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Dois homens foram detidos após a invasão de dezenas de pessoas ao gramado da Arena de Pernambuco, no Grande Recife, na noite dessa terça-feira (19). O Santa Cruz lutava por uma vaga na Copa do Nordeste 2022, mas foi eliminado nos pênaltis pelo Floresta após o empate por 3x3.

No acesso aos vestiários para tentar agredir jogadores e integrantes da comissão técnica, dois torcedores, de 25 e 30 anos, foram detidos e conduzidos pelo Batalhão de Choque à Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva. Portas de vidros do corredor foram destruídas pela ação dos invasores.

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O mais velho também recebeu uma queixa por lesão corporal por agredir uma torcedora de 40 anos ao término da partida.

A dupla prestou esclarecimentos às autoridades e foi solta após assinar Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO).

O Santa Cruz acabou derrotado para o Floresta-CE nos pênaltis na noite dessa terça-feira (19) e foi eliminado precocemente da Pré-Copa do Nordeste. Após a partida, o treinador Leston Jr. concedeu entrevista coletiva e foi taxativo sobre sua verdadeira missão no clube. “Vim para fazer o Santa bater o pé na Série D e sair de lá”, declarou.

Inicialmente Leston se esquivou de perguntas sobre a utilização dos reforços Marcos Martins e Matheus Anderson, que por orientação do advogado do clube foram barrados da partida, já que o regulamento da competição deixa em aberto várias interpretações. Pensando em prováveis punições por alguma irregularidade e esperando pronunciamento da CBF, o Santa escolheu não utilizar os jogadores. O treinador deixou as dúvidas sobre o caso para respostas futuras da diretoria e focou apenas em falar sobre a partida e seu objetivo.

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O treinador aproveitou para exaltar a torcida do Santa Cruz, que compareceu em bom número, e dar razão a sua chateação. “Não tenho nem o que falar para a torcida. Ela vir num jogo pós-pandemia, num jogo 21h30, na Arena, que a gente sabe da dificuldade do translado, apoiar o time 90 minutos da forma que apoiou. Não tenho o que dizer, só agradecer, porque essa classificação era importante em todos os aspectos, financeiro, competitivo, mas fundamentalmente era importante para dar ao torcedor um conforto mínimo pós a temporada ruim que o clube teve. Eles estão chateados com razão”, explicou. 

Sobre a partida, o treinador lamentou o resultado e pôs o peso da derrota no psicológico dos jogadores. “É difícil você perder da forma com que a gente perdeu, ficando na frente do placar por três vezes, mas o desequilíbrio da equipe ficou latente em vários momentos, principalmente emocional, em um, dois minutos que o emocional abalava, o Floresta ia lá e chegava com perigo, marcando gols”, afirmou.

Leston ainda foi taxativo sobre seus objetivos em sua chegada no Santa Cruz. “Não vim pra cá, pra fazer um jogo, vim para cá porque quando estive aqui na minha primeira passagem em 2019, fui muito bem recebido por todos e pela torcida e quando fui chamado dessa vez, me senti na obrigação de vir e aceitar o desafio porque essa torcida merece. Vim fazer o Santa bater o pé na Série D e sair de lá”, concluiu.

Em um jogo em que o Santa Cruz esteve por três vezes à frente do placar, a equipe coral empatou na Arena de Pernambuco, nesta terça-feira (19). O placar foi de 3x3. E nas cobranças de penalidades, Pipico e Breno Calixto perderam suas cobranças e viram o Floresta avançar na Copa do Nordeste. Após o jogo, alguns vandâlos invadiram o gramado e os jogadores das duas equipes precisaram sair correndo temendo agressões.

O JOGO

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O Santa Cruz começou o duelo a todo vapor. Marcando alto, pressionando a saída de bola e rondando a área do Floresta. Mas a primeira grande chance foi dos visitantes, que aproveitaram a confusão da defesa coral e armaram um contra ataque com Eugênio, mas ele parou em Jordan. Em seguida, a primeira chegada mais perigosa dos donos da casa, foi uma cabeçada de Pipico, que Douglas defendeu. 

O Tricolor não abdicava de marcar alto e dessa forma, aos 22, Vitinho roubou a bola e tocou para Lelê que devolveu para o volante que chutou. No rebote, Pipico bem posicionado abriu o placar na Arena. O Santa seguiu pressionando, mas atrás seguia batendo cabeça.

E bastou uma triangulação bem feita dos cearenses para o espaço aparecer e Paulo Vyctor, cara a cara, empatar tudo. Antes do fim da primeira etapa, ambas equipes tiveram chances, mas o 1x1 foi mantido. 

Assim como no primeiro tempo, a Cobra Coral veio com tudo na segunda etapa e precisou de segundos para assustar em chegada de Vitinho que Douglas que defendeu. Aos 6, a falta cobrada foi defendida pelo goleiro e no rebote de novo Vitinho, mas dessa vez certeiro, estava lá para marcar e virar o jogo.

Sem muitas chances, o jogo só voltou a ter ação aos 32 com Pipico passando perto de finalizar cruzamento perigoso de Lelê. E aos 36 foi a vez do Floresta chegar e de cabeça com Fábio Alves os cearenses empataram. Mas nem demorou muito e o Santa voltou a frente do placar. Em jogada pela direita, Eduardo só rolou e PIpico virou mais uma vez. Mas no último minuto, Breno Calixto errou o tempo de bola e Mailson livre empatou de novo levando o jogo para os pênaltis.

PENALIDADES

Na primeira cobrança, Pipico mandou para fora. Pelo Floresta, Fábio Alves marcou.  Lelê converteu a segunda para o Tricolor, mas Dudu manteve os cearenses na frente. Em seguida, Leonan fez para os pernambucos e Daniel para os visitantes. Mas Breno Calixto perdeu a cobrança seguinte e bastou o jovem Athyrson fazer para classificar o Floresta. 

