos anos 1980".

Curiosamente, a política marca algumas das 90 obras selecionadas para a mostra Panoramas do Sul, entre elas o vídeo Sitiado, do chileno Carlos Gusmán, de 26 anos, que trata dos anos de ditadura em seu país. Esse, porém, não é o tema dominante na mostra que será aberta em novembro e vai trazer nomes de jovens realizadores apontados por Solange Farkas como apostas do Videobrasil - três deles na faixa dos 30 anos, Bakary Diallo, do Mali, o israelense Dor Guez e o africano Emikal Eyonghakpe, da República dos Camarões.

A mostra chama-se Panoramas do Sul porque essa foi uma aposta - acertada - da criadora do Videobrasil. Até o sétimo festival não havia efetivamente a preocupação de exibir uma visão panorâmica do que estava sendo produzido na zona sul do globo. Os realizadores do Hemisfério Norte eram privilegiados no festival. Foi em 1990, ao visitar uma exposição de Nam June Paik no Pompidou, que a curadora teve seu momento epifânico.

VIDEOBRASIL - SEMINÁRIO - Sesc Pompeia. Teatro. R. Clélia, 93, 3871-7700. 4ª e 5ª, 20 h. Grátis - retirar ingressos 1 h antes - http://site.videobrasil.org.br/

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A quantidade de computadores em uso no Brasil, somados os corporativos e os domésticos, chega a 118 milhões, aponta pesquisa do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada hoje (18). Isso significa que existem, no país, três computadores para cada cinco habitantes.

O estudo mostrou também que o número de computadores dobrou no período de quatro anos. Para este ano, a FGV estima que serão comercializados 22,6 milhões de unidades, o que equivale a uma unidade por segundo.

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A projeção para daqui três anos é que o país tenha um computador por habitante, com 200 milhões de unidades. Esse crescimento será puxado, explica o professor Fernando Meirelles, coordenador da pesquisa, pelo aumento previsto nas vendas de tablets, também classificado como computador pela pesquisa.

O levantamento, que é feito há 24 anos e divulgado anualmente, consultou 5 mil grandes e médias empresas com 2,2 mil respostas válidas.

Na vida real, o escritor Edgar Allan Poe (1809-1849) teve uma trajetória complicada - deixou a universidade por falta de dinheiro e ficou viúvo cedo. Na ficção, seu alter ego também terá dias difíceis, como mostrará a série Contos de Edgar, que estreia nesta terça-feira, às 22h15, na Fox.

A atração, produzida por Fernando Meirelles na O2 Filmes, da qual o cineasta é sócio, transporta contos do norte-americano para a realidade brasileira de hoje sob a ótica de Edgar (Marcos de Andrade), um homem que trabalha e mora na sede da empresa de dedetização de um amigo, que tem o hábito de criar histórias a partir do que vê ao conhecer seus clientes.

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"A cada episódio, ele vai dedetizar uma casa e interage, fica reparando na casa da pessoa. No final, vemos que ele estava apenas contando uma história para seu parceiro de trabalho, o Fortunato (Danilo Grangheia)", explica Pedro Morelli, diretor geral da série, que criou com Gabriel Hirschhorn.

Sete contos de Edgar Allan Poe foram condensados em cinco episódios semanais. A atmosfera soturna e macabra, típica dos textos do escritor, foram mantidas e adaptadas para ambientes do centro de São Paulo, onde parte das cenas foi gravada. "Estamos trabalhando o gênero. Há movimento de câmera lento com recursos do cinema de suspense, mas evitando clichês. Buscamos deixar mais com cara de cinema do que de TV. Temos de dar arrepio ao público", contou Morelli à reportagem.

Em meio aos atores de teatro escalados para a produção, há uma participação especial da cantora Gaby Amarantos no episódio de estreia, batizado de "Berê", uma referência ao conto original, "Berenice". Na trama, a paraense interpreta uma cantora cuja autoestima anda abalada por conta de seus dentes feios. Para tentar resolver o problema, Cícero (Maurício de Barros), seu primo, paga a troca dos dentes e fica fascinado por eles.

