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Os Estados Unidos fecharam oficialmente seu consulado em Jerusalém, diminuindo o status de sua principal missão diplomática para o Palestinos, transferindo as operações para sua Embaixada em Jerusalém.

Durante décadas, o consulado funcionou como uma Embaixada de fato para os Palestinos. Agora, esse alcance será tratado pela unidade de assuntos palestinos, sob o comando da Embaixada. Fonte: Associated Press

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O discurso independente e a desenvoltura do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) desgastaram a relação do Palácio do Planalto com o setor evangélico, considerado fundamental na eleição do presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, líderes de igrejas que durante a campanha apoiaram explicitamente o candidato do PSL e representantes do segmento no Congresso expuseram a insatisfação com o vice, principalmente após ele se manifestar contra a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém.

As lideranças religiosas e parlamentares da bancada evangélica pretendem pressionar o presidente para que ele desautorize publicamente o vice - Bolsonaro permanece internado em São Paulo se recuperando da cirurgia para a reconstrução do trânsito intestinal.

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Na condição de presidente em exercício, Mourão recebeu no último dia 28 o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, e defendeu a posição que contraria manifestações anteriores do próprio Bolsonaro.

Com 108 deputados e 10 senadores na atual Legislatura, a Frente Parlamentar Evangélica, que tem uma atuação historicamente coesa em defesa de suas bandeiras, terá um peso decisivo para a agenda do governo no Congresso Nacional.

"Vamos cobrar (do Bolsonaro) o cumprimento daquilo que foi tratado. Se o Mourão está a serviço de algum grupo de interesse contrário a que isso aconteça, tenho convicção que ele perdeu essa queda de braço. Mourão é um poeta calado. Sempre que abre a boca cria um problema para o governo", disse ao Estado o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), principal porta-voz da Frente.

O deputado deve assumir a presidência do grupo nos próximos dias. O atual presidente, deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR), não se reelegeu.

Os evangélicos ficaram também incomodados com o vice por causa de uma entrevista na qual ele defendeu que o aborto é uma escolha da mulher. O ponto central das queixas, contudo, é a questão da mudança da embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém. "Esse foi um compromisso de campanha do presidente da República com nosso seguimento. Nós não pedimos muitas coisas a ele, mas essa foi uma delas", disse Sóstenes.

"Por que o Mourão, sabendo das bandeiras do Bolsonaro, não se manifestou antes da eleição? É uma coisa feia esconder suas convicções. Faltou protocolo e ética no exercício da função dele. Mourão está fazendo campanha para 2022, mas a ala conservadora não vota nele nunca", disse ao Estado o pastor Silas Malafaia, líder da igreja evangélica Vitória em Cristo e presidente do Conselho dos Pastores do Brasil.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém capital de Israel em dezembro de 2017. Cinco meses depois, a embaixada norte-americana foi transferida para lá.

Para o bispo e presidente do Ministério Sara Nossa Terra, Robson Rodovalho, a mudança da embaixada "facilitaria muito" a viagem de brasileiros a Israel e estimularia a ampliação da oferta de voos.

Os contrários à mudança alertam para os potenciais prejuízos para as exportações brasileiras para países árabes, que estão entre os principais importadores de carne bovina e de frango do País. O Brasil pode também receber pressão da comunidade internacional. Para a ONU, o status de Jerusalém deve ser decidido em negociações de paz.

"Quando o Bolsonaro se recuperar, nós vamos marcar uma audiência com ele. A ideia é levar uma carta deixando claro nossa insatisfação. Hoje, o Mourão é uma instituição e deveria guardar as opiniões para ela", disse o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR). Na semana passada, outros parlamentares usaram a tribuna da Casa para criticar publicamente o vice.

Segundo fontes do primeiro escalão das Forças Armadas ouvidas pelo Estado, Mourão age de forma "coerente" com o pensamento dos militares, especialmente quando faz críticas à política externa e sinaliza que a prioridade do governo deve ser a agenda econômica, e não a de costumes.

Ao desautorizar o chanceler Ernesto Araújo sobre a oferta de uma base no Brasil para os EUA, Mourão reproduziu a linha de pensamento dominante nas Forças Armadas, que contam com sete quadros no primeiro escalão e representam um dos pilares da administração. Procurada, a assessoria do vice disse que ele não iria se manifestar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A capela construída sobre o local onde, segundo a tradição, Jesus foi mantido preso por soldados romanos antes de ser crucificado, foi reaberta depois dos trabalhos de reforma no Santo Sepulcro, em Jerusalém, constatou um fotógrafo da AFP nesta sexta-feira (8).

"Nesta prisão, Jesus foi detido ao fim da Via Dolorosa, à espera da instalação da cruz em que seria crucificado", disse nesta sexta-feira à AFP um encarregado da Igreja ortodoxa grega, sob a condição de ter sua identidade preservada.

O local passou por diversos reparos nos últimos anos, depois de um incêndio que provocou graves danos. "Desde janeiro transformou-se em um local de oração e recolhimento", disse a mesma fonte.

Na capela vê-se os buracos cavados na rocha que, segundo a tradição, serviram para acorrentar os pés de Jesus. Os dois buracos estão protegidos por uma vitrine e decorados com um ícone que mostra Jesus com as mãos e os pés amarrados.

Esta seção se encontra na parte do Santo Sepulcro "sob soberania" da Igreja Ortodoxa Grega.

