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Uma mulher foi morta pelo próprio filho, de 23 anos, e teve o corpo jogado em um poço, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Sandra Nicolau, estava desaparecida desde a sexta-feira (24) e comemoraria os 45 anos na próxima quinta (30). As irmãs do suspeito reforçam a agressividade e acreditam que ele queria a casa onde moravam.

Eduardo Jonathan confessou o homicídio e, para ocultar o corpo, o jogou no poço da residência, cobriu com britas e pôs um vaso de plantas na tampa. "Os vizinhos escutaram tudo e acionaram a polícia, mas eles só chegaram na tarde do sábado. Minha mãe ficou lá apodrecendo por horas. Ele não estava sozinho. Tenho testemunhas de que ele não agiu sozinho", contou a filha da vítima, Natasha Nicolau, ao Extra.

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Natasha reforça o comportamento agressivo do irmão e relembra que já viu Eduardo agredindo a mãe. "Ele queria a casa da minha mãe e sempre foi agressivo com ela", acredita.

Para a outra filha de Sandra, Jenifer Nicolau, o crime ocorreu porque a mãe pediu para que o filho saísse de casa com a namorada. O jovem não queria ajudar nas despesas e era pressionado pela mãe. "Minha mãe não queria que ele morasse na casa porque ele não trabalhava, era violento, usuário [de drogas] e já havia agredido ela", contou ao R7.

Natasha conta que, após assassinar a mãe, Eduardo jogou partes dos pertences no lixo e ocupou o quarto que era de Sandra. Após confessar o crime, ele foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, onde ficou à disposição da Justiça.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou nesta quinta-feira (16) que o país registrou queda de 21,4% nos homicídios nos primeiros nove meses de 2019, em comparação com o igual período de 2018. No mesmo período, também houve queda em outros índices de criminalidade, como ocorrências envolvendo estupro (6,4%), roubo a banco (38,4%), latrocínio (22,2%), roubo de cargas (23,3%) e roubo de veículos (26,4%).

Na avaliação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, os dados confirmam a tendência de queda dos índices criminais em todo o país durante os primeiros meses do governo. Segundo o ministro, 8.267 pessoas deixaram de ser mortas a partir de medidas tomadas contra o crime organizado e de combate à corrupção.

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"Uma queda de mais de 20% é um número que tem que ser comemorado. É claro que os números remanescentes ainda são muitos altos, e o governo federal vai trabalhar para diminuí-los", disse Moro.

Plataforma eletrônica

As informações sobre os índices de criminalidade estão disponíveis na plataforma eletrônica Sinesp, no site do Ministério da Justiça. A partir de hoje, as ocorrências de homicídios registradas em todos os municípios do país serão inseridas no sistema e poderão ser consultadas. Até o momento, os dados referem-se ao período entre janeiro de 2018 e setembro de 2019.

Em sua conta no Twitter, Moro comemorou os dados e anunciou a nova plataforma.

 

Uma organização criminosa identificada como "Bonde do Cangaceiro" foi desarticulada no município de Condado, Zona da Mata Norte de Pernambuco. O grupo envolvido com tráfico de drogas e homicídios na região possuía vínculo com a organização paraibana "Estados Unidos". Parte dos criminosos comandavam as operações dentro de presídios e, após a deflagração da operação, na última sexta-feira (13), mais sete foram detidos.

Iniciada em janeiro deste ano, a Operação Contenção já havia capturado seis suspeitos em Pernambuco e nos municípios de Alhandra, Caaporã e Pitimbu, na Paraíba. "Esse pessoal era bem organizado porque recebia influência de uma organização criminosa paraibana e já entrou no município com esse organograma bem definido", elucidou o delegado Felipe Pinheiro.

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De acordo com as autoridades, eles não tinham pudor para realizar crimes e, chegaram a assassinar concorrentes e devedores em praça pública. A Polícia Civil também informou que três homicídios foram evitados e quatro foram esclarecidos após a ação. Entretanto, ainda busca três foragidos, identificados como Nilson Hayan Silva de Queiroz (Rayan), Alex e um menor de idade.

Divididos em líderes, gerentes, soldados e movimentadores financeiros, ao todo já estão presos: Paulo Ricardo Silva dos Santos (Paulinho); Williams Silva de Queiroz (Will); Natanael da Silva Mendonça (Natan); Davi Henrique de Pontes (Davi Mago); Tauan Martins da Silva Araújo; Irlon Wendio Tavares Ferreira; Emerson Silva dos Santos; Gleibson Alves da Silva (Tchuca); João Alves da Silva; Moisés José da Silva (Cuca); Ana Cláudia Costa da Silva (Claudinha); Joanderson da Silva Rodrigues (Joan); Gabriel de Mendonça Floriano (Gabira) Maria da Penha da Silva (Penha) e José Roberto de Mendonça (Beto Cavanhaque).

 

A guerra entre facções vem transformando Roraima. O Estado, que sofre com a migração venezuelana, viu as taxas de homicídio triplicarem. São casos como o de L.S., de 24 anos. O jovem sobreviveu após quase ter sido degolado por uma rixa de futebol, envolvendo um integrante de facção criminosa. Ele resolveu sair de Roraima após ter sido atacado por mais de dez integrantes de facção. "Eu achei que era brincadeira e só quando me golpearam no pescoço e vi o sangue que percebi. Consegui sair correndo." Conforme o delegado-geral da Polícia Civil, Herbert Amorim, a polícia tem trabalhado para combater o aumento da violência, mas falta efetivo.

Já Antonio de Pádua, secretário de Defesa Social de Pernambuco, destaca a contratação de 7 mil novos agentes para Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica. Em 2017 o Estado respondia por metade da alta de homicídios no País. Hoje são 22 meses seguidos de redução nas estatísticas. Washington das Neves, de 36 anos, ilustra políticas preventivas adotadas, como o Centro Comunitário da Paz. "Vim jurado de morte. Foi pelas artes marciais e pelo Centro que me tornei outra pessoa", diz o hoje instrutor de jiu-jítsu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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As forças policiais do Brasil mataram 6.220 pessoas em 2018, o que representa um aumento de 19,6% na comparação com 2017. Os números são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e foram divulgados nessa terça-feira (10).

São 17 pessoas mortas pela polícia a cada dia. A maior parte destas vítimas é formada por jovens negros: 99,3% são homens, 77,9% tem entre 15 e 29 anos e 75,4% são negros.

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Em 2018, 343 policiais civis e militares foram assassinados, número 8% menor do que o registrado em 2017. A maior parte destas mortes ocorreu fora de serviço (75%) e a maioria das vítimas também é negra (51,7%).

Também houve mais mortes de policiais por suicídio (104 casos) do que em horário de trabalho.

O Brasil registrou 57.341 mortes violentas em 2018, queda de 10,8% ante 2017.

A cifra deixa o país com uma taxa de 27,5 homicídios a cada 100 mil habitantes, o mesmo patamar de 2013. Há números de homicídios a cada 100 mil habitantes muito diferentes entre cada Estado. Os mais violentos são: Roraima (66,6), Amapá (57,9), Rio Grande do Norte (55,4) e Pará (54,6); enquanto os mais seguros são: São Paulo (9,5), Santa Catarina (13,3), Minas Gerais (15,4) e Distrito Federal (16,6).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que taxas superiores a 10 homicídios para 100 mil habitantes são de violência epidêmica.

O levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública também indica que 2018 foi o ano com recorde de registros de estupros, com 66.041 casos, aumento de 4,1% na comparação com 2017 e média de 180 estupros por dia.

Da Sputnik Brasil

O Brasil registrou 57.341 homicídios ao longo de 2018, o equivalente a 157 casos por dia, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 10, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número representa uma queda de 10,4% em relação aos registros de 2017, ano em que a briga entre facções fez a violência no País bater recorde.

A quantidade de assassinatos do ano passado é a menor desde 2013 e a taxa de 27,5 por 100 mil habitantes, a menor desde 2011. A letalidade policial foi o índice a apresentar alta (20,1%) e chegou a 6.220 casos, o equivalente a 17 mortes por dia.

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Os dados são compilados pela entidade a partir dos registros policiais de cada Estado e levam em consideração casos de homicídios dolosos (quando há intenção de matar), latrocínios (roubo seguido de morte), lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenção policial.

De acordo com o relatório, a queda de homicídios ocorreu em 23 das 27 Unidades da Federação, em todas as regiões do País. A redução foi proporcionalmente mais acentuada no Acre (-25%), mas foi em Pernambuco (-23,4%) que a queda teve maior peso: entre 2017 e 2018, o Estado teve 1.257 homicídios a menos, quase 20% de toda a redução nacional. Também tiveram reduções significativas nas taxas os Estados de Minas (-21,4%), Rio Grande do Sul (-21%) e Alagoas (-19,8%). A menor taxa pertence a São Paulo, 9,5.

"A queda retoma o patamar anterior a 2014, que já era alto. A redução, então, não significa que conseguimos mudar a situação de forma significativa, mas que a crise vista em 2016 e 2017 foi em parte superada", disse o diretor-presidente do Fórum, o sociólogo Renato Sérgio de Lima.

Na outra ponta, quatro Estados tiveram alta na violência, destoando do cenário nacional. Todos são da Região Norte (única região a aumentar sua taxa em 2018): Roraima, Tocantins, Amapá e Pará.

A taxa de assassinatos por 100 mil habitantes teve alta de 65% em Roraima, em meio a uma crise humanitária na vizinha Venezuela, e chegou a 66,6, a maior do País. O Rio Grande do Norte, que havia ficado na liderança desse ranking de violência no ano passado, reduziu sua taxa de 67,2 para 55,4 e passou para a terceira posição.

A queda de 2018 surge após o recorde de 2017, quando mais de 64 mil assassinatos aconteceram nas cidades brasileiras. Há dois anos, a briga nacional entre facções foi apontada como catalisadora do aumento da violência. Aquele foi o ano dos massacres em presídios em Manaus, Boa Vista e Natal, que deixaram dezenas de mortos. A briga coordenada de dentro de presídios também ganhou as ruas e fez disparar índices no Ceará, por exemplo, onde os homicídios passaram de 3,5 mil em 2016 para 5,3 mil em 2017.

Uma acomodação dessas forças criminosas aliada a políticas estaduais de segurança pública mais eficazes são apontadas como responsáveis pela queda obtida em 2018 não só no Ceará, onde os assassinatos caíram para 4,7 mil, mas em todo o Brasil.

O ano passado, lembram os especialistas, foi de eleição e a disputa teve como ponto central o tema da segurança, levando governadores a aperfeiçoar ou implementar programas voltados para a área.

Pernambuco, onde houve a queda já citada, reestruturou o Pacto pela Vida, iniciativa que havia conseguido reduzir a violência no início da década, mas que dava sinais de desgaste em 2017. O Estado mostrou naquele ano que a alta nos homicídios pernambucanos era responsável por metade do crescimento da violência no País. Agora, a queda também tem peso relevante no cenário nacional.

"A crise foi alimentada principalmente por uma guerra de facções, e nessa guerra alguém ganhou. Isso aconteceu, por exemplo, no Acre, onde o Comando Vermelho passou a dominar. Em outros lugares, foram notados armistícios ou trégua, como no Ceará e no Rio Grande do Norte", apontou Lima.

Os dados preliminares de 2019 divulgados pelo governo federal apontam para a continuidade da queda nos homicídios, realidade que o governo Jair Bolsonaro se vê como um dos responsáveis. Para isso, com frequência o ministro da Justiça, Sérgio Moro, aponta a importância das transferências de lideranças de facções para presídios federais, como a de Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Para Lima, o governo federal "não fez quase nada na segurança pública". Isso porque, lembrou ele, o pacote anticrime de Moro ainda tramita no Congresso Nacional e o plano para redução da criminalidade violenta foi apresentado no fim de agosto. "Quem está fazendo alguma coisa são os Estados", disse o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Ele reforçou a necessidade de uma documentação sistemática sobre as políticas de segurança. Isso, disse o sociólogo, permitirá entender melhor os motivos da queda dos homicídios e fazer dessa redução uma rotina.

"A melhor coisa a se fazer é explicar de forma substantiva o que deu certo e o que precisa para ser reproduzido. O grande temor é que os ganhos de 2018 sejam comprometidos na empolgação sem que saiba o que fazer para tornar a queda uma constante, e não só uma tendência pontual."

A tendência, no entanto, não parece abranger a Região Norte, onde neste ano se repetiram os massacres em cadeias de Manaus e em Altamira, no Pará. Novas configurações entre facções apontaram no sentido contrário da acomodação entre os criminosos, ao menos em parte dessa região.

No Amazonas, o problema apontado foi a disputa interna da facção dominante, a Família do Norte. No Pará, uma força emergente, o Comando Classe A, executou inimigos dentro de um presídio e agora mede forças diante de uma expectativa de vingança.

Nos primeiros quatro meses de 2019, o Brasil registrou 3.528 homicídios dolosos a menos que no mesmo período do ano passado. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, nos primeiros quatro meses deste ano, 13.142 pessoas foram mortas por alguém que agiu intencionalmente ou assumiu o risco consciente de matar. É um resultado 21,2% inferior aos 16.670 casos registrados entre janeiro e abril do ano passado.

A melhora também foi constatada em indicadores de outros nove tipos de crimes acompanhados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp) – plataforma de informações integradas criada em 2012 e que está a cargo da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A base de dados é alimentada pelos estados e pelo Distrito Federal, responsáveis por lançar os boletins de ocorrência.

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Segundo o balanço parcial que o Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou nesta terça-feira (13), a maior variação percentual (-38,5%) foi observada na redução do número de roubos a instituições financeiras, que caiu de 325 para 200 ocorrências na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2018 e o de 2019.

O total de latrocínios (roubo seguido de morte) teve redução de 23,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já as tentativas de homicídio caíram 8,6%, enquanto o roubo de veículo teve queda de 27,5%.

Os dados do Sinesp também apontam para uma redução de 13,6% nos estupros e uma queda de 5,3% no número de crimes de lesão corporal seguida de morte. Ainda segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o furto de veículos diminui 11,1% e o roubo de carga 27,3%.

Para o diretor-executivo da ong Sou da Paz, Ivan Contente Marques, os resultados reforçam uma tendência que já vem sendo observada há algum tempo. “De fato, temos visto uma redução nos índices de criminalidade que vem do ano passado. Outros indicadores como o Atlas da Violência, do Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública já apontavam esta tendência de queda nos principais indicadores de violência, mas sabemos que ainda há uma dificuldade enorme na obtenção de dados fidedignos”, disse Marques à Agência Brasil, destacando a importância do ministério assumir a atribuição de organizar as informações fornecidas pelos governos estaduais, sistematizá-las e divulgá-las.

“Temos visto com bastante esperança e alegria esta possibilidade do governo assumir o papel de, periodicamente, divulgar informações sobre segurança pública. Sabemos o quanto é problemático a construção de indicadores por meio de boletins de ocorrência. Daí a importância de que todas as unidades federativas estejam integradas ao Sinesp. Que todas as ocorrências policiais registradas nas delegacias das 27 unidades da federação sejam sistematizadas. Isto sim será uma evolução”, acrescentou Marques.

O diretor da Sou da Paz atribui a redução dos números da violência a uma série de fatores, entre os quais ações adotadas em nível estadual. “Somamo-nos aos que atribuem estes recentes resultados a uma soma de fatores. A causa da criminalidade, principalmente do homicídio, é multifatorial. Ou seja, tem várias razões. Logo, enfrentá-la [exige] políticas de médio e longo prazo. E, nos últimos tempos, alguns estados têm apostado com maior intensidade na execução de programas de governança e segurança pública, com investimentos diretos em suas polícias e em programas estaduais que começam a apresentar resultados efetivos. Há ainda um esforço de coordenação nacional e de maior cooperação interestadual”, concluiu o especialista.

Homem jovem, solteiro, negro, com até sete anos de estudo e que esteja na rua nos meses mais quentes do ano entre 18h e 22h. Este é o perfil dos indivíduos com mais probabilidade de morte violenta intencional no Brasil. Os homicídios respondem por 59,1% dos óbitos de homens entre 15 a 19 anos no país. É o que aponta o Atlas da Violência 2019, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quarta-feira (5).

Apenas em 2017, 35.783 jovens de 15 a 29 anos foram mortos, uma taxa de 69,9 homicídios para cada 100 mil jovens, recorde nos últimos 10 anos. A juventude perdida é considerada um problema de primeira importância para o desenvolvimento social do país e vem aumentando numa velocidade maior nos estados do Norte. Os dados do Atlas da Violência também trazem evidências de outra tendência preocupante: o aumento, nos últimos anos, da violência letal contra públicos específicos, incluindo negros, população LGBTI+ e mulheres, nos casos de feminicídio.

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De 2007 a 2017, a desigualdade de raça/cor nas mortes violentas acentuou-se no Brasil. A taxa de negros vítimas de homicídio cresceu 33,1%, enquanto a de não negros apresentou um aumento de 3,3%. Em 2017, 75,5% das vítimas de homicídio eram pretas ou pardas. Mais uma vez, o Rio Grande do Norte está no topo do ranking, com 87 mortos a cada 100 mil habitantes negros, mais que o dobro da taxa nacional. Os cinco estados com maiores taxas de homicídios negros estão localizados na região Nordeste.

O ano de 2017 registrou, também, um crescimento dos homicídios femininos no Brasil, chegando a 13 por dia. Ao todo, 4.936 mulheres foram mortas, o maior número registrado desde 2007 – 66% delas eram negras. Entre 2007 e 2017, houve um crescimento de 30,7% nos homicídios de mulheres no Brasil. A situação foi mais grave novamente no Rio Grande do Norte, que apresentou uma variação de 214,4% em 10 anos, seguido pelo Ceará (176,9%). As maiores reduções decenais ocorreram no Distrito Federal, no Espírito Santo e em São Paulo, entre 33,1% e 22,5%. Chama a atenção o caso do Espírito Santo, que era campeão da taxa de homicídios femininos no país em 2012.

 

O Atlas de 2019 traz uma seção inédita, sobre a violência contra a população LGBTI+.  Segundo uma das bases utilizadas pela pesquisa (o canal de denúncias Disque 100), houve um forte crescimento nos últimos seis anos nas denúncias de homicídios contra a população LGBTI+, que subiram de cinco em 2011 para 193 em 2017, ano em que o crescimento foi de 127%. Os pesquisadores compararam esses dados com informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde, e encontraram um mesmo resultado qualitativo. Em mais de 70% dos casos, os autores do crime são do sexo masculino, enquanto que a maioria das vítimas é de homo ou bissexuais do sexo feminino.

Recorde negativo

O Brasil atingiu, pela primeira vez em sua história, o patamar de 31,6 homicídios por 100 mil habitantes. A taxa, registrada em 2017, corresponde a 65.602 homicídios naquele ano e revela a premência de ações efetivas para reverter o aumento da violência. 

O estudo identifica dois fenômenos no país: enquanto mais estados reduzem a taxa de letalidade violenta, há forte crescimento no Norte e no Nordeste. Em 2017, as taxas de homicídios por 100 mil habitantes foram bastante heterogêneas entre as unidades da Federação, variando de 10,3 em São Paulo a 62,8 no Rio Grande do Norte. Houve diminuição no Sudeste e no Centro-Oeste, estabilidade no Sul e crescimento acentuado no Norte e no Nordeste.

O estado com maior crescimento no número de homicídios em 2017 foi o Ceará, que registrou alta de 49,2% e atingiu o recorde histórico de 5.433 mortes violentas intencionais, causados por armas de fogo, droga ilícita e conflitos interpessoais. No Acre, a variação foi de 42,1% em 2017, totalizando 516 homicídios – considerando-se o período de 2007 a 2017, o número de homicídios subiu 276,6% no estado.

O crescimento da violência letal no Acre está associado à guerra por novas rotas do narcotráfico, que saem do Peru e da Bolívia e envolvem três facções criminosas: o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho (CV) e o Bonde dos 13 (B13). Este fenômeno também influencia o número de homicídios no Amazonas, que praticamente dobrou em uma década e chegou a 1.674 em 2017. Na outra ponta, o estado com maior redução na taxa de homicídios em 2017 foi Rondônia (-22%), seguido por Distrito Federal (-19.7%) e São Paulo (-4,9%).

Acesse a íntegra do Atlas da Violência 2019

Da assessoria do Ipea

Com um total de 126 notificações de tiroteios na Região Metropolitana (RMR) neste último mês de maio, Recife e Jaboatão dos Guararapes repetem as posições de primeiro e segundo lugar no ranking, respectivamente, das cidades com maior número de disparos desde o início do ano. Foram ao menos 25 pessoas mortas na capital pernambucana.

Ainda no Recife, outras 25 pessoas foram feridas durante os tiroteios. Os números registrados pelo laboratório de dados Fogo Cruzado também confirmam que Jaboatão dos Guararapes teve 18 mortos e 10 feridos.

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Com esses dados, o mês de maio apresentou um aumento de 26% na quantidade de feridos por arma de fogo no Grande Recife em relação ao mesmo mês de 2018: foram 53 pessoas - 11 a mais do que o registrado no mesmo período de 2018.

Uma notificação foi registrada dentro do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, no Complexo Penitenciário do Curado, deixando um homem morto e 10 feridos. O ano de 2019 já soma, em apenas cinco meses, quatro mortos e 12 feridos dentro do sistema prisional - isso em quatro ocorrências. No ano anterior, foram dois mortos e seis feridos em cinco ocorrências no sistema prisional do Grande Recife

Detalhes divulgados pelo "Fogo Cruzado"

- Do total de  tiroteios/disparos (126): 66,67% foram casos com vítimas fatais (84), 26,19% foram de casos com feridos (33) e 12,70% não houve vítimas (16). Foram ao todo 141 vítimas mortas ou feridas.

- Do total de tiroteios/disparos, houve 15 presença de agentes de segurança .

- Do total de mortos (88), 90,91% eram homens (80) e 9,09% mulheres (8).

- Do total de feridos (53), 83,02% eram homens (44) e 15,09% mulheres (8).

- Os municípios que apresentaram maior número de tiroteios/disparos foram: Recife (32), Jaboatão dos Guararapes (31), Olinda (12), Paulista (11) e Igarassu (10).

- Os bairros que apresentaram maior número de disparos foram: Santo Aleixo/Jaboatão (6), Centro/Igarassu (3), Prazeres/Jaboatão (3), Vila Rica/Jaboatão (3), Cajueiro Seco/Jaboatão (3), Dois Carneiros/Jaboatão (3), Caixa D'água/Olinda (3), Boa Viagem/Recife (3) e Ouro Preto/Olinda (2).

- Houve 8 tiroteios/disparos dentro de residências com um total de 9 mortos e 2 feridos. Foram 7 homens mortos, 2 mulheres mortas e 2 mulheres feridas.

- Foram notificados 4 casos de múltiplos homicídios que resultaram em 8 mortos, sendo 5 homens e 3 mulheres mortos.

Policiais civis de 21 estados e do Distrito Federal participam, nesta terça-feira (28), de mais uma Operação Cronos, deflagrada para combater os crimes de homicídio e feminicídio. Coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, a ação acontece de forma integrada e conta com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O objetivo da Operação Cronos II é cumprir mandados de prisão contra pessoas acusadas de feminicídio – ou seja, o homicídio de mulheres por violência doméstica ou discriminação de gênero – e homicídios.

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No Rio de Janeiro, até as 10h, policiais civis já haviam prendido 40 pessoas. Em Santa Catarina, onde ao menos 128 agentes participam da ação, 16 mandados judiciais foram cumpridos até o mesmo horário.

No Distrito Federal, mais de 100 policiais civis tentam cumprir parte dos mandados de prisão em aberto. A Polícia Civil não informou quantos mandados espera cumprir no Distrito Federal, mas mais detalhes da operação nacional serão apresentados as 11 horas, durante entrevista no Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília.

Participarão da conversa com jornalistas o secretário-executivo do ministério, Luiz Pontel; o secretário-adjunto da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), José Washington Luiz; o diretor de Operações Integradas da Seopi, Cesar Martinez e o presidente do Conselho de Chefes de Polícia Civil, Robson Cândido da Silva.

Primeira Fase

Deflagrada  em agosto de 2018, a primeira fase da Operação Cronos resultou na prisão de mais de 2,6 mil pessoas em todo o país. Além disso, foram apreendidos 341 adolescentes. Segundo o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil divulgou à época, 42 pessoas foram presas por feminicídio; 404 por homicídio; 289 presos por crimes relacionados à Lei Maria da Penha; 640 foram autuadas em flagrante por posse ou porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e outros crimes; e outras 1.252 pessoas foram detidas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes.

Durante a primeira fase, foram apreendidas 146 armas de fogo e aproximadamente 383 quilos de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack. Mais de 7,8 mil policiais civis de todo o país participaram das ações.

O município de Ipojuca, localizado no Grande Recife, registrou 13 homicídios no 1º trimestre de 2019, o que representa uma queda de 45,8%, comparado ao mesmo período do ano anterior, que contabilizou 24 Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI). Ainda de acordo a Secretaria de Defesa Social (SDS), os números de março apontam a melhor taxa, com 90% de redução.

Conforme dados da SDS, durante todo ano de 2017 foram registradas 139 mortes, enquanto 2018 totalizou 86. Os crimes contra o patrimônio também caíram consideravelmente. De 700 em 2017, para 484 em 2018. Uma redução de 30,8%.

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Para o secretário de Defesa Civil da cidade, Osvaldo Morais, ter o maior efetivo da guarda municipal da Região Metropolitana do Recife (RMR), do ponto de vista per capita; e a maior número de câmeras de monitoramento, foram os principais fatores que contribuíram para o aumento da segurança em Ipojuca.

Com informações da assessoria

O homem acusado de matar a tiros 50 pessoas em duas mesquitas de Christchurch no mês passado será denunciado por 50 homicídios em audiência esta semana, informou nesta quinta-feira (4) a polícia da Nova Zelândia.

"O detido por realizar os ataques terroristas em Christchurch enfrentará 50 acusações de homicídio e 39 de tentativa de homicídio na Alta Corte da cidade nesta sexta-feira", revelou a polícia.

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Até o momento, o australiano Brenton Tarrant estava denunciado por apenas um homicídio, para facilitar o andamento do processo de investigação, mas a polícia explicou que agora serão apresentados os elementos da totalidade dos crimes.

No dia 15 de março, o supremacista branco Brenton Tarrant, 28 anos, entrou em duas mesquitas de Christchurch, a grande cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia, atirando nos fiéis e transmitindo o massacre ao vivo no Facebook.

Nesta sexta-feira, será ouvido por teleconferência no tribunal a partir da prisão de segurança máxima de Auckland, onde está detido.

A audiência será breve, destinada a "estabelecer a posição do acusado em relação a sua representação legal" e outras questões de procedimento.

Tarrant demitiu seu advogado na primeira audiência, no dia 16 de março, o que faz pensar que atuará na própria defesa e a utilizará como plataforma de propaganda.

Os jovens nas Américas morrem principalmente devido a causas evitáveis: homicídios, acidentes de trânsito e suicídios, alertou, nesta terça-feira, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ao publicar seu relatório mais recente sobre o assunto.

Mais da metade das 150.000 mortes anuais de jovens nas Américas são evitáveis, destaca a OPAS, o escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao atribuir 24% das mortes a homicídios, 20% a acidentes de tráfego e 7% a lesões auto-infligidas.

O estudo, que abrange 48 países e territórios, indicou que a mortalidade juvenil diminuiu ligeiramente entre 2000 e 2015 nas Américas, onde 237 milhões de pessoas com entre 10 e 24 anos representam um quarto da população total.

"Apesar do progresso realizado em toda a região para garantir maior acesso aos serviços de saúde, muitas da intervenções para prevenir a morte de jovens estão fora do setor da saúde", disse Carissa Etienne, diretora da OPAS, citada em um comunicado.

Entre 2004 e 2014, 72 milhões de pessoas saíram da pobreza nas Américas e programas de saúde para adolescentes foram estabelecidos na maioria dos países.

Mas entre 25 e 30 milhões de pessoas estão em risco de cair na pobreza, muitos dos quais são jovens, incluindo entre os grupos mais vulneráveis de indígenas, afrodescendentes, LGBTs e migrantes.

Sonja Caffe, assessora da OPAS, disse à AFP que a maioria das mortes de jovens na região acontecem entre os 15 e 24 anos e afeta mais homens do que mulheres.

Nove em cada dez jovens assassinados são homens; enquanto quatro dos cinco homens morrem em acidentes de trânsito. Três em cada quatro jovens que cometem suicídio são homens, embora as mulheres tentem mais do que os homens.

"É importante reconhecer que as maiores taxas de mortalidade entre os homens jovens são, em parte devido à pressão que enfrentam para cumprir as normas de gênero, o que pode contribuir para comportamentos prejudiciais como agressão e tomada de riscos", aponta Caffe, citada em comunicado.

Os países mais afetados 

A OPAS informou que os países com maior aumento nas taxas de homicídio masculino foram Belize, Honduras, México, Peru e República Dominicana. E destacou "o aumento considerável" nas taxas de homicídio entre mulheres em vários países, como Bahamas, Belize, Cuba, México, Paraguai e Peru.

Os maiores aumentos nas taxas de mortalidade devido a acidentes rodoviários foram registrados na Argentina, Aruba, Dominica, Guatemala, Honduras, Nicarágua, República Dominicana e Uruguai.

"O suicídio também foi preocupante, em ambos os sexos, com maiores aumentos na Argentina, Cuba, Honduras, Peru, Porto Rico e República Dominicana", segundo o relatório.

As armas de fogo são responsáveis por entre 60% a 70% dos homicídios nas Américas. O relatório ressalta, ainda, que as mortes de adolescentes e jovens "não ocorrem ao acaso", mas são determinadas pelo contexto, por exemplo, em termos de educação e status socioeconômico.

Os pesquisadores constataram que a taxa de mortalidade entre jovens de 15 a 24 anos devido a acidentes de transporte terrestre em Belize permaneceu estável entre 2010 e 2015 nos distritos cujo índice de riqueza foi mais alto, enquanto aumentou "significativamente" entre os mais pobres.

E no Chile, entre 2008 e 2014, as regiões com maior renda mostraram uma tendência de queda nas taxas de suicídio, enquanto o oposto ocorreu nas regiões mais pobres.

O estudo também aponta que comportamentos suicidas (ideias de suicídio, planejamento e tentativa real de suicídio) são "indicadores importantes" do estado de saúde mental da população jovem.

Nesse sentido, a porcentagem de estudantes com entre 13 e 15 anos que consideraram seriamente o suicídio variou entre 14,8% na América Central e 20,7% no Caribe de língua inglesa, enquanto a porcentagem de estudantes que tentaram se matar variou entre 13,2% na América Central e 18,0% no Caribe.

Relações parentais "fortes" aparecem como um "fator de proteção" contra o comportamento suicida em ambos os sexos, segundo o relatório.

A região metropolitana de São Paulo registrou queda no número de homicídios e roubos em janeiro deste ano, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP).

Em janeiro de 2019, na comparação com o mesmo mês do ano passado, os casos de homicídios caíram 12,7%, passando de 71 para 62. O menor número registrado desde 2014 (veja o infográfico abaixo). Com a redução, a taxa anual de homicídios chegou a 7,19 casos e 7,68 vítimas a cada 100 mil habitantes da Grande São Paulo.

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Já os roubos em geral tiveram queda de 17,7%, caindo de 5.841 em 2018 para 4;805 neste ano, ou seja, 1.036 mortes a menos no primeiro mês de 2019. Além de também ser o menor número registrado desde janeiro de 2014.

Os roubos de veículos, por exemplo, registraram queda de 10,3% em janeiro, de 1.315 para 1.180 ocorrências. Ao passo que os roubos de carga caíram 22,1%, passando de 204 para 159, o mesmo que 45 casos a menos que em janeiro de 2018.

 

O governador Paulo Câmara (PSB) divulgou, nesta sexta-feira (15), os novos números da violência urbana. Segundo o pessebista, foi atingido uma redução de 32,5% em janeiro deste ano comparando com o mesmo período do ano passado. Câmara também falou que, ainda em janeiro, não foi registrado nenhum assassinato em 97 cidades pernambucanas.   

Paulo também disse que todas as regiões do Estado apresentaram redução destacando a Região Metropolitana do Recife que, de acordo com os dados do governo, teve 46% de queda. Os números, disse o governador, que comprovam uma "redução contínua" da violência em Pernambuco.   

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"É importante destacar que, além do fortalecimento das nossas polícias e estruturas, também temos investido muito na prevenção, com ações e programas que promovem a cultura de paz e cidadania nas comunidades mais carentes. Continuaremos incansáveis na busca por resultados ainda melhores", ressaltou nas redes sociais. 

As investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Francisco da Silva, Marielle Franco, e o motorista Anderson Pedro Gomes completam nesta quinta-feira (14) 11 meses sem conclusão. Eles foram mortos a tiros no centro do Rio de Janeiro após um evento político. Onze meses depois, a autoria do crime ainda é incerta.

“O assassinato de uma defensora dos direitos humanos não é apenas o assassinato de uma pessoa, é um ataque aos direitos como um todo”, diz Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional Brasil.

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As investigações são resguardadas por sigilo. Não faltam hipóteses para o crime. O mais provável, segundo investigadores e autoridades que acompanham o assunto, é que o crime tenha sido cometido por milicianos.

No Rio, os milicianos, grupos paramilitares, são conhecidos por controlar, ilegalmente e de forma armada, territórios mais pobres do estado. O então secretário estadual de Segurança Pública, general Richard Nunes, disse à Agência Brasil, em setembro de 2018, que há indícios que a execução foi cometida por criminosos experientes que sabiam como dissimular as evidências.

Em dezembro de 2018, o chefe do Departamento de Homicídios da Polícia Civil do Rio, Giniton Alves, disse à Agência Brasil que “o absoluto sigilo das apurações realizadas” é a “maior garantia para o alcance dos autores e mandantes dos crimes investigados”.

Apurações

Também no ano passado, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que a Polícia Federal apuraria se agentes do Estado estariam interferindo nas investigações da Polícia Civil. Ele disse que havia indícios relevantes de práticas de corrupção, ocultamento e compra de agentes públicos para impedir a descoberta dos mandantes do crime.

Em nota, o Comando Militar do Leste informou que as investigações estão com a Secretaria Estadual da Polícia Civil. Por sua vez, a Polícia Civil disse, também em comunicado, que as investigações sobre o caso Marielle estão sob sigilo. A Polícia Federal afirmou que não comenta.

Memória

Está na memória o que ocorreu no Rio de Janeiro, às 21h, do dia 14 de março de 2018, quando a vereadora desce as escadas do número 122 da Rua dos Inválidos, na Lapa, onde funciona a organização não governamental Casa das Pretas. Momentos antes, a parlamentar havia sido aplaudida por ativistas dos direitos das mulheres negras, durante uma mesa-redonda.

Em um discurso que destacou a importância de se combater a violência, em especial contra as mulheres negras, sua última fala ressaltava a liberdade, em uma citação da ativista dos direitos civis americana Audre Lorde. “Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela forem diferentes das minhas”, disse Marielle Franco ao final do evento.

Ao entrar no carro, um Chevrolet Agile branco, a vereadora não percebeu a movimentação daqueles que acabariam com a sua vida dali a instantes. O veículo deixa a Rua dos Inválidos e segue em direção à casa da vereadora, na Tijuca, na zona norte.

Em um cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Estácio de Sá e João Paulo I, pouco mais de um quilômetro distante de sua casa, um carro emparelhou com seu Chevrolet Agile e vários tiros foram disparados contra o banco de trás, justamente onde se sentava Marielle. Treze atingiram o carro.

Quatro disparos atingiram a cabeça da parlamentar. Apesar dos tiros terem sido disparados contra o vidro traseiro, três deles, por causa da trajetória dos projéteis, chegaram até a frente do carro e perfuraram as costas do motorista Anderson Gomes. Os dois morreram ainda no local.

“Só quem perde um filho sabe o tanto que faz falta. Marielle sempre foi uma filha muito boa, Marielle ficou quase cinco anos como filha única, até a Anielle nascer. Então é uma falta muito grande”, desabafou Marinete da Silva, mãe de Marielle.

A única sobrevivente foi uma assessora de Marielle. O carro, ou os carros usados no crime, pois há suspeitas de dois veículos, deixaram o local, sem que os autores do homicídio pudessem ser identificados: as câmeras de trânsito que existem na região estavam desligadas.

A Polícia da Bolívia apresentou Gustavo Santos Vargas Arias, que admitiu ter assassinado e esquartejado um casal e seu filho, de 8 anos, em São Paulo, no ano passado. Ele foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Segundo os policiais, o acusado entrou no país via Puerto Quijarro. A família e o suspeitos são bolivianos.

De acordo com a imprensa boliviana, Gustavo Arias disse ter assassinado a criança, dois dias depois de matar os pais. Segundo ele, a criança chorava muito e perguntava pelo pai e pela mãe.

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As autoridades bolivianas avaliam a possibilidade de entregar o acusado ao Brasil com base em uma cooperação jurídico-internacional.

Em 8 de janeiro, os corpos de Jesús Reynaldo Condori Sanizo, da mulher dele, Irma Morante Sanizo e do filho Gian Abner Morante foram encontrados esquartejados em sacos de plásticos, acondicionados em malas, em uma casa em Itaquaquecetuba, região metropolitana paulista. A suspeita é que a motivação do crime tenha sido financeira.

*Com informações da ABI, agência pública de notícias da Bolívia.

A Polícia Civil do Amazonas apresentou, na última segunda-feira (14), a prisão do casal Ítalo Amaral Pinho, de 34 anos, e Silvane Ribeiro da Silva, 26, por um homicídio ocorrido no dia 23 de março de 2018. Durante a coletiva de imprensa na delegacia, os presos sorriram e trocaram beijos.

De acordo com o delegado Paulo Martins, o crime ocorreu em uma área de mata fechada por motivação passional. Em maio de 2018, outros dois suspeitos, Daniel Mariano da Silva, 30, e Jéssica Anaquiri Azevedo, 24,  haviam sido presos por participação no mesmo crime.

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A vítima, Wallace Souza Batista, 32, estaria se relacionando sexualmente tanto com Jéssica quanto Silvane, que são cunhadas, uma vez que Daniel e Silvane são irmãos. Ítalo e Daniel teriam descoberto o caso extraconjugal e tramaram o crime. Todos eram evangélicos e frequentavam a mesma igreja. Daniel se apresentava como pastor evangélico e Jéssica como missionária, segundo o delegado.

No dia do delito, Jéssica e Silvane atraíram Wallace para a área de mata. Quando ele chegou ao local, foi atacado por Daniel e Ítalo. A vítima ainda teria tentado fugir, mas sem sucesso.

Em depoimento, Daniel e Ítalo relataram que a intenção era apenas machucar a vítima, por conta do envolvimento com as mulheres. “Ítalo e Silvane alegaram, ainda, que queriam dar uma lição em Wallace após desconfiarem que o homem estaria aliciando a filha de Silvane, porém, não foi registrado Boletim de Ocorrência (BO) sobre o caso na época e acreditamos que isso seja uma desculpa para justificar o crime”, declarou Charles Araújo, o segundo delegado envolvido nas investigações.

Apesar da troca de beijos na delegacia, a informação é de que Ítalo e Silvane não estavam mais juntos. Eles foram indiciados por homicídio qualificado.

Nova York registrou em 2018 o total de 289 homicídios, três a menos que em 2017 e o número mais baixo na cidade desde o início da década de 1950, informou a polícia nesta quinta-feira (3).

O número de assassinatos caiu quase 45% nos últimos dez anos. Em 1990, ano que terminou com um número recorde, a cidade teve 2.245 homicídios.

Em 2018, após um aumento de 8% no número de homicídios no primeiro semestre, Nova York conseguiu concluir o ano com um mínimo histórico e em outubro teve seu primeiro fim de semana em 25 anos sem qualquer registro. Em relação a 2017 houve uma queda de 1% no número de homicídios.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o prefeito Bill de Blasio elogiou o trabalho da força policial e avaliou que os bons números são resultado, em parte, da nova estratégia de polícia comunitária adotada em 2015.

A estratégia consiste em designar os mesmos policiais para áreas definidas visando fortalecer os vínculos com a população local, identificar melhor as necessidades e promover a cooperação.

Além da queda no número de homicídios, houve uma redução de assaltos ou ameaças (7,7%) e roubo de automóveis (4%), mas as agressões sexuais cresceram 22,4%.

"Finalmente, a falta de denúncia histórica do passado está se resolvendo", comentou Bill de Blasio, considerando que houve um efeito #MeToo, no qual mais vítimas se atrevem a apresentar queixa.

Para o prefeito, não houve um aumento de casos de agressões sexuais e sim um crescimento das denúncias.

 O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), durante a cerimônia de posse nesta terça (1°), disse que Pernambuco conseguiu obter o maior avanço do programa Pacto pela Vida superando a redução obtida em 2010, comparada com 2009, que foi de quase 14%. Segundo o pessebista, no mês passado, o Estado completou 13 meses consecutivos de redução no número de homicídios.   

“O Pacto Pela Vida está no caminho certo, a sensação de segurança foi restabelecida, são 15 meses de redução de roubos e assaltos em todo o Estado e espero que esse tema não saia mais da pauta nacional. A solução para esse desafio está no trabalho conjunto entre todos os entes da Federação”, disse.   

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De acordo com seu pronunciamento, em 2018, foi registrado uma queda próxima a 24% nos Crimes Violentos Letais Intencionais, os CVLIS, comparando com o mesmo período de 2017.   

Todavia, o governador falou que não há o que comemorar. “Enquanto uma única vida for perdida, o governo não estará cumprindo com suas responsabilidades constitucionais, mas o Pacto Pela Vida está no caminho certo”, frisou.   

Ele ainda disse que tinha “orgulho de afirmar” que Pernambuco é referência na gestão pública. “Apesar da crise tremenda que o nosso País enfrentou e ainda enfrenta”. 

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