Tópicos | fertilidade

Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) apontam caminhos que podem levar ao desenvolvimento de um anticoncepcional masculino. O estudo, publicado na revista Molecular Human Reproduction, mostra que a partir da proteína Eppin, que regula a capacidade de movimentação do espermatozoide é possível desenvolver medicamentos que controlem a fertilidade dos homens.

Segundo o professor do departamento de Biofísica e Farmacologia da Unesp, Erick José Ramo da Silva, a partir de experimentos feitos em camundongos foi possível identificar dois pontos da proteína que regulam a movimentação dos espermatozoides. “Ela tem um papel muito importante no controle da motilidade temática por interagir com outras proteínas que agora estão no sêmen. E essas proteínas, ao interagirem com a Eppin, promovem o ajuste fino da motilidade, o controle da motilidade”, explica o pesquisador que faz estudos na área há 20 anos.

##RECOMENDA##

Segundo Silva, foram usados anticorpos para descobrir quais são os pontos da Eppin, que tem função semelhante nos camundongos e nos seres humanos, responsáveis por regular a movimentação célula reprodutiva masculina. Após a ejaculação, o espermatozoide precisa nadar para chegar ao óvulo e fazer a fecundação.

Porém, antes da ejaculação, os espermatozoides não se movimentam. O estudo trabalhou em identificar justamente qual é a interação que faz com que as células fiquem paradas antes do momento certo. “Quem impulsiona o espermatozoide para dentro é o próprio processo de ejaculação. Somente depois de alguns minutos da ejaculação é que o espermatozoide vai adquirir a motilidade progressiva para seguir a jornada dele”, detalha o professor.

Princípio ativo

Um medicamento que fosse capaz de interromper a movimentação dos espermatozoides seria um anticoncepcional com efeito quase imediato, afirma Silva.

O estudo, inciado em 2016, foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e teve parceria com os departamentos de Farmacologia e de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), além do Instituto de Biologia e Medicina Experimental do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas, da Argentina.

Silva diz que, agora, as pesquisas devem continuar no sentido de buscar compostos ou moléculas que possam atuar nos pontos identificados pelo estudo. Essa nova etapa terá colaboração com cientistas da Inglaterra, de Portugal e da Universidade de São Paulo (USP).

O pesquisador conta, no entanto, que ao longo das últimas décadas, o desenvolvimento de um anticoncepcional masculino tem enfrentado dificuldades devido a falta de financiamento pelas indústrias farmacêuticas.

A infecção por Covid-19 pode afetar a fertilidade durante semanas após a recuperação do vírus, de acordo com um novo estudo que avaliou a qualidade do esperma em pacientes belgas que sofreram infecções sintomáticas por coronavírus. Amostras de sêmen de 35 homens colhidas um mês após a recuperação mostraram uma queda de 60% na capacidade de movimento (motilidade) dos espermatozoides e uma redução de 37% na contagem de espermatozoides.

O estudo, publicado na segunda-feira (20) no jornal Fertility and Sterility, coletou amostras de 120 homens na Bélgica com idade média de 35 anos e 52 dias após o desaparecimento dos sintomas da Covid. A pesquisa foi autorizada pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva e financiada pela Femicare Vereniging zonder Winstoogmerk e AML, instituições belgas sem fins lucrativos e voltadas à pesquisa na área de reprodução.

##RECOMENDA##

Conforme o tempo desde a recuperação da doença aumentou, a qualidade do esperma também melhorou. Amostras de 51 pacientes coletadas entre um e dois meses após a recuperação mostraram que 37% tinham a motilidade espermática reduzida e 29% tinham contagens baixas de espermatozoides, caindo ainda mais para 28% e 6% após pelo menos dois meses.

Os pesquisadores também disseram que encontraram "evidências fortes" de que a Covid-19 não pode ser transmitida sexualmente por meio do sêmen depois que uma pessoa se recupera da doença.

“O tempo estimado de recuperação é de três meses, mas outros estudos de acompanhamento estão em andamento para confirmar isso e determinar se dano permanente ocorreu em uma minoria de homens”, explica um trecho da pesquisa.

Alguns vírus, como o da gripe, já são conhecidos por danificar os espermatozoides. No caso da gripe, as temperaturas corporais mais elevadas causadas pela febre são as culpadas. Com a Covid-19, os pesquisadores não encontraram nenhuma ligação entre a presença ou gravidade da febre e a qualidade do esperma. Em vez disso, eles acreditam que a causa pode estar ligada à resposta imunológica do corpo ao vírus.