A capela também é venerada pela Igreja Armênia, assim como pelos integrantes da ordem dos Franciscanos na Igreja Católica.

De acordo com a tradição, o Santo Sepulcro é o local onde ocorreu o sepultamento e a ressurreição de Cristo. Fica no leste de Jerusalém, na parte antiga da cidade, que foi ocupada e anexada por Israel.

 O senador Magno Malta (PR), que se diz amigo fiel do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), não vai participar da cerimônia de posse já iniciou nesta terça-feira (1). No entanto, em Jerusalém, o parlamentar fez questão de gravar uma live para contar que vai orar para que o militar seja “um grande presidente”. 

“Ele [Bolsonaro] tem Deus no coração, vocês sabem disso, ama o Brasil e nós continuamos muito amigos e é daqui que eu vou orar por ele como sempre fiz ao longo desses anos”, expôs. 

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Em um discurso no qual o pastor fala que guardar mágoa no coração não faz bem, também salientou que é hora de liberar o perdão. “Nós somos seres humanos, quem não fica triste e guarda uma magoazinha? Mas é hora de limpar tudo, eu mesmo tenho muita dificuldade com isso, mas eu quero usar esse momento, mas a vida é muito rápida, muito fugaz, passa ligeiro e a gente perde tempo com bobagens. É hora da gente perdoar”.

“O momento propõe muita coisa para gente. Nos dá a possibilidade de reflexão porque a gente erra muito e, muitas vezes, a gente erra muito querendo acertar muito, mas é hora da gente limpar o coração de magoa e de tristeza”.

Magno Malta ainda falou que o Brasil foi libertado. “Nós libertamos o Brasil de um viés ideológico que odeia a família, que odeia a criança, que odeia a bíblia, que ama roubar, pregar a indignidade e a violência”, comemorou em referência à vitória de Bolsonaro. 

Estudantes de todo Brasil aproveitam o período de férias para repor as energias e se preparar para mais um ano letivo. Os feras que desejam um bom resultado na próxima edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também podem utilizar as viagens de férias para adquirir conhecimento. Alguns destinos são marcantes para a história do Brasil e do mundo. O aluno que estiver atento pode fazer de suas férias uma grande sala de aula.

Em entrevista ao LeiaJa.com, os professores Luiz Neto (História) e Charliton Soares (Geografia) destacaram 10 lugares com histórias e suas características marcantes que podem ser abordados pelo Enem. Confira a lista:

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Fernando de Noronha (PE)

 Foto: Pixabay / Creative Commons

O arquipélago de Fernando de Noronha é uma ilha vulcânica que tem origem tectônica a partir da separação da Pangeia. Com a separação do continente africano e do sul-americano, abriu-se uma fenda e a lava liberada pelos vulcões foi solidificada em contato com a água, dando origem a ilha.

Além disso, Fernando de Noronha é um ponto de turismo muito forte no Nordeste e tem uma representação geológica considerável.

Garanhuns (PE)

 Foto: Creative Commons

No momento de verão, Garanhuns é um bom escape para fugir do calor. É uma área de bastante relevo, posicionada no dobramento antigo do planalto da Borborema e tem temperatura baixa em relação à média anual da capital pernambucana, Recife.

A arquitetura destaca-se por casas com uma estrutura de telhados íngremes, no formato de pinheiros. Essa implementação de cultura foi trazida pela colonização, quando os colonizadores desenvolveram as casas no centro da cidade com telhados de pontas íngremes como se estivessem esperando neve, típico de lugares com uma estrutura de região temperada.

Praia de Tambaba (PB)

 

Foto: Creative Commons

Com uma característica peculiar referente ao banho de pessoas de forma naturalista, a praia de Tambaba tem uma estrutura geomorfológica que traz uma paisagem muito diversificada com salésios, que são os paredões rochosos. Também é possível notar os terraços marinhos agrupados na praia.

O local é um ponto turístico muito forte no estado da Paraíba, tanto pela beleza natural, quanto pela parte social.

Foz do Iguaçu (PR)

 Foto: Creative Commons

Um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil, as cataratas do Iguaçu, localizadas no município de Foz do Iguaçu, fazem parte do rio Paraná, que se destaca pela importância do nível elevado de produção de energia para todo o país. Além de toda história da usina, a paisagem natural é singular e embeleza qualquer selfie.

Museu de arte moderna (SP)

Foto: Domínio Público

O Museu de Arte Moderna guarda o nascimento da primeira arte genuinamente brasileira, o modernismo. Visitá-lo é um retorno à formação cultural e nacional do Brasil. Os quadros e obras da semana de arte moderna retratam o nascer da identidade cultural brasileira.

Conhecer o acervo pode ajudar o estudante com um excelente repertório cultural para a prova de redação do Enem. Além de ser uma grande base para a prova de linguagem e suas tecnologias, que aborda um quantitativo considerável de questões relacionadas ao modernismo, também pode servir para vários vestibulares.

Museu do Louvre (França)

 Foto: Creative Commons

O Museu do Louvre, localizado em Paris, na França, tem o maior e mais importante acervo da história da humanidade.  Guarda quadros e esculturas de diversos momentos da história, entre eles, o período renascentista e romântico.

O Louvre detém as esculturas e quadros mais famosos do mundo, com destaque para a Monalisa, o quadro mais importante da história do renascentismo.

