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A concentração de gás carbônico na atmosfera atingiu níveis recordes, chegando ao maior índice dos últimos 14 milhões de anos, com 420 partes por milhão (ppm), representando um aumento de aproximadamente 50% em comparação com as 280 ppm registradas no final do século 18.

Essa constatação foi feita por um estudo de sete anos, envolvendo mais de 80 pesquisadores de 16 países, que reconstruiu as tendências de CO2 nos últimos 66 milhões de anos.

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O estudo, publicado na revista Science e liderado pela Universidade da Columbia nos Estados Unidos, sugere que até o final do século poderemos atingir uma concentração de 600 ppm ou até mais. As implicações desse aumento teriam efeitos em cascata, influenciando o clima por milhares de anos.

Os autores do estudo, coordenados por Bärbel Hönisch, não coletaram novos dados, mas revisaram todas as pesquisas publicadas até o momento sobre o assunto, excluindo aquelas consideradas incompletas ou obsoletas à luz das novas descobertas. Eles calcularam a evolução do CO2 em um período que remonta a 66 milhões de anos, comparando-a também com os dados disponíveis sobre as temperaturas.

Dessa forma, os pesquisadores estabeleceram o que chamam de "sensibilidade do sistema terrestre". De acordo com essa medida, prevê-se que dobrar a concentração de CO2 aquecerá o planeta em cerca de 5-8 graus, uma estimativa mais alta do que as feitas anteriormente.

Da Ansa

O telescópio espacial James Webb detectou pela primeira vez a presença de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera de um exoplaneta, um planeta fora do nosso sistema solar. A descoberta demonstra suas imensas capacidades e entusiasma os cientistas.

O planeta em questão é um gigante gasoso e quente onde a vida tal como conhecemos seria impossível, mas o novo achado indica que essas observações também podem ocorrer em planetas rochosos - com o objetivo final de determinar se algum deles tem condições favoráveis à vida.

“Para mim, é uma porta que se abre para estudos futuros de super Terras, inclusive de Terras”, declarou nesta quinta-feira (25) à AFP o astrofísico Pierre-Olivier Lagage, do Comissariado da Energia Atômica (CEA), um dos três coautores desses trabalhos publicados na revista científica Nature.

“Meu primeiro pensamento: uau, realmente temos a possibilidade de detectar as atmosferas de planetas do porte da Terra”, comentou no Twitter a professora de astrofísica Natalie Batalha, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz.

Além disso, a identificação de CO2 permitirá aprender mais sobre a formação desse planeta, chamado WASP-39b, descoberto em 2011, explicou a Nasa. Localizado a 700 anos-luz, o planeta tem cerca de um quarto da massa de Júpiter e está muito próximo de seu sol.

Esse planeta foi selecionado a partir de vários critérios que faziam sua observação mais fácil enquanto os cientistas ainda avaliam as capacidades do telescópio, que revelou suas primeiras imagens há menos de dois meses.

O WASP-39b passa periodicamente em frente a seu sol, com uma órbita de quatro dias.

Para suas observações, o James Webb usa o método dos trânsitos, ou seja, quando o planeta passa diante de sua estrela, o telescópio capta a ínfima variação de luminosidade resultante.

Em seguida, analisa a luz “filtrada” por meio da atmosfera do planeta. As diferentes moléculas presentes na atmosfera deixam marcas específicas que permitem determinar sua composição.

Os telescópios Hubble e Spitzer já haviam detectado vapor de água, sódio e potássio na atmosfera desse planeta, mas o James Webb pode ir mais longe graças a sua enorme sensibilidade à luz infravermelha.

No comunicado da Nasa, Zafar Rustamkulov, da Universidade Johns Hopkins, comenta o que sentiu quando a presença de CO2 foi claramente estabelecida: “Foi um momento especial, alcançar um ponto de inflexão na ciência dos exoplanetas”.

E se a atmosfera da Terra fosse enriquecida com CO2? Em 1856, a americana Eunice Foote experimentou, quase por acaso, as bases das mudanças climáticas, lançando os alicerces para as ciências que hoje procuram antecipar os efeitos do aquecimento global.

A cientista encheu cilindros de vidro com diferentes misturas de gases e descobriu que aquele contendo dióxido de carbono (CO2) retinha mais calor do que os outros.

"Uma atmosfera feita desse gás daria à nossa Terra uma temperatura elevada", disse ela em seu relatório, publicado no The American Journal of Science and Arts.