Entretanto, a obsessão é tamanha que, após a constatação de uma infecção, ele a impede de remover os dentes, deixando a vida de Berê em risco. A história se desenrola quando Edgar é contratado para combater uma infestação de ratos na boate onde a cantora costuma se apresentar. "A Berenice original era uma aristocrata, que, aqui, se transformou em cantora brega", revela o diretor geral.

Apesar de ser o narrador da trama, Edgar também se envolve em uma das histórias, que permeia todos os episódios. Depois de ter a vida arruinada por ter seu bar lacrado pela prefeitura, o protagonista sofre com o desaparecimento da mulher Lenora. Ele consegue se reerguer graças à ajuda de Fortunato, seu amigo de infância e dono da dedetizadora DDT Nunca Mais. Edgar, porém, desconfia de que o patrão tenha ligação com o sumiço de sua amada. "A cada episódio, vamos mostrando quem foi essa mulher. Há flashbacks que explicam", diz Morelli. "Contos de Edgar" foi a série vitoriosa em uma seleção de cerca de 50 projetos que competiam na O2 para serem produzidos para televisão e levou um ano e meio para sair do papel e ser finalizada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo trabalho do cineasta Fernando Meirelles, o longa-metragem 360, estreia no Brasil no mês de agosto e o clima é de comemoração. Em conversa com a revista Bravo!, Meirelles revelou que toda a produção estava tão afinada que a equipe não resistiu e antecipou o lançamento, exibindo o longa no Festival de Toronto, no Canadá.

“Na estreia, o filme começou bem, com risadas e calor do público. Até que, 30 minutos antes do final, um curto no surround gerou uma frequência grave. O azar é que era exatamente o tipo de frequência usada para se criar tensão no cinema, dessas que fazem vibrar seu estômago – é para isso que os surrounds servem. No dia seguinte, havia um texto muito crítico no The Guardian, de Londres”, revelou.

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Para Meirelles, a jornalista inglesa presente na sessão não compreendeu o filme e sobrou para Peter Morgan, roteirista da produção. “Não tem graça bater no zagueiro do XV de Piracicaba. É muito mais gostoso bater no Neymar. O Peter é uma unanimidade na Inglaterra, então apanhou feio e sentiu o tranco”, explica.

A entrevista completa com o cineasta está na próxima edição da Bravo! que chega às bancas hoje (1°).

O filme "360", de Fernando Meirelles, vai abrir o Festival de Gramado, que ocorre de 10 a 18 de agosto. Será a primeira exibição no País do longa e contará com a presença do diretor e dos atores brasileiros Maria Flor e Juliano Cazarré. Há 16 anos Meirelles não participa do festival. A estreia nacional do filme está marcada para 17 de agosto. Será o terceiro país onde o longa vai ser lançado, atrás da França e Inglaterra. Além do Festival de Gramado, "360" também abriu o festival de Londres e participou dos festivais de Toronto e Munique. O roteiro é assinado por Peter Morgan e conta nove histórias interconectadas de relacionamentos.

O diretor Fernando Meirelles recebeu o prêmio Calunga, nesse sábado (28), durante a programação do Cine PE. Meirelles foi homenageado pela sua contribuição ao audiovisual brasileiro e pelos 10 anos do filme Cidade de Deus, que foi lançado em 2002 e muito bem aceito pela crítica nacional, chegando a receber quatro indicações ao Oscar. No longa-metragem, o diretor aborda o crime organizado e a violência na comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

Na sexta-feira (26), o ator Ney Latorraca também foi homenageado pelo Cine PE. Já o diretor Cacá Diegues receberá a Calunga de Ouro neste domingo (29). Confira abaixo o vídeo com o momento da premiação de Fernando Meirelles.

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Diferentes aspectos da produção cinematográfica brasileira neste início de século como atuação, direção, roteiro, exibição, distribuição e legislação estão no livro Cinema Brasileiro no Século 21, escrito pelo jornalista Franthiesco Ballerini. A obra é fruto de dois anos de pesquisas e entrevistas com alguns dos principais realizadores de cinema do Brasil.