Catedral de Santa Sofia (Turquia)

 Foto: Creative Commons

A Catedral de Santa Sofia, localizada em Istambul, na Turquia, é uma das mais importantes construções turcas. É um marco na representação arquitetônica e histórica e possui grande parte do patrimônio de formação sociocultural do país. Durante muito tempo, deteve o controle de diversas culturas, monopolizadas pelo império turco otomano.

Estátua da Liberdade (Estados Unidos)

 Foto: Creative Commons

A Estátua da Liberdade, localizada no estado de Nova York, nos Estados Unidos, foi um presente dado pela França representando a liberdade das trezes colônias.

O monumento é símbolo da liberdade americana, foi nos Estados Unidos onde o liberalismo iluminista foi colocado em prática pela primeira vez na história da civilização.  

Jerusalém (Israel)

 Foto: Creative Commons

A capital israelense Jerusalém é uma das cidades mais antigas da história. Cobiçada pelas três religiões monoteístas mais importantes do mundo, catolicismo, judaísmo e islamismo, a região vem sendo palco de guerras e conflitos religiosos durante séculos.

Local das cruzadas na era medieval, Jerusalém é vista como terra santa para diversas religiões. O conflito entre o mundo árabe com Israel já dura mais de um século.

Parlamento Inglês (Inglaterra)

 Foto: Creative Commons

O parlamento inglês foi uma das primeiras manifestações arquitetônicas da historia do romantismo. Conhecer a estrutura política inglesa é conhecer todo o sistema político europeu. O parlamentarismo inglês serviu de base para a implementação do sistema parlamentarista em toda a Europa.

 

Um anel descoberto perto de Jerusalém pode ter gravado o nome de Pôncio Pilatos, o governador romano que, segundo o Evangelho, condenou Jesus a ser crucificado - disseram pesquisadores israelenses.

Sobre este anel, descoberto há 50 anos em uma escavação, figura uma inscrição "de Pilatus" em letras gregas, revelada em análises recentes de pesquisadores, de acordo com um artigo de "Israel Exploration Journal".

Datando de há cerca de 2.0000 anos, o anel, que servia de selo, pode comportar uma das poucas menções escritas de Pôncio Pilatos de sua época, afirma a revista publicada pela "Israel Exploration Society" e o Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Foi descoberto em Herodion, um antigo palácio construído na época do rei Herodes, perto de Jerusalém e de Belém, uma cidade da Cisjordânia ocupada. O palácio serviu de fortaleza para os insurgentes judeus que se revelaram contra os romanos.

Os pesquisadores consideram que é pouco provável que o anel teria pertencido pessoalmente a Pôncio Pilatos. Pode ter estado em posse de um membro da administração dirigida por Pôncio Pilatos, ou por outra pessoa.

"Na medida em que a inscrição menciona Pilatos, a primeira ideia que vem à mente é que se trata de Pôncio Pilatos, governador da província romana de Judeia, entre o ano 26 e 36 d.C, na época do imperador Tibério", afirmam os autores no artigo.

Os pesquisadores ressaltam que o anel, "de metal e feito de uma liga de cobre", parece demasiado "comum" para ser do governador romano. Destacam, porém, que "o sobrenome Pilatos é incomum. Não é inconcebível que este anel pertença ao mesmo Pôncio Pilatos".

A única outra inscrição com o nome de Pôncio Pilatos, e que data da época em que era governador da Judeia, é uma pedra descoberta em Cesareia, na costa mediterrânea de Israel, diz em sua página on-line o Museu de Israel de Jerusalém, cuja coleção inclui essa pedra.

O Brasil não vai ser um País socialista e não deve aceitar o resultado das eleições venezuelanas, afirmou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro.

"Não vamos mais ser um país socialista e estamos contentes em ficar mais próximos dos EUA", disse o deputado, que concedeu entrevista neste final de semana à rede de TV norte-americana Fox News. "Vamos buscar não reconhecer a última eleição na Venezuela", acrescentou, citando supostos problemas de comparecimento às urnas.

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Eduardo fez uma viagem aos EUA na semana passada, onde participou, entre outros eventos, da festa de aniversário de Steve Bannon, ex-estrategista de campanha de Donald Trump. Na entrevista à Fox News, o parlamentar reiterou ainda o desejo de seu pai de transferir, assim como pretende o presidente dos EUA, a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

Milhares de pessoas se juntaram, nesta terça-feira, 15, ao funeral de 59 palestinos mortos por tropas israelenses na segunda-feira, 14, durante protestos contra a inauguração da embaixada americana em Jerusalém - agora reconhecida pelos Estados Unidos como capital de Israel.

A segunda-feira foi o dia mais mortífero em Gaza desde 2014 e fez parte de uma campanha de líderes do Hamas para romper o bloqueio fronteiriço que já completa uma década. As forças israelenses mataram 59 palestinos, a maioria por tiros, e feriram mais de 2,7 mil, segundo informou o Ministério da Saúde de Gaza. Dentre os feridos, 1.360 foram baleados e 130 estão em estado grave ou crítico.

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O número alto de vítimas reacendeu as críticas internacionais contra o uso de força letal por Israel contra manifestantes desarmados. Grupos de direitos humanos disseram que as ordens abertas do Estado de Israel a suas tropas são ilegais sob a lei humanitária internacional. O Exército diz que está defendendo sua fronteira e acusou o Hamas de usar os protestos como cobertura para ataques à fronteira.

Para o Hamas, que tomou Gaza em 2007, o protesto de segunda-feira foi o culminar de uma campanha que, há semanas, tenta romper o bloqueio com Israel. O grupo lidera os protestos na região desde o final de março.

Os organizadores dos protestos disseram que esta terça-feira será reservada aos funerais, numa aparente tentativa de diminuir as expectativas de que outras manifestações em massa ocorram até o final do dia. Milhares de palestinos se juntaram às procissões funerárias, apesar de muitos dos mortos terem sido enterrados na segunda-feira, obedecendo às tradições muçulmanas de enterros rápidos.

Inicialmente, o Hamas afirmou que os protestos continuariam nesta terça-feira, que marca o 70º aniversário do que os palestinos chamam de Nakba, ou a catástrofe de 1948 que matou centenas de pessoas na guerra do Oriente Médio. Na Cisjordânia, sirenes soaram por 70 segundos para marcar o Nakba. As marchas na fronteira são vistas como a última esperança do Hamas de acabar com o bloqueio. Fonte: Associated Press

O presidente Michel Temer lamentou por meio de seu perfil no Twitter, nesta segunda-feira, 14, os confrontos com soldados israelenses que deixaram dezenas de palestinos mortos e feridos na Faixa de Gaza. A região é palco de protestos contra a transferência da embaixada americana de Tel-Aviv para Jerusalém, que foi inaugurada nesta segunda-feira, 14.

"Lamento profundamente os terríveis episódios de violência na fronteira entre Israel e a Palestina. Nossa solidariedade com os feridos e as famílias dos mortos. O Brasil faz um apelo à moderação, um chamado à paz", escreveu o presidente.

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Segundo autoridades palestinas, 52 palestinos morreram e cerca de 1.700 ficaram feridos. Um dos mortos era um adolescente de 14 anos, informaram as mesmas fontes. Isso porque os soldados israelenses abriram fogo quando os manifestantes se aproximaram da cerca que divide o território.

A emissora Al-Jazeera afirmou que um de seus repórteres ficou ferido enquanto cobria as manifestações. O jornalista Wael Dhadouh foi "ferido por munição real das forças israelenses", disse a emissora em sua conta no Twitter, sem detalhar a gravidade dos ferimentos.

Uma carta escrita pelo físico Albert Einstein foi arrematada por 103.700 dólares nesta terça-feira (6) em um leilão em Jerusalém constatou um jornalista da AFP. A carta manuscrita sobre a teoria da evolução, escrita em alemão, foi enviada por Albert Einstein em 1928 de Berlim a um colega matemático.

Seu comprador pediu para ter sua identidade preservada. Outros lotes, entre eles cartas, autógrafos e fotos do prêmio Nobel de Física de 1921, foram arrematados por vários milhares de dólares. "Estas cartas revelam a personalidade complexa do grande cientista", disse à AFP o diretor da casa de leilões Winner's, Gal Wiener.

Em outubro de 2017, um manuscrito de Einstein sobre o segredo da felicidade foi leiloado em Jerusalém por 1,56 milhão de dólares, cerca de 200 vezes mais que as estimativas anteriores, que apontavam a um valor avaliado entre 5.000 e 8.000 dólares.

Einstein, que recusou-se a se tornar o primeiro presidente de Israel, era governador não residente da Universidade Hebraica de Jerusalém até sua morte, em 1955. Ele deixou seus arquivos, a maior coleção do mundo de seus documentos, para esta instituição. Entre os documentos está o manuscrito da teoria da relatividade.

O Santo Sepulcro, onde está o túmulo de Jesus Cristo segundo a tradição cristã, continuava fechado nesta segunda-feira (27) pelo terceiro dia consecutivo, em um protesto sem precedentes contra uma medida fiscal e um projeto de lei israelense sobre os bens das igrejas.

No domingo, os chefes das igrejas greco-ortodoxa, armênia e católica, que compartilham a guarda do local, adotaram a decisão excepcional de fechar as portas desse monumento construído, segundo a tradição cristã, no lugar da crucificação e onde fica o túmulo de Cristo.

Os líderes religiosos protestam contra uma decisão anunciada há algumas semanas pela prefeitura israelense de Jerusalém de obrigá-los a pagar impostos sobre suas propriedades que não sejam locais de culto, ou de educação religiosa, mas que tenham atividades comerciais que geram receita.

Também protestam contra uma projeto de lei israelense, o qual - alegam - atacaria seus direitos de propriedade em Jerusalém.

Há três dias, milhares de peregrinos e de turistas de todo o mundo encontraram fechados os pesados portões de madeira do Santo Sepulcro. Foram muito raros os fechamentos anteriores no último quarto de século - e por tempo limitado.

Por enquanto, nada parece indicar que vai-se superar facilmente a crise entre as igrejas e as autoridades israelenses.

Em nota, o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, disse que a cidade planeja recuperar impostos atrasados da ordem de 650 milhões de shekels (ou 170 milhões de dólares) em algumas propriedades, como "hotéis, salas de reunião e lojas" que pertencem às igrejas.

Os líderes cristãos consideram que o projeto compromete seu trabalho diário e alegam que esses bens servem para sua obra social.

A igreja do Santo Sepulcro, onde segundo a tradição cristã Jesus Cristo foi sepultado, permanecia fechada nesta segunda-feira (26), pelo segundo dia consecutivo, em protesto contra um novo imposto do governo de Israel.

Até o momento não foi divulgado por quanto tempo a igreja permanecerá fechada. O templo é considerado o mais sagrado do cristianismo. A medida obedece uma decisão dos líderes das igrejas cristãs em Jerusalém.