Os testes mostraram que concentrações mais altas de anticorpos específicos no soro do sangue dos pacientes estavam fortemente correlacionadas com a função reduzida do esperma, disseram os pesquisadores, o que indicou uma "causalidade imunológica, em vez de induzida por febre, da disfunção temporária do esperma".

Covid-19 e gestação

Os pesquisadores belgas por trás do estudo alertaram que mais trabalho era necessário para estabelecer se o COVID-19 poderia ou não ter um impacto de longo prazo na fertilidade.

"Casais com desejo de engravidar devem ser avisados de que a qualidade do esperma após a infecção por COVID-19 pode ser inferior ao ideal", concluíram os pesquisadores.

Pacientes com casos mais graves de COVID-19 não eram mais propensos a sofrer quedas na contagem e mobilidade de espermatozoides, disseram os pesquisadores, observando que "não encontraram diferenças" na qualidade do esperma entre aqueles que foram hospitalizados com o vírus e aqueles que permaneceram em casa com sintomas mais leves.

De acordo com um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em São Paulo, o vírus da Covid-19 também pode afetar o sistema reprodutor masculino. A pesquisa, recém publicada na Revista Científica Andrologia, mostrou casos de pacientes de 18 a 55 anos, com sintomas leves e moderados, mas que apresentaram epididimite, uma inflamação que acomete o canal localizado na parte interna do saco escrotal, chamado de epidídimo.

Para o urologista e especialista em fertilidade masculina, Filipe Tenório, já era conhecida a possibilidade do novo coronavírus causar danos aos testículos, em decorrência  das altas temperaturas registradas durante a febre, considerada um dos sintomas mais comuns da doença. No entanto, a inflamação no compartimento responsável pelo armazenamento de espermatozóides é algo novo. “Foram identificados pequenos abscessos no epidídimo, e também pequenas alterações na estrutura dele. Porém, ainda não sabemos se essas alterações são capazes de causar danos permanentes ou infertilidade”, pontuou o médico.

##RECOMENDA##

Além de destacar a grande capacidade do vírus SARS-CoV-2 em deixar sequelas em diversos órgãos do corpo humano, o médico também afirma que as análises são importantes, mas ainda iniciais. “Acredito que somente nos próximos anos, observando estes pacientes que foram infectados a longo prazo, vamos conseguir entender melhor se a Covid-19 tem impacto permanente na fertilidade masculina ou não”, finalizou Filipe Tenório. 

Um estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) divulgado nesta terça-feira (15) mostrou que o SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, pode afetar o sistema reprodutor masculino.

Os resultados da pesquisa mostraram que dos 26 pacientes analisados que tiveram casos leves e moderados da doença, que não se queixavam de dores escrotais, 42,3% apresentaram epididimite (inflamação que acomete o epidídimo, um canal localizado na parte posterior dos testículos). O artigo foi publicado na revista Andrologia.

##RECOMENDA##

Estudos realizados na primeira epidemia de SARS que aconteceu na Ásia, em 2002, indicaram que pacientes mais graves tinham orquite, uma inflamação dos testículos.

"O vírus da SARS estava relacionado a esse acometimento testicular porque ele se ligava a uma proteína chamada ACE2 e a outra chamada TMPRSS2 para entrar na célula", explicou o urologista Thiago Teixeira, um dos autores do estudo, citado pelo Jornal da USP.

O epidídimo é um órgão com seis metros de comprimento [extensão sem compactação], onde os espermatozoides passam para adquirir uma série de funções bioquímicas com o objetivo de fertilizar o óvulo.

Os pacientes que participaram do estudo tinham entre 18 e 55 anos, faixa etária sexualmente ativa e com propósito de fertilidade.

Os pesquisadores perceberam que o SARS-CoV-2 utiliza o mesmo mecanismo do vírus da SARS para invadir as células. Como os testículos são ricos em ACE2, os cientistas perceberam que o órgão é um possível alvo para infecção.

Jorge Hallak, professor do Departamento de Patologia da FMUSP e coordenador do Grupo de Estudo em Saúde Masculina do Instituto de Estudos Avançados (IEA), também da USP, e um dos autores do estudo, disse que foram estudados pacientes que estavam em enfermarias.

"É uma doença muito mais séria do que imaginávamos em termos de saúde do homem, em particular. O segundo órgão, depois do pulmão, com maior quantidade de receptores ACE2 é o testículo", disse.