Ficha de jogo

Competição: Eliminatórias da Copa do Nordeste

Local: Arena de Pernambuco

Santa Cruz: Jordan; Lucas Rodrigues (Rafael Castro), Willian Alves, Breno Calixto, Leonan; Vitinho (Caetano), Maycon, Lelê; Tarcísio (João Cardoso), Frank (Eduardo) e Pipico. Téc. Leston Júnior. 

Floresta: Douglas; Daniel, Alisson, Mailson, Fábio Alves; Thalisson, Jô, Renê; Paulo Vyctor (Athyrson) Eugênio, Flávio Torres (Dudu). Téc: Daniel Rocha.

Gols: Pipico 2x e Vitinho (SAN), Paulo Vyctor, Fábio Alves (FLO)

Arbitragem: Leonilson Trigueiro Filho

Cartões amarelos: Pipico e Vitinho (SAN); Jô, Thalison (FLO)

Público: 3.519 

A partir deste domingo (17), a torcida tricolor vai poder garantir o ingresso para a partida contra o Floresta nas bilheterias do Arruda. A venda presencial vai até o dia do jogo (19).

O Santa Cruz encara o primeiro confronto pela pré-eliminatória da Copa do Nordeste na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. Os ingressos custam R$ 40 e são destinados ao Setor Norte do estádio.

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A venda presencial no Arruda ocorre no domingo (17) e segunda (18), das 9h às 14h, e na terça (19) até às 13h. Os torcedores também podem garantir a entrada de forma oline através do FutebolCard.

 

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Fortalecer, valorizar a cultura e promover o protagonismo feminino. Esses foram os pilares para a criação da Associação de Mulheres Extrativistas do Combu (AME Combu), resultado do projeto de dissertação "Sociedade e Natureza: Um Estudo sobre o Protagonismo das Mulheres Andirobeiras da Ilha do Combu, Belém-Pa", vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Veja vídeo sobre o projeto aqui. 

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Executado pela acadêmica Ana Carolina Gonçalves, sob orientação das professoras doutoras Flávia Lucas e Cláudia Urbinati, o projeto da Associação surgiu por uma demanda das próprias mulheres das comunidades do Combu e Piriquitaquara, na região das ilhas de Belém. Para a professora Flávia Lucas, uma das criadores do projeto, "essa criação surgiu da necessidade de trazer o protagonismo para essa mulher, fazê-la se sentir valorizada, valorizar o seu trabalho e lhe trazer conhecimentos sobre a matéria prima local, que é o óleo da andiroba”, declara.

Segundo a professora Cláudia Urbinati, em média, 20 mulheres fazem parte da Associação. São trabalhadoras da florestas que desenvolvem diversas atividades, tanto quanto os homens, e não possuem o reconhecimento devido. 

Além de promover esse protagonismo feminino, o projeto também tem o intuito de valorizar o óleo da andiroba e a conservação da espécie, para que continue a produzir o fruto que será a matéria-prima rentável a muitas famílias. Ele também visa profissionalizar essas mulheres para que possam atuar em uma atividade rentável, pois muitas dessas extrativistas não recebem o valor merecido pelo trabalho minucioso realizado, que pode levar até meses para ser finalizado por conta do clima, dos frutos e do processo que envolve crença, cultura e empenho.

Valorização da cultura local

Dentro das crenças na produção do óleo, Izete dos Santos, conhecida como Dona Nena, conta que mulheres menstruadas ou grávidas e pessoas desconhecidas não podem participar ou observar o processo de extração e produção do óleo pois, segundo a crença, entendem que a andiroba é capaz de absorver a energia dos envolvidos. "Se as regras não forem cumpridas, o óleo não sai da maneira natural, tendo que optar por expor ao sol, forçando a extração do fruto e fazendo com que o óleo se torne inutilizável para o consumo tradicional."

Dona Nena é uma das tantas mulheres que acreditam e participam do projeto. Moradora do Combu, ela vive pelo resgate da cultura da família, utilizando como fonte de renda tudo o que a floresta lhe oferece. Hoje em dia, ela trabalha com o foco no chocolate, mas tem a andiroba como expectativa de complementação de renda para ela e outras mulheres da Ilha. "Vejo o projeto como uma forma de despertar o interesse a esse trabalho de extração, para que as mulheres vejam o potencial da andiroba para a nossa Ilha."

Visando amparar e dar estrutura para a execução do trabalho, a equipe do projeto já providenciou fogão, utensílios individuais para o projeto. Há o planejamento de equipar a sede da melhor maneira para as mulheres se sentirem não apenas no seu lugar de trabalho, mas em um lugar em que sejam acolhidas, possam conversar e se sentirem valorizadas. 

Segundo a discente Ana Carolina Gonçalves, toda a iniciativa veio para valorizar a cultura local que aos poucos está se perdendo, principalmente, por conta das mudanças sociais que vêm acontecendo na Ilha. "No passado, havia mais zelo pela floresta e costumes caboclos. O trabalho das andirobeiras visa justamente um recurso nativo, que é um patrimônio material, mas também imaterial, pois faz parte da cultura, tradição e herança familiar", afirma

"Muitas já possuem uma demanda de óleo, então o nosso projeto visa fortalecer essa atividade, fazendo com que a sede atual se torne um ponto comercial das produções, que os terrenos onde acontecem a colheita do fruto da andiroba se tornem vias turísticas e rentáveis a essas famílias", explica a aluna.

Desde o início, em 2020, o projeto, por meio da Uepa, já promoveu diversas oficinas na sede da Associação, localizada na comunidade de Piriquitaquara, para estimular capacitações das andirobeiras para elaboração de cosméticos, materiais de limpeza, dentre outros, à base de andiroba, visando o fortalecimento da cadeia de valor da andiroba na Ilha. Essa etapa tem sido acompanhada pelo químico e doutorando da Universidade Federal do Pará (UFPA) André Reis, que presta todas as orientações técnico-científicas que agregam qualidade e segurança no uso destes produtos.