O fechamento é uma ação sem precedentes definida pelos líderes as igrejas greco-ortodoxa, armênia e católica, que compartilham a administração do santuário.

Os líderes religiosos protestam contra uma decisão anunciada há algumas semanas pelo município israelense de Jerusalém de cobrar impostos de algumas propriedades das Igrejas consideradas como "comerciais", já que não seriam locais de culto ou educação religiosa, mas que recebem atividades comerciais que geram renda.

Também protestam contra uma proposta de lei israelense que, afirmam, atacaria seus direitos de propriedade em Jerusalém.

De acordo com as igrejas, as medidas de Israel são uma tentativa de enfraquecer a presença cristã em Jerusalém".

"Esta lei detestável (...) tornaria possível a expropriação de propriedades da igreja", afirma um comunicado divulgado no domingo.

"Nos recorda as leis similares adotadas contra os judeus durante o período mais obscuro na Europa", advertiram os líderes cristãos.

Alguns atiram pedras, outros inventam novas formas de protesto. Um casal da Faixa de Gaza se manifestou à sua maneira contra a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e batizou seus trigêmeos recém-nascidos de "Jerusalém", "Capital" e "Palestina".

"Graças a Deus tive trigêmeos, e pudemos, assim, protestar contra a decisão de Trump", disse nesta sexta-feira(2) à AFP a mãe dos bebês, Islam al Sukili, de 25 anos, em sua casa de Jan Yunes, no sul da Faixa de Gaza.

Jerusalém e Palestina são os dois meninos, e Capital, a menina. Nasceram em dezembro, duas semanas depois de o presidente americano, Donald Trump, anunciar que os Estados Unidos reconheceriam Jerusalém como capital de Israel.

Esta iniciativa unilateral, que rompeu décadas de diplomacia americana e o consenso internacional, causou indignação aos palestinos que reivindicam Jerusalém Oriental, anexada por Israel, como capital do Estado ao que aspiram. Israel proclama que toda Jerusalém é sua capital "indivisível".

"A decisão de Trump não tem nenhum valor, Jerusalém é nossa capital eterna", afirmou o pai dos trigêmeos, Nidal Sukili, de 30 anos.

Os Sukili estão felizes de mostrar às visitas seus bebês dormindo um do lado do outro com suas respetivas certidões de nascimento em seus cobertores.

Mas além da aspiração nacional, estes pais têm preocupações muito concretas em um território assediado pelas guerras, pela pobreza e pelos bloqueios israelenses e egípcios.

"Nosso problema são as fraldas e o leite", lamentou a mãe, cujo marido está desempregado.

Durante o tradicional discurso para o Corpo Diplomático, o papa Francisco falou nesta segunda-feira (8) sobre os atuais conflitos e crises no mundo e pediu todo o apoio para as conversas entre os governos das Coreias do Sul e do Norte.

"É de primária importância que se possa apoiar qualquer tentativa de diálogo na península coreana, a fim de encontrar novas estradas para superar os conflitos atuais, fazer crescer a confiança recíproca e assegurar um futuro de paz ao povo coreano e ao mundo inteiro", ressaltou Francisco classificando como "impensável" uma guerra nuclear.

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A fala ocorre menos de 24 horas antes da primeira reunião de alto nível entre as duas nações, marcada para esta terça-feira (9), que tratará da participação norte-coreana nos Jogos Olímpicos de Inverno na cidade sul-coreana de Pyeongyang em fevereiro.

Citando uma afirmação do papa João XXIII, Jorge Mario Bergoglio destacou que a Santa Sé mantém sua postura de que "as eventuais controvérsias entre os povos não devem ser resolvidas sob os recursos das armas, mas através da negociação".

Por outro lado, continuou o líder religioso, a "contínua produção de armas sempre mais avançadas e aperfeiçoadas e o grande número de focos de conflito - os quais já chamei mais de uma vez de 'terceira guerra mundial em partes' - não pode ser repetidas com a força das palavras de meu antecessor". "É quase impossível pensar que, na era atômica, a guerra possa ser utilizada como um instrumento de justiça", acrescentou voltando a citar João XXIII.

Em outra parte de seu discurso, o sucessor de Bento XVI voltou a comentar o agravamento da crise entre israelenses e palestinos, destacando que "ao exprimir a dor por todos aqueles que perderam suas vidas nos recentes conflitos, renova-se o pedido urgente para ponderação em cada iniciativa com o fim de evitar a exacerbação dos conflitos".

"Convidamos a todos a um compromisso comum no respeito , em conformidade com as pertinentes Resoluções das Nações Unidas, o status quo de Jerusalém, cidade sacro-santa para cristãos, judeus e muçulmanos", disse.

Apesar de não citar nominalmente, a fala foi uma menção à atitude do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer unilateralmente Jerusalém como capital de Israel. A medida, anunciada no dia 6 de dezembro, causou um aumento na violência no Oriente Médio e gerou críticas de todas as nações islâmicas - bem como das Nações Unidas e da União Europeia.

"Os 70 anos de conflito torna mais urgente do que nunca a busca por uma solução política que permita a presença na região de dois Estados independentes dentro dos limites reconhecidos internacionalmente. Mesmo entre as dificuldades, a vontade de dialogar e de retomar as negociações permanece a estrada mestre para atingir finalmente a uma coexistência pacífica entre os dois povos", acrescentou.

- Outros conflitos pelo mundo:

O papa Francisco também comentou sobre outros conflitos pelo mundo e ressaltou o momento de reconstrução, por exemplo, na Síria.

"É importante que possamos prosseguir, em um clima de crescimento de confiança entre as partes, as várias iniciativas de paz em curso a favor da Síria. Que isso possa, finalmente, colocar fim ao longo conflito que envolveu o país e que causou incalculáveis sofrimentos. O desejo comum é que, depois de tanta destruição, tenha chegado o tempo de reconstruir", acrescentou.

O Sumo Sacerdote ainda afirmou que "além de construir os prédios, é preciso reconstruir os corações, reencontrar o tecido da confiança recíproca, uma premissa imprescindível para florir qualquer sociedade". Durante a fala sobre o Oriente Médio, Bergoglio ainda pediu a proteção de todas as minorias religiosas, "entre as quais estão os cristãos", para que eles possam "continuar contribuindo com a história da Síria" e da região.

De acordo com ele, é "muito importante" que os milhões de refugiados que foram, especialmente, para a Jordânia, o Líbano e a Turquia, possam "voltar para casa". 

Em outro ponto do discurso, o Papa lembrou da crise política, econômica e social da Venezuela, ressaltando que a situação só poderá ser resolvida "a partir do interior do contexto nacional, com a abertura e a disponibilidade do encontro".

"Penso especialmente na minha querida Venezuela, que está atravessando uma crise política e humanitária sempre mais dramática e sem precedentes. Enquanto a Santa Sé exorta a responder sem demora às necessidades primárias da população, deseja que se criem condições para que as eleições previstas para o ano em curso sejam capazes de iniciar a solução para os conflitos existentes. Assim, pode-se olhar com serenidade para o futuro", ressaltou.

Durante os dois últimos anos, o Vaticano tentou, sem sucesso, intermediar conversas entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição para tentar por fim à crise. Os debates fracassaram, no entanto, após o presidente não marcar eleições conforme o prometido e, entre outras coisas, se negar a abrir corredores humanitários para os mais necessitados.

- Imigrantes:

Um dos pontos mais batidos durante os seus discursos em seus quase cinco anos de Pontificado, a imigração também ganhou destaque no discurso ao Corpo Diplomático.

"Hoje se fala muito dos imigrantes e de imigração apenas para suscitar medos ancestrais. As migrações sempre existiram. Na tradição judeu-cristã, a história da salvação é essencialmente uma história de imigração. A liberdade de movimento, como aquela de deixar o próprio país e de voltar para ele pertence aos direitos fundamentais do homem", afirmou o líder católico.

Continuando com sua fala, ele ressaltou que "apesar da retórica de medo difundida" pelo mundo, é preciso considerar que "diante de nós estão, acima de tudo, pessoas".

"Não se pode esquecer a situação de famílias despedaçadas por causa da pobreza, das guerras e das migrações. Nós temos muitas vezes, diante de nossos olhos, o drama das crianças que vagam sozinhas até as fronteiras que separam o sul do norte do mundo, sofredoras do tráfico de seres humanos", ressaltou.

Lembrando de seu discurso pelo Dia Mundial da Paz, ele destacou que "mesmo reconhecendo que nem todos estão com as melhores intenções, não se pode esquecer que a maior parte dos imigrantes preferia ficar em suas próprias terras, enquanto são obrigados a deixá-la por causa de discriminações, perseguições, pobreza e destruição ambiental".

"Praticando a virtude da prudência, os governantes devem saber acolher, promover, proteger e integrar, estabelecendo medidas práticas para aquela reinserção. Quero agradecer, novamente, aos líderes daquelas nações que neste anos forneceram assistência aos inúmeros imigrantes que chegaram às suas fronteiras", disse ainda.

"Desejo, em particular, exprimir uma gratidão particular à Itália que, neste anos, mostrou um coração aberto e generoso e soube oferecer exemplos positivos de integração", disse ainda.

- Direitos Humanos:

Em outro ponto de sua fala, Francisco voltou a defender os direitos humanos, entre os quais "a liberdade de pensamento, de consciência e de religião, que inclui ainda a liberdade de mudar de religião".

"Infelizmente, é conhecido como o direito de liberdade de religião é muitas vezes rejeitado e também se sabe que o direito à religião é usado para justificar, ideologicamente, novas formas de extremismos ou de um pretexto para a marginalização social, se não uma forma de perseguição aos que creem", ressaltou.

"A construção da sociedade, inclusive, exige como sua condição uma compreensão integral da pessoa humana, que deve se sentir verdadeiramente acolhida quando é reconhecida e aceitada em todas as suas dimensões que constroem a identidade", afirmou.

Da Ansa

Um selo de argila de 2.700 anos de antiguidade descoberto em Jerusalém foi apresentado nesta segunda-feira (1°) como uma primeira prova material da existência de um governador nessa cidade, segundo a Autoridade de Antiguidades israelense.

Este artigo redondo do tamanho de um botão foi encontrado em um edifício na explanada do Muro das Lamentações, na Cidade Velha de Jerusalém. O selo data do século VI ou VII a.C. e demonstra a existência de um dirigente em Jerusalém, acrescentou a Autoridade em um comunicado.

Este período corresponde ao do primeiro templo judeu na Cidade Santa.

No objeto figuram dois homens trajados com vestidos um de frente para o outro e de mãos dadas, com o que parece ser uma lua entre as duas mãos.

Abaixo desta representação, vê-se uma inscrição em hebraico antigo que indica: "Ao governador da cidade", o que corresponde às funções do prefeito.