O próximo passo da pesquisa é tentar entender as consequências que o SARS-CoV-2 pode gerar nos hormônios masculinos, principalmente a testosterona, e também buscam responder por qual motivo homens morrem mais de COVID-19 do que mulheres.

Da Sputnik Brasil

A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos mais usados pelas mulheres. Para algumas, ela costuma diminuir o fluxo menstrual, a tensão pré-menstrual (TPM), além de ajudar a organizar o período menstrual. Já para outras, a pílula é sinônimo de desconforto, dores de cabeça, aumento das varizes, entre outros efeitos colaterais. Com isso, muitas mulheres acabam interrompendo o uso do contraceptivo, mas é importante ficar atenta sobre algumas mudanças que podem acontecer no corpo.

Segundo Maria Luisa Mendes Nazar, ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, algumas mulheres interrompem o uso do medicamento pelo fato de conviver com um sangramento contínuo, mas com a ajuda de um especialista é possível encontrar uma alternativa que garante mais conforto. Além disso, o anticoncepcional tem um período de três meses para adaptação e é importante esperar este intervalo para tomar a decisão de suspender o uso.

##RECOMENDA##

Quando a mulher interrompe o uso do anticoncepcional, é preciso ficar atenta aos sinais do organismo com a volta da produção de hormônios naturais. "Não é possível generalizar, mas com o fim do uso do medicamento pode ser que a mulher sinta mais cólicas e tenha um fluxo menstrual mais intenso. Isso porque a volta da produção de hormônios naturais é também feita de forma mais efetiva", explica a ginecologista.

A especialista ressalta que ao interromper o uso do anticoncepcional, mesmo em mulheres que usam o medicamento há muitos anos, é possível voltar a ter fertilidade. "Muitas mulheres acreditam que o tempo que usufruiu do anticoncepcional interfere na fertilidade e isso não passa de um mito. Quando para de usar o medicamento, entre 10 a 15 dias já é possível engravidar. Portanto, se não é o desejo, é preciso optar por outro contraceptivo", orienta Maria Luisa.

Caso o período menstrual fique desregulado após a suspensão do medicamento, é importante que a paciente procure um ginecologista de sua confiança. "É comum que entre quatro e sete dias ocorra a menstruação, mas caso não siga esse intervalo é recomendado procurar um médico para saber se ainda há tecido suficiente para ser escamado, ou se existe outra causa para a instabilidade", finaliza Maria Luisa.

Meghan Markle já faz parte da família real há um tempo, mas ainda está se acostumando às mudanças as quais teve que se adaptar, tudo isso em nome de seu amor pelo príncipe Harry. Agora, foi revelado, segundo uma fonte contou ao Radar Online, que a ex-atriz foi obrigada pela Rainha Elizabeth II a realizar testes de fertilidade. Pois é, te explicamos melhor!

Fontes do Palácio de Buckingham revelaram ao site que a agora Duquesa de Cambridge teve que passar por testes invasivos e humilhantes para saber se ela poderia ou não engravidar em um futuro próximo. Isso tudo antes mesmo de oficializar sua união com Harry:

##RECOMENDA##

- Meghan ficou enojada quando foi questionada para realizar o teste de fertilidade, contou uma pessoa próxima.

A fonte ainda continua:

- Mas ela estava tão decidida a se juntar à família real que se submeteu a isso. É irônico. Por anos, Meghan se posicionou como alguém que faz campanha pelos direitos das mulheres. Esse teste bateu de frente com suas crenças sobre as mulheres serem independentes e fortes.

Mesmo que Meghan estivesse enojada por terem sugerido à ela que congelasse óvulos, ela mesmo assim realizou o teste:

- Agora o relógio está correndo para ela e Harry engravidarem.

Mas após Meghan realizar o teste de fertilidade ela, agora, aparentemente, está enfrentando outra ordem da rainha: ser mãe de ao menos três crianças!

- Antes de se casarem, Meghan disse a Harry que queria apenas dois filhos, depois de (príncipe) William e Kate (Middleton) terem sido criticados por ativistas ambientais por trazerem uma terceira pessoa a um mundo superpovoado. Mas Meghan sabia que haveria pressão de membros mais velhos da realeza para que eles equiparem o número de crianças com William e Kate. E parece que ela vai ter que desistir da ideia de ter uma família pequena.