A equipe do projeto conta com a participação da comunidade envolvida, representada pelas andirobeiras, além do apoio jurídico do Escritório Ferreira Melo e Barroso Advocacia, por meio do advogado Paulo de Tarso, e do designer Bernardo Magalhães, diretor da Agência de Comunicação Libra Branding, que estão trabalhando conjuntamente para a criação da AME Combu e da marca coletiva.

Impactos na comunidade

Por muito tempo a andiroba foi a principal fonte de renda de muitas famílias ribeirinhas. Mas as descobertas de novas fontes fizeram com que o valor, da até então fonte principal, caísse até não suprir mais a necessidade das famílias, que consistiam desde necessidades básicas, alimentação, até o cultivo da matéria e o processo de tratamento até chegar ao mercado. 

Prazeres Quaresma, mais conhecida como Dona Prazeres, é turismóloga especialista em Ecoturismo. Mas, como conta, acima disso é ribeirinha, com família extrativista presente há mais de 100 anos na região. Para ela, a andiroba é o sangue da população ribeirinha, porque sempre foi considerada um medicamento e, mais que isso, representa uma fonte de renda muito importante. "Apesar de ter perdido o valor hoje, nós ainda continuamos acreditando no potencial desse fruto, que assim como o cacau e o açaí, ela também tem tudo para voltar a crescer e conquistar novamente o mercado. A andiroba representa a esperança de manter a nossa floresta de pé", destaca.

Segundo Dona Prazeres, atualmente, 95% das andirobeiras perderam o lugar para o açaí e cacau, matérias que estão com maior valor no mercado. A chegada do projeto é a esperança para a retomada financeira do produto. "Acredito que o projeto tenha vindo para despertar as pessoas que achavam que as andirobeiras não serviam mais pra nada. Que isso traga de volta o ânimo e a intenção de plantar mais andiroba, entender que ela pode ser uma fonte de renda valiosa. O futuro da andiroba depende hoje da Associação. As pessoas só irão valorizá-la a partir do sucesso e engajamento dessa iniciativa. O diferencial desse projeto é o compromisso que estão tendo com a comunidade. Existe uma frase que diz: 'saber e não fazer é o mesmo que não saber' e o diferencial do AME é porque sabem e fazem", acredita.

Ao final da pesquisa espera-se que o óleo de andiroba e derivados, como sabonetes, shampoos e hidratantes, tenham valor de mercado agregado, bem como as mulheres andirobeiras da Ilha do Combu se sintam valorizadas e estimuladas a manter a produção de óleo, visando a tradição dos povos da floresta. A expectativa é que o projeto AME ajude a trazer de volta o valor de todo o trabalho com a andiroba, além da valorização cultural, reconhecimento da mão de obra e o retorno financeiro, essencial para a economia local e às mulheres extrativistas que ainda produzem os produtos naturais na região. 

Por Larissa Silva, da Ascom Uepa.

 

 

Ana Carolina Farias, professora e mestre em Direito, Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional, lança nesta quinta-feira (26) o livro “O Plano de Manejo Florestal Sustentável na Amazônia: a parceria empresa e comunidade tradicional no manejo florestal no Estado do Pará”. O evento será às 19 horas, na UNAMA - Universidade da Amazônia, unidade do Parque Shopping, na avenida Augusto Montenegro, em Belém.

A professora atua na pesquisa do manejo florestal na Amazônia desde a graduação em Direito. Posteriormente, aprofundou o estudo na dissertação de mestrado.

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No curso, Ana Carolina realizou uma pesquisa de campo em uma comunidade tradicional que tinha parceria com uma empresa para executar o manejo florestal do território. “Visualizei a importância de ser produzido um livro para a publicação desta pesquisa”, explica.

Durante a produção da dissertação e da pesquisa, diz a professora, foi possível identificar uma ferramenta que tem o potencial de se tornar uma política pública importante para a concretização do desenvolvimento sustentável na Amazônia, a qual poderia ser fomentada por meio da publicação da obra. “O livro se propõe a analisar o plano de manejo florestal sustentável, bem como seus principais entraves para a execução do ponto de vista das empresas e das comunidades tradicionais”, informa.

Ana Carolina ressalta que, dentre os principais pontos que são abordados no livro, está incluída a parceria entre empresa e comunidade no manejo florestal realizado dentro de um território comunitário, como forma de suprir os direitos fundamentais básicos dessas comunidades, bem como um desenvolvimento socioambiental.

A professora ainda aponta que o manejo florestal está presente na realidade amazônica e do Estado do Pará, podendo ser um instrumento de concretização do desenvolvimento sustentável, potencializando a proteção das florestas e garantindo um desenvolvimento social e econômico para as regiões. “Diante disso, não poderia ser mais atual e necessária a leitura deste livro”, complementa.

Os livros vão estar disponíveis para quem desejar adquirir no lançamento presencial, nesta quinta-feira, com uma sessão de autógrafos.

Por Isabella Cordeiro.

A floresta amazônica vem sendo devastada no maior ritmo dos últimos 10 anos. Apenas em julho, 2.095 km² foram desmatados, 80% a mais do que no mesmo mês em 2020, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Essa área é maior do que a cidade de São Paulo e representa o pior índice da década para julho. Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses também foi o maior desde 2012.

De agosto de 2020 a julho de 2021, período conhecido como o “calendário do desmatamento”, o bioma viu 10.476 km² de floresta serem destruídos, área que equivale a nove vezes a cidade do Rio de Janeiro. Esse acumulado é 57% superior ao desmatamento registrado no calendário anterior, de agosto de 2019 a julho de 2020, quando 6.688 km² foram devastados. Os dados foram obtidos através do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, que utiliza imagens de satélite e de radar para monitorar a Amazônia desde 2008.

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Em relação aos Estados, o Pará foi o que mais desmatou em julho, com 771 km² de floresta destruídos, o que representa 37% do registrado em todo o bioma. Além disso, sete das 10 terras indígenas e cinco das 10 unidades de conservação mais atingidas pelo desmatamento no período estão em solo paraense.