O selo parece ter sido colado a uma espécie de envio e servia "de logo ou de pequeno souvenir, enviado ao governador da cidade", afirmou Shlomit Weksler Bdolah, que participa nas escavações da Autoridade de Antiguidades no Muro das Lamentações.

"É uma descoberta muito pouco comum", afirmou à AFP. Segundo ela, este selo confirma a menção feita pela Bíblia de um dirigente de Jerusalém.

"A importância dessa descoberta reside no fato de que até agora, só conhecíamos a expressão de 'governador da cidade' pela Bíblia", explica. "É a primeira vez que encontramos esta menção em um contexto arqueológico".

O selo não menciona o nome do dirigente de Jerusalém, mas Shlomit Weksle Bdolah acredita que faz referência à Cidade Velha, já que foi encontrado no mesmo edifício onde haviam sido encontrados outros objetos.

Os exames científicos que serão feitos em breve deverão confirmar o vínculo com Jerusalém, considera.

A lua que aparece no selo poderia ilustrar a existência de influências externas. "O que é interessante é que a lua é conhecida como um objeto de culto de culturas vizinhas", revela.

O papa Francisco usou sua tradicional mensagem de Natal para pedir por um fim negociado do conflito entre Israel e Palestina, incluindo a disputa sobre o status de Jerusalém. O pedido acontece poucos dias após a Organização das Nações Unidas (ONU) ter repreendido os Estados Unidos por unilateralmente reconhecer a cidade como capital de Israel.

Em seu pronunciamento na sacada da Basílica de São Pedro para uma plateia estimada em 50 mil pessoas, o papa orou por "paz para Jerusalém e para todos na Terra Santa" na forma de "dois estados que concordam mutuamente e internacionalmente em ter suas fronteiras reconhecidas."

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O papa também elogiou os "esforços de todos aqueles da comunidade internacional inspirados pela boa vontade" para trazer "harmonia, justiça e segurança" para a região.

No início do mês, poucas horas antes do presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar que os Estados Unidos iriam oficialmente reconhecer Jerusalém como capital de Israel, o papa fez um "apelo sincero" por respeito as resoluções da ONU que determinam o status da cidade como parte de um acordo de paz amplo.

Na quinta-feira, a ONU decidiu em assembleia, por 128-9, com 35 abstenções, por repreender os Estados Unidos pela medida envolvendo Jerusalém.

A mensagem de natal do papa "para a cidade [de Roma] e para o mundo" tradicionalmente trata de diversas regiões problemáticas. Neste ano, o foco do discurso foram as crianças de diferentes países que sofrem com os "ventos da guerra" e um "modelo ultrapassado de desenvolvimento [que] continua a produzir o declínio da humanidade, da sociedade e do meio ambiente."

Ele mencionou "aqueles cuja infância foi roubada" através do trabalho forçado, pela guerra ao serem utilizados em combate ou vítimas do tráfico de pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.

O rei Abdullah II, da Jordânia, recebido nesta terça-feira (19) pelo Papa Francisco, ofereceu a ele um quadro que representa a Cidade Velha de Jerusalém, onde figuram o Domo da Rocha e a Igreja do Santo Sepulcro, coroada por sua cruz.

"Querido amigo e irmão", declarou o rei ao saudar o Papa no início do encontro no Vaticano.

O Papa viajou à Jordânia em maio de 2014 em uma visita ao Oriente Médio que o levou em seguida a Jerusalém. Lá, pediu o livre acesso de todos os fiéis - judeus, muçulmanos e cristãos - aos lugares santos.

O governo da Jordânia, país guardião dos lugares santos muçulmanos em Jerusalém, classificou de "violação do direito internacional" a recente decisão do presidente Donald Trump de reconhecer a Cidade Santa como capital de Israel.

Por sua parte, Francisco pediu que se respeite o status quo de Jerusalém, conforme as resoluções das Nações Unidas.

O Vaticano mencionou em um comunicado as conversas cordiais entre os dois, centradas na questão da promoção da paz e da estabilidade no Oriente Médio.

Os Estados Unidos vetaram nesta segunda-feira uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que pediu ao governo de Donald Trump que rescindisse a decisão de declarar Jerusalém como a capital de Israel e de iniciar a mudança da embaixada americana para a cidade sagrada.

O projeto de resolução, apresentado pelo Egito e apoiado pelo restante do Conselho de Segurança, não indicou os EUA nominalmente, mas declarou que "decisões recentes" que pretendem alterar o status de Jerusalém são nulas e sem efeito. A votação marcou a primeira vez que os EUA exerceram seu poder de veto no conselho em mais de seis anos e demonstraram frustração internacional com o anúncio do governo Trump em Jerusalém.

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A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse que o veto dos EUA deveria defender a soberania americana e seu papel no processo de paz no Oriente Médio. Ela afirmou que os EUA não ficaram envergonhados com o uso do veto e apontou para o discurso de Trump sobre Jerusalém, em que ele disse que os limites finais de Jerusalém seriam decididos nas negociações de paz. "Os EUA nunca foram mais comprometidos com a paz no Oriente Médio", comentou Haley.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, viaja para o Oriente Médio nesta terça-feira, enquanto autoridades palestinas cancelaram os planos de reunião com ele.