E desde que se casou com Harry, a vida de Meghan virou de cabeça para baixo. Além de ter que lidar com as pressões da família real, ela ainda se vê como um constante alvo de seu pai, Thomas Markle, e de seus meios-irmãos e meias-irmãs. Com isso, segundo uma fonte contou ao site Life & Style, que Meghan quer escapar dessa vida:

- Meghan tem sentido que todo passo que ela dá é criticado, conforme ela tenta se adaptar à vida na realeza. Ela está precisando desesperadamente de algum tempo livre.

Talvez agora ela consiga! Isso porque, ao lado de Harry, ela vai participar de uma viagem à Austrália, Fiji, Tonga e também para a Nova Zelândia, com o objetivo de cumprir uma agenda social. A fonte detalhou:

- Apesar de ter um compromisso atrás do outro, eles não veem a hora de ter um tempo longe do olhar atento da Rainha Elizabeth II. Eles estão ansiosos para se afastar o máximo possível da família de Harry - e você não consegue ir mais longe do que na Austrália! Eles não veem a hora de fugir do palácio e eles estão literalmente contando os dias para que se inicie a viagem.

Além dos compromissos, a fonte ainda revela que Harry está planejando momentos românticos ao lado da amada, como jantares à luz de vela, mergulhos e tratamentos em SPA. Que amor, né?

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos dos EUA, autorizou nesta sexta-feira (10) a comercialização do primeiro aplicativo móvel que pode ser usado como método de contracepção para evitar a gravidez. O chamado Natural Cycles contém um algoritmo que calcula os dias do mês em que a mulher provavelmente estará fértil.

Projetado para dispositivos móveis com Android e iPhones, o Natural Cycles é indicado para mulheres com 18 anos ou mais. O aplicativo exige que as usuárias registrem sua temperatura diariamente usando um termômetro basal, de manhã, imediatamente ao acordar.

##RECOMENDA##

As mulheres que usam o aplicativo para contracepção devem se abster de sexo ou usar proteção (como preservativo) quando veem um alerta na tela indicando que é mais provável que estejam férteis.

"Os consumidores estão usando cada vez mais as tecnologias de saúde digital para informar suas decisões cotidianas de saúde, e este novo aplicativo pode fornecer um método eficaz de contracepção se usado com cuidado e corretamente", disse a diretora assistente de saúde da FDA, Terri Cornelison.

"Mas as mulheres devem saber que nenhuma forma de contracepção funciona perfeitamente, então uma gravidez não planejada ainda pode resultar do uso correto deste dispositivo", completou.

A aprovação do Natural Cycles pela FDA foi baseada em estudos clínicos que demonstraram uma taxa de falha de 1,8% em mulheres que o utilizaram de forma perfeita. O aplicativo não deve ser usado por pessoas que fazem o controle de natalidade ou tratamentos hormonais que inibem a ovulação. O Natural Cycles custa US$ 10 por mês ou US$ 80 por ano.

LeiaJá também

--> Luz emitida por smartphones é ligada a cegueira em estudo

O aplicativo contraceptivo Natural Cycles, que é usado por centenas de milhares de mulheres, foi denunciado ao órgão regulador da saúde sueco depois que dezenas de usuárias alegaram que o serviço foi culpado por vários casos de gravidez indesejada.

Os médicos do Hospital Geral de Estocolmo, na Suécia, notificaram o órgão regulador da saúde depois que 37 mulheres, que utilizavam o aplicativo como método contraceptivo, realizaram abortos nos últimos quatro meses de 2017.

##RECOMENDA##

O Natural Cycles afirma ser o único aplicativo de controle de natalidade certificado na Europa. O serviço usa a temperatura corporal da mulher para medir a fertilidade. As usuárias inserem a informação na plataforma, que compara suas leituras com as do seu conjunto de dados. Para isso, é preciso utilizar um termômetro basal.

Se o aplicativo determinar que é seguro ter sexo desprotegido, ele mostrará um sinal verde no calendário. No restante dos dias, as usuárias precisam encontrar uma fonte alternativa de contracepção, como preservativos, a pílula e dispositivos intra-uterinos. O serviço custa US$ 6,99 por mês.

Comercializado como uma maneira alternativa aos hormônios, sem efeitos colaterais desagradáveis associados a outros métodos anticoncepcionais, o aplicativo tornou-se bastante popular e tem 700 mil assinantes ativos. O serviço é indicado apenas para mulheres com mais de 18 anos.