“No Pará, 48% da área de floresta destruída em julho se concentrou em apenas quatro cidades: Altamira, São Félix do Xingu, Itaituba e Novo Progresso. São municípios críticos que deveriam estar recebendo ações prioritárias de combate ao desmatamento, pois são regiões que estão há anos entre as que mais desmatam na Amazônia”, explica Antônio Fonseca, pesquisador do Imazon. O Pará também foi o Estado com a maior área desmatada nos últimos 12 meses: 4.147 km², 43% a mais do registrado no calendário anterior.

Avanço pelo Amazonas

Assim como observado em meses anteriores, a destruição da floresta segue avançando pelo Sul do Amazonas, o que fez o Estado ficar em segundo lugar no ranking dos que mais desmataram em julho. No período, foram devastados 402 km² em solo amazonense,19% do registrado no bioma.

O Estado também ficou em segundo lugar no ranking dos que mais desmataram nos últimos 12 meses, com o acumulado de 1.831 km². Essa área é 62% maior do que a destruída no calendário anterior. “Nestes últimos 12 meses, percebemos um intenso desmatamento na região do Sul do Amazonas. Isso ocorreu devido à escassez de grandes áreas de florestas em regiões que já foram devastadas anteriormente, em Estados como Mato Grosso e Rondônia. Com isso, houve um deslocamento do desmatamento”, afirma a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.

O terceiro estado que mais desmatou em julho foi Rondônia, com 319 km² (15%), e o quarto foi o Acre, com 313 km² (15%). Ambos ultrapassaram o Mato Grosso, que vinha em terceiro lugar nos últimos meses, mas em julho registrou desmatamento de 203 km² (10%), ficando em quinto no ranking.

“Mato Grosso, por muitos anos, esteve entre os Estados que mais desmataram na Amazônia, principalmente devido à conversão da floresta para o plantio de grãos. Porém, desde 2019, o Amazonas ocupou o segundo lugar do ranking, indicando um deslocamento dos desmatadores de áreas consolidadas para regiões com mais florestas disponíveis”, aponta Antônio Fonseca, pesquisador do Imazon.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, o terceiro Estado que mais desmatou foi justamente o Mato Grosso, com 1.536 km² de florestas destruídas, 58% a mais do que no calendário anterior. Em seguida ficaram Rondônia (1.352 km²) e Acre (927 km²), que tiveram aumentos respectivos de 63% e 95% em relação ao período de 2019-2020.

A análise do desmatamento por categoria do território indicou que 63% ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, 23% em assentamentos, 11% em unidades de conservação e 3% em terras indígenas. Já as florestas degradadas somaram 32 km² em junho, sendo 75% da degradação detectada no Mato Grosso, 19% no Pará, 3% no Acre e 3% no Amazonas.

O Imazon classifica o desmatamento como o processo de realização do “corte raso”, que é a remoção completa da vegetação florestal. Na maioria das vezes, essa mata é convertida em áreas para pecuária. Já a degradação é caracterizada pela extração das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira. Outros exemplos de degradação são os incêndios florestais, que podem ser causados por queimadas controladas em áreas privadas para limpeza de pasto, por exemplo, mas que acabam atingindo a floresta e se alastrando.

O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), desenvolvido pelo Imazon, é uma ferramenta que utiliza imagens de satélites (incluindo radar) para monitorar a floresta. Além do SAD, existem outras plataformas que vigiam a Amazônia: Deter, do Inpe, e o GLAD, da Universidade de Maryland. Todas são importantes para a proteção ambiental, pois garantem a vigilância da floresta e a emissão de alertas dos locais onde há registro de desmatamento. Os dados fornecidos ajudam os órgãos de controle a planejarem operações de fiscalização e identificarem desmatadores ilegais.

Mais informações no site do Imazon.

Da assessoria do Imazon.

 

Demorou 11 rodadas, mas a primeira vitória do Santa Cruz na Série C veio. Neste sábado (7), o time Coral visitou o Floresta e conquistou importantes três pontos na luta contra o rebaixamento. De quebra, a equipe ainda viu seu atacante Pipico colocar fim a um longo jejum. O zagueiro Rafael Castro no segundo tempo deu números finais ao jogo que aconteceu no Raimundão, no Ceara.

O jogo

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No duelo de desesperados, o mais necessitado foi quem começou a dar as cartas. Apesar de não conseguir um domínio, o Tricolor era melhor no jogo e levou perigo principalmente na bola parada. Aos 12, Lucas assustou em cobrança direta, depois foi Júnior Sergipano que em um escanteio finalizou para fora. A melhor chance foi no chute de Leonan aos 29, que o goleiro Tony salvou. O Floresta só se defendeu nos primeiros minutos.

Aos poucos a equipe cearense foi se soltando no confronto, mas as chances eram poucas e Jordan não chegou a fazer nenhuma defesa difícil. Em resumo, os donos da casa só encontraram espaço com bolas alçadas que foram neutralizadas pela defesa Coral. O empate estava sendo mantido até que o oportunismo de Pipico surgiu e o atacante de cabeça abriu o placar e deu a vitória parcial.

E se Jordan não precisou se esforçar no primeiro tempo, mal começou o segundo e Dione obrigou o goleiro a boa intervenção. O Floresta voltou mais ativo e partiu em busca do empate, mas apesar do susto inicial, o Santa conseguiu marcar as investidas do adversário e ainda explorava a velocidade para buscar o segundo gol. E assim foi com Jailson, aos nove, que chutou para fora.

E foi de novo com o meia que o Tricolor teve sua grande chance. Com espaço atrás deixado pelo Floresta, o jogador arrancou e tinha a opção de rolar para Pipico, mas optou pelo arremate que tirou tinta da trave. Os donos da casa seguiram até o fim em busca da igualdade e acabavam deixando espaços. Foi aí que a bola parada do Santa deu o ar da graça e o zagueiro Rafael Castro deu números finais ao jogo e a consequente primeira vitória do time na competição.