O embaixador do Reino Unido na ONU, Matthew Rycroft, disse a jornalistas que a resolução correspondia à posição do Reino Unido sobre Jerusalém e pediu a todos as partes que retornassem aos esforços de paz. O Reino Unido votou contra os EUA no Conselho de Segurança. "Nossa visão é de que a questão de Jerusalém é uma questão de status final, que Jerusalém deve ser uma capital compartilhada entre palestinos e israelenses, e que a embaixada britânica, por enquanto, permanecerá em Tel-Aviv", disse. A resolução vetada pelos EUA também teria pedido a todos os países que se abstenham de estabelecer missões diplomáticas em Jerusalém.

Sob o governo de Barack Obama, os EUA, em dezembro passado, se abstiveram de votar em uma resolução que criticou severamente a expansão israelense de assentamentos judeus em territórios palestinos. A atitude americana em vetar a medida abriu caminho para a primeira resolução do Conselho de Segurança em 26 anos abordando a questão da construção de assentamentos israelenses. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um guarda de segurança de 25 anos ficou gravemente ferido neste domingo (10) após ser esfaqueado por um jovem palestino na estação de ônibus de Jerusalém, informaram as autoridades locais. Segundo fontes médicas, o agressor foi "neutralizado" e apresenta um ferimento na cabeça. Por sua vez, a vítima, que está consciente, sofreu ferimentos na parte superior do corpo. Ele foi transferido em estado grave ao hospital "Shaare Zedek" da Cidade Santa.

O protesto palestino contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel continua hoje na Cisjordânia e nas fronteiras da Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde palestino informou que mais de 1250 palestinos ficaram feridos durante os confrontos dos últimos dias, conforme novo balanço. Do total, 150 foram atingidos "por munição real".

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Segundo a TV israelense, nesta manhã, ocorreram incidentes perto de Belém e Hebron. Em Tekoa, perto de Belém, uma mulher israelense foi ferida por uma pedra jogada pelos palestinos contra o carro que ela estava dirigindo.

Além disso, de acordo com a agência oficial palestina "Wafa", uma confusão foi registrada na Universidade de Hebron, onde "dezenas de estudantes foram intoxicados com gás lacrimogêneo disparado pelas forças armadas israelenses".

Repercussão - Hoje (10), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, chamou Israel de um "Estado terrorista" que "mata crianças", acrescentando que vai lutar "por todos os meios" contra o reconhecimento feito pelos Estados Unidos. "A Palestina é uma vítima inocente. Quanto a Israel, é um estado terrorista, sim, um terrorista!", ressaltou.

Por sua vez, o grupo Hamas divulgou um comunicado na internet, com uma foto de sua milícia segurando uma arma, e afirmou que os confrontos vão continuar. "Fazemos um apelo ao nosso posso para continuar a intifada e recorrer a todos os meios de resistência para se opor aos ocupantes", diz o texto.

A medida faz referência ao assassinato de dois militantes do grupo em Gaza durante um ataque aéreo israelense. "O inimigo pagará um alto preço violando as regras da guerra contra a resistência. Os próximos dias vão demonstrar a grandiosidade de seu erro", acrescenta o comunicado.

Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que está pronto para defender Trump em sua decisão contra os críticos europeus. Ao viajar para uma missão diplomática em Bruxelas e Paris, onde se encontrará com o presidente francês, Emmanuel Macron, ele afirmou que "apresentará a verdade de Israel sem medo e com cabeça erguida".

O anúncio de Trump sobre Jerusalém provocou protestos na região e também desencadeou denúncias de todo o mundo, mesmo de aliados próximos, como a França, que sugeriu que ele havia causado inutilmente mais conflitos numa região já instável.

Entretanto, o presidente palestino, Abu Mazen, "de repente" partiu para o Cairo depois de receber uma ligação de seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi. Segundo a agência de notícias local, a viagem está ligada a uma reunião que será realizada nas próximas horas.

Após os diversos confrontos e polêmica, Trump fez referência ao anúncio de querer transferir a embaixada dos Estados Unidos em sua conta no Twitter. A publicação é acompanhada de um vídeo com ex-presidentes norte-americanos, como Bill Clinton, George W.

Bush e Barack Obama, afirmando que Jerusalém é a capital de Israel. A tensão aumentou na região durante os últimos dias, desde a decisão oficial do republicano, já que os palestinos a rejeitam porque consideram como reconhecimento da soberania israelense sobre a Cidade Santa, inclusive a parte ocupada, que eles reivindicam como capital do seu futuro Estado.

Da Ansa

Ministros das Relações Exteriores árabes exigiram neste domingo (10) que os Estados Unidos revertam a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Para eles, a decisão é "grave" e gera o entendimento de que Washington violou o direito internacional.

Os ministros também pediram ao Conselho de Segurança da ONU que condenasse a decisão de Trump. Se os Estados Unidos vetarem essa resolução, os árabes buscarão uma solução semelhante na Assembleia Geral da ONU, disse o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad Al-Maliki, em uma coletiva de imprensa no Cairo.

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A resolução de duas páginas, formulada durante a reunião de emergência que começou no sábado, não incluiu ações punitivas contra os Estados Unidos, como pedir um boicote a produtos americanos ou suspender laços com Washington.

"Tomamos uma decisão política que não pretende refletir (o que está acontecendo nas ruas). O trabalho político é um trabalho responsável", disse o chefe da Liga Árabe, Ahmed Aboul-Gheit.

Os ministros devem se encontrar novamente dentro de um mês e mantiveram a possibilidade de uma cúpula árabe de emergência ser realizada na Jordânia, para discutir sobre Jerusalém.

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