Um porta-voz da empresa disse que o aplicativo tem uma taxa de acerto de 93%. "À primeira vista, os números mencionados na mídia não são surpreendentes dada a popularidade do aplicativo e nossas taxas de eficácia. À medida que a base de usuários aumenta, a quantidade de mulheres que usam o aplicativo e mesmo assim engravidam é uma realidade inevitável", disse ele.

"Nós gostaríamos de tranquilizar a comunidade médica e o público de que o aplicativo é uma forma de contracepção efetiva, clinicamente comprovada, que centenas de milhares de mulheres em todo o mundo confiam como seu controle de natalidade para prevenir ou planejar uma gravidez", completou.

LeiaJá também

--> Falha expõe dados de 31 milhões de usuários de app popular

Os homens expostos à poluição do ar por partículas finas correm o risco de ter um esperma menor e de formato anormal, disse um estudo nesta quarta-feira, advertindo que isso "pode ​​resultar em um número significativo de casais com infertilidade".

Uma análise de dados de 2001-2014 de mais de 6.400 homens taiwaneses com entre 15 e 49 anos encontrou "uma associação sólida", disse o estudo, entre um declínio no esperma "normal" e a exposição às partículas PM2.5 (com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro).

A associação foi observada para a exposição de curto prazo, de três meses, e para a exposição de longo prazo, de dois anos, de acordo com os resultados do estudo, publicado na revista médica Occupational & Environmental Medicine.

A equipe de pesquisa disse que cada aumento de cinco microgramas por metro cúbico de ar (5 μg/m3) nos níveis de PM 2,5 no período médio de dois anos foi associado a uma "queda significativa" de 1,29% na morfologia normal dos espermatozoides. A exposição à poluição foi medida no endereço residencial de cada participante usando dados de satélite da Nasa.

Paradoxalmente, os cientistas também encontraram uma associação entre o aumento da concentração dos espermatozoides e o aumento do nível de partículas finas, "possivelmente um mecanismo compensatório", descobriram os pesquisadores. Uma correlação semelhante foi observada com a exposição a PM 2,5 por apenas três meses - o tempo que leva para gerar o esperma.

A equipe ressaltou que o vínculo observado é meramente "observacional", o que significa que eles não podem afirmar definitivamente que a poluição do ar foi a causa das modificações no sêmen.

Um aplicativo que monitora algoritmicamente a fertilidade feminina tornou-se o primeiro a ser oficialmente aprovado para uso como contraceptivo na Europa - e agora poder ser prescrito juntamente com preservativos e pílulas anticoncepcionais. Em sua descrição, o Natural Cycles informa que quer dar às mulheres o poder de tomar uma decisão consciente sobre a gravidez.

A ferramenta foi aprovada pela organização alemã de testes Tüv Süd, responsável pela certificação de dispositivos médicos. O selo é um passo significativo para o serviço digital, que atualmente tem 100 mil usuárias.

##RECOMENDA##

Desenvolvido por dois físicos suecos, o serviço usa a temperatura corporal para medir a fertilidade. As usuárias inserem a informação no aplicativo, que compara suas leituras com as do seu conjunto de dados. Para isso, é preciso utilizar um termômetro basal com duas casas decimais.

Se o aplicativo determinar que é seguro ter sexo desprotegido, ele mostrará um sinal verde no calendário. No restante dos dias, os usuárias precisam encontrar uma fonte alternativa de contracepção, como preservativos, a pílula e dispositivos intra-uterinos.

Por trás do Natural Cycles está um algoritmo exclusivo que tem em conta a sua temperatura e muitos outros fatores, como a sobrevivência do esperma, as flutuações de temperatura e as irregularidades do ciclo.

Ainda que o aplicativo tenha conquistado o certificado como contraceptivo oficial, especialistas alertam sobre a importância do uso de outros métodos. "Todo dispositivo que monitora o ciclo menstrual é falível porque as mulheres não ovulam de uma forma totalmente previsível", comenta o médico Adam Balen, ao jornal britânico The Telegraph.

Outubro é o mês de conscientização sobre o câncer de mama, doença que corresponde a cerca de 25% dos casos de câncer diagnosticados em mulheres por ano. Em 2012, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,7 milhão de pessoas foram afetadas. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 57.960 novos casos para 2016.

O que muitas pessoas não sabem é que, apesar de afetar majoritariamente as mulheres, o câncer de mama também pode atingir pessoas do sexo masculino. Pelo fato de a glândula mamária masculina ser geralmente atrofiada, com baixa produção de hormônios femininos, cerca de 1% dos casos são diagnosticados em homens.