Suas pesquisas coincidem com a data, 1850, que hoje serve de referência para calcular a evolução das temperaturas em relação ao período pré-industrial, como fazem os especialistas em clima da ONU e do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), atualmente reunidos.

Eunice Foote, cujos trabalhos foram recentemente redescobertos, faz parte da linha de pesquisadores que penetraram nos mistérios do clima e estudaram a influência humana em sua evolução.

"Não houve um momento 'Eureka' com uma figura dominante na ciência das mudanças climáticas", mas sim um acúmulo de conhecimento, diz Alice Bell, uma ativista climática.

A ideia de "condicionar o ambiente para tornar o clima mais agradável existe há muito tempo", explica Marie Hélène Pépin, do serviço meteorológico francês.

"Quando os romanos conquistaram a Gália, cortaram as matas para poderem plantar campos e cultivar a vinha", acrescenta ela, como exemplo.

- Não é ficção científica, é física -

Desde a época de Cristóvão Colombo até o século iluminista, os colonizadores europeus justificaram o tratamento brutal dos nativos, "vistos como 'menos do que os homens' porque não sabiam como organizar seu ambiente", continua.

Em 1821, após chuvas torrenciais, ondas de frio e escassez na França, foi realizado um estudo para saber se o desmatamento havia influenciado, sem se chegar a uma conclusão clara.

Anos depois, o físico francês Joseph Fourier "percebeu que a atmosfera desempenha um papel decisivo para evitar que o calor se disperse imediatamente no espaço", relata o historiador Roland Jackson.

Por volta de 1860, o físico irlandês John Tyndall demonstrou o princípio do efeito estufa, quando os gases capturam a radiação do solo aquecido pela radiação solar.

Em dezembro de 1882, uma carta publicada na revista científica Nature fazia referência a seus trabalhos.

"Podemos concluir que o aumento da poluição do ar terá uma influência significativa no clima global", resume a carta, assinada por H. A. Phillips, que estabelece a ligação entre as emissões das atividades humanas e as mudanças climáticas.

No final do século XIX, o químico sueco Svante Arrhenius, ancestral da ativista Greta Thunberg, alertava sobre o consumo de energia fóssil e sua influência no aumento de CO2 na atmosfera. À época, porém, os cientistas estavam mais interessados nas eras glaciais.

Na década de 1930, alguns até acreditavam que o aquecimento global moderado poderia ser uma coisa boa. Segundo Robbie Andrew, do Centro Internacional de Pesquisa Climática do CICERO, "eles não levaram em consideração que muda não apenas as temperaturas, mas também outros aspectos do clima".

Em 1958, o programa de televisão americano The Bell Telephone Science Hour explicou que o CO2 emitido por fábricas e carros poderia aquecer a atmosfera e que isso afetaria a "própria vida".

Mesmo assim, o medo de um resfriamento do clima ligado a uma eventual guerra nuclear e à poluição por aerossol ocupou as mentes até os anos 1980.

Em 1975, no artigo "Mudanças climáticas: estamos à beira de um aquecimento global pronunciado?", publicado na revista Science, o pesquisador americano Wallace Broecker é o primeiro a usar esses termos na linguagem de hoje.

Com o passar do tempo, a ciência do clima se tornou mais avançada e teve de enfrentar o lobby da indústria para minimizar o impacto do consumo de combustível fóssil.

Com as consequências das mudanças climáticas cada vez mais visíveis, as sociedades devem agir, alertam os cientistas.

"É como se tivéssemos acordado em um filme de ficção científica. Mas não é ficção científica, é física", resume o historiador Spencer Weart.

Nessa quarta-feira (14), a revista científica 'Nature' publicou um estudo feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mostra a floresta amazônica como fonte de gás carbônico, ou seja, a taxa de número de emissão de CO2 é maior que o número de gás absorvido pela natureza. O fenômeno ocorre em virtude da degradação ambiental, como as queimadas e desmatamentos que afetam diversas regiões do Brasil.

De acordo com Luciana Vanni Gatti, uma das autoras do estudo, enquanto há a emissão direta do gás carbônico por meio das queimadas, existe ainda um segundo fenômeno que também é um agravante para o meio ambiente: a emissão indireta de carbono. Isso ocorre em virtude da menor quantidade de chuvas, e portanto, o processo de fotossíntese é afetado, além do aumento de temperatura média que agrava o processo.