Ficha de jogo

Competição: Campeonato Brasileiro -Série C

Local:Raimundão-CE

Floresta: Tony; Willian Goiano, Alisson (Flavio Torres) , Carlos Renato; Edimar, Daniel, Jo (Deysinho), Dione (Elielton); Yuri(Thalisson), Alisson Mira. Tec. Leston Junior.

Santa Cruz: Jordan; Júnior Sergipano (Rafael Castro), Calixto, Willian Alves; Maycon, Leonan, Lucas, Jailson, Tarcísio; Pipico (Levi), Bruno Moraes (Elias Carioca). Tec. Roberto Fernandes.

Gol: Pipico, Rafael Castro (SAN)

Arbitragem:Rafael Martins Diniz  - DF

Cartão amarelo: Alisson, Elielton, Jo, Thalisson, Willian Goiano (FLO), Maycon, Jailson (SAN)

Nessa quarta-feira (14), a revista científica 'Nature' publicou um estudo feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mostra a floresta amazônica como fonte de gás carbônico, ou seja, a taxa de número de emissão de CO2 é maior que o número de gás absorvido pela natureza. O fenômeno ocorre em virtude da degradação ambiental, como as queimadas e desmatamentos que afetam diversas regiões do Brasil.

De acordo com Luciana Vanni Gatti, uma das autoras do estudo, enquanto há a emissão direta do gás carbônico por meio das queimadas, existe ainda um segundo fenômeno que também é um agravante para o meio ambiente: a emissão indireta de carbono. Isso ocorre em virtude da menor quantidade de chuvas, e portanto, o processo de fotossíntese é afetado, além do aumento de temperatura média que agrava o processo.

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Segundo os idealizadores do projeto, esta é a primeira vez que uma pesquisa aponta a diminuição na capacidade de absorção da floresta amazônica. Esse fator contribui ainda mais para o período de seca, que geralmente acontece nos meses de agosto, setembro e outubro.

Por conta dos altos índices que afetam o meio ambiente e a atmosfera do planeta, está em pauta quais medidas podem ser tomadas para restabelecer o equilíbrio ecológico. A União Europeia revelou que possui um plano para combater as mudanças climáticas, e assim fazer um processo de “descarbonização”. As medidas apresentadas ainda não estão em vigor, mas alguns pontos são estudados como imposto sobre combustível, além de mudanças e adequações em energias renováveis.

Por Rafael Sales

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A Polícia Militar destruiu cerca de 52 mil pés de maconha e apreendeu cerca de 15 kg da erva, na Zona Rural de Floresta, no Sertão de Pernambuco, no último sábado (12). Os policiais receberam denúncias de moradores da área, conhecida como Serrote da Vassoura. As ervas eram plantadas com água roubada do Rio São Francisco.

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No local, também foi localizado um suspeito, flagrado no momento em que estava retirando água do canal. Ele admitiu roubar água para irrigar o plantio, que era dividido em quatro roças, queimadas pelos policiais.

Todo o material apreendido, incluindo 2,5 kg de sementes de maconha, foram encaminhados para a delegacia de polícia de Floresta, que investiga o caso. O suspeito aguarda audiência de custódia. Os demais responsáveis pelas roças não foram encontrados.

No primeiro jogo no Arruda pela Série C do Campeonato Brasileiro, válido pela segunda rodada da competição, o Santa Cruz empatou sem gols com o Floresta. Na partida deste sábado (5) o time coral foi muito mal e segue sem vencer, somando apenas um ponto.

Deu sono

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Quem esperava muitas mudanças na postura do Santa Cruz em relação à primeira rodada, se frustrou. O primeiro tempo foi muito pobre na construção e criação de jogadas. A única, ainda antes da metade do primeiro tempo, nasceu de um escapada após erro do adversário que terminou com cruzamento perigoso de Rondinelly que Adriano furou. 

Ponto positivo, porém, para a defesa, que se mostrou consistente e impediu o Floresta, ainda que tenha conseguido em alguns momentos acelerar o jogo, de finalizar em gol. Nenhum dos goleiros trabalhou na sonolenta primeira etapa. 

Mais intensidade

Logo no começo do segundo tempo, o Santa já mostrou uma postura diferente. Mais intenso e mais agressivo, o time foi aos poucos se aproximando do gol adversário e por muito pouco, aos sete minutos, não abriu o placar, mas Bustamante perdeu. O Floresta se fechava, mas lá na frente seguia sem criar muito.

Não era um domínio absoluto, mas a Cobra Coral foi sendo mais perigosa e aos 26 em jogada individual de Frank quase marca, batento cruzado e obrigando o goleiro cearense a fazer um milagre. O Floresta ainda chegou ao menos uma vez com algum perigo, mas nenhuma das equipes foi capaz de mudar o placar e o empate permaneceu.

Ficha Técnica

Competição: Campeonato Brasileiro Série C

Local: Arruda (Recife)

Santa Cruz: Jordan; Weriton, Breno Calixto, Hebert, Eduardo; Caetano, Vitinho (Frank), Chiquinho, Rondinelly (França); Madson (Bustamante), Adriano Michael Jackson (Pipico). Téc. Bolívar

Floresta: Douglas Dias; Tony, Edimar, Willian Goiano (Alisson), Carlos Renato; Jô, Marconi, Elielton (Dione), Eduardo (Thalisson); Flávio Torres (Alison Mira), Deysinho (Fábio). Téc. Leston Júnior

Arbitragem: Leonilson Filho-RN

Cartões amarelos: Deysinho (FLO), Caetano, Hebert (SAN)

O Pará, no mês de março, apresentou aumento de desmatamentos ilegais na região da Amazônia Legal e passou a ocupar a liderança entre os Estados com mais áreas desmatadas em 2021, com 35%. É o que apontam dados da pesquisa do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), obtidos pelo Sistema de Alerta do Desmatamento.

Os dados mostram também que ocorreu um aumento de 216% no desmatamento em relação ao mesmo mês do ano passado, quando a área desmatada contabilizou cerca de 256 km². A pesquisa mostra também que a nova série de desmatamentos foi a maior registrada nos últimos 10 anos no Estado.