##RECOMENDA##

Segundo Marcelo Bello, diretor médico do Inca, o câncer que atinge homens e mulheres é basicamente o mesmo, mas no caso deles há algumas particularidades: devido à demora no diagnóstico, 72% dos casos são identificados já nos estágios 2 e 3. "Pelo fato de não ser uma doença comum, o homem não tem o hábito de olhar para as suas mamas. Normalmente, quando ele descobre, o câncer já está evoluído", afirma. Em 2013, segundo o Inca, 181 homens morreram com a doença no Brasil.

Para Cristiane Nimir, médica associada ao Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, existe uma ideia na sociedade de que o homem não tem mamas, o que dificulta a prevenção e o tratamento. "As pessoas acreditam que o mastologista é um médico apenas para mulheres e, por isso, há um preconceito e uma resistência masculina em procurar ajuda", diz.

Sintomas

Assim como nas mulheres, os sintomas são o aparecimento de nódulos na região das mamas e abaixo das axilas, além de secreção nos mamilos. "Para o homem, é mais fácil perceber um nódulo porque a sua glândula mamária é muito menor. Caso ele sinta alguma alteração nessas regiões, é preciso buscar um mastologista", afirma Max Senna Mano, chefe do Grupo de Câncer de Mama do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Segundo ele, em cinco anos, foram encontrados 33 casos da doença no Instituto.

Fatores de risco

Geralmente, o câncer de mama masculino atinge homens mais velhos, a partir dos 60 anos. Em alguns deles, a doença está ligada a mutações genéticas e, por isso, é preciso investigar se existe uma predisposição familiar. "A conscientização dos homens é muito importante para identificar casos ligados a mutação de genes. Todo paciente que tiver um histórico de câncer de mama na família precisa avaliar essa possibilidade e conhecer os riscos", aponta Bello.

Além disso, a doença pode estar relacionada com o aumento de hormônios femininos no corpo, o uso de determinados medicamentos, como antidepressivos e remédios para o câncer de próstata, e também com a obesidade. "O aumento da gordura abdominal é um fator extremamente importante ligado ao câncer de mama, já que aumenta a produção de hormônios como estrógeno e progesterona", comenta Cristiane.

Tratamento

O tratamento é o mesmo para homens e mulheres e pode incluir a mastectomia, quimioterapia, radioterapia ou até mesmo bloqueadores hormonais. Além disso, existe também a chamada "terapia alvo", um novo tipo de tratamento que usa substâncias para identificar e atacar especificamente as células cancerígenas, provocando menos efeitos colaterais no paciente.

"É importante que os pacientes perguntem ao médico sobre os tipos de tratamento para que ele seja mais individualizado. Por mais que os tumores sejam parecidos, dentro de cada organismo eles funcionam de maneira diferente", finaliza Cristiane.

A cada dia, 156 brasileiras descobrem que têm câncer de mama. Além de enfrentar a doença, muitas delas precisam lidar com a infertilidade depois da quimioterapia. "A maior parte das pacientes com câncer de mama é submetida a um agente alquilante muito agressivo para a fertilidade", explica Giuliano Bedoschi, médico especialista em reprodução humana assistida.

Renata Virches Torozian planejava engravidar no início de 2014, mas precisou deixar o sonho em segundo plano ao descobrir que tinha câncer de mama. Quando o oncologista avisou que ela poderia entrar em menopausa após a quimioterapia, Renata não hesitou em tentar o que fosse preciso para preservar a fertilidade.

##RECOMENDA##

A solução foi congelar embriões enquanto ela ainda produzia óvulos. Pela técnica, a paciente é estimulada com hormônios a produzir mais folículos e, consequentemente, mais óvulos. Eles podem ser congelados para uma fertilização futura, ou fertilizados in vitro para o congelamento do embrião já formado.

Renata teve pouco tempo para tomar uma decisão, pois precisava começar a quimioterapia 15 dias depois da cirurgia da retirada do câncer. "Eu estava disposta a fazer tudo que pudesse dar bons resultados", conta. Seu oncologista indicou, então, que ela se consultasse com o doutor Bedoschi, pós-graduado em preservação da fertilidade. Como ela era casada e já tinha planos de engravidar, decidiu, com o marido, congelar os embriões.

"Ela faz parte de um grupo de pacientes que teve uma oportunidade única", afirma Bedoschi. "Essa janela de tempo entre a retirada do câncer e o início da quimioterapia costuma ser suficiente para fazer a estimulação e congelar os óvulos ou embriões sem interferir no tratamento oncológico."