O livro começa com uma análise do cinema brasileiro no século XX, contextualizando o caminho da produção até o início do século XXI edetalhando fatos importantes da cinematografia brasileira desde o seu nascimento. Entre os entrevistados estão Leon Cakoff, Gustavo Dahl, Fernando Meirelles, Cacá Diegues, Marçal Aquino, Andrucha Waddington, José Wilker, Selton Mello, Wagner Moura, Daniel Filho e Luiz Carlos Barreto.

Os 12 capítulos de Cinema Brasileiro no Século 21 trazem um debate sobre o cinema nacional considerando sua história, internacionalização, o ensino do cinema e a produção de documentários. Traz também, o debate sobre a necessidade de tornar a produção cinematográfica mais próxima do público, e a constatação da heterogeinedade dessa produção, que hoje engloba desde filmes de arte até comédias leves e filmes espíritas.



O jornalista Franthiesco Ballerini foi crítico de cinema do Jornal da Tarde e colaborador de O Estado de São Paulo, produzindo reportagens especiais e entrevistas em Hollywood. Colaborou com as revistas Bravo!, Contigo!, Quem e Sci-fi News e foi colunista cultural da Rádio Eldorado e da TV Gazeta. É o autor de Diário de Bollywood - Curiosidades e segredos da maior indústria de cinema do mundo (Summus, 2009) e crítico e colunista da Revista Valeparaibano, além de professor e coordenador da Academia Internacional de Cinema. Também ministra palestras e cursos sobre cinema e cultura em instituições do Brasil e do mundo. A edição é da Summus Editorial.

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O lançamento acontece em São Paulo nesta terça (17), às 19h, na Livraria do Espaço (Rua Augusta, 1475). Mais informações: www.franthiescoballerini.com / www.summus.com.br / 11 3865 9890

O Cine PE Festival do Audiovisual chega a sua 16ª edição. Este ano, o evento que acontece entre os dias 26 de abril e 02 de maio, faz homenagem a três influentes nomes da produção audiovisual brasileira. Os cineastas Fernando Meirelles e Cacá Diegues e o ator Ney Latorraca serão reverenciados em um dos festivais mais importantes do cinema brasileiro. A festa acontece em Olinda, mais precisamente no Teatro Guararapes, onde 2,4 mil lugares acomodam os espectadores.

Os Homenageados

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Cidade de Deus (2002) é o nome da produção que concedeu a Meirelles uma indicação ao Oscar de Melhor Diretor, em 2004. Além desta, o paulista dirigiu produções internacionais como Ensaio sobre a cegueira (Blindness, 2008) e O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener, 2005), esta última o concedeu indicações ao BAFTA e ao Globo de Ouro.

Cacá Diegues é o diretor que revela a mulher nas telonas. Joanna Francesa (1973), Xica da Silva (1976) e Tieta do Agreste (1996) são personagens que Cacá deu vida nas telas de cinema. Além do feminino, o cineasta tem muito a mostrar na temática social: Cinco Vezes Favela (1961),  5x Favela, Agora por Nós Mesmos (2010) e Nenhum Motivo Explica a Guerra (2006) refletem a face positiva na realidade das favelas cariocas.

Ney é ator desde menino. Aos seis anos de idade interpretou pela primeira vez. Desde aquela primeira radionovela em que o garoto se fez ator, já se passaram diversas telenovelas e espetáculos no teatro, no cinema também tem destaque. Entre os filmes, O Beijo no Asfalto (de Bruno Barreto, 1981) e Irma Vap – O Retorno (de Carla Camurati, 2006). Este último consiste na adaptação de uma peça de teatro – sucesso de bilheteria, diga-se de passagem - para a telona.

Mostras competitivas

Longas - Sete longas-metragens competem na mostra. Produções de apenas três estados do Brasil com diretores consagrados nacionalmente serão exibidas e avaliadas pela comissão julgadora e júri popular. À beira do Caminho (RJ, de Breno Silveira); Boca (SP, de Flávio Frederico); Corda Bamba, História de uma Menina Equilibrista (RJ, de Eduardo Goldenstein); Paraísos Artificiais (Marcos Prado) são ficções que competem com a pernambucana Na Quadrada das Águas Perdidas (de Wagner Miranda e Marcos Carvalho) e com os documentários Jorge Mautner - O Filho do Holocausto (RJ, Pedro Bial e Heitor D’Alincourt) e Estradeiros (de Sérgio Oliveira e Renata Pinheiro), também de Pernambuco.