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Segundo a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim, entre os principais fatores que podem ter colaborado para o aumento da prática está a apropriação de florestas públicas que ainda não têm uma destinação, ou seja, a grilagem de terras.

A pesquisadora ressalta também que mudanças ambientais podem ocorrer caso a prática ilegal continue. “Em relação às consequências do desmatamento, elas são diversas. Nós podemos citar o comprometimento do equilíbrio ambiental como as mudanças climáticas, perda da biodiversidade, tanto vegetal quanto animal. Podemos ter também a intensificação do processo de desertificação em áreas, principalmente, mais secas, com a extinção de rios através do processo de assoreamento e ainda alteração do ciclo hidrológico, que afeta tanto a produção de grãos quanto o abastecimento natural dos reservatórios de água”, assinalou Larissa Amorim.

De acordo com o engenheiro Rodrigo Rodrigues, mestre em Engenharia Ambiental e Engenharia Civil e professor da UNAMA - Universidade da Amazônia, a política de exploração, adotada pelo governo federal, tem atrapalhado o desenvolvimento de medidas cientificas e tecnológicas mais efetivas no combate ao desmatamento.

“Não existe uma política favorável ao reflorestamento e ao combate de queimadas. Investimentos no setor são removidos ou são reduzidos, em uma política que favorece uma ideia de crescimento econômico através da exploração. A gente não consegue mais fazer com que a ciência e a tecnologia tenham um bom desempenho nesse processo. Elas são automaticamente desprezadas nesse modelo de gestão”, disse o professor.

Em nota enviada ao portal LeiaJá, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informou que tem atuado no combate ao desmatamento em áreas do Estado e em empreendimentos cujo licenciamento é estadual através da estratégia do Plano Amazônia Agora, que tem como objetivo alcançar o patamar de emissão líquida zero até 2036. Além disso, informa a nota, o Estado avança em ações repressivas, aliadas à regularização fundiária e ambiental e ao apoio à produção rural sustentável. 

Segundo o órgão, no mês de abril, foram embargadas 52 áreas estaduais, onde foram detectadas ocorrências de desmatamento ilegal. De acordo com dados do sistema de alerta Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro a dezembro de 2020, o Pará reduziu em 13% o desmatamento em áreas estaduais em comparação ao mesmo período de 2019, enquanto que em terras federais o aumento foi de 6% também no mesmo período.

Por Erick Baia.

 

 

 

 

 

 

Uma carga roubada de uma loja de varejo foi recuperada nessa quinta-feira (18), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-232, em Pesqueira, no Agreste de Pernambuco. O crime aconteceu na quarta-feira (17), no município de Serra Talhada, no Sertão do Estado. O motorista do caminhão, de 34 anos, e o seu ajudante, de 15, foram levados à delegacia.

Enquanto realizavam uma ronda no Km 211, os policiais avistaram um caminhão, aparentemente quebrado em um posto de combustível. Ao checar com a empresa responsável sobre a procedência da mercadoria, os agentes detectaram que os produtos haviam sido roubados no dia anterior. A carga era composta por alimentos, material de papelaria, calçados, travesseiros, lençóis, toalhas, entre outros.

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A polícia também descobriu que a carga roubada havia sido transferida para outro caminhão e que um semirreboque foi utilizado para transportar a mercadoria, o semirreboque portava placas clonadas. O primeiro caminhão foi encontrado em Floresta, município que fica à 91,1 km do local do roubo e o motorista foi localizado. A operação foi realizada pelo 14º Batalhão de Polícia Militar.

O motorista do caminhão e o jovem foram encaminhados à delegacia de Polícia Civil de Pesqueira e o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o menor de idade. A empresa e a seguradora foram até o local para recuperar a mercadoria roubada.

O Mirassol deu um importante passo rumo ao título do Campeonato Brasileiro da Série D. Neste sábado, o time paulista visitou o Floresta-CE, em Fortaleza, e venceu por 1 a 0, com gol de Netto, já no segundo tempo. O jogo seria realizado no Castelão, que de manhã registrou um incêndio. Por isso, foi transferido ao estádio Carlos de Alencar Pinto, o Vovozão, que pertence ao Ceará.

A partida de volta será no próximo sábado, às 16h, no estádio José Maria de Campos Maia. O time joga por um empate para ser campeão. O Floresta precisa vencer por um gol de diferença para levar a definição aos pênaltis. Se vencer por dois ou mais, leva o título no tempo normal. Além dos finalistas, Novorizontino e Altos-PI também garantiram o acesso à Série C em 2021.

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Os times começaram o jogo com muita movimentação, mas pecando nas finalizações. O Floresta tentou com Thalison e o Mirassol com Fabrício Daniel. O Floresta teve outra boa oportunidade com Núbio Flávio, mas Jeferson fez boa defesa.

Nos últimos minutos, Cássio Gabriel assustou e quase abriu o placar a favor do time paulista. Ele invadiu a área e chutou cruzado, mas para fora. O time cearense também respondeu com tentativas de cruzamento de Núbio Flávio, mas o setor defensivo do Mirassol afastou bem.

O segundo tempo começou com Mirassol levando perigo com Netto. Ele recebeu cruzamento e exigiu grande defesa do goleiro Douglas Dias. Aos sete minutos, Netto apareceu de novo ao chutar forte, mas parou novamente no goleiro.

A pressão funcionou. Aos 19 minutos, o time paulista conseguiu abrir o placar. Netto chutou sem força, de fora da área, mas conseguiu abrir o placar. Aos 27, o Floresta quase empatou com Alisson, que desviou de cabeça e mandou na rede, pelo lado de fora. O Mirassol ainda teve mais duas chances na parte final e poderia ter ampliado o placar.

Na noite deste sábado (31), o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), usou sua conta no Twitter para anunciar a confirmação de uma viagem de embaixadores internacionais à Amazônia. Segundo sua publicação, a expedição será realizada de quarta-feira, 4 de novembro, até a sexta-feira (6). 