Transplante de ovário

A técnica do congelamento de óvulos ou embriões já está bem estabelecida, mas há outra opção em fase experimental. O transplante de ovário teve sucesso em pouco mais de 60 mulheres no mundo, segundo Bedoschi, e pode ser uma saída nos casos em que há maior urgência para começar a quimioterapia.

No procedimento, congela-se pedaços do córtex, a camada mais externa do ovário. Depois de anos, ainda é possível reimplantar o tecido e estimulá-lo para a formação de novos óvulos. Bedoschi fez parte de uma equipe que realizou dois transplantes de ovário com sucesso. "Um dos bebês que nasceu, uma menina, se chama Giuliana em minha homenagem", conta, orgulhoso.

Esperança

Bedoschi defende que as técnicas de preservação da fertilidade podem, inclusive, ajudar no tratamento do câncer. "A paciente acaba pensando no futuro, na chance de um dia poder engravidar. Isso pode motivá-la a encarar melhor o tratamento oncológico", avalia.

Renata conta que decidiu tomar uma atitude positiva contra a doença e cuidar mais de si mesma. Ela afirma que o apoio do marido foi essencial para tirar a pressão de engravidar logo e confessa que hoje, depois do tratamento, tenta não se deixar levar pela empolgação. "Como a frustração de não poder engravidar foi muito grande, tento não ficar muito empolgada. Claro que estou feliz, mas a doença querendo ou não gera traumas. De qualquer forma, acredito que na hora certa vai acontecer".

Segundo o Instituto Guttmacher, quase 30% das mulheres fazem uso de pílulas anticoncepcionais. Uma série de pesquisas afirmam que estes medicamentos causam alterações no organismo feminino que vão além do controle de natalidade. Desequilíbrio hormonal, complicações cardiovasculares e circulatórias são as mais frequentes, identificadas em mulheres que utilizaram as pílulas por um longo período de tempo.

No último semestre de 2015, pesquisadores japoneses afirmaram estar a poucos passos de criarem a pílula anticoncepcional masculina. De acordo com a revista científica “Science”, no método criado pelos japoneses a pílula bloqueará uma proteína relacionada à fertilidade masculina. Masahito Ikawa, coordenador do projeto, disse à publicação americana que o novo anticoncepcional será um avanço para que homens e mulheres possam, igualmente, ter controle sobre seus futuros reprodutivos.

##RECOMENDA##

A equipe do Portal LeiaJá foi às ruas para saber o que os homens acham da possibilidade de usarem uma pílula anticoncepcional. Confira as respostas no vídeo abaixo:  

[@#video#@]

Um estudo dinamarquês constatou que o consumo de álcool, mesmo moderado, pode prejudicar a qualidade do esperma e ocasionar problemas de fertilidade nos homens. A pesquisa foi feita pela University of Southern Denmark com mais de 1.200 homens jovens e saudáveis, com idades entre 18 e 28 anos, e foi a primeira a avaliar os impactos da ingestão de bebidas na procriação.

Os participantes do levantamento realizaram exames médicos do serviço militar entre 2008 e 2012 e tiveram que responder questões a respeito de ingestão regular de álcool, além de terem amostras de sêmen e sangue coletadas para análise de hormônios. Cerca de 60% dos entrevistados afirmou ter abusado do álcool no mês anterior ao exame. Apesar de as quantidades ingeridas serem diferentes, o consumo de álcool na semana anterior ao teste levou a mudanças consideráveis na taxa de hormônios reprodutivos. 

##RECOMENDA##

Em muitos homens, houve aumento dos níveis de testosterona e diminuição da Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais (SHBG), proteína cuja principal propriedade é a alta afinidade por esteroides como DHT, testosterona e estradiol. De acordo com o perfil do grupo analisado, quanto maior foi o consumo de bebidas alcoólicas, menor foi a qualidade do esperma, com tamanhos menores e formatos defeituosos. 

Os homens que ingeriram 40 latas de cerveja durante uma semana tiveram a contagem de esperma reduzida em 33% e uma queda na qualidade do sêmen em 51%, quando comparados aos que consumiram entre uma e cinco latinhas. 

BRASIL - De acordo com Edson Borges Junior, especialista em Medicina Reprodutiva, a saúde e a fertilidade das futuras gerações estão em risco. Uma análise feita em 2.300 amostras de sêmen de pacientes que recorreram ao método de reprodução assistida nos intervalos de 2000 e 2002 e 2010 e 2012 registrou diferenças nas unidades analisadas, sobretudo em relação à concentração e à morfologia dos espermatozoides. 