Curtas – Ao contrário dos longas, os curta-metragens abrangem produções audiovisuais de boa parte do país - ao todo nove estados (além do Distrito Federal) participam. Pernambuco traz quatro filmes para a competição: Dia estrelado (de Nara Normande); Kaosnavial (de Marcelo Pedroso e Afonso Oliveira); Garotas da Moda (de Tuca Siqueira) e Zuleno (de Felipe Peres Calheiros).

São Paulo traz também quatro representantes. Seguido do Paraná, com três. Cada um dos seguintes estados exibe um curta: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Bahia, Alagoas e Paraíba, assim como o Distrito Federal.  

Confira relação completa, listada em ordem alfabética:

A fábrica (PR), ficção, 15’. Direção: Aly Muritiba
As folhas (PB), ficção, 14’. Direção: Deleon Souto
Até a vista (RS), ficção, 18’. Direção: Jorge Furtado
Cesar! (SP), ficção, 15’. Direção: Gustavo Suzuki
Depois da queda (MT), ficção, 17’. Direção: Bruno Bini
Dia estrelado (PE), animação, 17’. Direção: Nara Normande
Di Melo - O imorrível (SP), documentário, 24’. Direção: Alan Oliveira e Rubens Pássaro
Garotas da moda (PE), documentário, 20’. Direção: Tuca Siqueira
Isso não é o Fim (BA), ficção, 15’30”. Direção: João Gabriel
Kaosnavial (PE), ficção, 20’. Direção: Afonso Oliveira e Marcelo Pedroso
KM 58 (AL), ficção, 20’. Direção: Rafhael Barbosa
L (SP), ficção, 21’. Direção: Thais Fujinaga
Na sua companhia (SP), ficção, 21’. Direção: Marcelo Batista Caetano
O descarte (PR), animação, 15’. Direção: Carlon Hardt e Lucas Fernandes
Quadros (PR), ficção, 16’. Direção: Sara Bonfim
Qual queijo você quer? (SC), ficção, 11’15”. Direção: Cíntia Domit Bittar
Sonhando passarinhos (DF), ficção, 12’. Direção: Bruna Carolli
Zuleno (PE), documentário, 20’. Direção: Felipe Peres Calheiros

Prata da casa – As produções pernambucanas ganham mais espaço este ano. O cinema do Teatro Guararapes irá exibir oito curtas-metragens selecionados para a quinta edição da Mostra Pernambuco. A Festa de Isaac (de Ianah Maia); Zé Monteiro - O Homem que Venceu as 5 Mortes (de Wilson Freire); Canção para Minha Irmã (de Pedro Severien); Koster (de Carla Francine e Germana Pereira); Fora da Lei: A Lenda de Jakie Taylor (de Victor Dreyer); Elisa (de Alice Gouveia); Corpo Presente (de Marcelo Pedroso) e Poeta Urbano (de Antônio Carrilho).

 

Em exibição

Além do circuito competitivo do festival com as produções que concorrem ao Troféu Calunga 2011 (longas, curtas-metragens e Mostra PE). Integram a programação: Mostra intinerante com Deus é Brasileiro (RJ, de Cacá Diegues) e Mostra Paralela - às 17h dos dias 28 e 29 de abril e 1º de maio - com Xica da Silva (RJ, de Cacá Diegues), O Beijo no Asfalto (RJ, de Bruno Barreto) e Xingu (RJ, de Cao Hamburguer).

Para as crianças, a Mostrinha Infantil reserva gratuitamente Gui, Estopa e a Natureza (SP, de Mariana Caltabiano) e Pequenas Histórias (de Helvécio Ratton), nos dias 27 e 30 de abril, às 9h. No encerramento do CINE PE, exibição especial do documentário pernambucano Sons da Esperança, de Zelito Viana, ainda inédito.

Serviço

CINE PE Festival do Audiovisual

Teatro Guararapes (Centro de Convenções de Pernambuco, Complexo de Salgadinho, s/n, Olinda)

26 de abril à 02 de maio

R$ 8 e R$ 4 (meia entrada)

Maiores informações na página oficial do CINE PE

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