Além da viagem, Mourão anunciou uma reunião do Conselho da Amazônia, marcada para a próxima terça-feira (3). Sem dar maiores detalhes, o vice-presidente afirmou também que fornecerá mais informações sobre a viagem na segunda-feira (2), durante o programa “Por Dentro da Amazônia”, na Rede Nacional de Rádio, às 9h e 20h30. 

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“Não verão nada queimando”

A ideia de organizar uma viagem de embaixadores internacionais para sobrevoar a Amazônia começou a ser ventilada pelo presidente, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), durante a cerimônia de formatura dos alunos do Instituto Rio Branco, responsável por formar diplomatas no País. A intenção de Bolsonaro, segundo ele mesmo, é mostrar que a maior floresta tropical do planeta Terra “não está queimando”

“O que mais nós precisamos é da verdade. Não podemos nos deixar vencer pela falsa narrativa. O mundo sempre esteve em guerra, nem que seja no campo das comunicações. Não é fácil estar do lado da verdade. A verdade me trouxe até aqui e a verdade libertará o nosso país”, afirmou o presidente, que vem sofrendo pressão por uma nova política ambiental, diante de dados que apontam crescimento das queimadas tanto na Amazônia quanto no Pantanal. 

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O ápice das pressões sobre o governo do Brasil foi o fato de oito países europeus enviarem uma carta a Mourão, afirmando que a alta do desmatamento poderia dificultar a importação de produtos brasileiros, pois estariam comprometidos em eliminar o desmatamento das cadeias de produtos agrícolas vendidos para a Europa.

Após a fala de Bolsonaro, o vice-presidente começou a organizar a expedição que deve contar com ministros, representantes de países, chefes diplomáticos da União Europeia e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). 

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Na noite dessa segunda-feira (26), o município de Petrolândia, no Sertão pernambucano, foi tomado por intensas rajadas de vento que deixaram os moradores apavorados. Sem registro de graves ocorrências, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) acredita que o sistema meteorológico vai se repetir nesta terça (27).

Confira

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O analista da Apac, Thiago Vale, explica que a ventania já era prevista para a região. “A gente já estava acompanhando esse sistema meteorológico, que é decorrente da tempestade subtropical Mani, que está jogando um corredor de umidade bastante intenso, que favorece a formação de nuvens, que provocam rajadas de vento, chuvas intensas e trovoadas”, explica o especialista.

De acordo com o representante da Apac, a estação meteorológica mais próxima de Petrolândia está localizada na cidade de Floresta e registrou a velocidade dos ventos em aproximadamente 40km/h. Contudo, acredita-s que as rajadas foram mais fortes em Petrolândia.

“Existe a possibilidade de que aconteça hoje de novo, em todo o Sertão. Tem previsão também de chuva em parte do Agreste e essa característica deve continuar hoje e amanhã. A maior possibilidade é que aconteça no final da tarde e no fim da noite”, alerta do analista.

A reportagem do LeiaJá tentou contato com a Prefeitura de Petrolândia para saber sobre as consequências da tempestade, no entanto, não houve retorno até esta publicação.

Sem máscara e no meio de uma aglomeração, o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes, participou, na quarta-feira (23), de ato de campanha do seu primo, Gustavo Novaes (PSD), que disputa a prefeitura de Floresta, no Sertão de Pernambuco. Um vídeo compartilhado pelo próprio Gustavo Novaes mostra ele e o secretário abraçados no meio de uma multidão ao som do jingle do candidato.

Rodrigo Novaes já esteve na imprensa lamentando as aglomerações nas praias após o feriadão de 7 de Setembro. “As pessoas estão precisando e querendo sair de casa, o isolamento social as pessoas já nem falam mais, mas é preciso que as pessoas saiam, mas saiam com cuidado, usando máscara, sem participar de aglomerações nesse instante”, disse à TV Clube no dia 8 deste mês. Após participar da convenção do PSD em Floresta, no dia 12 de setembro, Rodrigo Novaes falou à Folha de Pernambuco que “todos os eventos partidários em que atuo e apoio têm respeitado as medidas recomendadas de prevenção ao vírus”

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As cenas registradas na caminhada em Floresta, entretanto, contradizem o discurso do secretário. Em outro vídeo gravado durante o ato, ele dança e acena sem máscara para a população sem haver respeito a distanciamento seguro entre as pessoas, muitas delas também sem fazer uso do equipamento de proteção. Também sem máscara, o secretário discursou em palanque do primo.

O LeiaJá procurou a Secretaria de Turismo e Lazer, mas não recebeu posicionamento até a publicação da matéria. Rodrigo Novaes é deputado estadual licenciado após assumir a secretaria em janeiro de 2019. Ele foi eleito para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pelo PSD com 64.456 votos.

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O presidente Jair Bolsonaro garantiu nesta terça-feira (22), em seu pronunciamento na abertura da 75ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que o Brasil "é vítima de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal", regiões atualmente devastadas por incêndios.

"A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil", disse Bolsonaro em um discurso virtual pré-gravado em razão da pandemia de coronavírus.

Ele fez particular referência à campanha "Defundbolsonaro.org", lançada no início deste mês por várias ONGs, pedindo que qualquer investimento no Brasil seja vinculado a compromissos firmes para a preservação da Amazônia.

A campanha, à qual aderiram celebridades como o ator americano Leonardo DiCaprio, tem como slogan: "Bolsonaro incendeia a Amazônia. De novo. De que lado você está?".

Para o presidente, "nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior. Os incêndios acontecem praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da Floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas".

Desde o início do ano, foram identificados 71.673 incêndios na Amazônia, 12% a mais que no mesmo período do ano passado.

Já no Pantanal, maior área alagável do planeta e santuário de biodiversidade, os incêndios mais que triplicaram.

De acordo com os últimos números oficiais, 1.358 km2 foram desmatados na Amazônia no mês passado, 21% a menos que em agosto de 2019.

Mas se forem levados em conta os dados coletados desde janeiro, a queda é de apenas 5% em relação a 2019, ano de todos os recordes.