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Segundo os idealizadores do projeto, esta é a primeira vez que uma pesquisa aponta a diminuição na capacidade de absorção da floresta amazônica. Esse fator contribui ainda mais para o período de seca, que geralmente acontece nos meses de agosto, setembro e outubro.

Por conta dos altos índices que afetam o meio ambiente e a atmosfera do planeta, está em pauta quais medidas podem ser tomadas para restabelecer o equilíbrio ecológico. A União Europeia revelou que possui um plano para combater as mudanças climáticas, e assim fazer um processo de “descarbonização”. As medidas apresentadas ainda não estão em vigor, mas alguns pontos são estudados como imposto sobre combustível, além de mudanças e adequações em energias renováveis.

Por Rafael Sales

O Mediterrâneo está correndo risco de perder metade das suas espécies se as emissões de CO2 não forem reduzidas pelo mundo, indica uma pesquisa publicada na revista acadêmica "Climatic Change" nesta quarta-feira (14).

Conduzido pelo World Wildlife Fund (WWF), junto com a British University of East Anglia e a Australian James Cook University, o estudo examinou a situação do Mediterrâneo a partir de um aprofundamento sobre o impacto do aquecimento em 80 mil espécies de plantas e animais em 35 áreas do planeta ricas em biodiversidade.

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Aumentando 2ºC na temperatura global, que é o máximo permitido pelo acordo de Paris sobre o clima, é previsto que o Mediterrâneo colocaria em risco quase 30% da maioria dos grupos e espécies analisadas, segundo o estudo. Se a temperatura aumentasse ainda mais, por exemplo para 4,5 graus, metade de uma biodiversidade desapareceria, até 90% dos anfíbios, 86% das aves e 80% dos mamíferos poderiam ser extintos nas savanas arborizadas de Miombo, na África do Sul.

A Amazônia, por outro lado, poderia perder 69% de suas espécies de plantas. No total 80 mil espécies foram examinadas. Sobre o estudo, o WWF ressalta a necessidade da criação de políticas para reduzir as emissões de CO2, porque só assim ocorreriam mudanças climáticas.

A associação ambiental ainda pede instrumentos regulatórios e legislativos para o fechamento das usinas de carvão até 2025, e a definição do plano nacional de energia e clima, e a estratégia de descabornização a longo prazo. Sobre o risco da extinção das espécies, a presidente da WWF Donatella Bianchi, alerta: "Muitos dos lugares mais fascinantes da Terra, como a Amazônia e as Ilhas Galápagos e algumas áreas do Mediterrâneo, podem tornar-se irreconhecíveis aos olhos de nossos filhos".

Da Ansa

Um satélite da Nasa revelou os picos sazonais de emissões de dióxido de carbono (CO2) ao redor da Terra e o aumento dos níveis de poluição que contribuem para o aquecimento global, informou nesta quinta-feira (12) um grupo de pesquisadores.

Os resultados de cinco estudos publicados na revista Science se baseiam em dados recolhidos pelo satélite Orbiting Carbon Observatory-2 - também conhecido como OCO-2 - que foi lançado pela agência aeroespacial americana em 2014.

O objetivo do programa é examinar a circulação e a evolução na atmosfera do CO2 produzido pela combustão de energias fósseis.

"Esses dados revelam uma mudança surpreendente no ciclo de carbono no hemisfério norte, segundo as estações, com um claro aumento do CO2 na atmosfera na primavera (boreal), procedente da vegetação terrestre", indicam os pesquisadores.

"Durante o inverno (boreal), a produção de CO2 procedente das plantas é mínima, enquanto a decomposição dos vegetais alimenta a produção de CO2 quando as temperaturas sobem".

"Isso, combinado às contínuas emissões da combustão de carbono e hidrocarbonetos por cima (do território) da China, da Europa e dos Estados Unidos explica que as taxas sazonais de CO2 alcancem o nível mais alto em abril no hemisfério norte", resume.

A China lançou nesta quinta-feira (22) seu primeiro satélite para monitorar as emissões de dióxido de carbono, anunciou a agência Xinhua, segundo a qual o dispositivo permitirá verificar se os países cumprem seus compromissos de redução gases do efeito estufa.

Maior emissor mundial de gases do efeito estufa, a China se tornou o terceiro país a dispor deste tipo de satélite, depois dos Estados Unidos e do Japão, de acordo com a agência estatal de notícias.

O TanSat foi colocado em órbita por um foguete Longa Marcha lançado do centro espacial de Jiuquan, no deserto de Gobi (norte da China).

"O satélite pode detectar as fontes de gás do efeito estufa para determinar se os países cumprem seus compromissos", afirma a Xinhua.

"TanSat dará uma voz mais poderosa a China na área de mudança climática, de redução do CO2 e nas negociações sobre o direito a contaminar", completa a agência.

O anúncio do lançamento acontece no momento em que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, questiona os esforços internacionais para combater a mudança climática.

China e Estados Unidos, os dois principais poluentes do planeta, anunciaram em setembro a ratificação do acordo sobre o clima, que prevê limitar a 2 graus o aquecimento global.

Reduzir as emissões de gases de efeito estufa de um modo mais ambicioso do que o Brasil já tem feito pode melhorar a economia, aumentando o PIB em quase 4% e reduzindo o desemprego a uma taxa de 3,50%. A previsão, para 2030, está num estudo realizado por 80 especialistas brasileiros em mudanças climáticas sobre os impactos que medidas para conter o aquecimento global podem ter na economia.

É uma tentativa de responder a um velho temor de que ações nesse sentido poderiam impedir o desenvolvimento. Em números, a pesquisa mostra exatamente o contrário: conter as emissões é um bom negócio para o bolso do País.

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O projeto IES-Brasil (Impactos Econômicos e Sociais: Cenários de Mitigação de Gases de Efeito Estufa) compara medidas já previstas na Política Nacional de Mudanças Climáticas com cenários futuros em que são consideradas ações adicionais de mitigação (redução das emissões).

O trabalho partiu das metas apresentadas pelo Brasil durante a Conferência do Clima de Copenhague, em 2009, válidas para 2020, e nas previsões do governo contidas no Plano Nacional de Energia para 2050. Com base nesses dados foram propostos três cenários de mitigação para 2030: o primeiro, apelidado de Cenário de Plano Governamental (CPG), imagina que essas medidas propostas para 2020 seriam estendidas até 2030; o segundo, chamado de cenário de mitigação adicional 1, contém algumas ações extras de redução das emissões; o terceiro, ou cenário de mitigação adicional 2, apresenta ações mais ambiciosas de redução.

"Analisamos esses dados da perspectiva do ministro da Fazenda e da presidente, que podem pensar: já sei que as mudanças climáticas vão causar danos, mas se tomar medidas contra isso, será que não vai prejudicar a economia, a classe média emergente que começou a ter acesso a bens de consumo?", explica o pesquisador Emílio La Rovere, coordenador do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Universidade Federal do Rio, e um dos líderes do estudo.

Os pesquisadores consideram que o Brasil vai cumprir a meta para 2020, mas, no cenário de plano governamental, as emissões brasileiras subiriam um pouco logo depois, podendo chegar a 2030 em 1,66 gigatonelada de CO2-equivalente (hoje estão em torno de 1,2 gigatonelada). No cenário de mitigação adicional 1, as emissões seriam 22% menores, sendo de 1,3 gigatonelada em 2030. Já no cenário de mitigação adicional 2, a redução seria de 39%, ficando em 1 gigatonelada.

A análise considerou os custos para adotar essas ações, expectativas de crescimento da economia brasileira, do valor do barril de petróleo e do tamanho da população. Pelos cálculos, no CPG o PIB chegaria a 5,5 trilhões, no mitigação 1, a 5,69 trilhões, e no mitigação 2, a 5,68 trilhões. O último valor é 3,98% maior que o primeiro.. Já a taxa de desemprego cairia, respectivamente, a 4,35%, 4,08% e 3,50%, principalmente com a geração de vagas na indústria de energias renováveis.

A conclusão é que nos três cenários "é possível crescer economicamente, melhorar o desenvolvimento social e reduzir as emissões", mas que menos carbono na atmosfera pode trazer um resultado ainda melhor. "A nossa projeção considera que o governo vai reduzir o custo Brasil, aumentar a nossa produtividade, investir em educação e inclusão social", afirmou William Wills, coordenador de modelagem do estudo, durante apresentação dos resultados do programa em audiência pública na Comissão Mista de Mudança Climática do Congresso na última terça-feira (25).

"Não atrapalha a economia, nem o emprego nem o consumo para classes de baixa renda. E se o mundo realmente embarcar na transição para diminuir as emissões, o Brasil já sairia fortalecido se adotasse medidas mais ambiciosas. Essa é a mensagem do estudo, o Brasil pode assumir liderança na negociação", complementa La Rovere.

Metas para Paris

Coordenado pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, o trabalho, encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente, está sendo trazido a público agora, mas já tinha sido apresentado no final de março para a ministra Izabella Teixeira, como subsídio para a elaboração das chamadas INDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, na sigla em inglês). Tratam-se das metas de redução de emissões que cada país tem de apresentar até 1º de outubro para as negociações da Conferência do Clima que será realizada em Paris, no final do ano.

O Brasil ainda não apresentou a sua e há uma expectativa de que isso ocorra durante a cúpula da ONU sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que ocorre de 25 a 27 de setembro reunião da Assembleia Geral da ONU em Nova York.

O primeiro contrato de fornecimento de energia solar do Brasil foi assinado na semana passada, e com isso Pernambuco consolidou sua posição de vanguarda no estímulo à geração de energias renováveis no país. O documento foi assinado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões; o secretário executivo de Energia, Eduardo Azevedo; o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Jenner Guimarães; e o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Enel Green Power Brasil, Marcio Trannin.

O empreendimento Fontes Solar I e II foi adquirido no Leilão de Energia Solar, promovido pelo Governo do Estado em 2013, e consiste na instalação de 11 megawatts (MW) na cidade de Tacaratu, no Sertão de Pernambuco. O parque destinado à geração fotovoltaica estará ligado à planta eólica de 80 MW (a maior construída até então no Estado) que a companhia implantou e opera na mesma localidade. Juntos, constituirão o primeiro parque híbrido eólico e solar brasileiro.

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Uma vez em operação, as plantas serão capazes de produzir até mais de 17 GWh (giga-watt-hora) cada ano, o equivalente ao consumo de aproximadamente 90 mil residências, evitando assim a emissão de mais de 5.000 toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano.

“Ser o primeiro contrato de energia solar do Brasil já tem sua importância. E o fato de ser o primeiro parque híbrido do País e um dos pioneiros na América Latina reforça que esse é o caminho que vamos buscar reproduzir em outros projetos de energia eólica no Estado, inclusive os de grande porte. Pois torna a entrega de energia mais estável e rentável, devido o compartilhamento de infraestruturas”, detalhou Eduardo Azevedo.

O Leilão de Energia Solar de 1013 contratou 92 MW de cinco empreendimentos, a um preço médio de R$ 228,63. A energia que será produzida pelas plantas fotovoltaicas será vendida à Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), que é a operadora da Comercializadora de Energia Elétrica no Mercado Livre da administração pública estadual.

Com informações da assessoria

As emissões globais de dióxido de carbono não cresceram em 2014, de acordo com dados divulgados ontem pela Agência Internacional de Energia (AIE). Segundo a entidade, é a primeira vez em 44 anos que as taxas de emissões permaneceram estáveis sem uma recessão econômica mundial.

De acordo com o relatório, em 2014 foram emitidos 32,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) no planeta, exatamente a mesma quantidade registrada em 2013. A AIE atribui a estagnação aos esforços mundiais de mitigação de emissões, especialmente na China e em países como Estados Unidos, Canadá e da Europa Ocidental, onde houve mudanças nos padrões de consumo de energia.

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"Isso me dá ainda mais esperança de que a humanidade será capaz de trabalhar unida para combater as mudanças climáticas, que são a mais importante ameaça que enfrentamos atualmente", disse o economista-chefe da AIE, Fatih Birol, recentemente indicado para ser o próximo diretor executivo da agência com sede em Paris.

Em 2014, segundo a AIE, a China aumentou consideravelmente a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, como a energia hidrelétrica, solar e eólica, diminuindo a queima de carvão. Nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), foram feitos esforços recentes para promover o crescimento sustentável, como o aprimoramento da eficiência energética e investimentos em fontes de energia renovável.

Nos últimos cinco anos, as economias da OCDE cresceram cerca de 7%, enquanto suas emissões diminuíram 4%, de acordo com a AIE. No mesmo período, a taxa de crescimento do consumo de energia na China caiu de 10% para 3% ao ano.

Histórico. A AIE começou a coletar dados sobre as emissões de dióxido de carbono em 1971. Desde então, as emissões anuais só estagnaram ou caíram outras três vezes, mas sempre associadas a crises econômicas globais. A primeira foi em 1980, após o choque no preço do petróleo e a recessão americana; a segunda, em 1992, após colapso da União Soviética; e a terceira, em 2009, durante a crise financeira global. Em 2014, no entanto, a economia mundial cresceu 3%, segundo a AIE.

"A notícia fornece a oportunidade necessária para os negociadores que estão se preparando para traçar um acordo climático global em Paris, em dezembro: pela primeira vez, as emissões de gases de efeito estufa estão se dissociando do crescimento econômico", disse Birol.

A atual diretora executiva da AIE, Maria van der Hoeven, afirmou que os dados são "animadores", mas acrescentou que "não há tempo para complacência e certamente não é hora de usar essas notícias positivas como uma desculpa para arrefecer futuras ações". A AIE dará mais detalhes sobre os dados em um relatório sobre energia e clima que será lançado em 15 de junho, em Londres.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alertou, em 2007, que as emissões globais de dióxido de carbono precisariam chegar ao pico até 2020, para que a temperatura do planeta não subissem mais de 2°C, nível tido como limite para que os efeitos das mudanças climáticas não se tornem irreversíveis.

Químicos anunciaram nesta terça-feira ter inventado um material capaz de sugar facilmente o dióxido de carbono (CO2) contido no gás natural, deixando mais limpo um combustível abundante.

A substância porosa consegue separar o CO2 na boca do poço e armazená-lo com segurança para uso industrial ou para reinjeção em campos gasíferos, afirmaram. Os processos atuais de remoção do CO2 se baseiam na abrasão química, um processo caro no qual o carbono contido no gás natural é dissolvido com compostos líquidos corrosivos aquecidos a 140 graus Celsius.

O novo material contém pó de carbono, pontilhado de buracos microscópicos e infundido com átomos de nitrogênio ou enxofre, que transformam o CO2 em cadeias sólidas de moléculas de polímero.

Os polímeros ficam presos nos poros do material, enquanto o gás natural consegue passar. Esta "polimerização" acontece sob a pressão liberada naturalmente pelo poço, explicou a equipe responsável pela invenção em artigo publicado na revista Nature Communications.

Assim que a pressão desaparece, os polímeros voltam ao seu estado gasoso original, liberando os poros para que possam coletar mais gás carbônico. Tudo isto acontece em temperaturas normais, ao contrário da tecnologia de captura existente, que demanda calor e usa grande parte da energia produzida, segundo a equipe.

O co-autor do estudo, James Tour, professor da Universidade Rice, no Texas, informou à AFP por e-mail que materiais de captura de CO2 já existiam, "mas nenhum que funcionasse como este e que pudesse fazê-lo de forma tão econômica".

O novo método é usado na fonte, o que significa que o gás não precisa ser transportado para uma estação de coleta para a remoção do CO2, reportou em comunicado a Universidade Rice.

"O gás natural é o combustível fóssil mais limpo que existe. O desenvolvimento de formas com boa relação de custo-benefício para separar o dióxido de carbono durante seu processo de produção aumentará esta vantagem sobre outros combustíveis fósseis", acrescentou.

A inovação também deverá permitir o uso de gás, cujo conteúdo elevado de CO2 tornaria seu custo de limpeza proibitivo utilizando as tecnologias atuais de captura. Com o novo método, que foi patenteado, mas ainda não foi usado, o CO2 pode ser bombeado diretamente de volta ao poço de gás, onde esteve por quatro milhões de anos, ou estocado e vendido para outros propósitos industriais, prosseguiram os cientistas.

O CO2 é o principal gás de efeito produzido pelo homem. Bilhões de toneladas destes gases são emitidos anualmente, atuando como um cobertor invisível que prende a energia solar na atmosfera, causando danos ao delicado sistema climático da Terra, com riscos potencialmente catastróficos, segundo especialistas.

Um carro movido a gás natural produz 30% menos CO2 do que outro movido a gasolina, destacou o estudo. Mas o CO2 liberado no poço gasífero neutraliza "significativamente" esta vantagem, acrescentou.

Nesta quinta-feira (21), foi anunciado um plano de redução de gases para Recife durante a Conferência sobre Mudanças Climáticas promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que está sendo realizada em Varsóvia, na Polônia. O estudo vai observar, principalmente, o quanto de CO2 é produzido pela rede de transportes da cidade (carros, motos, ônibus, aviões, entre outros) e pela geração de resíduos sólidos.

A capital pernambucana será uma cidade-modelo do projeto, que visa buscar padrões de baixa emissão de gases de efeito estufa através de um desenho de cidade inclusiva, sustentável e com boa qualidade de vida para os seus moradores. No Brasil, apenas Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte possuem programas do gênero.

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Com informações da assessoria

Provocada em especial pela queima de combustíveis fósseis, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera da Terra hoje é a maior em 800 mil anos e sua taxa média de crescimento é a mais alta em 22 mil anos. Os dados - piores do que todos os estimados até aqui - foram divulgados nesta sexta-feira (27), pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), o grupo de experts das Nações Unidas, e revelam a gravidade da intervenção do homem, o fator mais importante do aquecimento global.

Reunidos em Estocolmo, na Suécia, para discutir com delegados governamentais uma síntese de 31 páginas do diagnóstico sobre o do estado do planeta, cientistas foram enfáticos em reiterar: "O aquecimento do sistema climático é inequívoco e, desde os anos 1950, muitas das mudanças observadas não têm precedentes ao longo de décadas a milênios". Uma constatação semelhante já havia sido feita em 2007, mas ainda é contestada por "negacionistas" - políticos e uma minoria dentre cientistas que não acreditam no aquecimento da Terra.

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Conforme o relatório, a concentração de CO2 na atmosfera aumentou 40% desde a era pré-industrial em razão das emissões oriundas da queima de combustíveis fósseis. Deste total, 30% foram absorvidos no período pelos oceanos, que por essa razão se tornaram mais ácidos e menos capazes de regular o clima. "A concentração de dióxido de carbono (CO2), de metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) cresceram desde 1750 em razão da atividade humana", sentencia o relatório, sem deixar espaço para dúvidas - o grau de certeza sobre a ação do Homem é de 95%. "Em 2011 as concentrações destes gases de efeito estufa excederam os níveis pré-industriais em cerca de 40%, 150% e 20%, respectivamente", completa o texto, lançando a advertência mais forte dos cientistas: "Concentrações de CO2, de CH4 e N2O agora excedem substancialmente as maiores concentrações registradas em núcleos de gelo durante os últimos 800 mil anos."

O alerta prossegue: "As maiores taxas de crescimento nas concentrações atmosféricas ao longo do século passado eram, com muito elevado grau de certeza, sem precedentes nos últimos 22 mil anos".

A emissão de gases que causam aquecimento global na atmosfera, responsabilidade do homem, tem como efeito direto o aquecimento médio da Terra. Entre 1951 e 2010, "gases de efeito estufa certamente contribuíram para aquecer a temperatura global média da superfície entre 0,5ºC e 1,3ºC". No Hemisfério Norte, os 30 anos entre 1982 e 2011 foram o período mais quente em 1,4 mil anos. Mantida a tendência, no melhor dos cenários a temperatura vai se elevar 1,5ºC. O mais provável é que, mesmo tomadas medidas para reduzir as emissões de CO2, a média suba mais de 2ºC, o que já teria efeitos devastadores para os ecossistemas e para a humanidade - o impacto será analisado pelo IPCC em abril, no Japão.

Com mais CO2 e temperaturas mais altas, o derretimento de geleiras se intensifica, assim como o nível dos oceanos aumenta e a ocorrência de eventos climático extremos se torna mais frequente. "A influência do Homem no sistema climático é clara", afirmou Thomas Stocker, um dos coordenadores do relatório de ontem. Para o pesquisador suíço, se nada for feito a Terra viverá um cenário pior do que o pior estabelecido pelo IPCC. "A questão mais importante não é onde estamos hoje, mas onde estaremos em 10, 15 ou 30 anos. E isso depende do que faremos hoje."

O adolescente Luandson José da Silva, de 19 anos, morreu na noite deste domingo (15), depois de passar três dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em decorrência do acidente nas proximidades do Horto de Dois Irmãos, no qual teve as duas pernas amputadas, na última sexta-feira (12).

A informação foi confirmada pela tia do rapaz que está se dirigindo ao Hospital Getúlio Vargas (HGV), Zona Oeste do Recife onde vai liberar o corpo para o Instituto de Medicina Legal (IML). O enterro de Luandson será realizado no cemitério São José, em Surubim, no Sertão do Estado.

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Acidente - Dois cilindros de gás CO2 usados para de encher balões de festa, na praça que fica em frente ao Horto Dois Irmãos, zona norte do Recife, explodiram na tarde da última sexta-feira (12), em pleno feriado de Nossa Senhora Aparecida e quando se é comemorado o Dia das Crianças.

Duas das quatro vítimas ficaram gravemente feridas e tiveram que amputar as duas pernas. Entre elas o jovem Luandson José da Silva, 19 anos, e Marcelo de Paula dos Santos, de 42, dono da barraca de encher balões. 

 

*Com informações de Arytânia Correia

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Quatro pessoas foram atingidas por uma explosão de dois cilindros de gás CO2 de encher balões de festa, na praça que fica em frente ao Horto Dois Irmãos, zona norte do Recife, por volta das 14h30 desta sexta-feira, em pleno feriado de Nossa Senhora Aparecida e quando se é comemorado o Dia das Crianças.

Duas das quatro vítimas foram encaminhadas para o Hospital Getúlio Vargas com ferimentos graves e, segundo informações do tenente do Corpo de Bombeiros que acompanha o caso, Giovani Lustosa, as duas vítimas terão que amputar as duas pernas - o jovem Wuanderson José da Silva Oliveira, 19 anos, e Marcelo de Paula dos Santos, de 42, dono da barraca de encher balões.

As outras duas vítimas, José André da Silva, de 37 anos, e Geraldo da Conceição Filho, de 17, foram socorridas e levadas uma para o Hospital da Restauração, área central da cidade, e outra para a UPA da Caxangá. Eles apresentam escoriações e queimaduras nas pernas.

Segundo o estudante da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Samuel Servidane, que estava na parada de ônibus no momento do acidentre, ele chegou a conversar com Marcelo, uma das vítimas amputadas, e disse que o tipo de gás que eles estavam utilizando era uma mistura de carboreto com alumínio. "A explosão deve ter acontecido enquanto ele inseria o alumónio dentro do cilindro", disse Samuel. Segundo informações extraoficiais, Wunderson, o outro amputado, que é ajudande de Marcelo na barraca já havia reclamado que um dos cilindros estava muito velho e enferrujado e que temia por sua explosão.

Ainda não se sabe a causa da explosão, mas, “provavelmente, a pessoa não sabia manusear o equipamento ou ele estava irregular”, afirmou o tenente. O Instituto de Criminalística (IC) foi até o local para recolher partes dos corpos das vítimas para análise.

 

DIRCON - Segundo comerciantes do local, há cerca de 15 dias, já havia acontecido um acidente com um dos cilindros, que começou a girar e soltar ar sem controle. O órgão responsável pela fiscalização desse tipo de equipamento é a Diretoria de Controle Urbano (DIRCON), principalmente em épocas festivas como o Dia das Crianças.    

*Mais informações em instantes.

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) passará a informar o consumidor, a partir de janeiro, o quanto os veículos à venda nas concessionárias emitem de dióxido de carbono (CO2), disse nesta quinta-feira o coordenador do Programa Brasileiro de Etiquetagem da entidade, Marcos Borges. A informação vai constar na etiqueta afixada no vidro dos automóveis, que hoje já informa o comprador sobre a autonomia de consumo de combustível no tráfego urbano e em estradas e classifica o veículo de A a E de acordo com esse desempenho. A nova etiqueta será apresentada em outubro no Salão do Automóvel, em São Paulo.

A etiqueta de eficiência energética hoje é aplicada em 159 modelos de veículos negociados no Brasil. Em 2009, quando foi lançada, eram 54. O selo do Inmetro é bastante conhecido pelo consumidor na medição de gasto de energia por geladeiras e outros eletrodomésticos da linha branca. Segundo Borges, ele é importante para oferecer ao consumidor mais um critério de escolha do produto e para estimular a competitividade entre as empresas. "No caso dos refrigeradores, nossas pesquisas mostram que esses eletrodomésticos ficaram 70% mais eficientes ao longo dos últimos dez anos", afirmou.

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A adesão dos fabricantes ao programa de etiquetagem de veículos é voluntária. De acordo com Borges, atualmente 13 montadoras submetem modelos a testes de eficiência para etiquetagem. Das quatro maiores montadoras do País (Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford), apenas a GM não aderiu.

Borges acredita que em no máximo dois anos será feita uma regulamentação que obrigará todos os modelos vendidos no País a passar pelo processo de etiquetagem, com o estabelecimento de um prazo para as empresas se adaptarem à regra.

"O Inmetro e parte do governo entendem que a etiquetagem de veículos deve ser compulsória", disse ele durante workshop sobre eficiência energética realizado na capital paulista. Borges ainda explicou que os parâmetros de classificação dos veículos de A (mais eficiente) a E (menos eficiente) serão atualizados a cada quatro anos. )

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