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O Papa Francisco lamentou neste domingo que "os poucos ricos" aproveitam aquilo que "em justiça, pertence a todos". Ele afirmou que cristãos não podem permanecer indiferentes ao crescimento de preocupações com os explorados e os indigentes, incluindo imigrantes.

O Papa chamou atenção para a causa dos idosos abandonados e para "o grito de todos aqueles levados a deixar suas casas e sua terra natal por um futuro incerto". Ele acrescentou: "é o grito de populações inteiras, privadas inclusive de todos os recursos naturais a sua disposição".

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Francisco convidou 6 mil pessoas pobres, além de voluntários que os ajudaram, a visitarem a Basílica de São Pedro, onde celebrou uma missa de um dia dedicada aos mais necessitados. Mais tarde, ele almoçou com 1,5 mil pessoas num auditório e comeu lasanha, frango, purê de batatas e tiramissu.

Para o pontífice, "o grito dos pobres se torna mais forte diariamente, porém a cada dia é menos ouvido". Fonte: Associated Press.

Milhares de imigrantes da América Central voltaram a se deslocar neste sábado (10), quando trens exclusivos do metrô da Cidade do México levaram membros de uma caravana que seguia para a fronteira dos Estados Unidos até a última parada em uma linha na parte norte da capital.

O primeiro trem do metrô saiu antes das 5 horas da manhã em horário local, com policiais, funcionários do metrô e funcionários de direitos humanos guiando a maior parte dos imigrantes pelas estações vazias da cidade. No término da Linha 2, eles saíram e começaram a chegar à rodovia principal para retomar a caminhada e atravessar o México de carona.

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Cerca de 4.000 imigrantes que planejam ir primeiro para a cidade de Queretaro - uma capital de estado a 200 quilômetros a Noroeste - antes de possivelmente ir a Guadalajara, Culiacán, Hermosillo e eventualmente Tijuana, na fronteira dos EUA. Enquanto no sul tropical do México eles carregavam pequenas mochilas apenas com o essencial, seus pertences tinham, no entanto, aumentado notavelmente durante seu tempo na Cidade do México.

Muitos agora estão carregando pacotes de cobertores, sacos de dormir e roupas pesadas para proteger contra temperaturas mais baixas no norte. Alguns saíram da capital com garrafas de água e sacos plásticos transparentes de bananas e laranjas para a longa jornada pela frente.

A caravana tornou-se uma questão-chave de campanha nas eleições dos EUA e o presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou o envio de mais de 5 mil soldados para a fronteira para afastar os imigrantes. Trump também ameaçou dificultar ainda mais a obtenção de asilo e prender os candidatos em tendas urbanas. Fonte: Associated Press.

A caravana gigante de imigrantes da América Central que pretende chegar aos Estados Unidos concordou na noite de quinta-feira (8) em retomar a marcha a pé para o norte depois de passar quase uma semana na Cidade do México à espera de conseguir ônibus para o transporte.

Em uma assembleia realizada em um centro esportivo na capital mexicana, onde o gabinete do prefeito montou um abrigo, os participantes - a maioria homens - votaram para viajar para o estado central de Querétaro, na fronteira com os Estados Unidos.

Segundo a prefeitura, no abrigo estão mais de 5.500 imigrantes, em sua maioria hondurenhos, que saíram de seu país em 13 de outubro e que já percorreram mais de 1.500 km, grande parte a pé.

Alguns se manifestaram na quinta-feira ante o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) na Cidade do México para exigir que obtivessem para eles 150 ônibus, mas a demanda ficou sem resposta.

Os migrantes subiram em veículos, principalmente de carga, em alguns trechos de sua jornada. Depois que um hondurenho morreu ao cair de um dos caminhões no estado de Chiapas, porém, a Polícia Federal que acompanha a caravana resolveu impedir que viajassem nessas condições perigosas.

Na assembleia, também se discutiu a rota que deve ser tomada. A escolhida foi a rota para a fronteira de Tijuana, a 2.800 km da Cidade do México, no extremo noroeste do país. É o caminho mais longo, porém o mais seguro.

Os migrantes que viajam nesta caravana, seguida por mais duas com cerca de 2.000 pessoas cada, estão determinados a chegar aos Estados Unidos, apesar dos avisos do presidente Donald Trump de que serão impedidos de entrar.

Cerca de 4.800 militares americanos foram posicionados na fronteira com o México.

Diante de um crescente número de pedidos de asilo a partir dos Estados Unidos, o Canadá planeja intensificar substancialmente as deportações de imigrantes ilegais, informou nesta quarta-feira a TV estatal canadense.

Um e-mail vazado de um funcionário de alto nível da Agência de Serviços de Fronteira do Canadá (CBSA, sigla em inglês) enviado ao pessoal do órgão e citado pelo Canadian Broadcasting Corporation (CBC) revela que o objetivo é deportar cerca de 10.000 pessoas anualmente, o que representa um aumento de 35% em relação aos últimos anos.

O diretor de execução, Brad Wozny, escreveu que nas últimas semanas se envolveu "em várias discussões, tanto regionais quanto nacionais, sobre a decisão do governo de aumentar substancialmente os esforços de expulsão".

"As discussões iniciais têm a agência trabalhando com um novo objetivo nacional de 10 mil expulsões por ano".

O CBC informa que 18 mil pessoas, a maioria solicitantes de refugio não aceitos, correm o risco de deportação no momento.

Desde o início do ano foram deportados 6.083 imigrantes, contra 8.472 em 2017 e 18.987 em 2012.

O primeiro-ministro Justin Trudeau disse que o governo está "tratando de melhorar o sistema de imigración e ser mais ágil na administração dos casos".

Joel Romero, formado em segurança do trabalho. Ramon Villasana, graduado em administração de empresas. O que estes dois homens têm em comum, além dos nomes latino-hispânicos? Ambos são imigrantes venezuelanos e vieram, junto com familiares, para o Brasil com objetivo de fugir da grave crise que assola seu País natal. Quem pensa que “com boa formação acadêmica, eles vão arrumar emprego rápido”, se engana. Os cursos de ensino superior da Venezuela não são aceitos aqui. Portanto, se pretendem trabalhar em seus antigos cargos, eles irão ter que iniciar os estudos a partir do ensino médio.

Mas esse é o menor dos problemas, segundo Ramon, que na Venezuela trabalhava em uma petrolífera estatal. “Eu trabalho em qualquer coisa. Ajudante de pedreiro, zelador, pouco importa. A gente só quer um emprego para se manter”, diz o senhor de 48 anos, que vê na idade avançada, um fator limitante para seu ingresso no mercado de trabalho. Ele chegou ao Brasil junto com sua filha, Neudis Villasana, pela fronteira com Roraima. Juntos, passaram noites sem teto para morar até serem transferidos, pelo programa de interiorização do Governo Federal, para Pernambuco – precisamente para a ONG Aldeias Infantis, no município de Igarassu. 

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As histórias são semelhantes: escassez de comida, falta de segurança, rara perspectiva de melhora. Tudo isso motivou Joel a uma jornada em busca de outra realidade. “Na Venezuela, tínhamos que passar dias em uma fila para conseguir comprar um quilo de arroz. Um quilo de arroz!”, diz Joel, relembrando com pesar as dificuldades que passara. Ele veio para o Brasil com a esposa, Jessireth Millan – formada em engenharia robótica, e seu filho, o pequeno Jeremias, de apenas um ano e dois meses. “Nós tivemos que sair de lá (Venezuela), não tinha comida suficiente para todos. Atravessamos a fronteira de Roraima. Dormimos na praça, no chão. Nós e milhares de pessoas como a gente”, relata Jessireth com olhos cheios de lágrimas, capazes de cortar o peito daqueles ali presentes.

Em pouco tempo, o choro de tristeza deu lugar ao de emoção, flertando até com alguns sorrisos. Jessireth foi uma dos 22 venezuelanos que participaram do Projeto Catalisa e conseguiram uma oportunidade de emprego. Com entusiasmo, ela fala que começa a trabalhar no dia 05 de novembro, na empresa de tecnologia MV Sistemas – Ela vai a atuar na área de suporte técnico. “Estou muito agradecida, porque Catalisa abriu essa porta. Me deu essa oportunidade”, fala com olhar esperançoso. Joel, Ramon e Neudis não tiveram a mesma sorte, mas não se mostram desanimado um só minuto. Os dois exaltam o sentimento de gratidão pela receptividade e acolhimento. “Em Igarassu, Recife, o povo do Brasil e Pernambucano são muito receptivos, amigáveis e calorosos. Foram nossos irmãos. Nos trataram muito bem”, diz Joel, agradecendo aos “Hermanos” brasileiros.

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Vivenciando uma nova rotina, as famílias ainda lembram-se dos pedaços que deixaram na Venezuela. O incômodo da recordação é perceptível. Enquanto Ramon fala sobre sua outra filha e neto que permaneceram no País, Neudis faz um esforço enorme para não cair em lágrimas, como que se estivesse em uma briga interna com a própria dor. Observando tamanha aflição, não quis entrar em mais detalhes. Quando questionado sobre a possível vinda do resto da família ao país, Ramon é categórico. “Nós queremos trazer eles (filha e neto), mas temos que arrumar um emprego. Não temos dinheiro, nem condições de trazê-los agora”, explica. Além de Jeremias, Joel tem uma filha de quatro anos, fruto de outro relacionamento, que permaneceu com a mãe na Venezuela.

Projeto Catalisa

O Projeto Catalisa é promovido pelo Polo e Reuso de Eletrônicos do Nordeste, em parcerias com fundações e organizações não governamentais. O Polo coleta resíduos de equipamento eletrônicos como computador e celulares, com o objetivo de reutilizar peças para montar um novo equipamento. O processo de montagem é interligado diretamente com o projeto social, já que são fornecidos aos alunos dos cursos de formação que, ao mesmo tempo que aprendem, desenvolvem projetos na prática.

“O que estamos buscando durante esses dez anos de atuação é dar oportunidade para quem está na periferia, quem mais necessita”, afirma o coordenador geral do Polo, Sávio França. O gestor destaca a cidade do Recife como um grande centro tecnológico do País. Por isso, segundo ele, o projeto é voltado a criar mão de obra qualificada para ocupar estas vagas.

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No caso dos imigrantes venezuelanos, Sávio afirma que o curso de preparação fornecido só foi o começo. “O trabalho não terminou, apenas se encerrou mais uma etapa. A próxima é garantir que todos os 22 venezuelanos consigam ingressar no mercado de trabalho”, afirma.

Carlos André foi o responsável por instruir e ensinar aos novos alunos, os conceitos tecnológicos. “No curso abordamos assuntos como cidadania, manutenção de computadores e celulares, entre outros temas”, conta. O professor destaca um dos preceitos mais simbólicos da profissão de educador, que é ensinar e aprender ao mesmo tempo. “Eles me ensinaram coisa de vidas que eu não aprenderia em canto nenhum mais. A humildade e simplicidade que esse povo chegou é algo que quero levar pra sempre comigo”, diz.

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Na tranquila Anguillara Veneta, no próspero nordeste da Itália, os parentes distantes de Jair Bolsonaro não escondem o espanto com a possibilidade de um descendente daqueles que fugiram da pobreza há mais de um século chegar à presidência do Brasil.

"Não sabíamos de nada, foi uma surpresa. O prefeito nos contou há poucos dias", confessa Emilio Bolzonaro, diante de sua residência em Via Canareggio, a poucos metros das extensas planícies onde seus antepassados foram simples camponeses sem terra.

"Não eram proprietários de terra, estavam a serviço das famílias patriarcais, porque os nobres de Veneza eram então os donos e patrões", conta Franco Bolzanaro, 65 anos, empresário do setor de telecomunicações, que pertence à família que se dividiu entre os que ficaram e os que deixaram a região no fim do século XIX em busca de uma vida melhor.

"Aqui temos os registros de batismo desde 1630. Olhe, aparecem vários Bolzonaro", indica o padre de Anguillara Veneta, Claudio Minchelotto, que administra na igreja de Sant' Andrea os volumes antigos de documentos, escritos a mão e com as datas de nascimento.

"Este é o registro de batismo de Vittorio Bolzonaro, nascido em 12 abril de 1878", destaca o religioso ao indicar aquele que, segundo alguns historiadores, é o bisavô de Jair Bolsonaro.

De acordo com os dados chegou ao Brasil aos 10 anos de idade ao lado de dois irmãos, Giovanna (sete anos) e Tranquillo (um ano), além do avô, Angelo, 84 anos, o pai Giuseppe (50 anos) e a mãe Domenica Cavallaro (46).

Alguns contam que quando o pai de Vittorio desembarcou no porto no Brasil, um funcionário da Alfândega perguntou o sobrenome e ele respondeu: Bolsonaro, como o "z" é pronunciado no dialeto da região do Veneto. Por este motivo, nos documentos brasileiros a palavra trocou o "z" pelo "s".

"É uma história que me faz rir", comenta Anna Bolzonaro, 26 anos, formada em Biologia.

"Há alguns meses fui contactada no Facebook por um tal Jair do Brasil, mas não sabia quem era e não respondi", confessa.

- O "Salvini carioca" -

O braço dos Bolzonaro com "z", que observou a transformação em um século da região, que passou de uma terra de pobreza e emigração para a América Latina a uma das mais ricas e desenvolvidas da Itália, pouco sabe a respeito das ideias políticas de Jair Bolsonaro, de seu discurso considerado misógino, homofóbico e racista, além da defesa da ditadura militar.

Nenhum deles fala sobre o tema, pois se consideram progressistas, apesar da região ser um reduto do partido de extrema-direita Liga.

O governador de Veneto, o político de ultradireita Luca Zaia, anunciou esta semana comemorações em caso de vitória no domingo daquele que chamou de "Salvini carioca", por sua proximidade ideológica com o vice-premier e ministro do Interior italiano Matteo Salvini, atualmente o homem forte da Itália e conhecido por sua política contra a imigração.

"Aqui não festejaremos em caso de vitória de Jair no Brasil. Recebê-lo sim, estamos sempre a favor da acolhida", afirmou Luigi Polo, prefeito de Anguillara Veneta (8.000 habitantes), de 65 anos, formado em Física e apaixonado por História.

"Em Veneto por seis séculos só tivemos arrendatários da terra e por isto se desenvolveu a mentalidade de luta. Também houve muita miséria, as inundações provocavam carestia", conta Polo em referência aos camponeses sem terra desta região italiana.

O prefeito colaborou com o livro "Voltar a nos ver na América", de Franco De Checchi, sobre os emigrantes que partiram de Anguillara para a América, um verdadeiro êxodo.

"Daqui saíram muitos Bolzonaro para o Brasil, sobretudo a partir de 1886, para trabalhar nas plantações de café e substituir os escravos recém libertados", explica.

Nos arquivos da prefeitura estão as certidões de nascimento, entre elas a de Angelo Bolzonaro, "casado com Remo Francesca, que partiu em 22 de abril de 1888", segundo o prefeito.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calcula que entre 1876 e 1920 um total de 365.710 imigrantes da região de Veneto chegaram ao Brasil.

Praticamente todos os moradores têm algum parente ou conhecido que emigrou para o Brasil.

E nunca imaginaram que um deles estaria a ponto de tornar-se presidente, apesar de suas ideias "exageradas", como reconhecem os parentes distantes.

 As autoridades do México afirmaram que receberam 1.699 pedem por refúgio, principalmente de crianças, adolescentes e mulheres, e fazem parte dos imigrantes hondurenhos que pretendem ir para os Estados Unidos (EUA).

As secretarias de Governo e de Relações Exteriores disseram, em comunicado conjunto, que continuará ativa a ajuda e atendimento humanitário em apoio aos imigrantes centro-americanos que entraram em território mexicano pela fronteira com a Guatemala no último final e semana.

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De acordo com as duas secretarias, os imigrantes que pediram refúgio estão hospedados no espaço onde acontece a feira de Tapachula, no estado de Chiapas, para serem acolhidos pelo Instituto Nacional de Migração (INM) e a Comissão Mexicana de Ajuda a Refugiados.

A polícia francesa evacuou um acampamento de imigrantes improvisado no norte da França nesta terça-feira (23), com cerca de 1.800 pessoas.

Centenas de policiais foram ao acampamento de Grande-Synthe ao amanhecer para expulsar os imigrantes, a maioria deles iraquianos curdos, que serão abrigados em centros da região. Os imigrantes viviam no campo sem acesso a chuveiros ou banheiros.

"Nós não poderíamos continuar assim, todos pediram essa evacuação por semanas", disse o prefeito de Grande-Synthe, Damien Carême, à AFP. Uma evacuação do mesmo tipo já havia ocorrido em 28 de setembro.

Cerca de 400 a 500 pessoas foram transportadas de ônibus para vários centros de recepção na região. O recém-nomeado ministro do Interior, Christophe Castaner, que deve visitar o local na tarde desta terça-feira, prometeu assumir uma posição firme em relação à imigração ilegal.

A França recebeu um recorde de 100.000 pedidos de asilo em 2017, 17% a mais que no ano anterior.

Um grupo de cerca de 200 imigrantes pulou neste domingo (21) a cerca de Melilla, na Espanha, que faz fronteira com o Marrocos. Ao menos um imigrante morreu na tentativa de alcançar o território espanhol de maneira ilegal.

Outros quatro ficaram feridos, de acordo com as autoridades locais. A vítima teria morrido devido a uma parada cardiorrespiratória, a qual está sendo investigada pela polícia. Ao todo, 300 imigrantes tentaram saltar a cerca de aço de Melilla, e 200 conseguiram.

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A Espanha registrou nesse ano um pico de imigrantes que tentam chegar ao país através dos enclaves do norte da África de Ceuta e Melilla, ou em embarcações no Mar Mediterrâneo. 

Da Ansa

Era uma manhã de sol e muito calor no Mediterrâneo, há quatro dias, quando a fragata Liberal, a F-43 da Marinha do Brasil, encontrou a pequena lancha superlotada por 31 refugiados sírios, muitos deles crianças e mulheres, carregando mochilas, levando poucos documentos.

O grupo pretendia chegar à Ilha de Chipre, fugindo da guerra civil que já provocou 350 mil mortes. A embarcação leve estava sem combustível, à deriva havia pouco menos de uma semana. Os estoques limitados de água e comida haviam se esgotado. Todos estavam debilitados e ao menos dois casos de desidratação associada a desnutrição foram considerados graves.

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O comandante do navio brasileiro, capitão Cláudio Correa, ordenou que fosse prestado o atendimento médico de urgência. Também foram fornecidos suprimentos e remédios. O resgate dos refugiados foi feito por duas lanchas oceânicas da força naval do Líbano. A Liberal escoltou as embarcações.

Até esta segunda-feira (15), essas eram as únicas informações autorizadas pela chefia da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) a respeito do evento, o segundo do gênero em que a Marinha se envolve diretamente.

Há dois anos, em setembro de 2015, a corveta Barroso, a V-34, resgatou 220 refugiados - entre os quais, quatro bebês. Todos foram abrigados na corveta - o barco usado para tentar chegar à costa da Itália corria risco de naufragar.

A Barroso encontrou os refugiados antes de ser incorporada à missão da ONU. Bem diferente do que houve agora. A F-43 foi acionada pela Força Tarefa Marítima (FTM), comandada pelo contra-almirante Eduardo Vasquez, para localizar os refugiados empregando o radar de busca e os recursos do helicóptero de bordo, um Lynx de ataque, observação e transporte.

A lancha estava sem energia e sem capacidade de acionar os motores a cerca de 75 km do litoral de Beirute, a capital libanesa. Embora com excesso de passageiros, não havia ameaça iminente de perda da embarcação, relativamente moderna e equipada.

A Marinha do Brasil participa há sete anos da FTM-Unifil. A Liberal é a nau capitânia da força naval internacional composta por navios de Alemanha, Grécia, Indonésia, Bangladesh e Turquia. O navio com tripulação de 200 militares (times de operação da fragata, da ala aérea e de mergulhadores de combate) vai permanecer no Líbano por oito meses, cumprindo a missão de adestramento em operações navais, interdição marítima, repressão ao contrabando de armas e ao tráfico humano.

Para atuar na região, a F-43 é configurada em condição de combate. Conta com sistemas de detecção, acompanhamento, aquisição e ataque a alvos submarinos, de superfície e aéreos. Leva um sonar de casco, radares de busca, navegação, vigilância e de direção de tiro. Tem também um sistema de apoio à guerra eletrônica.

O conjunto de armas integra dois canhões, metralhadora pesada, mísseis antinavio de longo alcance (180 km) Exocet MM-40 modernizados e antiaéreos (25 km) Aspide. Pode lançar torpedos antissubmarino Mk-46 a partir do helicóptero Lynx. É a quarta vez, em seis anos, que o navio participa da Operação Líbano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em viagem à Espanha para negociar os termos do acordo entre Mercosul e União Europeia, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, defendeu hoje (11) uma solução pacífica e sem interferência externa para a crise na Venezuela. Ele ressaltou que o governo brasileiro é contrário a qualquer ação violenta para tentar resolver o impasse.

“Espanha e Brasil são a favor da solução pacífica para a Venezuela. Solução [definida] pelos próprios venezuelanos, somos contra qualquer solução violenta. Somente assim vamos restabelecer a institucionalidade democrática na Venezuela”, destacou.

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Aloysio Nunes reiterou a preocupação do Brasil com os imigrantes venezuelanos, a segurança na fronteira com a Venezuela e o tráfico de drogas na região. Ele condenou as manifestações xenófobas registradas no Brasil, mas ressaltou que foram reações isoladas.

Questionado se o presidente eleito tratará de forma diferente o governo de Nicolás Maduro, o ministro afirmou que os candidatos neste segundo turno Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) têm visões distintas sobre a condução da política externa em relação ao país vizinho. Para ele, em entrar em detalhes, Bolsonaro terá uma “postura mais dura” em comparação a Haddad.

Aloysio Nunes cobrou mais uma vez investigações independentes e transparentes sobre a morte do verador de oposição Fernando Albán. O político venezuelano contrário ao governo Maduro foi declarado morto na segunda-feira (8) e segundo fontes oficiais, teria se suicidado. “No Brasil, houve vários casos em que o assassinato foi disfarçado de suicídio.”

Comunicado

Ao lado do ministro das Relações Exteriores espanhol, Josep Borell, Aloysio Nunes reiterou a disposição de aprofundar a Parceria Estratégica entre Brasil e Espanha e fortalecer os compromissos registrados no plano de 2003, na Declaração de Brasília sobre a Consolidação da Parceria Estratégica de 2005 e na Declaração de Madri de 2012.

Aloysio Nunes defendeu a relevância de um acordo entre Mercosul (bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que está suspensa) e União Europeia.

O chanceler ressaltou que o Mercosul pode negociar produtos e maquinários agrícolas com os europeus e que não há interesse em disputar com a indústria dos países, mas sim cooperar e compartilhar.

Pesar

Em nota, o governo brasileiro lamentou as enchentes na lha de Mallorca, na Espanha, considerado um local paradisíaco e de atração turística. Além dos desassistidos, pelo menos nove pessoas morreram. “O governo brasileiro manifesta pesar pelas mortes e danos materiais provocados pelas intensas chuvas na ilha de Mallorca, e expressa suas condolências e solidariedade aos familiares das vítimas, ao povo e ao governo da Espanha.”

Segundo o governo regional de Mallorca, pelo menos nove estradas da zona leste da ilha precisaram ser fechadas por causa da inundação. Até 232 litros de água por metro quadrado atingiram na tarde de ontem (10) a região em apenas duas horas.

As autoridades pediram a todos os moradores que permaneçam em suas casas e informaram que as aulas foram suspensas na região afetada. Os danos materiais causados pelas inundações são bastante numerosos, segundo testemunhas e integrantes dos serviços de emergência. Mallorca faz parte do arquipélago das Ilhas Baleares, no Mar Mediterrâneo, é um dos principais destinos turísticos da Espanha.

 

O prefeito da cidade italiana de Riace, Domenico Lucano, foi colocado em prisão domiciliar nesta terça-feira, 2, acusado de ajudar na imigração ilegal. Riace fica na região da Calábria, no sul do país, e Lucano ganhou fama justamente por acolher imigrantes, centenas dos quais se instalaram na pequena cidade, com menos de 2 mil habitantes.

A polícia financeira prendeu o prefeito como parte de uma investigação sobre a alocação de fundos do governo para refugiados e requerentes de asilo.

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Segundo o canal TG24, as acusações incluem a organização de casamentos de conveniência para que os imigrantes possam permanecer na Itália legalmente. Para o apresentador do canal, a prisão de Lucano é um "tapa na cara daqueles que praticam o dever de acolher."

O Conselho de Ministros italiano aprovou, nesta segunda-feira (24), um decreto sobre a segurança pública que endurece as medidas contra a imigração - informou hoje o ministro do Interior, Matteo Salvini, líder da Liga.

"É um passo para que a Itália seja mais segura. Para combater com forças os mafiosos e os traficantes de pessoas, para reduzir os custos de uma imigração exagerada, para expulsar os delinquentes e os que pedem asilo sem merecer, para retirar a cidadania dos terroristas e para dar mais poder às forças da ordem", anunciou Salvini no Facebook.

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Começa nesse sábado (22) a construção de um novo muro de mais de cinco metros de altura na fronteira mexicana, em uma faixa de 6,5 quilômetros de extensão, em El Paso, Texas - anunciaram as autoridades americanas.

"Este novo muro será muito mais resistente e eficaz para dissuadir a entrada de prováveis imigrantes clandestinos", comentou Aaron Hull, autoridade policial de fronteira na área de El Paso, em um comunicado.

Com um custo estimado em 22 milhões de dólares, o muro ficará pronto em abril de 2019.

"A cerca existente será retirada, e um muro de 5,5 metros com postes de aço será erguido em seu lugar", assinala o texto, publicado na sexta-feira pela agência de "Alfândega e Proteção de Fronteiras".

A agência indica que o território mexicano poderá "ser visto" através de espaços de poucos centímetros programados na construção.

Esse projeto foi descrito como "eficaz para a polícia de fronteira, a fim de detectar entradas clandestinas e o contrabando de narcóticos para os Estados Unidos".

A construção de um muro em toda a extensão da fronteira com o México foi umas das promessas de campanha mais controversas de Trump. A iniciativa está parada no Congresso, o que provocou duras reações do presidente republicano.

Um grupo de 41 voluntários médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório ligados aos hospitais universitários federais vinculados à Rede Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) participa desta segunda-feira (27) até o próximo dia 1º de uma ação médico-humanitária na capital Boa Vista e na cidade de Pacairama, na fronteira com a Venezuela.

Eles embarcaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que decolou da Base Aérea de Brasília na manhã desse domingo (26). Entre os voluntários está a médica ginecologista Gizeli de Fátima Ribeiro dos Anjos, de Uberlândia, em Minas Gerias.

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Ela disse que sempre quis participar de uma ação desse tipo. “A ajuda humanitária faz parte da nossa profissão e acredito que eles estão precisando muito. Espero levar um pouco de medicina e, também, muitas palavras de carinho nesse momento difícil”. Os profissionais vão oferecer atendimento nas especialidades de ginecologia, obstetrícia, pediatria, infectologia, oftalmologia para os venezuelanos que estão na região.

É a Operação Acolhida, que é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e envolve os ministérios da Defesa, Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Trabalho e Emprego, Forças Armadas, Organização das Nações Unidas (ONU), além da Polícia Federal.

O vice-presidente da Ebserh, Arnaldo Medeiros, informou que a Ebserh realiza anualmente uma ação desse tipo. Segundo ele, este ano Roraima foi o destino escolhido devido ao elevado número de imigrantes venezuelanos que têm cruzado a fronteira com o Brasil. “Sem o apoio da Casa Civil e da Força Aérea, essa ação não seria possível. Estamos recebendo todo o apoio aqui”, disse.

Em Boa Vista, as ações serão voltadas aos venezuelanos que ocupam os abrigos na cidade, e em Pacaraima, haverá vacinação para os imigrantes. São previstas ações educacionais preventivas em saúde, exames, testes para Hepatites B, C, HIV e VDRL, glicemia, verificação de pressão arterial, citologia de colo de útero, orientação sobre escovação dentária, prevenção e orientação sobre parasitoses intestinais, orientações sobre nutrição, consultas e orientações da oftalmologia, orientações para gestantes e amamentação, dentre outros procedimentos.

Os insumos e materiais a serem utilizados para a ação foram disponibilizados pelos hospitais universitários federais da Rede Ebserh e Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS-MS).

Ebserh

Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

*Com informações da Força Aérea Brasileira (FAB)

A chegada de venezuelanos a Pacaraima (RR), município com pouco mais de 12,3 mil habitantes, mudou a rotina da cidade. Nas poucas ruas, a impressão é de que se fala mais espanhol do que português. É comum encontrar, nas lojas do centro, trabalhadores venezuelanos. Há casos em que todos os funcionários vieram da Venezuela.

Com hotéis e ruas repletas de observadores estrangeiros, autoridades e jornalistas, a cidade está sob os efeitos da repercussão dos conflitos de cinco dias atrás, quando moradores atearam fogo a barracas e pertences de imigrantes. A reação foi motivada pela suspeita de que um assalto foi provocado por venezuelanos.

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A presença dos imigrantes na cidade divide a opinião dos moradores. Para alguns, gera prejuízos, outros observam pelo lado do apoio humanitário e econômico, pois os  venezuelanos podem colaborar para o crescimento do país.

Os comerciantes afirmam que não houve queda nas vendas, mas permanece o clima de medo. À noite, carros da Força Nacional e da Polícia Militar fazem ronda. Para amenizar o constrangimento, moradores e comerciantes tentam manter a rotina, enquanto há os que promovem atos públicos, como carreatas da paz.

Experiência própria

Uma das mercearias mais movimentadas da principal rua comercial de Pacaraima é comandada pelo artesão brasileiro Oracy Cardoso, 53 anos. Nascido no Nordeste, mas em Pacaraima desde jovem, o comerciante defende os imigrantes do país vizinho, onde passou 18 anos de sua vida.

Nos anos 1990, Oracy decidiu sair do Brasil para vender seu artesanato. Só voltou a Pacaraima em 2015, quando a economia venezuelana começou a se agravar. “O que eu ganhava lá já não pagava as necessidades, não valia a pena”, conta.

Com o dinheiro do artesanato, Oracy conseguiu voltar a Roraima. Em Pacaraima, passou um ano pedindo ajuda na rua, depois foi trabalhar com coleta de lixo reciclável até que, há dois anos, conseguiu abrir sua mercearia.

Ao analisar o episódio do último sábado (18),  Oracy é categórico. “Isso foi se alastrando, como uma bola de neve descendo da montanha. Poderia ter sido evitado com uma triagem boa, com documentos de ‘nada consta’ criminal de venezuelanos e brasileiros. Aqui entrou de tudo e tinha que ter sido feito isso.”

No momento em que conversava com a Agência Brasil, Oracy foi cumprimentado por um grupo de venezuelanos que o agradeceram por doações. Evangélico, o artesão  atribui sua generosidade às dificuldades que viveu não só na Venezuela, mas também no Brasil.

“Vejo [os venezuelanos] como seres humanos que precisam de ajuda. Eles não estão aqui porque gostam do Brasil, é por necessidade, estão fugindo da fome”, disse.

Insegurança

Do outro lado da rua, o comerciante Donizete Cardoso, 51 anos, concorda com Oracy. Para ele, o conflito poderia ter sido evitado.  “Poderia ter evitado isso, desde que a segurança tivesse agido com mais rigor. De início foi um ato pacífico, mas infelizmente acabou em violência.”

Donizete é de Rondônia e vive há dois anos em Pacaraima, atraído pelo comércio da região de fronteira. Mesmo estando há pouco tempo na cidade, percebeu mudanças na segurança do município.

“Aquela tranquilidade de sair com a família, estar tranquilo em casa com as portas abertas, hoje não podemos mais, porque com o fluxo grande de venezuelanos que veio pra cá acabou (sic), a criminalidade aumentando muito”, afirmou o comerciante. Há 15 dias, a mercearia dele foi arrombada pelos fundos. Os suspeitos eram venezuelanos. “Levaram o que puderam”, contou.

Segundo a prefeitura, Pacaraima registrou este ano mais de mil ocorrências criminais. A delegacia do município informou que 65% dos crimes registrados foram praticados por venezuelanos.

Apesar da sensação de insegurança, Donizete reconhece que a presença dos imigrantes é importante para o desenvolvimento da cidade. Segundo ele, um possível fechamento da fronteira com a Venezuela o levaria a encerrar seu comércio.

Emprego

Sem dados estatísticos precisos, é possível observar que os venezuelanos estão entre os principais consumidores e também representam papel importante na mão de obra de Pacaraima. Um exemplo é o da psicopedagoga Roseandra Mata, que está há quatro meses no Brasil e desde o primeiro dia trabalha em uma farmácia.

No mesmo comércio, também trabalha Yolanda Salazar, de 26 anos. A jovem, que tem formação de educadora infantil, mora em Santa Elena de Uairen e cruza a fronteira todos os dias para trabalhar.

Yolanda Salazar segue a rotina há dois anos. Segundo ela, foi a alternativa que encontrou para garantir a renda e cuidar dos três filhos. Para economizar, pensa em morar em Pacaraima. Do salário mensal de  R$ 800, R$ 140 são gastos com transporte.

 “Eu agradeço a Pacaraima por abrir suas portas, mas também entendo a situação, porque estou há dois anos trabalhando aqui e não havia visto uma coisa como a que estamos vendo nos últimos três, quatro meses. É uma situação horrível. Creio que devemos mudar para outro país para dignificar, não para deixar em desonra nosso país”, disse a jovem, referindo-se ao aumento da insegurança no local.

Após os conflitos em Pacaraima (RR), em que venezuelanos foram atacados, tiveram barracas e pertences queimados por moradores, caiu o movimento de imigrantes na fronteira entre Roraima e Santa Elena de Uairen, na Venezuela. Na cidade, o número de imigrantes também diminuiu e nos arredores da rodoviária, onde houve a tensão, tudo está vazio.

Nos últimos dois anos, a Polícia Federal registrou a entrada de quase 130 mil venezuelanos no Brasil por Pacaraima. Até o fim de junho, cerca de 70 mil imigrantes haviam saído por via terrestre ou aérea e não constavam registros de pelo menos 58 mil venezuelanos.

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Vazio

A entrada do Posto de Recepção e Identificação montado pela Operação Acolhida está praticamente vazia: desapareceram as longas filas de venezuelanos à espera de uma permissão para residência ou refúgio no Brasil. No local há poucos interessados que são atendidos de forma imediata.

Pelos dados do posto, eram aproximadamente 700 atendimentos diários para registro e vacinação. Desde o último fim de semana, pouquíssimos têm aparecido no posto.

A ausência de venezuelanos é observada ainda nas ruas e no comércio de Pacaraima, antes lotados de  imigrantes sem abrigo. Muitos ficavam perambulando, enquanto outros se transformavam em vendedores ambulantes. O local onde houve os conflitos está vazio.

No último sábado (18), um grupo de brasileiros agrediu com paus e pedras e ateou fogo a venezuelanos que estavam acampados em frente à rodoviária. O conflito começou após um comerciante ter sido assaltado e espancado, supostamente por imigrantes.

Perfil

No Centro de Triagem do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o fluxo continua estável, uma vez que os solicitantes de documentação já tinham senha de atendimento há alguns dias. De acordo com os agentes, os reflexos do incidente do último sábado serão observados nas próximas etapas da Operação Acolhida, nas próximas semanas.

O ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann, deve visitar hoje (23) o centro de triagem e os outros serviços emergenciais de assistências aos imigrantes.

Nos últimos dois meses, o centro atendeu quase 8 mil pessoas, uma média de 126 por dia. Segundo dados do Acnur, entre os imigrantes recém-chegados a Roraima, mais de 60% solicitam refúgio, 39% pedem residência temporária e 2% requerem apenas a emissão de CPF. Mais de 70% querem ir para outras regiões do país, principalmente Boa Vista.

Casos de pessoas envolvidas em situações de perigo, como tráfico de pessoas, aliciamento, abuso sexual, violência de gênero e outro tipo de criminalidade são apurados durante as etapas da Operação Acolhida.

Os solteiros representam mais da metade dos imigrantes, 27% estão em união estável e 15% são casados. Considerando o nível educacional, 58% completaram o ensino médio, 13% são universitários e outros 13% têm o ensino fundamental.

Durante a triagem é avaliada ainda a identificação de pessoas em situação de vulnerabilidade extrema. O relatório do Acnur mostra que cerca de 5% apresentam necessidades específicas - entre eles há pessoas com deficiência, grávidas, idosos desacompanhados, famílias monoparentais, portadores de doenças graves e crianças separadas dos pais.

Casos de pessoas envolvidas em situações de perigo, como tráfico de pessoas, aliciamento, abuso sexual, violência de gênero e outro tipo de criminalidade são apurados durante a Operação Acolhida.

Mais de 100 imigrantes africanos entraram na Espanha ao pularem a cerca na fronteira localizada no norte da África. De acordo com as fontes da Guarda Civil espanhola, sete agentes ficaram feridos ao confrontar os imigrantes.

Os imigrantes usaram ferramentas como tesouras mecânicas, paus e objetos cortantes, cal virgem, ácido de bactéria e excrementos. Os africanos passaram por Ceuta pela região de Finca Berrocal. Ao chegar em Ceuta, os imigrantes foram para o Centro de Estadia Temporária de Imigrantes (CETI).

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Além dos guardas, cinco imigrantes foram encaminhados para os hospitais da área em decorrência dos cortes provocados pelo arame farpado da fronteira.

Com o objetivo de intensificar o processo de interiorização de refugiados pelo País, o governo federal quer realizar, até o final do mês, a transferência de mil venezuelanos de Roraima para outros Estados. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Ministério da Casa Civil na noite desta terça-feira, 21.

O número foi acertado pela comissão interministerial enviada ontem pelo governo a Roraima para buscar soluções para a crise deflagrada no último final de semana, quando venezuelanos foram atacados por brasileiros. A definição das cidades que receberão os migrantes na próxima semana será alinhada a partir desta terça, com o retorno da comissão a Brasília.

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Até o momento, de acordo com dados da Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 820 migrantes já foram enviados para outras regiões do País desde abril. Após os conflitos recentes, a ideia do Palácio do Planalto é passar a transferir, em média, 600 por mês. Para isso, será preciso identificar junto às secretarias municipais e Organizações Não Governamentais (ONG's) locais com capacidade para abrigar os venezuelanos.

Em reunião realizada no último final de semana com o presidente Michel Temer, ficou decidido o envio de mais 120 homens da Força Nacional a Roraima, que vão se juntar aos 31 policiais que já estão no Estado. Além disso, o governo federal anunciou, por meio de nota, o reforço de 36 voluntários na área de saúde.

Pressão

Após os conflitos entre brasileiros e venezuelanos, aumentou a pressão sobre o governo pelo fechamento da fronteira entre os países, no estado de Roraima. O impasse na região virou alvo de disputa política.

Na segunda-feira, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), sugeriu ao presidente Michel Temer o bloqueio da entrada na fronteira de forma temporária. Jucá também anunciou à imprensa que apresentará uma proposta ao Senado para estabelecer "cotas" para a entrada de migrantes no País. O senador, candidato à reeleição, aparece em terceiro lugar em pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Ibope.

De outro lado, a governadora do Estado, Suely Campos (PP), que é adversária política de Jucá, já vinha pedindo o fechamento da fronteira nas últimas semanas e protocolou na segunda-feira novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ela tem acusado o governo de omissão diante da situação no Estado. A governadora apresenta altos índices de rejeição nas pesquisas de intenção de votos.

Até o momento, o governo está resistindo às ofensivas, mas passou a considerar a possibilidade apresentada por Jucá para medir a reação da população e, só então, tomar uma decisão. Seria uma espécie de balão de ensaio, segundo uma fonte que participou das discussões.

A Prefeitura de São Paulo abriu as inscrições para o programa “Portas Abertas: Português para Imigrantes”. As matrículas podem ser feitas até no dia 20 de agosto, nas unidades de ensino que oferecem o curso. Não são impeditivos para realizar a inscrição:

- A falta de documentos 

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- A situação migratória (imigrante, apátrida, refugiado, etc.) 

- A nacionalidade

Para realizar a inscrição, é necessário apresentar qualquer documento de identificação (serão aceitos aqueles emitidos no Brasil ou mesmo no país de origem), como:
- Protocolos de Solicitação de Refúgio; 
- Protocolo de RNE (Registro Nacional de Estrangeiro); 
- RNE (Registro Nacional de Estrangeiro); 
- CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social); 
- CPF (Cadastro de Pessoa Física); 
- Documentos emitidos no país de origem como passaporte, carteira de identidade ou de qualquer outra espécie.

É necessário apresentar formulário de inscrição e um comprovante de residência. Caso o interessado não tenha este último, pode ser preenchida uma declaração de residência.

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