O presidente Bolsonaro afirmou ainda que, "apesar da crise mundial, a produção rural não parou. O homem do campo trabalhou como nunca, produziu, como sempre, alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas. O Brasil contribuiu para que o mundo continuasse alimentado".

"Garantimos a segurança alimentar a um sexto da população mundial, mesmo preservando 66% de nossa vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para a pecuária e agricultura. Números que nenhum outro país possui", garantiu.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, compartilharam em seus perfis do Twitter um vídeo que nega as queimadas na Floresta Amazônica. No entanto, a filmagem, que é narrada em inglês, foi feita com erro e pode gerar desinformação. Para se ter noção, em uma das cenas, um mico-leão-dourado, que vive exclusivamente na Mata Atlântica, foi mostrado como se estivesse na Floresta Amazônica.

Além disso, o vídeo é 'assinado' pela Associação de Criadores do Pará (AcriPará), presidida por Maurício Pompeia Fraga Filho, processado por submeter pessoas que trabalhavam em uma de suas fazendas a condições análogas à escravidão. Segundo a Veja, nos dias 28 e 29 de junho de 2018, 30 trabalhadores foram encontrados em situações degradantes. Maurício pagou o valor de R$ 1,5 milhão para se ver livre do processo.

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Em entrevista à GloboNews, Maurício Fraga Filho assumiu que a entidade ruralista cometeu uma gafe ao usar o mico-leão-dourado para ilustrar que a Amazônia não está pegando fogo. O presidente da AcriPará explica que a ideia da filmagem foi de duas associadas que estavam "revoltadas" com um vídeo que circulou "contra a imagem do produtor". 

"Elas acabaram cometendo uma gafe. Usaram uma imagem de arquivo da produtora que fez o vídeo, que foi a imagem do mico-leão-dourado. Mas entendemos que o mais importante do vídeo é a mensagem que ele passa, mas realmente foi uma gafe essa do mico-leão-dourado", explicou.

Sobre o compartilhamento feito pelos integrantes do governo federal, o representante dos ruralistas aponta: "A intenção era só circular pelas redes sociais, acho ninguém enviou para o ministro, ele deve ter pego, muitas pessoas pegaram nas redes sociais e foram divulgando", disse Maurício.

Queimadas

Segundo divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no mês de julho foi registrado um aumento de 28% nas queimadas na região da Amazônia, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em números totais, foram 6.803 focos de incêndio durante o mês, com o ápice em 30 e 31 de julho: foram 1.500 registrados.

A quantidade de incêndios é a maior registrada para o mês desde 2017 e, segundo informações da ONG Greenpeace, o acúmulo de focos no final de julho - especialmente no dia 30, quando foram 1.007 - é o maior desde julho de 2005. No mês passado, o Inpe alertou que as queimadas deveriam continuar nos meses seguintes.

Briga com DiCaprio

Nesta última quarta-feira (9), o ator Leonardo Dicaprio pediu através de sua conta do Twitter que as empresas estrangeiras, que injetam dinheiro no Brasil para a proteção da Amazônia, retirassem o apoio. 

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Em resposta, o ministro Ricardo Salles publicou: "Caro Leonardo Dicaprio, o Brasil está lançando o projeto de preservação 'Adote um Parque' que permite que você ou qualquer outra empresa ou indivíduo escolha um dos 132 parques na Amazônia e patrocine diretamente a 10 euros por hectare por ano. Você vai pôr seu dinheiro onde está a sua boca?".

A Amazônia registra no início deste mês de agosto o maior número de incêndios florestais em uma década, informou a mídia Unearthed, que pertence à organização ambiental não-governamental (ONG) Greenpeace.

Nos primeiros 10 dias de agosto, foram detectados 10.136 focos de incêndio na Amazônia, 17% a mais do que os 8.669 focos registrados no ano anterior.

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"Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (INPE) mostram que é o maior número registrado no início de agosto ante 11.280 (focos do mesmo período) em 2010, quando ocorreu forte estiagem na Amazônia fez com que o rio Negro atingisse seu nível mais baixo em 109 anos", diz a matéria sobre os incêndios florestais de agosto na Amazônia.

A temporada de incêndios florestais na Amazônia geralmente começa no final de julho e entra em uma fase intensa no início de agosto, explicou a mídia.

"Um aumento nos incêndios também foi detectado em julho: houve 6.803 incêndios na Amazônia no mês passado, 28% a mais do que em julho de 2019", revelou a nota.

Segundo especialistas citados pelo Unearthed, a Floresta Amazônica enfrenta uma tripla ameaça: o desmatamento descontrolado, o "apoio tácito do governo [do presidente Jair] Bolsonaro" e um clima mais seco que o normal. Tudo isso é capaz de "desencadear uma crise ambiental ainda pior nos próximos meses".

Em particular, o Unearthed lembrou que o jornal O Estado de S. Paulo havia noticiado que o Ministério do Meio Ambiente decidiu cortar o número de helicópteros que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(Ibama) utiliza para prevenir crimes e apagar incêndios. A agência terá à disposição quatro aeronaves em vez de seis.

A mídia do Greenpeace também cita Beth Uema, secretária executiva da Associação Nacional dos Especialistas em Meio Ambiente (Ascema), que alerta que o Ministério do Meio Ambiente vai mais uma vez cortar o orçamento de 2021 dos órgãos ambientais entre 20% e 25%.

Dados do INPE indicam que entre agosto de 2019 e julho de 2020 ocorreram alertas de desmatamento em 9.205 quilômetros quadrados da Floresta Amazônica, 34,5% a mais do que entre agosto de 2018 e julho de 2019. Isso tem impacto direto sobre o aumento dos incêndios na região.

Em 6 de setembro de 2019, os chefes de estado e representantes da Colômbia, Peru, Bolívia, Brasil, Equador, Guiana e Suriname assinaram o Pacto de Letícia pela Amazônia, cujo objetivo é coordenar as ações da comunidade internacional para a conservação daquela região.

Da Sputnik Brasil

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