A pesquisa também surpreendeu os especialistas em relação à grande quantidade de indivíduos com azoospermia – ausência de espermatozoides no material ejaculado. Para Edson Borges, é necessário encontrar os agentes que estão causando a redução da fertilidade masculina. “Esses estudos são importantes para detectar o mal que alguns hábitos – não só a ingestão de álcool, mas também o cigarro e o consumo de carnes vermelhas e gorduras trans – fazem à fertilidade. Já é possível afirmar que o aumento da frequência de anomalias reprodutivas reflete os efeitos adversos dos fatores ambientais ou estilo de vida dos indivíduos”, alerta o especialista. 

Competição, pressão e assédio moral são algumas das queixas de quem sofre de estresse no trabalho. Além dos mais conhecidos riscos de depressão, doenças crônicas e síndrome do esgotamento profissional, este estresse também está relacionado à dificuldade para engravidar.

Segundo o Instituto Sapientiae, um estudo publicado em 2013, com 31 países europeus, apontou que o estresse no ambiente de trabalho é considerado como algo comum por mais da metade dos funcionários, principalmente por aqueles que trabalham em escritórios e na prestação de serviço. A insegurança na manutenção do emprego, o excesso de trabalho e da cobrança por resultado, além de assédio e bullying, são citados como as causas mais frequentes de depressão e dos altos níveis de estresse. 

##RECOMENDA##

O mesmo instituto avaliou o impacto do estresse oxidativo em 332 casais inférteis em tratamento de fertilização assistida, analisando sêmen e fluido folicular. O excesso de radicais livres – átomos ou moléculas altamente reativas – presente nas amostras traz impacto negativo sobre o DNA, lipídios e proteínas, o que dificulta a gravidez. “O estresse emocional desencadeia uma série de desdobramentos no organismo humano, incluindo o aumento do estresse oxidativo, que tem potencial influência na piora da qualidade dos oócitos e na qualidade do sêmen”, comenta o Doutor Edson Borges Junior, urologista e presidente do Instituto Sapientiae.

No jornal Human Reproduction, médicos compararam a taxa de gravidez entre casais estressados e casais calmos, chegando à conclusão de que nos meses em que os casais estavam mais felizes e tranquilos, as taxas de fertilização eram mais elevadas. “É importante oferecer ao casal, principalmente à paciente, um suporte psicológico durante o período da fertilização assistida”, indica Edson Borges.  

Com informações da assessoria

 

Um novo tratamento hormonal ajudou mulheres que sofrem de câncer de mama a preservar melhor sua fertilidade durante a quimioterapia, revela um estudo divulgado nesta sexta-feira, no primeiro dia da conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), em Chicago.

A quimioterapia traz, entre outros efeitos, um importante risco de provocar uma insuficiência ovariana, ao reduzir a quantidade e a qualidade dos óvulos. O estudo clínico - de fase 3 - revela que uma injeção mensal de goserelina (Zoladex) durante a quimioterapia reduz em 64% o risco de falha dos ovários. Ao bloquear a produção dos estrógenos, o tratamento provoca uma menopausa temporária e preserva muito melhor a fertilidade da paciente.

Apenas 8% das mulheres que receberam uma injeção mensal deste hormônio apresentaram falha ovariana, contra 22% do grupo-controle. As pacientes submetidas ao tratamento com goserelina também tiveram duas vezes mais possibilidades de desenvolver uma gravidez normal após concluir a quimioterapia em relação ao grupo que não recebeu o tratamento hormonal, segundo os pesquisadores.

"Preservar sua fertilidade é um objetivo e uma preocupação importante para as jovens mulheres diagnosticadas com câncer de mama e os resultados deste teste clínico oferecem uma alternativa simples e nova, que poderá ser aplicada a outros tipos de câncer", destacou a doutora Halle Moore, principal autora do estudo .

"Não apenas a goserelina se revela muito segura, como também é eficaz na medida em que o tratamento aumenta a probabilidade de gravidez e de dar à luz um bebê saudável após a quimioterapia".

A pesquisa revelou ainda que as pacientes tratadas com goserelina têm 50% mais possibilidades de estar com vida quatro anos após o diagnóstico em relação ao grupo-controle. O estudo analisou 257 mulheres ainda não menopáusicas com câncer de mama e receptores hormonais negativos.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando