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A pré-candidata da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, responsabilizou nesta quinta-feira, 12, o governo Michel Temer pelo crescimento do desmatamento em terras públicas no País. Ao falar sobre a perda de protagonismo do Brasil na agenda ambiental, Marina citou como fator principal o Programa Nacional de Regularização Fundiária, sancionado com base na Medida Provisória 759.

A lei proposta na gestão emedebista flexibiliza a regularização fundiária de terras da União na chamada Amazônia Legal. "A regularização de várias áreas por sucessivas Medidas Provisórias começou já no governo Lula, depois que eu saí do governo. Depois no governo Dilma e agora no governo Temer, com essa lei de regularização fundiária e dá um sinal: ocupa terra pública que será garantido pelo governo federal. Por isso que o aumento do desmatamento tem acontecido principalmente dentro de área pública, onde não deveria acontecer. Isso é apropriação indevida, é roubo de terra pública com a legalização em seguida, em função desses grupos pressionarem seus representantes no Congresso e esses representantes pressionarem os Executivos para que legalizem as áreas roubadas", disse.

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A pré-candidata citou também os governos petistas para explicar que a agenda ambiental tem sido utilizada como "moeda de troca" por apoio parlamentar no Congresso Nacional. "Eu não tenho dúvida que a falta de credibilidade e legitimidade do governo e a falta de compromisso da ex-presidente Dilma com essa agenda fez, sim, aumentar o problema ambiental. A primeira moeda de troca que aparece nas disputas dentro do Congresso para manter apoio ao governo, seja no governo Dilma, seja no governo Temer, é a agenda ambiental e indígena e de defesa dos direitos humanos. Desde 2012, estamos vivendo uma série de retrocessos na agenda climática", argumentou.

Nesta quinta-feira, Marina se encontrou em Brasília com integrantes do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, que apresentaram um documento com várias propostas para o meio ambiente. Ela demonstrou interesse em incorporar as medidas ao seu programa de governo. Prometeu ao grupo levar essa agenda para o agronegócio brasileiro, sem que isso representa perda de produtividade.

"Precisamos cada vez mais expandir nossa agenda ambiental no setor agrícola sem que isso signifique perda de aumento de produtividade. Nós precisamos fazer com que a nossa indústria volte a ter o protagonismo e espaço necessário na agenda econômica do País, mas já dentro da nova métrica dos compromissos do desenvolvimento sustentável que o Brasil vem assumindo", defendeu.

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, criticou o atual governo e fez propostas como a escalação de militares para compor seus ministérios caso seja eleito. "O Brasil precisa de ordem e progresso", afirmou Bolsonaro durante o fórum realizado nesta segunda-feira, 18, em São Paulo pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). "Não seria demais falar que quase tudo está errado no Brasil", disse. "As lideranças funcionam como líderes sindicais, cujo líder põe a faca na boca", afirmou.

Bolsonaro afirmou que já conta com o apoio de cerca de 60 parlamentares à sua candidatura e que em breve chegará a 100. Ele falou que pretende construir um primeiro escalão com muitos militares. Como exemplo, ele citou o astronauta e comandante da aeronáutica, Marcos Pontes para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia. Ele ressaltou que o foco é um governo honesto, que crê em Deus e com um presidente cristão e patriota. "Vamos fazer um governo com a menor interferência do Estado", disse, mas se reafirmou contra a privatização da Petrobras.

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Sobre o agronegócio, Bolsonaro disse que não se pode abrir mão da segurança alimentar e que "não podemos vender nossas terras para capital de fora". A questão de venda de terras para estrangeiro é um dos temas debatidos pelo setor recentemente que divide opiniões. Ele fez coro aos demais pré-candidatos e elogiou o RenovaBio. "O Brasil precisa de menos decreto, mas essa é uma boa, ainda mais para atender o compromisso assinado pelo País na França", disse.

Bolsonaro citou também alguns temas polêmicos que têm norteado sua campanha como a liberação do porte de armas. "Mais do que defender a vida de um cidadão, a arma defende a liberdade de uma nação", afirmou.

O deputado foi questionado pelos participantes do debate como governaria sendo um governo minoritário. "Sempre fui independente", disse, acrescentando que vai buscar apoio das bancadas que tiverem interesse em cada tema.

Bolsonaro também foi questionado ao seu apoio à greve dos caminhoneiros, que culminou no tabelamento dos preços do frete. O candidato respondeu que foi a favor, mas contra a obstrução de vias, como ocorreu. No entanto, não abordou a questão do tabelamento e disse que o governo atual não consegue se antecipar aos problemas.

A pré-candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, se apresentou como uma veterana na corrida pelo Planalto ao iniciar seu discurso no Fórum realizado nesta segunda-feira, 18, em São Paulo, pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

"Saindo pela terceira vez na corrida eleitoral tenho de trazer um olhar sobre uma saída para esses problemas", disse. "Quero participar do debate. Não quero entrar no embate, entro no processo para oferecer a outra face", completou.

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A ambientalista disse que a crise não se resolve com passe de mágica, mas com decisões políticas. Ela repetiu que pretende governar com "os melhores de todos os partidos". "Composição do governo não será com fisiologismo, mas com visão programática", disse.

A pré-candidata fez acenos ao agronegócio ao elogiar o projeto RenovaBio, o qual chamou de um projeto com visão antecipatória, que adiantou soluções para questões ambientais que o Brasil e o mundo precisaram encarar.

"O Brasil tem um lugar para ocupar e eu não tenho dúvida que os senhores estão apontando um caminho e uma nova maneira de caminhar", disse.

Sobre a formação de preços dos combustíveis e da Petrobras, Marina disse que a estatal dispõe de mecanismos para "manejar essa situação sem perder a perspectiva que deve estar submetida pela lógica de mercado". "A Petrobras não importa todo seu combustível. Com base nisso, a empresa poderia manejar mais adequadamente o preço do seu combustível", completou. "Variação do preço de combustível não deve ser repassada ao consumidor todo dia", disse.

Marina foi questionada sobre a reforma trabalhista e respondeu que ela precisa de reparações. "Não é razoável uma lei dizendo que negociado se sobreponha ao legislado."

Na próxima segunda-feira (5), será lançado o Fórum Ronidalva Melo de Justiça, Segurança e Garantias de Direitos. Segundo a Fundação Joaquim Nabuco, o objetivo será discutir soluções para o problema do crime e da violência no Nordeste, mobilizando órgãos e instituições que atuam na área. 

Entre os assuntos a serem abordados estão as estratégias para a diminuição dos índices de assassinatos em Pernambucos e estados adjacentes. Dados do Mapa da Violência divulgado em 2016 trazem que em 2014 quase metade (43,26%) dos homicídios ocorridos no Brasil aconteceram na região Nordeste.

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"O objetivo do Fórum é potencializar ações que estavam sendo feitas separadamente pelas instituições e ampliar seu alcance, conectando atores estratégicos no Nordeste e demonstrando que somos capazes de construir juntos soluções eficazes, com base em evidências científicas", disse o cientista social e consultor da Fundação, Rafael Sales. 

No evento de lançamento, o fórum terá palestra do secretário-chefe do Gabinete de Assuntos Estratégicos do Governo de Goiás, Ricardo Brisolla Balestreri. O ex-Secretário Nacional de Segurança Pública coordenou uma série de estratégias que ajudaram a diminuir os indicadores de violência de Goiás. Entre março de 2017 e janeiro de 2018, comparado ao mesmo período em 2016, Goiás reduziu 11,24% os índices de homicídio e em 16,19% as tentativas de assassinato. Além disso, também diminuiu em 32,61% os roubos a comércio no estado e em quase 25% os casos de latrocínio. 

O evento é gratuito e acontecerá no prédio da Fundaj, no Derby, área central do Recife. A programação da manhã é aberta ao público e, à tarde, será realizada a 1ª Reunião Técnica do Fórum Ronidalva Melo, fechada para convidados do Fórum. A reunião contará com a participação de entidades locais, profissionais e especialistas de Segurança e Direitos Humanos.

Ronidalva Melo

O Fórum Ronidalva Melo de Justiça, Segurança e Garantia de Direitos homenageia a pesquisadora Ronidalva de Andrade Melo, falecida em setembro do ano passado. Ronidalva foi uma importante pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco, vinculada à Diretoria de Pesquisas Sociais (DIPES), e coordenou uma série de iniciativas na área de Segurança Pública, envolvendo academia e profissionais da área, e influenciando diretamente aspectos da política local sobre o tema.

Com informações da assessoria

A Universidade da Amazônia (Unama) será sede da 6ª edição do Fórum Científico de Estética, Saúde e Bem-Estar, que vai ser realizado entre os dias 18 e 19 de maio, às 14 horas, no auditório David Mufarrej, campus Alcindo Cacela. Entre os temas em destaques estão o “Transtorno Distorção da Autoimagem” e “Regulamentação da profissão de Esteticista”, aprovada no dia 7 de maio de 2018. O ciclo de palestra é aberto ao público e para alunos da graduação e profissionais formados ou atuantes nas áreas da beleza.

O Fórum de Estética tem por objetivo mostrar o lançamento de produtos, divulgação de novas técnicas/serviços e a promoção de bem-estar. Entre as novidades para 2018 está a participação das cosmetólogas Maytê Alvisi e Ana Carolina Almeida, ambas de São Paulo, para falar sobre a importância do Home Care (atendimento em domicílio) e a desintoxicação pelos pés, respectivamente. O SPA Detox dos pés é um procedimento novo na área da saúde que tem como foco o alívio das tensões, fortalecimento do sistema imunológico, melhora no sono, alergias entre outras funções. O fórum terá o lançamento do procedimento no Pará.

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Para a coordenadora do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Unama, Elizabete Rodrigues, o evento é uma oportunidade de trazer os profissionais renomados da área da saúde, bem como mostrar as novidades lançadas no Brasil. “A importância desses palestrantes do cenário nacional é pelo maior acesso às fabricas de cosméticos e equipamentos. A partir disso nós temos acesso - em primeira mão - dos lançamentos”, ressalta a coordenadora.

 A programação segue ainda com ciclo de palestras sobre empreendedorismo, microagulhamento, poder dos óleos, gerenciamento das redes sociais, entre outros assuntos. As inscrições podem ser feitas na sala das coordenações, que fica no 2º andar do bloco C, da Unama.

Serviço

6ª edição do Fórum Científico de Estética, Saúde e Bem-Estar

Data: 18 e 19 de maio de 2018

Local: Unama Campus Alcindo Cacela

Horário: Apartir das 14h

Inscrição: Sala dos coordenadores (Bloco C, no 2º andar).

 Por Rayanne Bulhões/Ascom Unama.

Será realizado nesta quarta-feira (16) o Fórum Municipal de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Cine Royal, localizado na Rua Dr. Pedro Correia de Araújo, s/n, no Centro de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife (RMR). O evento conta com profissionais da área debatendo sobre o assunto, além da apresentação do musical O Meu Corpo é Um Tesourinho, e será realizado das 8 às 12h em apoio ao dia D que acontece na próxima sexta-feira (18).

De acordo com a secretária-adjunta da Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), Neila Lira, a mobilização tem o objetivo de chamar atenção da sociedade acerca da violência contra crianças e adolescentes, com a finalidade de evitar a propagação de agressões contra esses jovens. “Só uma ação integrada, envolvendo todos os atores da rede de proteção pode pôr fim a essa realidade que nos causa indignação”, destaca.

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Promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social e a Prefeitura de São Lourenço da Mata, a Semana de Mobilização tem início nesta terça-feira (15) com uma sessão de cinema promovida pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). O dia também terá roda de conversas para crianças e adolescentes.

Para finalizar a campanha, uma caminhada está sendo organizada para a sexta-feira (18); na ocasião serão feitas panfletagem e adesivagem pelo Centro de São Lourenço da Mata e bairros circunvizinhos. 

Serviços

Dia: 15/05

Ação: Sessão de cinema com roda de conversa para crianças e adolescentes nos Cras

• CRAS/CENTRO – AVENIDA MIGUEL LABANCA, 74 – VILA DO REINADO

• CRAS/TIÚMA – RUA NOVA, 32 – TIÚMA

• CRAS/MATRIZ DA LUZ – RUA ERCINA LAPENDA, 148 – MATRIZ DA LUZ

Dia: 16/05

Ação: Fórum Municipal de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças

Programação: 

• 8h – Acolhida

• 9h – Apresentação de Yasmim e Junior – “O Meu Corpo é Um Tesourinho”

• 9h10 – Abertura dos Trabalhos

• 10h20 – Apresentação do Vídeo “Araceli”

• 10h30 – O Abuso Sexual Infantil, A Revelação e a Via Crucis da Criança e da Família – Janaína da Mota Martins – Mestre psicóloga  

• 11h – Violência Sexual Infantil – Silvino Neto – Mestre professor

• 11h30 – Debate

• 12h – Encerramento

Dia: 18/05

Ação: Caminhada com panfletagem e adesivagem

Local: Centro de São Lourenço da Mata e bairros circunvizinhos

Com informações da assessoria

Por André Cabral

Na manhã desta quinta-feira (3) a 99, empresa brasileira de mobilidade urbana, promoveu seu Fórum Regional de Segurança no Recife. O encontro foi realizado no auditório da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, no bairro das Graças, Zona Norte da capital.

O evento contou com a participação de motoristas cadastrados no app. Eles receberam informações sobre as ferramentas de proteção e suas formas de abordagem, tendo como foco principal a prevenção e os cuidados no qual os condutores devem ter diariamente como: o que fazer em casos de chamadas suspeitas e qual procedimento correto em situações de perigo quando parados nos semáforos.

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Para Stemilton Guedes, de 58 anos, técnico em agropecuária e condutor do 99, o treinamento será uma forma de acréscimo e reciclagem aos que fazem parte do círculo de trabalho. “Esse é um momento de essencial importância para que assim possamos ter mais créditos e confiança dos usuários”, afirmou.

O treinamento foi ministrado pelo diretor de Segurança do aplicativo Leonardo Soares, que apresentou algumas novidades. A partir desta semana será disponibilizado um novo aplicativo que exigirá do cliente o número de seu cartão de crédito, sua data de nascimento e a numeração do CPF. A expectativa é que com isto tanto o passageiro quanto o motorista tenham a certeza de uma corrida segura.

Na ocasião também foi divulgada a implementação do “Passageiro Frequente”, que quando acionado pelo cliente em uma determinada região, o motorista sentirá credibilidade para realizar a chamada solicitada. Já o recurso de cancelamento da corrida por parte do passageiro, chamado de “Não me sinto seguro”, está em fase de aperfeiçoamento e em breve será lançado e disponibilizado. 

Por André Cabral

Muitos já devem ter visto uma rede de wi-fi com um nome engraçado ou curioso, mas venerando político deve ser raro. No entanto, uma das redes disponíveis em uma área militar, mais exatamente no Observatório Militar da Praia Vermelha, na Urca, no 3º andar do prédio, chama atenção por destacar “Bolsonaro2018”. 

A informação, divulgada pelo colunista Ancelmo Gois, nesta terça-feira (17), detalha que um “colega” teria descoberto a rede quando foi participar do 1º Fórum de Debates do Observatório, que aconteceu no último dia 12 de abril, e contou com a participação de representantes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público Militar, da Procuradoria Geral e da OAB. O tema do encontro foi “Um olhar jurídico sobre a intervenção federal”. 

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De acordo com  a nova pesquisa divulgada pela Datafolha, o ex-presidente Lula perdeu votos. Por sua vez, Bolsonaro e Marina Silva se aproximaram. Apesar de aparecer em uma situação confortável, Bolsonaro criticou o novo levantamento. "O Datafolha não goza de credibilidade no Brasil", disparou. 

Realizados em Brasília, de 17 a 23 de março, o VIII Fórum Mundial da Água e o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) vão tratar das obras da hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará. O segundo é promovido pelo Ministério Público Brasileiro e a Universidade de Brasília (UNB), e aborda o risco socioambiental da construção de barragens e a água como Direito Humano. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Federal, a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), em parceria com outras entidades, organizaram a programação que discute os impactos das hidrelétricas no ecossistema brasileiro.

No dia 17, houve a abertura da Assembleia Popular das Águas, com a participação da procuradora-geral da República e presidente do CNMP, Raquel Dodge; do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin; e da procuradora Federal dos Direitos dos Cidadãos, Deborah Macedo Duprat. Aina no sábado, ocorreu o “Ciclo de Debates I – Barragens e Risco Socioambiental”, realizado em três painéis: “Barcarena – Caso Mineradora Hydro”, “Mariana – Caso Samarco” e “Altamira – Caso Belo Monte e Caso Onça Puma”. Esse último contou com a participação do procurador do Ministério Público do Trabalho no Pará, Allan Bruno, que explanou sobre os impactos da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

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Allan falou sobre o reflexo do uso da água do Rio Xingu na geração de energia na região, especialmente no universo do trabalho de barragistas e ribeirinhos, assim como na formação de bolsões de miséria na região, que deixam inúmeros trabalhadores vulneráveis ao aliciamento para postos de trabalho indignos (trabalho escravo contemporâneo e trabalho infantil). O procurador também esteve presente no estande virtual da Procuradoria Geral da República no Fórum Mundial da Água, onde apresentou a exposição digital “Água, barragens e trabalho humano”, com fotos de sua autoria que retratam as condições laborais dos trabalhadores barragistas durante a construção de Belo Monte. Ainda nesta semana, o MPT também participará dos debates do Processo Político do Fórum Mundial.

Pela primeira vez no Hemisfério Sul, o 8º Fórum Mundial da Água começou no fim de semana, em Brasília, reunindo representantes de mais de 150 países. São mais de 200 atividades e sessões de debates. O Fórum conta, ainda, com feiras de negócios, exposições e diversas atividades culturais, que acontecem na Vila Cidadã. A área foi projetada para funcionar em uma área de dez mil metros quadrados, no Estádio Nacional de Brasília. Estão programadas ainda, seções de cinema ao ar livre. Segundo os organizadores do Fórum, a expectativa é a de que 40 mil pessoas visitem a Vila Cidadã, durante os seis dias do evento.

Com informações da assessoria do MPT e da EBC.

O deputado Jair Bolsonaro, que já se declara pré-candidato à Presidência da República, confirmou nesta segunda-feira, 27, que vai se filiar em março ao PEN, partido que poderá lançar sua candidatura. "Tenho acordo com Adilson Barroso presidente da sigla para ir ao PEN em março do ano que vem", disse o parlamentar em participação no fórum realizado pela Veja.

Num momento em que criticou denúncias do Ministério Público sobre excessos em operações policiais de reintegração de posse, desafiou os promotores a estarem na linha de frente nesse tipo de ação. "Policial que não mata não é policial."

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O deputado disse ser o único "pré-candidato" a não ter hoje partido apoiando sua candidatura, nem bancada e, em entrevista dada logo após a participação do prefeito João Doria no evento, citou que tampouco conta com uma prefeitura. "Estamos sozinhos. Sou mais que o primo pobre, sou o primo paupérrimo nessa história."

O deputado falou no evento sobre planos para economia, área que disse ter sido massacrado ao reconhecer que não entendia, e, ao tratar de como pretende resolver problemas de segurança pública, tema que mais gosta de discorrer, mas que é de competência dos Estados, defendeu uma revisão do Código Penal. Isso porque avalia que os policiais não têm hoje direito sequer à legitima defesa.

"Temos que mexer no Código Penal e acabar com a figura do excesso. Dar dois tiros ou 15 no marginal para mim é a mesma coisa", afirmou Bolsonaro, recebendo aplausos da plateia que assistiu à entrevista dada ao jornalista Augusto Nunes.

O deputado, ao elencar as diferenças a outros candidatos, disse que fala a verdade, tem Deus no coração e, embora diga não ver como virtude, garantiu ser honesto. "Fui o único da base aliada na época que não foi comprado pelo PT".

Também defendeu que os militares fiquem fora da reforma da Previdência. "É uma classe à parte em qualquer país. Trabalhamos 80 horas por semana e somos lembrados nos momentos mais difíceis" declarou. Se vencer as eleições, disse, o ministério da Defesa será conduzido por um general quatro estrelas. "O atual ministro da Defesa Raul Jungmann é defensor do desarmamento. Precisamos de técnicos nos ministérios", criticou.

O deputado ressaltou que é preciso acabar com incorporação salariais que, segundo ele, permitem a criação de marajás.

A respeito da corrupção, manifestou estar pensando em votar contra o foro privilegiado por gerar processos de até 30 anos. "Isso é um engodo". Também declarou que, se depender dele, prisões seriam mantidas até decisão judicial em segunda instância.

Questionado sobre projetos apresentados, o parlamentar respondeu que são mais de 500, porém o mais importante é o que cria o voto impresso para eliminar o risco de fraude eleitoral. Sobre isso, disse esperar que o ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), faça a lei valer nas próximas eleições.

Economia

Bolsonaro revelou que está "namorando" com o economista Paulo Guedes para ser seu nome para ministro da Fazenda, caso seja eleito.

O parlamentar disse que teve duas conversas, num total de oito horas, com Guedes. "É pessoa que a gente espera continuar namorando, quem sabe ficar noivo", disse o deputado, acrescentando que se aproximou do economista por ele ser crítico de planos econômicos anteriores e por não ter participado de governos petistas.

Bolsonaro disse que questionou nesses encontros com o especialista se seria possível adotar uma política que mantivesse o tripé econômico, arrecadasse mais com menos impostos e equacionasse a "questão" dos servidores. "Perguntei se é possível, ele disse que é possível", afirmou.

O jornalista Augusto Nunes, que entrevista o parlamentar, destacou que parece que o casamento tem hora marcada, no que Bolsonaro disse esperar que sim, mas deixou claro que será um "casamento hetero". A resposta provocou alguns aplausos na plateia que acompanha o evento.

O juiz responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, Sérgio Moro, disse nesta segunda-feira, 27, que não lhe ocorre nada de muito significativo na condução do processo de julgamento de um dos maiores escândalos de corrupção do País que o faria agir diferentemente da forma com a qual se procedeu até agora.

Moro fez a afirmação ao ser indagado durante o evento "Páginas Amarelas ao Vivo" da Revista Veja se existia alguma coisa da qual se arrepende ao longo da sua atuação na Lava Jato. "Estou especialmente tranquilo com tudo o que fiz", disse o juiz.

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Sobre o episódio da polêmica divulgação dos áudios de conversa entre a presidente cassada da República Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o magistrado disse que não esperava tanta repercussão. "A divulgação dos áudios foi controversa. Não esperava tanta celeuma, mas fiz o que a lei exigia e era necessário", disse Moro.

Para ele, o diálogo entre os dois ex-presidentes não era conversa republicana e que entendeu naquele momento que a sociedade precisava ter conhecimento do teor daquelas gravações.

"O problema não foi a divulgação, foi o conteúdo do diálogo", disse acrescentando que não divulgá-lo seria como se a suprema corte americana tivesse deixado o ex-presidente norte-americano Richard Nixon ficar com as fitas no Watergate, o escândalo político ocorrido na década de 1970 nos Estados Unidos que, ao vir à tona, acabou por culminar com a renúncia do presidente eleito pelo Partido Republicano.

"Havia interesse público na divulgação daquele diálogo", disse Moro. Ele ponderou, no entanto, que o Judiciário é uma instituição humana conduzida por humanos e, portanto, sujeito a erros. Mas emendou que o importante é que os juízes procurem sempre agir em conformidade com a lei. "Juiz pode cometer erros, o importante é agir conforme a lei".

Perguntado sobre o fato de ter voltado atrás na recusa de andar com segurança após ter determinado a condução coercitiva do ex-presidente Lula, Moro disse que fez depois de ter ataques inclusive contra sua família. "Não esperava alguns ataques sujos por conta desses processos que envolvem políticos. Existe tentativa de diversionismo. Ao invés de discutirem minhas responsabilidades, atacam os responsáveis pelo processo", disse.

"Não vou ficar me incomodando com mentiras", afirmou.

Ao ser provocado novamente a falar sobre o ex-presidente, Moro disse que o único processo a que Lula responde é o caso que ele julgou e que se encontra em fase de apelação em segunda instância. "Podem absolver como manter a condenação. Minha sentença já prolatei. O caso está em outras mãos, certamente melhores que as minhas."

Sobre as críticas de alguns setores da sociedade a um excesso de cuidado do juiz no caso Lula, Moro disse que todo caso criminal de grande dimensão envolve cuidado.

"Não só o dele como também do ex-presidente da câmara Eduardo Cunha. Não me sinto confortável em falar do caso dele que tem discussão política. Tudo que tinha para dizer sobre esse caso está em minha sentença", disse.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira, 27, que não lhe cabe dizer se é ou não candidato nas eleições gerais do ano que vem. "Quem tem que dizer é a população, o eleitor é quem decidirá se um candidato pode disputar", disse o tucano, durante evento "Fórum Veja: Amarelas ao Vivo", que está sendo realizado hoje na capital paulista, com a presença de dez personalidades que devem definir os rumos da política e da economia no ano eleitoral de 2018 e serão entrevistas pelos jornalistas e colaboradores da revista.

Ao dizer que é o eleitor quem decide o futuro de um candidato, ele ironizou: "Eu sou tucano, mas não ando em cima do muro; minhas posições são claras."

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O prefeito disse que não é ele quem pede sondagens eleitorais que incluem o seu nome à corrida presidencial do ano que vem. E voltou ao discurso que vem fazendo desde que seu nome começou a circular como um dos postulantes ao Palácio do Planalto: "Eu entendo que o Brasil precisa de uma candidatura de Centro. (Jair) Bolsonaro está aqui e eu o respeito, mas o Brasil precisa ir pra frente. E os partidos precisam ter consciência em defesa do que é melhor para o Brasil", frisou, dizendo apoiar essa corrente, mesmo sem ser candidato. E defendeu um debate em torno de propostas para o País e não em torno de questões partidárias.

Ao falar de seu padrinho político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Doria disse que não vai engolir seu criador, "tenho alta estima pelo governador Alckmin". E refutou que possa haver fissura ou afastamento nessa relação. "Minha proposta é nos mantermos unidos pelo bem do Brasil, pois o País precisa retomar sua trajetória de crescimento."

Corrupção

No Fórum, João Doria disse não ser correto associar seu partido com a corrupção, por causa "do problema" com o senador tucano e ex-presidente nacional do PSDB Aécio Neves. "Sou PSDB e continuarei sendo PSDB, não o comparem com o PT", criticou, reiterando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro José Dirceu e a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), não são parâmetros de honestidade. Doria avaliou que se for comprovado que Aécio cometeu algum crime, "ele terá de responder por isso, pois o seu partido não é seletivo".

Indagado a respeito do fim do foro privilegiado para políticos, o prefeito disse que é a favor do foro, mas com mecanismos de defesa equilibrados. "A lei tem de ser cumprida em todas as circunstâncias para quem cometeu delitos", ponderando que em casos de crime com flagrante, não deveria haver foro privilegiado.

Na entrevista, Doria reclamou "dos ataques contínuos sofridos por quem está num cargo público" e convidou àqueles que o criticam a visitarem a cidade com ele. Apesar da afirmação, criticou seu antecessor, o petista Fernando Haddad (PT), dizendo que sua gestão superestimou receitas e subestimou dívidas. "A gestão Haddad deixou dívida de R$ 7,5 bi para a minha gestão." Ele disse que os estoques de remédios estavam zerados, que as últimas obras de recapeamento foram feitas na gestão Gilberto Kassab e que há dois anos não se fazia manutenção em semáforos. E citou feitos de sua administração, dizendo, por exemplo, que realizou importante programa na área da saúde.

O tucano rebateu no evento da Veja as críticas à área da mobilidade na capital paulista, justificando que a cidade tem uma frota de cerca de 8 milhões de veículos, uma das maiores do mundo em núcleo urbano e que a questão do trânsito demanda mais consciência da população. "Solução seria o uso do transporte coletivo e compartilhado e mais obras, mas nem o País e nem a cidade têm condições de fazer mais obras." E continuou: "Nova geração não tem mais como sonho ter carro, já aderiu aos aplicativos."

Ele refutou ainda a crítica de que sua gestão não daria a devida atenção à periferia, conforme prometido na campanha municipal do ano passado. "As zonas sul, norte e leste são nossa prioridade", garantiu.

"Era a última coisa que ela queria", recorda Sérgio Mühlen, de 61 anos. Professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ele lembra quando uma ex-colega teve de se mudar para uma casa de repouso após ficar doente. Aí percebeu a necessidade de planejar a vida como aposentado.

Há cerca de um ano e meio, ele diz ter encontrado solução no modelo de cohousing - vila comunitária que reúne espaços de compartilhamento de experiências. O modelo surgiu na Dinamarca e se disseminou nos Estados Unidos e Canadá. Com isso, juntou-se ao grupo de trabalho do Vila ConViver, que estuda implementar um cohousing em área de ao menos 20 mil m² no subúrbio de Campinas. O local vai abrigar, principalmente, professores aposentados da Unicamp.

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"Será uma comunidade sênior solidária, de apoio mútuo", disse Mühlen, em painel no 1.º Fórum de Moradia Para a Longevidade, correalizado nesta quinta-feira, 9, pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com o Sindicato da Habitação (Secovi) e a Aging Free Fair, feira sobre o mercado para a terceira idade. O evento teve palestrantes do setor público e privado.

Cerca de 70 pessoas participam do projeto, costurado há três anos. O custo será de cerca de R$ 400 mil por unidade, com pagamento mensal de R$ 3,5 mil. Todas as decisões serão tomadas em conjunto.

O ponto-chave é o convívio social. Por isso, há reuniões em que os participantes se dividem em grupos. "Diferentemente de um condomínio, onde se escolhe a casa, o preço e as facilidades, e depois se conhece o vizinho, é o oposto. Escolhemos os vizinhos, alinhados com nossos valores", disse Mühlen.

Público

"Os modelos de condomínios podem atingir parcela maior dessa população (mais velha), pois é mais tradicional, em que a administração está sob responsabilidade de empresas", disse Edgar Werblowsky, criador da Aging Free Fair, referência no debate sobre o tema. "Já o modelo de cohousing é para uma geração mais aberta e interessada em dividir a vida com amigos, por exemplo."

Para gestores públicos, é preciso mais atenção para essa nova realidade demográfica. "O esforço é grande, mas os passos ainda são muito pequenos nessa direção", afirma o secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia.

Segundo Fernando Chucre, secretário municipal de Habitação, iniciativas dessa área têm especificidades. "Os projetos para idosos precisam de adaptações e não podem ser implementados em todos os locais, por causa da acessibilidade principalmente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou durante palestra em São Paulo, que a ética é a única forma de viver sem o caos e declarou que gosta e confia no Brasil, mas não da forma que o País está no momento. "Quero mudar o Brasil para ele ser o que está na Constituição."

A ministra disse que não quer "mudar do Brasil", mas "mudar o país", o que arrancou aplausos da plateia do evento, que lotou o auditório de um hotel em São Paulo. Cármen Lúcia disse que não concorda com a visão de que é possível viver sem a política. O importante é mudar a forma como se faz política hoje no Brasil.

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O Judiciário, afirmou a presidente do STF, não pode ter corrupção. "A corrupção corrói as instituições e deteriora a economia", disse a ministra, ressaltando que esta prática é crime e precisa ser combatida. Cármen Lúcia defendeu que o Brasil tem capacidade de fazer boas leis, que chegam a ser imitadas por outros países, mas a dificuldade é o cumprimento destas normas.

"Precisamos dar resposta coerente ao que a sociedade espera do Judiciário", disse ela. A ministra afirmou não querer ver o paradoxo de o direito impor penas e os acusados escaparem ilesos ou ainda de impor moralidade e ver os direitos sendo atropelados.

A razoabilidade da duração do processo é um princípio esquecido, mas que precisa ser melhor aplicado para elevar a eficiência do sistema judiciário, afirmaram nesta terça-feira, 15, representantes do mundo jurídico. Em painel promovido pela radio Jovem Pan, em São Paulo, os debatedores criticaram ainda a proposta de reforma política apresentada no Congresso e defenderam o fim do foro privilegiado.

Para o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto, a ação penal 470, conhecida como o processo do mensalão, foi um divisor de águas no Brasil por estender o princípio de que todos são iguais perante a lei também à execução da lei penal. "Até então, malfeitores de colarinho branco não experimentavam esse princípio", disse o magistrado, elogiando também a Operação Lava Jato - que se transformou, segundo ele, em um "patrimônio da sociedade".

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Claudio Lamachia, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), notou que um dos principais problemas nesse sentido é a demora na tramitação dos processos no País. O advogado criticou a falta de juízes no Brasil e também defendeu o fim do foro privilegiado, fatores que influenciariam na lentidão do sistema judiciário brasileiro.

Lamachia criticou, no entanto, a decisão do STF de permitir a aplicação provisória da pena para casos que foram julgados em segunda instância. "Precisamos combater o crime de acordo com os princípios constitucionais", declarou, após ser vaiado por parte do público presente.

Carlos Eduardo Sobral, presidente da Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF), expressou um ponto de vista contrário, afirmando que a medida acelera as punições e não fere nenhum princípio. "O STF, ao decidir pela aplicação da pena após a 2ª instância, garantiu a ampla defesa e o duplo grau de jurisdição", disse. "A Constituição não garante um terceiro, quarto grau de jurisdição e seria um erro transformar o STF em uma corte de apelações", acrescentou.

O presidente da ADPF também defendeu que a Polícia Federal mantenha o direito de celebrar acordos de delação premiada. Ele foi contestado, no entanto, por Ayres Britto. Para o ex-ministro do STF, um poder armado não deveria ter essa prerrogativa. "MP pode conduzir (acordos de delação) porque é titular da ação penal e guardião da ordem jurídica", pontuou.

Os participantes do painel concordaram que é preciso fortalecer a sociedade e os movimentos sociais com vistas à eleição de 2018 e também lutar contra a proposta de reforma política em tramitação no Congresso, porque ela "só visa proteger aqueles que estão no poder, que querem manter o foro privilegiado", segundo o ex-ministro Miguel Reale Jr. "Vamos ficar assistindo a banda suja passar?", questionou um dos autores do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

No médio prazo, houve consenso também em relação à necessidade de lutar contra o patrimonialismo, que se manifesta nas formas da corrupção sistêmica, do desperdício de dinheiro público e do corporativismo, segundo Ayres Britto.

Para Reale Jr., o corporativismo está inscrito dentro da Constituição de 1988 e é um dos pontos mais negativos do texto. "Todos os interesses estão lá. Eu digo que ali passaram da tanga à toga", criticou, lembrando que foram esses mesmos interesses também impediram a revisão do texto em 1993.

A proposta de reforma política que tramita hoje no Congresso Nacional, não deve melhorar o enfrentamento da corrupção no sistema político brasileiro. A afirmação foi feita nesta terça-feira, 15, pelo juiz condutor da Operação Lava Jato na 1ª instância, Sergio Moro, em evento em São Paulo. "Essa reforma política, como está sendo pensada, não é uma verdadeira reforma política", disse o magistrado.

Em seu entendimento, foi um grande avanço o Supremo Tribunal Federal (STF) ter proibido a forma como se dava o financiamento privado às campanhas eleitorais, que permitia "relações espúrias" entre grandes doadores e políticos. No entanto, Moro avaliou que a democracia de massa tem um custo e, dado o momento atual da economia do Brasil, um sistema de financiamento eleitoral exclusivamente público poderia não ser o melhor caminho.

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"Até tenho simpatia pelo financiamento público, mas não exclusivo", declarou. "Não apenas pelo custo fiscal, mas da forma como esse dinheiro seria distribuído e se isso não dificultaria a renovação dos mandatos. Há uma tendência de quem está dentro querer ficar dentro", acrescentou, dizendo que é preciso "regras rígidas" aos recursos privados em campanhas.

Em sua apresentação, o juiz da Lava Jato afirmou que o País nunca teve grande tradição de punir a corrupção, que é sistêmica, e que a impunidade era a regra geral, o que afetava não apenas a economia, mas a própria qualidade da democracia praticada no Brasil. Segundo ele, Esse quadro começou a mudar nos últimos anos, com as investigações do mensalão, mas é algo que é e continua sendo capitaneado pelo Judiciário e pela polícia.

"Tinha expectativa de que essa atuação gerasse ações no Legislativo e Executivo mas, sinceramente, muito pouca coisa tem sido feita nessa área", criticou, lembrando que o Ministério Público tentou se aproveitar do momento apresentando as chamadas dez medidas contra a corrupção.

Moro elogiou também a atuação do STF nesse sentido, em especial ao possibilitar a execução provisória da pena a partir da segunda instância, uma inovação que creditou ao ministro Teori Zavascki, falecido no início do ano em um acidente aéreo. "Poderosos usam brechas da lei para perpetrar impunidade", comentou.

Moro disse ainda que, quando a Lava Jato começou, era impossível saber onde poderia chegar e comemorou a condenação de grandes nomes do mundo político e empresarial. E lembrou do avanço da Geórgia no índice de percepção de corrupção organizado pela ONG Anistia internacional (49ª hoje). "Em 2016, o Brasil está na 79ª posição, mesma colocação da Geórgia em 2006. Quem sabe daqui dez anos, tenhamos avançados as mesmas 30 posições."

Presidência

Moro descartou novamente sua candidatura à Presidência da República nas eleições de 2018. "Não serei candidato", disse, em resposta a uma pergunta da plateia, após proferir palestra em na capital paulista.

"Penso que é preciso ter um certo perfil (para ser político) e sinceramente não me vejo com esse perfil", frisou Moro, ressaltando que fez uma opção pela magistratura. "Já disse mais de uma vez e reitero quantas vezes forem necessárias que não sou e não serei candidato", repetiu, sob aplausos da plateia.

"A profissão política é uma das mais belas. Há muitos bons políticos", afirmou o juiz, ressaltando que há, às vezes, uma imagem pejorativa da classe. "É uma minoria que adere a essas práticas."

O evento no qual Moro participa é organizado pela rádio Jovem Pan e conta também com a participação da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.

Um homem fugiu do fórum Afonso Campos em Campina Grande na noite dessa segunda-feira (7) após ter a prisão preventiva decretada durante a audiência de custódia.

O fugitivo é suspeito de participar de assaltos em várias lojas nas cidades de Esperança, Remígio e Areia, e tinha sido preso no último domingo (6) com mais cinco homens no bairro das Malvinas, em Campina Grande. Ele conseguiu abrir a algema e fugiu durante a transferência da cela para a viatura, logo após uma juíza ter decretado prisão preventiva.

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"A juíza decretou a prisão preventiva dele e de outros presos que estavam com ele, e em um momento de distração ele conseguiu se soltar das algemas e fugiu", relatou o delegado Luciano Soares.

A Polícia Civil saiu em diligências com o objetivo de encontrar e executar a voz de prisão ao fugitivo.

Uma quadrilha invadiu na noite do último sábado (17) o Fórum de Diadema, na região metropolitana de São Paulo, e roubou ao menos 391 armas, entre revólveres, pistolas, submetralhadoras e um fuzil, além de coletes balísticos, munição e equipamentos de comunicação. O bando dominou os vigilantes, arrombou o depósito e fugiu com o arsenal. A polícia ainda tenta identificar os envolvidos. O armamento levado equivale a quase dois anos e meio de apreensões realizadas pela polícia na cidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, o assalto começou às 19h15 do sábado, quando três vigilantes responsáveis pela segurança do Fórum, na Avenida 7 de Setembro, no centro de Diadema, foram abordados e tiveram oito armas roubadas. Os funcionários foram imobilizados com lacres plásticos nas mãos e nos pés e tiveram as cabeças cobertas por toucas. À Polícia Civil, eles disseram que não teriam condições de reconhecer os autores do crime nem sabiam informar a quantidade exata de ladrões, pois foram mantidos em cárcere durante o roubo.

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Para chegar ao depósito, os criminosos arrombaram acessos ao cartório, quebrando três cadeados em diferentes portas. Lá, roubaram 87 pistolas (calibres .40, 9 mm e 380), 294 revólveres (calibres 32 e 38), 3 submetralhadoras e 1 fuzil, segundo dados da diretora do cartório, que apresentou a lista à polícia. Três garruchas, uma espingarda, uma carabina e um pistolete completam a lista.

As armas ficam guardadas no Fórum pelo tempo que a Justiça entende necessário para prova de processos criminais. Após a sentença ou decisão tomada enquanto o processo está tramitando, elas podem ser enviadas para destruição pelo Exército.

A Polícia Militar só foi acionada às 22h12 por meio do Centro de Operações da PM (Copom) para ir ao local. Uma funcionária da administração informou à polícia que as câmeras do prédio não estão funcionando e não gravaram a ocorrência, mas que o circuito de uma agência do Banco do Brasil dentro das dependências ainda pode auxiliar a investigação.

O 1.º Distrito Policial de Diadema instaurou inquérito para apurar o caso. Ontem, uma viatura com investigadores da delegacia voltou ao local do crime, onde também havia uma guarnição da Polícia Militar. Os seguranças privados e os policiais não quiseram comentar as circunstâncias do crime. No início do mês, bandidos já haviam invadido o Fórum do Guarujá, no litoral, e roubaram armas e munições (mais informações nesta página).

Apreensões

O roubo de anteontem equivale a quase dois anos e meio de apreensões realizadas na cidade de Diadema pelas forças policiais. Estatísticas da Secretaria Estadual da Segurança Pública mostram que, de janeiro de 2015 a abril de 2017, foram tiradas de circulação 461 armas de fogo no município: 220 em 2015, 190 em 2016 e 51 neste ano. Na capital, as apreensões são mais recorrentes: foram 4.420 em todo o ano passado e 1.243 até abril deste ano.

Procurado, o Tribunal de Justiça não respondeu a questões sobre a segurança do Fórum. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma quadrilha invadiu na noite deste sábado, 17, o Fórum de Diadema, região metropolitana de São Paulo, e roubou ao menos 391 armas, entre revólveres, pistolas, submetralhadoras e um fuzil, além de coletes balísticos, munição e equipamentos de comunicação. O bando rendeu os vigilantes, arrombou o depósito e fugiu com o arsenal. A polícia tenta identificar os envolvidos no caso.

De acordo com o boletim de ocorrência, o assalto começou às 19h15 de sábado, quando três vigilantes responsáveis pela segurança no fórum, na Avenida Sete de Setembro, no centro de Diadema, foram rendidos e tiveram oito armas roubadas. Os funcionários foram imobilizados com lacres plásticos nas mãos e nos pés e tiveram a cabeça cobertas por toucas. À Polícia Civil, eles disseram que não teriam condições de reconhecer os autores do crime nem sabiam a quantidade exata de ladrões, pois foram mantidos em cárcere durante o roubo.

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Para chegar ao depósito, os criminosos arrombaram acessos ao cartório, quebrando três cadeados em três diferentes portas. Lá, roubaram diferentes tipos de pistolas (calibres .40, 9 mm e 380), revólveres (calibres 32 e 38), três submetralhadoras e um fuzil, segundo dados da diretora do cartório, que apresentou a lista à polícia. As armas ficam guardadas no fórum pelo tempo que a Justiça entende necessário como prova de processos criminais. Após a sentença, elas podem ser enviadas para destruição pelo Exército.

A Polícia Militar só foi acionada às 22h12 por meio do Centro de Operações da PM (Copom) para ir ao fórum. Uma funcionária da administração do local informou à polícia que as câmeras do prédio não estão funcionando, mas que o circuito de um banco no interior do local pode auxiliar a investigação. O 1º DP de Diadema instaurou inquérito para apurar o caso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bandidos renderam vigilantes por cerca de quatro horas, arrobaram portas e roubaram armas, coletes e munições que estavam guardados no Fórum do Guarujá, no litoral de São Paulo, na noite de sábado, 3. Na ação, os criminosos usaram aos menos dois carros, uma motocicleta e também uma Kombi branca, com as palavras "Poder Judiciário" escritas na porta.

O assalto ao fórum, localizado na Rua Silvio Daige, no bairro de Tejereba, aconteceu por volta das 19h15, horário da troca de turno dos vigilantes. Segundo testemunhas, um segurança de 32 anos que chegava para trabalhar bateu na porta para avisar o colega de 44 anos que havia chegado. Quando a porta foi aberta, dois bandidos armados surpreenderam as vítimas.

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Os criminosos estavam com o rosto coberto por touca e usavam macacão de trabalho de cor amarela. Após render os vigilantes, eles tomaram as armas deles. O segurança mais jovem foi amarrado e levado para uma sala, enquanto o outro foi obrigado a abrir as portas e o portão automático - por onde entram os juízes e magistrados no prédio - para os bandidos.

Sob ameaça, o vigilante indicou o local onde estavam guardadas as armas no fórum. Para não levantar suspeitas, a vítima foi obrigada, ainda, a realizar rondas em dois horários, às 20 horas e às 21 horas, utilizando um bastão que constata automaticamente a movimentação dentro do fórum.

A vítima relatou que foi amarrada de bruços logo depois. Na sequência, ouviu um barulho de arrombamento e também de um veículo deixando o local, segundo relatou na delegacia. O primeiro vigilante a ser amarrado conseguiu se soltar e ajudou o colega a tirar as fitas que mantinham suas mãos atadas. Os dois, então, ligaram para a Polícia Militar.

Na delegacia, as vítimas disseram que o bando levou armas, coletes, munição e celular dos dois vigilantes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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