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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs nesta quinta-feira, dia 22, que a guerra na Ucrânia seja paralisada como condição para o início das negociações de paz entre Kiev e Moscou. Lula sugeriu que os soldados ucranianos e russos devem "parar de atirar" para dar início a conversas em que cada lado na guerra ceda um pouco de sua posição inicial.

O presidente afirmou que busca a formação de um grupo de países não alinhados para sugerir mecanismos de resolução diplomática do conflito. Segundo ele, a abordagem conjunta para o cessar-fogo e posterior mesa de negociação envolveria Brasil, China, Índia, Indonésia, México e Argentina, além de representantes da África.

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"É preciso colocar os atores numa mesa de negociação, é preciso parar de atirar e tentar encontrar uma solução pacífica", afirmou o presidente. "É preciso convencer o Putin e o Zelenski que o melhor negócio é acabar com a guerra e tentar saber em que condições vamos voltar à normalidade."

Lula discutiu suas ideias com o Papa Francisco, no Vaticano, mas indicou que o pontífice não necessariamente vai participar desta tentativa de formar um grupo de países. Lula afirmou que o chefe de Estado da Santa Sé e autoridade máxima da Igreja Católica tem "personalidade própria do ponto de vista jurídico, moral e político" para liderar individualmente conversas de lado a lado. Tanto Kiev quanto Moscou mantêm interlocução com o Vaticano.

"O Papa Francisco é hoje a mais importante autoridade política que existe no Planeta Terra, não só pelo que representa, mas por sua postura", afirmou Lula, em entrevista a jornalistas. "O papa tem mandado seus cardeais que estão discutindo com Zelenski e com Putin."

Lula reiterou que o Brasil condenou a ocupação da Ucrânia pela Rússia em resoluções nas Nações Unidas. O País vem defendendo o cessar-fogo, o que se choca com a proposta das potências ocidentais aliadas da Ucrânia. Os Estados Unidos e a União Europeia exigem, ao lado dos ucranianos, a retirada imediata das tropas russas.

O petista disse que considera um problema o fato de Estados Unidos e União Europeia estarem completamente envolvidos na guerra, o que prejudica sua capacidade negociadora.

Lula disse que "ninguém mais aceita uma nova guerra fria", como a configuração polarizada entre EUA e China, e disse ter conversado sobre os aspectos da guerra com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e o Papa Francisco.

"O jogo já não é mais o mesmo quando a guerra começou, tem outros ingredientes, porque tem muitas mortes e destruição. Na minha cabeça, a primeira coisa a fazer era convencê-los a parar a guerra e sentar para conversar e para dizer o seguinte 'eu não abro mão disso ou daquilo' até que a gente encontre um denominador comum. Isso leva tempo, mas quando o ser humano está disposto a fazer ele faz", afirmou Lula, durante entrevista coletiva antes de deixar a Itália rumo à França.

Lula foi questionado por jornalistas italianos se estava de acordo com as condições de paz propostas pela Ucrânia - a "fórmula da paz" de Zelenski - que prevê a retirada total das tropas russas e devolução do território ocupado, entre outros pontos. Ele respondeu a proposta equivale a uma rendição russa.

"Um acordo de paz não é uma rendição", respondeu Lula. "No acordo de paz, os dois envolvidos têm que ceder em alguma coisa, senão não tem acordo. Se tem uma proposta em que alguém tem que ceder 100%, não é acordo, é imposição. E quem sabe o que é necessário para ter acordo são os ucranianos e os russos, não sou eu brasileiro, muito menos qualquer pessoa que não seja russa nem ucraniana."

Amorim na Cúpula da Paz

O presidente também informou que vai enviar seu assessor especial Celso Amorim a uma reunião convocada pela Ucrânia, em Copenhagen, Dinamarca. Ele seguirá para a reunião na sequência da viagem a Roma e Paris.

O governo Volodimir Zelenski convidou o Brasil, África do Sul, Índia e China, além dos países do G7, para discutir a organização de uma conferência de paz. Segundo Lula, Amorim conversou com os bispos envolvidos nas tentativas de mediação da paz empreendidas pelo Papa Francisco. O cardeal Matteo Zuppi já visitou Kiev e deve ser recebido em Moscou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta quinta-feira (22) a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, uma das novas caras da direita mais radical europeia. Lula e Meloni se reuniram durante a passagem do petista por Roma. Antes de deixar o país, Lula falou sobre a pauta migratória, um tema que divide opiniões na Europa, e sugeriu que a esquerda encampe essa bandeira para fazer frente à extrema-direita.

"Quando um chefe de Estado encontra com outro (de governo, no caso dela) não está em jogo a questão ideológica. A mim, não importa o posicionamento político. Não existe possibilidade de veto ideológico. Quando é amizade pessoal posso escolher alguém que gosto politicamente", disse Lula, em entrevista coletiva, antes de deixar Roma.

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"Fiquei bem impressionado com a Giorgia, uma jovem primeira-ministra. Uma mulher é uma novidade extraordinária num mundo ainda muito machista. Ela vai enfrentar muito preconceito, desrespeito, violência contra mulheres. Eu senti que é uma mulher com a cabeça no lugar, inteligente, se não fosse não estaria onde está", afirmou o petista.

Lula e Meloni se encontraram no Palácio de Chigi. A reunião foi confirmada de última hora. Havia expectativa e sensibilidade política, por causa das divergências explícitas e de manifestações pejorativas de lado a lado.

Se Meloni criticara Lula, reiteradamente, sobretudo por ter barrado a extradição de Cesare Battisti, condenado na Itália a prisão perpétua por assassinatos nos anos 1970, Lula havia usado a expressão "país de fascistas" quando a líder do Irmãos da Itália venceu as eleições, queixaram-se italianos.

O encontro foi uma forma de normalizar a relação e adotar mais pragmatismo, segundo diplomatas envolvidos no diálogo bilateral. Os países lançaram um mecanismo de coordenação política e contatos frequentes nas futuras presidências do Brasil, no G20, e da Itália, no G7.

O presidente disse que a esquerda europeia precisa se repaginar e encontrar um novo discurso que defenda, por exemplo, os direitos e o acolhimento de imigrantes, tema que divide a classe política nos países.

Lula disse que a esquerda europeia "perdeu o discurso". Agora, sugeriu Lula, a esquerda deve reconstruir a sua "utopia" para rebater argumentos da direita e dos setores mais conservadores.

"Precisamos ter coragem de defender o trânsito livre de ser humanos da mesma forma que se defende o trânsito livre de dinheiro. O dinheiro circula por todos os países sem mostrar passaporte. É preciso que a gente tenha mais paciência e maturidade para defender os migrantes, as pessoas que fogem porque não têm como sobreviver", propôs Lula. "O ser humano é por natureza nômade, ele vive em busca do que comer, onde trabalhar, das coisas melhores. É normal se você tem centros de pobreza e violência no mundo que as pessoas queiram transitar de um lado para outro."

Lula ponderou que a esquerda, em âmbito global, deve reagir ao surgimento da extrema-direita e às propostas radicais nos costumes e no debate da família: "Muitas vezes, a esquerda fica um pouco inibida. A esquerda no Brasil, na América Latina e no mundo precisa criar uma nova utopia, a juventude precisa de um sonho para a gente continuar a lutar por eles".

Durante a visita a Roma, o presidente se reuniu com o ex-primeiro-ministro Massimo D'Alema e com a secretária-geral do Partido Democrático, Elly Schlein, líder da oposição a Meloni.

O petista disse estranhar o fato de poucas autoridades italianas visitarem o Brasil. Ele cobrou um reforço no fluxo comercial. Segundo Lula, o comércio pode superar em muito os atuais U$ 10,5 bilhões.

Ele disse ter convidado tanto o presidente Sergio Mattarella quanto a primeira-ministra Giorgia Meloni a viajar a Brasília. "É no mínimo estranho", disse Lula, citando os cerca de 30 milhões de descendentes de italianos no Brasil. "Espero que os dois tomem a iniciativa de visitar o Brasil", finalizou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (21), em Roma, que vai buscar aproximação do Brasil com a Itália, ao longo do próximo ano, quando os dois países assumirão, respectivamente, as presidências rotativas do G20 e do G7.

  O G20 reúne 19 das maiores economias do planeta e a União Europeia, enquanto o G7 é um grupo de países desenvolvidos composto por Japão, Canadá, Itália, Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido. A declaração ocorreu após reunião do presidente brasileiro com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, no Palácio de Chigi, sede do governo italiano.

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"Conversei com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, sobre as relações entre nossos países, especialmente neste momento em que a Itália assume a presidência do G7 e o Brasil assumirá em novembro a presidência do G20", destacou Lula, em postagem nas redes sociais. O governo italiano assumiu a gestão do G7 em maio, durante a cúpula do grupo, no Japão, e sediará o próximo encontro de chefes de governo, no ano que vem. Já o Brasil assumirá o G20 no fim do ano, após a cúpula da organização que será em Nova Déli, na Índia. Lula também convidou a primeira-ministra para visitar o Brasil.

Agenda na Itália Na agenda desta quarta-feira (21), Lula também se reuniu o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri. Durante o encontro, o presidente destacou a viagem à Itália significou a retomada do protagonismo do país nas discussões globais sobre meio ambiente. "Amanhã [22], às 8h30, vou dar uma entrevista coletiva porque a minha viagem à Itália foi, do meu ponto de vista, para recolocar o Brasil no centro das discussões sobre a questão climática no mundo."

Em encontro, Lula agradece solidariedade do prefeito de Roma.  Gualtieri visitou Lula no período em que esteve preso em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato. Na época, julho de 2018, o prefeito exercia mandato de eurodeputado.

O Plenário do Senado confirmou nesta quarta-feira (21) o nome de do diplomata Renato Mosca de Souza para a chefia da embaixada brasileira em Roma, capital da Itália. A indicação (MSF 29/2023) será comunicada ao governo federal. Foram 48 votos favoráveis e 6 contrários.

A embaixada em Roma também atende as relações do Brasil com as repúblicas de San Marino e Malta. Atualmente, Renato Mosca de Souza é cônsul-geral do Brasil em Vancouver, no Canadá. Antes, foi embaixador na Eslovênia e chefe do cerimonial da Presidência da República, entre outros postos.   

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O relatório pela aprovação, elaborado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e apresentado pelo senador Cid Gomes (PDT-CE), destacou o estoque expressivo de investimentos de empresas italianas na economia brasileira, além da relevância do comércio bilateral. Apenas entre janeiro e março de 2023, as trocas bilaterais alcançaram US$ 2,5 bilhões. 

Em relação às trocas bilaterais, Renato Mosca de Souza ressaltou, durante a sabatina na Comissão Relações Exteriores (CRE), que o comércio entre os dois países está em expansão.

*Da Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido, nesta quarta-feira (21), pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Palazzo del Quirinale, em Roma. Os dois líderes conversaram sobre a aproximação entre as universidades e a ampliação do intercâmbio comercial entre os dois países.

“Minha relação com a Itália é histórica, desde a época em que fui dirigente sindical. Hoje retorno ao país para fortalecermos as relações e parcerias entre as duas nações”, escreveu Lula, em publicação nas redes sociais.

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O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) também foi pauta do encontro.

Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A negociação envolve 31 países, o que poderá levar anos e enfrentar resistências.

O próprio presidente Lula defende alterações em pontos do acordo de livre comércio, sobre compras governamentais. Na quinta-feira (22), Lula irá a Paris e terá encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron. Um dos temas em discussão deverá ser a aprovação, na semana passada, pela Assembleia Nacional da França, de uma resolução contra a ratificação do acordo. A medida foi considerada dura pelo presidente brasileiro.

Agenda

O encontro com o presidente Matarella, no Palácio do Quirinale, foi seguido de um almoço, oferecido pelo anfitrião à Lula e à primeira-dama, Janja Lula da Silva.

Antes do encontro com Mattarella, Lula teve audiências com o ex-primeiro-ministro da Itália Massimo D'Alema e com a secretária-geral do Partido Democrático Italiano, Elly Schlein.

Ainda nesta quarta-feira (21), o presidente tem uma reunião com o papa Francisco, no Vaticano. Eles devem debater temas como guerra na Ucrânia, mudanças climáticas e combate à fome. Lula também vai convidar o pontífice a participar do Círio de Nazaré, uma das principais festas religiosas do país realizada anualmente em outubro, em Belém. Na sequência, haverá audiência com o arcebispo Edgar Peña Parra, da Secretaria de Estado do Vaticano.

Também nesta quarta-feira, o presidente brasileiro terá encontros bilaterais com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.

O encontro com Gualtieri terá um caráter pessoal. O político foi uma das personalidades internacionais que visitou Lula durante o período em que o ex-presidente esteve preso em Curitiba, de 2018 a 2019, no âmbito da Operação Lava Jato. Na época da visita, em julho de 2018, Gualtieri exercia mandato de eurodeputado pelo Partido Democrático Italiano.

Até a véspera da viagem, o encontro com a chefe de governo sobre Giorgia Meloni não estava confirmado, de acordo com autoridades brasileiras. A reunião foi confirmada nesta terça-feira (20) pelo Itamaraty. Primeira mulher a ocupar o cargo, Meloni é líder do primeiro governo de extrema-direita no país em décadas.

Lula chegou a Roma na manhã de terça-feira e o primeiro compromisso na capital italiana foi com o sociólogo Domenico de Masi, referência internacional em estudos sobre a sociologia do trabalho. Autor do livro Ócio Criativo, de Masi tornou-se famoso pelo conceito segundo o qual o ócio é um fator que estimula a criatividade pessoal. Assim como Roberto Gualtieri, Domenico de Masi também visitou Lula na prisão, em Curitiba. No encontro desta terça-feira, os dois conversaram sobre o cenário político no Brasil e na Europa.

Na quinta-feira (22), Lula embarca para Paris. Na capital francesa, participa da Cúpula sobre o Novo Pacto Global de Financiamento e terá encontro bilateral com o presidente Emmanuel Macron.

Lula também fará o discurso de encerramento do evento Power Our Planet, a convite da banda Coldplay, na noite de quinta-feira. O evento será realizado no Campo de Marte, em frente à Torre Eiffel, e também terá as presenças de líderes do Timor Leste, Barbados, Gana e Quênia, além da prefeita de Paris, Ane Hidalgo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta quarta-feira (21), em Roma, com a líder do principal partido de oposição na Itália, Elly Schlein.

"Foi um encontro muito positivo, estou muito feliz por ter tido a ocasião de conhecer o presidente Lula e de falar sobre desafios em comum e grandes temas globais, da democracia ao clima e à justiça social", afirmou a deputada de 38 anos, que lidera o Partido Democrático (PD) desde março.

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Schlein foi eleita para comandar a renovação do PD, que viu seu eleitorado atingir os mínimos históricos diante da ascensão da direita na Itália. Nos últimos dias, ela tem sido criticada internamente por ter ensaiado uma aproximação com o populista Movimento 5 Estrelas (M5S), também de oposição.

Lula chegou em Roma na última terça (20) e já se reuniu com seu amigo Domenico De Masi, professor da Universidade La Sapienza e especialista em sociologia do trabalho.

"Falamos sobre o cenário político no Brasil e na Europa", disse o presidente no Twitter. Além disso, se encontrou com o ex-premiê italiano Massimo D'Alema nesta quarta.

O mandatário brasileiro está agora no Palácio do Quirinale para uma reunião com o presidente da Itália, Sergio Mattarella.

Às 9h30 (horário de Brasília), Lula se reúne com o papa Francisco no Vaticano; ao meio-dia, com a premiê Giorgia Meloni; e às 13h, com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.

Da Ansa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá nesta quarta-feira (21), em Roma com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, informou hoje (20) o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

"Por ocasião da visita oficial à Itália e ao Vaticano, de 20 a 22 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, na tarde do dia 21", diz uma nota do Itamaraty.

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"A reunião comporá a agenda de compromissos confirmados com o presidente Sergio Mattarella e o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, além da audiência com o papa Francisco no Vaticano", finaliza o comunicado. 

    Lula já chegou na Itália e ainda tem agenda hoje com o professor Domenico De Masi, catedrático da Universidade La Sapienza e especialista em sociologia do trabalho.

Antes de embarcar, o presidente já havia confirmado que se reuniria com Mattarella e com o Papa, mas ainda não estava certo se ele se encontraria com Meloni, líder do partido de extrema-direita "Fratelli D'Italia".

    Após Roma, Lula viajará a Paris para participar de uma cúpula sobre economia global com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Da Ansa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta terça-feira (19) uma visita a Roma para reuniões com o chefe de Estado da Itália, Sergio Mattarella, e o papa Francisco, com uma agenda que inclui a guerra na Ucrânia e o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.

Lula embarcou na noite dessa segunda-feira (18) da Base Aérea de Brasília, onde foi saudado pelo vice Geraldo Alckmin, que assumiu a presidência interina do Brasil.

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O mandatário terá ainda nesta terça-feira um encontro com o professor Domenico De Masi, catedrático da Universidade La Sapienza e especialista em sociologia do trabalho, de acordo com agenda divulgada pelo Palácio do Planalto.

Essa é a primeira visita de Lula à Itália e a segunda à Europa desde o inicio de seu terceiro mandato, em janeiro.

Na quarta-feira (21), o governante será recebido pelo presidente Mattarella e pelo papa Francisco. Já na quinta (22), viajará à França, onde terá um encontro com o presidente Emmanuel Macron. 

Da Ansa

Uma menina peruana de cinco anos foi sequestrada dentro de uma mala no Astor Hotel, na Itália, que estava sendo ocupado por cerca de 140 migrantes ilegais. Autoridades locais buscam por Kataleya Mia Chicillo Álvarez desde o dia 10 de junho, quando o circuito interno de TV registrou sua presença no local pela última vez. 

Nas imagens, Kataleya aparece brincando em alguns degraus de um pátio do prédio, às 15h12m, antes de desaparecer sem deixar qualquer rastro. De acordo com o jornal "El Comercio", uma pessoa afirmou que viu a criança em um ônibus, mas a polícia não confirmou a veracidade da pista.

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Já o jornal inglês Daily Mail apurou que a polícia local trabalha com a possibilidade que a criança tenha sido colocada em um baú ou uma mala e retirada por uma das saídas do hotel. No último sábado (17), retiraram todos os ocupantes do prédio e vasculharam as instalações em buscas de evidências. Um prédio próximo e uma garagem também foram revistados.

Há informações de que os parentes de Kataleya tinham atritos com outra família de peruanos, "bastante agressiva", que ocupa um outro quarto no local. A família da criança mudou-se para a Itália quando ela tinha seis meses. O hotel registra diversos incidentes violentos, incluindo um ataque a um homem equatoriano, que supostamente pulou do terceiro andar para evitar uma gangue armada com facas.

A residência do atacante brasileiro Kaio Jorge, da Juventus, na Itália, foi assaltada, informaram as autoridades de Turim nesta terça-feira (6). Os ladrões aproveitaram que o ex-jogador do Santos está no Brasil para passar as férias e levaram seu carro, uma Range Rover, jóias, relógios de luxo e aparelhos eletrônicos.

A polícia foi acionada pelo jardineiro, quando viu que o veículo não estava mais na garagem. Em nota, Kaio Jorge lamentou o ocorrido e revelou que o caso já está sendo investigado. "É algo que nos deixa muito tristes, preocupados e impotentes. Não é a primeira vez que a residência de um jogador é invadida na Europa.

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Apesar de todo o aparato de segurança, isso não impediu a ação dos bandidos. Felizmente não estávamos presentes, mas a sensação de perda é enorme", relatou o brasileiro. Em outubro do ano passado, um outro jogador bianconero, o argentino Angel Di Maria, foi alvo de criminosos. Na ocasião, um dos ladrões que tentaram invadir sua residência foi detido depois de ser perseguido por agentes.

Da ANSA

A Suprema Corte da Itália indicou que, em casos extremos, a Justiça pode intervir para retirar a cidadania honorária concedida a personagens controversos.

As Seções Civis Unidas da Corte de Cassação foram provocadas a responder se podem existir juízes civis ou administrativos competentes para avaliar uma ação popular promovida por moradores de Anguillara Veneta contra a cidadania honorária concedida ao ex-presidente Jair Bolsonaro em 2021.

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Segundo a Suprema Corte, esse reconhecimento é "puramente simbólico" e depende apenas "de uma determinação autônoma" das câmaras municipais, e os cidadãos que discordam não devem recorrer à Justiça, mas sim usar "os instrumentos das liberdades constitucionais", como as discussões no Legislativo e debates nas ruas e na imprensa.

No entanto, o tribunal ressaltou que uma possível intervenção judiciária "não pode ser excluída em casos extremos", como nas situações em que a "cidadania honorária é concedida a uma pessoa absolutamente indigna porque foi condenada por graves crimes" - Bolsonaro é alvo de diversos inquéritos e processos criminais na Justiça, embora ainda não tenha sido condenado.

De acordo com a Suprema Corte, isso se daria não para intervir em um "ato por si só improdutivo, mas para punir as consequências de um fato ofensivo àquele comum sentimento de justiça em relação aos valores individuais e das liberdades democráticas".

A cidadania honorária foi concedida a Bolsonaro após proposta da prefeita conservadora de Anguillara Veneta, Alessandra Buoso, justificando a medida pelo fato de um bisavô do então presidente ter nascido na cidade.

Da Ansa

A cidade de Mântua, na região da Lombardia na Itália, está oferecendo ajuda de custo de 150 euros mensais (cerca de R$ 811) para quem quiser morar e trabalhar no local por pelo menos um ano, segundo a agência de notícias italiana Ansa. O objetivo é aumentar o número de pessoas de dentro e de fora na Itália na cidade, uma vez que a área está recebendo diversas indústrias, especialmente de logística.

"Teremos muitas novas vagas de emprego nos próximos dois anos. Há diversas empresas que estão investindo e que estão se instalando em Mântua", disse o prefeito e autor da ação, Mattia Pallazi, ao jornal Corriere di Millani.

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Segundo ele, Adidas, Corneliani, Opto Engineering e My Net estão entre as empresas que estão crescendo na cidade.

Para participar, será necessário se inscrever em um programa que será lançado oficialmente neste mês.

Nesse momento, o foco será em pessoas que têm salários entre 1,2 mil e 1,5 mil euros (entre cerca de R$ 6.490 e R$ 8.115), e a ajuda de custo mensal terá duração de 12 meses.

Segundo o prefeito, o valor equivale a 30% do custo médio de um aluguel de um apartamento de três quartos.

Mântua tem uma história milenar, possui cerca de 50 mil habitantes e fica localizada em uma das áreas mais ricas da Itália.

O atacante português Rafael Leão renovou nesta sexta-feira (2) seu contrato com o Milan até junho de 2028.

O vínculo do principal jogador rossonero na temporada terminaria em junho de 2024, e ele já despertava o interesse de outros gigantes do futebol europeu, especialmente na Premier League.

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"Estou feliz, esperamos fazer grandes coisas no futuro, queremos vencer coisas importantes na próxima temporada", disse Leão ao deixar a sede do Milan.

Às vésperas de completar 24 anos de idade, o português terá um salário de 5 milhões de euros por temporada (o equivalente a R$ 26,6 milhões pela cotação atual), além de bônus por desempenho.

Leão já tem mais de 40 gols em quatro anos pelo Milan e foi essencial na conquista da Série A em 2021/22.

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Da Ansa

O presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, confirmou no último domingo (28) a saída de Luciano Spalletti, técnico que ajudou o clube italiano a voltar a vencer um Scudetto depois de 33 anos.

Em sua entrevista ao programa "Che tempo che fa", o mandatário azzurro revelou que a decisão de deixar a equipe partiu do próprio Spalletti, que deseja tirar um ano sabático.

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"Quando alguém vem falar contigo e te diz que prefere ter um ano sabático, o que você faz? Opõe a isso? Na vida, devemos ser sempre generosos e dar sem esperar nada em troca. Ele me deu muito, eu o agradeço, é justo que Spalletti continue fazendo o que ama", declarou o empresário.

De Laurentiis também comentou sobre as baixas expectativas que os torcedores tinham do Napoli no início da temporada, principalmente após as saídas de Lorenzo Insigne, Dries Mertens e Kalidou Koulibaly.

"Nos livramos de muitos jogadores que eram importantes, mas que para mim já tinham encerrado seus ciclos na equipe. Os jornalistas me perguntaram sobre os objetivos da temporada e disse que podíamos ganhar o Scudetto. O choque foi total, até o Spalletti me olhou em choque, porque ele não sabia quem havíamos comprado", recordou De Laurentiis.

Essas novas caras mencionadas pelo chefão do Napoli eram, na realidade, o zagueiro Kim Min-jae e o ponta Khvicha Kvaratskhelia, jogadores pouco conhecidos e que foram peças importantes na vitoriosa campanha napolitana.

Os Partenopei tinham a opção de estender o vínculo de Spalletti por mais um ano, mas a permanência do treinador já estava sendo questionada desde o tricampeonato do Napoli, vencido com cinco rodadas de antecedência.

Aos 64 anos, Spalletti permaneceu duas temporadas em Nápoles, mesmo período de tempo de seus últimos dois trabalhos (Inter de Milão e Roma). O Scudetto foi o quinto título em solo italiano vencido pelo técnico em sua carreira.

Da Ansa

Uma professora foi esfaqueada por um aluno nesta segunda-feira (29) em uma escola em Abbiategrasso, na Itália. 

A mulher, que tem 50 anos e não teve sua identidade revelada, foi atingida no braço e na cabeça. Ela foi levada às pressas para um hospital em Legnano.

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O aluno da escola Emilio Alessandrini, detido pela polícia pouco depois do ataque, também foi hospitalizado com ferimentos leves.

As autoridades locais informaram que o adolescente de 16 anos também ameaçou os outros alunos com uma arma de brinquedo.

"Nunca tivemos indícios da possibilidade de um comportamento como este ocorrer, certamente não poderíamos ter imaginado.

Uma reunião com o aluno e seus pais foi marcada para amanhã", relatou Michele Raffaeli, diretor da instituição de ensino.

Um colega de classe do aluno responsável pelo ataque afirmou que ele "parecia não ter emoções" durante a agressão.

"Ouvi todos gritando, me virei e vi que ele estava brandindo um punhal, começando a golpear a professora por trás, no ombro e no braço. Ele fez tudo sem gritar e sem dizer nada, não estava agitado, parecia não ter emoções", comentou a fonte.

"Na sequência, eu o vi levantar uma arma, enquanto a professora estava sendo escoltada para fora da sala, e imediatamente fugi junto com todos os outros", acrescentou.

A professora ferida foi visitada no hospital pelo ministro da Educação da Itália, Giuseppe Valditara.

"Depois da experiência da Covid-19, se multiplicaram os episódios de bullying, precisamente porque se interrompeu a relação interpessoal que é fundamental no desenvolvimento educativo. É bastante preocupante esse fenômeno de agressão a professores", disse o político.

Da Ansa

A transexual brasileira agredida por policiais em Milão, na Itália, formalizou uma denúncia contra os agentes por lesões com agravantes de abuso de poder e discriminação, além de tortura e ameaças graves.

A mulher tem 42 anos e sofreu chutes e golpes de cassetete durante uma abordagem policial em frente à biblioteca da Universidade Bocconi, na semana passada, provocando indignação no país.

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A denúncia foi levado ao Ministério Público pela advogada da vítima, Debora Piazza, que também está em contato com o Consulado-Geral do Brasil em Milão. O caso é investigado pelas procuradoras Tiziana Siciliano e Giancarla Serafini.

    No último domingo (28), associações de defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+ realizaram uma manifestação de apoio à brasileira em Milão, sob o slogan "vidas trans importam".

Logo após a agressão, um sindicato de policiais alegou que os agentes haviam sido atacados pela mulher, enquanto o governador da Lombardia, Attilio Fontana, reconheceu que as imagens da agressão eram "muito feias", mas pediu "cautela" para entender o que gerou a situação. 

Da Ansa

 Em um procedimento cirúrgico que não era realizado havia quase 30 anos na Itália, um homem doou seu coração a uma paciente e recebeu outro no lugar.

O siciliano de 43 anos, que sofria de disfunção pulmonar, foi submetido a um transplante combinado de coração e dois pulmões no hospital Molinette, em Turim.

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Os médicos analisaram que somente o transplante de pulmão não seria viável em função da assimetria do tórax do paciente. Por isso, eles consideraram essencial substituir toda a parte cardiopulmonar.

No final de abril, os três órgãos adequados para a delicada intervenção foram encontrados.

Por meio de uma técnica chamada de "transplante dominó", o italiano recebeu o novo coração e doou o seu anterior, que estava em excelentes condições, para uma mulher de 51 anos que tinha um grave problema cardíaco.

As duas pessoas passaram por suas respectivas cirurgias em salas adjacentes, com duração total de cerca de 10 horas. Os pacientes, segundo o hospital piemontês, estão se recuperando.

"Esse tipo de transplante aconteceu novamente depois de quase 30 anos e provou ser uma estratégia simples para resolver um problema complexo", informou a unidade. 

Da Ansa

As autoridades italianas anunciaram que mais de 23.000 pessoas no noroeste do país continuam desabrigadas nesta segunda-feira (22), cerca de uma semana depois de chuvas torrenciais que provocaram enchentes e mataram 14 pessoas.

A maioria dos deslocados está com familiares ou amigos, entretanto, aproximadamente 2.700 foram realocados em hotéis, escolas, academias e outros centros, detalharam as autoridades da região de Emilia-Romagna.

Na semana passada, o equivalente a seis meses de chuva caiu em apenas 36 horas nesta região com 4,5 milhões de habitantes. Cerca de 20 rios transbordaram devido às chuvas, que causaram deslizamentos de terra.

A água também cobriu vastas áreas agrícolas e destruiu plantações. Embora a limpeza tenha começado em várias áreas, muitas permanecem inundadas.

As autoridades tentaram restabelecer a conexão à internet dos hospitais, administrações e escolas nesta segunda-feira.

Além das perdas humanas, esta região - uma das mais ricas da Itália - sofreu estragos econômicos que ainda não podem ser quantificados.

Mais de 600 ruas seguem interditadas nesta segunda-feira e a região calculou que serão necessários 620 milhões de euros (cerca de US$ 670 milhões, ou R$ 3,32 bilhões na cotação atual) para recuperar a rede rodoviária.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, retornou antes do previsto da cúpula do G7, no Japão, para visitar algumas das áreas mais atingidas.

O esperado é que Meloni realize uma reunião de gabinete na terça-feira, na qual poderá desbloquear fundos de emergência destinados à região.

Vários grupos privados prometeram fundos para ajudar na recuperação da região, inclusive o gigante franco-italiano de automóveis Stellantis, que prometeu um milhão de euros (R$ 5,36 milhões). A Fórmula 1 e a Ferrari também ofereceram, cada um, o mesmo valor.

O grupo francês de luxo LVMH, que engloba as marcas italianas Bulgari e Fendi, e a Kering, dona da Gucci, também fizeram doações sem especificar o valor.

A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, foi assaltada enquanto estava em um vaporetto, o transporte da cidade de Veneza. Por conta do episódio, o prefeito local, Michele di Bari, pediu desculpas em nome da localidade e das instituições pelo que ocorreu.

Menezes está na cidade italiana por conta da Bienal de Arquitetura e optou por se locomover normalmente como qualquer pessoa, sem usar o transporte oficial oferecido para autoridades nacionais pelo evento.

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De acordo com sua equipe, os criminosos levaram dinheiro, documentos e cartões da ministra. O caso está sendo investigado pela polícia.

Já na Itália, o episódio resultou em uma crítica do presidente da região do Vêneto de uma das maiores associações do Turismo do país, a Confturismo, Marco Michielli. O representante afirmou que uma mudança legislativa recente proíbe que estrangeiros denunciem esse tipo de crime e pediu a intervenção do Ministério da Justiça no caso.

Por sua vez, o jurista Gian Luigi Gatta afirmou à ANSA que "não existe e nunca existiu na lei italiana algum limite ao direito de apresentar uma denúncia por parte de turistas estrangeiros presentes na Itália".

Da Ansa

As autoridades italianas evacuaram nesta quinta-feira (18) as cidades afetadas pelas enchentes em Emilia-Romagna, no nordeste do país, onde nove pessoas já morreram.

Vários rios transbordaram no sudeste da Emilia-Romagna, devido às chuvas torrenciais que caíram na região nos últimos dias, e que também provocaram deslizamentos de terra, segundo autoridades regionais.

Mais de 10.000 pessoas tiveram de deixar suas casas.

A chuva parou no meio da tarde de ontem, e os meteorologistas não preveem precipitações significativas nesta quinta-feira. Ainda assim, ônibus foram fretados para levar os habitantes dos municípios de Villanova di Ravenna, Filetto e Boncalceci, ameaçados pelo aumento do nível das águas do rio Lamone.

Com "seis meses de chuva em 36 horas" e "precipitações recordes" durante duas semanas, "nenhum território consegue resistir", lamentou o presidente da região da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini.

"O solo não absorve nada", acrescentou.

As Forças Armadas italianas e a Guarda Costeira se uniram ao esforço de emergência com helicópteros e botes, de modo a chegarem às casas isoladas pelas inundações.

Nos locais onde a água começava a baixar, os moradores limpavam casas e ruas cobertas de lama e entulho.

“Moro aqui desde 1979. Já vi inundações, mas nunca nada igual”, disse Edoardo Amadori, morador da cidade de Cesena, à AFP.

Milhares de fazendas desta fértil região agrícola foram afetadas. As inundações também levaram ao cancelamento do Grande Prêmio de Fórmula 1 que estava previsto para acontecer no domingo (21) na região da Emilia-Romagna.

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